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É de suma importância a reprodução para todos os seres vivos, pois essa é a forma de perpetuar a espécie

na natureza. Para a espécie humana, não é diferente. Junto com o desenvolvimento dos diversos sistemas
do nosso organismo, o sistema genital também se desenvolveu, a fim de se tornar cada vez mais favorável à
fecundação. O sistema genital masculino possui duas grandes funções. Uma delas é desenvolver gametas
responsáveis pela fecundação do ovócito II, isso é, o envolvimento direto com a reprodução. Já a segunda
função é a de auxiliar a produção de hormônios masculinizantes, os quais caracterizarão as qualidades físicas
e psíquicas dos homens.

Constituintes
o 1 par de testículos suspensos no escroto
o Sistema de ductos genitais intratesticulares (túbulos retos, rede
testicular, dúctulos eferentes) e extratesticulares (epidídimo, ducto
deferente, ducto ejaculatório e uretra, a qual apresenta 3 partes:
prostática, membranácea e peniana)
o Glândulas acessórias: glândulas seminais (1 par), próstata e glândulas
bulbouretrais (1 par)
o Pênis (órgão copulador) – juntamente com o escroto, forma a
genitália externa

➔ Os órgãos sexuais primários são as gônadas ou testículos, e produzem o gameta (espermatozoide) e


os hormônios - predominantemente, a testosterona.
➔ Os espermatozoides se movem ao longo dos ductos genitais (intra e extratesticulares)
➔ Sêmen: espermatozoides + secreção das glândulas acessórias (frutose, fibrinogênio, fibrinolisina,
prostaglandina, espermina)
➔ Durante a ejaculação, expulsão do sêmen, é liberado de 1,5 a 6mL de sêmen, contendo 50 a 150
milhões de espermatozoides/mL – abaixo dessa quantidade → resulta em infertilidade
Gametas
As células humanas apresentam uma variedade de
formas e tamanhos, e realizam uma ampla gama de
funções diferentes. Mas as maiores e menores
células do nosso corpo são os gametas. Os machos
produzem a menor célula humana, o
espermatozoide (5 micrômetros de diâmetro x 3
micrômetros de tamanho). As mulheres produzem a
maior célula do nosso corpo, o ovócito secundário
(120 micrômetros de diâmetro). Os homens produzem muito mais gametas do que as mulheres. Existe uma
enorme diferença entre o número de espermatozoides produzidos pelos homens e o número de ovócitos
secundários produzidos pelas mulheres. Ao nascer, as mulheres apresentam de 1 a 2 milhões de ovócitos,
mas, aproximadamente, 300 sobrarão quando a puberdade chegar – aproximadamente, 300 a 400 desses
ovócitos são ovulados até a menopausa. Por outro lado, cada homem produz mais de 500 bilhões de
espermatozoides em toda a sua vida. Durante a ejaculação, um homem saudável pode liberar,
aproximadamente, 1.2 milhões de sptz.

➔ Os órgãos sexuais secundários são os ductos genitais intra e extratesticulares, as glândulas acessórias
e o pênis.
➔ Os ductos genitais estocam e/ou transportam os espermatozoides, auxiliam no amadurecimento e
na liberação
➔ As glândulas acessórias secretam fluidos dentro dos ductos ejaculatórios e da uretra
o Produzem a porção não celular do sêmen (os espermatozoides ficam suspensos nas secreções
das glândulas acessórias)
o As secreções nutrem os espermatozoides e são um veículo para sua liberação dentro do
sistema genital feminino
➔ O pênis é o órgão erétil (deposita o sêmen no interior do sistema genital feminino), ele também
contém a porção distal da uretra (parte peniana da uretra)
o Dupla função: liberar o sêmen no sistema genital feminino durante a cópula, e serve como
um conduto para a urina a partir da bexiga urinária até o exterior do corpo

Essa imagem, na MEV colorizada por computador,


representa bem a constituição dos testículos. Ele
apresenta túbulos seminíferos em seu interior, que
são essas estruturas arredondadas, as quais
apresentam duas cores. A cor azul mostra o epitélio
seminífero (revestimento do túbulo seminífero). A
coloração alaranjada mostra a membrana basal, na
qual esse epitélio se apoia. Entre os túbulos
seminíferos, há o tecido conjuntivo intersticial, que
contém as células intersticiais (antigas células de
Leydig). Então, a morfologia reflete bem a função,
sendo que o testículo desempenha, como função,
produzir os hormônios (produzidos pelas células de Leydig) e os espermatozoides (secreção exócrina). O
testículo é considerado uma glândula temporária. Esses espermatozoides são produzidos no epitélio
seminífero, nos braços da célula de sertoli ou dos epiteliócitos de sustentação.

➔ Forma oval
➔ 5 cm de comprimento / 3 cm de diâmetro / 2,5 cm de espessura
➔ Peso: 10 a 15g
➔ Coberto pela túnica albugínea (cápsula de TCDNM)
➔ Localização: escroto

➔ Descida da cavidade abdominal adjacente


aos rins. Durante a embriogênese, os
testículos se desenvolvem em posição
retroperitoneal, na parede posterior da
cavidade abdominal. À medida que vão
descendo para o interior do saco escrotal,
carregam consigo uma porção do
peritônio.
➔ Descida – durante o 7º mês – movem-se
através da musculatura abdominal,
acompanhados pelo escroto = projeção da
cavidade peritoneal. Essa evaginação
peritoneal é chamada de túnica vaginal, e forma uma cavidade serosa que circunda parcialmente a
face anterolateral de cada testículo, permitindo um certo grau de mobilidade dentro do
compartimento no saco escrotal.
➔ Passam pela região inguinal, formando o canal inguinal com os constituintes do cordão espermático.
➔ Em, aproximadamente, 60% dos homens, o testículo esquerdo está suspenso de 1 a 2 cm mais baixo,
no escroto, do que o testículo direito.

No momento em que desce, ele arrasta os constituintes da cavidade


abdominal. A túnica vaginal é essa que está em verde. Ele é
circundado, antes da túnica albugínea, pela túnica vaginal, que é
uma serosa que contém 2 folhetos = folheto parietal e folheto
visceral.

A PAREDE DO SACO ESCROTAL é revestida


externamente por pele. Abaixo, existe uma
delicada e delgada musculatura lisa, conhecida
como túnica dartos, a qual contribui para a
regulação da temperatura dentro do escroto.
Em baixas temperaturas, a musculatura lisa da
túnica dartos se contrai, não apenas liberando
calor da contração, mas também trazendo o
testículo para mais perto da parede do corpo.
Em seguida, indo em direção ao testículo, existirá a fáscia espermática externa. A túnica dartos é auxiliada,
no mecanismo de regulação da temperatura dentro do escroto, por um par de músculos cremásteres
(músculos esqueléticos que se situam no canal inguinal, estendendo-se até o saco escrotal e se enovelando
nos testículos), os quais se contraem e trazem os testículos para mais perto da parede corporal. A principal
função dos músculos cremásteres é a proteção dos testículos, através de sua movimentação fora de um
trajeto que possa lhe causar algum trauma durante o ato sexual, assim como quando o indivíduo sente medo.
Na maior parte do tempo, os músculos cremásteres atuam de maneira involuntária, embora possam ser
ativados voluntariamente quando os músculos abdominais estão contraídos. Em seguida, indo em direção
aos testículos, há a fáscia espermática interna. Então, veremos a túnica vaginal, com suas lâminas parietal e
visceral, colada na túnica albugínea. Em um corte histológico de testículo, veremos, dessa parede, apenas
a túnica albugínea.

Macroscopicamente, podemos
observar a túnica albugínea (TA), que
recobre externamente os testículos, a
túnica vaginal (TV), o epidídimo, com
suas regiões de cabeça, corpo e cauda;
e o cordão espermático ou funículo
espermático. Esse cordão contém
artéria, veias e ducto deferente, que,
juntos, atravessaram o canal inguinal
(via de passagem da cavidade
abdominal para o escroto).

Cordão / Funículo espermático


➔ Nome coletivo para estruturas associadas ao escroto.
➔ Passa pelo canal inguinal.
➔ Contém: tecido conjuntivo, ducto deferente, artérias e veias (plexo pampiniforme) testiculares, vasos
linfáticos, nervo testicular, músculo cremáster

Canal inguinal
➔ Formação: passagem pela musculatura da parede abdominal formam dois anéis de cada lado – 2
orifícios.
➔ Esse canal é formado durante a descida dos testículos para o escroto.
➔ Na mulher, é ocupado pelo ligamento redondo do útero.
Correlações Clínicas
Como a hipertermia tem sido identificada como um fator relevante na infertilidade masculina, relata-se que
homens que trabalham com computadores do tipo laptop, mantidos no colo por 1 hora de uso contínuo,
exibem aumento da temperatura escrotal de até 2°.
Os cânceres testiculares metastáticos se disseminam através da drenagem linfática para os linfonodos
periaorticos e, daí, para seus vários destinos finais.

Torção testicular: nós vimos que o cordão espermático é um cordão vascular muito longo que contém os
vasos testiculares que fornecem o suprimento sanguíneo para o testículo. Uma torção testicular, ou seja, o
cordão espermático torcido, pode resultar no suprimento sanguíneo interrompido ou no infarto venoso,
ocasionando dor testicular aguda e necrose do parênquima testicular.
Esse testículo sofreu infarto após a torção testicular. A torção testicular
é uma condição incomum, mas é uma emergência médica. A torção do
cordão espermático interrompe a drenagem venosa, levando a um
infarto hemorrágico. A maior mobilidade, devido à descida incompleta
ou à falta de ligamento escrotal, predispõe a essa condição. O
tratamento imediato, por meio de uma torção cirúrgica ou sutura do
cordão no lugar para evitar a torção futura, evitará o infarto.

