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Gladis Perlin -
7. Identidades intermediárias.
O que vai determinar a identidade surda é sempre a experiência visual. Neste
caso, em vista desta característica diferente distinguimos a identidade ouvinte da
identidade surda. Temos também a identidade intermediaria geralmente
identificada como sendo surda. Essas pessoas tem outra identidade pois tem uma
característica que não lhes permite esta identidade isto é a sua captação de
mensagens não é totalmente na experiência visual que determina a identidade
surda.
1. Apresentam alguma porcentagem de surdez, mas levam uma vida de ouvintes.
2. Para estes são de importância os aparelhos de audição,
3. Importância do treinamento oral,
4. Busca de amplificadores de som...
5. Não uso de intérpretes de cultura surda, etc...
6. Quando presente na comunidade surda, geralmente se posiciona contra uso de
interpretes ou considera o surdo como menos dotado e não entende a
necessidade de língua de sinais de interpretes...
7. Tem dificuldade de encontrar sua identidade visto que não é surdo nem
ouvinte.
Conclusão:
As diferentes identidades surdas são bastante complexas, diversificadas.
Isto pode ser constatado nesta divisão por identidades onde tem-se ocasião para
identificar outras muitas identidades surdas, ex: surdos filhos de pais surdos;
surdos que não tem nenhum contato com surdo, surdos que nasceram na cidade,
ou que tiveram contato com língua de sinais desde a infância etc...Como dissemos,
a identidade surda não é estável, está em contínua mudança. Os surdos não
podem ser um grupo de identidade homogênea. Há que se respeitar as diferentes
identidades.
Em todo caso para a construção destas identidades impera sempre a identidade
cultural, ou seja a identidade surda como ponto de partida para identificar as
outras identidades surdas. Esta identidade se caracteriza também como identidade
política pois está no centro das produções culturais.