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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

MEDICINA VETERINARIA

Karin Elisa Treichel Kliemann


Caila Adrieli Daneluz
Bruna Vitória Gonçalo Wilmes
Bruna Santos de Almeida
LarissaVitória da Silva Truman

TRABALHO DE EMBRIOLOGIA

Desenvolvimento do sistema urogenital

TOLEDO – PARANÁ

2022
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA UROGENITAL

O sistema urogenital deriva da mesoderme intermédia. A mesoderme intermédia


diferencia-se em cordões nefrogénicos (que irão formar o sistema urinário) e numa área próxima
conhecida como crista gonadal (que irá dar origem às gónadas).  Juntamente, o sistema genital
desenvolve-se em estreita associação com o sistema urinário. O desenvolvimento genital
depende do sexo cromossómico, que determina se as gónadas primitivas se diferenciam em
testículos ou ovários. As gónadas secretam, então, determinadas hormonas, que direcionam o
desenvolvimento das estruturas genitais internas e externas.

O sistema urogenital pode ser dividido em duas partes, o sistema urinário e sistema
genital, várias partes de um sistema é utilizada pelo outro; Os dois sistemas originam-se dos
pedúnculos dos somitos, também chamados mesoderma intermediário, que se situam entre os
somitos e o mesoderma lateral.

SISTEMA URINÁRIO

Os túbulos renais originam-se das várias alturas do blastema nefrogênico adquirindo


formas diferentes, então se divide a evolução em três etapas sucessivas, onde se formam três
tipos renais, a saber: prônefro, mesônefro e metânefro.

● Prônefro: Surge na semana 4 como um aglomerado de um túbulo e algumas células


(nefrótomos). No interior do mesoderma da região cefálica forma-se precocemente um
ducto que progride em direção caudal, formando um tubo contínuo ao longo do blastema
nefrogênico, indo desembocar na cloaca. Esse ducto serve de veículo ao produto de
secreção dos três rins que se sucedem, recebendo o nome de ducto pronéfrico, na porção
cranial, e ducto mesonéfrico, ou de Wolff, na sua porção média e caudal.
● Mesônefro: Encontra-se na região torácica e lombar superior; surge no fim da 4ª semana;
caudal ao prônefro; consiste em glomérulos e túbulos mesonéfricos que se abrem nos ductos

mesonéfricos (ou de Wolff); Na sua extremidade medial os túbulos mesonéfricos


invaginam-se, assumindo o aspecto de cálice, e no seu interior forma-se um glomérulo
resultante da capilarização do mesênquima local. No sexo feminino, o mesonefro regride
totalmente, enquanto no feto masculino, dá origem ao epidídimo e ducto deferente.
● Metânefro: Se desenvolve a partir da 5ª semana, metânefro é o rim definitivo nos répteis,
aves e mamíferos. É formado por duas porções de origem embriológica distinta:
Divertículo Metanéfrico (Broto Ureteral): evaginação do ducto mesonéfrico (de Wolff),
próximo à cloaca; primórdio dos ureteres, pelves renais, cálices e túbulos coletores.
 Massa Metanéfrica de Mesoderma Intermediário (Blastema Metanefrogênico): derivado da
parte caudal do cordão nefrogênico; origina os glomérulos, cápsula de Bowman, túbulo
contorcido distal e proximal e alça de Henle.

No início, os rins estão na pelve, porém com o crescimento da pelve e do abdome do


embrião, os rins se localizam no abdome, chegando à posição adulta na 9ª semana, quando se
encontram com as glândulas supra-renais. Assim, as artérias renais que eram ramos das artérias
ilíacas comuns, passam progressivamente a ser ramo da extremidade distal da aorta e em
seguida da extremidade proximal da aorta. Normalmente, os ramos caudais sofrem involução e
desaparecem.

Bexiga e uretra:  O septo urorretal divide a cloaca em uma porção retal caudal e uma
porção que fica acima dela, o seio urogenital que se comunica cranialmente com uma dilatação,
o canal vesicouretral, que se afunila na sua porção superior, comunicando-se com o alantóide.
Essa comunicação, também chamada úraco, oblitera-se, formando o ligamento umbilical. O seio
urogenital no sexo masculino dará origem às uretras prostática e membranosa.