Hidrocele testicular: acúmulo anormal de líquido no


interior da túnica vaginal, podendo ser unilateral ou
bilateral. Uma hidrocele testicular pode ser congênita ou
adquirida.

Observamos, aqui, uma grande hidrocele do testículo. Essas


hidroceles são bastante comuns, embora a maioria não atinja esse
tamanho. O líquido claro se acumula no interior da túnica vaginal e
ela é uma serosa, com os folhetos parietal e visceral, colada na túnica
albugínea. Essa condição pode surgir em associação com uma
variedade de condições inflamatórias e neoplásicas.

Varicocele: dilatação anormal das veias testiculares. Embora seja uma das causas da infertilidade masculina,
não provoca distúrbios da potência sexual. Varicocele, ou varizes do testículo, consiste na dilatação anormal
das veias testiculares, principalmente, após o esforço físico. Uma varicocele pode se desenvolver devido ao
mau funcionamento das válvulas normalmente encontradas nas veias. Em outros casos, pode se desenvolver
devido à compressão de uma veia por uma estrutura próxima. Varicocele geralmente não apresenta
sintoma, mas pode causar baixa produção de espermatozoide e diminuição da qualidade do
espermatozoide, levando à infertilidade.

Criptorquidismo: testículo que não desceu para o saco escrotal antes do nascimento = criptorquidia.
Comum em bebês prematuros. Consequências: infertilidade, hérnias do testículo e câncer no testículo.

Hérnia inguinal: ocorre na região da virilha, correspondendo a 75% de todas as hérnias abdominais. É uma
protusão do conteúdo da cavidade abdominal, normalmente parte do intestino, pelo canal inguinal. 25 vezes
mais comum em homens do que em mulheres. O tratamento é cirúrgico.
Os testículos não são importantes apenas para a reprodução. Eles também são vitais para o desenvolvimento
normal durante a puberdade, porque produzem vários hormônios sexuais. Em particular, eles produzem a
testosterona, que é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, incluindo o
aprofundamento da voz e o crescimento dos pelos faciais e corporais.

Nesse esquema está representada a parede do


escroto - pele, túnica dartos e uma das fáscias,
túnica vaginal (folheto parietal e visceral) e túnica
albugínea. A túnica albugínea é um TCDNM que
reveste externamente os testículos (cápsula) de
onde partem septos ou trabéculas que dividem o
testículo em lóbulos, onde moram os túbulos
seminíferos. Entre a túnica albugínea e os túbulos
seminíferos existe a túnica vasculosa (TC muito
vascularizado).
Existe um erro nesse esquema: os septos de tecido
conjuntivo são incompletos, não subdividem os
lóbulos de fora a fora, de modo que estes se
intercomunicam.

➔ Pele + tecidos subcutâneos


➔ Anterior ao ânus e posterior à base do
pênis
➔ Dividido em duas partes por um septo
vertical de tecido subcutâneo (rafe),
cada uma contendo um testículo

Túnica albugínea: circunda cada testículo, é


constituída por TCDNM.
Túnica vasculosa: forma a cápsula
vascularizada do testículo. Está localizada
abaixo da túnica albugínea e é constituída por
TCF altamente vascularizado
Mediastino testicular: face posterior da
túnica albugínea, mais espessa, de onde
partem septos de TC que dividem o testículo
em lóbulos. Nessa imagem tem lóbulos vazios e lóbulos preenchidos por túbulos seminíferos, os quais são
circundados por TC altamente vascularizado e inervado (derivado da túnica vasculosa). Cada lóbulo possui
de 1 a 4 túbulos seminíferos em fundo cego.
Dispersas pelo conjuntivo intersticial encontram-se células endócrinas, as células de Leydig, responsáveis
pela síntese da testosterona.
Corte HE de testículos
C: cápsula
T: túnica albugínea (reveste externamente cada
testículo)
V: túnica vasculosa (abaixo da túnica albugínea,
TCF ricamente vascularizado)
S: túbulos seminíferos (formam o parênquima da
glândula, juntamente com as células
intersticiais/Leydig)

Como os testículos são órgãos e também são glândulas, falamos em parênquima (parte funcional) e estroma
(sustentação).

Esse esquema mostra todos os componentes da parede do escroto.


Cápsula: túnica vaginal visceral, túnica
albugínea e túnica vasculosa. Dessa cápsula,
partem septos ou trabéculas, na região do
mediastino, dividindo o testículo em lóbulos
incompletos de modo que se comuniquem. No
interior de cada lóbulo moram de 1 a 4 túbulos
seminíferos de fundo cego totalmente dobrados
uns sobre os outros.
Os túbulos seminíferos se fundem para formar
os túbulos retos, o primeiro ducto
intratesticular, que se abrem na região do
mediastino formando a rede testicular e depois
os dúctulos eferentes, que vão desembocar no
epidídimo.
Túbulos ocos, altamente enovelados, com aproximadamente
80cm, produzem espermatozoides e andrógenos. No final,
originam os túbulos retos que formam a rede testicular.
Revestidos pelo epitélio seminífero (setas amarelas), apoiado em
membrana basal e depois tem tecido conjuntivo denominado
estroma intersticial com células intersticiais ou de Leydig (setas
azuis).

Cortes HE de testículos
Túnica albugínea: cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Na região do mediastino, essa cápsula
emite septos/trabéculas que subdivide em lóbulos. Nos caminhos em branco caminha o estroma intersticial
onde moram as células de Leydig.
Em maior aumento: a cápsula apresenta três constituintes – folheto visceral da túnica vaginal, túnica
albugínea e túnica vasculosa, sendo que o folheto visceral da túnica vaginal e a túnica vasculosa são difíceis
de serem visualizados na ML.
Temos aí também o epitélio seminífero e entre ele e o estroma intersticial tem uma membrana basal.

Epitélio seminífero ou epitélio germinativo


Possui várias camadas celulares, composto por duas linhagens – células de
sustentação/células de Sertoli e células da linhagem germinativa/linhagem
seminífera.
As células de linhagem germinativa se dispõem de 5 a 8 camadas com quatro
tipos celulares bem visíveis – espermatogônia, espermatócito primário,
espermátide precoce e espermátide tardia. O espermatócito secundário e o
espermatozoide são mais difíceis de serem visualizados.
As células de sustentação/Sertoli estão presentes de fora a fora nesse tecido epitelial e é nos braços dessas
células que a espermatogênese acontece. Elas estabelecem junções entre elas e domínios onde as células
da linhagem germinativa ficam, de tal forma que esse epitélio é subdividido em duas partes – compartimento
basal e compartimento adluminal.
Todo epitélio se apoia em tecido conjuntivo separado do mesmo por uma membrana basal e abaixo dessa
membrana basal estão as células mioides ou peritubulares, as quais desempenham o mesmo papel de uma
célula mioepitelial. É esse conjuntivo que é chamado de estroma intersticial, é nele que estão as células de
Leydig.

Células de Sertoli ou epiteliócitos de


sustentação
Células cilíndricas que vão da base à luz do túbulo seminífero, ocupando
toda a espessura do epitélio. Emitem projeções laterais que se unem
estabelecendo junções, porém são projeções são difíceis de serem
visualizadas na ML. São elas que envolvem os grupos de células da
linhagem germinativa. Na superfície apical, possuem projeções que
abrigam espermátides tardias, futuros espermatozoides.
Apresentam núcleo ovalado, palidamente corado, que ocupa o terço
basal da célula, com nucléolo grande e bem desenvolvido, indicando
intensa atividade. A membrana plasmática da superfície basal dessa
célula possui receptores para o FSH e andrógenos.

Na MET, o núcleo se mostra com a


cromatina descondensada, e o
nucléolo é bem evidente.

As membranas laterais formam junções de oclusão,


subdividindo o epitélio de revestimento em duas
regiões: 1. Compartimento basal – mitoses,
espermatogônias (amarelas); 2. Compartimento
adluminal – meioses, espermatogênese (vermelho)

Funções das células de Sertoli


➔ Suporte
➔ Proteção
➔ Nutrição (líquido testicular)
➔ Regulação e liberação da célula germinativa
➔ Fagocitose de células degeneradas e corpos residuais da espermiogênese
➔ Secreção da ABP (androgen-binding protein) que liga o andrógeno e mantém sua concentração na
luz promovendo espermatogênese
➔ Estabelecimento de barreira hematotesticular
➔ Produção de FAS ligante que se liga ao receptor FAS (superfície LT) induzindo a apoptose de linfócitos
T
➔ Síntese e secreção do MIF (hormônio antimulleriano) que suprime a formação dos ductos de Muller
precursores da genitália tubular interna feminina e assim estabelece a masculinidade do embrião
➔ Secreção de inibina, que inibe a liberação do FSH
➔ Secreção de activina que promove a liberação de FSH
➔ Secreção do fator neurotrófico derivado das células da glia (GDNF) que promove a sobrevivência e
diferenciação das espermátides
➔ Secreção de transferrina testicular – apoproteína que aceita o ferro advindo da transferrina sérica,
conduzindo-o até os gametas em amadurecimento
➔ Secreção de frutose, que nutre os espermatozoides, facilitando sua movimentação até os ductos
genitais (ducto testicular)

Barreira hematotesticular: constituída pela junção de oclusão das células de Sertoli, lâmina basal do
endotélio, tecido conjuntivo e lâmina basal do túbulo seminífero. Essa barreira separa o compartimento
adluminal do compartimento basal, protegendo os gametas em desenvolvimento do sistema imunológico
→ porque ela isola o compartimento adluminal das influências do tecido conjuntivo. Além disso protege
contra radiação, temperatura e infecções. Como a espermatogênese tem início na puberdade, as células
germinativas recém-diferenciadas (que possuem um número diferente de cromossomos e expressam
diferentes receptores e moléculas de superfície na membrana plasmática) seriam consideradas, pelo sistema
imune, como estranhas. Caso não houvesse o isolamento das células germinativas, assim, uma resposta
imunológica seria montada contra elas.

