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OBJETIVOS DIDÁTICOS:
CONTEÚDO
✓ Familiarização com o novo ambiente
✓ Percepção de si e dos demais que dividem o mesmo espaço
✓ Separação da família com tranquilidade por uma parte do dia
✓ Garantir e situar às crianças quanto ao momento de retorno para junto aos seus
(familiares ou responsáveis)
ETAPAS DO TRABALHO:
GESTORES: Realização do Encontro de pais, professoras e funcionários
antes do inicio de atendimento das crianças, com apresentações dos
funcionários e descrição das atribuições que desenvolvemos no CEI (rotina),
destacando as normas de convivência e período de adaptação.
PROFESSORAS: Continuar a reunião em sala entregando material necessário
para inicio das atividades e explicando a importância da adaptação nos
primeiros meses e a necessidade de participação dos pais nesse processo. E
planejamento das atividades aplicáveis.
ATIVIDADES PROPOSTAS
Nesta etapa, devemos “apostar” numa relação pessoal com o bebê, fazendo
gestos na comunicação corporal. Como sugestão,brincar de: cosquinhas,
carícias, pegar, esconde-esconde, canções, etc. Que comecem também a
manejar o material da sala de convívio, mas sem misturas: torres, construções,
telas, bola, etc. Respeite o jogo livre sem dar muitas ordens, aproveitando para
observar seu comportamento.
Outras atividades:
a) Cantinho acolhedor: Pedir aos pais que enviem na mochila da criança um
objeto em que a criança tenha vivência em casa ( brinquedo, cobertinha,
bichinho de pelúcia,
pano....)
b) Os pais trarão uma foto da criança com alguém do convívio familiar para que a
criança sinta no CEI uma pequena extensão de sua casa na instituição para
elaborarmos uma cópia para fazer a confecção de um painel para anexar ao
cantinho acolhedor;
c) As fotos originais serão coladas no caderno (portfólio) individual da criança;
d) Pesquisa através de um questionário que os pais responderão sobre aspectos
da vida da criança para facilitar e personalizar a adaptação;
e) As crianças acordarão com músicas clássicas num momento tranquilo;
f) Dança com Músicas infantis;
g) Confecção com os pais de uma pintura mágica para colocar no álbum da
criança;
h) Brincadeiras com bolas e bonecas;
i) Contação de histórias diariamente;
j) Brincadeiras com bexigas coloridas;
k) Brincadeiras com motocas no solário;
l) Caminhar todos os dias pelos espaços do CEI para reconhecimento;
m) Chuvinha de papel picado;
n) As crianças levarão um saquinho com bala de goma no último dia da semama;
MATERIAIS: CDs, DVDs, brinquedos, folhas variadas, tintas, pinceis,
canetinhas, giz de cera, sucatas, fotos, massa de modelar, areia, água e
outros. Também utilizaremos:
✓ Sala de convívio e solário, como espaço individual
✓ Área externa, sendo: Parque I, parque II, parque III (brinquedos fixos e espaço
verde) e teatro de arena;
✓ Espaço coletivo interno: sala de atividades piscina de bolinhas, cantinho de
leitura e TV como 2ª opção em caso de impossibilidade de uso dos espaços
externos ou com projeto de trabalho, teatro de fantoche, triciclos, bicicletas,
kits educativos de SME e outros.
BIBLIOGRAFIA
Consultoria: Clélia Cortez - Formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Edwards, Carolyn. As cem linguagens da criança- ARTMED
Bassedas, Eulália. Aprender e ensinar na Educação Infantil - ARTMED
Referencial Nacional para a Educação Infantil, MEC, 1998.
Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações
Didáticas para a Educação Infantil, PMSP - SME/ DOT, 2007.
Ana Lúcia Antunes Bresciane - Psicóloga, Formadora de professores e
Coordenadora Pedagógica da Escola Recreio, em SP.
Bete Godoy
Até pouco tempo atrás nas creches é pré-escolas e até mesmo nas escolas de ensino fundamental
parecia não haver outro jeito: ou as crianças se adaptavam ou se adaptavam. No entanto, isso vêm
mudando. As boas instituições de educação têm se preocupado em acolher bem a criança que chega.
Cisele Ortiz
Para muitos adultos, a lembrança dos primeiros dias de escola faz parte, para sempre de
recordações pouco agradáveis, é o que consideram alguns psicólogos. Esse período
pode gerar stresse nas crianças, famílias e profissionais da educação.
È comum neste período algumas crianças chorarem, afinal, um ambiente totalmente
novo pode causar insegurança, desconforto e até mesmo rejeição. Como atender com
atenção e carinho as crianças que demonstram tais sentimentos? Se recebermos todas as
crianças de uma só vez é possível dar atenção a quem está chorando sem "descuidar" do
restante da turma? São estes cuidados que merecem toda atenção dos educadores para
que se inicie uma relação de convivência mais saudável, feliz e promissora.
As famílias também ficam na expectativa para ver como sua criança irá reagir diante ao
contato com alguém "desconhecido". Quando percebem que os educadores não querem
disputar ou roubar-lhes o seu lugar e sim apenas, contribuir na educação da criança em
outro ambiente ( o escolar) o sentimento de parceria toma o lugar da insegurança.
Segundo Cisele Ortiz qual a relação que existe entre adaptação e acolhimento?
A adaptação pode ser entendida como o esforço que a criança realiza para ficar, e bem,
no espaço coletivo, povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas diferentes
daqueles do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato um grande esforço
por parte da criança que chega e que está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao
contrário do que o termo sugere não depende exclusivamente dela adaptar-se ou não à
nova situação. “Depende também da forma como é acolhida.”
Então, mãos a obra, há muito a ser feito ainda este ano! Vejam como aconteceu o
processo de elaboração do projeto e como cada segmento participou.
Em Dezembro
Encontro de formação com todos os educadores para:
• Avaliar do acolhimento realizado na unidade educacional.
• Leitura de textos de apoio e matérias que possam esclarecer melhor a importância de
acolher.
• Levantar propostas para acolher melhor as crianças no próximo ano à luz das teorias
estudadas.
