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coleção

resolve
por competências e habilidades

CIÊNCIAS HUMANAS
e suas Tecnologias
Matemática - Competências e Habilidades - Volume 1
©2014 CLASSIS EDITORA

DIREÇÃO EDITORIAL PROJETO GRÁFICO


Alexandre Pullig Corrêa Gedson Clei Ribeiro Alves
Alexandre Pullig Corrêa
COORDENAÇÃO DE ARTE
Gedson Clei Ribeiro Alves DIAGRAMAÇÃO
Gedson Clei Ribeiro Alves

CAPA
Gedson Clei Ribeiro Alves Goiânia - 1ª edição - 2014

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS


IMAGEM DE CAPA
CLASSIS EDITORA
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Av. Eng. Eurico Miranda, Qd. 04, Lt. 12/14 - Sala 209
Ed. Concept Office - Vila Maria José
EDIÇÃO DE ARTE
CEP: 74815465 - Goiânia - Goiás - Brasil
Gedson Clei Ribeiro Alves
Fone: +55 (62) 3877 3222
Alex Alves da Silva
classiseditora@gmail.com

REVISÃO
ISBN: 9788561960162
Alex Alves da Silva
Alexandre Pullig Corrêa
IMPRESSÃO E ACABAMENTO
Ana Paula Bacelar
Gráfica Talento
Cristiano Siqueira
Danielle Pullig Corrêa
Gedson Clei Ribeiro Alves

PREPARAÇÃO DE TEXTOS
Alexandre Pullig
Cristiano Siqueira
APRESENTAÇÃO
Shutterstock.com

Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos – como saberes, ha-


bilidades e informações – para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.
Pensar em termos de competência significa pensar a sinergia, a orquestração de recursos cognitivos
e afetivos diversos para enfrentar um conjunto de situações que apresentam analogias de estrutura.

(Philippe Perrenoud)

Caro estudante,
Os novos desafios e mudanças propostas para melhoria da educação brasileira têm provocado significativas
transformações, exigindo mudanças tanto por parte da escola como por parte dos estudantes do ensino médio.
Nossa tradição escolar ainda tem muito do enciclopedismo iluminista. Muitos educadores acreditam que de-
vem fazer com que cada aluno absorva todo o conhecimento que existe no mundo, o que não é mais possível.
O novo aprendizado deve promover, não apenas a mera reprodução de dados e sim ajudar o estudante a res-
ponder às transformações da sociedade e da cultura em que está inserido, desenvolver sua capacidade cognitiva
de interpretar textos, solucionar problemas e relacionar diferentes áreas do conhecimento.
A adoção do Novo ENEM por todas as instituições federais de ensino superior do país em 2013 e o número
recorde de inscritos no Enem 2014, que superou os 9,5 milhões de canditados, revela que, além de ser a forma de
conquistar a tão sonhada vaga no curso superior, o exame está cada vez mais concorrido.
Com o intuito de oferecer condições ainda mais efetivas para o aprendizado e desenvolvimento das compe-
tências e habilidades estabelecidas pelo exame, a coleção PREPARAENEM RESOLVE, apresenta as provas das seis
últimas edições do Novo Enem com questões resolvidas, comentadas e classificadas por competências e habili-
dades, sendo o ponto de partida para quem realmente almeja desvendar os mistérios do exame e se preparar de
maneira completa e eficaz para as provas.
Bons Estudos
Grupo PREPARAENEM
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SUMÁRIO

CONHECENDO O ENEM ................................................................................ 08

MATRIZ DE REFERÊNCIA (EIXOS COGNITIVOS COMUNS) ................................... 09

MATRIZ DE REFERÊNCIA (CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS) ............... 10

OBJETOS DE CONHECIMENTO ASSOCIADOS ÀS MATRIZES DE REFERÊNCIA ....... 13

CONHECENDO O SISU .................................................................................... 15

QUESTÕES ENEM 2013 .................................................................................... 18

QUESTÕES ENEM 2012 ................................................................................... 29

QUESTÕES ENEM 2011..................................................................................... 41

QUESTÕES ENEM 2010 ................................................................................... 52

QUESTÕES ENEM 2010/2 ............................................................................... 64

QUESTÕES ENEM 2009................................................................................... 76

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2013 ........................................................... 90

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2012 ........................................................... 97

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2011 .......................................................... 104

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2010 .......................................................... 112

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2010/2 ....................................................... 117

RESOLUÇÃO COMENTADA ENEM 2009 ......................................................... 124


Coleção PREPARAENEM Resolve

CONHECENDO O ENEM
SOBRE O ENEM Quando será cada prova e qual sua
duração?
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi cria-
do em 1998 com o objetivo de avaliar o desempe- No sábado, primeiro dia de aplicação do Exame,
nho do estudante ao fim da educação básica, bus- serão realizadas as provas de Ciências Humanas e
cando contribuir para a melhoria da qualidade desse suas Tecnologias e de Ciências da Natureza e suas
nível de escolaridade. Tecnologias, com duração de 4 horas e 30 minutos,
contadas a partir da autorização do aplicador.
A partir de 2009, passou a ser utilizado também
como mecanismo de seleção para o ingresso no en- No domingo, serão realizadas as provas de Lingua-
sino superior. Foram implementadas mudanças no gens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemá-
Exame que contribuem para a democratização das tica e suas Tecnologias, com duração de 5 horas e 30
oportunidades de acesso às vagas oferecidas por minutos, contadas a partir da autorização do aplicador.
Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para
a mobilidade acadêmica e para induzir a reestrutura- É obrigatória a apresentação de
ção dos currículos do ensino médio. documento com foto no dia da prova?
Respeitando a autonomia das universidades, a uti- Sim, o documento deve ter foto e não pode estar
lização dos resultados do Enem para acesso ao en- com a validade vencida.
sino superior pode ocorrer como fase única de se-
leção ou combinado com seus processos seletivos Que documentos de identificação com
próprios. foto podem ser apresentados?
Considera-se como documentos válidos para iden-
CONTEÚDO DAS PROVAS tificação do PARTICIPANTE: cédulas de identidade
(RG) expedidas pelas Secretarias de Segurança Pú-
O conteúdo das provas do Enem é definido a partir blica, pelas Forças Armadas, pela Polícia Militar, pela
de matrizes de referência em quatro áreas do conhe- Polícia Federal; identidade expedida pelo Ministério
cimento: da Justiça para estrangeiros; identificação forneci-
da por ordens ou conselhos de classes que por lei
• Linguagens, códigos e suas tecnologias, que
tenham validade como documento de identidade;
abrange o conteúdo de Língua Portuguesa (Gra-
Carteira de Trabalho e Previdência Social; Certifi-
mática e Interpretação de Texto), Língua Estran-
cado de Dispensa de Incorporação; Certificado de
geira Moderna, Literatura, Artes, Educação Física
Reservista; Passaporte e a Carteira Nacional de Habi-
e Tecnologias da Informação.
litação com fotografia, na forma da Lei nº 9.503, de
• Matemática e suas tecnologias. 23 de setembro de 1997.

• Ciências da Natureza e suas tecnologias, que Não serão aceitos em hipótese alguma Certidão de
abrange os conteúdos de Química, Física e Bio- Nascimento, Certidão de Casamento, Título Elei-
logia. toral, Carteira Nacional de Habilitação em modelo
anterior à Lei nº 9.503/97, Carteira de Estudante,
• Ciências Humanas e suas tecnologias, que crachás e identidade funcional de natureza privada,
abrange os conteúdos de Geografia, História, Fi- nem documentos ilegíveis, não identificáveis e/ou
losofia, Sociologia e conhecimentos gerais. danificados, ou, ainda, cópia de documentos, mes-
mo que autenticadas.
APLICAÇÃO DA PROVA Que tipo de caneta pode ser usada no dia
Como serão as provas do Enem? da prova?

Serão quatro provas objetivas, contendo, cada uma, Apenas caneta esferográfica de tinta preta, fabricada
45 questões de múltipla escolha, e uma redação. em material transparente.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

MATRIZ DE REFERÊNCIA

EIXOS COGNITIVOS
(comuns a todas as áreas de conhecimento)

dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer


I. Dominar linguagens (DL) uso das linguagens matemática, artística e científica
e das línguas espanhola e inglesa

construir e aplicar conceitos das várias áreas do


conhecimento para a compreensão de fenômenos
II. Compreender fenômenos CF) naturais, de processos histórico-geográficos, da pro-
dução tecnológica e das manifestações artísticas.

selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados


III. Enfrentar situações-problema (SP) e informações representados de diferentes formas,
para tomar decisões e enfrentar situações-problema.

relacionar informações, representadas em diferentes


formas, e conhecimentos disponíveis em situações
IV. Construir argumentação (CA) concretas, para construir argumentação consistente.

recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na esco-


la para elaboração de propostas de intervenção soli-
V. Elaborar propostas (EP) dária na realidade, respeitando os valores humanos e
considerando a diversidade sociocultural.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

MATRIZ DE REFERÊNCIA

Competência de área 1
Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

H1 Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H2 Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.

H3 Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.


H4 Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em di-
H5
ferentes sociedades.

Competência de área 2
Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e
culturais de poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfren-
H8
tamento de problemas de ordem econômico-social.
Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala
H9
local, regional ou mundial.
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da
H10
coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de área 3
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as
aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
H11 Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.

H12 Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.


Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos
H13
de disputa pelo poder.
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou
H14
fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da
H15
história.

10
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Competência de área 4
Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvi-
mento do conhecimento e na vida social.
Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida
H16
social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apro-
H19
priação dos espaços rural e urbano.
Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à
H20
vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de área 5
Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da
democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.
H21 Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas polí-
H22
ticas públicas.
H23 Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de área 6
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos
históricos e geográficos.
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana
H26
com a paisagem.
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração
H27
aspectos históricos e/ou geográficos.
Relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos históri-
H28
co-geográficos.
Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com
H29
as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

MATRIZ DE REFERÊNCIA

Competência de área 7
Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
Reconhecer, em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalida-
H21
de de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público-alvo, pela análise dos
H23
procedimentos argumentativos utilizados.
Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais
H24
como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.

Competência de área 8
Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da
organização do mundo e da própria identidade.
Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades lin-
H25
guísticas sociais, regionais e de registro.
H26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

Competência de área 9
Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na
sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-os aos conhecimentos científicos,
às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que
se propõem solucionar.
H28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.

H29 Identificar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.


Relacionar as tecnologias da comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao co-
H30
nhecimento que elas produzem.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

OBJETOS DE CONHECIMENTO ASSOCIADOS ÀS MATRIZES DE REFERÊNCIA

Cultura material e imaterial; patrimônio e diversidade


cultural no Brasil. A conquista da América. Conflitos
entre europeus e indígenas na América colonial. A
escravidão e formas de resistência indígena e africa-
Diversidade cultural, conflitos e vida na na América. História cultural dos povos africanos.
em sociedade A luta dos negros no Brasil e o negro na formação da
sociedade brasileira. História dos povos indígenas
e a formação sociocultural brasileira. Movimentos
culturais no mundo ocidental e seus impactos na
vida política e social.

Cidadania e democracia na Antiguidade; Estado


e direitos do cidadão a partir da Idade Moderna;
democracia direta, indireta e representativa. Re-
voluções sociais e políticas na Europa Moderna.
Formação territorial brasileira; as regiões brasileiras;
políticas de reordenamento territorial. As lutas pela
conquista da independência política das colônias da
América. Grupos sociais em conflito no Brasil impe-
rial e a construção da nação. O desenvolvimento do
pensamento liberal na sociedade capitalista e seus
críticos nos séculos XIX e XX. Políticas de coloni-
zação, migração, imigração e emigração no Brasil
nos séculos XIX e XX. A atuação dos grupos sociais
Formas de organização social, movi- e os grandes processos revolucionários do século
mentos sociais, pensamento político e XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa,
ação do Estado Revolução Cubana. Geopolítica e conflitos entre os
séculos XIX e XX: Imperialismo, a ocupação da Ásia
e da África, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria. Os
sistemas totalitários na Europa do século XX: nazi-fas-
cista, franquismo, salazarismo e stalinismo. Ditaduras
políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil
e ditaduras na América. Conflitos político-culturais
pós-Guerra Fria, reorganização política internacional
e os organismos multilaterais nos séculos XX e XXI.
A luta pela conquista de direitos pelos cidadãos:
direitos civis, humanos, políticos e sociais. Direitos
sociais nas constituições brasileiras. Políticas afirma-
tivas. Vida urbana: redes e hierarquia nas cidades,
pobreza e segregação espacial.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

MATRIZ DE REFERÊNCIA

Diferentes formas de organização da produção: escra-


vismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas
diferentes experiências. Economia agroexportadora
brasileira: complexo açucareiro; a mineração no período
colonial; a economia cafeeira; a borracha na Amazônia.
Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na
Europa e transformações no processo de produção.
Formação do espaço urbano-industrial. Transformações
Características e transformações das na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o toyo-
estruturas produtivas tismo, as novas técnicas de produção e seus impactos.
A industrialização brasileira, a urbanização e as transfor-
mações sociais e trabalhistas. A globalização e as novas
tecnologias de telecomunicação e suas consequências
econômicas, políticas e sociais. Produção e transforma-
ção dos espaços agrários. Modernização da agricultura e
estruturas agrárias tradicionais. O agronegócio, a agricul-
tura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais
no campo. A relação campo-cidade.

Relação homem-natureza, a apropriação dos recursos


naturais pelas sociedades ao longo do tempo. Impacto
ambiental das atividades econômicas no Brasil. Recur-
sos minerais e energéticos: exploração e impactos.
Recursos hídricos; bacias hidrográficas e seus aprovei-
tamentos. As questões ambientais contemporâneas:
mudança climática, ilhas de calor, efeito estufa, chuva
ácida, a destruição da camada de ozônio. A nova
Os domínios naturais e a relação do ser ordem ambiental internacional; políticas territoriais
humano com o ambiente ambientais; uso e conservação dos recursos naturais,
unidades de conservação, corredores ecológicos, zo-
neamento ecológico e econômico. Origem e evolução
do conceito de sustentabilidade. Estrutura interna da
terra. Estruturas do solo e do relevo; agentes internos
e externos modeladores do relevo. Situação geral da
atmosfera e classificação climática. As características
climáticas do território brasileiro. Os grandes domínios
da vegetação no Brasil e no mundo.

Projeções cartográficas; leitura de mapas temáticos,


Representação espacial físicos e políticos; tecnologias modernas aplicadas
à cartografia.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em : 28 jul. 2014.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

CONHECENDO O SISU
O QUE É O SISU? Sisu. O candidato também deve definir se deseja
concorrer às vagas de ampla concorrência, às vagas
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o sistema reservadas de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei
informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educa- de Cotas) ou às vagas destinadas às demais políticas
ção (MEC), no qual instituições públicas de ensino afirmativas das instituições.
superior oferecem vagas para candidatos participan-
tes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Durante o período de inscrição, o candidato pode
alterar suas opções. Será considerada válida a última
inscrição confirmada.
QUEM PODE SE INSCREVER
Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona
NO SISU? automaticamente os candidatos com melhor classifi-
Podem se inscrever no Sisu os candidatos que fi- cação em cada curso, de acordo com suas notas no
zeram o Enem e que tenham obtido nota acima de Enem e eventuais ponderações (pesos atribuídos às
zero na prova de redação. É importante ressaltar notas ou bônus).
que algumas instituições adotam notas mínimas para Serão considerados selecionados somente os candi-
inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no datos classificados dentro do número de vagas ofer-
momento da inscrição, se a nota do candidato não tadas pelo Sisu em cada curso, por modalidade de
for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema concorrência. Caso a nota do candidato possibilite
emitirá uma mensagem com esta informação.
classificação em suas duas opções de vaga, ele será
selecionado exclusivamente em sua primeira opção.
O QUE É PRECISO PARA SE Serão feitas duas chamadas sucessivas. A cada cha-
INSCREVER NO SISU? mada, os candidatos selecionados têm um prazo
para efetuar a matrícula na instituição, confirmando
Para se inscrever no Sisu o candidato deverá infor- desta forma a ocupação da vaga.
mar seu número de inscrição e senha cadastrados
no Enem. Assim, caso o candidato não se lembre de
seu número de inscrição ou de sua senha, deverá re- AÇÕES AFIRMATIVAS
cuperá-los na página do Enem.
E MODALIDADES DE
A inscrição é feita exclusivamente pela internet, por
meio da página do Sisu, e sem a cobrança de taxas. CONCORRÊNCIA
Ao realizar sua inscrição, o candidato deve estar Todas as universidades federais, institutos federais
atento aos documentos exigidos pelas instituições de educação, ciência e tecnologia e centros federais
para a efetivação da matrícula, em caso de aprova- de educação tecnológica participantes do Sisu terão
ção. Esta informação estará disponível no Sisu, no vagas reservadas para estudantes que cursaram o en-
momento de sua inscrição. Ao finalizar a inscrição, sino médio em escolas públicas, de acordo com a Lei
o sistema possibilita ao candidato a impressão do nº 12.711/2012 (Lei de Cotas). Há instituições partici-
comprovante de inscrição. pantes do Sisu que disponibilizam, ainda, uma parte
de suas vagas para políticas afirmativas próprias.