Especializações ectoplásmicas: na superfície apical, trata-se da membrana


plasmática + microfilamentos de actina + retículo endoplasmático. Na
superfície basal, há o complexo juncional basal, formado pela barreira
hematotesticular + junções comunicantes + especialização ectoplásmicas.

Processo pelo qual as espermatogônias dão origem aos


espermatozoides. Acontece nos túbulos seminíferos da
base para a luz, sempre nas projeções laterais das células
sustentaculares ou células enfermeiras.
Esse processo pode ser subdividido em 3 fases:
espermatocitogênese, meiose e espermiogênese.
A condição para que ela ocorra é a temperatura abaixo da
corporal, por isso os testículos descem e moram no escroto;
caso isso não aconteça, danos irreversíveis são causados no
epitélio seminífero.
A espermatocitogênese acontece na espermatogônia
(compartimento basal do epitélio germinativo), que entra
em mitose e origina o espermatócito I, o qual sai do
compartimento basal e vai para o compartimento adluminal. Em seguida, entrará a fase da meiose. Após a
meiose I, forma-se o espermatócito II, com 23 cromossomos com duas cromátides cada. Após a meiose II,
cada espermatócito II origina duas espermátides. A espermiogênese é a transformação das espermátides
em espermatozoides.

As espermatogônias são células germinativas diploides,


pequenas, localizadas no compartimento basal dos
túbulos seminíferos. Essas células estão em contato com
a lâmina basal e, após a puberdade, tornam-se
influenciadas pela testosterona para entrar no ciclo
celular. Existem 3 categorias de espermatogônias:
espermatogônia do tipo A (subdividida em tipo A escura
e tipo A pálida) e espermatogônia do tipo B, as quais
entram em mitose para gerar os espermatócitos
primários e são as mais sensíveis da linhagem
espermatogênica aos efeitos prejudiciais de radiação.
Em seguida, temos os espermatócitos I, que ocupam o
compartimento adluminal, os espermatócitos II (ainda
no compartimento adluminal) e as espermátides
precoces e tardias. Todas as células que ficam nos
microambientes estabelecidos pelas células de sertoli
(entre duas células de sertoli) são células que não se
separam – apresentam prolongamentos intercelulares
que as mantêm unidas. E isso tem um motivo: tudo que
uma célula recebe, a vizinha também recebe → todas
com a mesma condição de formar espermatozoides
viáveis.

Se o amadurecimento ocorre da base para a luz, então quanto mais próxima


da luz, mais madura é essa célula. Então, inicialmente, temos
espermatogônias (seta amarela), espermatócito primário (seta verde),
espermátides precoces (seta azul) e espermátides tardias (seta vermelha). As
espermátides tardias ainda não podem ser chamadas de espermatozoide, isso
só acontece quando eles estão na luz do túbulo seminífero.

Corte histológico HE de túbulos seminíferos


Presença de núcleos de células de Sertoli (quadrados azuis), espermatogônias (círculos vermelhos),
espermatócito primário (apontado pelas setas e círculos amarelos), espermátides precoces e espermátides
tardias (chaves pretas). Entre os túbulos seminíferos está o estroma intersticial onde moram as células de
Leydig (tracejado verde)
Dois cortes histológicos, corados por HE, de testículos

O testículo apresenta estroma intersticial e células de


Leydig. Os núcleos pavimentosos que estão na base
provavelmente pertencem às células mioides. Em
seguida, há o epitélio seminífero.
- Gônia
- Célula de sertoli
- Espermatócito I
- Espermátide precoce

- Núcleos de células de sertoli não estão muito bem


visualizados, mas estão presentes.
- Espermatogônias
- Espermatócito I
- Espermátides precoces
- Espermátides tardias

Dois cortes PAS-hematoxilina de testículos


Essa coloração evidencia a formação do acrossoma durante a espermiogênese. Este é um tipo de lisossomo
primário, que carrega hidrolases ácidas em seu interior, altamente glicosiladas.
Todas as células da linhagem
espermatogênica
O espermatócito primário (2) passa por
várias subestações da prófase I (pré-
paquíteno e paquíteno). Os do paquíteno são
abundantes nos cortes histológicos, porque é
a fase da meiose com maior duração.
Não vemos os espermatócitos secundários
porque as etapas restantes da meiose I e II
são concluídas muito rapidamente.
Como as células germinativas que tem
origem em uma única espermatogônia (do
tipo A pálida) estão conectadas por pontes
citoplasmáticas constituindo um sincício, elas
podem comunicar-se umas com as outras e
sincronizar seu desenvolvimento.

Existem 6 associações características de


tipos celulares em desenvolvimento,
conhecidas como 6 estágios da
espermatogênese.
Cada corte transversal de um túbulo
seminífero pode ser subdividido em três ou
mais áreas de formato cuneiforme, cada
qual mostrando um estágio diferente da
espermatogênese.
Estudos usando a timidina tritiada, marcada
com trítio, injetada em testículos de
humanos demonstraram que a
radioatividade aparece em intervalos de 16
dias no mesmo estágio da
espermatogênese. Desse modo, cada
intervalo de 16 dias é conhecido como ciclo
do epitélio seminífero e o processo da espermatogênese requer a passagem de quatro ciclos, ou seja, 64
dias.
O exame de cortes transversais de um único túbulo seminífero demonstrou que o mesmo estágio do epitélio
seminífero continua a reaparecer a distâncias específicas ao longo de sua extensão. A distância entre dois
estágios idênticos é chamada de onda do epitélio seminífero. Desse modo, nos seres humanos existem 6
ondas repetidas do epitélio seminífero, correspondendo, portanto, aos 6 estágios.
Mais cortes HE de túbulos seminíferos com a identificação das diferentes células germinativas
O tracejado em vermelho está
separando o compartimento basal
do adluminal. Podemos observar
núcleos de células de sertoli e
espermatogônias (no
compartimento basal). No
compartimento adluminal, vemos
os espermatócitos primários, na
fase do paquíteno, e as
espermátides precoces. Repare que
não temos espermátides tardias.
Também não visualizamos o
espermatócito secundário.
Nesse outro túbulo seminífero, em
maior aumento, podemos visualizar
espermatogônias, o núcleo da
célula de sertoli não está bem
visível, espermatócito primário na
fase de pré-paquíteno e paquíteno,
e as espermátides tardias. De túbulo em túbulo, conseguimos ver uma determinada fase. Normalmente, não
podemos observar todas as células em um mesmo túbulo.

Nessa imagem temos uma situação


raríssima, que é o aparecimento de
espermatócitos secundários em
metáfase.

➔ Amadurecimento do espermatozoide = cada espermátide se diferencia


em espermatozoide
➔ Espermátides: pequenas células haploides de formato arredondado
➔ Todas as espermátides que são a progênie de uma única espermatogônia
estão conectadas por pontes citoplasmáticas. Elas formam pequenos
agregados e ocupam a posição próxima à luz do túbulo seminífero.
➔ Durante sua transformação em espermatozoide, acumulam enzimas hidrolíticas, rearranjam e
reduzem o número de suas organelas, formam flagelos e uma série de elementos diferenciados no
citoesqueleto, eliminando grande parte do citoplasma (fagocitado pelas células de sertoli). Esse
processo é conhecido por espermiogênese.
➔ A espermiogênese é subdividida em 4 fases
o Fase do golgi
o Fase do capuz
o Fase acrossômica
o Fase de amadurecimento
➔ No momento em que a espermátide tardia vai virar
espermatozoide, ela se solta da superfície apical das
células de sertoli, por um processo denominado
espermiação.

Espermatozoide
➔ Cabeça (região nuclear) – cromatina muito condensada (histona/protamina);
acrossoma (contém hidrolases ácidas, é um lisossomo primário, que vão ajudar
os espermatozoides a penetrarem no gameta feminino)
➔ Peça intermediária (região metabólica) – mitocôndrias (fornecem trifosfato de
adenosina para o batimento flagelar)
➔ Cauda (região locomotora) – flagelo (constituído por microtúbulos – fica seguro
pelo corpúsculo basal e apresenta 9 pares de microtúbulos periféricos + o par central separado)
➔ Os sptz são liberados na luz do túbulo seminífero e deixam os testículos. Eles entram no epidídimo,
onde passam pelo amadurecimento final, tornando-se capazes de fertilizar um ovócito II.
➔ A produção do espermatozoide começa na puberdade e continua ao longo da vida de um homem.
➔ Tempo total = 68-75 dias
➔ Após a ejaculação, pode viver por 48 horas no sistema genital feminino.

