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@vivencias_da_infancia
ASSESSORIA
PEDAGÓGICA

É tempo de acolher
Dicas para iniciar 2024

Professora e Pedagoga
Deisi Fernandes
 O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá, será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mario Quintana
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"O acolhimento é um método
de trabalho complexo, um
modo de ser do adulto, uma
ideia chave do processo
educativo" Staccioli, 2021.

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 Acolhimento: tempo de escuta
No início do ano é comum a preocupação por buscar
planejamentos e programações para esse começo com as
crianças. Dúvidas, incertezas e desejo de mudar e avançar nas
práticas pedagógicas ocupam mentes e corações de educadores
que se veem ansiosos com o momento de conhecer a nova
turma e identificar os desafios.
É nesse sentido que um planejamento voltado para a
ESCUTA se faz essencial.

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Adaptação, acolhimento ou inserção
Independentemente do nome que usem, é um tempo que requer
cuidados muito peculiares na construção ou reconstrução das
relações entre família, escola, educadores e crianças,
especialmente na primeira infância.

Tão ou mais importante que o período de acolhimento, que se

inicia na apresentação da escola para os pais e suas crianças,
também, está em sua manutenção diária, no reencontro dos dias, no
retorno dos finais de semana, dos feriados e das férias de inverno.

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Dicas para pais e educadores
Aí vão algumas sugestões que podem ajudar no
período de acolhimento, inserção e adaptação das
crianças, não para que sejam tomadas por
regramento, mas para que possa estimular a
reflexão de todos e contribuir no enriquecimento da
construção das relações.
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 Um objeto de afeto e/ou
objeto de transição:
Especialmente para o caso de bebês, mas pode ajudar também
nos maiores. Permitir que a criança traga consigo um brinquedo, um
travesseiro, um cobertor, ou qualquer item que possa estimular sua
memória afetiva do conforto do lar, vale até uma camiseta da
mamãe ou do papai. A sensação de pertencimento trazida pelos
sentidos (tátil, visual ou olfativa) pode colaborar no
estabelecimento de sua segurança.
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 Construir o momento
com a criança:
O fator surpresa pode ser bastante desgastante,
especialmente para as crianças. Sendo assim, é sempre
interessante comunicar com antecedência, levar a criança na
compra de materiais, uniformes ou visitas à escola. Permitir
que ela participe dos preparativos oferece uma intimidade com
a ideia e ameniza a sensação de enfrentamento a algo
absolutamente desconhecido.
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 Verdade sempre:
Uma construção que deve ser seguida sempre. Caso seja
necessário permanecer na escola acompanhando a criança por um
período menor de tempo e haja algum lugar determinado para
esperar, certifique-se de estar exatamente no lugar combinado. É
comum que as crianças desejem conferir visualmente sua
presença. Esteja no lugar e no tempo informado a elas.

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 Equilíbrio:
Uma das mais difíceis. Encontrar uma dose adequada entre
a firmeza e a proteção. A segurança da criança está
diretamente ligada à percepção do grau de segurança em que
se encontram os pais. Frases mais duras e mimos excessivos
não contribuem com esse momento.

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 Combine as rotinas:
Procure estabelecer uma rotina diária de forma que a escola
seja uma “parte” dela. Promover atividades antes da chegada,
com brincadeiras, descansos, leituras e até mesmo um descanso.
Quando a criança já está num ritmo de atividade ela tende a se
posicionar de forma mais tranquila. Levá-la para a escola
dormindo ou recém-acordada pode gerar um desconforto e,
consequentemente, uma instabilidade emocional.
A família deve sempre cumprir os horários de adaptação que
foram combinados com a professora.
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 Comunicação entre
família e escola:
Tanto os pais tem o desejo de conhecer os eventos cotidianos de seus
filhos na escola, como também os educadores precisam conhecer
detalhes sobre as crianças. Gostos pessoais da criança como: o brinquedo
ou a comida de sua preferência são ferramentas de muita ajuda nos
eventuais momentos de crise.
As entrevistas realizadas pelas professoras com as famílias são
fundamentais para conhecer as crianças.

