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Turma: Maternal A
Professora: Jéssica Oliveira
Professora auxiliar: Maria Rita Terrazan
Coordenadora: Lucy Ramos Torres
Chegou a tão esperada hora de ir para escola. A chegada da criança pequena na escola é
muito marcante para todos que à rodeiam e principalmente para ela. Um importante e
muitas vezes difícil momento para as famílias, que necessitam de cuidados e atenção
assim como as crianças.
O primeiro dia de aula marca a vida das famílias é uma nova fase que esta se iniciando e
assim como tudo que é novo, trás consigo muita ansiedade, expectativa, dúvidas,
curiosidades e uma porção de sentimentos.
Vivemos na escola momentos marcantes que ficam em nossa memória para sempre e vez
ou outra nos lembramos com carinho de vivências e aprendizados que passamos na
Educação Infantil, que muitas vezes contribuíram para os adultos e as escolhas de hoje.
A criança pequena chega na escola por diversos motivos, mas o maior deles é a
necessidade de suprir estímulos, convivências e interações com o outro, que a família já
não consegue mais garantir em casa.
Cada criança acolhida na turma do maternal A, possui a sua individualidade e
personalidade, por isso cada rostinho, mãozinha e olhinhos curiosos são vistos de forma
singular e única. E por cada criança por ser única, ela naturalmente vai precisar de uma
atenção especial, por que possui um jeito sem igual de deixar transbordar seus
sentimentos, se expressar e contar ao mundo o que está sentindo. No período de
adaptação é assim, tão pequenos e frágeis, mas ao mesmo tempo, tão corajosos, há
aquelas crianças que entram na sala sem olhar para trás, as que adoram carregar a
mochila, mas precisam de um colo na hora de entrar, ou então as que choram muito
tentando processar as novas informações.
Falando em choro... Está ai algo que mexe com todos, desestabiliza um grupo e desperta
preocupações. Mas ele nada mais é do que o modo que a criança, que acabou de furar a
bolha e sair de sua zona de conforto, em fase de aquisição da linguagem oral tem para
expressar seus sentimentos, tentar organizar e entender o que esta acontecendo.
Pensando no momento de encontro com essas crianças, que mais tarde se tornariam
juntas um grupo, as famílias foram recebidas com um carinhoso abraço de forma bem
acolhedora para que se sentissem bem no novo ambiente e para essa nova etapa que só
estava se iniciando. Para que as crianças se sentissem seguras os pais participaram da
rotina dos primeiros dias de aula e estiveram presentes durante o todo período de
adaptação, o que foi fundamental para que as crianças fossem se adaptando de forma
gradual e o mais natural possível ao espaço da escola, também para que ficassem a
vontade para brincar, descobrir e aprender de maneira natural e feliz sentindo-se cada vez
mais segura com o ambiente e adultos. Segundo Velasco (1996) o brincar tem um papel
significativo no desenvolvimento infantil, representa o desejo e colabora com o surgimento
das nossas expressões psicomotoras de maneira harmoniosa e prazerosa. Transmitir
segurança e oferecer condições para que a criança interaja com o meio em que inserida
contribui também para que as professoras sejam aceitas e se tornem referencia de
conforto e segurança para os pequenos.
Nas primeiras semanas na escola a proposta foi brincou muito, na maior parte das vezes
fora da sala, furando a bolha de casa, da sala, sempre com ofertas e diversificando as
condições propostas com brinquedos, espaços, movimentos e sons, e se desafiando no
espaço gigante da escola. A cultura do brincar na educação infantil é reconhecida
principalmente pela sua importância para o desenvolvimento saudável do imaginário
infantil, pois é na educação infantil que as crianças vão desenvolver o jogo simbólico a
partir de propostas de atividades lúdicas. Segundo o RCNEI (1998) é através do ato de
brincar que a criança se desenvolve globalmente, ou seja, é o principal modo de expressão
da infância, brincando a criança pequena aprende a viver e a se desenvolver de forma
lúdica e prazerosa.
Ao passar do tempo e do período de adaptação, que difere de para cada uma, as crianças
cada uma com suas características e individualidades começaram a dar forma a um grupo,
que foi se tornando amigo, companheiro e acolhedor com os amigos que chegaram um
pouquinho depois, as crianças foram aprendendo com as diferenças e características
umas das outras e a conviver em grupo de forma harmoniosa e companheira. Foi então, o
grupo descobriu a roda, aprenderam a fazer roda e a brincar precisando do outro, e assim
as interações e contato com outro foi ficando cada vez mais frequente.
BRITO, Teca, Alencar de. Música na educação infantil: Propostas para a formação
integral da criança. 2°. Ed. São Paulo: Editora Peiropólis, 2005.
SILVA. Silvia Maria Cintra da. A constituição social do desenho da criança. São Paulo:
Mercado de Letras, 2002.