• Elaboração do pré - projeto: Acolhimento e adaptação na educação infantil
Em Janeiro
Gestores planejem e organizem o acolhimento dos professores e funcionários.
Objetivos:
• Acolher melhor os educadores.
• Estabelecer vínculos afetivos entre os educadores recém chegados e os que já
trabalhavam na unidade educacional.
• Vivenciar a importância de ser acolhido com carinho e respeito.
Em Fevereiro
Durante a semana de planejamento:
• Retomada da conversa sobre o acolhimento e adaptação das crianças.
• Apresentação (principalmente aos educadores recém chegados) e análise do pré-
projeto elaborado no ano anterior.
Colaboramos trazendo uma sugestão como ponto de partida para cada unidade
educacional elaborar o seu próprio projeto.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS:
• Adaptação, Eu e o outro, Repouso, Saúde e Bem-estar (Identidade e
autonomia);
METODOLOGIA:
AVALIAÇÃO:
• Reconhece o ambiente;
JUSTIFICATIVA: Inicia-se com a adaptação, uma nova etapa na vida de todos nós,
professores, crianças e pais. Uma etapa delicada que precisa de muita dedicação por
parte de todos envolvidos, momento de novas experiências, de conhecer, de aprender,
de cuidar um do outro, de amar e acolher. Segundo Rosseti-Ferreira e Vitória (2008),
“o processo de adaptação ao novo ambiente da instituição é medida pelos outros: pela
família, pelas professoras e pelos próprios companheiros do grupo que a criança passa
a frequentar.” O processo de adaptação inicia-se com o nascimento e nos acompanha
no decorrer de toda vida e ressurge a cada nova situação que vivenciamos. Sair de um
espaço conhecido e seguro, dar um passo à frente e arriscar-se, tendo como
companhia o desconhecido para o qual precisamos olhar, perceber, sentir, avaliar, nos
leva as mais diferentes reações. Em meio a tantas novidades, à medida que este
processo ocorre de forma planejada e gradual, possibilita à criança construir vínculos e
sentimentos de confiança com os professores, com os colegas e outras pessoas
presentes na instituição. É esta relação afetiva com o outro que possibilita a
segurança, tão necessária para conhecer e explorar este novo espaço.
OBJETIVO GERAL: Oferecer tranqüilidade e fazer com que todos se sintam seguros,
pois, é um momento de conhecimento e construção de vínculos afetivos entre
crianças, professoras, instituição e família, a fim de que todos possam conhecer, viver
novas experiências, expressando seus sentimentos, pensamentos e emoções
livremente.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
• Conhecer seu próprio corpo por meio do uso e exploração de suas habilidades físicas,
motoras e perceptivas;
CONTEÚDOS:
• Brincadeiras na areia;
• Pedir para os pais fotos da família, para expor na parede da sala para as crianças
observarem.
CRONOGRAMA:
Este projeto deverá ser trabalhado o ano inteiro, pois o fluxo de criança no berçário II é
constante, a cada nova criança que entra nesta sala o projeto deve ser retomado, onde
se faz adaptação da criança. JANEIRO E FEVEREIRO DE 2013.
AVALIAÇÃO:
A adaptação por ser um momento delicado marcado pela separação da criança
e da família, vem acompanhado de muito insegurança e choro. O chorinho faz parte
desta etapa. Por isso, nós professoras neste sentido damos muito carinho e afeto.
A decoração da sala e a construção de móbiles confeccionados com cd´s
chamaram a atenção de todos, que ao observarem sorriam alegres. As canções
cantadas e gesticuladas pelas professoras fizeram as crianças imitar os gestos e
babulciar os sons, bater palminhas e movimentar o corpo, na canção “meu pintinho
amarelinho” imitiam os gestos igual as professoras. Todas as crianças tiveram
uma ótima adaptação, fazendo do CEI um lugar de aprendizagem e muita diversão. O
mesmo projeto ainda será desenvolvido durante o decorrer do ano de acordo com a
demanda das crianças novas.
PROJETO: ADAPTAÇÃO
TÍTULO: FACILITANDO A SOCIALIZAÇÃO DAS CRIANÇAS
NO MATERNAL I
PROBLEMA: Porque preciso socializar-me?
DÚVIDAS:
Quanto tempo falta para eu ir para casa? o que vou encontrar no CEI. (livros?
Brinquedos? Colegas?). Tenho que dormir? Comer? Dividir brinquedos?
Participar de atividades?
CERTEZAS:
Mamãe está trabalhando; vou ter que ficar no CEI, conheço algumas
professoras, tem escorregador, parque crianças. Vou encontrar meus amigos,
a professora gosta de mim.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS:
METODOLOGIA:
Atividades de colagem;
Assistir DVD;
Roda de conversa;
Contação de histórias;
Expor fotos das crianças na sala e também em atividades que ficaram expostas no
CEI, para que as mesmas se reconheçam e também reconheçam seus
colegas;
CRONOGRAMA:
Este tema deverá ser trabalhado o ano inteiro, pois o fluxo de crianças no
maternal I é constante, e constante também se faz a adaptação, uma vez que a
cada nova criança que entra no CEI o tema deve ser retomado.
AVALIAÇÃO:
→ Reconhece o ambiente.
Objetivos:
✓ Interagir e estabelecer vínculos afetivos com os colegas, professores,
funcionários e demais turmas da escola, criando laços de amizade, respeito
e companheirismo.
✓ Sentir-se respeitada, dentro das suas limitações, condições e capacidades.
✓ Adquirir confiança nas pessoas que a rodeiam.
✓ Conhecer e explorar diferentes espaços oferecidos pela escola, realizando
neles diferentes situações de aprendizagens, descobrindo novas formas de
aprender.
Linguagens Prioritárias:
✓ Linguagem da Adaptação, acolhida e da despedida;
✓ Linguagem dos Cuidados, Sentimentos e afetos em geral;
✓ Linguagem da Diferença entre as Pessoas.
