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na natureza. Para a espécie humana, não é diferente. Junto com o desenvolvimento dos diversos sistemas
do nosso organismo, o sistema genital também se desenvolveu, a fim de se tornar cada vez mais favorável à
fecundação. O sistema genital masculino possui duas grandes funções. Uma delas é desenvolver gametas
responsáveis pela fecundação do ovócito II, isso é, o envolvimento direto com a reprodução. Já a segunda
função é a de auxiliar a produção de hormônios masculinizantes, os quais caracterizarão as qualidades físicas
e psíquicas dos homens.
Constituintes
o 1 par de testículos suspensos no escroto
o Sistema de ductos genitais intratesticulares (túbulos retos, rede
testicular, dúctulos eferentes) e extratesticulares (epidídimo, ducto
deferente, ducto ejaculatório e uretra, a qual apresenta 3 partes:
prostática, membranácea e peniana)
o Glândulas acessórias: glândulas seminais (1 par), próstata e glândulas
bulbouretrais (1 par)
o Pênis (órgão copulador) – juntamente com o escroto, forma a
genitália externa
➔ Os órgãos sexuais secundários são os ductos genitais intra e extratesticulares, as glândulas acessórias
e o pênis.
➔ Os ductos genitais estocam e/ou transportam os espermatozoides, auxiliam no amadurecimento e
na liberação
➔ As glândulas acessórias secretam fluidos dentro dos ductos ejaculatórios e da uretra
o Produzem a porção não celular do sêmen (os espermatozoides ficam suspensos nas secreções
das glândulas acessórias)
o As secreções nutrem os espermatozoides e são um veículo para sua liberação dentro do
sistema genital feminino
➔ O pênis é o órgão erétil (deposita o sêmen no interior do sistema genital feminino), ele também
contém a porção distal da uretra (parte peniana da uretra)
o Dupla função: liberar o sêmen no sistema genital feminino durante a cópula, e serve como
um conduto para a urina a partir da bexiga urinária até o exterior do corpo
➔ Forma oval
➔ 5 cm de comprimento / 3 cm de diâmetro / 2,5 cm de espessura
➔ Peso: 10 a 15g
➔ Coberto pela túnica albugínea (cápsula de TCDNM)
➔ Localização: escroto
Macroscopicamente, podemos
observar a túnica albugínea (TA), que
recobre externamente os testículos, a
túnica vaginal (TV), o epidídimo, com
suas regiões de cabeça, corpo e cauda;
e o cordão espermático ou funículo
espermático. Esse cordão contém
artéria, veias e ducto deferente, que,
juntos, atravessaram o canal inguinal
(via de passagem da cavidade
abdominal para o escroto).
Canal inguinal
➔ Formação: passagem pela musculatura da parede abdominal formam dois anéis de cada lado – 2
orifícios.
➔ Esse canal é formado durante a descida dos testículos para o escroto.
➔ Na mulher, é ocupado pelo ligamento redondo do útero.
Correlações Clínicas
Como a hipertermia tem sido identificada como um fator relevante na infertilidade masculina, relata-se que
homens que trabalham com computadores do tipo laptop, mantidos no colo por 1 hora de uso contínuo,
exibem aumento da temperatura escrotal de até 2°.
Os cânceres testiculares metastáticos se disseminam através da drenagem linfática para os linfonodos
periaorticos e, daí, para seus vários destinos finais.
Torção testicular: nós vimos que o cordão espermático é um cordão vascular muito longo que contém os
vasos testiculares que fornecem o suprimento sanguíneo para o testículo. Uma torção testicular, ou seja, o
cordão espermático torcido, pode resultar no suprimento sanguíneo interrompido ou no infarto venoso,
ocasionando dor testicular aguda e necrose do parênquima testicular.
Esse testículo sofreu infarto após a torção testicular. A torção testicular
é uma condição incomum, mas é uma emergência médica. A torção do
cordão espermático interrompe a drenagem venosa, levando a um
infarto hemorrágico. A maior mobilidade, devido à descida incompleta
ou à falta de ligamento escrotal, predispõe a essa condição. O
tratamento imediato, por meio de uma torção cirúrgica ou sutura do
cordão no lugar para evitar a torção futura, evitará o infarto.
