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der com seus próprios julgamentos sobre suas circunstân-
cias individuais, e agir de acordo.

Este livro não deve ser usado como fonte legal, comercial,
contábil ou financeira. Todos os leitores são aconselhados a
buscar acompanhamento de profissionais competentes.

Você é encorajado a imprimir este livro para facilitar a lei-


tura.

Boa leitura!

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Sumário

Introdução ................................................................................. 3
Disciplina sem ferir seu filho .................................................... 5
As chaves para uma disciplina eficaz ...................................... 7
Faça o que eu digo e o que eu faço ......................................... 9
Expectativas claras tornam a disciplina mais fácil ...............11
“Porque eu disse” não é a resposta.......................................15
Ouvindo ativamente seu filho ................................................17
Conflitos sobre a aplicação de regras em casa ....................19
Consistência é a chave para uma disciplina de sucesso .....21
Conecte-se com seu filho, mas não exagere ........................23
Conclusão ................................................................................25

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INTRODUÇÃO

Todos nós precisamos ter alguma forma de disciplina embu-


tida em nossas vidas para criar uma suavidade que nos
ajude a agir de maneira aceitável. A maioria desses elemen-
tos disciplinares é adotada desde uma idade muito jovem e
geralmente iniciada pelos pais da criança.

Para ensinar a criança a eventualmente simular a sociedade


e ser administrável, essas medidas de disciplina são neces-
sárias. Tais medidas sempre devem ser feitas com firmeza e
amor.

O amor é fundamental para o desenvolvimento saudável de


uma criança e simplesmente não é possível amá-la demais.
Eles precisam de adultos atenciosos para passar tempo com
eles, brincar com eles, ensiná-los, protegê-los e aproveitar a
vida com eles.

É função dos pais fornecer amor, segurança e encoraja-


mento. O processo de crescimento oferece muitos desafios
às crianças. Tente ouvir abertamente e compreender sua si-
tuação e se comunicar honestamente com eles quando tive-
rem dificuldades e decepções em suas vidas.

Estabeleça limites apropriados com seu filho e siga-os. Esta-


belecer limites com seu filho dá a ele uma sensação de se-
gurança e proteção. Às vezes, os pais não estabelecem limi-
tes porque não querem brigar com os filhos. Eles não

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querem causar sentimentos ruins. Eles podem implorar a
uma criança para obedecer. Ou podem criar uma regra e
não a cumprir. Eles podem importunar sem nunca fazer
cumprir as regras. Nada disso ajuda as crianças.

Quando seu filho falha em aderir ou cumprir os limites que


você estabeleceu para ele, seja firme, mas gentil em sua res-
posta. Isso permite que eles saibam que você leva a regra a
sério, mas se dedica a ajudá-los e amá-los. Porém, tenha em
mente que cada criança é diferente e o que funciona para
uma criança pode não funcionar para outra.

Por exemplo, uma criança pode responder bem à aborda-


gem direta de dizer-lhes uma hora específica para ir dormir,
enquanto outra criança pode precisar de um gentil lembrete
de que agora é hora de ir se deitar.

Desenvolva uma maneira firme, mas gentil, de criar e fazer


cumprir as regras e expectativas de sua casa. Não há neces-
sidade de temer nossos filhos, e não deve haver necessidade
de incutir um sentimento de medo em nossos filhos a fim de
fazê-los obedecer.

Nesse livro digital, você terá acesso às ferramentas da disci-


plina positiva, uma forma de educas as crianças sem a ne-
cessidade de castigos físicos ou emocionais.

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DISCIPLINA SEM FERIR SEU FILHO

As crianças sempre parecem encontrar uma maneira de


'apertar os botões' às vezes e realmente testar nossa paci-
ência. É fácil se sentir irritado, triste, com raiva, aborrecido,
confuso e magoado. É nesses momentos que nossas habili-
dades parentais são realmente testadas, e é imperativo que
mantenhamos uma postura gentil, mas firme, quando se
trata de aplicar a disciplina.

