Você está na página 1de 4

Resumo do livro

BERRA-ME BAIXO – 21 DIAS PARA DEIXARES DE GRITAR COM SEU


FILHO
AUTORA: Magda Gomes Dias
Por: Ingrid de Oliveira Pessôa Mello

Ninguém tem filhos para se zangar, gritar, castigar ou ralhar o tempo todo. Temos
filhos porque o nosso amor transbordou do coração. Temos filhos porque nos sentimos
capazes de educar uma criança, dando-lhe o melhor de nós. Temos filhos porque temos fé no
futuro e na nossa capacidade de fazer e ser melhor, todos os dias.
Por isso, é terrível gritarmos e começarmos as manhas com ameaças. Assim, em vez
de mostrarmos aos nossos filhos o melhor de nós, libertamos toda raiva que temos, revelando
o pior que temos em nós.
É possível mudar esse comportamento agressivo e deixar de gritar com nossos filhos.
A transformação e melhoria continua são possíveis e alcançáveis. Alguns entendidos dizem que
demoramos cerca de 21 dias para mudar comportamentos enraizados. Mas, para ter certeza
que os pais atingirão o objetivo de deixarem de gritar com seus filhos, o desafio de quatro
semanas ajuda a ter um comportamento melhorado, sem berros e construindo uma relação
parental extraordinária.
Quanto mais vezes controlares o teu impulso, mais te sentirá capaz e se conhecerá e
mais depressa antecipará os momentos em que iria gritar. De igual forma, estará a apetrechar
seu cérebro e a torna-lo capaz de deixar de reagir por impulso.
O grande objetivo de deixar de gritar é criar uma relação harmoniosa e feliz dentro
de casa. Ao se conhecer melhor, saberá também que são os próprios filhos e terá menos
vontade e impulso de gritar.
Ao se sentir culpado, deve-se usar a culpa a próprio favor. Ela serve exatamente para
nos dar a noção interior sobre se aquilo que estamos a fazer está alinhado com as nossas
intenções e valores.

SEMANA 01 – A TOMADA DE CONSCIÊNCIA


Durante a primeira semana toma-se consciência do que te faz gritar e, desta forma,
aprende dicas, tem orientações e aprende o que fazer quando chega nessas alturas. A cada
semana ocorre uma sessão acompanhamento de coaching, para assegurar que se chegue até o
final das quatro semanas com sucesso.
A criança deve sentir que está sendo educada por um adulto. Um adulto é alguém
que tem autocontrole e que sabe gerir suas emoções. Não está atuando com base no impulso.
Isto dá segurança à criança.
Há uma diferença entre ralhar e gritar. Ralhar tendes por chamar a atenção, lembrar,
mostrar que está chateado com um comportamento do seu filho. Mas, isso não deve ser feito
de forma agressiva ou aos gritos, mas também não tens de o fazer num tom que nada tenha a
ver com a situação.
Como melhorar a superioridade e estar mais próximo dos filhos:
a) Pergunte mais e passe a dar menos ordens.
b) Mostre que gosta dos seus filhos
c) Escute mais
d) Dê poder de escolha
Para sermos pais mais serenos e inspiradores e para que consigamos praticar
a autorregulação é necessário que tomemos conta de nós mesmos. Lembra-te sempre
que a primeira regra da parentalidade positiva é PAIS FELIZES É IGUAL A FILHOS
FELIZES.

SEMANA 02 – O VÍNCULO – A RELAÇÃO QUE CRIAMOS COM OS NOSSOS FILHOS


Depois de se conhecer melhor na primeira semana, olhará a relação que tem com
seu filho de uma nova forma, equilibrando firmeza, mimo e paciência.
Nenhuma relação está isenta de conflitos, nem a sua relação com seus filhos.
Aprender a fazer uma gestão emocional não é apenas uma coisa coisa que os outros devem
fazer, mas aplicar nas nossas vidas e nas vidas dos nossos filhos. Isso se chama autorregulação.
Quando nos autorregulamos, gerimos as nossas emoções (não as escolhemos, mas
podemos geri-las) e, portanto, gerimos os nossos comportamentos; logo, nossos berros.
Ninguém coopera com ninguém se não se sentir ligado a essa pessoa. Nenhuma
criança cooperará com os pais se não sentir que existe uma relação que tem um significado
importante e profundo. Este é o segredo e talvez a maior das verdades na relação parental.
O castigo serve para fazer a criança sofrer com o que fez. Só que não ensina nada de
concreto, além de dar mais trabalho ao adulto a médio prazo. Isto porque o adulto terá de
ficar a supervisionar a criança e a zelar para que aquela situação não volte mais a acontecer. Se
é verdade que orientar e ensinar pode dar um pouco mais de trabalho no início, a verdade é só
uma: os resultados são de interesse de toda a família.
A diferença entre castigo e consequência é que o primeiro tem por objetivo fazer
com que a criança sofra e perceba que sempre que se portar mal, encontrará dor. Já a
consequência tem como objetivo levar a criança a perceber o impacto da sua decisão,
responsabilizando-a e também ajudando-a a reparar a situação.
Nem sempre a criança tem que sofrer para compreender qual o melhor
comportamento adequado e querer repará-lo a seguir.
Autorregulação é a capacidade que temos de regular os nossos impulsos e de
canalizar a nossa energia para o que é realmente importante. Isso é determinante na relação
parental, porque é comum falharmos na gestão do impulso. Como se autorregular:
1) Centra-te
2) Olha e pergunte o que se passa
3) Não tens nada a ver com o assunto
4) Respira e inspira

A varinha de condão da educação é a qualidade da sua relação com seu filho.