Células de Leydig / endocrinócitos intersticiais


➔ Os túbulos seminíferos estão embebidos na túnica
vasculosa, um TCF ricamente vascularizado, que abriga
fibroblastos, mastócitos e outros tipos celulares
normalmente presentes no tecido conjuntivo.
➔ Também dispersas por toda a túnica vasculosa, encontram-
se pequenas coleções de células endócrinas, as chamadas
células intersticiais ou células de Leydig, que produzem os
hormônios testosterona e fator semelhante a insulina 3.
➔ Produzem andrógenos
o Principal: testosterona (LH) a partir do
colesterol
➔ Fator semelhante à insulina 3 – estimula a descida dos
testículos para dentro do escroto na vida fetal. Durante
a puberdade e a vida adulta, esse fator aumenta a
liberação de testosterona pelas células de Leydig e
mantém a saúde das células da linhagem
espermatogênica
➔ A testosterona promove a espermatogênese
As células intersticiais normalmente apresentam um
único núcleo. São típicas células secretoras de
hormônios esteroides, possuindo mitocôndrias com
cristas tubulares e uma grande quantidade de REL. São
essas mitocôndrias que fornecem a acidofilia
citoplasmática a essas células quando observadas na
ML após coloração pela HE. As células de Leydig ainda
apresentam um aparelho de golgi (G) desenvolvido,
algum REG, numerosas gotículas lipídicas (L), mas não
contêm grânulos de secreção, porque a testosterona é
secretada de maneira contínua. Lisossomos (LY),
peroxissomos e pigmentos de lipofuscina (Lf) são
observados no seu citoplasma. Ainda, de maneira
exclusiva, esse tipo celular apresenta cristais, que são
constituídos por proteínas cristalizadas, denominados
de cristais de Reinke (C).

A testosterona tem como precursor o colesterol. Células que necessitam de testosterona possuem a 5-alfa-
redutase, a enzima que converte a testosterona em sua forma mais ativa – a diidrotestosterona. A
testosterona é produzida por toda a vida de um homem, tendo seu pico aos 20-30 anos.

Funções da testosterona
1. Estimula a espermatogênese – promove o amadurecimento funcional do espermatozoide
2. Afeta a função da parte central do SN – libido e comportamentos relacionados
3. Estimula o metabolismo – síntese proteica, hematopoiese e crescimento muscular
4. Estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
a. Distribuição de pelos
b. Aumento da massa muscular e tamanho do corpo
c. Depósitos de tecido adiposo
5. Manutenção das glândulas acessórias e órgãos
Na próstata, ocorre a conversão da testosterona em diidrotestosterona.

Funções da diidrotestosterona (DHT)


1. Amplifica a ação da testosterona na pele genital, próstata e outros órgãos genitais
2. Amadurecimento da genitália externa, desenvolvimento da próstata, pênis e pelos faciais
Essa imagem mostra a ação da testosterona e da
diidrotestosterona no corpo de um homem. Por
exemplo, a testosterona atua sobre a laringe para
engrossar a voz; atua também na medula óssea,
promovendo a eritropoiese. Promove a produção dos
espermatozoides nos testículos.

➔ As células basófilas da adenoipófise


liberam dois hormônios gonadotróficos:
FSH (atua sobre a célula de sertoli) e LH
(atua sobre a célula de Leydig)
➔ Uma vez sob ação do LH, as células de
Leydig produzem a testosterona, que
atua sobre vários locais, inclusive os
órgãos sexuais masculinos, e também
promovem a espermatogênese
➔ Quando o nível de testosterona está
elevado, ela faz o feedback negativo,
impedindo com que as células basófilas
liberem os hormônios gonadotróficos e
impedindo que o hipotálamo libere os
fatores de liberação dos hormônios
gonadotróficos, os quais atuam sobre a
adenoipófise.
➔ O FSH atuando sobre a célula de sertoli
faz com que a mesma promova a espermatogênese.
➔ Como os níveis de testosterona não são suficientes para iniciar e manter a espermatogênese, o FSH
induz as células de sertoli a produzir o ABP, que é a proteína de ligação ao andrógeno. Ela se liga à
testosterona, prevenindo que ela deixe a região dos túbulos seminíferos, elevando os níveis de
testosterona no ambiente local, de modo suficiente a sustentar a espermatogênese.
➔ Ainda, as células de sertoli sintetizam e liberam o hormônio antimulleriano, que inibe o
desenvolvimento de órgãos do sistema genital feminino. Também produzem a inibina e a activina –
ambas atuam no hipotálamo, impedindo (inibina) ou estimulando (activina) a liberação dos fatores
de liberação dos hormônios gonadotróficos

Andropausa
Se ocorrer – entre 40 a 55 anos
Sintomas variáveis entre os homens – semelhantes à menopausa (homens não têm um sintoma específico,
como a interrupção da menstruação para marcar a transição)
Caracteriza-se por uma queda nos níveis de hormônios (testosterona – nas mulheres, é o estrógeno)
Mudanças – muito gradual; podem ser acompanhadas por mudanças em atitudes e humor, fadiga, perda de
energia, libido e agilidade física
Declínio de testosterona → riscos de outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e ossos frágeis

Túbulos retos / rede testicular


Os ductos genitais intratesticulares conectam os túbulos seminíferos ao
epidídimo. Esses ductos genitais são os túbulos retos, a rede testicular e os
dúctulos eferentes.

➔ Curtos (cerca de 1mm)


➔ Trajeto retilíneo
➔ Contínuos com os túbulos seminíferos –
transportam os espermatozoides dos túbulos
seminíferos para a rede testicular
➔ Revestidos por células de sertoli em sua primeira
metade, próxima ao túbulo seminífero, e por um
epitélio simples cúbico em sua segunda metade,
próxima à rede testicular.
o Epitélio seminífero gradualmente se
modifica em epitélio simples cúbico +
tecido conjuntivo
o As células cúbicas possuem curtos
microvilos e a maioria possui um único
cílio
➔ Localizados no início do mediastino testicular
➔ Os espermatozoides são empurrados para frente
pelo fluxo do fluido testicular, através dos
túbulos retos e da rede testicular

➔ Consiste em espaços labirínticos revestidos por epitélio simples cúbico. Essas células cúbicas se
assemelham àquelas dos tubos retos, possuindo numerosos microvilos curtos e um único cílio.
➔ Rede interligada de túbulos
➔ Luz irregular revestida por epitélio simples cúbico
➔ Localizada no mediastino testicular
➔ Conectam a rede testicular ao epidídimo
➔ Os 15 a 20 dúctulos eferentes são túbulos curtos que drenam os
espermatozoides da rede testicular e perfuram a túnica albugínea do
testículo, para conduzir os espermatozoides até o ducto do epidídimo.
Desse modo, os dúctulos eferentes se tornam confluentes com o ducto
do epidídimo nesse ponto.
➔ O revestimento epitelial simples da luz de cada dúctulos eferente
consiste em áreas de células cúbicas não ciliadas, alternadas com regiões de células cilíndricas
ciliadas.
➔ Os sucessivos agregados de células epiteliais baixas e altas impõem uma aparência ondulada às luzes
desses dúctulos eferentes.
➔ As células cúbicas são ricamente dotadas de lisossomos e suas MP apicais apresentam numerosas
invaginações indicativas de endocitose. Acredita-se que essas células reabsorvam a maior parte do
líquido luminal elaborado pelas células de sertoli nos túbulos seminíferos.
➔ Os cílios da célula cilíndrica provavelmente movimentam os espermatozoides em direção ao
epidídimo.
➔ O epitélio simples está apoiado em uma lâmina basal que o separa de uma delgada parede de tecido
conjuntivo em cada túbulo.
➔ O tecido conjuntivo está
circundado por uma delgada
camada de tecido muscular
liso, cujas células estão
circularmente organizadas, as
quais, através de contrações
rítmicas, auxiliam na
propulsão de seu conteúdo
luminal para dentro do
epidídimo.
Dois tipos celulares fazem parte do epitélio de revestimento do
dúctulo eferente – células cúbicas a cilíndricas com estereocílios
(absorvem o líquido testicular e aumentam a concentração de
espermatozoides) e células cilíndricas ciliadas (transporte de
espermatozoides). Como essas células são alternadas e se
juntam, conferem aparência ondulada à luz dos túbulos
eferentes.

Após a membrana basal, no tecido conjuntivo existe uma fina


camada de músculo liso circular, cuja função é mover o líquido
testicular e espermatozoides em direção ao epidídimo, onde ele
irá se espessar.

O SEMINOMA clássico consiste em células grandes,


com bordas celulares distintas e nucléolos +
infiltrado de linfócitos.
Trata-se de um tumor de células germinativas do
epitélio germinativo dos túbulos seminíferos.
Tendem a surgir lesões do epitélio germinativo,
chamadas neoplasia intratubular de células
germinativas (IGCN). Pacientes apresentam
aumento indolor do testículo.