COMO FUNCIONA O SISU? Assim, em determinados cursos, pode haver três


modalidades de concorrência: vagas de ampla con-
O processo seletivo do Sisu possui uma única etapa corrência, vagas reservadas de acordo com a Lei nº
de inscrição.
12.711/2012 (Lei de Cotas) e vagas destinadas às
Ao efetuar sua inscrição, o candidato deve escolher, demais ações afirmativas da instituição. O candida-
por ordem de preferência, até duas opções entre as to deverá optar, no momento da inscrição, por uma
vagas ofertadas pelas instituições participantes do destas modalidades, de acordo com seu perfil.

15
Coleção PREPARAENEM Resolve

CONHECENDO O SISU
Dessa forma, durante as duas chamadas do Sisu, o ma emitirá uma mensagem com essa informação e não
candidato que optar por uma determinada modali- permitirá a conclusão da inscrição nesse curso específi-
dade de concorrência estará concorrendo apenas co. Por exemplo, se determinada instituição participan-
com os candidatos que tenham feito essa mesma te do Sisu definir que para seu curso de letras a nota mí-
opção, e o sistema selecionará, dentre eles, os que nima para a prova de Linguagens é de 600 pontos, um
possuírem as melhores notas no Enem. candidato que não tenha obtido nota igual ou superior
a 600 pontos na prova de Linguagens não conseguirá
O sistema faculta às instituições a adoção de um se inscrever para este curso dessa instituição.
bônus como forma de ação afirmativa. A instituição
atribui uma “pontuação extra” (bônus), a ser acres-
cida à nota obtida no Enem pelo candidato. Nestes NOTAS DE CORTE E
casos, o candidato beneficiado com a bonificação CLASSIFICAÇÃO PARCIAL
concorre com todos os demais inscritos em ampla
concorrência. Uma vez por dia o Sisu calcula a nota de corte (me-
nor nota para ficar entre os potencialmente selecio-
Atenção: é de inteira responsabilidade do candidato nados) para cada curso com base no número de
se certificar de que atende aos requisitos exigidos vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos
para concorrer a uma vaga destinada à política afir- naquele curso, por modalidade de concorrência.
mativa e de que possui os documentos que serão Atenção: a nota de corte é apenas uma referência
exigidos pela instituição, no momento da matrícula, para auxiliar o candidato no monitoramento de sua
em caso de aprovação. A documentação necessária inscrição, não sendo garantia de seleção para a vaga
será informada no boletim do candidato, na página ofertada. O sistema não faz o cálculo em tempo real
do Sisu, juntamente com os demais documentos exi- e a nota de corte se modifica de acordo com a nota
gidos para matrícula. dos inscritos. A nota de corte só será informada pelo
sistema a partir do segundo dia de inscrição.

NOTAS DO ENEM Classificação Parcial - Durante o período de inscrição


no Sisu, o candidato poderá consultar, em seu bole-
No momento em que o candidato insere no sistema tim do candidato, a sua classificação parcial na op-
o seu número de inscrição e a senha do Enem, o ção de curso escolhido. A classificação é calculada
Sisu recupera, automaticamente, as notas obtidas a partir das notas dos candidatos inscritos na mesma
no exame. opção, portanto, é apenas uma referência e pode
ser observada pelo estudante durante o período em
que o sistema estiver aberto para as inscrições.
PESOS DIFERENTES E NOTA
MÍNIMA COMO SABER O RESULTADO
Algumas instituições participantes do Sisu adotam DO SISU
pesos diferenciados para as provas do Enem. Quan-
O resultado poderá ser consultado no boletim do
do o candidato se inscrever para um curso em que
a instituição adotou peso diferenciado para determi- candidato, na página do Sisu, nas instituições parti-
nada prova do Enem, o sistema fará automaticamen- cipantes e na Central de Atendimento do MEC, por
te o cálculo, de acordo com as especificações da meio do telefone 0800-616161.
instituição, gerando uma nova nota, que será apre-
sentada ao candidato. CANDIDATO SELECIONADO
As instituições participantes do Sisu também podem
adotar notas mínimas para cada uma das provas do
EM 1ª OPÇÃO
Enem. É importante ressaltar que caso o candidato não O candidato selecionado em sua primeira opção
tenha a nota mínima para a prova do Enem – de acordo não participará da chamada subsequente, indepen-
com o curso em que estiver se inscrevendo – o siste- dentemente de efetuar ou não sua matrícula na ins-

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

tituição de ensino para a qual foi selecionado. Por o local, horário e procedimentos para matrícula. O
isso, o candidato deve ficar atento aos prazos: se for prazo para a realização da matrícula está definido no
selecionado em primeira opção, só terá esta oportu- cronograma disponível nesta página eletrônica.
nidade de fazer sua matrícula, pois não será convo-
cado na chamada seguinte.
LISTA DE ESPERA
CANDIDATO SELECIONADO Podem participar da lista de espera os candidatos
não selecionados nas chamadas regulares em ne-
EM 2ª OPÇÃO nhuma de suas opções e os candidatos seleciona-
dos em sua segunda opção, independentemente de
O candidato selecionado em sua segunda opção,
tendo ou não efetuado a respectiva matrícula na terem efetuado a matrícula. A participação somente
instituição, continuará concorrendo, na chamada se- poderá acontecer na primeira opção de curso do
guinte, à vaga que escolheu como primeira opção. candidato.

Assim, se na chamada seguinte o candidato já ma- O candidato deverá acessar o sistema durante o pe-
triculado na sua segunda opção for selecionado em ríodo especificado no cronograma e, em seu bole-
sua primeira opção (por desistência de candidatos tim do candidato, clicar no botão correspondente
selecionados, por exemplo), a realização da matrí- à confirmação de interesse em participar da Lista de
cula na vaga da primeira opção implicará no cance-
Espera do Sisu.
lamento automático da matrícula efetuada anterior-
mente na segunda opção. Atenção: Certifique-se de que sua participação foi
realizada. Ao finalizar a manifestação de interesse o
QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS DE sistema emitirá uma mensagem de confirmação.

DESEMPATE
SISU E PROUNI
No caso de notas iguais, o desempate entre os can-
didatos será efetuado considerando-se a seguinte O candidato que se inscreveu no Sisu também pode
ordem de critérios: se inscrever no Programa Universidade para Todos
(Prouni), desde que atenda aos critérios do progra-
1. Maior nota obtida na Redação; ma. O Sisu e o Prouni utilizam o Enem como critério
para seleção dos candidatos. Caso o candidato seja
2. Maior nota obtida na prova de Linguagens, Có-
selecionado nos dois programas deverá optar pela
digos e Suas Tecnologias; bolsa do Prouni ou pela vaga do Sisu, pois é vedado
3. Maior nota obtida na prova de Matemática e ao estudante utilizar uma bolsa do programa e estar,
suas Tecnologias; simultaneamente, matriculado em instituição de en-
sino superior pública e gratuita.
4. Maior nota obtida na prova de Ciências da Natu-
reza e suas Tecnologias; Lembramos que a pré-seleção em qualquer das cha-
madas do Prouni assegura ao candidato apenas a
5. Maior nota obtida na prova de Ciências Huma- expectativa de direito à bolsa respectiva, condicio-
nas e suas Tecnologias. nando-se seu efetivo usufruto à regular participação
e aprovação nas fases posteriores do processo se-
letivo, bem como à formação de turma no período
COMO DEVO PROCEDER letivo inicial do curso. Assim, o estudante pré-sele-
CASO SEJA SELECIONADO cionado no Prouni somente deverá solicitar o cance-
lamento da matrícula em instituição de ensino supe-
PELO SISU rior pública e gratuita após a assinatura do Termo de
Concessão de Bolsa do Prouni.
O candidato selecionado pelo Sisu deverá verificar,
Disponível em: http://sisu.mec.gov.br/sisu. Acesso em : 28 jul. 2014. (Adaptado)
junto à instituição de ensino em que foi aprovado,

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Coleção PREPARAENEM Resolve
01| ENEM 2013 - C6 - H26 02| ENEM 2013 - C4 - H19
MAPA 1 Trata-se de um gigantesco movimento de constru o
Dist ribuição esp ac ial at ual da p op ulação brasileira de cidades, necessário para o assentamento residencial
dessa popula o, em como de suas necessidades de tra-
alho, a astecimento, transportes, sa de, energia, água
etc. Ainda que o rumo tomado pelo crescimento ur ano
n o tenha respondido satis atoriamente a todas essas ne-
cessidades, o territ rio oi ocupado e oram constru das
as condi es para viver nesse espa o.
MA CATO, E. Brasil, cidades alternativas para a crise ur ana. Petr polis,
Vo es, 2001.

A din mica de trans orma o das cidades tende a apre-


sentar como consequ ncia a e pans o das áreas peri é-
ric as p elo(a)

A crescimento da popula o ur ana e aumento da es-


11 252 503 São Paulo - SP
pecula o imo iliária.
6 320 446 Rio de J aneiro - RJ
2 675 656 Salvador - BA
2 570 160 Brasí lia - DF
B direcionamento maior do u o de pessoas, devido
2 452 185 Fort alez a - CE e ist ncia de um grande n mero de servi os.
C delimita o de áreas para uma ocupa o organi ada
do espa o sico, melhorando a qualidade de vida.
MAPA 2
Con itos em terras ind genas D implanta o de pol ticas p licas que promovem a
moradia e o direito cidade aos seus moradores.
E reur ani a o de moradias nas áreas centrais, man-
tendo o tra alhador pr imo ao seu emprego, dimi-
nuindo os deslocamentos para a peri eria.

03| ENEM 2013 - C6 - H27

o dia 1 de ulho de 2012, a cidade do io de Janeiro tor-


nou-se a primeira do mundo a rece er tulo da nesco
de Patrim nio Mundial como Paisagem Cultural. A candi-
datura, apresentada pelo nstituto do Patrim nio ist ri-
co e Ar stico acional phan , oi aprovada durante a
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS EM Sess o do Comit do Patrim nio Mundial. O presidente
CONFRONTOS COM ÍNDIOS do phan e plicou que a paisagem carioca é a imagem
NOS ÚLTIMOS ANOS
TERRA IN DÍ GEN A mais e pl cita do que podemos chamar de civili a o
GARIM PEIROS E rasileira, com sua originalidade, desafios, contradi es
M ADEIREIROS
FAZ EN DEIROS, POSSEIROS
e possi ilidades . A partir de agora, os locais da cidade
E PRESSÃ O DE POLÍ TICOS valori ados com o tulo da nesco ser o alvo de a es in-
LOCA S Con ito de terras
tegradas visando a preserva o da sua paisagem cultural.
Os mapas representam distintos padr es de distri ui- ispon vel em .cultura.gov. r. Acesso em mar. 201 adaptado .
o de processos socioespaciais. esse sentido, a menor
O reconhecimento da paisagem em quest o como patri-
inc idência de disputas territoriais envolvendo povos ind -
m nio mundial deriva da
genas se e plica pela
A presen a do corpo ar stico local.
A ertili a o natural dos solos.
B e pans o da ronteira agr cola. B imagem internacional da metr pole.

C intensifica o da migra o de retorno. C heran a de prédios da e -capital do pa s.

D homologa o de reservas e trativistas. D diversidade de c ult uras p resent es na c idade.

E concentra o hist rica da ur ani a o. E rela o sociedade-nature a de caráter singular.

18
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
04| ENEM 2013 - C4 - H16 06| ENEM 2013 - C3 - H11
TEX TO I e ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito ch e muito
á á de algum tempo eu me aperce i de que, desde ormosa. Pelo sert o nos pareceu, vista do mar, muito gran-
meus primeiros anos, rece era muitas alsas opini es de, porque, a estender olhos, n o pod amos ver sen o terra
como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu undei com arvoredos, que nos parecia muito longa. ela, até ago-
em princ pios t o mal assegurados n o podia ser sen o ra, n o pudemos sa er que ha a ouro, nem prata, nem coisa
mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, alguma de metal ou erro nem lho vimos. Porém a terra em
uma ve em minha vida, des a er-me de todas as opini es si é de muito ons ares ... . Porém o melhor ruto que dela
a que até ent o dera crédito, e come ar tudo novamente se pode tirar me parece que será salvar esta gente.
a fim de esta elecer um sa er firme e ina alável. Carta de Pero Va de Caminha. n MA Q ES, A. BE TT , . A A, . História
moderna através de textos. S o Paulo Conte to, 2001.
ESCA TES, . Meditações concernentes à Primeira Filosofia. S o Paulo A ril
Cultural, 19 adaptado . A carta de Pero Va de Caminha permite entender o pro-
eto coloni ador para a nova terra. esse trecho, o relato
TEX TO II
en ati a o seguinte o etivo
de caráter radical do que se procura que e ige a radica-
A Valori ar a catequese a ser reali ada so re os povos
li a o do pr prio processo de usca. Se todo o espa o
nativos.
or ocupado pela d vida, qualquer certe a que aparecer
a partir da terá sido de alguma orma gerada pela pr pria B Desc rever a c ult ura loc al p ara enalt ec er a p rosp erida-
d vida, e n o será seguramente nenhuma daquelas que de portuguesa.
oram anteriormente varridas por essa mesma d vida.
C Transmitir o conhecimento dos ind genas so re o po-
S LVA, . L. Descartes a meta sica da modernidade. S o Paulo Moderna, 2001 tencial econ mico e istente.
(adap t ado).
D eal ar a po re a dos ha itantes nativos para demar-
A e posi o e a análise do pro eto cartesiano indicam c ar a sup erioridade europ eia.
que, para via ili ar a reconstru o radical do conheci-
mento, deve-se E Criticar o modo de vida dos povos aut ctones para
evidenc iar a ausênc ia de t rabalh o.
A retomar o método da tradi o para edificar a ci ncia
com legitimidade. 07| ENEM 2013 - C3 - H15
B questionar de orma ampla e pro unda as antigas
ideias e concep es. Oc a n t o t r is t e d o s c o n q u is t a d o s :
os ltimos dias de Tenochtitlán
C investigar os conte dos da consci ncia dos homens
menos esclarecidos. os caminhos a em dardos que rados
D uscar uma via para eliminar da mem ria sa eres an- os c abelos est ão esp alh ados.
tigos e ultrapassados.
estelhadas est o as casas,
E encontrar ideias e pensamentos evidentes que dis- Vermelhas est o as águas, os rios, como se alguém
pensam ser questionados.
as tivesse tingido,
05| ENEM 2013 - C2 - H7 os escudos esteve nosso resguardo,
mas os escudos n o det m a desola o
m gigante da ind stria da internet, em gesto sim lico,
P S , J. et al. História da América através de textos. S o Paulo Conte to, 200 ragmento .
mudou o tratamento que con eria sua página palestina.
O site de uscas alterou sua página quando acessada da O te to é um registro asteca, cu o sentido está relaciona-
Cis ord nia. Em ve de territ rios palestinos , a empresa do ao
escreve agora Palestina logo a ai o do logotipo.
A tragédia causada pela destrui o da cultura desse
BE C TO, . Google muda tratamento de territ rios palestinos . olha de S. p ovo.
Paulo, 4 maio 201 adaptado .
B tentativa rustrada de resist ncia a um poder conside-
O gesto sim lico sinali ado pela mudan a no status dos
rado sup erior.
territ rios palestinos significa o
A surgimento de um pa s inacional. C e term nio das popula es ind genas pelo E ército es-
p anh ol.
B ortalecimento de movimentos antissemitas.
D dissolu o da mem ria so re os eitos de seus ante-
C esva iamento de assentamentos udaicos. p assados.
D reconhecimento de uma autoridade ur dica.
E pro eti a o das consequ ncias da coloni a o da
E esta elecimento de ronteiras nacionais. América.

19
Coleção PREPARAENEM Resolve
08| ENEM 2013 - C3 - H14 10| ENEM 2013 - C4 - H17
Ta x a d e f e c u n d i d a d e t o t a l – B r a s i l – 1 9 4 0 - 2 0 1 0 e todas as trans orma es impostas pelo meio técnico-cien-
fico-in ormacional log stica de transportes, interessa-nos
mais de perto a intermodalidade. E por uma ra o muito sim-
ples o potencial que tal erramenta log stica ostenta per-
mite que ha a, de ato, um sistema de transportes condi ente
com a escala geográfica do Brasil.
E TAS, . M. O papel dos transportes na expansão recente da fronteira
agrícola brasileira. evista Transporte Territorio, niversidade de Buenos Aires,
n. , 2010 adaptado .

A necessidade de modais de transporte interligados, no


territ rio rasileiro, ustifica-se pela s
BGE. Censo demográfico 2010 resultados gerais da amostra. ispon vel em A varia es climáticas no territ rio, associadas interio-
p // p.i ge.gov. r. Acesso em 12 mar. 201 .
ri a o da produ o.
O processo registrado no gráfico gerou a seguinte conse-
qu ncia demográfica B grandes dist ncias e a usca da redu o dos custos de
t ransp ort e.
A ecréscimo da popula o a soluta.
C orma o geol gica do pa s, que impede o uso de um
B edu o do crescimento vegetativo. nico modal.
C iminui o da propor o de adultos.
D pro imidade entre a área de produ o agr cola inten-
D E pans o de pol ticas de controle da natalidade. siva e os p ort os.
E Aumento da renova o da popula o economicamen- E diminui o dos u os materiais em detrimento de u-
te ativa. os imateriais.