E vamos dizer a verdade: nenhum de nós jamais quis ma-


chucar nosso filho com abuso físico ou verbal. Queremos en-
sinar a nossos filhos que essas coisas são erradas, e punir
um delito ou ação inadequada gritando ou batendo é, no mí-
nimo, ineficaz.

Nosso objetivo ao disciplinar nossos filhos é ensiná-los a ser


responsáveis, cooperativos, gentis e respeitosos. A melhor
maneira de ensinar isso é sempre permanecer consistente,
aplicar a mesma punição pelo mesmo delito e discutir a dis-
ciplina com seu filho aberta e honestamente depois.

Sempre tenha em mente que a idade, o nível de maturidade


e o temperamento de seu filho devem ser sempre conside-
rados ao aplicar uma ação disciplinar definida. As ações dis-
ciplinares devem ser discutidas e entendidas com antece-
dência para que as crianças saibam o que acontecerá
quando se comportarem mal e possam dar uma pausa e es-
colher um caminho apropriado para evitá-lo.

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E o mais importante, lembre-se de que não a criança que
deve ser punida; é o seu comportamento, ação ou má ação
realizada.

Se necessário, dê a si mesmo um breve "tempo" antes de


responder com a disciplina apropriada. Às vezes, precisa-
mos de um breve período de reflexão antes de lidar com os
maus comportamentos de nossos filhos, a fim de evitar nos-
sos próprios erros. Gritar e bater nunca deve ser uma opção.

Mantenha a mente aberta como pai e mãe e esteja disposto


a aprender com seu filho. Todos cometemos erros e é im-
portante perceber que nem todas as formas de disciplina
funcionam com todas as crianças.

As crianças são tão únicas quanto os adultos, e as formas de


disciplina devem ser adaptadas para atender às necessida-
des individuais dos pais e dos filhos. Mas com um pouco de
premeditação, paciência, firmeza, amor e compreensão, a
disciplina pode ter um resultado positivo para todos os en-
volvidos.

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AS CHAVES PARA UMA DISCIPLINA EFICAZ

Disciplinar um filho é uma das funções mais importantes,


embora difícil, de ser pai ou mãe. A disciplina eficaz ensina a
criança a ser autodisciplinada mais tarde na vida. Ajuda seu
filho a crescer e ser feliz e bem ajustado. A disciplina eficaz e
positiva ensina e orienta as crianças e as ajuda a se sentirem
seguras, protegidas e valorizadas.

A disciplina deve ser baseada na idade, no desenvolvimento


e no temperamento da criança. O objetivo dos pais, discipli-
nando seus filhos, é protegê-los do perigo, ajudá-los a apren-
der o autocontrole e a autodisciplina e a desenvolver um
senso de responsabilidade.

Os filhos devem respeitar a autoridade dos pais. Se eles fo-


rem disciplinados de maneira severa ou injusta, especial-
mente se isso incluir gritos ou humilhações, será difícil, se-
não impossível, para uma criança respeitar e confiar em
seus pais.

Os pais devem ser consistentes em sua disciplina. A disci-


plina que não é consistente confunde as crianças, indepen-
dentemente da sua idade. Se os pais forem inconsistentes
na maneira como disciplinam os filhos, os filhos podem
achar difícil respeitá-los. Também pode encorajar indireta-
mente o mau comportamento e resultar em confusão e frus-
tração para a criança.

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A disciplina também deve ser justa. Os pais devem certificar-
se de que a punição se ajusta ao comportamento e não pune
muito severamente ou é muito negligente. As consequências
de suas ações devem estar relacionadas ao seu comporta-
mento.

Para desencorajar o mau comportamento, dê ao seu filho


escolhas sobre o que fazer. Ele apreciará a chance de tomar
decisões. Certifique-se de que as regras que protegem a se-
gurança, a saúde e o bem-estar de seu filho tenham priori-
dade máxima. Se seu filho está irritado, cansado ou chate-
ado, seja compreensivo e tente ajudar a acalmá-lo. É impor-
tante ter em mente que o mau comportamento às vezes
pode ser circunstancial.