Situações de aprendizagens:
✓ Recepção das crianças nos primeiros dias com música, pirulitos e balões
coloridos, além de proporcionar uma acolhida calorosa, para que a criança se
sinta bem no novo ambiente.
✓ Rodinhas de conversas com assuntos direcionados e variados (férias, finais de
semana, o que gostam de fazer,...), buscando conhecer cada um na sua
individualidade;
✓ Desenhos sobre o que mais gostaram de fazer nas férias observando como
gostam de trabalhar e como o fazem;
✓ Organização da sala (brinquedos, cantinhos) e ornamentação da mesma com a
colaboração das crianças para que estas se sintam bem no ambiente;
✓ Realizar um lanche coletivo com alimentos trazidos de casa, promovendo a
socialização e a integração entre as crianças das demais turmas;
✓ Jogos/brincadeiras de socialização (gata-cega, pega-pega, cola-cola, esconde-
esconde, dança das cadeiras, brincadeiras com balões e jornais, ache seu
tênis, história da serpente, dança da vassoura, beijo/abraço ou aperto de
mão...), promovendo a integração entre as crianças.
✓ Elaboração das regras e combinados da turma, relacionando os mesmos a
desenhos, que serão colados em pratos de papel nas cores verde e vermelho,
pintados pelas crianças, identificando assim o que pode e o que não pode
acontecer.
✓ Músicas calmas e troca de carinho ao dormir, transmitindo segurança e
confiança para as crianças;
✓ Jogos simbólicos com utilização de fantasias, despertando a imaginação das
crianças e buscando conhecê-las melhor;
✓ Relaxamento com bolinhas de massagem, feita de colega em colega e também
pela professora, promovendo o toque e a afetividade.
✓ Realização de brincadeiras livres na sala e no pátio, visando a integração e
socialização das crianças, bem como conhecer as preferências de cada uma.
✓ Jogo do dado Carinhoso, onde cada criança deverá realizar a tarefa do dado
(expressa em desenhos) em um de seus colegas, estimulando a afetividade.
✓ Jogo das saudações: ao som da música, todos se movimentam. Ao parar, cada
um deverá encontrar um par e realizar com ele a tarefa sugerida pela
professora: dar um beijo, um abraço, fazer cócegas, etc., facilitando assim
o entrosamento e a afetividade entre as crianças.
✓ Jogo do “Abraço, beijo ou aperto de mão”, estimulando a afetividade.
✓ Descobrir quem é o colega, através do toque, com os olhos vendados,
estimulando o toque e a socialização.
✓ Rodas cantadas, como Viuvinha, Terezinha de Jesus, Quem comeu o pão da casa
do João” dentre outras, facilitando a integração entre as crianças.
✓ Construção de cabanas utilizando os lençóis (pátio e sala) durante as
brincadeiras de faz de conta, despertando assim a imaginação.
✓ Exploração dos diferentes ambientes e jogos que a escola dispõe: pátio, sala,
porão, etc. descobrindo assim seus espaços e possibilidades.
✓ Contação da história: “Uma dúzia e meia de coisinhas à toa que me faz feliz,
com posterior realização de desenhos e pinturas sobre suas coisas
favoritas.
✓ Criação de um cantinho na sala com os objetos e brinquedos favoritos das
crianças (trazidos de casa), facilitando assim o processo de adaptação.
✓ Programações e situações de aprendizagens diferenciadas no decorrer do
processo: passeios, piqueniques, confecção e degustação de sacolé, festas,
teatros, cineminhas, salão de beleza, etc. a ser combinado com as crianças,
estimulando a integração entre as mesmas.
✓ Manusear, observar, explorar, amassar folhas de jornais e revistas, onde a
professora poderá descobrir, conhecer os interesses de cada criança.
✓
Recursos:
Giz escolar; Lápis de cor; Giz de cera; Folhas de ofício e desenho;
Canetinha;CDs variados; DVDs diversos; Rádio; Bolinhas de massagem;
Cadeira; Jogos variados; Livros infantis; Jornais e revistas.
Bibliografia consultada:
BASSEDAS, Eulália et. al. Aprender a ensinar na Educação Infantil. Porto
Alegre: ARTMED, 1999.
Internet:
http://guiadobebe.uol.com.br/bb1a2/socializacao_e_adaptacao_da_crianca
_na_preescola.htm
http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/171_abr04/html/pequenos
http://www.edicoesgil.com.br/educador/primeirodia.html
Acessados em 14/01/09.
Bibliografias sugeridas:
NOVAES, Maria Helena. Adaptação Escolar. Petrópolis: Vozes, 1985.
Sequência Didática:
Conteúdos
- Inclusão das famílias no processo de adaptação.
- Respeito às singularidades de cada criança.
Idade
Até 2 anos.
Tempo estimado
Duas semanas.
Material necessário
Objetos de apego dos bebês e para os cantos de atividades
diversificadas, uma foto de cada criança e livros de literatura
infantil.
Flexibilização
Bebês com deficiência intelectual costumam apresentar um
desenvolvimento mais lento que os demais. No entanto, no caso de
deficiências menos severas, essas diferenças podem ser pouco
notadas nos primeiros anos de vida. O bebê é capaz de desenvolver
sua mobilidade (mesmo que tenha algumas limitações motoras) e
também a capacidade de comunicação, embora costume apresentar
dificuldades de equilíbrio e de orientação espacial. Certifique-se das
limitações desta criança, respeite o ritmo de cada bebê e conte
muito com a ajuda dos pais ou responsáveis para adequar os
procedimentos nas situações de cuidado e de aprendizagem. Repetir
atividades e oferecer objetos que façam parte do dia a dia do bebê
são ações fundamentais que ajudam a criança nesse processo de
acolhimento. Organizar um caderno de registros, com as evoluções
e dificuldades de cada bebê em diferentes situações de
aprendizagem também contribui para diagnosticar eventuais
dificuldades da criança.
Desenvolvimento
1ª etapa
Leia a anamnese dos bebês ou entreviste seus familiares. Converse
com eles sobre a possibilidade de uma pessoa próxima à criança
acompanhar o período de adaptação e participar de situações da
rotina para compartilhar formas de cuidados com o educador. Não é
preciso que os pais estejam presentes. Outros responsáveis, como
avós, tios e irmãos mais velhos, podem participar dos primeiros
dias.