09| ENEM 2013 - C3 - H15 11| ENEM 2013 - C5 - H23

asce daqui uma quest o se vale mais ser amado que te-
mido ou temido que amado. esponde-se que am as as
coisas seriam de dese ar mas porque é di cil untá-las, é
muito mais seguro ser temido que amado, quando ha a
de altar uma das duas. Porque dos homens se pode di er,
duma maneira geral, que s o ingratos, vol veis, simulado-
res, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes a es em
s o inteiramente teus, o erecem-te o sangue, os ens, a
vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está
longe mas quando ele chega, revoltam-se.
MAQ AVEL, . O príncipe. io de Janeiro Bertrand, 1991.

A partir da análise hist rica do comportamento humano


em suas rela es sociais e pol ticas, Maquiavel define o
homem como um ser
Ha era ainda uem resista a poderosa in uencia do
partido mulherista. A munido de virtude, com disposi o nata a praticar o
PE E E AS, . evista da Semana, ano , n. 40, 1 set. 19 4. n LEMOS, . em a si e aos outros.
Org. . ma hist ria do Brasil através das caricaturas 1 40 2001 . io de Janeiro.
Bom Te to, Letras e E press es, 2001. oto eprodu o B possuidor de ortuna, valendo-se de rique as para al-
a imagem, da década de 19 0, há uma cr tica conquis- can ar ito na pol tica.
ta de um direito pelas mulheres, relacionado com a C guiado por interesses, de modo que suas a es s o
A redivis o do tra alho doméstico. imprevis veis e inconstantes.
B li erdade de orienta o se ual. D naturalmente racional, vivendo em um estado pré-so-
C garantia da equipara o salarial. c ial e p ort ando seus direit os nat urais.
D ap rovação do direit o ao divó rc io. E sociável por nature a, mantendo rela es pac ficas
E o ten o da participa o eleitoral. com seus pares.

20
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
12| ENEM 2013 - C3 - H11 14| ENEM 2013 - C2 - H9
Di s n e y l â n d i a
As Brigadas nternacionais oram unidades de com aten-
tes ormadas por voluntários de nacionalidades dispos- Multinacionais aponesas instalam empresas em ong- ong
tos a lutar em de esa da ep lica espanhola. Estima-se E produ em com matéria-prima rasileira
que cerca de 0 mil cidad os de várias partes do mundo Para competir no mercado americano
incluindo 40 rasileiros tenham se incorporado a es-
...
sas unidades. Apesar de coordenadas pelos comunistas,
as Brigadas contaram com mem ros socialistas, li erais e Pilhas americanas alimentam eletrodomésticos ingleses
de outras correntes pol tico-ideol gicas. na ova Guiné
SO A, . . A Guerra Civil Europeia. ist ria Viva, n. 0, 2009 ragmento . Gasolina ára e alimenta autom veis americanos na ri-
A Guerra Civil Espanhola e pressou as disputas em curso c a do Sul
na Europa na década de 19 0. A perspectiva pol tica co- ...
mum que promoveu a mo ili a o descrita oi o a Crian as iraquianas ugidas da guerra
A cr tica ao stalinismo. o o t m visto no consulado americano do Egito
Para entrarem na isne l ndia
B com ate ao ascismo.
A T ES, A. ispon vel em .radio.uol.com. r. Acesso em ev. 201 ragmento .
C re ei o ao ederalismo.
a can o, ressalta-se a coe ist ncia, no conte to inter-
D apoio ao corporativismo.
nacional atual, das seguintes situa es
E ades o ao anarquismo.
A Acirramento do controle al andegário e es mulo ao
13| ENEM 2013 - C1 - H3 capital especulativo.
B Amplia o das trocas econ micas e seletividade dos
o final do século , as Grandes Sociedades carnavales- u os populacionais.
cas alcan aram ampla popularidade entre os oli es cario-
cas. Tais sociedades cultivavam um pretensioso o etivo C ntensifica o do controle in ormacional e ado o de
em rela o comemora o carnavalesca em si mesma arreiras fitossanitárias.
com seus desfiles de carros en eitados pelas principais
D Aumento da circula o mercantil e desregulamenta-
ruas da cidade, pretendiam a olir o entrudo rincadeira
que consistia em ogar água nos oli es e outras práticas o do sistema financeiro.
di undidas entre a popula o desde os tempos coloniais, E E pans o do protecionismo comercial e descaracteri-
su stituindo-os por ormas de divers o que considera- a o de identidades nacionais.
vam mais civili adas, inspiradas nos carnavais de Vene a.
Contudo, ninguém parecia disposto a a rir m o de suas
15| ENEM 2013 - C6 - H27
divers es para assistir ao carnaval das sociedades. O en-
trudo, na vis o dos seus animados praticantes, poderia Ent o, a travessia das veredas sertane as é mais e austiva
coe istir per eitamente com os desfiles. que a de uma estepe nua. esta, ao menos, o via ante tem
o desa ogo de um hori onte largo e a perspectiva das pla-
PE E A, C. S. Os senhores da alegria a presen a das mulheres nas Grandes Sociedades
carnavalescas cariocas em fins do século . n C A, M. C. P. Carnavais e outras res- nuras rancas. Ao passo que a outra o a oga a revia-lhe o
tas ensaios de hist ria social da cultura. Campinas nicamp Cecult, 2002 adaptado . olhar agride-o e estonteia-o enla a-o na trama espines-
cente e n o o atrai repulsa-o com as olhas urticantes, com
Mani esta es culturais como o carnaval tam ém t m
o espinho, com os gravetos estalados em lan as, e desdo-
sua pr pria hist ria, sendo constantemente reinventadas ra-se-lhe na rente léguas e léguas, imutável no aspecto
ao longo do tempo. A atua o das Grandes Sociedades, desolado árvore sem olhas, de galhos estorcidos e secos,
descrita no te to, mostra que o carnaval representava um revoltos, entrecru ados, apontando ri amente no espa o
momento em que as ou estirando-se e uosos pelo solo, lem rando um race-
ar imenso, de tortura, da ora agoni ante
A distin es sociais eram dei adas de lado em nome da
c elebração. C A, E. Os sert es. ispon vel em http //pt.scri d.com. Acesso em 2 un. 2012.

B aspira es cosmopolitas da elite impediam a reali a- Os elementos da paisagem descritos no te to correspon-


ção da f est a f ora dos c lubes. dem a aspectos iogeográficos presentes na
C li erdades individuais eram e tintas pelas regras das A composi o de vegeta o er fila.
autoridades p licas. B orma o de orestas lati oliadas.
D tradi es populares se trans ormavam em matéria de C transi o para mata de grande porte.
disp ut as soc iais.
D adapta o elevada salinidade.
E persegui es policiais tinham caráter en o o por
repudiarem tradi es estrangeiras. E homogenei a o da co ertura pereni lia.

21
Coleção PREPARAENEM Resolve
16| ENEM 2013 - C2 - H11 18| ENEM 2013 - C4 - H16

a produ o social que os homens reali am, eles entram

EMPURRADA
em determinadas rela es indispensáveis e independen-

PRODUÇÃO
tes de sua vontade tais rela es de produ o correspon-
dem a um estágio definido de desenvolvimento das suas
or as materiais de produ o. A totalidade dessas rela- Origem Fluxo de Informações Fim
es constitui a estrutura econ mica da sociedade un-
damento real, so re o qual se erguem as superestruturas

EMPURRADA
PRODUÇÃO
Requisição Requisição
pol tica e ur dica, e ao qual correspondem determinadas Entrega Entrega
ormas de consci ncia social.
Cliente Produção Fornecedor
MA , . Pre ácio Cr tica da economia pol tica. n MA , . E GELS, .
Te tos . S o Paulo Edi es Sociais, 19 adaptado .
ispon vel em http //ensino.univates. r. Acesso em 11 maio 201 adaptado .
Para o autor, a rela o entre economia e pol tica esta e-
lecida no sistema capitalista a com que a imagem, est o representados dois modelos de pro-
du o. A possi ilidade de uma crise de superprodu o é
A o proletariado se a contemplado pelo processo de distinta entre eles em un o do seguinte ator
mais-valia.
A Origem da matéria-prima.
B o tra alho se constitua como o undamento real da
produ o material. B Qualifica o da m o de o ra.
C a consolida o das or as produtivas se a compa vel C Velocidade de processamento.
com o progresso humano.
D ecessidade de arma enamento.
D a autonomia da sociedade civil se a proporcional ao
E Amplitude do mercado consumidor.
desenvolvimento econ mico.
E a urguesia revolucione o processo social de orma- 19| ENEM 2013 - C5 - H23
ção da c onsc iênc ia de c lasse.
Para que n o ha a a uso, é preciso organi ar as coisas de
17| ENEM 2013 - C4 - H16 maneira que o poder se a contido pelo poder. Tudo esta-
ria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos
m tra alhador em tempo e vel controla o local do principais, ou dos no res, ou do povo, e ercesse esses
tra alho, mas n o adquire maior controle so re o pro- tr s poderes o de a er leis, o de e ecutar as resolu es
cesso em si. A essa altura, vários estudos sugerem que p licas e o de ulgar os crimes ou as diverg ncias dos
a supervis o do tra alho é muitas ve es maior para os indiv duos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, E e-
ausent es do esc rit ó rio do q ue p ara os p resent es. O t ra- cutivo e Judiciário, atuando de orma independente para
alho é fisicamente descentrali ado e o poder so re o a e etiva o da li erdade, sendo que esta n o e iste se
tra alhador, mais direto. uma pessoa ou grupo e ercer os re eridos poderes con-
comitantemente.
SE ETT, . A corrosão do caráter consequ ncias pessoais do novo capitalismo.
io de Janeiro ecord, 1999 adaptado . MO TESQ E , B. Do espírito das leis. S o Paulo A ril Cultural, 19 9 adaptado .

Comparada organi a o do tra alho caracter stica do A divisão e a indep endênc ia ent re os p oderes são c ondi-
ta lorismo e do ordismo, a concep o de tempo analisa- es necessárias para que possa haver li erdade em um
da no te to pressup e que Estado. sso pode ocorrer apenas so um modelo pol tico
A as tecnologias de in orma o se am usadas para de- em que ha a
mocrati ar as rela es la orais.
A e erc cio de tutela so re atividades ur dicas e pol ticas.
B as estruturas urocráticas se am trans eridas da em-
B consagra o do poder pol tico pela autoridade religiosa.
presa para o espa o doméstico.
C concentra o do poder nas m os de elites técnico-cien-
C os procedimentos de terceiri a o se am aprimora-
dos pela qualifica o profissional. ficas.

D as organi a es sindicais se am ortalecidas com a va- D esta elecimento de limites aos atores p licos e s ins-
lori a o da especiali a o uncional. titui es do governo.

E os mecanismos de controle se am deslocados dos E reuni o das un es de legislar, ulgar e e ecutar nas
p roc essos p ara os result ados do t rabalh o. m os de um governante eleito.

22
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
20| ENEM 2013 - C2 - H9 22| ENEM 2013 - C1 - H4

PSD - PTB - U DN
A rica tam ém á serviu como ponto de partida para
comédias em vulgares, mas de muito sucesso, como Um
príncipe em Nova York e Ace Ventura: um maluco na Áfri-
ca; em am as, a rica parece um lugar cheio de tri os
PSP - PDC - MTR doidas e rituais de desenho animado. A anima o O rei
Leão, da isne , o mais em-sucedido filme americano
am ientado na rica, n o chegava a contar com elenco
PTN - PST - PSB de seres humanos.
LE BO T , E. ilmes de oll ood so re rica ficam no clich . ispon vel em

PRP - PR - PL - PRT
http //noticias.uol.com. r. Acesso em 1 a r. 2010.

A produ o cinematográfica re erida no te to contri ui

Fi n a d o s
para a constitui o de uma mem ria so re a rica e seus
ha itantes. Essa mem ria en ati a e neglig ncia, respec-
tivamente, os seguintes aspectos do continente a ricano
O T A. Correio da Manhã, ano , n. 22 2 4, 2 nov. 19 .
A A hist ria e a nature a.
A imagem oi pu licada no ornal Correio da Manhã, no
dia de inados de 19 . Sua rela o com os direitos pol - B O e otismo e as culturas.
ticos e istentes no per odo revela a C A sociedade e a economia.
A e tin o dos partidos nanicos. D O comércio e o am iente.
B retomada dos partidos estaduais. E A diversidade e a pol tica.
C ado o do ipartidarismo regulado.
23| ENEM 2013 - C4 - H20
D supera o do fisiologismo tradicional.
E valori a o da representa o parlamentar. Vida social sem internet

21| ENEM 2013 - C3 - H12

O edi cio é circular. Os apartamentos dos prisioneiros


ocupam a circun er ncia. Voc pode chamá-los, se quiser,
de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro voc
pode chamá-lo, se quiser, de alo amento do inspetor. A
moral re ormada a sa de preservada a ind stria revigo-
rada a instru o di undida os encargos p licos alivia-
dos a economia assentada, como deve ser, so re uma ro-
cha o n g rdio da Lei so re os Po res n o cortado, mas
des eito tudo por uma simples ideia de arquitetura
BE T AM, J. O panóptico. Belo ori onte Aut ntica, 200 .

Essa é a proposta de um sistema conhecido como pan p-


tico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas
sociedades contempor neas, e ercido pre erencialmente ispon vel em http //tv-video-edc. logspot.com. Acesso em 0 maio 2010.
por mecanismos
A charge revela uma cr tica aos meios de comunica o,
A religiosos, que se constituem como um olho divino em especial internet, porque
c ont rolador q ue t udo vê.
A questiona a integra o das pessoas nas redes virtuais
B ideol gicos, que esta elecem limites pela aliena o, de relacionamento.
impedindo a vis o da domina o so rida. B considera as rela es sociais como menos importan-
C repressivos, que perpetuam as rela es de domina- t es q ue as virt uais.
o entre os homens por meio da tortura sica. C enaltece a pretens o do homem de estar em todos os
lugares ao mesmo tempo.
D sutis, que adestram os corpos no espa o-tempo por
meio do olhar como instrumento de controle. D descreve com precis o as sociedades humanas no
mundo glo ali ado.
E consensuais, que pactuam acordos com ase na com-
preens o dos ene cios gerais de se ter as pr prias E conce e a rede de computadores como o espa o mais
a es controladas. efica para a constru o de rela es sociais.

23
Coleção PREPARAENEM Resolve
24| ENEM 2013 - C4 - H19 26| ENEM 2013 - C3 - H14
Te x t o I
A nossa luta é pela democrati a o da propriedade da
terra, cada ve mais concentrada em nosso pa s. Cerca
de 1 de todos os proprietários controla 4 das terras.
a emos press o por meio da ocupa o de lati ndios im-
produtivos e grandes propriedades, que n o cumprem a
un o social, como determina a Constitui o de 19 .
Tam ém ocupamos as a endas que t m origem na grila-
gem de terras p licas.
ispon vel em .mst.org. r. Acesso em 2 ago. 2011 adaptado . MO EA , . . Proclama o da ndepend ncia. ispon vel em .tv rasil.org. r.
Acesso em 14 un. 2010. oto Enem

Te x t o II
O p eq ueno p roprietário rural é igual a um pequeno pro-
prietário de lo a quanto menor o neg cio mais di cil de
manter, pois tem de ser produtivo e os encargos s o di-
ceis de arcar. Sou a avor de propriedades produtivas
e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma em-
presa produtiva que gere emprego é muito mais arato e
gera muito mais do que apoiar a re orma agrária.
LESSA, C. ispon vel em .o servadorpol tico.org. r. Acesso em 2 ago.
2011 adaptado .

os ragmentos dos te tos, os posicionamentos em rela-


E E , M. . Pedro . SC A C , L.M. As ar as do mperador. . Pedro , um
o re orma agrária se op em. sso acontece porque os monarca nos tr picos. S o Paulo Cia das Letras, 199 .
autores associam a re orma agrária, respectivamente,
As imagens, que retratam . Pedro e . Pedro , pro-
A redu o do incha o ur ano e cr tica ao mini ndio curam transmitir determinadas representa es pol ticas
campon s. acerca dos dois monarcas e seus conte tos de atua o. A
B amplia o da renda nacional e prioridade ao merca- ideia que cada imagem evoca é, respectivamente
do e terno. A a ilidade militar rique a pessoal.
C conten o da mecani a o agr cola e ao com ate ao B Lideran a popular esta ilidade pol tica.
odo rural.
C nsta ilidade econ mica heran a europeia.
D privati a o de empresas estatais e ao es mulo ao
D solamento pol tico centrali a o do poder.
crescimento econ mico.
E acionalismo e acer ado inova o administrativa.
E corre o de distor es hist ricas e ao pre u o ao
agroneg cio. 27| ENEM 2013 - C3 - H11
os estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de
25| ENEM 2013 - C6 - H29 cu o perigo á nos advertia Saint- ilaire, e so o dis arce
Empresa vai ornecer 2 0 tur inas para o segundo com- do que se chamou a pol tica dos governadores . Em c r-
ple o de energia ase de ventos, no sudeste da Bahia. culos conc ntricos esse sistema vem cumular no pr prio
O Comple o E lico Alto Sert o, em 2014, terá capacida- poder central que é o sol do nosso sistema.
de para gerar M mega atts , total suficiente para P A O, P. Retrato do Brasil. io de Janeiro José Ol mpio, 19 2.

a astecer uma cidade de milh es de ha itantes. A cr tica presente no te to remete ao acordo que unda-
MATOS, C. GE usca ons ventos e echa contrato de 20mi na Bahia . mentou o regime repu licano rasileiro durante as tr s
Folha de S. Paulo, 2 de . 2012. primeiras décadas do século e ortaleceu o a
A op o tecnol gica retratada na no cia proporciona a se- A poder militar, enquanto fiador da ordem econ mica.
guinte consequ ncia para o sistema energético rasileiro
B presidencialismo, com o o etivo de limitar o poder
A edu o da utili a o elétrica. dos coronéis.
B Amplia o do uso ioenergético. C dom nio de grupos regionais so re a ordem ederativa.
C E pans o de ontes renováveis. D interven o nos estados, autori ada pelas normas
constitucionais.
D Conten o da demanda ur ano-industrial.
E isonomia do governo ederal no tratamento das dis-
E ntensifica o da depend ncia geotérmica.
p ut as loc ais.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
28| ENEM 2013 - C3 - H14 30| ENEM 2013 - C4 - H20

inguém desconhece a necessidade que todos os a en-


deiros t m de aumentar o n mero de seus tra alhado-
res. E como até há pouco supriam-se os a endeiros dos
ra os necessários As a endas eram alimentadas pela
aquisi o de escravos, sem o menor au lio pecuniário do
governo. Ora, se os a endeiros se supriam de ra os
sua custa, e se é poss vel o t -los ainda, posto que de
outra qualidade, por que motivo n o h o de procurar al-
can á-los pela mesma maneira, isto é, sua custa
Resp ost a de M anuel eli ardo de Sousa e Mello, diretor geral das Terras P licas,
ao Senador Vergueiro. n ALE CAST O, L. . Org. . ist ria da vida privada no
Brasil. S o Paulo Cia. das Letras, 19 adaptado .