Incentive o comportamento positivo de seu filho, passando


tempo de qualidade a sós com ele todos os dias. Dê a seu
filho abraços, afagos ou um tapinha nas costas e elogie
quando for devido. Se seu filho está com raiva ou triste,
tente entender por quê. Ensine o bom comportamento a seu
filho, dando um bom exemplo e comportando-se de ma-
neira adequada e apropriada.

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FAÇA O QUE EU DIGO E O QUE EU FAÇO

As crianças aprendem a imitar desde muito cedo. É como


eles aprendem a se comportar, cuidar de si mesmos, desen-
volver novas habilidades e se comunicar com os outros.
Desde os primeiros momentos, eles observam você de perto
e modelam seu próprio comportamento e crenças conforme
as suas. Seus exemplos se tornam imagens permanentes,
que moldarão suas atitudes e ações pelo resto de suas vidas.

É importante ser responsável, consistente e amoroso com


seu filho. Isso também se aplica ao relacionamento que você
tem com seu cônjuge, seus pais e outros membros da família
e amigos que também fazem parte da vida de seu filho. Re-
conheça os erros quando os cometer e comunique-se aberta
e honestamente com todos os membros da família.

Também é importante cuidar bem de si mesmo. Quando


nos concentramos no que é melhor para nosso filho, é fácil
negligenciar nossas próprias necessidades. Seu filho e sua
família contam com você física e emocionalmente, por isso
é fundamental que você ensine a seu filho pelo exemplo que
cuidar de si mesmo ajuda você a cuidar dele e do resto de
sua família.

Isso mostra a seu filho que você não apenas o ama e o resto
da família, mas também ama a si mesmo. Este é um passo
importante para ensinar seu filho sobre autoestima. Isso en-
sina a seu filho que você não é apenas o pai ou mãe dele,
mas você mesmo, com seus interesses e necessidades, e

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também dá a ele a chance de mostrar como ele pode viver
sem você por um tempo.

Também é importante nutrir o relacionamento com seu côn-


juge. Deixe seu filho ver vocês se comunicarem de maneira
positiva e saudável um com o outro e demonstrem amor e
afeição um pelo outro, para que possam começar a apren-
der desde cedo como um casamento saudável deve ser.

Você logo verá seu filho padronizando muitos comporta-


mentos conforme os seus. Portanto, certifique-se de que o
que você diz e faz em torno de seu filho ajudará a construir
um forte senso de segurança e autoestima.

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EXPECTATIVAS CLARAS TORNAM A DISCI-
PLINA MAIS FÁCIL

Às vezes, pode ser muito desafiador comunicar qualquer


coisa com seu filho. Definir expectativas claras sobre o que
é um comportamento aceitável e o que não é imperativo
para ensinar seu filho o certo e o errado. Se os parâmetros
forem confusos ou a criança aprender que em uma situação
as regras são verdadeiras, mas em outra situação a mesma
regra não é, isso causa confusão e frustração em ambos os
lados.

Sente-se com seu filho com bastante antecedência e analise


as expectativas e as consequências do mau comportamento
ou de uma ação errada. Deixe claro que, em termos inequí-
vocos, há espaço para negociação no momento da infração
e que, caso tal comportamento ocorra, você pretende ser
firme em sua disciplina.

As regras relativas à segurança, saúde ou bem-estar de seu


filho não devem ter espaço para negociação ao serem defi-
nidas ou aplicadas. Outras regras podem ser discutidas
aberta e honestamente com seu filho e uma ação acordada
deve ser forjada, em que ambos os pais e a criança possam
concordar.

Exponha tudo em preto e branco, em uma linguagem que


seu filho possa entender claramente. Para crianças mais no-
vas, você pode desenvolver um gráfico de bom

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comportamento no formato de um mural, e para cada se-
mana que passa sem que nenhuma infração seja notada,
uma atividade favorita ou especial pode ser ganha. A cone-
xão entre boas ações e momentos especiais com a mãe e/ou
o pai pode ser a recompensa que eles entendem.

Mas todas as crianças precisam entender que discipliná-las


é sua maneira de ensiná-las o que é um comportamento
aceitável e o que não é. Pode parecer que as crianças lutam
contra regras e regulamentos, mas elas realmente sabem
que esses parâmetros são voltados para seu bem-estar, sa-
úde e segurança e permitem que cresçam e se tornem uma
pessoa madura, capaz de tomar decisões sábias.

