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ADAPTAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

“A C O L H E R O S E N T I M E N T O D E U M A C R I A N Ç A N Ã O S I G N I F I C A
FAZERTODASASSUAS
V O N T A D E S , M A S S I M O R I E N T A R E D I R E C I O N A R S U A S E M O Ç Õ E S”

O que precisamos saber?


O primeiro passo é entender que nós é que possuímos a MATURIDADE de vida, emocional e mental,
então nós é que devemos nos colocar no lugar das crianças principalmente nesses momentos de
insegurança.
Precisamos voltar a nossa escuta e observação sensível, e nos preparar psicologicamente para não
deixarmos nossas crenças pessoais entrarem na frente do que é correto e humano de se fazer a essas
crianças.

1º Pesquise
Se esse aluno já esteve na escola provavelmente você já o viu, já existem registros potentes dessa
criança que vão te ajudar a descobrir seus interesses e desafios, mas não se esqueça, é muito tempo
longe da rotina escolar até mesmo os alunos que já frequentavam podem precisar de acolhimento nesse
momento de volta as aulas.

Os desafios da novidades
Ao se tratar de um aluno novo que nunca esteve num ambiente escolar os desafios são inúmeros, mas
todos são superáveis... Ao iniciar pelas pesquisas, você pode preparar um tipo de questionário para
mostrar aos pais logo no primeiro encontro, lá eles podem anotar coisas como: Música preferida,
brinquedos preferidos, se a criança já teve outros adultos referências e etc... elabore todas as questões
que podem te ajudar nesse momento!
Comunicação é a chave para iniciar uma boa adaptação.

As etapas da adaptação

1- A ADAPTAÇÃO COMEÇA EM CASA


Nesse momento é importante que através dos grupos
e redes sociais, na primeira reunião de pais do ano, seja conversado sobre isso para que a família
comece se preparando em casa, mostrando fotos do ambiente, conversando sobre como vai ser legal,
enviando objetos de apego, e entendendo que uma despedida rápida e segura será necessária. Em
casos em que a escola queira a participação familiar é um direito da família e da criança.
2- SE COLOCANDO NO LUGAR DAS CRIANÇAS ACOLHER OS SENTIMENTOS
E mais uma vez precisamos nos colocar no lugar dessas
crianças para entender que sentimentos estão vindo a tona nesse momento, o medo, abandono,
insegurança, quebra de rotina, saudade, entre outros... Assim como nós quando iniciamos algo novo,
ansiamos para que sejamos bem tratados e acolhidos, com as crianças acontece o mesmo. E só
quando nos colocamos nesse lugar de fragilidade é que conseguimos agir de forma respeitosa.
Depois de reconhecermos essas dores conseguimos nos preparar para
receber diversas crianças fora de suas zonas de conforto, as vezes pela primeira vez recebendo uma
cuidadora que não seja seu adulto referência.
Então o choro, as birras, as vezes as agreções
estarão presentes no comportamento inicial, e nós precisamos estar preparadas para resistir e ter
muita dedicação com eles e com nós mesmas...
Quando nos sentimos tristes um abraço pode confortar, podemos desabafar, nos sentimos parte
daquele grupo, então quando esses momentos e crises acontecerem..
ACOLHAM, respeitem, e digam quantas vezes forem necessárias que o "o
adulto referência da criança está vindo busca-la sim" esse assunto não será diferente ao se tratar da
hora do soninho, ou alimentação...
Precisamos pensar que as vezes essa criança só teve uma única fornecedora de alimentos e que
podem ser bem diferentes do que estamos oferecendo, ou podem nunca ter dormido longe da figura
afetiva então toda calma é muito bem vinda, por isso mais uma vez a sensibilidade estará presente
dentro das suas escolhas em sala.

3- BOA RECEPÇÃO DAS CRIANÇAS E FAMÍLIAS


Nesse momento de fragilidade e vulnerabilidade de ambos,
precisamos estar dispostas e receber as crianças e famílias da forma mais acolhedora que
conseguimos. Um sorriso para esse familiar que não te conhece e que vai confiar a você seu filho,
pode mudar toda sua relação com as famílias, estejam prontas.
Se apresentem, digam porque escolheram estar ali, a quanto tempo trabalham na instituição, sejam
receptivas, e com o tempo tudo ficará mais tranquilo.