O ragmento do discurso dirigido ao parlamentar do m-


pério re ere-se s mudan as ent o em curso no campo Meta de Faminto
rasileiro, que con rontam o Estado e a elite agrária em
J Voc agora tem autom vel rasileiro, para correr
torno do o etivo de em estradas pavimentadas com as alto rasileiro, com
A omentar a es p licas para ocupa o das terras do ga olina rasileira. Que mais quer
int erior. JECA m prato de ei o rasileiro, seu dout
T O. n LEMOS, . Org. . ma hist ria do Brasil através da caricatura 1 40-2001 .
B adotar o regime assalariado para prote o da m o de
io de Janeiro Bom Te to Letras E press es, 2001.
o ra estrangeira.
A charge ironi a a pol tica desenvolvimentista do governo
C definir uma pol tica de su s dio governamental para o
Juscelino u itschek, ao
omento da imigra o.
A evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu
D regulamentar o tráfico interprovincial de cativos para as desigualdades regionais do pa s.
a so reviv ncia das a endas.
B destacar que a moderni a o das ind strias dinami-
E financiar afi a o de am lias camponesas para es - ou a produ o de alimentos para o mercado interno.
mulo da agricultura de su sist ncia. C en ati ar que o crescimento econ mico implicou au-
mento das contradi es socioespaciais.
29| ENEM 2013 - C1 - H1
D ressaltar que o investimento no setor de ens durá-
Quando ninguém duvida da e ist ncia de um outro mun- veis incrementou os salários de tra alhadores.
do, a morte é uma passagem que deve ser cele rada en- E mostrar que a ocupa o de regi es interioranas a riu
tre parentes e vi inhos. O homem da dade Média tem a f rent e de t rabalh o p ara a p op ulação loc al.
convic o de n o desaparecer completamente, esperan-
31| ENEM 2013 - C5 - H22
do a ressurrei o. Pois nada se detém e tudo continua
na eternidade. A perda contempor nea do sentimento Tenho 44 anos e presenciei uma trans orma o impres-
sionante na condi o de homens e mulheres gays nos
religioso e da morte uma prova o aterrori ante, um
Estados nidos. Quando nasci, rela es homosse uais
trampolim para as trevas e o desc onh ec ido. eram ilegais em todos os Estados nidos, menos llinois.
B , G. Ano 1000 ano 2000 na pista dos nossos medos. S o Paulo nesp, 199 Gays e lés icas n o podiam tra alhar no governo ederal.
(adap t ado). o havia nenhum pol tico a ertamente gay. Alguns ho-
mosse uais n o assumidos ocupavam posi es de poder,
Ao comparar as maneiras com que as sociedades t m li- mas a tend ncia era eles tornarem as coisas ainda piores
dado com a morte, o autor considera que houve um pro- para seus semelhantes.
c esso de OSS, A. a máquina do tempo . Época, ed. , 2 an. 201 .

A mercantili a o das cren as religiosas. A dimens o pol tica da trans orma o sugerida no te to
B trans orma o das representa es sociais. teve como condi o necessária a

C dissemina o do ate smo nos pa ses de maioria crist . A amplia o da no o de cidadania.


B re ormula o de concep es religiosas.
D diminui o da dist ncia entre sa er cien fico e eclesi-
ástico. C manuten o de ideologias conservadoras.
E amadurecimento da consci ncia ligada civili a o D implanta o de cotas nas listas partidárias.
moderna. E altera o da composi o étnica da popula o.

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Coleção PREPARAENEM Resolve
32| ENEM 2013 - C1 - H5 34| ENEM 2013 - C3 - H14

TEX TO I Em ora ha a dados comuns que d o unidade ao en me-


no da ur ani a o na rica, na sia e na América Lati-
Ela acorda tarde depois de ter ido ao teatro e dan a ela na, os impactos s o distintos em cada continente e mes-
l romances, além de desperdi ar o tempo a olhar para a mo dentro de cada pa s, ainda que as moderni a es se
rua da sua anela ou da sua varanda passa horas no tou- deem com o mesmo con unto de inova es.
cador a arrumar o seu complicado penteado um n mero
EL AS, . Fim do século e urbanização no Brasil. evista Ci ncia Geográfica, ano
igual de horas praticando piano e mais outras na sua aula
V, n. 11, set./de . 19 .
de f ranc ês ou de dança.
Comentário do Padre Lopes da Gama acerca dos costumes emininos 1 9
O te to aponta para a comple idade da ur ani a o nos
apud S LVA, T. V. .Mulheres, cultura e literatura rasileira. potesi evista dos di erentes conte tos socioespaciais. Comparando a orga-
Estudos Literários, Jui de ora, v. 2. n. 2, 199 . ni a o socioecon mica das regi es citadas, a unidade
desse en meno é percep vel no aspecto
TEX TO II
A espacial, em un o do sistema integrado que envolve
As anelas e portas gradeadas com treli as n o eram ca- as cidades locais e glo ais.
deias con essas, positivas mas eram, pelo aspecto e pelo
seu destino, grande gaiolas, onde os pais e maridos ela- B cultural, em un o da semelhan a hist rica e da con-
vam, sonegadas sociedade, as filhas e as esposas. di o de moderni a o econ mica e pol tica.

MACE O, J.M. Mem ria da ua do Ouvidor 1 . ispon vel em .domi- C demográfico, em un o da locali a o das maiores
niopu lico.gov. r. Acesso em 20 maio 201 adaptado . aglomera es ur anas e continuidade do u o cam-
A representa o social do eminino comum aos dois te - p o-c idade.
tos é o a D territorial, em un o da estrutura de organi a o e
A su miss o de g nero, apoiada pela concep o pa- plane amento das cidades que atravessam as rontei-
triarcal de am lia. ras nac ionais.

B acesso aos produtos de ele a, decorr ncia da a er- E econ mico, em un o da revolu o agr cola que
t ura dos p ort os. trans ormou o campo e a cidade e contri ui para a fi-
a o do homem ao lugar.
C amplia o do espa o de entretenimento, voltado s
distintas classes sociais.
35| ENEM 2013 - C5 - H4
D prote o da honra, medida pela disputa masculina
em rela o s damas da corte. Até ho e admitia-se que nosso conhecimento se devia
regular pelos o etos porém todas as tentativas para
E valori a o do casamento crist o, respaldado pelos
desco rir, mediante conceitos, algo que ampliasse nos-
interesses vinculados heran a.
so conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto.
Tentemos, pois, uma ve , e perimentar se n o se resol-
33| ENEM 2013 - C5 - H24
ver o melhor as tare as da meta sica, admitindo que os
urante a reale a, e nos primeiros anos repu licanos, as o etos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.
leis eram transmitidas oralmente de uma gera o para A T, . Crítica da razão pura. Lis oa Calouste-Gul enkian, 1994 adaptado .
outra. A aus ncia de uma legisla o escrita permitia aos
patr cios manipular a usti a con orme seus interesses. O trecho em quest o é uma re er ncia ao que ficou co-
Em 4 1 a.C., porém, os ple eus conseguiram eleger uma nhecido como revolu o copernicana na filosofia. ele,
comiss o de de pessoas os decênviros para escrever con rontam-se duas posi es filos ficas que
as leis. ois deles via aram a Atenas, na Grécia, para estu-
A assumem pontos de vista opostos acerca da nature a
dar a legisla o de S lon.
do conhecimento.
CO LA GES, . A cidade antiga. S o Paulo Martins ontes, 2000.
B de endem que o conhecimento é imposs vel, restan-
A supera o da tradi o ur dica oral no mundo antigo, do-nos somente o ceticismo.
descrita no te to, esteve relacionada
C revelam a rela o de interdepend ncia entre os da-
A ado o do su rágio universal masculino. dos da e peri ncia e a re e o filos fica.
B e tens o da cidadania aos homens livres. D apostam, no que di respeito s tare as da filosofia, na
C afirma o de institui es democráticas. prima ia das ideias em rela o aos o etos.
D implanta o de direitos sociais. E re utam-se mutuamente quanto nature a do nosso
conhecimento e s o am as recusadas por ant.
E triparti o dos poderes pol ticos.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
36| ENEM 2013 - C4 - H20 38| ENEM 2013 - C1 - H3
Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e monta-
Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada
dos em so er os cavalos depois destes, marchava o Em ai-
do empreendimento tecnol gico. Essa meta oi proposta
ador do ei do Congo magnificamente ornado de seda a ul
pela primeira ve no in cio da Modernidade, como e -
para anunciar ao Senado que a vinda do ei estava destinada
pectativa de que o homem poderia dominar a nature a.
para o dia de esseis. Em resposta o teve repetidas vivas do
o entanto, essa e pectativa, convertida em programa
povo que concorreu alegre e admirado de tanta grande a.
anunciado por pensadores como escartes e Bacon e
Coroa o do ei do Congo em Santo Amaro , Bahia apud EL P O E, M. estas
impulsionado pelo luminismo, n o surgiu de um pra er e utopias no Brasil colonial. n CATELL J ., . m olhar so re as estas populares
de poder , de um mero imperialismo humano , mas da rasileiras. S o Paulo Brasiliense, 1994 adaptado .
asp iração de libertar o homem e de enriquecer sua vida,
sica e culturalmente. Originária dos tempos coloniais, a esta da Coroa o do
ei do Congo evidencia um processo de
C PA , A. A tecnologia como problema filosófico tr s en oques, Scientiae
Studia. S o Paulo, v. 2, n. 4, 2004 adaptado . A e clus o social.
Autores da filosofia moderna, notadamente escartes e B imposi o religiosa.
Bacon, e o pro eto iluminista conce em a ci ncia como C acomoda o pol tica.
uma orma de sa er que alme a li ertar o homem das
D supress o sim lica.
intempéries da nature a. esse conte to, a investiga o
cien fica consiste em E ressignifica o cultural.
A e por a ess ncia da verdade e resolver definitivamen- 39| ENEM 2013 - C5 - H23
te as disputas te ricas ainda e istentes. A elicidade é portanto, a melhor, a mais no re e a mais
B o erecer a ltima palavra acerca das coisas que e is- apra vel coisa do mundo, e esses atri utos n o devem es-
tem e ocupar o lugar que outrora oi da filosofia. tar separados como na inscri o e istente em el os das
coisas, a mais no re é a mais usta, e a melhor é a sa de
C ser a e press o da ra o e servir de modelo para ou- porém a mais doce é ter o que amamos . Todos estes atri-
tras áreas do sa er que alme am o progresso. utos est o presentes nas mais e celentes atividades, e
D e plicitar as leis gerais que permitem interpretar a na- entre essas a melhor, n s a identificamos como elicidade.
ture a e eliminar os discursos éticos e religiosos. A ST TELES. A Política. S o Paulo Cia. das Letras, 2010.

E e plicar a din mica presente entre os en menos na- Ao reconhecer na elicidade a reuni o dos mais e celen-
turais e impor limites aos de ates acad micos. tes atri utos, Arist teles a identifica como
A usca por ens materiais e tulos de no re a.
37| ENEM 2013 - C4 - H16
B p lenit ude esp irit ual a asc ese p essoal.
C finalidade das a es e condutas humanas.
D conhecimento de verdades imutáveis e per eitas.
E e press o do sucesso individual e reconhecimento p lico.

40| ENEM 2013 - C5 - H23


ua Preciados, seis da tarde. Ao longe, a massa humana que
a arrota a Pra a Puerta el Sol, em Madri, se levanta. m
grupo de garotas, ao ver a cena, corre em dire o multid o.
Milhares de pessoas a em ressoar o slogan Que n o, que
n o, que n o nos representem . m garoto ala pelo mega o-
ne emandamos su meter a re erendo o resgate ancário .
O G E , O. Puerta el Sol, o grande alto- alante . Brasil de ato, S o Paulo,
2 maio-1 un. 2011 adaptado .
ispon vel em http //BP. logspot.com. Acesso em 24 ago. 2011.
Em 2011, o acampamento dos indignados espanh is e -
a imagem, visuali a-se um método de cultivo e as trans-
pressou todo o descontentamento pol tico da uventude
orma es provocadas no espa o geográfico. O o etivo
europeia. Que proposta sinteti a o con unto de reivindi-
imediato da técnica agr cola utili ada é
ca es pol ticas destes ovens
A controlar a eros o laminar.
A V ot o universal.
B preservar as nascentes uviais. B emocracia direta.
C diminuir a contamina o qu mica. C Pluralidade partidária.
D incentivar a produ o transg nica. D Autonomia legislativa.
E implantar a mecani a o intensiva. E munidade parlamentar.

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Coleção PREPARAENEM Resolve
41| ENEM 2013 - C6 - H28 43| ENEM 2013 - C3 - H13

os ltimos dec nios, o territ rio conhece grandes Tendo enc arado a esta do passado olho no olho, tendo
mudan as em un o de acréscimos técnicos que reno- pedido e rece ido perd o e tendo eito corre es, vi-
vam a sua materialidade, como resultado e condi o, remos agora a página n o para esquec -lo, mas para
ao mesmo tempo, dos processos econ micos e sociais n o dei á-lo aprisionar-nos para sempre. Avancemos
em curso. em dire o a um uturo glorioso de uma nova sociedade
sul-a ricana, em que as pessoas valham n o em ra o
SA TOS, M. S LVE A M. L. O Brasil territ rio e sociedade do século . io de
Janeiro ecord, 2004 adaptado .
de irrelev ncias iol gicas ou de outros estranhos atri-
utos, mas porque s o pessoas de valor infinito criadas
A partir da ltima década, verifica-se a ocorr ncia no imagem de Deus.
Brasil de altera es significativas no territ rio, ocasio-
esmond Tutu, no encerramento da Comiss o da Verdade na rica do Sul. is-
nando impactos sociais, culturais e econ micos so re pon vel em http //td.camara.leg. r. Acesso em 1 de . 2012 adaptado .
comunidades locais, e com maior intensidade, na Ama-
nia Legal, com a o te to, relaciona-se a consolida o da democracia na
rica do Sul supera o de um legado
A re orma e amplia o de aeroportos nas capitais dos
est ados. A populista, que avorecia a coopta o de dissidentes
pol ticos.
B amplia o de estádios de ute ol para a reali a o de
eventos esportivos. B totalitarista, que loqueava o diálogo com os movi-
mentos sociais.
C constru o de usinas hidrelétricas so re os rios Tocan-
tins, ingu e Madeira. C segregacionista, que impedia a universali a o da ci-
dadania.
D instala o de ca os para a orma o de uma rede in-
ormati ada de comunica o. D estagnacionista, que disseminava a pauperi a o
soc ial.
E orma o de uma in raestrutura de torres que permi-
E undamentalista, que engendrava con litos reli-
tem a comunica o m vel na regi o.
giosos.