É fundamental que você estabeleça limites adequados, mas


justos, com seu filho. É um papel muito importante em suas
responsabilidades de pais. As crianças devem tomar deci-
sões difíceis todos os dias e, se não tiverem limites claros e
firmes, nem sempre podem fazer a escolha mais sábia.

Os limites ensinam as crianças a contenção adequada nas


atividades sociais e individuais e fornecem às crianças a es-
trutura e segurança necessárias para auxiliar no desenvolvi-
mento saudável. O estabelecimento de limites também for-
nece orientação às crianças antes que tenham a oportuni-
dade de se envolverem em problemas, tornando-as mais
bem-sucedidas na vida cotidiana.

A idade e o nível de desenvolvimento de uma criança preci-


sam ser considerados ao estabelecer limites. Todas as

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crianças precisam de independência e individualização; no
entanto, eles também precisam de estrutura, segurança e
envolvimento dos pais. Nem é preciso dizer que as necessi-
dades de uma criança de 2 anos variam muito do que as de
um adolescente.

Uma criança tem um forte desejo de explorar e investigar,


mas é necessário definir parâmetros para garantir sua segu-
rança ao fazê-lo. Os adolescentes precisam ser capazes de
ser um indivíduo e ser independentes, mas com forte orien-
tação e influência dos pais, são mais propensos a fazer esco-
lhas inteligentes em situações difíceis.

Os limites devem ser discutidos e definidos antes da situa-


ção. Embora surjam situações que não foram planejadas, as
situações cotidianas deveriam ter definido limites e expecta-
tivas.

Um adolescente que quebra o toque de recolher pode ter o


privilégio de sair com os amigos revogado até que aprendam
a respeitar as regras. Uma criança que se comporta mal en-
quanto brinca com um amigo pode precisar ser separada da
diversão até que possa aprender a se comportar adequada-
mente.

As crianças respondem de maneira positiva em um ambi-


ente em que sabem o que esperar. Uma criança será mais
respeitosa com as regras e mais disposta a obedecê-las se
as regras forem claras e consistentes.

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Além disso, é crucial que, uma vez definido o limite, o cuida-
dor o cumpra. É menos provável que uma criança tente ma-
nipular um cuidador para mudar os limites quando, por ex-
periência própria, não há como dobrar os limites.

E lembre-se, você é quem define os limites e estabelece as


leis. Não há necessidade de discutir com seu filho. Seja firme
e consistente e eles são menos propensos a desafiar as re-
gras e aceitarão melhor as consequências.

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“PORQUE EU DISSE” NÃO É A RESPOSTA

As crianças são curiosas por natureza. Quando são mais jo-


vens, geralmente é porque querem entender melhor al-
guma coisa. Quando ficam mais velhos, é porque querem
entender melhor por que você acha que algo é importante e
por que eles também deveriam se sentir da mesma maneira.

Independentemente da idade, é fundamental que, ao esta-


belecer as regras e expectativas em sua casa, seu filho com-
preenda que não há espaço para questionar as regras que
você estabeleceu e as consequências de quebrá-las.

As crianças mais novas geralmente não entendem uma ex-


plicação longa de por que é importante que eles voltem da
casa de seus amigos em um determinado horário ou por que
não podem jogar bola em casa. Mas a única coisa que eles
se esforçam para fazer na maior parte do tempo é deixar os
pais orgulhosos e felizes.

Então, quando uma criança pergunta "Por quê?" ou “Por que


não?” quando lhes disserem que não podem jogar com algo
ou alguém ou por que devem obedecer a uma regra que
você estabeleceu, simplesmente explique a eles que "por-
que fico feliz quando você segue as regras da casa e faz o
que pedi de você." Você deve evitar usar o termo “porque eu
disse”, pois isso só aumenta a frustração e confusão da cri-
ança.

