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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACID WYDEN-UNIFACID

MEDICINA VETERINÁRIA
CITOGIA E EMBRIOLÓGIA VETERINÁRIA

MÁRCIA KELLY

FORMAÇÃO DO TUBO DIGESTIVO E FORMAÇÃO DO TUBO


RESPIRATÓRIO.

TERESINA-PI

2022
 SISTEMA RESPIRATÓRIO

O desenvolvimento do sistema respiratório está intimamente relacionado com o


sistema digestivo. A fase embrionária começa entre a 3 ª e a 6ª semana de gestação, a
fase pseudoglandular começa entre a 6ª e a 16ª semana de gestação, logo depois é a fase
canalicular que começa entre a 16ª e a 28ª semana de gestação, depois vem a fase sacular
que começa entre a 28ª e 36ª semana de gestação e por fim é a fase alveolar maturação
dos alvéolos, que vai do final da vida fetal até muitos anos após o nascimento.
Na sequência vem o desenvolvimento dos pulmões que se expandem para dentro dos
canais pericárdio- peritonais da cavidade do corpo, a prega pluroperitonal e a prega
pluropericárdica separam os canais pericárdio- peritonais das cavidades peritoneal e
pericárdia com formação da cavidade pleural, a pleural visceral se origina do mesoderma, o
endoderma dá origem ao revestimento mucoso dos brônquios e às células epiteliais dos
alvéolos, o mesoderma ajuda a dar origem aos componentes restantes dos pulmões,
esplancnoplura origina a vasculatura, tecido conjuntivo, músculo e cartilagens associados
aos brônquios, pleura e os pulmões.
A pseudogandular ocorre entre a 6ª e a 10ª semana, a árvore respiratória se ramifica mais
doze a quartoze vezes, resultando na formação dos bronquíolos terminais, está via será
revestida por um tipo específico de epitélio respiratório , o epitélio colunar simples(ciliado)
que vai sofrendo transição para o epitélio cubóide simples.
A canalicular ocorre entre a 16ª e a 28ª semana, cada bronquíolo terminal se divide com o
aumento da vascularização, logo depois os lúmens dos bronquíolos respiratórios aumentam
de tamanho como resultado do afinamento de suas paredes epiteliais, este processo
estabelece a diferença de tipos celulares especializados que são associados aos pulmões.

A sacular ocorre entre a 28ª e a 36ª semana, os bronquíolos respiratórios dão origem a uma
geração final de ramos terminais, esses ramos são circundados por uma densa rede de
capilares, formando os sacos terminais( alvéolos primitivos) que são revestidos por células
alveolares tipo I e alveolares II, as células alveolares tipo I são as células que foque formam
a superfície de troca gasosa no alvéolo, e as células alveolares do tipo II são como
“cuidadoras”, reagindo a danos nas células do tipo I.

A alveolar é caracterizada pela maturação dos alvéolos, um processo que ocorre desde o
final da vida fetal até muitos anos após o nascimento.

Durante o desenvolvimento da árvore respiratória, os pulmões primordiais se


expandem para dentro dos canais pericárdio-peritoneais da cavidade do corpo. Nesse
estágio, esses canais se abrem diretamente nas cavidades peritoneal e pericárdica, e
estão posicionados de cada lado do intestino primitivo anterior à medida em que são
gradualmente preenchidos pelos pulmões em expansão.
Logo após, a prega pleuroperitoneal e a prega pleuropericárdica separam os canais
pericárdio-peritoneais das cavidades peritoneal e pericárdica, respectivamente. Isso
resulta na formação da cavidade pleural. A pleura visceral se origina do mesoderma
que reveste a parte externa dos pulmões, enquanto a pleura parietal deriva do
mesoderma somático que reveste a parede do corpo.

 SISTEMA DIGESTIVO
A formação do trato digestivo inicia-se por volta da quarta semana de
desenvolvimento embrionário em consequência do dobramento cefalocaudal e
lateral do embrião, quando parte da cavidade vitelina, revestida por endoderma, é
incorporada ao corpo do embrião, formando o intestino primitivo, dividido, para fins
didáticos, em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior O endoderma
do intestino primitivo origina a maior parte do epitélio e das glândulas do trato
digestivo, exceto o epitélio das extremidades caudal e cranial que é derivado do
ectoderma do proctodeu e estomodeu, respectivamente. O mesoderma esplâncnico
que circunda o endoderma do intestino primitivo originará os tecidos muscular,
conjuntivo e mesotélio. O mesoderma se estende além do revestimento do intestino
primitivo ligando o tubo digestivo, à parede dorsal do embrião por meio do meso
dorsal. Na região ventral, o meso ventral prende a maior parte do intestino cefálico,
não persistindo na porção ventral dos intestinos médio e caudal.
Devido ao processo de delimitação do corpo, o embrião de um mês apresenta uma
cavidade bucal primitiva com a membrana bucofaríngea constituída por ectoderma e
endoderma. Segue-se uma porção mais ou menos reta que se comunica com o saco
vitelino e termina na membrana cloacal, constituída também por ectoderma e
endoderma, a qual se desintegra e dá origem às aberturas para o ânus, o trato
genital e urinário. O mesoderma não está nas membranas bucofaríngea e cloacal.
Após a quarta semana do desenvolvimento embrionário as membranas faríngea e
cloacal se rompem, estabelecendo comunicação do tubo digestório com o exterior
do embrião. Síndromes craniofaciais incluindo fenda palatina e síndromes
sinostóticas tem origem da persistência da membrana bucofaríngea.
O desenvolvimento do intestino primitivo e seus derivados é descrito em três partes:
anterior, médio e posterior. O intestino anterior dá origem ao sistema respiratório
superior, esôfago, estômago, duodeno até a entrada do ducto biliar, tireoide, fígado,
sistema hepatobiliar (e.g., ductos biliares intra e extrahepáticos, ducto biliar comum,
vesícula biliar, ducto cístico) e pâncreas. Malformações humanas congênitas
frequentemente ocorrem simultaneamente em vários destes órgãos e
experimentalmente os estudos sugerem que estes órgãos se originam de uma
população de células progenitoras comuns no intestino ventral. O intestino médio
forma o intestino delgado (duodeno após a entrada do ducto biliar, jejuno, íleo, ceco,
apêndice e dois terços proximais do cólon transverso) e o intestino posterior ou
caudal forma o restante do intestino grosso e os dois terços superiores do canal
anal. O trato gastrintestinal adulto é um tubo com três camadas, com uma mucosa
epitelial endodérmica circundando uma luz; com tecido mesenquimatoso subjacente
e músculo liso, o qual é inervado por neurônios entéricos que controlam a peristalse,
o fluxo sanguíneo, contribuindo com a secreção glandular e se originam das células
da crista neural

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