Você está na página 1de 4

Um pequeno texto para auxiliar a todos sobre a

adaptação, fase das mordidas, limites, etc. O objetivo é


iniciarmos uma reflexão em conjunto sobre estes
pontos, estaremos sempre dispostos a uma conversa e
trabalho conjunto na busca da integração e
desenvolvimento harmônico das nossas crianças.

ADAPTAÇÃO:
É importante pensarmos que a entrada da criança na escola é, geralmente, a sua primeira experiência
de separação da família. Ela vai conviver com pessoas, crianças e adultos até então totalmente desconhecidos
para ela. Terá que saber compartilhar os materiais e espaços e irá aprender o que se faz neste novo ambiente.
É normal no primeiro contato as crianças estranharem e, com isso, ficarem inseguras, chorarem e até ficarem
agressivas às vezes rejeitando a escola.

A reação da criança é sempre mais evidente, mas os pais, e às vezes outros membros da família, sofrem
muito durante a adaptação da criança. O envolvimento afetivo e emocional tem a necessidade de reestruturação
como, também, o cotidiano familiar, pois novos horários e mudanças nos hábitos irão ocorrer. Nós, professores,
estaremos ajudando e amparando a criança dizendo a verdade sempre, exemplo: “A mamãe vai trabalhar, mais
logo volta.”

O elo de confiança deve ser estabelecido desde o início. Os pequenos sabem quando os enganamos, e
isto pode gerar mais desconforto, medo e insegurança na relação aluno/ família e aluno/escola.

Vamos explorar o ambiente da escola, as relações com os demais amigos do grupo e o vínculo de
amizade com a professora, pois assim a criança se sente mais segura e feliz, se adaptando aos poucos a sua
nova realidade.

Agora, com o texto a seguir, gostaríamos de conversar sobre a linha pedagógica que trabalhamos em
nossa escola. Esperamos dar uma pequena amostra do nosso cotidiano e que seja de grande proveito a todos.
Mordida - em quem dói mais?

Até os três anos de idade, as mordidas são conhecidas, comuns entre as crianças, mas sempre
preocupam pais e professores. Para entender o fato, é preciso voltar nossa atenção para o desenvolvimento
físico e emocional das crianças.

O mundo pela boca

Crianças pequenas têm interesse e curiosidade por tudo que há à sua volta. A grande interação com o
mundo, todos sabem, principia pela boca, por onde o indivíduo faz importantes descobertas separando o que o
constitui e o que constitui o outro. Significativas sensações de prazer físico, psíquico e social acontecem nesse
período, que acompanha a dentição.
Na fase oral, encontramos, com frequência, a criança mastigando, sugando, chupando, produzindo sons,
levando objetos à boca. E mordendo. Desejando conhecer o outro, apropriar-se dele - coisas e pessoas - ,
manifesta-se desse modo, com essa agressividade primitiva.
É meu!

É claro que, um pouco mais tarde, a mordida ganha nova feição,


passando a ser um modo de chamar a atenção mais rapidamente ou a
resposta a um desejo contrariado (antes o choro era o recurso mais utilizado
para isso). Normalmente essa criança ainda não fala com tanta fluência,
articula as palavras com alguma lentidão e sabe que, com essa abordagem
mais "enfática", resolverá mil vezes mais rapidamente a disputa pelo
brinquedo. Apesar de sabermos que essas manifestações agressivas na
infância não resultam na constituição de um sujeito violento na idade adulta, é
claro que esse comportamento deve ser desestimulado. Com a estruturação da
linguagem e do pensamento, com a construção da razão, a criança encontra
estratégias mais refinadas para solucionar conflitos.
Em situações estressantes, esse tipo de reação também não é algo raro.
Mães e professores têm relatos de crianças que, em meio a um grande número de pessoas,
como em festas, por exemplo, mordem por ansiedade e insegurança. Alguns momentos na vida da família
também podem detonar irritabilidade e agressões: um irmãozinho chegando ou recém-nascido; pai e mãe se
separando; mudança de casa ainda não assimilada; todos são exemplos muito comuns. Ainda devemos lembrar
dos filhos únicos e mais possessivos, que costumam ter um baixo nível de tolerância.

Ajudando a criança que morde

Cabe-nos ajudar tanto a criança agressora quanto a que sofre as investidas identificando as razões das
mordidas e interrompendo o processo para evitar a instalação da agressividade no grupo. Dê possibilidade a
seu filho ou aluno de expressar o que ele sente para que compreenda o que está acontecendo consigo. Quando
ele não souber dizer por que mordeu o colega, experimente oferecer-lhe algumas opções.
Fora da situação em que os ânimos estão exaltados, mostre à criança que o amigo ficou triste e
machucado. É importante considerar que o conceito de dor, como o de outras sensações, é construído.
Imaginar-se no lugar do outro é um excelente exercício para despertar a percepção das consequências das
ações que se pratica.
Antecipe a ação negativa intervindo para evitar que a criança reincida. É preciso aprender a identificar o
contexto dentro do qual ela apela para a mordida. Assim, quando estiver diante da situação-limite, a criança
terá a chance de ser estimulada a trocar a comunicação corporal pela argumentação verbal.
Impeça que a criança se sinta premiada com o comportamento inadequado. Ela não deve usufruir
daquilo que conquistou à base da mordida (isso vale para chutes, beliscões, tapas, arranhões). Além disso,
estimule sempre um pedido de desculpas.

Se você perceber a necessidade de ameaçar com uma medida punitiva, combine o que acontecerá se o ato
voltar a ser praticado e cumpra o combinado. Voltar atrás é dizer que você não tem certeza de sua decisão.
Vale lembrar que a punição não deve ser física e que a criança não deve ser humilhada.

Ela foi mordida de novo...