2ª etapa
No primeiro dia, acompanhe os responsáveis nas situações de
cuidado, como banho, alimentação e sono, e observe procedimentos
e formas de interação (a entrega do objeto de apego no momento de
sono, como foi interpretado o choro etc.). Monte alguns cantos (por
exemplo, com jogos de encaixe) e se aproxime dos pequenos.
Depois, faça uma roda com eles e as pessoas de sua referência para
despedida e transforme os gestos e as ações observados em
palavras. Converse sobre as brincadeiras, os interesses e o que foi
possível aprender sobre eles: João gosta de bola, Marina tem um
paninho etc. Fale que novas brincadeiras serão feitas no dia
seguinte. No segundo dia, organize outros cantos, com bacias com
água, bonecas e livros, por exemplo. Circule e participe das
situações. Oriente as pessoas que acompanham o processo a ficar
no campo de visão do bebê, mas que procurem desta vez não
interagir o tempo todo. No momento de trocar a fralda, a referência
familiar pode ficar ao lado do educador, enquanto ele realiza o
procedimento explicando à criança o que foi que aprendeu sobre ela
("Eu já sei que você adora segurar seu urso ao ser trocado. Pegue
aqui").
3ª etapa
No terceiro dia, brinque e abra espaço para a expressão de
sentimentos e gestos. Procure dar sentido às ações com base nas
experiências que os envolvem ("Seu bebê está com fome, José.
Vamos preparar uma sopa?). As pessoas que acompanham os bebês
podem se afastar do campo de visão deles. A saída deve ser
comunicada às crianças. No quarto dia, mostre cantos variados. À
medida que demonstrarem segurança, faça as despedidas das
pessoas que os acompanham. Anuncie onde estarão (quem ainda
fica na creche, quem vai tomar um café ou quem vai embora).
Brinque e acolha os possíveis choros, pegando no colo, oferecendo
brinquedos etc. Leia uma história.
4ª etapa
No quinto dia, componha o ambiente com os três cantos que mais
atraíram no decorrer da semana. Selecione fotos dos pequenos para
a composição de um painel. Nesse dia, apresente cada um, diga o
nome, do que já brincou, se é sapeca, brincalhão etc. Quando os
responsáveis vierem buscá-los, compartilhe esse painel na presença
dos bebês e crie um contexto de conversa que demonstre o
pertencimento deles à creche ("Agora esta sala é da Estela também.
Olha onde fica sua foto."). Na segunda semana, planeje os cantos
com base nos interesses das crianças e no que julga pertinente para
ampliar as experiências delas com o mundo -- a repetição de
propostas é importante.
Avaliação
Observe o comportamento dos bebês. Se possível, empreste um
brinquedo às mais resistentes, diga para cuidarem bem e trazerem
de volta à escola.
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Conteúdos
- Inclusão das famílias no processo de adaptação
- Envolvimento das crianças na construção da rotina
- Respeito e valorização das singularidades das crianças
- Mediação das experiências da criança com a cultura
Idade
2 e 3 anos (a sequência pode ser adaptada para acolher crianças de até 5 anos)
Tempo estimado
Duas semanas
Materiais necessários
- Objetos para casinha, bonecas, carrinhos, giz ou fita crepe, massinha, papel para
desenho, fantasias;
- Uma caixa de papelão;
- Uma foto de cada criança;
- Fotos ou desenhos de situações da rotina;
- Livros de literatura infantil.
Flexibilização
Para crianças com deficiência física
Para incluir crianças com deficiência física nos membros inferiores, o primeiro passo é
garantir a acessibilidade dos espaços da creche. Faça um passeio com a criança pelas
salas e áreas externas e apresente-a aos colegas. Deixe que as crianças interajam e
conversem. Caso as crianças tenham dúvidas, como por exemplo "por que ele não
anda?", responda de forma clara. Aproveite a oportunidade para contar a todos que a
limitação motora do colega, de forma alguma o impede de fazer as atividades
propostas, mas que, para algumas ações, ele pode precisar de ajuda. Explique isso à
criança com deficiência física e mostre que ele pode recorrer a você ou aos colegas
sempre que precisar. Conte com a ajuda da família para compreender melhor as
necessidades e hábitos da criança. Procure manter objetos ao alcance dos pequenos e
respeite o tempo de aprendizagem da criança.
Desenvolvimento
A adaptação começa antes da entrada da criança na escola. Solicite, portanto, aos
familiares que preencham previamente uma ficha, ou então, realize uma entrevista
com perguntas que retratem quem é a criança: seu nome, se possui irmãos na escola,
suas brincadeiras preferidas, comidas que aprecia ou não, se possui objetos de apego,
chupeta e o que costuma gerar conforto ou desconforto emocional (por exemplo, a
resistência para relacionar-se com pessoas estranhas).
Ao ler as fichas e estabelecer um primeiro contato com as crianças inicie o
planejamento.
1º dia
Organize o ambiente contemplando, também, as preferências observadas nos relatos
das famílias: por exemplo, um canto de casinha com carrinhos de boneca e bonecas; um
outro, com carrinhos e algumas pistas desenhadas no chão com giz ou fita crepe; um
canto com massinha ou materiais para desenho. O tempo de permanência da criança
na escola pode ser aumentado gradativamente, mas é importante que nos primeiros
dias uma pessoa de sua referência afetiva permaneça o tempo que for necessário
próximo dela, mesmo que seja em outro lugar que não seja a sala de aula.
Já neste primeiro dia mostre que houve interesse em conhecer a história de cada um,
faça comentários do tipo: "João, sua mãe me contou que você gosta muito de bola, você
viu que aqui nesta sua escola você pode brincar de futebol? Veja quantas bolas separei
para você, quer brincar comigo?", ou: "Marina, eu já sei que você adora massinha,
vamos fazer um bolo e uma festa com seus novos colegas?".
No encerramento dessa proposta, anuncie para as crianças o que será feito a seguir.
