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Universidade do Estado do Pará

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde


Curso de Medicina – MED-3
Laboratório Morfofuncional

Módulo ASE 07 CONCEPÇÃO, FORMAÇÃO DO SER HUMANO E GESTAÇÃO


Roteiro PROBLEMA 02 O Começo de Tudo!
Ana Carla Magalhães
José Nazareno Negrão MED3 - 2020.2
Instrutores
Letícia Miquilini 01 e 02 de dezembro de 2020
Luanna Fernandes (Coordenadora da Etapa.)

Dentro das ciências médicas, o conhecimento básico do processo espermatogênico (ou seja, a
gametogênese masculina) é imprescindível para o entendimento da dinâmica e formação da população
gamética, bem como, saber quais linhagens gaméticas e não gaméticas compõem os túbulos seminíferos
que formam os testículos. Não obstante, o conhecimento da gametogênese testicular, assim como, das
glândulas e ductos seminais acessórios, responsáveis pela produção e/ou condução seminal, é ferramenta
indispensável no diagnóstico das diferentes causas patológicas que podem levar a um quadro de infertilidade
masculina ou o comprometimento da mesma.
Além disso, o problema tutorial 2 aborda os processos de fecundação e fertilização. Assim, fazendo-
se um paralelo a essas temáticas, este roteiro traz a abordagem morfofisiológica de estruturas do sistema
reprodutor e aspectos hormonais envolvidos na concepção.

Objetivo 1 – Caracterizar morfologicamente os testículos, glândulas e ductos seminais.


