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Desenvolvimento Humano 

Sistema Urogenital 

O ​Sistema Urogenital desenvolve-se a partir do ​mesoderma intermediário​, que é deslocado


ventralmente após o dobramento do embrião, formando a ​crista urogenital​, que é composta pelo
cordão nefrogênico e pela ​crista gonadal​, originando respectivamente o ​sistema urinário e o
sistema genital​.

HOMEM ESTRUTURA EMBRIONÁRIA MULHER

Testículo Gônada Indiferenciada Ovário

Túbulos seminíferos Córtex Folículos ovarianos

Rede testicular Medula Rede do ovário

Ureter Ducto mesonéfrico Ureter


Vesícula seminal
Ductos do epidídimo,
deferente e ejaculatório
- Ducto paramesonéfrico Tuba uterina e útero

Bexiga urinária e uretra Seio urogenital Bexiga, uretra e vagina

Pênis Falo Clitóris

   

2019 
Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

SISTEMA URINÁRIO 
É composto pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. 

CONJUNTOS DE ÓRGÃO EXCRETORES (“RINS”):

PRONEFRO ​surge na região cefálica como pequenos aglomerados celulares transitórios e


não-funcionais, com estruturas tubulares, denominadas ​ductos pronéfricos​, que abrem-se na
cloaca e persistem como ​ductos mesonéfricos​.

MESONEFRO ​surge ao final da quarta semana e funcionam como ​rins provisórios ​por cerca de
quatro semanas, consistindo em ​glomérulos ​e ​túbulos mesonéfricos que se abrem nos ductos
mesonéfricos. Ao final do primeiro trimestre é degenerado; com exceção dos túbulos e ductos
no sexo masculino, que permanecem.

METANEFRO é o ​primórdio dos rins permanentes e começa a se desenvolver no início da


quinta semana, tornando-se funcional somente a partir da nona semana.

2019 
Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

RINS PERMANENTES: desenvolvem-se a partir da interação do ​divertículo metanéfrico (broto


uretérico) e da ​massa metanéfrica de ​mesoderma intermediário (NEFROGÊNESE), num processo
chamado de ​indução recíproca​. A maturação funcional ocorre somente após o nascimento.

A parte caudal do cordão nefrogênico origina a ​massa metanéfrica de mesoderma


intermediário​; enquanto próximo à entrada na cloaca o ducto mesonéfrico evagina e forma o
divertículo metanéfrico​, que se alonga e penetra na massa metanéfrica.

DIVERTÍCULO METANÉFRICO: ​a extremidade cranial passa por diversos eventos de ramificação.


As quatro primeiras ramificações aumentam e tornam-se confluentes formando os ​cálices
maiores​; as quatro ramificações seguintes coalescem para formar os ​cálices menores​; e as
ramificações seguintes formam os ​TÚBULOS COLETORES do metanefro​.

MASSA METANÉFRICA: no começo da oitava semana, a extremidade de cada túbulo coletor


arqueado induz grupos de células da massa metanéfrica a formar vesículas, que se alonga e
tornam-se nos ​túbulos metanéfricos​, cujas extremidades proximais são invaginadas pelos
glomérulos​. Esses túbulos se diferenciam em ​túbulos contorcidos proximal e distal​.

* NÉFRON​: túbulos renais (túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido
distal e túbulo coletor) + corpúsculo renal (glomérulo + cápsula renal)

URETERES: ​formados a partir do ​pedículo ​do divertículo metanéfrico.

2019 
Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

BEXIGA​: desenvolve-se principalmente a partir da ​porção vesical cranial ​do seio urogenital.
Inicialmente, encontra-se ligada ao alantóide, que sofre uma constrição e forma o ​úraco ​(no adulto
será o ligamento umbilical mediano).

URETRA​: formada a partir da ​porção pélvica mediana ​do seio urogenital.

* Bexiga e uretra: endoderma do seio urogenital origina a camada epitelial; enquanto o


mesoderma visceral adjacente forma o tecido conjuntivo e a musculatura.

SUPRA-RENAL: ​na sexta semana, o mesênquima se desenvolve no ​córtex​. Lateralmente, células da


crista neural migram e formam uma massa, que será a ​medula​. Por volta da oitava semana, o córtex
começa a envolver a medula.