Cortes de testículo (T) e epidídimo (E) corados por HE


Ambos compartilham a mesma túnica
albugínea de TCDNM (seta preta).
Abaixo da cápsula está a túnica vasculosa
Tracejados pretos: túbulos seminíferos
(permitem a diferenciação entre testículo
e epidídimo), revestidos por epitélio
estratificado com as linhagens
germinativa e de Sertoli. Após a lâmina
basal, existe a célula mioide e, no estroma
intersticial, há as células de Leydig. Não
podemos dizer se esses túbulos
circundados são o mesmo ou se são
diferentes, existem até 4 túbulos
seminíferos por lóbulo testicular.
No epidídimo, existe um túbulo único
dobrado sobre ele mesmo, então todas as estruturas observadas são uma estrutura só cortada várias vezes.
Na luz, apresentam espermatozoides, epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios, tecido
conjuntivo e, após ele, uma cama de musculo liso.
À esquerda, temos epidídimo (E) e, à direita,
dúctulos eferentes (DE). Os DE se
caracterizam por sucessivos agregados de
células epiteliais que dão aparência
ondulada a estes dúctulos.

Apontado pela seta vemos um agregado de células epiteliais baixas


e altas impondo a aparência ondulada. O epitélio varia de simples
cilíndrico a pseudoestratificado; em algumas regiões mais próximas
à rede testicular, essas células podem ser cúbicas.

Corte HE testículo
Circundados em azul: túbulos seminíferos, os quais constituem o parênquima (P) → o parênquima não é
constituído apenas por túbulo seminífero (também tem célula de Leydig e ductos intratesticulares)
Entre os túbulos, temos o estroma intersticial (E) onde estão as células de Leydig (circundadas em verde)
Maior aumento
Três túbulos seminíferos juntamente com um
conjunto de células de Leydig
As células de Leydig apresentam maior acidofilia
porque possuem grande quantidade de
mitocôndrias (citocromos)

Três túbulos seminíferos com ênfase


em seu epitélio de revestimento
Pode-se notar que existem várias
camadas de células diferentes: células de
Sertoli (quadrados azuis),
espermatogônia (tracejado vermelho),
espermatócitos I em meiose (círculos
amarelos), espermátides precoces e/ou
tardias (chaves em preto), células de
Leydig (tracejado verde), células mioides
(seta roxa)

Novamente, 3 túbulos seminíferos e


estroma intersticial. Circundados
pelos quadrados azuis, núcleos de
células de sertoli. Circundados pelo
tracejado vermelho, gônia.
Circundado em amarelo,
espermatócito primário na fase de
paquíteno. A chave mostra a região
povoada pelas espermátides (à
esquerda, precoces, à direita, tardias
→ também estão no túbulo
seminífero da esquerda). Em roxo,
núcleos de células mioides. Não
vemos espermatócito II porque a
meiose é muito rápida. Veríamos
membrana basal se a coloração fosse
PAS-Hematoxilina, mas ela não é uma membrana basal muito avantajada. Se corássemos por PAS-H,
veríamos o acrossomo em formação.
Outra região do mesmo corte
histológico corado por HE, onde
observamos 4 túbulos seminíferos.
No estroma intersticial, há um
conjunto de células de Leydig
associado ao capilar sanguíneo.
Circundado em vermelho, gônia. Em
amarelo, espermatócito primário na
fase de paquíteno. Na chave,
espermátides precoces e tardias.
Seta roxa aponta núcleo de célula
mioide. Quadrados azuis, núcleos de
células de sertoli.

Nessa região do túbulo seminífero, podemos ver


núcleo de célula de sertoli (azul), gônia (vermelho),
espermatócitos (pré-paquíteno à esquerda,
paquíteno à direita → amarelo), espermátides tardias
(chave).

Núcleo de célula mioide, espermatócitos primários e


espermátides precoces. O resto não está bem
visualizado.
Espermatócitos I em meiose (círculo amarelo) – fase de
paquíteno
Espermátides precoces e/ou tardias (chave em preto)
Espermátides tardias (seta preta), só podem ser chamadas de
espermatozoide quando liberadas na luz no túbulo seminífero
Células mioides (setas roxas)

Cortes histológicos de testículo corados pelo PAS-Hematoxilina, onde podemos observar vários túbulos
seminíferos. À direita, eles possuem espermátides precoces, com seus acrossomos evidentes (rosa). À
esquerda, vemos as espermátides tardias, também com seus acrossomos evidentes.
À direita, temos um corte histológico de testículo corado por HE, onde estamos observando um túbulo
seminífero. No estroma intersticial, há as células de Leydig. Esses túbulos seminíferos possuem numerosas
células germinativas, bem como as células de sertoli, que se estendem da base até a luz. As pontes
intercelulares que elas fazem entre si são imperceptíveis, já que não vemos membrana na ML. Pequenas
espermátides tardias são vistas na superfície apical. Ainda não existem espermatozoides. À esquerda, para
comparar, temos um testículo pré-púbere, onde pequenos túbulos são visualizados e não existe proliferação
celular ativa.

O ducto do epidídimo, ou simplesmente epidídimo, é um longo tubo (6-7m), delgado, intensamente


enovelado, que é mantido dessa forma em um espaço de apenas 5cm de comprimento. Localizado ao longo
da margem superior e posterior dos testículos.
➔ Subdividido em cabeça, corpo e cauda (é na cauda que ocorre o estoque dos espermatozoides
amadurecidos)
➔ Funções:
o Monitora e ajusta o fluido testicular
o Recicla espermatozoides destruídos
o Estoca os espermatozoides entre as ejaculações
o Facilita o amadurecimento funcional (60 dias) – resistência a mudanças de pH e temperatura
A cabeça do epidídimo é formada pela união dos 10 a 20
dúctulos eferentes, e se torna altamente enovelada,
prolongando-se no corpo, que, da mesma forma, é
altamente enovelado. A porção distal (cauda) perde suas
circunvoluções no ponto em que se torna contínua com o
ducto deferente.

Temos, nessas 3 imagens ao lado, a região da cabeça, a região do corpo e


a região da cauda, para mostrar as circunvoluções – elas vão diminuindo
à medida que o epidídimo vai se tornando contínuo com o ducto
deferente.

Nesse corte histológico, corado por HE, temos os ductos deferentes, a região da cabeça, a região do corpo
e a região da cauda. Perceba que todos os túbulos que estamos vendo são um único túbulo. Mas para esse
túbulo, que mede cerca de 6 a 7 metros, caber em um espaço de 5cm, deve estar totalmente enovelado, de
tal maneira que, quando a gente faz um corte histológico, a gente pega várias vezes pedaços de um único
tubo. A luz é preenchida pelos espermatozoides. A ordem crescente de quantidade de espermatozoides é:
cabeça, corpo e cauda (na cauda, a luz é abarrotada de espermatozoides → ficam aqui por muito mais
tempo).

A túnica albugínea que reveste externamente


cada testículo é compartilhada com o
epidídimo. Então, nesse corte histológico
corado por HE, do lado esquerdo, temos
testículo (com os túbulos seminíferos), e, do
lado direito, temos o epidídimo (único ducto
enovelado sobre ele mesmo). No epidídimo,
vemos espermatozoides na luz, coisa que não existe nos túbulos seminíferos.

No desenho, podemos ver que


o epidídimo apresenta 3
regiões – cabeça, corpo e
cauda, sendo que a cauda é
contínua com o ducto
deferente, o qual faz parte do
cordão espermático. No corte
histológico, podemos ver que
o epidídimo apresenta, na luz,
espermatozoides. O epitélio é
pseudoestratificado cilíndrico
com estereocílios. Depois, há
um TCPD e músculo liso.

Cortes histológicos de
epidídimo – 2 não corados por
HE (um é aumento do outro), e 1
corado por HE. O revestimento é
um epitélio pseudoestratificado
cilíndrico com estereocílios,
apoiado em um tecido
conjuntivo frouxo, e há uma
camada de músculo liso em
substituição à célula mioide.
Como podemos ver, o tecido
epitelial tem 2 tipos de células:
células basais (nunca alcançam
a luz, são células-tronco que
regeneram elas mesmas e as
células cilíndricas) e células
principais (predominantes, formato cilíndrico, núcleo ovalado que ocupa o terço basal da célula, e
estereocílios como especialização de superfície livre). Os estereocílios desempenham a grande função de
reabsorver o líquido ou fluido testicular, produzido pelas células de sertoli. Esse líquido é endocitado a partir
da membrana apical da célula principal. Além disso, essas células cilíndricas fagocitam resquícios de
citoplasma que não foram reabsorvidos pelas células de sertoli. As células principais também produzem a
glicerofosfocolina, uma molécula que inibe a capacitação do espermatozoide, prevenindo que ele fertilize o
ovócito II até entrar no sistema genital feminino. Adicionalmente, altos níveis de peptídeo promotor da
fertilização (PPF) também previnem que o sptz sofra capacitação até atingir o sistema genital feminino, onde
os níveis desse peptídeo se tornam diluídos. O epitélio do epidídimo é separado do conjuntivo por uma
membrana basal. Essa camada muscular lisa, subjacente ao TCF, é organizada circularmente ao redor da luz
e as contrações peristálticas dessa camada auxiliam na condução os espermatozoides para o ducto
deferente.

➔ Os espermatozoides deixam o epidídimo amadurecidos (pela ação da testosterona), móveis e


funcionais, podendo ser, a partir daí, capacitados.
➔ A capacitação envolve 2 passos:
o Tornam-se mais móveis quando misturados às secreções das glândulas (seminais, prostática,
bulbouretrais)
o Capazes de fertilização = quando expostos ao sistema genital feminino (quanto mais sobem
em direção à tuba uterina, mais capacitados para a fertilização eles se tornam)
➔ A capacitação envolve o ganho e a perda de várias glicoproteínas da cabeça dos espermatozoides

Epididimite: inflamação do epidídimo, causas comuns: Chlamydia trachomatis, Escherichia coli, Neisseria e
infecções por gonorreia. Uretrite (uma inflamação da uretra) é frequentemente associada à epididimite.
Epididimite crônica pode resultar em infertilidade – os sptz amadurecem na cauda do epidídimo.