a) Com auxílio do atlas e livro texto, identificar e descrever a identificar a macro-organização testicular,
no concernente aos seguintes aspectos: divisões anatômicas, vascularização e inervação do órgão;
b) Identificar e caracterizar as camadas de tecido que revestem os testículos, epidídimo e funículo
espermático;
TESTÍCULOS: Irrigação: artérias testiculares originam-se da
Estão suspensos no escroto pelos funículos parte abdominal da aorta, entram nos canais
espermáticos. A superfície é coberta pela lâmina inguinais, atravessam os canais, saem deles através
visceral da túnica vaginal. Essa túnica, é um saco dos anéis inguinais superficiais e entram nos
peritoneal fechado que circunda parcialmente o funículos espermáticos para irrigar os testículos.
testículo. O recesso da túnica vaginal, semelhante Anastomosa-se com a artéria do ducto deferente.
a uma fenda, o seio do epidídimo, situa-se entre o Drenagem: plexo venoso pampiniforme, ele faz
corpo do epidídimo e a face posterolateral do parte do sistema termorregulador do testículo. As
testículo. Entre as lâminas visceral e parietal da veias desse plexo convergem formando a veia
túnica vaginal, existe um pequeno volume de testicular direita (entra na veia cava inferior) e uma
líquido que permite o livre movimento do testículo veia testicular esquerda (entra na veia renal
no escroto. esquerda).
Sua face externa é fibrosa e resistente por causa da Inervação: origina-se como o plexo nervoso
túnica albugínea, que se espessa em uma crista testicular sobre a artéria testicular, vem de T10.
sobre sua face interna posterior como o mediastino
do testículo. A partir dessa estria interna, septos FUNÍCULO ESPERMÁTICO:
fibrosos estendem-se internamente entre lóbulos de Contém estruturas que entram e saem do testículo
túbulos seminíferos contorcidos pequenos, mas e suspende o testículo no escroto. O revestimento
longos e muito espiralados, nos quais são do funículo espermático inclui:
produzidos os espermatozoides. Os túbulos Fáscia espermática interna: derivada da fáscia
seminíferos contorcidos são unidos por túbulos transversal.
seminíferos retos à rede do testículo, uma rede de Fáscia cremastérica: derivada da fáscia das faces
canais no mediastino do testículo. superficial e profunda do músculo oblíquo interno
do abdome.
Contém alças do músculo cremaster, o qual EPIDÍDIMO:
traciona reflexamente o testículo para cima no Estrutura alongada na face posterior do testículo.
escroto em resposta ao frio. Atua com o músculo Os ductos eferentes do testículo transportam
dartos que ajuda na elevação do testículo enquanto espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do
causa contração da pele do escroto em resposta ao testículo para o epidídimo.
frio. É formado por minúsculas alças do ducto do
O músculo cremaster é estriado e recebe inervação epidídimo, tão compactas que parecem sólidas. Na
somática (nervo genitofemoral) e o músculo dartos causa, o ducto deferente começa como a
é liso e recebe inervação autônoma. continuação do ducto do epidídimo.
Fáscia espermática externa: derivada da Formado por:
aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome Cabeça do Epidídimo: parte expandida superior
e de sua fáscia de revestimento. que é composta por lóbulos formados pelas
Constituintes do funículo espermático: extremidades espiraladas de 12 a 24 dúctulos
Ducto deferente: tubo muscular com 45 cm de eferentes.
comprimento que dá passagem aos Corpo do epidídimo: maior parte é formada pelo
espermatozoides do epidídimo ao ducto ducto contorcido do epidídimo.
ejaculatório. Cauda do epidídimo: contínua com o ducto
Artéria testicular, artéria do ducto deferente, artéria deferente, o ducto que transporta os
cremastérica, plexo venoso pampiniforme, fibras espermatozoides do epidídimo ao ducto
nervosas simpáticas nas artérias e fibras nervosas ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra
simpáticas e parassimpáticas no ducto defetente, durante a ejaculação.
ramo genital do nervo genitofemoral, vasos
linfáticos e vestígio do processo vaginal.
c) Identificar as glândulas sexuais acessórias e ductos excretores, descrevendo os aspectos:
localização, divisão anatômica (quando houver), vascularização e inervação;
DUCTO DEFERENTE: é a continuação do ducto das glândulas seminais com os ductos
do epidídimo. Tem paredes musculares deferentes. Originam-se perto do colo da bexiga,
relativamente espessas e um lúmen muito pequeno, atravessam a parte posterior da próstata e ao longo
o que lhe confere firmeza semelhante à de um das laterais do utrículo prostático. Eles convergem
cordão. Começa na cauda do epidídimo, ascende para se abrir no colículo seminal por meio de
posterior ao testículo. É o principal componente do pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a