Varicocele: dilatação anormal das veias testiculares. Embora seja uma das causas da infertilidade masculina,
não provoca distúrbios da potência sexual. Varicocele, ou varizes do testículo, consiste na dilatação anormal
das veias testiculares, principalmente, após o esforço físico. Uma varicocele pode se desenvolver devido ao
mau funcionamento das válvulas normalmente encontradas nas veias. Em outros casos, pode se desenvolver
devido à compressão de uma veia por uma estrutura próxima. Varicocele geralmente não apresenta
sintoma, mas pode causar baixa produção de espermatozoide e diminuição da qualidade do
espermatozoide, levando à infertilidade.
Criptorquidismo: testículo que não desceu para o saco escrotal antes do nascimento = criptorquidia.
Comum em bebês prematuros. Consequências: infertilidade, hérnias do testículo e câncer no testículo.
Hérnia inguinal: ocorre na região da virilha, correspondendo a 75% de todas as hérnias abdominais. É uma
protusão do conteúdo da cavidade abdominal, normalmente parte do intestino, pelo canal inguinal. 25 vezes
mais comum em homens do que em mulheres. O tratamento é cirúrgico.
Os testículos não são importantes apenas para a reprodução. Eles também são vitais para o desenvolvimento
normal durante a puberdade, porque produzem vários hormônios sexuais. Em particular, eles produzem a
testosterona, que é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, incluindo o
aprofundamento da voz e o crescimento dos pelos faciais e corporais.
Como os testículos são órgãos e também são glândulas, falamos em parênquima (parte funcional) e estroma
(sustentação).
Cortes HE de testículos
Túnica albugínea: cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado. Na região do mediastino, essa cápsula
emite septos/trabéculas que subdivide em lóbulos. Nos caminhos em branco caminha o estroma intersticial
onde moram as células de Leydig.
Em maior aumento: a cápsula apresenta três constituintes – folheto visceral da túnica vaginal, túnica
albugínea e túnica vasculosa, sendo que o folheto visceral da túnica vaginal e a túnica vasculosa são difíceis
de serem visualizados na ML.
Temos aí também o epitélio seminífero e entre ele e o estroma intersticial tem uma membrana basal.
Barreira hematotesticular: constituída pela junção de oclusão das células de Sertoli, lâmina basal do
endotélio, tecido conjuntivo e lâmina basal do túbulo seminífero. Essa barreira separa o compartimento
adluminal do compartimento basal, protegendo os gametas em desenvolvimento do sistema imunológico
→ porque ela isola o compartimento adluminal das influências do tecido conjuntivo. Além disso protege
contra radiação, temperatura e infecções. Como a espermatogênese tem início na puberdade, as células
germinativas recém-diferenciadas (que possuem um número diferente de cromossomos e expressam
diferentes receptores e moléculas de superfície na membrana plasmática) seriam consideradas, pelo sistema
imune, como estranhas. Caso não houvesse o isolamento das células germinativas, assim, uma resposta
imunológica seria montada contra elas.
Espermatozoide
➔ Cabeça (região nuclear) – cromatina muito condensada (histona/protamina);
acrossoma (contém hidrolases ácidas, é um lisossomo primário, que vão ajudar
os espermatozoides a penetrarem no gameta feminino)
➔ Peça intermediária (região metabólica) – mitocôndrias (fornecem trifosfato de
adenosina para o batimento flagelar)
➔ Cauda (região locomotora) – flagelo (constituído por microtúbulos – fica seguro
pelo corpúsculo basal e apresenta 9 pares de microtúbulos periféricos + o par central separado)
➔ Os sptz são liberados na luz do túbulo seminífero e deixam os testículos. Eles entram no epidídimo,
onde passam pelo amadurecimento final, tornando-se capazes de fertilizar um ovócito II.
➔ A produção do espermatozoide começa na puberdade e continua ao longo da vida de um homem.
➔ Tempo total = 68-75 dias
➔ Após a ejaculação, pode viver por 48 horas no sistema genital feminino.
A testosterona tem como precursor o colesterol. Células que necessitam de testosterona possuem a 5-alfa-
redutase, a enzima que converte a testosterona em sua forma mais ativa – a diidrotestosterona. A
testosterona é produzida por toda a vida de um homem, tendo seu pico aos 20-30 anos.