Muitas vezes, avalia-se que uma criança é precoce, que é mais madura porque gosta mais de conviver
com crianças mais velhas ou com adultos, demonstrando desconforto, inquietude, irritação quando está com
outras crianças de sua idade. Claro que é possível que isso ocorra, mas o que verificamos, normalmente, é que
o dia-a-dia entre indivíduos da mesma faixa etária, na fase do desenvolvimento de que estamos tratando, é
mesmo o que há de mais difícil - por isso, às vezes, menos desejado -, pois todos têm demandas semelhantes.
Aqui não há o que "tem que ceder porque o amigo é mais novo".
Voltemo-nos para a criança que é mordida repetidas vezes. Ela precisa de acolhimento - atenção e ajuda
- para melhorar seus reflexos, expressar seu descontentamento e encontrar mecanismos de defesa. Fortalecê-
la, porém, não é incentivar o revide, o que ocorre com frequência com alguns pais pelo receio de que seu filho
se torne um sujeito passivo diante da vida. É preciso lembrar que o adulto não deve oferecer um modelo
agressivo sob pena de fixar o ambiente hostil que está rondando os primeiros relacionamentos da criança. Por
mais que seja sofrido ver o filho marcado por um colega, evite o rancor, pois a criança que morde não é má, e
seus pais sofrem muito temendo que ela seja discriminada pela turminha e pelos outros pais.

Final feliz

Uma mãe, minha amiga de longa data, vive recontando as


histórias de seus dois filhos. O primeiro foi mordido algumas vezes
pelos colegas, e isso doía mais nela (quem não a compreende?)
do que no braço dele. O segundo filho, dois anos mais novo, foi
para o outro lado da corda: até babava, literalmente, quando via
uma bochecha por perto. Aborrecido, então, distribuía empurrões
e marcas de dentes entre os que estivessem ao seu alcance. Ela
não sabe quando sofreu mais: se quando mãe da vítima ou mãe
do agressor.
Bem, a boa notícia é que esses comportamentos são
passageiros. Se bem conduzidos, por mãos firmes e afetivas,
nossos pequeninos aprenderão a superar essa fase e construirão
relações sociais saudáveis. Trocar experiências com o professor, com o pediatra,
com o psicólogo, com outros pais rende tranquilidade para uma ação positiva.

O Limite.... O NÃO!

Uma das primeiras palavras que o bebê aprende é "não". Bebês normalmente dizem não ao seu pedido
mesmo quando significa sim. Alguns dizem que é mais fácil para o bebê balançar a cabeça para os lados ou
para cima e para baixo, mas desafio certamente é o nome do jogo. Todos já vimos bebês de dois anos terem
ataques de raiva no meio de uma loja porque não ganharam o que queriam. Esses ataques são perturbadores
e embaraçosos, mas são todos parte do crescimento. Embora nunca fácil de se lidar, eles são inevitáveis e todo
pai passa por isso. E, sim, a fase irá passar.

Esta etapa é caracterizada por uma grande quantidade de oposição. É como se a criança tivesse de
fazer o oposto simplesmente como uma comprovação de sua independência. Esse é um passo muito importante
do desenvolvimento para a sua criança. É um atestado de que ela tem um senso de si mesma como um
indivíduo. Esses tempos difíceis são importantes para ela se separar de você e começar a se tornar uma pessoa
distinta.

Como tudo mais no desenvolvimento, o momento varia de criança para criança. Isso é consequência da
habilidade dos pais e da criança de conversar sobre o que ela está sentindo, pensando ou querendo. Pais
podem explicar muito para a criança acalmando uma situação potencialmente explosiva. Outras vezes, essas
explicações são completamente desnecessárias, em parte porque o bebê não possui o nível de compreensão
necessário para saber do que você está falando. Além disso, algumas vezes a sua criança simplesmente não
irá desistir. É muito importante que os pais se sentem e conversem um com o outro de forma a estabelecer
prioridades, como o que vale uma briga e o que não.

Dividindo
Tanto bebês de dezoito meses quanto aqueles de dois anos não são muito bons em dividir brinquedos.
Isso também é parte do desenvolvimento normal e deve ser visto assim. Da perspectiva do bebê, seus
brinquedos são uma extensão dele mesmo. O fato de alguém tirar um brinquedo dele é uma afronta direta à
sua integridade, é como se uma parte dele estivesse sendo tirada. Pais provavelmente não são realistas ao
pedir que uma criança dessa idade divida um brinquedo com outras crianças. Você pode começar a trabalhar
em direção a esse objetivo, mas pode ser muito cedo para esperar alcançá-lo.
Uma dica útil é ter alguns brinquedos especificamente para a brincadeira em grupo. Dessa maneira, os
brinquedos não parecem pertencer a ninguém. Você também pode reduzir a agressão e as brigas sobre
brinquedos com atividades planejadas. Elas devem ser criativas, bagunçadas e divertidas, como pintura à mão
ou brincadeira com blocos, areia e material de moldar.

Retirada das fraldas


A retirada das fraldas é um momento muito delicado para a família e a criança. É importante que os pais
compreendam que o controle do xixi e do cocô não acontece de uma hora para outra. A partir de um ano e meio
de idade, ela passa a sentir o que acontece com o seu corpo e tem maior controle sobre os músculos do ânus
e do genital. Algumas vezes, a criança avisa que vai fazer xixi ou cocô,

Quando retirar as fraldas?

Por volta de 1 ano e meio, a criança começa a avisar que quer fazer xixi e cocô. Essa é a melhor época
para iniciar a retirada das fraldas. Não se deve apressar a retirada das fraldas, nem bater na criança quando
ela não conseguir avisar a tempo que vai fazer xixi e cocô. Cada criança tem seu momento próprio para
abandonar as fraldas.

Você também pode gostar