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UNIVERSIDADE DE UBERABA - INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM

UBERABA, MINAS GERAIS


DISCIPLINA: REPRODUÇÃO ASSISTIDA
1º SEMESTRE 2024
TUTOR: KATIA JACQUELINE MIGUEL SANTOS
ALUNO: Emerson Dias de Oliveira

Tema: Durante a vida sexual ativa do homem ocorre a espermatogênese, que é a produção dos
espermatozoides, em consequência da estimulação de hormônios sexuais e gonadotróficos. A
liberação dos espermatozoides acontece pelo processo da ejaculação que começa com
contrações iniciais, que culminam com a expulsão dos espermatozoides produzidos em um
ciclo espermatogênico. Agora descreva corretamente o caminho que os espermatozoides
percorrem desde a sua produção até a sua saída, pelo processo da ejaculação.

O sistema reprodutor masculino desempenha um papel fundamental na perpetuação da


espécie humana, sendo responsável pela produção, armazenamento e transporte dos
espermatozoides até o local de ejaculação. Este texto acadêmico oferece uma análise acerca
do trajeto percorrido pelos espermatozoides desde a sua produção nos testículos até a sua
liberação durante a ejaculação, destacando as estruturas anatômicas envolvidas e os processos
fisiológicos subjacentes.
Em consoante, os espermatozoides têm sua origem nos túbulos seminíferos dos
testículos, estes que são os “órgãos sexuais masculinos responsáveis pela produção dos
espermatozoides e pela síntese da testosterona, um dos principais hormônios masculinos.”
(Mezzomo, 2003, p. 2), no qual ocorre o processo de espermatogênese.
Nesse processo altamente regulado, as células germinativas primordiais se diferenciam
em espermátides haploides, que, por sua vez, sofrem uma série de transformações para se
tornarem espermatozoides maduros. Este processo ocorre ao longo de várias etapas nos
túbulos seminíferos, sob a influência de hormônios como a testosterona e o hormônio
folículo-estimulante (FSH).
De acordo com Moraes (2024)
Nos testículos são encontrados milhares de tubos finos e enovelados, os tubos
seminíferos, onde se localizam as espermatogônias (2n). As espermatogônias
multiplicam-se através de mitoses até a adolescência, período no qual passam a se
multiplicar com maior intensidade. Depois da multiplicação, ocorre a fase de
crescimento, em que algumas espermatogônias crescem e duplicam seus
cromossomos, transformando-se em espermatócitos primários (2n), também
chamados de espermatócitos I. Os espermatócitos primários sofrerão meiose, dando
origem a duas células haploides chamadas de espermatócitos secundários (n) ou
espermatócitos II, que sofrerão outra meiose, originando quatro células haploides,
chamadas de espermátides. As duas meioses que os espermatócitos sofrem
representam a fase de maturação. (MORAES, 2024)

Neste sentido, após a maturação nos túbulos seminíferos, os espermatozoides imaturos


migram para o epidídimo, uma estrutura em forma de tubo localizada na parte posterior de
cada testículo. O epidídimo desempenha um papel crucial na maturação final dos
espermatozoides, fornecendo um ambiente propício para o desenvolvimento da motilidade e
da capacidade de fertilização. Além disso, o epidídimo serve como um local de
armazenamento temporário dos espermatozoides, aguardando a sua liberação durante a
ejaculação.
Segundo Mezzomo (2003) a “vasodilatação mediada pelos nervos autônomos leva à
ereção do pênis, estimula as secreções prostáticas e controla a contração dos ductos deferentes
durante a ejaculação (HALL, 2017; TORTORA; DERRICKSON, 2017; RAFF; LEVITZKY,
2012; SILVERTHORN, 2017).” apud (Mezzomo, 2003, p. 3). Nesta perspectiva, durante a
excitação sexual e o processo de ejaculação, os espermatozoides maduros são empurrados dos
epidídimos para os ductos deferentes, que são tubos musculares que se estendem dos
epidídimos até a uretra. Os ductos deferentes se unem aos ductos ejaculatórios, formando um
sistema complexo de transporte para os espermatozoides e para as secreções das glândulas
acessórias.
As vesículas seminais, localizadas na base da bexiga, são responsáveis pela produção
de uma porção significativa do fluido seminal, que contém nutrientes essenciais para a
sobrevivência dos espermatozoides. Além disso, a próstata, uma glândula situada abaixo da
bexiga, contribui com secreções que constituem parte do sêmen, ajudando na liquefação do
coágulo seminal e na proteção dos espermatozoides contra o ambiente ácido da vagina
feminina.
Mezzomo (2003) explica que
A maior parte (em torno de 60%) do volume ejaculado é produzida pelas vesículas
seminais, enquanto o restante é constituído por líquidos do canal deferente (10% do
total), líquido proveniente da próstata (30%) e uma pequena quantidade produzida
pelas glândulas mucosas, especialmente as glândulas bulbouretrais (HALL, 2017;
TORTORA; DERRICKSON, 2017). Apud (MEZZOMO, 2003, p. 3).

Em continuidade, durante a ejaculação, os músculos ao redor da base do pênis se


contraem, causando a expulsão do sêmen pela uretra para fora do corpo. Esse processo é
coordenado pelo sistema nervoso autônomo e é essencial para a fertilização bem-sucedida e
para a reprodução.
Em suma, o trajeto dos espermatozoides no sistema reprodutor masculino envolve uma
série de eventos complexos que requerem a coordenação precisa de várias estruturas
anatômicas e processos fisiológicos; além do mais, a compreensão detalhada desse trajeto é
crucial para o entendimento da fisiologia da reprodução masculina.
REFERÊNCIAS
MEZZOMO, Lisiane Cervieri. Et al. Embriologia clínica. São Paulo: Sagan, 2003. [Livro
eletrônico]
MORAES, Paula Louredo. "Espermatogênese"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/espermatogenese.htm. Acesso em 03 de abril de 2024.

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