Funções da testosterona
1. Estimula a espermatogênese – promove o amadurecimento funcional do espermatozoide
2. Afeta a função da parte central do SN – libido e comportamentos relacionados
3. Estimula o metabolismo – síntese proteica, hematopoiese e crescimento muscular
4. Estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
a. Distribuição de pelos
b. Aumento da massa muscular e tamanho do corpo
c. Depósitos de tecido adiposo
5. Manutenção das glândulas acessórias e órgãos
Na próstata, ocorre a conversão da testosterona em diidrotestosterona.
Andropausa
Se ocorrer – entre 40 a 55 anos
Sintomas variáveis entre os homens – semelhantes à menopausa (homens não têm um sintoma específico,
como a interrupção da menstruação para marcar a transição)
Caracteriza-se por uma queda nos níveis de hormônios (testosterona – nas mulheres, é o estrógeno)
Mudanças – muito gradual; podem ser acompanhadas por mudanças em atitudes e humor, fadiga, perda de
energia, libido e agilidade física
Declínio de testosterona → riscos de outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e ossos frágeis
➔ Consiste em espaços labirínticos revestidos por epitélio simples cúbico. Essas células cúbicas se
assemelham àquelas dos tubos retos, possuindo numerosos microvilos curtos e um único cílio.
➔ Rede interligada de túbulos
➔ Luz irregular revestida por epitélio simples cúbico
➔ Localizada no mediastino testicular
➔ Conectam a rede testicular ao epidídimo
➔ Os 15 a 20 dúctulos eferentes são túbulos curtos que drenam os
espermatozoides da rede testicular e perfuram a túnica albugínea do
testículo, para conduzir os espermatozoides até o ducto do epidídimo.
Desse modo, os dúctulos eferentes se tornam confluentes com o ducto
do epidídimo nesse ponto.
➔ O revestimento epitelial simples da luz de cada dúctulos eferente
consiste em áreas de células cúbicas não ciliadas, alternadas com regiões de células cilíndricas
ciliadas.
➔ Os sucessivos agregados de células epiteliais baixas e altas impõem uma aparência ondulada às luzes
desses dúctulos eferentes.
➔ As células cúbicas são ricamente dotadas de lisossomos e suas MP apicais apresentam numerosas
invaginações indicativas de endocitose. Acredita-se que essas células reabsorvam a maior parte do
líquido luminal elaborado pelas células de sertoli nos túbulos seminíferos.
➔ Os cílios da célula cilíndrica provavelmente movimentam os espermatozoides em direção ao
epidídimo.
➔ O epitélio simples está apoiado em uma lâmina basal que o separa de uma delgada parede de tecido
conjuntivo em cada túbulo.
➔ O tecido conjuntivo está
circundado por uma delgada
camada de tecido muscular
liso, cujas células estão
circularmente organizadas, as
quais, através de contrações
rítmicas, auxiliam na
propulsão de seu conteúdo
luminal para dentro do
epidídimo.
Dois tipos celulares fazem parte do epitélio de revestimento do
dúctulo eferente – células cúbicas a cilíndricas com estereocílios
(absorvem o líquido testicular e aumentam a concentração de
espermatozoides) e células cilíndricas ciliadas (transporte de
espermatozoides). Como essas células são alternadas e se
juntam, conferem aparência ondulada à luz dos túbulos
eferentes.
Corte HE testículo
Circundados em azul: túbulos seminíferos, os quais constituem o parênquima (P) → o parênquima não é
constituído apenas por túbulo seminífero (também tem célula de Leydig e ductos intratesticulares)
Entre os túbulos, temos o estroma intersticial (E) onde estão as células de Leydig (circundadas em verde)
Maior aumento
Três túbulos seminíferos juntamente com um
conjunto de células de Leydig
As células de Leydig apresentam maior acidofilia
porque possuem grande quantidade de
mitocôndrias (citocromos)
Cortes histológicos de testículo corados pelo PAS-Hematoxilina, onde podemos observar vários túbulos
seminíferos. À direita, eles possuem espermátides precoces, com seus acrossomos evidentes (rosa). À
esquerda, vemos as espermátides tardias, também com seus acrossomos evidentes.