SISTEMA GENITAL

Fase indiferenciada

Na fase inicial de sua formação, os dois sexos desenvolvem-se de maneira igual. Ambas
se originam medialmente na crista urogenital, onde se observa uma proliferação do epitélio
celomático, formando uma massa celular, o epitélio germinativo, que envia brotos para dentro
do mesênquima subjacente.

DIVISÃO DA GÔNADA MASCULINA E SEUS CONDUTOS:

No sexo masculino, a partir do segundo mês, a gônada começa a se diferenciar em


testículo, época em que se notam as seguintes modificações: cessa a proliferação do epitélio
germinativo; o mesênquima envolvente espessa-se indo formar uma cápsula de tecido
conjuntivo denso, a albugínea, que envia septos que dividem a glândula em lobos; os cordões
celulares crescem e produzem os túbulos seminíferos, que se fundem nas suas extremidades,
formando uma estrutura em rede, a rete testis, que por sua vez, estabelece comunicação com o
ducto mesonéfrico, por intermédio dos túbulos mesonéfricos; simultaneamente, os tecidos que
constituem o testículo diferenciam-se da seguinte maneira: os gonócitos transformam-se em
espermatogônias e vão produzir a linhagem seminal; do epitélio germinativo derivam as células
nutrientes ou de Sertoli; do mesênquima origina-se o tecido intersticial do testículo com seus
vasos, tecido conjuntivo e células produtoras de andrógenos (células de Leydig).

Enquanto ocorrem estas modificações na gônada masculina, os condutos


paramesonéfricos degeneram e a porção mais caudal do ducto persiste dando origem a uma
pequena vesícula (utrículo prostático). O ducto mesonéfrico desenvolve-se dando origem ao
epidídimo, suas porções média e caudal transformam-se no ducto deferente cuja porção terminal
(ducto ejaculatório) desemboca na futura uretra prostática. As vesículas seminais originam-se
como divertículos da porção terminal do ducto mesonéfrico. A parte cefálica do seio urogenial
origina a bexiga e a caudal origina a uretra protática e membranosa.

DIFERENCIAÇÃO DA GÔNADA FEMININA E SEUS CONDUTOS:

Os cordões celulares fragmentam-se formando acúmulos celulares, cada um dos quais é


constituído por um gonócito envolto por uma camada de células do epitélio germinativo: são os
folículos primordiais¸ que não persistem, regredindo logo, enquanto isso, ocorre nova
proliferação do epitélio germinativo que penetra no mesênquima, formando os folículos
definitivos.

No ovário, os gonócitos primordiais dão origem às oogônias, e o epitélio germinativo,


às células foliculares ou nutritivas. Do mesênquima originam-se os vasos, tecido conjuntivo do
ovário e células das teças interna e externa. Os condutos mesonéfricos atrofiam-se e
desaparecem, já os condutos paramesonéfricos desenvolvem-se no sexo feminino, sua parte
cranial origina a tuba uterina, a abertura para a cavidade celomática desenvolve-se
irregularmente, formando o pavilhão desse órgão, e as porções caudais deslocam-se para a linha
média e se fundem no sentido caudocranial, formando o útero.

O futuro útero termina em fundo cego, encostando-se no seio urogenital. Sua


extremidade caudal forma uma saliência maciça, o tubérculo de Müller, que se espessa e afasta
provisoriamente a cavidade uterina do seio urogenital, formando assim a lâmina epiteliovaginal.
Posteriormente, tanto a lâmina vaginal como a porção sólida da extremidade dos condutos de
Müller, fundidos, canalizam-se, formando a vagina.
REFERÊNCIAS

https://biomania.com.br/artigo/embriologia-do-sistema-urogenital

https://www.famema.br/ensino/embriologia/sistemaurinario.php

https://www.lecturio.com/pt/concepts/desenvolvimento-do-sistema-urogenital/

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