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 Comunicação com a
criança:
Informe sempre às crianças o que está à sua espera na escola:
o encontro com colegas, com as professoras, com os brinquedos e
as brincadeiras, e comunique sempre a importância desta vivência
que vêm de seu crescimento.

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 E na escola...
Como valorizar as relações:
❖Estar presente;
❖ Oferecer colo – para crianças de todas as idades;
❖ Olhar nos olhos;
❖ Estar na altura das crianças;
❖ Conversar, perguntar, se interessar;
❖ Evitar alterações de voz;
❖ Evitar afirmações sobre as crianças;
❖ Não rotular – principalmente em conversas na frente da criança;
❖ Valorizar o que a criança está trazendo;
❖ Conhecer a criança e suas famílias.
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 O que é uma escola
acolhedora?
"Uma escola que respeite os direitos das crianças e,
consequentemente, das famílias e dos professores e
professoras oferecendo a todas as crianças possibilidades de
viver, aprender, conviver e, ao mesmo tempo, singularizar-se".

Staccioli

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 Formas de acolher:
Conhecer a faixa etária;

Organizar a sala referência propondo espaços que convidem ao

brincar e interagir;

Propor ambientes aconchegantes, seguros e atrativos (internos e

externos);

Organizar a rotina, transformando-a em um cotidiano vivo e

vivido;

Estar disponível a conhecer as crianças e suas famílias;

Validar e respeitar os sentimentos dos bebês e das crianças,

compreendendo o tempo e o ritmo de cada um.
 Não é necessário:
Confeccionar lembrancinhas e decorar a sala.
Se for do seu desejo, faça, porém precisamos pensar no
que é mais significativo para as crianças e não tenha receio de
romper com coisas enraizadas em nosso fazer pedagógico.
Precisamos questionar sempre!
A escola é feita com as crianças e para as crianças!
Uma dica para recebê-las na escola: colocar fotos delas, de
momentos vividos na escola (caso as crianças já
frequentavam a escola) e para aquelas que estão chegando
pela primeira fez, podem pedir fotos para as suas famílias.
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 Por onde começar?
Conhecendo mais sobre a faixa etária;
Conversando com as colegas de turma e planejando a
construção da sala referência, a inserção e acolhimento
das crianças e suas famílias;
Observando e registrando as vivências das crianças no
cotidiano da escola;
Seguindo pela costura de estudos, reflexões, registros e
replanejamentos, compondo os percursos das crianças e
da turma.
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Sobre os espaços...

Comece
organizando o que
já tem!

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 Selecionando
materiais,
higienizando e
pensando em novas
possibilidades.
De acordo com
cada faixa etária.

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 Minhas
Salas referências

2017

2023

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 Minhas
Salas referências
2021 2023

2022
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 Minhas Salas
Referências

2018

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Use bastante os espaços externos

 Use bastante
os espaços
externos

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Use bastante os espaços externos

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Acolh

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@vivencias_da_infancia
NA ESCOLA, COMO NA
VIDA, NÃO PODEMOS
SEPARAR O APRENDER DO
FAZER. APRENDE-SE COM O
CÉREBRO, COM AS MÃOS,
COM TODOS OS SENTIDOS E
COM O CORAÇÃO.

Gianfranco Zavalloni

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CONFIAR
Confiar na competência e autonomia das
crianças.
Não somente em teoria, buscar colocar em
prática um olhar de confiança das habilidades e
competências das criança, garantir a sua
participação diária nas escolhas do cotidiano.
Construir um ambiente de bem estar para que as
crianças atuem e exerçam as suas competências.
 ESCUTAR

Escutar as crianças com todos os sentidos, suas

necessidades, hipóteses, planos, escutar suas
emoções e investigações. Levar essa escuta a sério
ao planejar, registrar e documentar. Uma escuta
sensível, com "cem ouvidos" para as cem linguagens.

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 VALORIZAR
Valorizar as ideias, interpretações, criações das
crianças, pois todas as contribuições que as crianças
expressam tem valor, todas as suas formas de
materializar seus pensamentos precisam ser vistos
e valorizados. Precisamos tirar a criança do
anonimato e tornar visíveis seus processos, olhando
para a sua individualidade.