42| ENEM 2013 - C1 - H3


44| ENEM 2013 - C3 - H12
A rec up eração da h erança c ult ural af ric ana deve levar
A escravid o n o há de ser suprimida no Brasil por uma
em conta o que é pr prio do processo cultural seu
guerra servil, muito menos por insurrei es ou atentados
movimento, pluralidade e comple idade. o se trata,
locais. o deve s -lo, tampouco, por uma guerra civil,
portanto, do resgate ing nuo do passado nem do seu
como o oi nos Estados nidos. Ela poderia desaparecer,
cultivo nostálgico, mas de procurar perce er o pr prio
talve , depois de uma revolu o, como aconteceu na
rosto cultural rasileiro. O que se quer é captar seu mo-
ran a, sendo essa revolu o o ra e clusiva da popula-
vimento para melhor compreend -lo historicamente.
o livre. no Parlamento e n o em a endas ou quilom-
M AS GE A S. Cadernos do Arquivo 1 Escravid o em Minas Gerais. Belo ori- os do interior, nem nas ruas e pra as das cidades, que se
onte Arquivo P lico Mineiro, 19 . há de ganhar, ou perder, a causa da li erdade.
Com ase no te to, a análise de mani esta es culturais AB CO, J. O abolicionismo 1 . io de Janeiro ova ronteira S o Paulo
Pu li olha 2000 adaptado .
de origem a ricana, como a capoeira ou o candom lé,
deve c onsiderar q ue elas o te to, Joaquim a uco de ende um pro eto pol tico
so re como deveria ocorrer o fim da escravid o no Brasil,
A permanecem como reprodu o dos valores e costu- no q ual
mes a ricanos.
A copiava o modelo haitiano de emancipa o negra.
B perderam a rela o com o seu passado hist rico.
B incentivava a conquista de al orrias por meio de a es
C derivam da intera o entre valores a ricanos e a e pe-
udiciais.
riênc ia h ist ó ric a brasileira.
C optava pela via legalista de li erta o.
D contri uem para o distanciamento cultural entre ne-
gros e rancos no Brasil atual. D priori ava a negocia o em torno das indeni a es
aos senh ores.
E demonstram a maior comple idade cultural dos a ri-
canos em rela o aos europeus. E antecipava a li erta o paternalista dos cativos.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
45| ENEM 2013 - C6 - H28 47| ENEM 2012 - C1 - H1

Charge an nima. B E, P. A a rica o do rei. io de Janeiro ahar, 1994.


ispon vel em http // lig.ig.com. r. Acesso em 2 ago. 2011 adaptado .

a ran a, o rei Lu s V teve sua imagem a ricada por


o esquema, o pro lema atmos érico relacionado ao ci-
um con unto de estratégias que visavam sedimentar uma
clo da água acentuou-se ap s as revolu es industriais.
determinada no o de so erania. esse sentido, a charge
ma consequ ncia direta desse pro lema está na
ap resent ada demonstra
A redu o da ora.
A a humanidade do rei, pois retrata um homem comum,
B eleva o das marés. sem os adornos pr prios vestimenta real.
C erosão das enc ost as. B a unidade entre o p lico e o privado, pois a figura do
rei com a vestimenta real representa o p lico e sem
D lateri a o dos solos.
a vestimenta real, o privado.
E ragmenta o das rochas. C o v nculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhe-
cimento do p lico a figura de um rei despretensioso
46| ENEM 2012 - C3 - H13 e distante do poder pol tico.
D o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a ele-
g ncia dos tra es reais em rela o aos de outros mem-
bros da c ort e.
E a import ncia da vestimenta para a constitui o sim-
lica do rei, pois o corpo pol tico adornado esconde
os def eit os do c orp o p essoal.

48| ENEM 2012 - C3 - H13


Diant e dessas inc onsist ênc ias e de out ras q ue ainda p re-
ocupam a opini o p lica, n s, ornalistas, estamos en-
caminhando este documento ao Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado de S o Paulo, para que o entregue
LORD W ILLING DON’ S DILEMMA Justi a e da Justi a esperamos a reali a o de novas
ispon vel em .gandhiserve.org. Acesso em 21 nov. 2011. dilig ncias capa es de levar completa elucida o desses
f at os e de out ros que porventura vierem a ser levantados.
O cartum, pu licado em 19 2, ironi a as consequ ncias
Em nome da verdade. n O Estado de S. Paulo, ev. 19 . Aput, L O, . A.
sociais das constantes pris es de Mahatma Gandhi pelas Brasil, 00 anos em documentos. io de Janeiro Mauad, 1999.
autoridades rit nicas, na ndia, demonstrando
A morte do ornalista Vladimir er og, ocorrida durante o re-
A a inefici ncia do sistema udiciário ingl s no territ rio
gime militar, em 19 , levou a medidas com o a ai o-assina-
indiano.
do eito por profissionais da imprensa de S o Paulo. A análise
B o apoio da popula o hindu pris o de Gandhi. dessa medida tomada indica a
C o caráter violento das mani esta es hindus rente A certe a do cumprimento das leis.
a o inglesa.
B supera o do governo de e ce o.
D a impossi ilidade de deter o movimento liderado por
C violênc ia dos t errorist as de esq uerda.
Gandhi.
D puni o dos torturadores da pol cia.
E a indif erença das aut oridades brit ânic as f rent e ao
ap elo p op ular h indu. E e pectativa da investiga o dos culpados.

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Coleção PREPARAENEM Resolve
49| ENEM 2012 - C3 - H14 51| ENEM 2012 - C3 - H14
Esclarecimento é a sa da do homem de sua menoridade,
da qual ele pr prio é culpado. A menoridade é a incapa-
cidade de a er uso de seu entendimento sem a dire o
de outro indiv duo. O homem é o pr prio culpado des-
sa menoridade se a causa dela n o se encontra na alta
de entendimento, mas na alta de decis o e coragem de
servir-se de si mesmo sem a dire o de outrem. Tem co-
ragem de a er uso de teu pr prio entendimento, tal é
o lema do esclarecimento. A pregui a e a covardia s o
as causas pelas quais uma t o grande parte dos homens,
depois que a nature a de há muito os li ertou de uma
condi o estranha, continuem, no entanto, de om grado
menores durante toda a vida.
A T, . Resposta a pergunta o que é esclarecimento Petr polis Vo es, 19 adaptado . ispon vel em http //quadro-a-quadro. log. r. Acesso em 2 an. 2012

ant destaca no te to o conceito de Esclarecimento, un- Com sua entrada no universo dos gi is, o Capit o che-
damental para a compreens o do conte to filos fico da garia para apa iguar a agonia, o autoritarismo militar e
Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado com ater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um
por ant, representa gi i de um her i com uma andeira americana no peito
aplicando um sopapo no Fürer s poderia ganhar desta-
A a reivindica o de autonomia da capacidade racional que, e o sucesso n o demoraria muito a chegar.
como e press o da maioridade. COSTA, C. Capit o América, o primeiro vingador cr tica.
ispon vel em http //revistastart.com. r. Acesso em 2 an. 2012 Adaptado
B o e erc cio da racionalidade como pressuposto menor
A capa da primeira edi o norte-americana da revista do
diant e das verdades et ernas.
Capit o América demonstra sua associa o com a partici-
C a imposi o de verdades matemáticas, com caráter pa o dos Estados nidos na luta contra
o etivo, de orma heter noma.
A a Tr plice Alian a, na Primeira Guerra Mundial.
D a compreens o de verdades religiosas que li ertam o
B os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
homem da alta de entendimento.
C o poder soviético, durante a Guerra ria.
E a emancipa o da su etividade humana de ideolo-
gias produ idas pela pr pria ra o. D o movimento comunista, na Guerra do Vietn .
E o terrorismo internacional, ap s 11 de setem ro de 2001.
50| ENEM 2012 - C5 - H24
verdade que nas democracias o povo parece a er o que 52| ENEM 2012 - C2 - H6
quer mas a li erdade pol tica n o consiste nisso. eve-se Torna-se claro que quem desco riu a rica no Brasil,
ter sempre presente em mente o que é independ ncia e muito antes dos europeus, oram os pr prios a ricanos
o que é li erdade. A li erdade é o direito de a er tudo o tra idos como escravos. E esta desco erta n o se restrin-
que as leis permitem se um cidad o pudesse a er tudo gia apenas ao reino lingu stico, estendia-se tam ém a ou-
o que elas pro em, n o teria mais li erdade, porque os tras áreas culturais, inclusive da religi o. á ra es para
outros tam ém teriam tal poder. pensar que os a ricanos, quando misturados e transpor-
tados ao Brasil, n o demoraram em perce er a e ist ncia
MO TESQ E . Do Espírito das Leis. S o Paulo Editora ova Cultural, 199 adaptado .
entre si de elos culturais mais pro undos.
A caracter stica de democracia ressaltada por Montes- SLE ES, . Malungu, ngoma vem rica co erta e desco erta do Brasil. evista
SP. n. 12, de ./ an./ ev. 1991-92 Adaptado
quieu di respeito
A ao status de cidadania que o indiv duo adquire ao to- Com ase no te to, ao avorecer o contato de indiv duos
mar as decis es por si mesmo. de di erentes partes da rica, a e peri ncia da escravi-
d o no Brasil tornou poss vel a
B ao condicionamento da li erdade dos cidad os con-
ormidade s leis. A orma o de uma identidade cultural a ro- rasileira.

C possi ilidade de o cidad o participar no poder e, B supera o de aspectos culturais a ricanos por antigas
tradi es europeias.
nesse caso, livre da su miss o s leis.
C reprodu o de con itos entre grupos étnicos a ricanos.
D ao livre-ar trio do cidad o em rela o quilo que é
proi ido, desde que ciente das consequ ncias. D manuten o das caracter sticas culturais espec ficas
de c ada et nia.
E ao direito do cidad o e ercer sua vontade de acordo
com seus valores pessoais. E resist ncia incorpora o de elementos culturais ind genas.

30
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

53| ENEM 2012 - C3 - H13 A incompati ilidade entre os modos democráticos de con-
v vio social e a presen a de aparatos de controle policial.
s nos recusamos a acreditar que o anco da usti a
B manuten o de práticas repressivas herdadas dos per o-
é al vel. s nos recusamos a acreditar que há capitais
dos ditatoriais so a orma de leis e atos administrativos.
insuficientes de oportunidade nesta na o. Assim n s
viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o C ina ilidade das or as militares em conter a viol ncia
direito de reclamar as rique as de li erdade e a segu- decorrente das ondas migrat rias nas grandes cida-
ran a da usti a. des brasileiras.
G Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 2 ago. 19 . ispon vel em .palmares. D dificuldade hist rica da sociedade rasileira em ins-
gov. r. Acesso em 0 nov. 2011 Adaptado titucionali ar ormas de controle social compa veis
O cenário vivenciado pela popula o negra, no sul dos com valores democráticos.
Estados nidos nos anos 19 0, condu iu mo ili a o E incapacidade das institui es pol tico-legislativas em
social. essa época, surgiram reivindica es que tinham ormular mecanismos de controle social espec ficos
como e poente Martin Luther ing e o etivavam realidade soc ial brasileira.
A a conquista de direitos civis para a popula o negra.
55| ENEM 2012 - C3 - H14
B o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros
em espa o ur ano. a regula o de matérias culturalmente delicadas, como,
por e emplo, a linguagem oficial, os curr culos da educa o
C a supremacia das institui es religiosas em meio co- p lica, o status das gre as e das comunidades religiosas,
munidade negra sulista. as normas do direito penal por e emplo, quanto ao a or-
D a incorpora o dos negros no mercado de tra alho. to , mas tam ém em assuntos menos chamativos, como,
por e emplo, a posi o da am lia e dos cons rcios seme-
E a aceita o da cultura negra como representante do lhantes ao matrim nio, a aceita o de normas de segu-
modo de vida americano. ran a ou a delimita o das es eras p lica e privada em
tudo isso re ere-se ami de apenas o auto-entendimento
54| ENEM 2012 - C3 - H14 ético-pol tico de uma cultura ma oritária, dominante por
Te x t o I motivos hist ricos. Por causa de tais regras, implicitamente
repressivas, mesmo dentro de uma comunidade repu lica-
O que vemos no pa s é uma espécie de espraiamento na que garanta ormalmente a igualdade de direitos para
e a mani esta o da agressividade através da viol ncia. todos, pode eclodir um con ito cultural movido pelas mi-
sso se desdo ra de maneira evidente na criminalidade, norias despre adas contra a cultura da maioria.
que está presente em todos os redutos se a nas áreas ABE MAS, J. A inclusão do outro estudos de teoria pol tica. S o Paulo Lo ola, 2002.
a andonadas pelo poder p lico, se a na pol tica ou no
A reivindica o dos direitos culturais das minorias, como
ute ol. O rasileiro n o é mais violento do que outros e posto por a ermas, encontra amparo nas democracias
povos, mas a ragilidade do e erc cio e o reconhecimento contempor neas, na medida em que se alcan a
da cidadania e a aus ncia do Estado em vários territ rios
A a secess o, pela qual a minoria discriminada o teria
do pa s se imp em como um caldo de cultura no qual a
a igualdade de direitos na condi o da sua concentra-
agressividade e a viol ncia fincam suas ra es.
o espacial, num tipo de independ ncia nacional.
Entrevista com Joel Birman. A Corrup o é um crime sem rosto. IstoÉ. Edi o 2099,
ev. 2010. B a reunifica o da sociedade que se encontra ragmen-
tada em grupos de di erentes comunidades étnicas,
Te x t o II confiss es religiosas e ormas de vida, em torno da
coes o de uma cultura pol tica nacional.
enhuma sociedade pode so reviver sem canali ar as
puls es e emo es do indiv duo, sem um controle mui- C a coe ist ncia das di eren as, considerando a possi i-
to espec fico de seu comportamento. enhum controle lidade de os discursos de auto-entendimento se su -
desse tipo é poss vel sem que as pessoas anteponham meterem ao de ate p lico, cientes de que estar o
limita es umas s outras, e todas as limita es s o con- vinculados coer o do melhor argumento.
vertidas, na pessoa a quem s o impostas, em medo de D a autonomia dos indiv duos que, ao chegarem vida
um ou outro tipo. adulta, tenham condi es de se li ertar das tradi es de
EL AS, . O Processo Civilizador. io de Janeiro Jorge ahar, 199
suas origens em nome da harmonia da pol tica nacional.

Considerando-se a din mica do processo civili ador, tal E o desaparecimento de quaisquer limita es, tais
como descrito no Te to , o argumento do Te to acerca como linguagem pol tica ou distintas conven es de
da viol ncia e agressividade na sociedade rasileira e - comportamento, para compor a arena pol tica a ser
p ressa a compartilhada.

31
Coleção PREPARAENEM Resolve

56| ENEM 2012 - C3 - H14 58| ENEM 2012 - C3 - H14

Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemu- O que o pro eto governamental tem em vista é poupar
a o o pre u o irreparável do perecimento e da evas o
nhos, e é que vi nesta terra de Veragua Panamá maiores
do que há de mais precioso no seu patrim nio. Grande
ind cios de ouro nos dois primeiros dias do que na is- parte das o ras de arte até mais valiosas e dos ens de
paniola em quatro anos, e que as terras da regi o n o maior interesse hist rico, de que a coletividade rasileira
podem ser mais onitas nem mais em lavradas. Ali, se era depositária, t m desaparecido ou se arruinado irre-
quiserem podem mandar e trair vontade. mediavelmente. As o ras de arte picas e as rel quias da
hist ria de cada pa s n o constituem o seu patrim nio
Carta de Colom o aos reis da Espanha, ulho de 1 0 . Apud AMA O J. G E -
E O, L. C. Colom o e a América quinhentos anos depois. S o Paulo Atual
privado, e sim um patrim nio comum de todos os povos.
1991 Adaptado. A A E, . M. . e esa do patrim nio ar stico e hist rico.
O Jornal, 0 out. 19 . n ALVES L O, . Brasil, 00 anos em documentos. io
O documento permite identificar um interesse econ mi- de Janeiro Mauad, 1999 Adaptado
co espanhol na coloni a o da América a partir do século
V. A implica o desse interesse na ocupa o do espa o A cria o no Brasil do Servi o do Patrim nio ist rico
americano está indicada na Ar stico acional SP A , em 19 , oi orientada por
ideias como as descritas no te to, que visavam
A e puls o dos ind genas para ortalecer o clero cat lico. A su meter a mem ria e o patrim nio nacional ao con-
B promo o das guerras ustas para conquistar o territ rio. trole dos rg os p licos, de acordo com a tend ncia
autoritária do Estado ovo.
C imposi o da catequese para e plorar o tra alho a ricano.
B trans erir para a iniciativa privada a responsa ilidade
D op o pela policultura para garantir o povoamento de preserva o do patrim nio nacional, por meio de
i érico. leis de incentivo fiscal.
E f undação de c idades p ara c ont rolar a c irc ulação de ri- C definir os atos e personagens hist ricos a serem cul-
que as. tuados pela sociedade rasileira, de acordo com o in-
teresse p lico.
D resguardar da destrui o as o ras representativas da
57| ENEM 2012 - C3 - H14
cultura nacional, por meio de pol ticas p licas pre-
Que é ilegal a aculdade que se atri ui autoridade real servac ionist as.
para suspender as leis ou seu cumprimento. E determinar as responsa ilidades pela destrui o do pa-
trim nio nacional, de acordo com a legisla o rasileira.
Que é ilegal toda co ran a de impostos para a Coroa
sem o concurso do Parlamento, so prete to de prerro- 59| ENEM 2012 - C5 - H18
gativa, ou em época e modo di erentes dos designados A soma do tempo gasto por todos os navios de carga na
p or ele p ró p rio. espera para atracar no porto de Santos é igual a 11 anos
isso, contanto somente o intervalo de aneiro a outu ro
Que é indispensável convocar com requ ncia o Parla- de 2011. O pro lema n o oi registrado somente neste
mento para satis a er os agravos, assim como para corri- ano. esde 200 a perda de tempo supera uma década.
gir, afirmar e conservar as leis. Folha de S. Paulo, 2 de . 2011 adaptado .

eclara o de ireitos. ispon vel em http //disciplinas.stoa.usp. r. Acesso em


A situa o descrita gera consequ ncias em cadeia, tanto
20 de 2011 Adaptado
p ara a p rodução q uant o p ara o t ransp ort e. N o q ue se re-
o documento de 1 9, identifica-se uma particulari- ere territoriali a o da produ o no Brasil contempo-
dade da nglaterra diante dos demais Estados europeus r neo, uma dessas consequ ncias é a
na poca Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime A realoca o das e porta es para o modal aéreo em
pol tico que predominavam na Europa continental est o un o da rapide .
indicados, respectivamente, em
B dispers o dos servi os financeiros em un o da us-
A edu o da in u ncia do papa Teocracia. ca de novos pontos de importa o.
C redu o da e porta o de g neros agr colas em un-
B Limita o do poder do so erano A solutismo.
o da dificuldade para o escoamento.
C Amplia o da domina o da no re a ep lica. D priori a o do comércio com pa ses vi inhos em un-
D E pans o da or a do presidente Parlamentarismo. o da e ist ncia de ronteiras terrestres.
E estagna o da ind stria de alta tecnologia em un o
E estri o da compet ncia do congresso Presidencia-
da concentra o de investimentos na in raestrutura
lismo. de c irc ulação.