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Crianças mais velhas, adolescentes e adolescentes provavel-
mente vão exigir mais de sua explicação. Quando eles ques-
tionam "Por quê?" ou “Por que não?” é melhor declarar di-
reta, honesta e claramente o seu raciocínio. “Pedi que você
voltasse para casa por volta das 22h porque temos que estar
no consultório do dentista logo de manhã para o seu check-
up e não podemos nos atrasar”.

Também é uma grande oportunidade para você reiterar as


consequências de quebrar a regra. “Se você não chegar em
casa às 22h, será impedido de ir à casa do seu amigo por
uma semana.” Seja consistente, seja firme e seja claro.

Embora seu filho possa desafiá-lo perguntando-lhe por que


razão uma regra foi estabelecida, isso também mostra seu
crescimento como pensador individual. Portanto, tente não
ficar com raiva ou frustrado quando eles fizerem isso; per-
cebam que é sua maneira de compreender o mundo que os
cerca.

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OUVINDO ATIVAMENTE SEU FILHO

Comunicar-se com nossos filhos pode ser uma tarefa difícil


às vezes. Sentimos que eles não estão nos ouvindo; eles sen-
tem que não os estamos ouvindo. Boas habilidades de es-
cuta e comunicação são essenciais para o sucesso dos pais.

Os sentimentos, pontos de vista e opiniões de seu filho têm


valor, e você deve reservar um tempo para se sentar e ouvir
abertamente e discuti-los honestamente.

Parece ser uma tendência natural reagir em vez de respon-


der. Julgamos com base em nossos próprios sentimentos e
experiências. No entanto, responder significa ser receptivo
aos sentimentos e emoções de nosso filho e permitir que ele
se expresse aberta e honestamente, sem medo de repercus-
são de nossa parte.

Ao reagir, enviamos a nosso filho a mensagem de que seus


sentimentos e opiniões são inválidos. Mas, ao responder e
fazer perguntas sobre por que a criança se sente assim,
abre-se um diálogo que permite a ela discutir mais sobre
seus sentimentos e permite que você entenda melhor de
onde estão vindo.

Responder também lhe dá a oportunidade de desenvolver


uma solução ou um plano de ação com seu filho que talvez
ele não tivesse inventado por conta própria. Seu filho tam-
bém apreciará o fato de que talvez você realmente entenda
como ele se sente.

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É crucial, nessas situações, dar ao seu filho toda a sua aten-
ção. Largue o jornal, pare de lavar a louça ou desligue a tele-
visão para ouvir toda a situação e fazer contato visual com o
seu filho. Mantenha a calma, seja curioso e depois ofereça
possíveis soluções para o problema.

Não desencoraje seu filho de se sentir chateado, com raiva


ou frustrado. Nosso instinto inicial pode ser dizer ou fazer
algo para desviar nosso filho disso, mas essa pode ser uma
tática prejudicial. Novamente, ouça seu filho, faça perguntas
para descobrir por que ele está se sentindo assim e, a seguir,
ofereça soluções potenciais para aliviar o sentimento ruim.

Assim como nós, nossos filhos têm sentimentos e passam


por situações difíceis. Ouvir ativamente e participar com
nosso filho enquanto ele fala sobre isso demonstra a ele que
nos importamos, queremos ajudar e temos nossas próprias
experiências semelhantes, das quais eles podem recorrer.
Lembre-se, responda - não reaja.

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LIDANDO COM CONFLITOS SOBRE A APLI-
CAÇÃO DE REGRAS EM CASA

Alguns pais podem temer que a definição de regras estritas


os distancie de seus filhos. Mas simplesmente não é o caso.
Embora possam reclamar e ficar chateados quando você se
torna o executor, eles percebem no fundo que isso mostra
que você se importa. Esses parâmetros que você estabelece
e aplica fazem seu filho se sentir amado, seguro e protegido.

Nunca é fácil desenvolver e introduzir regras. Os pais podem


tender a evitar estabelecer regras porque temem confrontos
e aborrecimentos. Mas as coisas desagradáveis não são ne-
cessariamente um reflexo do seu relacionamento com seu
filho, é apenas a natureza da adolescência - quebrar regras
e ultrapassar limites faz parte do crescimento.