Faça um passeio pela escola e apresente os espaços e pessoas que pertencem a este
lugar. Em seguida, apresente uma brincadeira cantada para as crianças e os pais. No
final do dia faça uma roda de conversa com as crianças e relembre o que observou de
mais significativo do movimento do grupo; narre algumas cenas que revelaram
envolvimento, interesse e anuncie o que viverão no dia seguinte.
Solicite aos pais uma foto da criança para que seja organizado um canto do grupo na
sala de aula.
Avaliação Observe e registre posteriormente as crianças que mais se envolveram com
as propostas e as mais resistentes à aproximação dos adultos para pensar em formas de
convite e construção de vínculos nas próximas situações.
2º dia
Organize os cantos de atividades diversificadas de desenho, massinha, jogos e fantasias
e compartilhe com as crianças as opções que terão neste dia. Procure circular pelos
diferentes cantos e participe das situações junto com os pequenos.
Num outro momento, apresente para as crianças o canto que foi escolhido para colocar
as suas fotos e envolva-as nesta situação. Crie um contexto de interação neste
momento: ao colocar as fotos no painel cante músicas com os nomes das crianças ou
então faça uma brincadeira referindo-se a algumas características físicas ou ações
observadas no dia. Por exemplo: "esta menina que vou mostrar agora brincou muito de
bola, comeu muita banana e está ao lado do Lucas. Quem será?"
Faça a leitura de uma história e mostre onde será o canto de livros do grupo.
No final, apresente uma caixa onde ficarão os objetos trazidos pelas crianças de casa.
Solicite aos pais que façam um desenho com seus filhos e tragam no dia seguinte para
ser colado nesta caixa. Se possível tire uma foto do grupo para identificar este objeto
que será de todos.
Avaliação Observe a movimentação das crianças nos cantos e a forma de envolvimento
com as propostas. Anote como foram as reações daquelas crianças mais caladas, das
que resistem aos contatos, ou mesmo daquelas que demonstram uma certa euforia
diante de tanta novidade.
3º dia
Faça mais uma vez a brincadeira com as fotos das crianças e com as músicas "A canoa
virou"; "João roubou pão". Proponha mais uma vez os cantos de atividades
diversificadas de massinha, casinha, pistas de carrinhos e bichos.
Monte com as crianças a caixa onde ficarão seus objetos e escolham um canto onde ela
ficará guardada.
Compartilhe mais uma leitura e guarde mais um livro na biblioteca que será do grupo.
Encerre o dia recuperando oralmente o que foi vivido pelas crianças e anuncie algo que
as aguardará no dia seguinte. Faça também um clima de surpresa, de expectativa para
as novas experiências.
Avaliação Invista na interação com as crianças que demonstram maior dificuldade e
resistência. Chame-as para pegar algum material com você para a organização do
ambiente, sente-se ao lado para fazer um desenho, faça você um mesmo um desenho
ou escultura de massinha para que leve para casa e observe as reações a estas formas
de convite. Não se esqueça de que aquelas crianças que aparentemente estão achando
que tudo é uma "festa", merecem um olhar especial, um colo, momentos de atenção
para se entregarem às propostas e para compreenderem o que está acontecendo com
elas.
4º dia
Receba as crianças com os cantos de atividades diversificadas (no mínimo 3). Faça mais
uma vez a brincadeira com as fotos. Apresente em forma de desenho ou por meio de
fotografias das crianças, cada situação da rotina (o professor deve organizar este
material previamente). Converse com as crianças o que fazem em cada momento e
organize junto com elas a sequência temporal das atividades. Diga que essas fotos ou
desenhos ajudarão a saber o que farão na escola e que logo após o lanche ou então da
brincadeira no parque, por exemplo, seus pais voltarão para buscá-las. Cole o quadro
da rotina num lugar de fácil acesso para as crianças.
Avaliação Ao anunciar os momentos que retratam a rotina, diga às crianças que ainda
choram e demonstram sofrimento em estar neste novo ambiente, quais são as situações
que viverão e quando será o momento de reverem as pessoas de sua família todos os
dias. Observe as reações e sempre que chorarem recorra a esta estratégia para ajudar a
tranquilizar as crianças.
5º dia
Receba as crianças em roda e conte que escolheu montar os cantos que mais gostaram
no decorrer da semana. Quando encerrar, recorra ao quadro da rotina para situar o que
farão a seguir. Faça mais uma leitura e guarde mais um livro na biblioteca do grupo.
Comente que, aos poucos, conhecerão muitas histórias. Em seguida, mude a atividade
e faça com o grupo uma salada de frutas (se possível, peça no dia anterior que cada
criança traga de casa uma fruta). Ou então, no lanche, faça um piquenique no espaço
externo da escola.
Encerre o dia com uma brincadeira. Conte que ficarão dois dias em casa sem vir para a
escola, mas que muitas novidades as aguardam na próxima semana. Fale que brincarão
muito e que o professor estará sempre presente quando precisarem de algo.
Avaliação Ajude as crianças mais resistentes à aproximação a transformarem
sentimentos em palavras. Reconheça os desafios ainda existentes, mas reafirme que na
próxima semana estará novamente na escola para recebê-las e investigar quais são as
brincadeiras e outras situações que lhes farão se sentir bem neste ambiente. Se possível,
empreste algum livro ou brinquedo e peça para que cuide bem e traga novamente para
a escola na próxima semana. Isso ajudará neste processo de construção de vínculo com
a escola e com o educador.
Conteúdos
- Cuidados.
- Identidade e autonomia.
Faixa etária
2 a 3 anos.
Tempo estimado
O ano todo.
Material necessário
Outros objetos de apego que não a chupeta, como cobertores e brinquedos, de acordo
com a anuência da família.
FlexibilizaçãoPara crianças com deficiência intelectualO grande desafio, ao trabalhar
com crianças com deficiência intelectual é mostrar que é possível fazê-las pensar para
além da 'concretude' dos objetos. Esses pequenos tendem a apegar-se mais a objetos
como a chupeta. Por isso, é importante não oferecer a chupeta diante de qualquer sinal
de desconforto da criança e conduzi-la, aos poucos, a deixar o objeto, da mesma forma
que as outras crianças do grupo - desde que respeitado o tempo de aprendizagem e as
conquistas de cada criança. As conversas com a família e a socialização na creche
também contribuem nesse processo.