funículo espermático e termina unindo-se ao ducto abertura do utrículo prostático. As secreções
da glândula seminal para formar o ducto prostáticas só se juntam ao líquido seminal quando
ejaculatório. Antes de seu término ele aumenta para os ductos ejaculatórios terminam na parte
formar a ampola do ducto deferente. prostática da uretra.
Irrigação e drenagem: artéria do ducto deferente Irrigação e Drenagem: artérias do ducto deferente,
origina-se de uma artéria vesical superior e termina em geral ramos das artérias vesicais superiores. As
anastomosando-se com a artéria testicular. As veias veias unem os plexos venosos prostático e vesical.
drenam para a veia testicular e sua parte terminal PRÓSTATA: maior glândula acessória do sistema
drena ao plexo venoso vesical/prostático. genital masculino, apresenta consistência firme, do
GLÂNDULAS SEMINAIS: estruturas alongadas tamanho de uma noz e circunda a parte prostática
situadas entre o fundo da bexiga e o reto. da uretra. A parte glandular representa cerca de
Encontram-se em posição oblíqua superiormente à dois terços da próstata; o outro terço é
próstata e não armazenam espermatozoides. fibromuscular.
Secretam um líquido alcalino espesso com Cápsula Fibrosa: é densa e neurovascular,
frutose e um agente coagulante que se mistura aos incorporando os plexos prostáticos de veias e
espermatozoides. As extremidades superiores são nervos. Tudo circundado pela fáscia visceral da
recobertas por peritônio e situam-se posteriormente pelve que forma uma bainha prostática fibrosa fina
aos ureteres, onde são separadas do reto pelo anteriormente, contínua anterolateralmente com os
peritônio da escavação retovisceral. O ducto da ligamentos puboprostáticos e densa posteriormente
glândula seminal une-se ao ducto deferente para onde se funde ao septo retovisceral.
formar o ducto ejaculatório. Possui:
Irrigação e drenagem: as artérias originam-se nas Base intimamente relacionada ao colo da bexiga,
artérias vesical inferior e retal média. As veias um ápice em contato com a fáscia na face superior
acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. dos músculos esfíncter da uretra e transverso
DUCTOS EJACULATÓRIOS: são tubos profundo do períneo, uma face anterior muscular
delgados que se originam pela união dos ductos (fibras transversais formando um hemiesfincter
vertical – rabdoesfincter) que é parte do músculo Lóbulo Anteromedial: profundamente ao
esfíncter da uretra. Essa face anterior é separada da lóbulo inferolateral, diretamente lateral à parte
sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no prostática proximal da uretra.
espaço retropúbico. Uma face posterior relacionada Irrigação e Drenagem: artérias prostáticas (ramos
com a ampola do reto e faces inferolaterais da ilíaca interna), sobretudo as vesicais inferiores,
relacionadas com o músculo levantador do ânus. mas também as artérias pudenda interna e renal
média. As veias se unem para formar um plexo, o
plexo venoso prostático, situado entre a cápsula
fibrosa da próstata e a bainha prostática, drena para
as veias ilíacas internas. É contínuo com o plexo
venoso vesical e comunica-se com o plexo venoso
vertebral interno.
GLÂNDULAS BULBORETRAIS: do tamanho
de uma ervilha, situam-se posterolateralmente à
parte membranácea da uretra, inseridas no músculo
esfíncter externo da uretra. Seus ductos atravessam
a membrana do períneo com a parte membranácea
Istmo da Próstata: anteriormente à uretra.
da uretra e se abrem através de pequenas aberturas
Fibromuscular, e as fibras representam a
na região proximal da parte esponjosa da uretra no
continuação superior do músculo esfíncter externo
bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na
da uretra ao colo da bexiga, contém pouco ou
uretra durante a excitação sexual.
nenhum tecido glandular.
INERVAÇÃO: o ducto deferente, as glândulas
Lobos Direito e Esquerdo da Próstata:
seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são
separados pelo Istmo (anterior) e por um sulco
ricamente inervados por fibras nervosas
longitudinal central e pouco profundo (posterior).
simpáticas. As fibras simpáticas pré-ganglionares
Dividem-se em:
originam-se de corpos celulares na coluna
Lóbulo Inferoposterior: situado posterior à
intermédia de células dos segmentos T12-L2 da
uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Constitui
medula espinal. Atravessam os gânglios
a face palpável.
paravertebrais dos troncos simpáticos para se
Lóbulo Inferolateral: lateral à uretra, forma
tornarem componentes dos nervos esplâncnicos
a maior parte do lobo direito ou esquerdo.
lombares (abdominopélvicos) e dos plexos
Lóbulo Superomedial: profundamente ao
hipogástricos e pélvicos.
lóbulo inferoposterior, circundando o ducto
ejaculatório ipsilateral.