Corte histológico de epidídimo corado por


HE. Lembrem que, normalmente no corte de
epidídimo, o testículo vem junto. Temos um
único tubo cortado várias vezes. Existem
algumas incidências de corte que podem
confundir (pegou apenas a “casca”, não a
luz). Se aumentarmos o epitélio, veremos
que ele é pseudoestratificado cilíndrico
com estereocílios, apoiado em um TCF, e,
depois, há o tecido muscular liso, que é
extremamente delgado no começo. Ele vai
se tornar muito espesso no ducto
deferente. Associado ao tecido muscular
liso, temos um tecido conjuntivo frouxo →
estroma intersticial que parte da túnica
albugínea.

Maior aumento. Estamos vendo


várias incidências do mesmo
ducto. A luz é revestida por um
epitélio pseudoestratificado
cilíndrico com estereocílios.
Conseguimos enxergar os
estereocílios porque são longos e
ramificados. A luz normalmente
contém os espermatozoides. O
epitélio apresenta 2 tipos de
células – células basais e células
cilíndricas com estereocílios. O
conjuntivo é muito delgado.
Podemos ver, no estroma
intersticial, um vaso sanguíneo,
provavelmente uma vênula pós
capilar, que possui hemácias em
seu interior.
Em 1, temos o epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios → núcleos de células basais e
núcleos de células cilíndricas. A seta em roxo aponta a camada muscular lisa. Repare que o tecido conjuntivo
frouxo é tão delgado que praticamente não enxergamos. Externamente, há o estroma intersticial,
abarrotado de vasos sanguíneos.

O testículo e o epidídimo
normalmente aparecem
juntos em um corte
histológico e podem ser
corados por outros
corantes, como, por
exemplo, o PAS-
Hematoxilina. À esquerda,
testículo (vários túbulos
seminíferos). À direita,
epidídimo (ducto
epididimário – único).
Morfologicamente, existe
uma distinção grande –
epitélio de revestimento,
ausência/presença de sptz,
ausência/presença de musculatura lisa na parede, presença/ausência de célula mioide, etc.
➔ Tubo fibromuscular (40-45cm) contínuo com o epidídimo
➔ Também conhecido como canal deferente
➔ Pode estocar os espermatozoides por vários meses
➔ Ascende através do canal inguinal – como parte do cordão espermático
➔ Transporta sptz do epidídimo para a cavidade pélvica
➔ A extremidade terminal de cada ducto deferente, conhecida como ampola, apresenta uma mucosa
espessa e é altamente pregueada. À medida que a ampola vai se aproximando da próstata, de cada
lado, ela vai receber, também de cada lado, o ducto da glândula seminal, formando dois ductos
ejaculatórios (pela junção dessas duas estruturas).
➔ Ampola = armazenamento do sptz antes da ejaculação
➔ A ampola possui uma luz pregueada e uma parede extremamente avantajada de músculo liso

Corte histológico corado por HE – ducto deferente


Epitélio pseudoestratificado cilíndrico com estereocílios
Dobras na mucosa que se estendem para a luz
Podemos observar o início da espessa camada de musculatura lisa.
Musculatura longitudinal externa → coberta por uma adventícia.
O músculo liso é ricamente inervado pela parte autônoma do SN
– simpática → iniciando a ejaculação quando ativada.
Esses dois cortes histológicos
corados por HE mostram que a
mucosa é constituída pelo epitélio
pseudoestratificado cilíndrico com
estereocílios – núcleos de células
cilíndricas e núcleos de células
basais, e pela lâmina própria. Após a
LP, vemos a espessa túnica muscular
(músculo liso) que circunda a túnica
mucosa e é constituída por 3
camadas: longitudinal interna,
circular média e longitudinal
externa, a qual é coberta,
externamente, pela adventícia.

Corte histológico corado por HE de um ducto deferente. Em 1, temos a túnica mucosa. O branco é um
artefato de técnica porque a mucosa se separou da primeira camada muscular. Em 2, temos todo o tecido
muscular – camada longitudinal, camada circular e camada longitudinal. Externamente, teríamos a
adventícia.
À esquerda do tracejado – túnica
mucosa; à direita – túnica muscular.
Claro que essa linha é um tracejado
imaginário. A gente sabe que
começa a ver músculo liso quando os
núcleos dessas células aparecem
com uma cromatina menos
condensada comparado aos núcleos
das células que pertencem ao tecido
conjuntivo. Em 1, camada muscular
longitudinal, em 2, camada muscular
circular.

Estamos na parede do ducto deferente,


na região da camada muscular média
(2) e camada muscular externa (3) –
repare na diferença da incidência de
corte. Por último, há a adventícia.

Vasectomia / deferentectomia: como o ducto deferente possui uma parede muscular de 1mm de espessura,
é facilmente perceptível através da pele do escroto. A vasectomia, que é a remoção cirúrgica de parte do
deferente, é realizada por uma pequena fenda através do saco escrotal, esterilizando (impede a entrada de
sptz na uretra), dessa forma, o indivíduo.
➔ 1 a 2 cm
➔ Trata-se da união da ampola (deferente) com o ducto da glândula
seminal
➔ Penetra na parede da próstata, esvaziando o conteúdo na uretra

➔ A luz de cada ducto ejaculatório é revestida por um epitélio que varia


de pseudoestratificado cilíndrico a simples cilíndrico – predomina o
simples cilíndrico.
➔ O tecido conjuntivo subjacente é pregueado, sendo responsável pela
aparência irregular dessa luz.
➔ Mucosa → forma muitas dobras estendendo-se para a luz
➔ Músculo liso presente no segmento inicial, mas desaparece quase que
na sua totalidade

Corte histológico corado por HE de próstata


Os ductos ejaculatórios moram no interior
dessa próstata. Note a luz extremamente
pregueada.

Glândulas acessórias
As 4 maiores funções das glândulas acessórias são:
1. Ativação dos espermatozoides
2. Fornecimento de nutrientes necessários para a movimentação dos sptz
3. Propulsão de fluidos ao longo do sistema genital – contrações peristálticas
4. Produção de um fluido tamponado – tamponar a acidez uretral e vaginal

➔ Antigas vesículas seminais


➔ Localização: entre a face posterior do colo da bexiga urinária e a próstata
➔ Se unem à ampola do ducto deferente imediatamente acima da próstata
➔ Desenvolvem-se a partir do ducto deferente = morfologia semelhante
➔ São estruturas tubulares altamente enoveladas, com cerca de 15cm de comprimento quando
esticadas, e 4cm quando enoveladas.
➔ Mucosa: fina, pregueada, ramificada e anastomosada – forma fundos de saco de aspecto labiríntico,
os quais, em 3 dimensões, são vistos se abrindo em uma luz central.
o Epitélio: pseudoestratificado cilíndrico
o Lâmina própria delgada – TCF fibroelástico
➔ Túnica muscular: camadas circular interna e longitudinal externa
o Circundada por uma delicada camada de TCF fibroelástico
➔ Contrai durante a ejaculação

Observe que a mucosa é altamente


pregueada, formando fundos de saco de
aspecto labiríntico, os quais, em 3
dimensões, são vistos se abrindo para a
luz. Há pregas primárias e secundárias.
Em seguida, vem a musculatura –
circular e longitudinal.

Mucosa fina, pregueada e


anastomosada. O epitélio varia de
pseudoestratificado a cilíndrico (não
entendi, mas ok). A parede muscular é
constituída por camada circular interna e
longitudinal externa.
Uma característica exclusiva da glândula
seminal é ela apresentar, nas células epiteliais
de revestimento, o pigmento lipocrômico.

Líquido seminal
➔ Produzido pelas glândulas seminais
➔ Amarelado, viscoso, rico em frutose (principal constituinte); constitui 60 a 70% do volume do sêmen
➔ Também contém aminoácidos, citratos, prostaglandinas (contração uterina e peristaltismo reverso –
tuba uterina), proteínas
➔ Frutose = fonte de energia para os sptz
➔ Flavina = pigmento lipocrômico → tom amarelo pálido
➔ Seminogelina = lisada pelo PSA
➔ Responsável pelo aspecto coagulado do ejaculado
➔ Regula a movimentação do espermatozoide
➔ Suprime a função imune no sistema genital feminino
➔ Ligeiramente alcalino e viscoso – neutraliza a acidez do líquido prostático na vagina
➔ Promove a capacitação do espermatozoide → fica altamente móvel e com maior capacidade de
fertilização
➔ Lançado no ducto ejaculatório através de contrações peristálticas, que são controladas pela parte
autônoma do SN

➔ Maior das glândulas acessórias


➔ Perfurada pela uretra e pelo ducto ejaculatório
➔ Cápsula de TCDNM ricamente vascularizado - entremeada por
células musculares lisas
➔ Estroma fibromuscular – o estroma, constituído por TCPD, deriva da
cápsula e, consequentemente, também apresenta células
musculares lisas e típicas células do TCPD
➔ Ela é uma glândula que contém glândulas ao redor da parte
prostática da uretra
➔ 3 zonas microscópicas:
o Interna: glândulas mucosas (menores) – próximas à luz da
parte prostática da uretra
o Intermediária: glândulas submucosas
o Periférica: glândulas principais – predominantes e maiores
➔ Parênquima
o Conglomerado de 30-50 glândulas túbuloalveolares (epitélio simples que varia de cúbico a
cilíndrico e a pseudoestratificado)
o Ductos (1 a 25) → desembocam na uretra e apresentam um epitélio que varia de simples
cilíndrico a epitélio de transição
➔ A luz das unidades secretoras das glândulas prostáticas frequentemente contém as concreções
prostáticas de formato oval, os denominados corpora amylacea (corpos amiláceos), constituídos por
glicoproteínas calcificadas cujo número aumenta proporcionalmente à idade da pessoa. O significado
dessas concreções não é compreendido.