Desenvolvimento
Questionamento
Busque compreender o significado da chupeta na vida dos pequenos. Para tanto, reflita
sobre as seguintes questões:
- Por que bebês e crianças pequenas geralmente chegam à creche com ela na boca?
- Por que para algumas ela é importante na hora do sono? E quando acordam também?
- Por que muitas delas param de chorar imediatamente quando esse objeto lhes é
entregue?
- Em quais momentos as crianças costumam deixá-lo de lado?
Solidariedade
Quando o combinado é não usar a chupeta, algumas crianças podem não lidar bem
com o fato, mesmo com você oferecendo atenção e outros objetos de apego. Nesses
casos de resistência, devolva a chupeta para que elas não se sintam desamparadas.
Desapego
Os objetos de apego podem ser usados para ajudar nos momentos críticos, mas, com o
tempo e a progressiva integração das crianças ao grupo, você deve lembrá-las de que
podem ficar sem a chupeta durante um período.
Avaliação
Mesmo que influenciado pelas experiências de socialização que os pequenos viverão
na creche, o sucesso em deixar a chupeta é uma conquista pessoal, que está relacionada
ao crescimento individual. Então, quando algum deles conseguir passar muito tempo
sem o objeto por perto, parabenize-o. Sempre que possível, chame a atenção também
para as coisas que as crianças estão conseguindo fazer sem ajuda e comente o
desempenho delas em outras atividades, como desenhos e pinturas, demonstrando o
quanto estão crescidas e independentes.
Objetivos
- Interagir e relacionar-se por meio de fotos.
- Perceber-se a si e ao outro, as igualdades e diferenças, mediante as interações
estabelecidas.
-Sentir-se valorizado e reconhecido enquanto indivíduo.
-Enxergar-se a si próprio como parte de um grupo, de uma unidade complexa.
Tempo estimado
Um a dois meses.
Esta sequência de atividades foi traçada considerando as necessidades das crianças de
se reconhecerem no grupo no início do ano letivo. Desta forma, foram pensadas
atividades numa sequência, que pode ser alterada conforme as necessidades e
interesses de cada grupo. Depois desta sequênica inicial é interessante que algumas
atividades ocorram diariamente no decorrer do ano, como a elaboração da rotina e a
elaboração do quadro de presença.
Material necessário
- Fotos das crianças sozinhas, com seus familiares, com seu brinquedo preferido, e
outras, realizando atividades que gosta sozinhas e junto de seus colegas na escola.
- Caixinhas de sapato infantil para servir de caixinhas surpresa. Podem ser pintadas, ou
forradas.
- Papel craft para fazer cartazes de pregas.
- Papel cartão colorido e cola para confeccionar os cartazes com janelinhas.
- Fita adesiva.
Flexibilização
Para crianças com deficiência visual
É importante que as crianças com deficiência visual também tragam fotos, para que os
colegas as reconheçam. Mas, para que esses bebês sejam incluídos e consigam
reconhecer a si e aos colegas, é muito importante trabalhar estímulos relacionados aos
outros sentidos. Músicas, cheiros e objetos que caracterizem os colegas - a Mariana usa
óculos, o João está sempre de boné etc. - são fundamentais nesse processo. Substitua
algumas brincadeiras com fotos por brincadeiras com objetos de cada criança. O móbile
da sala também pode ser construído com brinquedos e as caixinhas, encapadas com
tecidos de diferentes texturas. Descreva bastante as imagens e as características de cada
criança. Você também pode trabalhar com as imagens em relevo (em braile, cola de
relevo ou barbantes nos contornos).
Sequência 1 : eu, eu e eu
1. Numa roda, distribuir caixinhas supresa para as crianças com suas respectivas fotos
dentro, de forma que abram e encontrem a sua imagem.
2. Distribuir as fotos e ajudar as crianças a colá-las sobre os cabides, onde ficam
penduradas suas sacolas. Deixar as fotos sempre no mesmo lugar para que as crianças
saibam o lugar destinado a ela guardar seus pertences. (Pode-se também fazer um
mural de bolsos e, com ajuda das crianças, colar suas fotos, uma em cada bolso).
3. Fazer um cartaz de pregas representando a escola e outro representando a casa.
Disponibilizar as fotos das crianças numa caixa que fique disponível a elas no início do
dia. Deixe que olhem as fotos, encontrem as suas próprias e ensine-as a colocar no
cartaz referente à escola.
4. Numa roda, sortear uma foto por vez para que o grupo identifique quem é quem.
Incentivar as crianças a nomear e a relacionar foto e colega. Também podem cantar
alguma canção simples, que diga os nomes das crianças neste momento, como "Bom
dia Mariana, com vai? Bom dia Mariana, como vai? Bom dia, Mariana, bom dia
Mariana, bom dia, Mariana, como vai?". Cada um leva a sua foto ao cartaz da escola.
5. Espalhar fotos pelo espaço e brincar com as crianças de encontrar. Pode cantar uma
canção simples como: "Cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo onde é que está?". Cada um leva a
sua foto ao cartaz da escola.
6. Fazer um cartaz com xerox repetidos e misturados das fotos de todas as crianças.
Brincar com as crianças de cada uma encontrar as suas próprias fotos entre as demais.
Bibliografia
As cem linguagens da criança, Carolyn Edwards, ARTMED
Aprender e ensinar na Educação Infantil, Eulália Bassedas, ARTMED
Referencial Nacional para a Educação Infantil, MEC, 1998.
Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas para
a Educação Infantil, PMSP - SME/ DOT, 2007.
Material necessário Bolinhas de plástico (maior do que a boca dos bebês), tinta atóxica
e não solúvel, cola, pedaços de pano, revistas de bebês, cartolina, tesoura e lápis de cor.