32
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

60| ENEM 2012 - C1 - H1 Essa mo ili a o utili ou-se de uma re er ncia hist rica,
associando o processo revolucionário
A e peri ncia rancesa, e pressa no chamado luta
c ont ra a dit adura.
B aos ideais repu licanos, indicados no destaque an-
deira p aulist a.
C ao protagonismo das or as Armadas, representadas
pelo militar que empunha a andeira.
D ao andeirantismo, s m olo paulista apresentado em
primeiro plano.
E ao papel figurativo de Vargas na pol tica, en ati ado
pela pequene de sua figura no carta .

62| ENEM 2012 - C3 - H14


ispon vel em .metmuseum.org. Acesso em 14 set. 2011
Te x t o I
A figura apresentada é um mosaico, produ ido por vol-
ta do ano 00 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual A Europa entrou em estado de e ce o, personificado por
Estado de srael. ela, encontram-se elementos que re- o scuras or as econ micas sem rosto ou locali a o -
presentam uma caracter stica pol tica dos romanos no sica conhecida que n o prestam contas a ninguém e se
per odo, indicada em espalham pelo glo o por meio de milh es de transa es
diárias no ci erespa o.
A Cru adismo conquista da terra santa.
OSS , C. em fim do mundo nem mundo novo. Folha de S.Paulo, 11 de . 2011
B Patriotismo e alta o da cultura local. Adaptado

C elenismo apropria o da estética grega. Te x t o II


D mperialismo selvageria dos povos dominados. Estamos imersos numa crise financeira como nunca -
nhamos visto desde a Grande epress o iniciada em
E E pansionismo diversidade dos territ rios conquistados.
1929 nos Estados nidos.
61| ENEM 2012 - C3 - H14 Entrevista de George Soros. ispon vel em .n ooks.com. Acesso em 1
ago. 2011 Adaptado

A compara o entre os significados da atual crise econ -


mica e do crash de 1929 oculta a principal di eren a entre
essas duas crises, pois

A o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos


E A na Guerra Mundial e a atual crise é o resultado
dos gastos militares desse pa s nas guerras do A ega-
nist ão e Iraq ue.
B a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de super-
produ o industrial nos E A e a atual crise resultou
da especula o financeira e da e pans o desmedida
do crédito ancário.
C a crise de 1929 oi o resultado da concorr ncia dos pa-
ses europeus reconstru dos ap s a Guerra e a atual
crise se associa emerg ncia dos B CS como novos
concorrentes econ micos.
D o crash da Bolsa em 1929 resultou do e cesso de pro-
te es ao setor produtivo estadunidense e a atual cri-
se tem origem na internacionali a o das empresas e
Carta da evolu o Constitucionalista. ispon vel em http //ve a.a ril.com. r. no avan o da pol tica de livre mercado.
Acesso em 29 un. 2012.
E a crise de 1929 decorreu da pol tica intervencionista
Ela orado pelos partidários da evolu o Constituciona- norte-americana so re o sistema de comércio mun-
lista de 19 2, o carta apresentado pretendia mo ili ar a dial e a atual crise resultou do e cesso de regula o
popula o paulista contra o governo ederal. do governo desse pa s so re o sistema monetário.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

63| ENEM 2012 - C3 - H13 65| ENEM 2012 - C2 - H6


Composi o da popula o residente ur ana por se o,se-
gundo os grupos de idade Brasil 1991/2010

onte BGE, Censo emográfico 1991/2010

Composi o da popula o residente rural por se o,se-


gundo os grupos de idade Brasil 1991/2010
Te to do Carta : Amor e n o uerra
oto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietn . ispon vel em http //
golden ears to 9. logspot.com. Acesso em 10 out. 2011.

os anos que se seguiram Segunda Guerra, movimentos


como o Maio de 19 ou a campanha contra a Guerra do Viet-
n culminaram no esta elecimento de di erentes ormas de
participa o pol tica. Seus slogans, tais como Quando penso
em revolu o quero a er amor , se tornaram s m olos da
agita o cultural nos anos 19 0, cu a inova o relacionava-se
A contesta o da crise econ mica europeia, que ora
provocada pela manuten o das guerras coloniais.
onte BGE, Censo emográfico 1991/2010 B AS L. BGE. Censo demográfico
B organi a o partidária da uventude comunista, vi- 1991-2010. io de Janeiro. 2011.
sando o esta elecimento da ditadura do proletariado.
A interpreta o e a correla o das figuras so re a din mi-
C unifica o das no es de li erta o social e li erta-
o individual, ornecendo um significado pol tico ao ca demográfica rasileira demonstram um a
uso do c orp o. A menor propor o de ecundidade na área ur ana.
D de esa do amor crist o e monog mico, com fins B menor propor o de homens na área rural.
reprodu o, que era tomado como solu o para os
con itos sociais. C aumento da propor o de ecundidade na área rural.
E ao reconhecimento da cultura das gera es passadas, D queda da longevidade na área rural.
que conviveram com a emerg ncia do rock e outras E queda do n mero de idosos na área ur ana.
mudan as nos costumes.
66| ENEM 2012 - C7 - H26
64| ENEM 2012 - C4 - H17
Portadora de mem ria, a paisagem a uda a construir os
A partir dos anos 0, imp e-se um movimento de descon-
sentimentos de pertencimento ela cria uma atmos era
centra o da produ o industrial, uma das mani esta es
do desdo ramento da divis o territorial do tra alho no que convém aos momentos ortes da vida, s estas, s
Brasil. A produ o industrial torna-se mais comple a, es- comemora es.
tendendo-se, so retudo, para novas área do Sul e para CLAVAL, P. Terra dos homens a geografia. S o Paulo Conte to, 2010 adaptado .
alguns pontos do Centro-Oeste, do ordeste e do orte.
o te to, é apresentada uma orma de integra o da pai-
SA TOS, M. S LVE A, M. L. O Brasil territ rio e sociedade no in cio do século
. io de Janeiro ecord, 2002 ragmento . sagem geográfica com a vida social. esse sentido, a pai-
m ator geográfico que contri ui para o tipo de altera- sagem, além de e istir como orma concreta, apresenta
o da configura o territorial descrito no te to é uma dimens o

A Obsolesc ênc ia dos p ort os. A pol tica de apropria o e etiva do espa o.
B Estati a o de empresas. B econ mica de uso de recursos do espa o.
C Elimina o de incentivos fiscais. C privada de limita o so re a utili a o do espa o.
D Amplia o de pol ticas protecionistas. D natural de composi o por elementos sicos do espa o.
E esenvolvimento dos meios de comunica o. E sim lica de rela o su etiva do indiv duo com o esp aço.

34
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

67| ENEM 2012 - C3 - H15 69| ENEM 2012 - C6 - H27

Ap s o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde A singularidade da quest o da terra na rica Colonial é a
Pedro ora rece ido com grande rie a, seus partidá- e propria o por parte do coloni ador e as desigualdades
rios prepararam uma série de mani esta es a avor do raciais no acesso terra. Ap s a independ ncia, as popu-
imperador no io de Janeiro, armando ogueiras e lu- la es de colonos rancos tenderam a diminuir, apesar
de a propor o de terra em posse da minoria ranca n o
minárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de mar o,
ter diminu do proporcionalmente.
tiveram in cio os con itos que ficaram conhecidos como
a oite das Garra adas, durante os quais os rasileiros MO O, S. A terra a ricana e as quest es agrárias o caso das lutas pela terra no
im á ue. n E A ES, B. M. MA Q ES, M. . M. S , J. C. Org. . Geo-
apagavam as ogueiras portuguesas e atacavam as ca- grafia agrária teoria e poder. S o Paulo E press o Popular, 200 .
sas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garra-
Com ase no te to, uma caracter stica socioespacial e um
as ogadas das anelas.
consequente desdo ramento que marcou o processo de
VA AS, . Org. . Dicionário do Brasil Imperial. io de Janeiro O etiva, 200 ocupa o do espa o rural na rica su saariana oram
Adaptado
A E plora o do campesinato pela elite proprietária
Os anos finais do einado 1 22-1 1 se caracteri aram om nio das institui es undiárias pelo poder p lico.
pelo aumento da tens o pol tica. esse sentido, a análise B Ado o de práticas discriminat rias de acesso terra
dos epis dios descritos em Minas Gerais e no io de Ja- Controle do uso especulativo da propriedade undiária.
neiro revela
C esorgani a o da economia rural de su sist ncia
A es mulos ao racismo. Crescimento do consumo interno de alimentos pelas
B apoio ao eno o ismo. am lias camponesas.

C cr ticas ao ederalismo. D Crescimento dos assentamentos rurais com m o de


o ra amiliar Avan o crescente das áreas rurais so-
D rep dio ao repu licanismo. re as regi es ur anas.
E questionamentos ao autoritarismo. E Concentra o das áreas cultiváveis no setor agroe -
portador Aumento da ocupa o da popula o po-
68| ENEM 2012 - C4 - H20 re em territ rios agr colas marginais.

70| ENEM 2012 - C3 - H14

ossa cultura lipo ica muito contri ui para a distor o


da imagem corporal, gerando gordos que se veem ma-
gros e magros que se veem gordos, numa quase unanimi-
dade de que todos se sentem ou se veem distorcidos .

Engordamos quando somos gulosos. pecado da gula


que controla a rela o do homem com a alan a. Todo
o eso declarou, um dia, guerra alan a. Para emagre-
cer é preciso a er as pa es com a dita cu a, visando ade-
quar-se s necessidades para as quais ela aponta.
E E, . S. Obesidade não pode ser pré-requisito. ispon vel em http//gnt.
glo o.com. Acesso em a r. 2012 adaptado .

O te to apresenta um discurso de disciplinari a o dos


corpos, que tem como c onseq uênc ia
ispon vel em http //primeira-serie. logspot.com. r. Acesso em 0 de . 2011
(adap t ado). A a amplia o dos tratamentos médicos alternativos,
redu indo os gastos com remédios.
a imagem do in cio do século , identifica-se um mo-
delo produtivo cu a orma de organi a o a ril asea- B a democrati a o do padr o de ele a, tornando-o
va-se na(o) acess vel pelo esf orço individual.
A autonomia do p rodut or diret o. C o controle do consumo, impulsionando uma crise eco-
n mica na ind stria de alimentos.
B ado o da divis o se ual do tra alho.
D a culpa ili a o individual, associando o esidade
C e plora o do tra alho repetitivo.
raque a de caráter.
D utili a o de empregados qualificados.
E o aumento da longevidade, resultando no crescimen-
E incentivo criatividade dos uncionários. t o p op ulac ional.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

71| ENEM 2012 - C3 - H14 73| ENEM 2012 - C3 - H10

Para Plat o, o que havia de verdadeiro em Parm nides As mulheres que radeiras de coco- a a u dos Estados do
era q ue o o eto de conhecimento é um o eto de ra o Maranh o, Piau , Pará e Tocantins, na sua grande maioria,
e n o de sensa o, e era preciso esta elecer uma rela- vivem numa situa o de e clus o e su alternidade. O ter-
o entre o eto racional e o eto sens vel ou material mo que radeira de coco assume o caráter de identidade
que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. coletiva na medida em que as mulheres que so revivem
dessa atividade e reconhecem sua posi o e condi o
Lenta, mas irresistivelmente, a outrina das deias orma-
desvalori ada pela l gica da domina o, se organi am
va-se em sua mente.
em movimentos de resist ênc ia e de lut a p ela c onq uist a
GA O, M. Platão e Aristóteles o asc nio da filosofia. S o Paulo Od sseus, da terra, pela li erta o dos a a uais, pela autonomia
2012 adaptado .
do processo produtivo. Passam a atri uir significados ao
seu tra alho e as suas e peri ncias, tendo como principal
O te to a re er ncia rela o entre ra o e sensa o,
re er ncia sua condi o pree istente de acesso e uso dos
um aspecto essencial da outrina das deias de Plat o
rec ursos nat urais.
42 a.C.- 4 a.C. . e acordo com o te to, como Plat o
se sit ua diante dessa rela o OC A, M. . T. A luta das mulheres que radeiras de coco- a a u, pela li erta-
o do coco preso e pela posse da terra. n Anais do V Congresso Latino-Ameri-
cano de Sociologia ural. Quito, 200 adaptado .
A Esta elecendo um a ismo intranspon vel entre as
duas. A organi a o do movimento das que radeiras de coco
B Privilegiando os sentidos e su ordinando o conheci- de a a u é resultante da
mento a eles. A constante viol ncia nos a a uais na con u ncia de
terras maranhenses, piauienses, paraenses e tocanti-
C Atendo-se posi o de Parm nides de que ra o e
nenses, regi o com elevado ndice de homic dios.
sensa o s o inseparáveis.
B alta de identidade coletiva das tra alhadoras, migrantes
D Afirmando que a ra o é capa de gerar conhecimen-
das cidades e com pouco v nculo hist rico com as áreas
to, mas a sensa o n o. rurais do interior do Tocantins, Pará, Maranh o e Piau .
E e eitando a posi o de Parm nides de que a sensa- C escasse de água nas regi es de veredas, am ientes
o é superior ra o. naturais dos a a us, causada pela constru o de
a udes particulares, impedindo o amplo acesso p li-
72| ENEM 2012 - C6 - H29 co aos recursos h dricos.
A maior parte dos ve culos de transporte atualmente é D progressiva devasta o das matas dos cocais, em
movida por motores a com ust o que utili am deriva- un o do avan o da so icultura nos chapad es do
dos de petr leo. Por causa disso, esse setor é o maior M eio-N ort e brasileiro.
consumidor de petr leo do mundo, com altas ta as de E dificuldade imposta pelos a endeiros e posseiros no
crescimento ao longo do tempo. Enquanto outros seto- acesso aos a a uais locali ados no interior de suas
res t m o tido ons resultados na redu o do consumo, p rop riedades.
os transportes tendem a concentrar ainda mais o uso de
derivados do ó leo. 74| ENEM 2012 - C7 - H26
M TA, A. Energia o v cio da civili a o. io de Janeiro Garamond, 2011 e repente, sente-se uma vi ra o que aumenta rapida-
(adap t ado).
mente lustres alan am, o etos se movem so inhos e
m impacto am iental da tecnologia mais empregada somos invadidos pela estranha sensa o de medo do im-
pelo setor de transportes e uma medida para promover previsto. Segundos parecem horas, poucos minutos s o
a redu o de seu uso est o indicados, respectivamente, uma eternidade. Estamos sentindo os e eitos de um ter-
em remoto, um tipo de a alo s smico.
A Aumento da polui o sonora constru o de arrei- ASSA , L. Os n o t o impercep veis movimentos da Terra. ComCi ncia evista
Eletr nica de Jornalismo Cien fico, n. 11 , a r. 2010. ispon vel em http //
ras ac sticas. comciencia. r. Acesso em 2 mar. 2012.

B ncid ncia da chuva ácida estati a o da ind stria O en meno sico descrito no te to a eta intensamente as
automo il stica. popula es que ocupam espa os pr imos s áreas de
C erretimento das calotas polares incentivo aos A al vio da tens o geol gica.
transportes de massa.
B desgaste da eros o superficial.
D Propaga o de doen as respirat rias distri ui o de
medicamentos gratuitos. C atua o do intemperismo qu mico.

E Eleva o das temperaturas médias criminali a o D orma o de aqu eros pro undos.
da emiss o de gás car nico. E ac mulo de dep sitos sedimentares.