À direita, temos um corte histológico de testículo corado por HE, onde estamos observando um túbulo
seminífero. No estroma intersticial, há as células de Leydig. Esses túbulos seminíferos possuem numerosas
células germinativas, bem como as células de sertoli, que se estendem da base até a luz. As pontes
intercelulares que elas fazem entre si são imperceptíveis, já que não vemos membrana na ML. Pequenas
espermátides tardias são vistas na superfície apical. Ainda não existem espermatozoides. À esquerda, para
comparar, temos um testículo pré-púbere, onde pequenos túbulos são visualizados e não existe proliferação
celular ativa.
Nesse corte histológico, corado por HE, temos os ductos deferentes, a região da cabeça, a região do corpo
e a região da cauda. Perceba que todos os túbulos que estamos vendo são um único túbulo. Mas para esse
túbulo, que mede cerca de 6 a 7 metros, caber em um espaço de 5cm, deve estar totalmente enovelado, de
tal maneira que, quando a gente faz um corte histológico, a gente pega várias vezes pedaços de um único
tubo. A luz é preenchida pelos espermatozoides. A ordem crescente de quantidade de espermatozoides é:
cabeça, corpo e cauda (na cauda, a luz é abarrotada de espermatozoides → ficam aqui por muito mais
tempo).
Cortes histológicos de
epidídimo – 2 não corados por
HE (um é aumento do outro), e 1
corado por HE. O revestimento é
um epitélio pseudoestratificado
cilíndrico com estereocílios,
apoiado em um tecido
conjuntivo frouxo, e há uma
camada de músculo liso em
substituição à célula mioide.
Como podemos ver, o tecido
epitelial tem 2 tipos de células:
células basais (nunca alcançam
a luz, são células-tronco que
regeneram elas mesmas e as
células cilíndricas) e células
principais (predominantes, formato cilíndrico, núcleo ovalado que ocupa o terço basal da célula, e
estereocílios como especialização de superfície livre). Os estereocílios desempenham a grande função de
reabsorver o líquido ou fluido testicular, produzido pelas células de sertoli. Esse líquido é endocitado a partir
da membrana apical da célula principal. Além disso, essas células cilíndricas fagocitam resquícios de
citoplasma que não foram reabsorvidos pelas células de sertoli. As células principais também produzem a
glicerofosfocolina, uma molécula que inibe a capacitação do espermatozoide, prevenindo que ele fertilize o
ovócito II até entrar no sistema genital feminino. Adicionalmente, altos níveis de peptídeo promotor da
fertilização (PPF) também previnem que o sptz sofra capacitação até atingir o sistema genital feminino, onde
os níveis desse peptídeo se tornam diluídos. O epitélio do epidídimo é separado do conjuntivo por uma
membrana basal. Essa camada muscular lisa, subjacente ao TCF, é organizada circularmente ao redor da luz
e as contrações peristálticas dessa camada auxiliam na condução os espermatozoides para o ducto
deferente.
Epididimite: inflamação do epidídimo, causas comuns: Chlamydia trachomatis, Escherichia coli, Neisseria e
infecções por gonorreia. Uretrite (uma inflamação da uretra) é frequentemente associada à epididimite.
Epididimite crônica pode resultar em infertilidade – os sptz amadurecem na cauda do epidídimo.
O testículo e o epidídimo
normalmente aparecem
juntos em um corte
histológico e podem ser
corados por outros
corantes, como, por
exemplo, o PAS-
Hematoxilina. À esquerda,
testículo (vários túbulos
seminíferos). À direita,
epidídimo (ducto
epididimário – único).
Morfologicamente, existe
uma distinção grande –
epitélio de revestimento,
ausência/presença de sptz,
ausência/presença de musculatura lisa na parede, presença/ausência de célula mioide, etc.
➔ Tubo fibromuscular (40-45cm) contínuo com o epidídimo
➔ Também conhecido como canal deferente
➔ Pode estocar os espermatozoides por vários meses
➔ Ascende através do canal inguinal – como parte do cordão espermático
➔ Transporta sptz do epidídimo para a cavidade pélvica
➔ A extremidade terminal de cada ducto deferente, conhecida como ampola, apresenta uma mucosa
espessa e é altamente pregueada. À medida que a ampola vai se aproximando da próstata, de cada
lado, ela vai receber, também de cada lado, o ducto da glândula seminal, formando dois ductos
ejaculatórios (pela junção dessas duas estruturas).