4- OBJETO DE TRANSIÇÃO OU APEGO


Já ouvi muitas educadoras desgostando desses objetos por dar trabalho, porque a criança não larga,
porque ninguém pode tocar que a criança chora, que pode se perder e etc...
E de fato é tudo isso, mas precisamos
nos atentar que esse é o pedacinho da casa delaqua criança ela trouxe para se sentir menos sozinha.

5- OBSERVAÇÃO E SONDAGEM
Agora que o choro já é entendido e mediado por nós, podemos conhecer
melhor cada criança, o que acalma cada uma, as que choram com frequência, as que não choram, as
que precisam de mais atenção, as que preferem se manter no seu próprio espaço, então sua
sondagem já está sendo realizada, e suas anotações podem ganhar vida.

6- PREPARAÇÃO DOS ESPAÇOS EM SALA


A preparação da sua sala é fundamental para que a primeira impressão seja a que você quer passar: É
ideal montar cantinhos lúdicos e com atividades que chamem a atenção e despertem a curiosidade das
crianças.
Nesses espaços você pode pensar num cantinho de leitura, num cantinho de fantasias, um cantinho de
pintura e massinha, cantinho com materiais de largo alcance, nesse momento sua criatividade é que
manda.
Esses espaços vão preencher o tempo das crianças e sempre que cansarem da
novidade de um canto, pode migrar para o outro, é na adaptação que você cria essa relação com a
criança e os espaços que você monta para eles explorarem... Aproveitem esse momento para brincar e
criar laços com eles, a organização e documentação podem esperar...

7- RECAÍDA E READAPTAÇÃO
Cada criança percebe as coisas num tempo diferente, então algumas delas podem dar espaço para a
empolgação a novidade e todos os estímulos que criamos ali, mas depois de uns dias começa a
perceber que
aquela será sua nova rotina, ou já cansou das novidades e começa a chorar e não querer ir a escola, e
tudo isso é normal, então voltamos a dar atenção necessária, a essa altura conhecemos um pouco
melhor e podemos agir novamente até que essa rotina seja parte da vida da criança!

8- O REGISTRO COMEÇA AI
Após esse reconhecimento o desespero começa a darugar a calmaria, os registros podem ser
iniciados, e você pode optar por registros individuais onde separa cada aluno e registra sobre sua
família e a adaptação, alimentação interação interesses e etc... Ou pode fazer registros conjuntos
onde mencione grupos específicos.
Lembre-se fotos e vídeos também são registros potentes para as crianças e bebês,

Adaptação é desafiadora

Ao final de cada dia da adaptação você chegará em sua casa exausta, cansada e querendo
silêncio e paz... permita-se sentir essas sensações, viva seu momento e tudo bem se sentir
assim, é exaustivo lidar com tantas emoções... Mas lembre-se essa fase passa, e quanto
mais nos envolvemos emocionalmente e propomos atividades que preencham o dia das
crianças, mais cedo essa fase pode passar, e logo seus dias serão agitados, mas por outros
motivos rs

Hora da ação:

Nesse momento podemos começar a pensar em como podemos tornar a acolhida das
crianças menos dolorosa...

*Dividam-se em grupos de 4 pessoas


*Coloquem no papel no minímo 5 ideias de cantinhos criativos para receber as crianças
*Descrevam como lidar com uma criança que não demonstra interesse em nenhum desses
cantinhos
BIBLIOGRAFIA

ESTUDO CIENTIFICO: FUNÇÕES EXECUTIVAS E DESENVOLVIMENTO NA PRIMEIRA INFÂNCIA:


HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA A AUTONOMIA
HTTP://WWW.EE.USP.BR/PESQ/APOSTILAS/WP- FUNCOES%20EXECUTIVAS.PDF

PÁGINA WEB - DRA FERNANDA HTTPS://WWW.DRAFERNANDAMONTEIRO.COM.BR/FASE-DE-


DESENVOLVIMENTO-COGNITIVO-SEGUNDO-PIAGET/

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