O vinculo resgata a felicidade e o significado de sermos pais dos nossos filhos.
Depois de gritar com seus filhos, é necessário se restaurar, seguindo os
seguintes passos:

a) Acalma-te
b) Recomeça
c) Reconecta-te

SEMANA 03 – O ESTÁGIO
Nesta etapa se coloca em prática o aprendizado e uma forma de estar com seus
filhos sem gritar.
A técnica do espelho ou do reconhecimento consiste em espelhar exatamente o que
nosso filho mostra naquele momento. Parece simples, mas tem alguns pontos que é
necessário termos em atenção e que são muito comuns acontecerem.
Antes de corrigir ou redirecionar, é fundamental que a criança se sinta ouvida e
acolhida. Também é verdade que quando uma criança insiste em não cooperar conosco, é
muito possível que não se sinta escutada. Quando isso acontece, não se sente ligada a nós, não
sente que conta.
Como aplicar a técnica do espelho:
1) Escutar a sério a criança
2) Dar um nome aos seus sentimentos
3) Pedir soluções, negociar, direcionar ou nada

É nossa função enquanto pais salvarmos nossos filhos e ajuda-los sempre que
necessário.

A forma como nos comunicamos uns com os outros pode tão simplesmente
desacelerar ou acelerar um conflito. Como sabemos, nenhuma relação está isenta de
conflitos, e eles continuarão a surgir. Porém, a forma como comunicamos uns com os
outros pode decidir se essas situações vão repetir-se muitas vezes, de forma mais
intensa ou não.

Fala sobre você com seu filho. Aprende a comunicar melhor e a usar um
estilo de linguagem não agressiva. Também escolha não responder e não entrar em
conflito.

Há idades em que o impulso da criança é tão grande que, quando não está
contente ou quando está frustrada com alguma coisa, pode bater. Até dá uma
sapatada quando está excitada. Se esse comportamento não for trabalhado, então a
criança continuará a ter dificuldade em autorregular-se em explicar o que deseja e o
que sente. É importante, por isso, travarmos o comportamento, explicar-lhe que
aquilo não se faz e mostrar-lhe, muitas vezes, o que se deve fazer. É fundamental que
os adultos se responsabilizem e ajudem a encontrar o comportamento adequado.

SEMANA 04 – A MATURIDADE
Nesta etapa estará se sentindo mais serena e tranquila para aplicar os ensinamentos
e seguir com uma parentalidade positiva e sem gritos, revolucionando a forma como passa a
ver a dinâmica com seus filhos.
São necessários três fatores para a parentalidade resultar: um ser dependente que
precise de cuidados, um adulto preparado para assumir essa responsabilidade e um bom
vinculo entre a criança e o adulto. Julgamos que basta a necessidade que a criança tem de ser
cuidada e a nossa vontade de cuidar dela; e ficamos ofendidos quando as crianças parecem
resistir à educação.
Descobre qual é a sua missão enquanto pai ou mãe do seu filho. Se é verdade que de
vez em quando também temos as nossas birras, também é verdade que o adulto da relação
somos nós. É fundamental que as crianças saibam que estão a ser educados por pais que
sabem o que estão fazendo e sabem como controlar-se.
Maturidade emocional é procurar um equilíbrio entre o que é possível ser como
pessoa, ter seus desejos e ambições e, ao mesmo tempo, estar disponível para ajudar os filhos
e maridos a atingirem os seus. É querer ter liberdade para fazer o que lhe apetece conciliando
essa liberdade com os seus deveres enquanto mãe, esposa e pessoa. E isso é muito difícil e
exigente.
Tratar de nós é das coisas mais importantes que podemos fazer, porque quando nós
esquecemos de nós mesmas, perdemos o equilíbrio e esquecemos como devemos tratar bem
os outros.
A tensão dentro de casa é muito menos e é muito mais divertido quando usamos o
humor para lidar com aquelas situações menos agradáveis. Quando resolvemos as coisas com
humor, nos sentimos mais leves e felizes do que quando resolvemos tudo na base da palmada
e do grito.
Encontre uma rede de apoio. Andar queixando-se ou no limite da energia e força não
é bom nem para si nem para os filhos. Encontra sua tribo! Quem disse que precisa fazer tudo
sozinho?
Educar não é um jogo de poder, não é uma competição. Educar é um crescimento
mutuo entre os pais, os filhos e sua relação.

Você também pode gostar