36
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

75| ENEM 2012 - C4 - H17 A água, quando mais condensada, trans orma-se em terra,
e quando condensada ao má imo poss vel, trans orma-se
Te x t o I em pedras.
Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos campone- B ET, J. A aurora da filosofia grega. io de Janeiro P C- io, 200 adaptado .
ses oram desligados legalmente da antiga terra. everiam
pagar, para adquirir propriedade ou arrendamento. Por n o TEX TO II
possu rem recursos, engrossaram a camada cada ve maior Bas lio Magno, fil so o medieval, escreveu eus, como
de ornaleiros e tra alhadores volantes, outros, mesmo ten- criador de todas as coisas, está no princ pio do mundo e
do propriedade so re um pequeno lote, suplementavam dos tempos. Qu o parcas de conte do se nos apresen-
sua e ist ncia com o assalariamento esporádico. tam, em ace desta concep o, as especula es contra-
MAC A O, P. P. Política e colonização no Império. dit rias dos fil so os, para os quais o mundo se origina,
Porto Alegre Ed GS, 1999 adaptado . ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os
J nios, ou dos átomos, como ulga em crito. a verda-
Te x t o II
de, d o impress o de quererem ancorar o mundo numa
Com a glo ali a o da economia, ampliou-se a hegemo- t eia de aranh a. ”
nia do modelo de desenvolvimento agropecuário, com G LSO , E. BOE E , P. História da Filosofia Cristã. S o Paulo Vo es, 1991
seus padr es tecnol gicos, caracteri ando o agroneg cio. (adap t ado).
Essa nova ace da agricultura capitalista tam ém mudou il so os dos diversos tempos hist ricos desenvolveram
a orma de controle e e plora o da terra. Ampliou-se, teses para e plicar a origem do universo, a partir de uma
assim, a ocupa o de áreas agricultáveis e as ronteiras e plica o racional. As teses de Ana menes, fil so o gre-
agr colas se estenderam. go antigo, e de Bas lio, fil so o medieval, t m em comum
SA E , E. J GS, . Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe. na sua undamenta o teorias que
S o Paulo Boitempo, 200 adaptado .
A eram aseadas nas ci ncias da nature a.
Os te tos demonstram que, tanto na Europa do século
quanto no conte to latino-americano do século , B re utavam as teorias de fil so os da religi o.
as altera es tecnol gicas vivenciadas no campo inter e- C tinham origem nos mitos das civili a es antigas.
rem na vida das popula es locais, pois
D postulavam um princ pio originário para o mundo.
A indu em os ovens ao estudo nas grandes cidades, cau-
sando o odo rural, uma ve que ormados, n o retor- E de endiam que eus é o princ pio de todas as coisas.
nam sua regi o de origem.
77| ENEM 2012 - C2 - H5
B impulsionam as popula es locais a uscar linhas de
financiamento estatal com o o etivo de ampliar a agri- Minha vida é andar
cultura amiliar, garantindo sua fi a o no campo. Por esse pa s
C ampliam o protagonismo do Estado, possi ilitando a Pra ver se um dia
grupos econ micos ruralistas produ ir e impor pol ti- escanso eli
cas agr colas, ampliando o controle que tinham dos Guardando as recorda es
mercados.
Das t erras onde p assei
D aumentam a produ o e a produtividade de determina- Andando pelos sert es
das culturais em un o da intensifica o da mecani a o,
E dos amigos que lá dei ei
do uso de agrot icos e cultivo de plantas transg nicas.
GO AGA, L. CO OV L, . A vida de viajante, 19 .
E desorgani am o modo tradicional de vida impelindo-as ispon vel em .reci e.pe.gov. r. Acesso em 20 ev. 2012 ragmento .
usca por melhores condi es no espa o ur ano ou
em outros pa ses em situa es muitas ve es precárias. A letra dessa can o re ete elementos identitários que
representam a

76| ENEM 2012 - C3 - H14 A valori a o das caracter sticas naturais do Sert o nor-
destino.
TEX TO I
B den ncia da precariedade social provocada pela seca.
Ana menes de Mileto disse que o ar é o elemento origi- C e peri ncia de deslocamento vivenciada pelo migrante.
nário de tudo o que e iste, e istiu e e istirá, e que outras
coisas prov m de sua desced ncia. Quando o ar se dilata, D pro unda desigualdade social entre as regi es rasi-
trans orma-se em ogo, ao passo que os ventos s o ar con- leiras.
densado. As nuvens ormam-se a partir do ar por eltra- E discrimina o dos nordestinos nos grandes centros
gem e, ainda mais condensadas, trans ormam-se em água. urbanos.

37
Coleção PREPARAENEM Resolve

78| ENEM 2012 - C1 - H1 C s o leg timos representantes do criticismo quanto


g nese do conhecimento.
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado por-
que padeceis em um modo muito semelhante o que o D concordam que conhecimento humano é imposs vel
mesmo Salvador padeceu na sua cru e em toda a sua em rela o s ideias e aos sentidos.
pai o. A sua cru oi composta de dois madeiros, e a vos- E atri uem di erentes lugares ao papel dos sentidos no
sa em um engenho é de tr s. Tam ém ali n o altaram as processo de o ten o do conhecimento.
canas, porque duas ve es entraram na Pai o uma ve ,
servindo para o cetro de escárnio, e outra ve para a es- 80| ENEM 2012 - C3 - H14
pon a em que lhe deram o el. A Pai o de Cristo parte
oi de noite sem dormir, parte oi de dia sem descansar, e o ignoro a opini o antiga e muito di undida de que o
tais s o as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, que acontece no mundo é decidido por eus e pelo aca-
e v s despidos Cristo sem comer, e v s amintos Cristo so. Essa opini o é muito aceita em nossos dias, devido
em tudo maltratado, e v s maltratados em tudo. Os er- s grandes trans orma es ocorridas, e que ocorrem dia-
ros, as pris es, os a oites, as chagas, os nomes a ronto- riamente, as quais escapam con ectura humana. o
sos, de tudo isto se comp e a vossa imita o, que, se or o stante, para n o ignorar inteiramente o nosso livre ar-
acompanhada de paci ncia, tam ém terá merecimento trio, creio que se pode aceitar que a sorte decida me-
de mar rio. tade dos nossos atos, mas o livre-ar trio nos permite o
controle so re a outra metade.
V E A, A. Serm es. Tomo . Porto Lello irm o. 19 1 Adaptado
MAQ AVEL, . O Príncipe. Bras lia Ed nB, 19 9 adaptado .
O trecho do serm o do Padre Ant nio Vieira esta elece
uma rela o entre a Pai o de Cristo e Em O Príncipe, Maquiavel re etiu so re o e erc cio do po-
der em seu tempo. o trecho citado, o autor demonstra o
A a atividade dos comerciantes de a car nos portos
v nculo entre o seu pensamento pol tico e o humanismo
brasileiros.
renascentista ao
B a un o dos mestres de a car durante a sa ra de cana.
A valori ar a inter er ncia divina nos acontecimentos
C o so rimento dos esu tas na convers o dos amer ndios. definidores do seu tempo.
D o papel dos senhores na administra o dos engenhos. B re eitar a interven o do acaso nos processos pol ticos.
E o tra alho dos escravos na produ o de a car. C afirmar a confian a na ra o aut noma como unda-
mento da a o humana.
79| ENEM 2012 - C3 - H14
D romper com a tradi o que valori ava o passado como
TEX TO I onte de aprendi agem.

E perimentei algumas ve es que os sentidos eram enga- E redefinir a a o pol tica com ase na unidade entre é
nosos, e é de prud ncia nunca se fiar inteiramente em e ra o.
quem á nos enganou uma ve .
81| ENEM 2012 - C7 - H26
ESCA TES, . Meditações Metafísicas. S o Paulo A ril Cultural, 19 9.
A inter ace clima/sociedade pode ser considerada em ter-
TEX TO II mos de a ustamento e tens o e aos modos como as so-
ciedades uncionam em uma rela o harm nica com seu
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma clima. O homem e suas sociedades s o vulneráveis s va-
ideia este a sendo empregada sem nenhum significado, ria es climáticas. A vulnera ilidade é a medida pela qual
precisaremos apenas indagar de que impress o deriva uma sociedade é susce vel de so rer por causas climáticas.
esta suposta ideia E se or imposs vel atri uir-lhe qual-
quer impress o sensorial, isso servirá para confirmar nos- A OA E, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. io de Janeiro Ber-
trand Brasil, 2010 adaptado .
sa susp eit a.
ME, . Uma investigação sobre o entendimento. S o Paulo nesp, 2004 Considerando o tipo de rela o entre ser humano e con-
(adap t ado). di o climática apresentado no te to, uma sociedade tor-
os te tos, am os os autores se posicionam so re a na- na-se mais vulnerável quando
ture a do conhecimento humano. A compara o dos e - A concentra suas atividades no setor primário.
certos permite assumir que escartes e ume
B apresenta estoques elevados de alimentos.
A de endem os sentidos como critério originário para
considerar um conhecimento leg timo. C possui um sistema de transportes articulado.

B entendem que é desnecessário suspeitar do significa- D diversifica a matri de gera o de energia.


do de uma ideia na re e o filos fica e cr tica. E introdu tecnologias produ o agr cola.

38
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

82| ENEM 2012 - C5 - H18 84| ENEM 2012 - C3 - H14

ugindo luta de classes, a nossa organi a o sindical


tem sido um instrumento de harmonia e de coopera o
entre o capital e o tra alho. o se limitou a um sindica-
lismo puramente operário , que condu iria certamente
a luta contra o patr o , como aconteceu com outros
p ovos.
ALC O, . Cartas sindicais. n Boletim do Ministério do Tra alho, nd stria e
Comércio. io de Janeiro 10 , set. 1941 Adaptado

esse documento oficial, época do Estado ovo 19 -


194 , é apresentada uma concep o de organi a o sin-
dic al q ue

A elimina os con itos no am iente das á ricas.


B limita os direitos associativos do segmento patronal.
ispon vel em http //nutriteengv. logspot.com. r. Acesso em 2 de . 2011.
C orient a a busc a do c onsenso ent re t rabalh adores e
a charge a -se re er ncia a uma modifica o produtiva patr es.
ocorrida na agricultura. ma contradi o presente no es-
pa o rural rasileiro derivada dessa modifica o produti- D pro e o registro de estrangeiros nas entidades profis-
va está presente em sionais do pa s.

A E pans o das terras agricultáveis, com manuten o E deso riga o Estado quanto aos direitos e deveres da
de desigualdades sociais. c lasse t rabalh adora.
B Moderni a o técnica do territ rio, com redu o do
n vel de emprego ormal. 85| ENEM 2012 - C3 - H14

C Valori a o de atividades de su sist ncia, com redu- A e peri ncia que tenho de lidar com aldeias de diver-
o da produtividade da terra. sas na es me tem eito ver, que nunca ndio e grande
confian a de ranco e, se isto sucede com os que est o á
D esenvolvimento de n cleos policultores, com am-
civili ados, como n o sucederá o mesmo com esses que
plia o da concentra o undiária.
est ão ainda brut os.
E Melhora da qualidade dos produtos, com retra o na
O O A, M. Carta a J. Caldeira Brant 2 an. 1 1. Apud C A M, M. M. Aldea-
e porta o de produtos primários. mentos ind genas
Goiás 1 49-1 11 . S o Paulo o el, Bras lia, L, 19 Adaptado

83| ENEM 2012 - C4 - H16 Em 1 49, ao separar-se de S o Paulo, a capitania de Goiás


oi governada por . Marcos de oronha, que atendeu s
ma mesma empresa pode ter sua sede administrativa
diretri es da pol tica indigenista pom alina que incentiva-
onde os impostos s o menores, as unidades de produ o
va a cria o de aldeamentos em un o
onde os salários s o os mais ai os, os capitais onde os
uros s o os mais altos e seus e ecutivos vivendo onde a A das constantes re eli es ind genas contra os rancos
qualidade de vida é mais elevada. coloni adores, que amea avam a produ o de ouro
SEVCE O, . A corrida para o século XXI no loop da montanha russa. S o Paulo nas regi es mineradoras.
Companhia das Letras, 2001 adaptado .
B da propaga o de doen as originadas do contato com
o te to est o apresentadas estratégias empresariais no os coloni adores, que di imaram oa parte da popu-
conte to da glo ali a o. ma consequ ncia social deri- la o ind gena.
vada dessas estratégias tem sido C do empenho das ordens religiosas em proteger o ind -
A o crescimento da carga tri utária. gena da e plora o, o que garantiu a sua supremacia
na administra o colonial.
B o aumento da mo ilidade ocupacional.
D da pol tica racista da Coroa Portuguesa, contrária
C a redu o da competitividade entre as empresas. miscigena o, que organi ava a sociedade em uma
D o direcionamento das vendas para os mercados re- hierarquia dominada pelos rancos.
gionais. E da nec essidade de c ont role dos branc os sobre a p op u-
E a amplia o do poder de plane amento dos Estados la o ind gena, o etivando sua adapta o s e ig n-
nac ionais. cias do tra alho regular.

39
Coleção PREPARAENEM Resolve

86| ENEM 2012 - C7 - H26 88| ENEM 2012 - C7 - H26

As plata ormas ou crátons correspondem aos terrenos A moderna conquista da Ama nia inverteu o ei o geo-
mais antigos e arrasados por muitas ases de eros o. Apre- gráfico da coloni a o da regi o. esde a época colonial
até meados do século , as correntes principais de po-
sentam uma grande comple idade litol gica, prevalecendo
pula o movimentaram-se no sentido Leste-Oeste, esta-
as rochas metam rficas muito antigas Pré-Cam riano Mé-
elecendo uma ocupa o linear articulada. as ltimas
dio e n erior . Tam ém ocorrem rochas intrusivas antigas décadas, os u os migrat rios passaram a se verificar no
e res duos de rochas sedimentares. S o tr s as áreas de sentido Sul- orte, conectando o Centro-Sul Ama nia.
plata orma de crátons no Brasil a das Guianas, a Sul-Ama- OL C, . B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada. Jornal Mundo, ano
nica e a S o rancisco. 1 , n. 4, ago. 200 adaptado .

OSS, J. L. S. Geografia do Brasil. S o Paulo Edusp, 199 . O primeiro ei o geográfico de ocupa o das terras ama -
nicas demonstra um padr o relacionado cria o de
As regi es crat nicas das Guianas e a Sul-Ama nica t m
como arca ou o geol gico vastas e tens es de escudos A n cleos ur anos em áreas litor neas.
cristalinos, ricos em minérios, que atra ram a a o de em- B centros agr colas modernos no interior.
presas nacionais e estrangeiras do setor de minera o e
C vias érreas entre espa os de minera o.
destacam-se pela sua hist ria geol gica por
D ai as de povoamento ao longo das estradas.
A apresentarem áreas de intrus es gran ticas, ricas em
a idas minerais erro, mangan s . E povoados interligados pr imos a grandes rios.

B corresponderem ao principal evento geol gico do Ce- 89| ENEM 2012 - C8 - H28
no oico no territ rio rasileiro. A irriga o da agricultura é responsável pelo consumo de
C apresentarem áreas arrasadas pela eros o, que origi- mais de 2/ de toda a água retirada dos rios, lagos e len-
naram a maior plan cie do pa s. is reáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos
que temos muita água, os agricultores que tentam produ-
D possu rem em sua e tens o terrenos cristalinos ricos ir alimentos tam ém en rentam secas peri dicas e uma
em reservas de petr leo e gás natural. competi o crescente por água.
MA A O , G. J. et. al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e
E serem esculpidas pela a o do intemperismo sico, sociedade. io de Janeiro Garamond, 2011.
decorrente da varia o de temperatura.
o Brasil, as técnicas de irriga o utili adas na agricultura
produ iram impactos socioam ientais como
87| ENEM 2012 - C1 - H1
A redução do c ust o de p rodução.
Pr imo da gre a dedicada a S o Gon alo nos deparamos
B agravamento da polui o h drica.
com uma impressionante multid o que dan ava ao som
de suas violas. T o logo viram o Vice- ei, cercaramno e C compacta o do material do solo.
o o rigaram a dan ar e pular, e erc cio violento e pouco D acelera o da ertili a o natural.
apropriado tanto para sua idade quanto posi o. Tivemos
n s mesmos que entrar na dan a, por em ou por mal, e E redirecionamento dos cursos uviais.
n o dei ou de ser interessante ver numa igre a padres,
mulheres, rades, cavalheiros e escravos a dan ar e pular 90| ENEM 2012 - C8 - H28
misturados, e a gritar a plenos pulm es Viva S o Gon a- O uso da água aumenta de acordo com as necessidades da
lo do Amarante . popula o no mundo. Porém, di erentemente do que se pos-
BA B A S, Le Gentil. oveau Vo age autour du monde. Apud T O O, J. .
sa imaginar, o aumento do consumo de água superou em
As festas no Brasil Colonial. S o Paulo Ed. 4, 2000 Adaptado duas ve es o crescimento populacional durante o século .
TE E A, . et al. Decifrando a Terra. S o Paulo Cia. Editora acional, 2009.
O via ante ranc s, ao descrever suas impress es so re
uma esta ocorrida em Salvador, em 1 1 , demonstra di- ma estratégia socioespacial que pode contri uir para al-
ficuldade em entend -la, porque, como outras mani esta- terar a l gica de uso da água apresentada no te to é a
es religiosas do per odo colonial, ela A amplia o de sistemas de reutili a o h drica.
A seguia os preceitos advindos da hierarquia cat lica romana. B e pans o da irriga o por aspers o das lavouras.
B demarcava a su miss o do povo autoridade constitu da. C intensifica o do controle do desmatamento de o-
rest as.
C definia o pertencimento dos padres s camadas populares.
D ado o de técnicas tradicionais de produ o.
D afirmava um sentido comunitário de partilha da devo o.
E cria o de incentivos fiscais para o cultivo de produtos
E harmoni ava as rela es sociais entre escravos e senhores. org nicos.