d) Caracterizar a organização tecidual da cápsula que reveste os testículos;


Cada testículo é coberto por uma cápsula de tecido conjuntivo denso muito espesso, a túnica albugínea.
A parte interna dessa cápsula, a túnica vascular, consiste em uma camada de tecido conjuntivo frouxo que
contém vasos sanguíneos. Cada testículo é dividido em 250 lóbulos por septos de tecido conjuntivo
incompletos, que se projetam a partir da cápsula.
Ao longo da superfície posterior do testículo, a túnica albugínea sofre espessamento e projeta-se ao
interior do testículo como um mediastino.
e) No parênquima testicular (interior dos testículos), há estruturas denominadas de túbulos
seminíferos. Quanto à essas estruturas:
1) Descrever as características de toda a população de células gaméticas encontradas no interior dos
túbulos seminíferos: espermatogônias, espermatócitos, espermátides (arredondadas e alongadas)
e os espermatozoides. Quais são as células gaméticas haploides e diploides? Que relação você é
possível fazer da população gamética com o texto supracitado?

2) Quais são as células que compõem a população celular não gaméticas (células de Sertoli),
localizadas no interior dos túbulos seminíferos? Quais são as funções que essas células
desempenham?
As células de Sertoli, também conhecidas como células de suporte ou de sustentação, não se replicam
depois da puberdade. São colunares com extensos prolongamentos apicais e laterais que circundam as células
espermatogênicas adjacentes e ocupam os espaços entre elas. Elas determinam a organização estrutural dos
túbulos, uma vez que se estendem por toda a espessura do epitélio seminífero.
Ademais, elas servem de proteção e fonte de nutrição para as células germinativas, constituem o
principal elemento da barreira hemato-testicular. Secreta o líquido que facilita a passagem dos
espermatozoides em fase de amadurecimento ao longo dos túbulos seminíferos até os ductos intratesticulares.
Produzem fatores de importância crítica, necessários para a progressão bem-sucedida das espermatogônias em
espermatozoides.
Secretam uma proteína de ligação de andrógenos (ABP) que concentra a testosterona no compartimento
luminal do túbulo seminífero, em que concentrações elevadas de testosterona são essenciais para a maturação
normal dos espermatozoides em desenvolvimento.
f) Qual é a denominação do local entre os túbulos seminíferos? Qual é a composição tecidual desse
local? Nesse local, caracterizar a morfofisiologia das células intersticiais ou de Leydig.
Os túbulos seminíferos consistem em um epitélio seminífero circundado por uma túnica própria. Entre
eles existe o tecido intersticial com as células de Leyding (ou intersticiais).
As Células de Leyding são grandes células poligonais eosinófilas, que geralmente contem gotículas de
lipídios. Elas contêm um REL bem desenvolvido, associado as enzimas necessárias para síntese de
testosterona a partir do colesterol.
As células de Leyding diferenciam-se e secretam testosterona no início da vida fetal. A secreção de
testosterona é necessária durante o desenvolvimento embrionário, maturação sexual e função reprodutiva. Elas
são ativas no início da diferenciação do feto masculino, sofrem um período de inatividade por volta de 5 meses
da vida fetal até à estimulação gonadotrópica por ocasião da puberdade, elas se rediferenciam em células
secretoras de andrógeno e permanecem ativas por toda a vida.
g) Comparar e correlacionar os seus achados inerentes às células gaméticas, às não gaméticas dos
túbulos seminíferos e às células intersticiais com as fotomicrografias e a elétron-micrografia abaixo:

Fotomicrografias, fontes: www.sciencephoto.com e histologyguide.org


h) Quanto ao epidídimo, caracterizar a organização tecidual: epitélio de revestimento e a lâmina própria
revestida por camadas de células musculares lisas, bem como, o aglomerado de espermatozoides no lúmen
dos túbulos epididimários;
O epidídimo consiste nos dúctulos deferentes e no ducto do epidídimo. Matura os espermatozoides e os
armazena.
O ducto do epidídimo forma junto com o tecido conjuntivo circunvizinho e os vasos sanguíneos, o
corpo e a cauda do epidídimo, uma estrutura anatômica com cápsula própria. É formado por um epitélio
colunar pseudoestratificado, composto de células basais arredondadas e de células colunares. A superfície
das células colunares é coberta por longos e ramificados microvilos de formas irregulares, chamados
estereocílios. O epitélio desse ducto epididimário participa da absorção e digestão dos corpos residuais
das espermátides que são eliminados durante a espermatogênese. Suas células epiteliais se apoiam sobre uma
lâmina basal envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. As contrações peristálticas
do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo.
O ducto deferente, por sua vez, é caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de
músculo liso. Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da maior parte de seu trajeto, é coberta de
epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. A lâmina própria da mucosa é uma camada de
tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada muscular consiste em camadas internas e externas
longitudinais separadas por uma camada circular. O músculo liso sofre fortes contrações peristálticas que
participam da expulsão do sêmen durante a ejaculação.

i) No que concerne a organização tecidual das vesículas seminais: caracterizar a composição tecidual
da mucosa desse órgão, bem como, o tipo de tecido muscular que compõe a parede dessas vesículas;
As vesículas seminais consistem em dois tubos muito tortuosos. Sua mucosa é pregueada e forrada com
epitélio cuboide ou pseudoestratificado colunar, as células epiteliais são ricas em grânulos de secreção,
semelhantes aos encontrados em células que sintetizam proteínas. A lâmina própria é rica em fibras
elásticas e é envolvida por uma espessa camada de músculo liso.
São glândulas que produzem uma secreção amarelada que contém substâncias importantes aos
espermatozoides como frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e proteínas. Carboidratos produzidos pelas
glândulas acessórias servem como fonte energética.