➔ Ampola = armazenamento do sptz antes da ejaculação
➔ A ampola possui uma luz pregueada e uma parede extremamente avantajada de músculo liso
Corte histológico corado por HE de um ducto deferente. Em 1, temos a túnica mucosa. O branco é um
artefato de técnica porque a mucosa se separou da primeira camada muscular. Em 2, temos todo o tecido
muscular – camada longitudinal, camada circular e camada longitudinal. Externamente, teríamos a
adventícia.
À esquerda do tracejado – túnica
mucosa; à direita – túnica muscular.
Claro que essa linha é um tracejado
imaginário. A gente sabe que
começa a ver músculo liso quando os
núcleos dessas células aparecem
com uma cromatina menos
condensada comparado aos núcleos
das células que pertencem ao tecido
conjuntivo. Em 1, camada muscular
longitudinal, em 2, camada muscular
circular.
Vasectomia / deferentectomia: como o ducto deferente possui uma parede muscular de 1mm de espessura,
é facilmente perceptível através da pele do escroto. A vasectomia, que é a remoção cirúrgica de parte do
deferente, é realizada por uma pequena fenda através do saco escrotal, esterilizando (impede a entrada de
sptz na uretra), dessa forma, o indivíduo.
➔ 1 a 2 cm
➔ Trata-se da união da ampola (deferente) com o ducto da glândula
seminal
➔ Penetra na parede da próstata, esvaziando o conteúdo na uretra
Glândulas acessórias
As 4 maiores funções das glândulas acessórias são:
1. Ativação dos espermatozoides
2. Fornecimento de nutrientes necessários para a movimentação dos sptz
3. Propulsão de fluidos ao longo do sistema genital – contrações peristálticas
4. Produção de um fluido tamponado – tamponar a acidez uretral e vaginal
Líquido seminal
➔ Produzido pelas glândulas seminais
➔ Amarelado, viscoso, rico em frutose (principal constituinte); constitui 60 a 70% do volume do sêmen
➔ Também contém aminoácidos, citratos, prostaglandinas (contração uterina e peristaltismo reverso –
tuba uterina), proteínas
➔ Frutose = fonte de energia para os sptz
➔ Flavina = pigmento lipocrômico → tom amarelo pálido
➔ Seminogelina = lisada pelo PSA
➔ Responsável pelo aspecto coagulado do ejaculado
➔ Regula a movimentação do espermatozoide
➔ Suprime a função imune no sistema genital feminino
➔ Ligeiramente alcalino e viscoso – neutraliza a acidez do líquido prostático na vagina
➔ Promove a capacitação do espermatozoide → fica altamente móvel e com maior capacidade de
fertilização
➔ Lançado no ducto ejaculatório através de contrações peristálticas, que são controladas pela parte
autônoma do SN
subMucosas
Mucosas
principais
Os dois ductos ejaculatórios, que moram no
interior da próstata.
Líquido Prostático
➔ A secreção prostática constitui de 20 a 30% do volume do sêmen
➔ Ligeiramente ácido = ácido cítrico, fosfatase ácida
➔ Esbranquiçado e seroso
➔ Rico em lipídios, enzimas proteolíticas, fosfatase ácida, fibrinolisina, seminalplasmina (antibiótico),
PSA, ácido cítrico, etc.
➔ A síntese e a liberação das secreções prostáticas são reguladas pela diidrotestosterona (forma ativa
da testosterona)
➔ Esse líquido é lançado na luz da parte prostática da uretra
➔ Base da próstata → localizadas na raiz do pênis, logo no início da entrada da parte membranácea da
uretra
➔ Forma arredondada = 3 a 5mm
➔ Cápsula fibroelástica = contém células musculares lisas, e
fibras musculares estriadas esqueléticas derivadas dos
músculos do diafragma urogenital. Essa cápsula emite
septos/trabéculas, subdividindo a glândula em lóbulos
➔ O epitélio secretor varia de simples cúbico a cilíndrico
➔ Tubulosas e mucosas
➔ Secretam muco alcalino
o Ajuda a neutralizar a acidez da uretra
o Contém galactose e ácido siálico, o qual lubrifica a uretra
➔ Desembocam seu produto de secreção na luz da parte membranácea da uretra
As glândulas bulbo-uretrais
produzem um líquido viscoso que
lubrifica o revestimento da uretra.
