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Prática Sobre o Filme

“Sou Surda e Não Sabia”

O carinho, atenção e o afeto são importante para todas as crianças, não somente
para as crianças surdas. Afetividade é fundamental para o desenvolvimento
infantil, impactando na personalidade da criança e também no seu crescimento
cognitivo, mecanismos mentais necessários para a construção da percepção,
pensamento, memória e resolução de problemas.
Precisamos ter consciência que a criança surda necessita de carinho, afeto, limite,
atenção, mas principalmente, junto à família, aprender a língua de sinais para que
cresça em base sólida, tendo contato com esse movimento para um crescimento
moral e humano.

A relação de Sandrine com os pais no início foi bom, após o diagnóstico de surdez
seus pais mudaram o jeito de lidar com ela. Ela fala que sentia sua mãe fria e
distante e não entendia o porquê desta situação, nesse caso fechava os olhos por
um instante e permanecia imóvel. Os pais de Sandrine por um longo período de
tempo não queriam acreditar no diagnóstico de surdez, e tratavam-na como uma
criança ouvinte o que entristecia a relação familiar, pois em muitas situações não
correspondia aos apelos da mãe.
Sandrine menciona que se sentia como um ouvido aos olhos de fonoaudiólogas,
psicólogas e também da própria família.
Com outros sentidos apurados, Sandrine descreve seu contato intenso e concreto
com o mundo através dos cheiros, nas danças das árvores, na festa da chuva, na
beleza das flores, no calor do fogo que lhe acariciavam diariamente e aqueciam sua
alma.

O Teste da Orelhinha é um exame importante para saber se o bebê tem problemas


de audição. Após a sua realização é possível iniciar o diagnóstico e o tratamento
das alterações auditivas precocemente.
O diagnóstico precoce ajuda pais tanto ouvintes como surdos, pois sendo
diagnosticado os pais tem como lidar com essa situação, mesmo a maioria não
aceitando. O teste da orelhinha tem ajudado muitas pessoas, mas no caso de
Sandrine não atingiu as expectativas da médica, pois com ou sem o aparelho ela
não ouvia.

Quando Sua mãe a colocou em uma escola de ouvintes Sandrine se sentia perdida,
fica imaginando como as pessoas se comunicavam, através de balões que saiam
de suas bocas ou mentalmente. Os pais dela não entendiam a importância dela
estar em uma escola com língua brasileira de sinais.
Após os nove anos, Sandrine frequentou um instituto para surdos onde socializou
com crianças que partilhavam da mesma particularidade, efetivando suas primeiras
amizades. O filme nos faz refletir sobre a importância de escolas que conheçam e
contemplem a língua brasileira de sinais no contexto social, possibilitando o acesso
das crianças neste mundo de sinais, assim como na língua escrita e falada,
construindo assim a convivência entre as culturas.
Sandrine aprendeu a linguagem de sinais e encontrou amigos e sua felicidade.
É importante unir estas habilidades dentro das escolas, pois na maioria das vezes a
resistência de socialização com os surdos vem dos próprios ouvintes por
considerarem como incapacidade o fato da comunicação acontecer a partir dos
gestos, expressões faciais e corporais.
Todos os dias nascem e crescem crianças surdas. Os surdos querem um lugar no
mundo e que aceitem eles como são. E os pais das crianças surdas pedem por um
espaço na sociedade e que sejam tratadas normais. Como Sandrine disse que não
aceita Piedade e nem dó.
Surdez não é uma doença e nem uma deficiência de linguagem, pois a
comunicação não depende apenas da fala ou veículo sonoro, o que tornam os
surdos totalmente capazes de se comunicar e aprender.
Promover o respeito às diferenças e mostrando ao mundo que o surdo se comunica
e se socializa por meio de gestos, não sendo necessária a linguagem oral para se
fazerem entender, pois transmitem sua voz por meio das mãos e recebem
informações a partir dos olhos.

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