j) No que diz respeito à próstata, caracterizar a composição tecidual de suas camadas: mucosa e a
submucosa.
É constituída por três camadas concêntricas: uma camada mucosa interna, uma camada submucosa
intermediária e uma camada periférica contendo as glândulas prostáticas principais. As glândulas da camada
mucosa secretam diretamente na uretra, as outras camadas contêm ductos que se abrem nos seios prostáticos
localizados em cada lado da crista uretral, na parede posterior da uretra.
O parênquima prostático adulto é dividido em quatro zonas anatômicas distintas:
Zona Central: circunda os ductos ejaculatórios que atravessam a próstata. Contém em torno de 25%
do tecido glandular e é resistente ao carcinoma e à inflamação. Suas células exibem características
morfológicas distintas (citoplasma proeminente e ligeiramente basófilo, núcleos maiores deslocados em
diferentes níveis nas células adjacentes).
Zona Periférica: 70% do tecido glandular da próstata. Circunda a zona central e ocupa as porções
posterior e lateral da glândula. É a zona palpável e que dá origem a maioria dos carcinomas de próstata.
Zona de transição: circunda a parte prostática da uretra; compreende cerca de 5% do tecido glandular
prostático e contém as glândulas mucosas.
Zona periuretral: contém glândulas mucosas e submucosas.
O estroma fibromuscular também ocupa a superfície anterior da próstata, anteriormente à uretra e é
composto de tecido conjuntivo denso não modelado com grandes quantidades de fibras musculares lisas.
Em cada uma das zonas da próstata, o epitélio glandular geralmente é simples colunar, mas podem ser
observadas placas constituídas por epitélio simples cuboide, pavimentoso ou, em certas ocasiões,
pseudoestratificado.
Essas células epiteliais produzem diversas enzimas como o antígeno prostático específico (PSA), a
fosfatase ácida (PAP), a fibrinolisina e o ácido cítrico.
O PSA constitui um dos marcadores tumorais de maior importância clínica. Em condições normais ele
é secretado nos alvéolos da próstata e, por fim, é incorporado ao líquido seminal. Apenas uma quantidade
muito pequena de PSA circula no sangue do indivíduo saudável. No câncer de próstata, a concentração sérica
de PSA aumenta e são produzidas grandes quantidades que são inadequadamente direcionadas para a
circulação pelo epitélio prostático transformado.
A PAP é uma enzima que regula o crescimento e o metabolismo celulares do epitélio glandular da
próstata.
A fibrinolisina liquefaz o sêmen.

Objetivo 2 – Caracterizar fisiologicamente o período da concepção.


a) Descrever o papel da progesterona no estágio de pré-concepção.
PROGESTERONA: É um hormônio pró-gestação, possibilita a ocorrência e a manutenção de uma gravidez.
Ela inibe o crescimento desenfreado do tecido endometrial, estabiliza seu crescimento e o modifica,
deixando-o mais vascularizado e cheio de nutrientes para que ele se torne ideal para uma hipotética
implantação de um embrião.
Ela mantém o endométrio estável para impedir sangramentos. Se o corpo lúteo não secreta quantidades
ideais de progesterona o embrião não tem tempo suficiente de implantar-se no endométrio antes que você
comece a sangrar. São necessários de 7 a 9 dias pós-ovulação para que a nidação tenha sucesso.
Até a 10ª semana de gestação, o corpo lúteo é o único responsável pela secreção de progesterona para
manter a gravidez. Depois disso, a placenta se forma e toma o lugar.

b) Relacionar a ação do estrógeno na fase lútea com o mecanismo de manutenção do corpo lúteo em
caso de concepção.
Se o ovócito é fecundado, o corpo lúteo aumenta de tamanho e forma o corpo lúteo da gravidez,
aumentando sua produção hormonal. Sua degradação é impedida pela gonadotrofina coriônica humana,
secretada pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto. Quando a fecundação ocorre, a fase lútea prossegue e não
ocorre menstruação.

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