Essa é a primeira das secreções
glandulares a ser liberada
subsequentemente à ereção do
pênis. Pouco antes da ejaculação,
as secreções da próstata, são
descarregadas na uretra, assim
como os espermatozoides o são a
partir da ampola do ducto
deferente. As secreções prostáticas
aparentemente auxiliam os sptz a
adquirir a motilidade. As secreções finais derivam das glândulas seminais, responsáveis pelo aumento
significativo do volume do sêmen. Seu fluido rico em frutose é usado pelos sptz para obtenção de energia.
O ejaculado, conhecido como sêmen, consiste em secreção das glândulas acessórias e de 200 a 400 milhões
de espermatozoides.
➔ Usada tanto pelo sistema urinário quanto pelo genital
➔ 18 a 20cm
➔ Subdividida em 3 regiões:
o Prostática – 3 a 4 cm, interior da próstata, epitélio
de transição. Recebe a abertura de muitos ductos
minúsculos das glândulas prostáticas, do utrículo
prostático e do par de ductos ejaculatórios
o Membranácea / membranosa (EEC) – 1 a 2 cm,
atravessa o diafragma urogenital ou membrana
pélvica. Revestida por epitélio estratificado
cilíndrico, com áreas entremeadas de epitélio pseudoestratificado cilíndrico.
o Peniana / esponjosa (EEPNQ) – 15 cm, atravessa toda a extensão do pênis, terminando na
ponta da glande com um orifício uretral externo. Localiza-se no interior do corpo esponjoso
da uretra. Revestida por epitélio estratificado cilíndrico com áreas de pseudoestratificado
cilíndrico e estratificado pavimentoso não queratinizado. A porção terminal alargada da
uretra (na glande), a fossa navicular, é revestida por epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado.
o A LP das 3 regiões é constituída por TCF fibroelástico com rico suprimento vascular. Essa LP
abriga numerosas glândulas de Littre, cuja secreção mucosa lubrifica o revestimento epitelial
da uretra.
Os 3 corpos cavernosos estão circundados por uma bainha de TCF e são recobertos, após a albugínea,
externamente, por pele delgada. A pele da região proximal do pênis possui espessos pelos púbicos e
numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. A pele distal do pênis não tem pelos e possui apenas algumas
glândulas sudoríparas. A pele se prolonga distalmente à glande do pênis para formar uma bainha retrátil, o
prepúcio, o qual é revestido por uma membrana mucosa que contém o epitélio estratificado pavimentoso
não queratinizado. Quando o indivíduo é circuncidado, o prepúcio é removido.
Maior detalhe da luz da parte peniana da uretra → epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. A
lâmina própria é contínua com o TCF que sustenta os espaços vasculares. Lembre que esse tecido conjuntivo
contém células musculares lisas e fibras elásticas, diferente dos corpos cavernosos, que vão apresentar
menor quantidade.
Luz da parte peniana da
uretra, lâmina própria
contínua com o TCF que
contém células
musculares lisas e fibras
elásticas. Também
podemos ver os espaços
vasculares, revestidos
por células endoteliais.
Entre o corpo esponjoso e o corpo cavernoso há a túnica albugínea. Compare o tecido conjuntivo que
sustenta os espaços vasculares do corpo esponjoso e do corpo cavernoso. No corpo esponjoso, o TC é muito
mais frouxo. E isso é justificável. Se for um tecido pouco maleável, ele fecharia, automaticamente, a luz da
parte peniana da uretra.
- CEU = Corpo esponjoso
- TA = túnica albugínea
- CC = corpo cavernoso
Do lado direito, corpo esponjoso, com seus espaços vasculares e o TCF que os sustenta (células musculares
lisas, fibras elásticas). O corpo cavernoso é contínuo com a albugínea, sendo um tecido muito mais resistente
a sofrer pressão ou tensão. Os espaços vasculares do CC são maiores que os do CEU.