Tendemos a querer ser amigos de nossos filhos às vezes, e


quando estamos estabelecendo as regras, isso simples-
mente não é possível. Nosso papel principal é proteger, nu-
trir e prover nossos filhos.

Quando os filhos quebram as regras, os pais geralmente re-


agem de forma exagerada com punições severas, despro-
porcionais e inexequíveis, o que prejudica a eficácia do esta-
belecimento de regras. Em vez disso, quando você contar a
seu filho pela primeira vez sobre uma nova regra, discuta as
consequências de quebrar essa regra - qual será a punição
e como ela será executada.

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As consequências devem ser acompanhadas de limites, para
que seu filho saiba qual será o custo de quebrar as regras.
As punições que você definir devem ser razoáveis e relacio-
nadas à violação. Por exemplo, se você pegar seu filho e seus
amigos fumando, você pode “castigá-lo” restringindo suas
atividades sociais por duas semanas.

As punições devem envolver apenas penalidades que você


discutiu antes de a regra ser quebrada. Além disso, nunca
faça ameaças vazias. É compreensível que você fique com
raiva quando as regras da casa são quebradas, e comparti-
lhar seus sentimentos de raiva, decepção ou tristeza pode
ter um efeito motivador poderoso em seu filho.

Uma vez que estamos todos mais inclinados a dizer coisas


que não queremos dizer quando estamos chateados, às ve-
zes é melhor dar um tempo para nos acalmarmos antes de
dizermos algo que não queremos dizer.

Deixe as regras básicas bem claras para seu filho. É impera-


tivo que você seja consistente e siga em frente com uma
ação disciplinar definida após cada infração, e que seu filho
entenda os motivos.

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CONSISTÊNCIA É A CHAVE PARA UMA DIS-
CIPLINA DE SUCESSO

Consistência é a chave para ensinar seu filho o certo e o er-


rado ao discipliná-lo. Ela impede que pequenos delitos e
maus comportamentos se transformem em delitos maiores
e piores comportamentos. Você tem que se manter firme e
sério quando diz: "Desligue a televisão agora" ou "nada de
sobremesa depois do jantar porque você não tocou no jan-
tar".

A consistência ensina a seu filho que existem consequências


definidas para as más ações e ações ou comportamentos
inadequados ou inaceitáveis. A inconsistência ao disciplinar
torna você diretamente responsável pelo mau comporta-
mento de seus filhos e não os ensina a ser responsáveis por
suas ações.

É importante que cada parceiro seja consistente com a dis-


ciplina. Se um dos pais for muito rígido e o outro muito in-
dulgente, a criança se envolverá nisso e tentará manipular a
situação a seu favor. Os pais devem concordar com a ação
disciplinar com antecedência e assumir o compromisso um
com o outro de serem consistentes na implementação e no
acompanhamento das consequências.

Isso pode ser especialmente difícil se os pais da criança fo-


rem separados ou divorciados. Embora vocês possam não

21
estar mais juntos, é fundamental que seus pais estejam em
um terreno comum. Discuta abertamente e honestamente
esses parâmetros com seu ex-cônjuge e seu filho com ante-
cedência, para que, se houver necessidade de disciplina, as
consequências de tal mau comportamento sejam bem com-
preendidas com antecedência. Qualquer desacordo entre os
pais deve ser discutido fora do alcance da criança.

Consistência significa ser forte e permanecer firme, mesmo


quando isso for extremamente difícil ou exaustivo. Às vezes
pode ser difícil voltar para casa depois de um dia árduo de
trabalho e encontrar uma noite difícil de paternidade diante
de você.

Seu filho irá testar consistentemente os limites e 'forçar a


barra' com você para ver se há algum jogo nessas conse-
quências. Ao permanecer firme, você mostra que não existe
e que espera que eles não façam nada menos do que assu-
mir a responsabilidade por suas ações.

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CONECTE-SE COM SEU FILHO, MAS NÃO
EXAGERE

Todos nós queremos nos conectar e nos envolver com nosso


filho. Filhos de pais envolvidos geralmente se sentem mais
confiantes, seguros e têm um nível mais alto de autoestima.
Eles se destacam na escola e se dão bem nas atividades ex-
tracurriculares e em seus hobbies.