2ª etapa
Apresente ao grupo as fotos e as histórias encaminhadas pelos pais. Proponha que
cada criança cole sua foto numa folha e faça uma moldura pintada com lápis colorido.
É fundamental que você explique a elas que já foram bebê um dia - uma boa estratégia
é comentar as semelhanças físicas que a imagem revela.
3ª etapa
Conte para aos maiores de 2 anos que eles farão uma visita ao berçário e sugira que
construam um presente para dar aos bebês. Para confeccioná-los, entregue duas bolas
de plástico para cada criança, explicando que uma será para ela brincar e a outra
deverá servir de base para o presente dos bebês. Utilize tinta misturada à cola branca
ou pedaços de pano para decorá-las.
4ª etapa
As professoras do berçário devem organizar os bebês em grupos para receber a visita.
Em um que reúna bebês de 4 a 8 meses, as auxiliares e professoras precisam
permanecer ao lado para ajudar aqueles que ainda não seguram a bola. Ao receber os
presentes dos maiores, elas devem pegá-lo e agradecê-lo. Em outro grupo, com bebês
de 9 meses a 1 ano, deve-se dizer para eles que estão recebendo um presente, feito pelo
seu amigo, e que poderão brincar com ele. É muito comum que o bebê devolva a bola.
Nesse momento, é fundamental que o professor explique o ato, dizendo à criança que
deu o presente que o bebê quer brincar de dar e receber. Não se esqueça de monitorar o
toque das crianças nos bebês, pontuando a cada gesto que se deve ter cuidado,
"traduzindo" as expressões de satisfação ou desprazer do bebê para as crianças.
Nos primeiros dias da criança na creche, a equipe ainda não distingue os tipos de choro
dela. "Há o que expressa dor, o de ‘acordei, vem me buscar’ e o de saudade, entre
tantos outros. Quem investe em um cuidado atento passa a identificar essas diferenças
e, assim, descobre qual é a melhor atitude a tomar", diz Edimara de Lima,
psicopedagoga da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Para decifrar as lágrimas, é preciso ter em mente que o objetivo dos bebês é comunicar
que algo vai mal. "Eles relacionam o choro a uma reação boa. Afinal, alguém vem
atendê-los. Esse é o jeito que eles têm de dizer ‘estou tentando lidar com um problema,
mas não está fácil’. Por isso, deve-se evitar ideias preconcebidas e tentar entender o que
o choro expressa", orienta Beatriz Ferraz, coordenadora do Núcleo de Educação Infantil
do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
Essa pesquisa parte de tentativas e erros e, com o tempo, chega a várias respostas.
Quando há dor física, deve-se agir no ato e buscar as devidas orientações médicas. A
dor emocional também merece ação rápida e aconchego. "Costumam dizer que, se
pegar no colo, a criança fica manhosa. Mas colo e carinho não estragam ninguém e são
sempre bem-vindos", garante Regina Célia Marques Teles, diretora da Creche
Carochinha, em Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo.
Não é raro que um simples conflito tome proporções de catástrofe mundial, com
direito a gritos, sacudidas pelo chão e soluços sem fim. "Às vezes, a criança perde o
controle e não consegue voltar ao normal sozinha. Não dá para cruzar os braços e
esperar isso passar nem tentar resolver na conversa", relata Regina Célia. Também não
vale cair na armadilha de fazer chantagens para o choro cessar. O melhor é mostrar que
entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e sente no seu colo,
passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar. Não perca a chance:
respire fundo e tome fôlego também.
CONTATOS
Ana Paula Yazbek
Beatriz Ferraz
Creche Carochinha , Av. Bandeirantes, 3900, 14040-901, Ribeirão Preto, SP, tel. (16)
3602-3580
Edimara de Lima
Grão da Vida, R. Oswaldo Quirino Simões, 140, 04775-010, São Paulo, SP, tel. (11) 5523-
2406
BIBLIOGRAFIA
Creche: Organização, Montagem e Funcionamento, Gilda Rizzo, 400 págs., Ed.
Record, tel. (11) 3286-0802, 53 reais
Álbum de fotos
As imagens originais foram para álbuns individuais. A professora cortou ao meio
folhas coloridas de tamanho A4 e colou as fotos em cada pedaço. Depois, digitou as
legendas no computador e imprimiu em papel branco. Nelas, o nome das pessoas e a
situação ("Pedro com seus avós no parque", por exemplo). Para garantir mais
durabilidade, envolveu as folhas com plástico adesivo transparente. Com o furador, fez
dois orifícios em todas as páginas e as uniu com barbante. Na capa, escreveu "Eu e
minha família". Como a intenção era deixá-los ao alcance da criançada, ela tomou o
cuidado de não usar grampeador nem fio de náilon para não causar machucados.
Todos os dias, alguém chegava com um brinquedo para juntar ao canto. Edimari
reunia a turma numa roda, fazia a chamada e mostrava o novo objeto. "Eu contava
quem havia trazido e estimulava o empréstimo, mas nem sempre era atendida. Quem
não queria compartilhar era respeitado", diz. Dessa maneira, ficava entendido o que
pertencia a quem. O mesmo aconteceu com a inserção de fotos inéditas, com destaque
para o nome e as peculiaridades de cada família.
O tempo todo, os pequenos estão livres para explorar o espaço. "Em alguns momentos,
eles ficam um longo período olhando e observando seus parentes e os dos colegas",
conta. Mas nem todos se acalmam vendo a imagem da família na parede. No princípio,
era comum alguns chorarem de saudade. Quando isso acontecia, a educadora os
pegava no colo e conversava sobre o momento em que se reencontrariam com os pais
novamente. Um de seus argumentos era a proximidade da hora de saída. Para os que
não têm autonomia para se locomover, como os bebês de colo e os que ainda não
engatinham ou andam, a estratégia é levá-los ao painel ou fixar as fotos no chão com
plástico adesivo transparente. Desde o início do ano, Edimari já refez o material
algumas vezes por causa da manipulação, mas isso não é problema. O que importa
mesmo é o bem-estar da turma.