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Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

SISTEMA GENITAL 
Até a sétima semana, o desenvolvimento genital em ambos sexo é semelhante, sendo
chamado de ​estágio indiferenciado do desenvolvimento sexual​. A partir da sétima semana,
há o surgimento de características físicas masculinas ou femininas.

2019 
Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

GÔNADAS: ​correspondem aos testículos e ovários. Têm origem a partir do mesotélio (epitélio
mesodérmico), do mesênquima subjacente e das células germinativas primordiais.

CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS: originam-se no saco vitelino, sendo visíveis no início


da quarta semana. Durante o dobramento do embrião, a incorporação de parte do saco vitelino
permite que estas células migrem ao longo do intestino primitivo posterior até as cristas
gonadais.

INDIFERENCIADAS: durante a quinta semana, há uma proliferação do mesotélio e do


mesênquima subjacente ao lado do mesonefro, resultando numa saliência denominada ​crista
gonadal​. Esse mesênquima é penetrado por ​cordões sexuais primários (epiteliais). Na sexta
semana, as ​células germinativas primordiais penetram no mesênquima e são incorporadas nos
cordões. Ao final da sétima semana, as gônadas são compostas por córtex e medula.

OVÁRIOS: cordões sexuais penetram na medula e formam uma ​rede ovariana ​rudimentar
temporária. A medida que crescem, os cordões chegam na região cortical (​cordões ​corticais​),
incorporando as células germinativas. Na décima semana é possível identificar os ​ovários​. Com
dezesseis semanas, esses cordões se rompem, formando os ​folículos primordiais​, cada um
constituído de uma ​ovogônia ​(derivada de uma célula germinativa) e de uma monocamada de
células foliculares ​achatadas (derivadas do epitélio da superfície). No córtex uma fina cápsula
fibrosa, denominada ​túnica albugínea​, separa o epitélio da superfície dos folículos. Conforme o
ovário se afasta do mesonefro em regressão, forma-se o ​mesovário​ (mesentério suspenso).

TESTÍCULOS: precisa do gene ​SRY ​para o fator determinante do testículo (​FDT​), que é regulado
pelo Y, como gatilho para a diferenciação. O FDT induz os cordões sexuais a penetrarem na
medula, formando a ​rede testicular​. A túnica albugínea (espessa) rompe a comunicação do
epitélio da superfície com os cordões corticais, que passam a ser os ​cordões seminíferos​,
primórdios dos ​túbulos seminíferos​. As células germinativas primordiais originam as
espermatogônias​. Os túbulos são separados pelo mesênquima que dá origem às ​células
intersticiais (de Leydig). A partir da oitava semana, estas células começam a secretar hormônios
androgênios, que induzem a diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália
externa. Enquanto isso, as ​células de Sertoli produzem hormônio antimulleriano (AMH), que
suprime o desenvolvimento dos ductos paramesonéfricos. A rede testicular junto a túbulos
mesonéfricos tornam-se os ​dúctulos eferentes​, que se conectam ao ducto mesonéfrico,
denominando-se então em ​ducto do epidídimo​.

2019 
Luiza Lese Pereira 
Desenvolvimento Humano 
Sistema Urogenital 

DUCTOS GENITAIS​:

INDIFERENCIADOS: ​durante a quinta e sexta semana, há presença de ambos pares de ductos


genitais (mesonéfricos e paramesonéfricos).

FEMININO​: ausência do AMH induz a regressão dos ductos mesonéfricos e o desenvolvimento


dos ductos paramesonéfricos. A porção cranial formam as ​tubas uterinas​; as porções caudais
(fundidas) formam o ​primórdio uterovaginal​, que será o útero e a parte superior da ​vagina​. O
mesênquima visceral origina o ​miométrio​.

MASCULINO​: o AMH à regressão dos paramesonéfricos e a testosterona estimula o


desenvolvimento dos ductos mesonéfricos. A porção proximal dos ductos forma o ​epidídimo​; a
porção medial forma o ducto do ​epidídimo​; e a porção caudal torna-se o ​ducto deferente​. A
endoderme da porção prostática da uretra sofre evaginações que originam o epitélio glandular
da ​próstata​.

2019 
Luiza Lese Pereira 

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