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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS - CCH


DISCIPLINA: Língua Brasileira de Sinais
1º SEMESTRE 2022/TURMA: 8º período de Letras Português/Noturno
PROFESSOR: Rosana Fróes Santos
ALUNO: Sarah Jhenifer Mendes Sampaio

Atividade – Sou surda e não sabia

Após assistirem ao documentário, fale sobre:

1 - SURDEZ: Doença ou Diferença?


Ao assistir o vídeo fomos convidados a ver o surdo de uma forma diferente, diante de
sua condição própria que difere da do ouvinte. A percepção de que a surdez é uma deficiência
parte de uma visão construída historicamente (e fortalecida pela instituição médica), na qual o
normal é ouvir e se o surdo não ouve automaticamente ele é deficiente, pois foge ao normal.
Neste sentido, é mostrado que o surdo é capaz de se comunicar e tem capacidade de realizar
tarefas assim como os ouvintes, a diferença se dá apenas pelo modo como estes se
comunicam.
Sendo assim, o documentário traz a reflexão acerca da nossa visão em relação ao
surdo e a surdez, não tratando como uma doença, mas como um diferença, chegando a fazer
um paralelo com situações como: se a surdez é uma deficiência, então se você é uma menina,
você é deficiente de masculino e vice e versa; se você é moreno, você é deficiente de loiro;
evidenciando ainda mais que a surdez não é uma doença e nem deve ser vista de tal forma.

2 - Comente a expressão: " Não me viam como um bebê, mas como um enorme ouvido."
Quando os pais sentem que há algo errado com Sandrine eles decidem leva-la ao
médico, e com a surdez diagnosticada a relação que anteriormente, segundo Sandrine, era de
afeto e carinho se perdeu, tornando-se uma relação de piedade e de certa forma uma obsessão
por torná-la normal. Neste sentido, ao falar a frase “Não me viam como um bebê, mas como
um enorme ouvido”, Sandrine exprime o sentimento que ela teve em relação ao pais fazerem
de tudo para que ela pudesse ouvir e falar, na qual a relação entre eles ficou em segundo plano
e a necessidade de “corrigir” o que estava “errado” nela se tornou maior que tudo.

3 - O que seria reeducação da fala?


Seria como um tipo de terapia de fala com o objetivo de evoluir a oralidade do surdo e
“inserir” esses indivíduos na sociedade através da fala, sendo utilizada metodologias oralistas,
realizando acompanhamentos com fonoaudiólogos e psicólogos.

4 - Com que idade foi o primeiro contato de Sandrine com a Língua de Sinais e quando
ela descobriu que poderia ser livre e independente?
Sandrine se descobre surda ao nove anos de idade quando é colocada em um instituto
para surdos. Neste instituto ela fez amigos pela primeira vez, onde teve a experiência de ir à
casa da amiga, que também era surda, e conhecer os pais dela. Segundo Sandrine foi naquele
momento que ela percebeu que ela iria crescer, que ela era livre, pois os pais de sua amiga
também eram surdos e viviam uma vida normal. Outro ponto que ela ressaltou foi a sensação
de liberdade ao não ter que se esconder e poder se comunicar em sua verdadeira língua.

5 - Qual o pensamento de Sandrine sobre a palavra "Incapacidade"? E o que você pensa


sobre esse conceito?
Sandrine não queria se rotular como alguém deficiente e incapaz, ela não se
reconhecia nesta definição, pois seu objetivo era crescer, expandir horizontes. Ela reconhece
que na vida se encontram muitas adversidades, mas ela questiona quem decretou que algo era
impossível para o surdo (os ouvintes decretaram?), e considera que é apenas o preconceito dos
ouvintes que julga que o surdo é incapaz. Entretanto, Sandrine se recusa a aceitar que é
incapaz, pois ela considera ser sim capaz de fazer seu próprio caminho.
Em relação as afirmações de Sandrine, concordo totalmente, pois somente o indivíduo
é capaz de saber de suas limitações e de suas possiblidades e não cabe a um grupo definir se o
outro é incapaz ou capaz de algo.

6 - Para você, qual o sentimento de viver sob obrigações e com poucos direitos?
É algo muito frustrante e complicado, pois ao exercer meus deveres, busco ter meus
direitos respeitados, o direito de ir e vir, de poder me comunicar livremente, de ser quem eu
sou e ter meus espaço respeitado. Neste sentido, é algo extremamente desgastante não
conseguir ter seu espaço e identidade respeitada.

7 - A língua possibilita acessar conhecimentos? Justifique.


Sim! Através da língua que nos comunicamos e nos abrimos para o mundo e seus
conhecimentos. A língua possibilita ampliar os recursos expressivos, compreender como o ser
humano age, constrói e constitui sentidos de compreensão; e é através da língua somos
capazes de exercer nossa cidadania!

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