Envolvimento de todos
O CEI Mina, na capital paulista, tem um projeto institucional de adaptação bastante
elogiado. Assim que recebe a lista de interessados em fazer a matrícula, a diretora
Rosangela Santos Barbosa marca uma entrevista com os pais ou os responsáveis. No
dia combinado, ela aplica um questionário com perguntas sobre concepção, gestação,
parto, relações afetivas, higiene, alimentação, sono e outros aspectos da vida da criança
em casa. Sua intenção é reunir informações para que a equipe consiga fazer um
atendimento personalizado. Depois, ela explica o planejamento pedagógico e apresenta
todos os espaços e funcionários, dando ênfase aos lugares onde a criança vai ficar. O
fim da conversa é um convite para que os adultos passem alguns dias na creche,
acompanhando a rotina.
Rosangela tem objetivos definidos. "Quero proporcionar tranquilidade e fazer com que
todos se sintam seguros acompanhando nosso trabalho", explica. A medida tem um
ganho adicional. Com a família dentro da instituição, os professores aprendem mais
rapidamente a melhor maneira de cuidar do novo integrante da turma. "O ideal é que a
primeira troca de fraldas seja feita pela mãe com a observação do educador", defende a
consultora Beatriz.
Na CEI Mina, os adultos participam ainda de palestras e discussões pedagógicas.
"Sempre exibo um vídeo e leio sobre o tema adaptação antes de iniciar uma reflexão",
conta a diretora. Além do ambiente preparado com mesa, cadeiras e videocassete, ela
oferece um lanche. Nesse clima descontraído, todos se sentem à vontade para
compartilhar impressões e angústias. Com o entrosamento no espaço escolar,
Rosangela propõe uma oficina de sucata para a confecção de um brinquedo. A
produção dos pais é sempre colocada na sala da creche. Outra iniciativa é integrar os
participantes às atividades do dia-a-dia. "O envolvimento é tão grande que as pessoas
não se restringem a dar atenção aos seus", narra.
Os especialistas recomendam ainda compartilhar um texto sobre o desenvolvimento
infantil e explicar o que acontece em cada época da infância, principalmente na fase em
que está o filho.
A equipe e a família
A equipe pedagógica também merece uma adaptação. "A rotina da instituição se altera
completamente com a chegada de cada novo integrante, seja no início do ano, seja
agora", justifica Silvana Augusto, assessora para Educação Infantil e formadora de
professores, de São Paulo. Nesse caso, coordenadores e diretores devem orientar
professores e demais funcionários sobre como se comportar: por exemplo, explicar aos
cozinheiros que, se acriança rejeitar a comida, não é um problema do trabalho dele.
A adaptação é um período de aprendizagem. Família, escola e crianças descobrem
sobre convívio, segurança, ritmos e exploração de novos ambientes, entre tantas outras
coisas. Para as famílias das crianças do CEI Mina, fica a clareza de fazer parte da
creche, pois a equipe considera o sentimento delas para desenvolver o próprio
trabalho. "Estamos prontos para receber os pais. Eles são nossos parceiros!", diz
Rosangela.
No Colégio Farroupilha, a professora gaúcha também alcançou seu objetivo: as
crianças rapidamente ficaram tranqüilas dentro do novo ambiente. Para demonstrar
isso aos pais ou responsáveis, fez fotos de diferentes situações, como a brincadeira no
tanque de areia, a hora do lanche, o abraço apertado no brinquedo querido e os olhares
felizes em direção ao mural. "As crianças aprendem a ficar longe da família e, com isso,
se apropriam dos espaços da creche", avalia.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL CASA DA CRIANÇA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
JUSTIFICATIVA
Este projeto justifica-se por ser o primeiro contato que a criança tem com a escola, um
momento único e especial, tanto para a família quanto para a escola, pois é um período
de muito choro e impaciência por parte da criança, que se sente abandonada pelos pais.
Partindo desta afirmação é fundamental que o educador receba as crianças com o maior
afeto possível, demonstrando simpatia e principalmente mostrando segurança para os
pequenos iniciantes do convívio escolar, e que a escola, também se prepare para recebê-
los, tranqüilizando os pais que neste momento demonstram uma insegurança, que é
normal, diante do fato de ter que entregar seu filho para pessoas, até então, estranhas.
OBJETIVO GERAL
Proporcionar aos alunos um ambiente lúdico, agradável, seguro para que venha
proporcionar uma adaptação tranqüila para a criança e sua família, contribuindo para o
seu desenvolvimento integral.
Adaptação a Escola
• Ter relação afetiva com suas educadoras e ir aceitando a presença das outras
pessoas no ambiente da sala.
• Reconhecer e sentir-se segura dentro da sua sala e nos espaços onde realiza suas
atividades: refeitório, fraldário e corredor.
Movimentos Amplos:
Observação e Imitação
Natureza e sociedade
AREAS DO CONHECIMENTO
-Matemática
-Movimento
-Artes
ATIVIDADE MOTIVADORA
A atividade motivadora deste projeto foi tornar cada dia mais atrativo e aconchegante o
ambiente da sala, enfeitando-a e organizando-a de maneira que a criança sinta-se segura
e atraída para entrar e permanecer no ambiente.
A postura das educadoras ao receber a criança, também foi uma maneira de motivá-la a
entrar, pois ao recebê-las demonstramos alegria e satisfação ao vê-la, usamos um tom de
voz suave e um olhar tranqüilo, fazendo referencia e elogiando seu cabelo, sua roupa,
sua mochila etc. Conquistado, com isso, a confiança de cada uma delas.
ETAPAS PROVÁVEIS
-Chamar a atenção das outras crianças sobre a chegada de cada colega, estimulando para
que a recebam e a levem aos brinquedos;
-Na chegada estimular a criança que se despeça do pai, da mãe ou da pessoa que a traz;
-Informar aos pais sobre o estado que a criança ficou durante a manhã;
-Jogos de encaixe
-Andar, engatinhar, empurrar, subir, descer, transpor, sentar, levantar, bater arrasta,
abrir, fechar, empilhar,...
-Observar-se no espelho
ATIVIDADE AVALIATIVA
BIBLIOGRAFIA
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