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Desenvolvimento Embrionário do Sistema

Respiratório
Prof. Erika Flauzino
Sistema respiratório
• O sistema respiratório é formado por dois pulmões e pelas vias
respiratórias: boca, cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia,
brônquios e bronquíolos;
Sistema Respiratório
• Formado a partir do desenvolvimento do endoderma, com
participação do ectoderma e do mesoderma;
• A faringe primitiva e o aparelho bucal são formados ao mesmo
tempo em que ocorrem as diferenciações dos arcos branquiais ou
faríngeos;
Sistema respiratório
• Os arcos branquiais aparecem obliquamente como elevações
arredondadas, a cada lado das laterais da futura cabeça e pescoço;
• Na quarta semana do desenvolvimento ocorre a formação do sulco
laringotraqueal que invagina-se para formar o divertículo
laringotraqueal que dá início a formação dos brotos pulmonares
no mesoderma esplâncnico;
• No início da formação, o divertículo laringotraqueal possui uma
comunicação aberta com o intestino anterior através do canal
laríngeo primitivo;
• Quando o divertículo se alonga caudalmente, duas pregas
longitudinais denominadas pregas traqueoesofágicas são
formadas na sua parede;
• Essas pregas aumentam de tamanho, se aproximam uma da outra
e se fundem formando o septo traqueoesofágico, que dividirá o
intestino anterior em uma parte ventral – o tubo laringotraqueal,
e uma parte dorsal – esôfago;
Formação da laringe
• A laringe tem origem no endoderma do tubo laringotraqueal;
• A epiglote - proliferação do mesênquima nas extremidades
ventrais do terceiro e do quarto arco faríngeo e na parte caudal da
eminência hipofaríngea ;
• Epiglote – cartilagem elásticas;
• As demais cartilagens – hialina;
Formação da Laringe
• O orifício laríngeo muda de aparência de uma fenda sagital para
uma abertura em formato de “T” devido à rápida proliferação
desse mesênquima;
• Por volta da 10ª semana ocorre recanalização da laringe com a
formação de um par de recessos laterais chamados de ventrículos
laríngeos, que são limitados por pregas teciduais que se
diferenciam em pregas vocais falsas e verdadeiras;
• Nervo vago;
Formação da Traquéia
• Durante a separação do divertículo laringotraqueal do intestino
anterior, forma-se a traquéia e duas evaginações laterais, os
brotos brônquicos primários;
Formação dos Brônquios e Pulmões
• No início da quinta semana, cada broto brônquico se alarga para
formar os brônquios principais direito e esquerdo;
• O brônquio principal direito constitui três brônquios secundários,
e o brônquio principal esquerdo forma dois, prenunciando assim,
os três lobos pulmonares do lado direito e dois lobos pulmonares
do lado esquerdo;
• Com o crescimento nos sentidos caudal e lateral, os brotos
pulmonares se expandem para a cavidade corporal - canais
pericardioperitoneais que são primórdios das cavidades pleurais;
• O mesoderma esplâncnico que cobre o exterior dos pulmões,
torna-se a pleura visceral, e a camada de mesoderma somático,
que cobre a superfície interna da parede corporal, torna-se a
pleura parietal;
Formação do brônquios e pulmões
• Os brônquios secundários se dividem repetidamente formando
dez brônquios terciários (segmentares) no pulmão direito e oito
no lado esquerdo, criando os segmentos broncopulmonares do
pulmão adulto;
• Até o final do sexto mês, estabeleceram-se 17 gerações de
subdivisões, porém, antes que a árvore brônquica chegue a sua
configuração final, ainda se formam 6 divisões adicionais durante
a vida pós natal;
Maturação dos pulmões
• Dividida em quatro estágios:
▫ Pseudoglandular;
▫ Canalicular;
▫ Saco terminal;
▫ Alveolar;
Estágio Pseudoglandular (6ª a 16ª s)
• Durante este estágio, os pulmões em desenvolvimento
assemelham-se histologicamente às glândulas exócrinas;
• Por volta da 16ª semana, todos os principais elementos da porção
condutora dos pulmões já estão formados;
• Porém fetos nascidos durante este período são incapazes de
sobreviver.
Estágio Canalicular (16ª a 26ª s)
• A luz dos brônquios e dos bronquíolos terminais torna-se maior e
o tecido pulmonar torna-se altamente vascularizado;
• Os bronquíolos terminais darão origem a dois ou mais
bronquíolos respiratórios, e cada um destes, se dividirá em três a
seis passagens, os ductos alveolares primitivos;
Estágio Canalicular (16ª a 26ª s)
• No final deste estágio, alguns sacos terminais já se desenvolveram
nas extremidades dos bronquíolos respiratórios, e o tecido
pulmonar é bem vascularizado, tornando a respiração possível;
• Fetos nascidos durante este período podem sobreviver sob
cuidados intensivos;
Estágio de Saco Terminal (26ª s até o nascimento)
• Nesse período inicia a secreção de surfactante pulmonar que
neutraliza as forças de tensão superficial na interface ar-alvéolo;
• A rede de capilares sanguíneos e linfáticos prolifera no
mesênquima ao redor dos alvéolos em desenvolvimento e o
contato entre as células epiteliais e endoteliais estabelece a
barreira hematoaérea, que possibilita trocas gasosas;
• A produção de surfactante começa entre a 20ª e a 22ª semana,
mas ele está presente somente em níveis adequados nas duas
últimas semanas de gestação;
Estágio Alveolar (32ª s até 8 anos)
• Cerca de 95% dos alvéolos maduros se desenvolvem no período
pós natal;
• Antes do nascimento, os alvéolos primitivos aparecem como
pequenas protuberâncias nas paredes dos bronquíolos
respiratórios e dos sacos alveolares;
• Após o nascimento, o aumento no tamanho dos pulmões se dá
pelo crescimento exponencial no número de bronquíolos
respiratórios e alvéolos primitivos.;
Estágio Alveolar (32ª s até 8 anos)
• O principal mecanismo para aumentar o número de alvéolos é a
formação de septos secundários de tecido conjuntivo que
subdividem os alvéolos primitivos existentes;
• O desenvolvimento alveolar está bem avançado até os 3 anos de
idade, mas novos alvéolos são adicionados até aproximadamente
8 anos.
• Os movimentos respiratórios fetais começam antes do nascimento
e causam a aspiração de líquido amniótico;
• Esses movimentos são importantes para a estimulação do
desenvolvimento pulmonar e para o condicionamento dos
músculos respiratórios;
• Quando a respiração começa, a maior parte do liquido nos
pulmões é absorvida pelo sangue e pelos capilares linfáticos e um
pequeno volume é expelido no parto;
• Com a entrada de ar nos alvéolos durante a primeira respiração, o
revestimento surfactante evita o desenvolvimento de uma
interface ar-água (sangue) com altas tensões superficiais;
• Sem a camada de surfactante, os alvéolos colapsariam durante a
respiração (atelectasia).

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