Mas existe envolvimento demais? É imperativo que, ao se


envolver com as atividades e estudos acadêmicos de seu fi-
lho em idade escolar, você reconheça a linha do que pode
ser estar muito envolvido.

Lembre-se de que você está se envolvendo com a vida de


seu filho. É importante que você não se intrometa muito
nisso. As crianças precisam de espaço e privacidade e preci-
sam ser capazes de desenvolver suas próprias habilidades,
talentos e responsabilidades. Em nossa ânsia de ajudar
nosso filho a ter sucesso, é tentador querer intervir e come-
çar a fazer coisas por ele porque você acha que ele está fa-
zendo de maneira incorreta ou inadequada. Mas lembre-se,
você também teve que aprender, e esta é a chance de ele
aprender por conta própria.

Esteja lá para encorajar e apoiar seu filho e elogiar um tra-


balho bem feito. Mas lembre-se também de dar um passo
atrás e permitir que seu filho aprenda com seus próprios

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erros e desenvolva sua própria maneira de fazer as coisas.
Todos nós sabemos, por experiência própria de vida, que
sempre há mais do que apenas uma maneira de fazer algo,
e só porque seu filho está fazendo algo diferente de você,
não significa que seja errado. Quem sabe, pode ser uma ex-
celente oportunidade para você aprender com seu filho tam-
bém.

Além disso, tente não se tornar muito autoritário ou intro-


metido no que diz respeito à vida social. Esteja disponível
para eles se precisarem conversar e incentive-os a compar-
tilhar seus problemas com você para que você possa ajudá-
los a resolver um problema.

Mas se eles disserem que não querem falar sobre isso ou


que apenas precisam de algum tempo para resolver as coi-
sas por si mesmos, respeite essa necessidade, deixando-os
saber que você está disponível sempre que precisarem. Esta
é uma parte importante do crescimento e permitir que uma
criança descubra seu próprio caminho nas coisas é parte in-
tegrante desse processo.

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CONCLUSÃO

Boa disciplina não é sobre o uso de punições, pois isso real-


mente não ensina a criança sobre a real negatividade do ato
que exigia alguma atenção disciplinar.

Em vez disso, ensina a criança que o componente mais forte


da equação geralmente dita e faz com que o mais fraco sim-
plesmente siga adiante.

Boas medidas de disciplina destinam-se a ensinar a uma cri-


ança o certo e o errado, e não a punição. Fazer a criança en-
tender o autocontrole e o comportamento socialmente acei-
tável é uma maneira de estimular o método da boa disci-
plina.

O pai ou mãe mostrará concordância de bom comporta-


mento com louvor e encorajamento e geralmente abordará
o mau comportamento com a oportunidade de disciplinar
usando respeito, paciência e boa habilidade para resolver
problemas, ao invés de simplesmente punir.

Boa disciplina não é passar pelo processo de uma luta pelo


poder. Quando uma criança é muito mais jovem, pode pare-
cer aceitável usar esse tipo de disciplina, mas à medida que
a criança cresce, definitivamente seria muito mais difícil usar
esse estilo, pois a criança mais velha provavelmente retali-
ará, piorando a situação já difícil.

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Boa disciplina não significa fazer com que a criança se sinta
insultada ou processe elementos humilhantes para causar
mágoa. Usar estilos como gritar e xingar não ajudará a cri-
ança de maneira positiva.

Portanto, a forma mais efetiva de instituir a disciplina posi-


tiva é com o uso de firmeza, clareza ao falar e do uso de pu-
nições adequadas para o mau comportamento.

A disciplina positiva se trata de disciplinar os filhos de forma


que eles entendam o motivo do castigo. Não se trata de ape-
nas punir. Deve-se estabelecer uma disciplina adequada ao
entendimento da criança e a atitude dela que está sendo pu-
nida. Isso fará com que ela entenda as consequências de cer-
tas atitudes e possa criar hábitos positivos e de sucesso
desde pequenas.

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