Dois cortes histológicos corados por HE, onde temos: a luz da


parte prostática da uretra, revestida por epitélio de transição, e a
organização das glândulas prostáticas ao redor dessa uretra.
Temos, inicialmente, as glândulas mucosas, seguidas pelas
submucosas e periféricas. Muitas delas, apresentam, na luz, as
concreções prostáticas.

Dois cortes histológicos corados por HE


Lembrando que são as glândulas
principais, ou as mais periféricas, que
predominam no parênquima da próstata.
O estroma é fibromuscular.

Corpos amiláceos, na luz – exclusivos da próstata


Nessa imagem, podemos observar as glândulas seminais
se unindo à ampola do ducto deferente, formando os
dois ductos ejaculatórios, que moram no interior da
próstata. Ao redor da parte prostática da uretra, cuja luz
é revestida por epitélio de transição, temos as glândulas
que se organizam – mucosas, submucosas e periféricas.

Região de união do ducto da glândula


seminal com a ampola do ducto deferente,
formando o ducto ejaculatório, que mora
no interior da próstata. Da luz da parte
prostática da uretra para a porção mais
externa, temos epitélio de transição +
estroma fibromuscular e glândulas que se
colocam ao redor. Os ductos das glândulas
desembocam na luz da parte prostática da
uretra. As glândulas mucosas apresentam
uma pequena luz.

Mesmo corte histológico corado principais


por HE, mas de outra região
Temos a luz da parte prostática da
uretra e os ductos (D) das
Mucosas
glândulas chegando. Essas
primeiras glândulas com as luzes
bem pequenas são as glândulas
mucosas. Em seguida, há as
submucosas (intermediárias) e,
subMucosas
depois, há as principais (mais
externas). Essas glândulas são
classificadas como glândulas
exócrinas simples
túbuloalveolares.
Lembrando que o estroma (bem
como a cápsula) é fibromuscular.
Na periferia da glândula, temos as
glândulas principais. Em seguida, a
cápsula. Estroma fibromuscular ao redor
dos adenômeros túbuloalveolares.

Em um outro corte histológico corado


Mucosas por HE, temos a parte prostática da
uretra, com os ductos desembocando na
luz. Glândulas mucosas e submucosas.

subMucosas
Mucosas

Mais na periferia, embaixo da cápsula,


há as glândulas principais – mais
externas.

principais
Os dois ductos ejaculatórios, que moram no
interior da próstata.

A luz das glândulas pode ser


preenchida pelos corpos amiláceos.
O epitélio varia de simples cúbico a
cilíndrico a pseudoestratificado.

Líquido Prostático
➔ A secreção prostática constitui de 20 a 30% do volume do sêmen
➔ Ligeiramente ácido = ácido cítrico, fosfatase ácida
➔ Esbranquiçado e seroso
➔ Rico em lipídios, enzimas proteolíticas, fosfatase ácida, fibrinolisina, seminalplasmina (antibiótico),
PSA, ácido cítrico, etc.
➔ A síntese e a liberação das secreções prostáticas são reguladas pela diidrotestosterona (forma ativa
da testosterona)
➔ Esse líquido é lançado na luz da parte prostática da uretra

Hiperplasia nodular da próstata: os nódulos se formam a partir da hiperplasia de células epiteliais e


estromais. Quando os nódulos atingem um determinado tamanho, comprimem a uretra, obstruindo o fluxo
de urina.
Adenocarcinoma de próstata: câncer mais comum entre os homens, causa metástases nos ossos.
Um simples exame de sangue para detectar o antígeno
prostático específico (PSA) foi desenvolvido para permitir
a detecção precoce do adenocarcinoma de próstata. As
células das glândulas prostáticas normalmente sintetizam
o PSA e pouca quantidade cai no sistema circulatório –
poque as células estão organizadas no padrão normal.
Com o câncer de próstata, as células se tornam
desorganizadas, de forma que o PSA caia na circulação em
maior quantidade.

➔ Base da próstata → localizadas na raiz do pênis, logo no início da entrada da parte membranácea da
uretra
➔ Forma arredondada = 3 a 5mm
➔ Cápsula fibroelástica = contém células musculares lisas, e
fibras musculares estriadas esqueléticas derivadas dos
músculos do diafragma urogenital. Essa cápsula emite
septos/trabéculas, subdividindo a glândula em lóbulos
➔ O epitélio secretor varia de simples cúbico a cilíndrico
➔ Tubulosas e mucosas
➔ Secretam muco alcalino
o Ajuda a neutralizar a acidez da uretra
o Contém galactose e ácido siálico, o qual lubrifica a uretra
➔ Desembocam seu produto de secreção na luz da parte membranácea da uretra

As glândulas bulbo-uretrais
produzem um líquido viscoso que
lubrifica o revestimento da uretra.
Essa é a primeira das secreções
glandulares a ser liberada
subsequentemente à ereção do
pênis. Pouco antes da ejaculação,
as secreções da próstata, são
descarregadas na uretra, assim
como os espermatozoides o são a
partir da ampola do ducto
deferente. As secreções prostáticas
aparentemente auxiliam os sptz a
adquirir a motilidade. As secreções finais derivam das glândulas seminais, responsáveis pelo aumento
significativo do volume do sêmen. Seu fluido rico em frutose é usado pelos sptz para obtenção de energia.
O ejaculado, conhecido como sêmen, consiste em secreção das glândulas acessórias e de 200 a 400 milhões
de espermatozoides.
➔ Usada tanto pelo sistema urinário quanto pelo genital
➔ 18 a 20cm
➔ Subdividida em 3 regiões:
o Prostática – 3 a 4 cm, interior da próstata, epitélio
de transição. Recebe a abertura de muitos ductos
minúsculos das glândulas prostáticas, do utrículo
prostático e do par de ductos ejaculatórios
o Membranácea / membranosa (EEC) – 1 a 2 cm,
atravessa o diafragma urogenital ou membrana
pélvica. Revestida por epitélio estratificado
cilíndrico, com áreas entremeadas de epitélio pseudoestratificado cilíndrico.
o Peniana / esponjosa (EEPNQ) – 15 cm, atravessa toda a extensão do pênis, terminando na
ponta da glande com um orifício uretral externo. Localiza-se no interior do corpo esponjoso
da uretra. Revestida por epitélio estratificado cilíndrico com áreas de pseudoestratificado
cilíndrico e estratificado pavimentoso não queratinizado. A porção terminal alargada da
uretra (na glande), a fossa navicular, é revestida por epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado.
o A LP das 3 regiões é constituída por TCF fibroelástico com rico suprimento vascular. Essa LP
abriga numerosas glândulas de Littre, cuja secreção mucosa lubrifica o revestimento epitelial
da uretra.

➔ Órgão cilíndrico e pendente


➔ Anterior ao escroto
➔ Transfere espermatozoides à vagina
➔ 3 regiões: raiz, corpo e glande
➔ Constituído por 3 massas (colunas) de tecido erétil,
cada uma circundada por sua própria cápsula de
TCDNM – a túnica albugínea
➔ Duas das colunas de tecido erétil, os corpos
cavernosos do pênis, estão posicionadas dorsalmente.
Suas túnicas albugíneas são descontínuas em locais que
permitem a comunicação entre seus tecidos eréteis.
➔ A terceira coluna de tecido erétil, o corpo esponjoso da
uretra, está posicionado ventralmente. O corpo
esponjoso abriga a porção peniana da uretra (também
chamado de corpo cavernoso da uretra). Ele termina
como uma expansão bulbosa, a glande do pênis ou
cabeça do pênis. A ponta da glande do pênis é perfurada
pela extremidade da uretra, como uma fenda vertical.

Os 3 corpos cavernosos estão circundados por uma bainha de TCF e são recobertos, após a albugínea,
externamente, por pele delgada. A pele da região proximal do pênis possui espessos pelos púbicos e
numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. A pele distal do pênis não tem pelos e possui apenas algumas
glândulas sudoríparas. A pele se prolonga distalmente à glande do pênis para formar uma bainha retrátil, o
prepúcio, o qual é revestido por uma membrana mucosa que contém o epitélio estratificado pavimentoso
não queratinizado. Quando o indivíduo é circuncidado, o prepúcio é removido.