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 OLHAR
Olhar para as sutilezas no cotidiano das infâncias.
Os detalhes são importantes para sair das ações
mecânicas e padronizadas, olhar para o que é sutil,
para os pequenos gestos que temos no cotidiano,
para as sutilezas das palavras, da escuta, do olhar.
Refletir sobre todos os gestos, desconfiar do que é
imposto, nos aproxima de forma consciente da real
intencionalidade pedagógica.

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 PLANEJAR
Planejar e organizar os espaços e materiais para
receber as crianças.
Construir espaços que convidem as crianças a
realizarem suas pesquisas, a expressarem suas
ideias de mundo, a viverem diversas experiências e
descobertas, a se relacionarem com os diferentes
sujeitos de relações, de forma que potencialize a sua
busca de significados de mundo.

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 GARANTIR
Garantir o brincar (e os seus outros direitos das
crianças)
Todos dos dias! O brincar como direito, como
manifestação cultural da infância, como necessidade
e não como passa tempo.
Brincar com o corpo, com a fantasia, com os
outros, com um tempo generoso. Para a criança,
brincar é tão importante quando alimentar-se.

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 Sugestões para
acolher as famílias
❖ Plantar algo para que seja cultivado em casa ou na escola, com a
família;
❖ Solicitar itens para a família e compor a sala referência: plantas,
fotografias, objeto de apego, itens de uso para as brincadeiras
(tecidos, potes, colheres, etc), recolher algo da natureza com a
criança e levar para a escola para acervo, ou para compor algum
espaço, etc.
❖ Expor um cartaz grande em uma parede da escola para a família
registrar como foi a acolhida;
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 Sugestões para acolher as famílias
❖ Momento de acolhida da família na escola para pintar um azulejo
ou tela com suas expectativas para o ano. Escolher um espaço da
sala ou escola para fazer a exposição;
❖ Oficina de mandalas (ou outra);
❖ Espaços aconchegantes para a família estar com as crianças
(almofadas, paletes, água saborizada, música calma, etc);
❖ Expor fotos das crianças em diferentes vivências no decorrer da
semana;
❖ Comunicar a família sobre os primeiros dias através de bilhetes
significativos.
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orta TEM PORTA QUE SE ABRE

A p TEM PORTA QUE SE FECHA

TEM PORTA QUE NÃO TE CABE
TEM PORTA QUE NÃO TEM BRECHA.

TEM PORTA QUE TE CONVOCA,

E TEM A QUE TE INSPIRA,
TEM PORTA QUE TE PROVOCA
TEM PORTA QUE TE CONVIDA.
TEM PORTA QUE TE ESCOLHE
E TEM PORTA QUE TE ACOLHE.

NÃO TEM PORTA CERTA NEM PORTA ERRADA,

TEM A PORTA QUE VOCÊ DECIDE ENTRAR,
COM CORAGEM, PRA ENFRENTAR A ESTRADA.

PS: SE A PORTA ABRIU É PORQUE VOCÊ ESTÁ COM A CHAVE CERTA!

TEXTO DE ALUAH BIANCHI

@MURALPEDAGOGIA
 Sugestões de propostas
com as crianças
Além de deixar as crianças brincarem
livremente pelos espaços da sala referência e
aproveitar bastante os espaços externos, os
professores podem realizar as seguintes
propostas.

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Desenhando com carrinhos

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Bambolês sensoriais
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Brincadeiras com tecidos

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Cestos dos tesouros

Muitas histórias contadas e
livros disponíveis

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 Caixas com fotos
de bebês e crianças

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 Brincadeira: tira a fita

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 Gelos da natureza

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 Água colorida

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Gelo colorido feito com
tinta guache ou com
pigmentos da natureza

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Plantar flores para
deixar a escola ainda
mais bonita

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Materiais de largo alcance

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 Brincadeira:
Cama de gato gigante

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 Não esqueça: oferecer
sempre oportunidades de
brincar...

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Um excelente ano novo!
2024 será maravilhoso!

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 Lembre-se de registrar os
momentos significativos das
crianças.
As fotos e os vídeos ficam
melhor quando são
espontâneos.

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