Ereção Peniana
➔ Quando o pênis está flácido, os espaços cavernosos dos tecidos eréteis contêm pouca quantidade
de sangue. Nessa condição, grande parte do fluxo sanguíneo é desviada para as anastomoses
arteriovenosas que conectam os ramos das artérias profunda e dorsal do pênis a veias que liberam
seu sangue na veia dorsal profunda. Desse modo, o fluxo sanguíneo se desvia dos espaços cavernosos
dos tecidos eréteis.
➔ A ereção ocorre quando o fluxo
sanguíneo é desviado para os
espaços cavernosos dos tecidos
eréteis, nos corpos cavernosos
do pênis e, em uma quantidade
mais limitada, no corpo
esponjoso da uretra, fazendo
com que o pênis aumente de
tamanho e se torne túrgido.
➔ Durante a ereção, a túnica
albugínea que circunda os
tecidos eréteis é distendida e
diminui de espessura.
➔ O desvio do fluxo sanguíneo,
que leva à ereção, é controlado
pela parte parassimpática do SN
após estimulação sexual.
➔ Os impulsos parassimpáticos deflagram a liberação local do óxido nítrico, o qual provoca o
relaxamento das fibras musculares lisas dos ramos das artérias profunda e dorsal do pênis,
aumentando o fluxo sanguíneo para o órgão.
➔ Simultaneamente, as anastomoses arteriovenosas sofrem vasoconstrição, desviando o fluxo
sanguíneo para dentro das artérias helicinas do tecido erétil.
➔ À medida que os espaços cavernosos vão se tornando engorgitados de sangue, o pênis aumenta de
tamanho e se torna túrgido – a ereção acontece. As veias do pênis se tornam comprimidas e o sangue
fica aprisionado nos corpos cavernosos dos tecidos eréteis, mantendo, assim, o pênis em uma
condição ereta.
➔ A estimulação contínua da glândula do pênis resulta em ejaculação.
➔ Após a ereção, as glândulas bulbo-uretrais liberam um fluido viscoso que lubrifica o revestimento da
uretra. Pouco antes da ejaculação, a próstata descarrega sua secreção na uretra. Os espermatozoides
das ampolas dos dois ductos deferentes são liberados nos ductos ejaculatórios. A secreção prostática,
aparentemente, auxilia na mobilidade dos sptz. A última secreção adicionada ao sêmen é o líquido
rico em frutose, liberado pelas glândulas seminais, que fornece energia.
➔ A ejaculação, ao contrário da ereção, é regulada pela parte simpática do SN. Esses impulsos
deflagram uma sequência de eventos. A contração da musculatura lisa dos ductos genitais e das
glândulas genitais acessórias força o sêmen para dentro da uretra. A musculatura lisa do esfíncter da
bexiga urinária se contrai, prevenindo a liberação da urina ou a entrada de sêmen na bexiga. O
músculo bulbo-esponjoso, que circunda a extremidade proximal do corpo esponjoso da uretra, passa
por poderosas contrações rítmicas, o que resulta na expulsão forçada de sêmen pela uretra.
➔ A ejaculação é seguida pelo fim dos impulsos parassimpáticos para o suprimento vascular do pênis.
Como resultado, as anastomoses arteriovenosas são reabertas e o fluxo sanguíneo através das
artérias profunda e dorsal do pênis é diminuído; e os espaços cavernosos dos tecidos eréteis são
lentamente esvaziados de sangue pela drenagem venosa. À medida que o sangue vai saindo desses
espaços vasculares, o pênis sofre detumescência e se torna flácido.
➔ Principal neurotransmissor da detumescência: noradrenalina, responsável por vasoconstrição.
O neurotransmissor óxido nítrico, liberado pelas células endoteliais dos espaços vasculares, ativa a guanilil
ciclase das células musculares lisas para produzir o monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico) a partir
do GTP, relaxando, desse modo, as células musculares lisas. O relaxamento das células musculares lisas
permite o acúmulo de sangue nos espaços cavernosos e
esses vasos aumentados comprimem os pequenos canais de
retorno venoso que drenam os espaços cavernosos,
resultando na ereção do pênis. Após a ejaculação, quando os
impulsos parassimpáticos cessam e os níveis de GMPc caem,
a fosfodiesterase destrói o GMPc, permitindo que a
contração da musculatura lisa ocorra novamente, os espaços
cavernosos tenham seu sangue drenado e a ereção seja
terminada.