O tecido erétil do pênis contém numerosos


espaços de formatos variáveis, revestidos por
endotélio, separados uns dos outros por
trabéculas de TCF com numerosas células
musculares lisas. Os espaços vasculares ou
espaços cavernosos dos corpos cavernosos do
pênis são maiores centralmente e menores
perifericamente (perto da túnica albugínea).
Entretanto, os espaços cavernosos do corpo
esponjoso da uretra têm tamanho semelhante
em toda sua extensão. As trabéculas do corpo
esponjoso da uretra contêm mais fibras
elásticas e menos células musculares lisas do que as
trabéculas dos corpos cavernosos do pênis. Os tecidos
eréteis dos corpos cavernosos do pênis recebem sangue a
partir de ramos da artéria profunda do pênis e dorsal do
pênis. Esses ramos penetram nas paredes das trabéculas do
tecido erétil e formam os plexos capilares, que fornecem
certa quantidade de fluxo sanguíneo para os espaços
cavernosos, ou dão origem às artérias helicinas, que são
vasos enovelados importantes para o fornecimento de
sangue aos espaços
cavernosos durante a ereção peniana. A drenagem venosa ocorre
por meio de 3 grupos de veias, as quais são drenadas pela veia dorsal
profunda. Os 3 grupos de veias têm origem na base da glande do
pênis, a partir da face dorsal dos corpos cavernosos do pênis e da
face ventral dos corpos cavernosos do pênis e do corpo esponjoso
da uretra. Além disso, algumas das veias saem do tecido erétil pela
raiz do pênis e drenam para o plexo de veias que drenam a próstata.

Nesses dois cortes histológicos corados por HE, temos as trabéculas de


TCF que contem as células musculares lisas.
Corte transversal de pênis
UP – luz da parte peniana da uretra →
revestido por epitélio estratificado
pavimentoso não queratinizado, circundada
por tecido erétil, que forma o corpo
esponjoso da uretra (CEU). O tecido erétil é
constituído por aquelas trabéculas de TCF
que sustenta os espaços vasculares. Cada
espaço vascular está revestido por células
endoteliais. Externamente, circundando o
corpo esponjoso da uretra, há a túnica
albugínea (TA). Mais externamente, o início
do corpo cavernoso (CC).

Corte transversal de pênis corado por


HE
Feito de uma região que contém a glande
→ temos 2 peles, a pele externa e a pele
do prepúcio. Mais internamente, temos
os espaços vasculares dos corpos
cavernosos (CC), revestidos por
endotélio e sustentados por trabéculas
PREPÚCIO
de TCF que contém células musculares
lisas.

Corte transversal de pênis corado por HE


LUP – Luz da parte peniana da uretra →
revestida pelo corpo esponjoso (CEU).
Após o CEU, há a túnica albugínea e a pele
externa. Apontado pela seta, há o
prepúcio, que circunda o pênis de uma
maneira geral.
- Pele externa
- Prepúcio (pele mais interna)
- Espaços vasculares dos corpos cavernosos
sustentados por trabéculas de TCF com
células musculares lisas. Repare como esses
espaços vasculares não têm uma
uniformidade de tamanho.

Seguindo o trajeto do prepúcio, que


envolve toda a parte peniana da uretra.
Podemos ver a pele externa, a pele do
prepúcio e os corpos cavernosos.

A mesma imagem, mas do outro


lado do corte transversal de pênis
- Pele externa
- Pele do prepúcio
- Corpos cavernosos
Finalmente, circundamos toda a
parte peniana da uretra,
chegando na outra extremidade
que também apresenta a pele
interna / prepúcio.
- Luz da parte peniana da uretra,
revestida pelo corpo esponjoso
(CEU) com seus espaços
vasculares.
- Túnica albugínea
- Corpo cavernoso (CC), com
seus espaços vasculares
- Prepúcio
- Pele externa
Repare que os espaços
vasculares do corpo cavernoso
não possuem uma luz muito
regular, quando comparado ao corpo esponjoso.

Maior detalhe da luz da parte peniana da uretra → epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. A
lâmina própria é contínua com o TCF que sustenta os espaços vasculares. Lembre que esse tecido conjuntivo
contém células musculares lisas e fibras elásticas, diferente dos corpos cavernosos, que vão apresentar
menor quantidade.
Luz da parte peniana da
uretra, lâmina própria
contínua com o TCF que
contém células
musculares lisas e fibras
elásticas. Também
podemos ver os espaços
vasculares, revestidos
por células endoteliais.

Entre o corpo esponjoso e o corpo cavernoso há a túnica albugínea. Compare o tecido conjuntivo que
sustenta os espaços vasculares do corpo esponjoso e do corpo cavernoso. No corpo esponjoso, o TC é muito
mais frouxo. E isso é justificável. Se for um tecido pouco maleável, ele fecharia, automaticamente, a luz da
parte peniana da uretra.
- CEU = Corpo esponjoso
- TA = túnica albugínea
- CC = corpo cavernoso

Do lado direito, corpo esponjoso, com seus espaços vasculares e o TCF que os sustenta (células musculares
lisas, fibras elásticas). O corpo cavernoso é contínuo com a albugínea, sendo um tecido muito mais resistente
a sofrer pressão ou tensão. Os espaços vasculares do CC são maiores que os do CEU.

Ereção Peniana
➔ Quando o pênis está flácido, os espaços cavernosos dos tecidos eréteis contêm pouca quantidade
de sangue. Nessa condição, grande parte do fluxo sanguíneo é desviada para as anastomoses
arteriovenosas que conectam os ramos das artérias profunda e dorsal do pênis a veias que liberam
seu sangue na veia dorsal profunda. Desse modo, o fluxo sanguíneo se desvia dos espaços cavernosos
dos tecidos eréteis.
➔ A ereção ocorre quando o fluxo
sanguíneo é desviado para os
espaços cavernosos dos tecidos
eréteis, nos corpos cavernosos
do pênis e, em uma quantidade
mais limitada, no corpo
esponjoso da uretra, fazendo
com que o pênis aumente de
tamanho e se torne túrgido.
➔ Durante a ereção, a túnica
albugínea que circunda os
tecidos eréteis é distendida e
diminui de espessura.
➔ O desvio do fluxo sanguíneo,
que leva à ereção, é controlado
pela parte parassimpática do SN
após estimulação sexual.
➔ Os impulsos parassimpáticos deflagram a liberação local do óxido nítrico, o qual provoca o
relaxamento das fibras musculares lisas dos ramos das artérias profunda e dorsal do pênis,
aumentando o fluxo sanguíneo para o órgão.
➔ Simultaneamente, as anastomoses arteriovenosas sofrem vasoconstrição, desviando o fluxo
sanguíneo para dentro das artérias helicinas do tecido erétil.
➔ À medida que os espaços cavernosos vão se tornando engorgitados de sangue, o pênis aumenta de
tamanho e se torna túrgido – a ereção acontece. As veias do pênis se tornam comprimidas e o sangue
fica aprisionado nos corpos cavernosos dos tecidos eréteis, mantendo, assim, o pênis em uma
condição ereta.
➔ A estimulação contínua da glândula do pênis resulta em ejaculação.
➔ Após a ereção, as glândulas bulbo-uretrais liberam um fluido viscoso que lubrifica o revestimento da
uretra. Pouco antes da ejaculação, a próstata descarrega sua secreção na uretra. Os espermatozoides
das ampolas dos dois ductos deferentes são liberados nos ductos ejaculatórios. A secreção prostática,
aparentemente, auxilia na mobilidade dos sptz. A última secreção adicionada ao sêmen é o líquido
rico em frutose, liberado pelas glândulas seminais, que fornece energia.
➔ A ejaculação, ao contrário da ereção, é regulada pela parte simpática do SN. Esses impulsos
deflagram uma sequência de eventos. A contração da musculatura lisa dos ductos genitais e das
glândulas genitais acessórias força o sêmen para dentro da uretra. A musculatura lisa do esfíncter da
bexiga urinária se contrai, prevenindo a liberação da urina ou a entrada de sêmen na bexiga. O
músculo bulbo-esponjoso, que circunda a extremidade proximal do corpo esponjoso da uretra, passa
por poderosas contrações rítmicas, o que resulta na expulsão forçada de sêmen pela uretra.
➔ A ejaculação é seguida pelo fim dos impulsos parassimpáticos para o suprimento vascular do pênis.
Como resultado, as anastomoses arteriovenosas são reabertas e o fluxo sanguíneo através das
artérias profunda e dorsal do pênis é diminuído; e os espaços cavernosos dos tecidos eréteis são
lentamente esvaziados de sangue pela drenagem venosa. À medida que o sangue vai saindo desses
espaços vasculares, o pênis sofre detumescência e se torna flácido.
➔ Principal neurotransmissor da detumescência: noradrenalina, responsável por vasoconstrição.

O neurotransmissor óxido nítrico, liberado pelas células endoteliais dos espaços vasculares, ativa a guanilil
ciclase das células musculares lisas para produzir o monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico) a partir
do GTP, relaxando, desse modo, as células musculares lisas. O relaxamento das células musculares lisas
permite o acúmulo de sangue nos espaços cavernosos e
esses vasos aumentados comprimem os pequenos canais de
retorno venoso que drenam os espaços cavernosos,
resultando na ereção do pênis. Após a ejaculação, quando os
impulsos parassimpáticos cessam e os níveis de GMPc caem,
a fosfodiesterase destrói o GMPc, permitindo que a
contração da musculatura lisa ocorra novamente, os espaços
cavernosos tenham seu sangue drenado e a ereção seja
terminada.

Esterilidade: homem cuja contagem de sptz seja menor que


20 milhões por mL de ejaculado é considerado estéril.

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