40
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
91| ENEM 2011 - C3 - H13 93| ENEM 2011 - C3 - H13

o mundo ára e, pa ses governados há décadas por re- Movimento dos Caras-Pintadas
gimes pol ticos centrali adores conta ili am metade da
popula o com menos de 0 anos desses, t m aces-
so internet. Sentindo-se sem perspectivas de uturo e
diante da estagna o da economia, esses ovens incu am
v rus sedentos por modernidade e democracia. Em mea-
dos de de em ro, um tunisiano de 2 anos, vendedor de
rutas, p e ogo no pr prio corpo em protesto por tra a-
lho, usti a e li erdade. ma série de mani esta es eclo-
de na Tun sia e, como uma epidemia, o v rus li ertário
come a a se espalhar pelos pa ses vi inhos, derru ando
em seguida o presidente do Egito, osni Mu arak. Sites e
redes sociais como o ace ook e o T itter a udaram
a mo ili ar mani estantes do norte da rica a ilhas do ispon vel em http // 1 olha.uol.com. r Acesso em 1 . a r. 2010 adaptado
Gol o Pérsico.
O movimento representado na imagem, do in cio dos
SEQ E A, C. . V LLAM A, L. A epidemia da Li erdade. Istoé Internacional. 2 anos de 1990, arre atou milhares de ovens no Brasil.
mar. 2011 adaptado . esse conte to, a uventude, movida por um orte sen-
Considerando os movimentos pol ticos mencionados no timento c vico,
te to, o acesso internet permitiu aos ovens ára es A aliou-se aos partidos de oposi o e organi ou a cam-
panha iretas Já.
A re or ar a atua o dos regimes pol ticos e istentes.
B mani estou-se contra a corrup o e pressionou pela
B tomar conhecimento dos atos sem se envolver.
aprova o da Lei da icha Limpa.
C manter o distanciamento necessário sua seguran a. C enga ou-se nos protestos rel mpago e utili ou a inter-
D disseminar v rus capa es de destruir programas dos net para agendar suas mani esta es.
computadores. D espelhou-se no movimento estudantil de 19 e pro-
E di undir ideias revolucionárias que mo ili aram a po- tagoni ou a es revolucionárias armadas.
p ulação. E tornou-se porta-vo da sociedade e in uenciou no
p roc esso de impeachment do ent ão p resident e Collor.
92| ENEM 2011 - C1 - H3
94| ENEM 2011 - C6 - H26
O rasileiro tem no o clara dos comportamentos éticos
e morais adequados, mas vive so o espectro da corrup- A loresta Ama nica, com toda a sua imensid o, n o vai
o, revela pesquisa. Se o pa s osse resultado dos pa- estar a para sempre. oi preciso alcan ar toda essa ta a
dr es morais que as pessoas di em aprovar, pareceria de desmatamento de quase 20 mil quil metros quadra-
mais com a Escandinávia do que com Bru undanga cor- dos ao ano, na ltima década do século , para que uma
rompida na o fic cia de Lima Barreto . p eq uena p arc ela de brasileiros se desse c ont a de q ue o
AGA, P. inguém é inocente. Folha de S. Paulo. 4 out. 2009 adaptado . maior patrim nio natural do pa s está sendo torrado.
AB SABE , A. Amazônia do discurso prá is. S o Paulo Ed SP, 199 .
O distanciamento entre reconhecer e cumprir e eti-
vamente o que é moral constitui uma am iguidade ine- m processo econ mico que tem contri u do na atuali-
rente ao humano, porque as normas morais s o dade para acelerar o pro lema am iental descrito é

A decorrentes da vontade divina e, por esse motivo, A E pans o do Pro eto Grande Cara ás, com incentivos
ut ó p ic as. chegada de novas empresas mineradoras.

B par metros ideali ados, cu o cumprimento é destitu - B i us o do cultivo da so a com a implanta o de mo-
do de o riga o. noculturas mecani adas.

C amplas e v o além da capacidade de o indiv duo con- C Constru o da rodovia Transama nica, com o o eti-
seguir cumpri-las integralmente. vo de interligar a regi o orte ao restante do pa s.

D criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei D Cria o de áreas e trativistas do láte das seringueiras
qual deve se su meter. para os chamados povos da oresta.

E cumpridas por aqueles que se dedicam inteiramente a E Amplia o do polo industrial da ona ranca de Ma-
o servar as normas ur dicas. naus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.

41
Coleção PREPARAENEM Resolve

95| ENEM 2011 - C6 - H27 97| ENEM 2011 - C6 - H26

O Centro-Oeste apresentou-se como e tremamente re-


ceptivo aos novos en menos da ur ani a o, á que era
praticamente virgem, n o possuindo in raestrutura de
monta, nem outros investimentos fi os vindos do passa-
do. P de, assim, rece er uma in raestrutura nova, total-
mente a servi o de uma economia moderna.
SA TOS, M. A Urbanização Brasileira. S o Paulo Ed SP, 200 adaptado .

O te to trata da ocupa o de uma parcela do territ rio


rasileiro. O processo econ mico diretamente associado
a essa oc up ação f oi o avanço da

A industriali a o voltada para o setor de ase. ispon vel em http // .ra- ugio.org. r. Acesso em 2 ul. 2010.

B economia da orracha no sul da Ama nia. A imagem retrata a araucária, árvore que a parte de
um importante ioma rasileiro que, no entanto, á oi
C ronteira agropecuária que degradou parte do cerrado.
astante degradado pela ocupa o humana. ma das
D e plora o mineral na Chapada dos Guimar es. ormas de interven o humana relacionada degrada o
desse ioma oi
E e trativismo na regi o pantaneira.
A o avan o do e trativismo de minerais metálicos volta-
96| ENEM 2011 - C2 - H6 dos para a e porta o na regi o Sudeste.
B a con nua ocupa o agr cola intensiva de gr os na re-
gi o Centro-Oeste do Brasil.
C o processo de desmatamento motivado pela e pan-
s o da atividade canavieira no ordeste rasileiro.
D o avan o da ind stria de papel e celulose a partir da
e plora o da madeira, e tra da principalmente no
Sul do Brasil.
E o adensamento do processo de aveli a o so re áre-
as da Serra do Mar na regi o Sudeste.

98| ENEM 2011 - C4 - H19

ma empresa norte-americana de ioenergia está e -


pandindo suas opera es para o Brasil para e plorar o
mercado de pinh o manso. Com sede na Cali rnia, a em-
TE E A, . et al. eci rando a Terra. S o Paulo acional, 2009 adaptado .
presa desenvolveu sementes h ridas de pinh o manso,
O gráfico relaciona diversas variáveis ao processo de or- oleaginosa utili ada ho e na produ o de iodiesel e de
ma o de solos. A interpreta o dos dados mostra que a q uerosene de aviação.
água é um dos importantes atores de pedog nese, pois MAGOSS , E. O Estado de São Paulo. 19 maio 2011 adaptado .
nas áreas
A partir do te to, a melhoria agron mica das sementes
A de clima temperado ocorrem alta pluviosidade e gran- de pinh o manso a re para o Brasil a oportunidade eco-
de p rof undidade de solos. n mica de

B tropicais ocorre menor pluviosidade, o que se relacio- A ampliar as regi es produtoras pela adapta o do cul-
tivo a di erentes condi es climáticas.
na com a menor pro undidade das rochas inalteradas.
B eneficiar os pequenos produtores camponeses de
C de latitudes em torno de 0 ocorrem as maiores pro- leo pela venda direta ao vare o.
undidades de solo, visto que há maior umidade.
C a andonar a energia automotiva derivada do petr -
D tropicais a pro undidade do solo é menor, o que evi- leo em avor de ontes alternativas.
dencia menor intemperismo qu mico da água so re as
D aratear cultivos alimentares su stitu dos pelas cultu-
roc h as.
ras energéticas de valor econ mico superior.
E de menor latitude ocorrem as maiores precipita es,
E redu ir o impacto am iental pela n o emiss o de ga-
assim como a maior pro undidade dos solos. ses do e eito estu a para a atmos era.

42
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

99| ENEM 2011 - C2 - H7 100| ENEM 2011 - C3 - H14


A no a des-ordem eo rá ca mundial: Em ora o Brasil se a signatário de conven es e tra-
uma proposta de re ionali a o t ados int ernac ionais c ont ra a t ort ura e t enh a inc orp o-
rado em seu ordenamento ur dico uma lei tipi icando
o crime, ele continua a ocorrer em larga escala. Mes-
mo que a lei que tipi ica a tortura este a vigente desde
199 , até o ano 2000 n o se conhece nenhum caso de
condena o de torturadores ulgado em ltima inst n-
cia, em ora tenham sido registrados nesse per odo
centenas de casos, além de numerosos outros presu-
m veis, mas n o registrados.
ispon vel em http // .dhnet.org. r. Acesso em 1 un. 2010 adaptado .

O te to destaca a quest o da tortura no pa s, apontando


q ue
A a usti a rasileira, por meio de tratados e leis, tem
conseguido ini ir e, inclusive, e tinguir a prática da
t ort ura.
B a e ist ncia da lei n o asta como garantia de usti a
para as v timas e testemunhas dos casos de tortura.
C as den ncias an nimas dificultam a a o da usti a,
impedindo que torturadores se am reconhecidos e
identificados pelo crime cometido.
D a alta de registro da tortura por parte das autorida-
des policiais, em ra o do desconhecimento da tortu-
ra como crime, legitima a impunidade.
E a usti a tem es arrado na precária e ist ncia de u-
risprud ncia a respeito da tortura, o que a impede de
onte L V et al. 1992 , atuali ado. at uar nesses c asos
O espa o mundial so a nova des-ordem é um emara-
101| ENEM 2011 - C6 - H29
nhado de onas, redes e aglomerados , espa os hege-
m nicos e contra-hegem nicos que se cru am de orma m dos principais o etivos de se dar continuidade s
comple a na ace da Terra. ica clara, de sa da, a pol mica pesquisas em eros o dos solos é o de procurar resolver os
que envolve uma nova regionali a o mundial. Como re- pro lemas oriundos desse processo, que, em ltima aná-
gionali ar um espa o t o heterog neo e, em parte, uido, lise, geram uma série de impactos am ientais. Além dis-
como é o espa o mundial contempor neo so, para a ado o de técnicas de conserva o dos solos,
AESBAE T, . PO TO-GO ALVES, C. . A nova des-ordem mundial. é preciso conhecer como a água e ecuta seu tra alho de
S o Paulo ESP, 200 . remo o, transporte e deposi o de sedimentos. A ero-
s o causa, quase sempre, uma série de pro lemas am-
O mapa procura representar a l gica espacial do mun-
ientais, em n vel local ou até mesmo em grandes áreas.
do contempor neo p s- ni o Soviética, no conte to de
avan o da glo ali a o e do neoli eralismo, quando a G E A, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. n G E A, A. J. T. C A, S. B.
Geomorfologia uma atuali a o de ases e conceitos.
divis o entre pa ses socialistas e capitalistas se des e e io de Janeiro Bertrand Brasil, 200 adaptado .
as categorias de primeiro e terceiro mundo perderam
sua validade e plicativa. A preserva o do solo, principalmente em áreas de en-
costas, pode ser uma solu o para evitar catástro es em
Considerando esse o etivo interpretativo, tal distri ui- un o da intensidade de u o h drico. A prática humana
ção esp ac ial ap ont a p ara que segue no caminho contrário a essa solu o é
A a estagna o dos Estados com orte identidade cultural. A a aração.
B o alcance da racionalidade anticapitalista. B o terraceamento.
C a in u ncia das grandes pot ncias econ micas. C o p ousio.
D a dissolu o de locos pol ticos regionais. D a drenagem.
E o alargamento da or a econ mica dos pa ses isl micos. E o desmatamento.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

102| ENEM 2011 - C4 - H18 104| ENEM 2011 - C6 - H29


Como os com us veis energéticos, as tecnologias da in- Em 1 2, o ert Angus Smith criou o termo chuva áci-
orma o s o, ho e em dia, indispensáveis em todos os da , descrevendo precipita es ácidas em Manchester
setores econ micos. Através delas, um maior n mero de ap s a evolu o ndustrial. Trata-se do ac mulo dema-
produtores é capa de inovar e a o solesc ncia de ens e siado de di ido de car ono e en o re na atmos era que,
servi os se acelera. Longe de estender a vida til dos equi- ao reagirem com compostos dessa camada, ormam go-
pamentos e a sua capacidade de repara o, o ciclo de vida culas de chuva ácida e par culas de aeross is. A chuva
desses produtos diminui, resultando em maior necessida- ácida n o necessariamente ocorre no local poluidor, pois
de de matéria-prima para a a rica o de novos. tais poluentes, ao serem lan ados na atmos era, s o le-
G OSSA , C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano , n , 2010 adaptado .
vados pelos ventos, podendo provocar a rea o em regi-
es distantes. A água de orma pura apresenta p , e, ao
A postura consumista de nossa sociedade indica a cres- contatar agentes poluidores, reage modificando seu p
cente produ o de li o, principalmente nas áreas ur a- para , e até menos que isso, o que provoca rea es,
nas, o que, associado a modos incorretos de deposi o, dei ando consequ ncias.
A provoca a contamina o do solo e do len ol reático, ispon vel em http // . rasilescola.com. Acesso em 1 maio 2010 adaptado .
ocasionando assim graves pro lemas socioam ien- O te to aponta para um en meno atmos érico causador
tais, que se adensar o com a continuidade da cultura
de graves pro lemas ao meio am iente a chuva ácida
do consumo desen reado.
pluviosidade com p ai o . Esse en meno tem como
B produ e eitos perversos nos ecossistemas, que s o c onseq uênc ia
sanados por cadeias de organismos decompositores
A a corros o de metais, pinturas, monumentos hist ricos,
que assumem o papel de eliminadores dos res duos
destrui o da co ertura vegetal e acidifica o dos lagos.
depositados em li es.
B a diminui o do aquecimento glo al, á que esse tipo
C multiplica o n mero de li es a céu a erto, conside-
de chuva retira poluentes da atmos era.
rados atualmente a erramenta capa de resolver de
orma simplificada e arata o pro lema de deposi o C a destrui o da auna e da ora, e redu o dos recur-
de res duos nas grandes cidades. sos h dricos, com o assoreamento dos rios.
D estimula o empreendedorismo social, visto que um D as enchentes, que atrapalham a vida do cidad o ur a-
grande n mero de pessoas, os catadores, t m livre no, corroendo, em curto pra o, autom veis e fios de
acesso aos li es, sendo assim inclu dos na cadeia co re da rede elétrica.
produtiva dos res duos tecnol gicos.
E a degrada o da terra nas regi es semiáridas, locali-
E possi ilita a amplia o da quantidade de re eitos que adas, em sua maioria, no ordeste do nosso pa s.
podem ser destinados a associa es e cooperativas
de catadores de materiais recicláveis, financiados por 105| ENEM 2011 - C6 - H27
institui es da sociedade civil ou pelo poder p lico.
O en meno de ilha de calor é o e emplo mais marcante
103| ENEM 2011 - C4 - H18 da modifica o das condi es iniciais do clima pelo pro-
cesso de ur ani a o, caracteri ado pela modifica o do
O pro essor Paulo Saldiva pedala km em 22 minutos de
solo e pelo calor antropog nico, o qual inclui todas as ati-
casa para o tra alho, todos os dias. unca oi atingido por
vidades humanas inerentes sua vida na cidade.
um carro. Mesmo assim, é v tima diária do tr nsito de S o
Paulo a cada minuto so re a icicleta, seus pulm es s o BA BOSA, . V. . Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos
estudo em microclimas em Macei . S o Paulo Ed SP, 200 .
envenenados com , microgramas de polui o particu-
lada poeira, uma a, uligem, par culas de metal em O te to e emplifica uma importante altera o socioam-
suspens o, sul atos, nitratos, car ono, compostos org - iental, comum aos centros ur anos. A ma imi a o des-
nic os e out ras subst ânc ias noc ivas. se en meno ocorre
ESCOBA , . Sem Ar. O Estado de S o Paulo. Ago. 200 . A pela reconstru o dos leitos originais dos cursos
A popula o de uma metr pole rasileira que vive nas d água antes canali ados.
mesmas condi es socioam ientais das do pro essor ci- B pela recomposi o de áreas verdes nas áreas centrais
tado no te to apresentará uma tend ncia de dos c ent ros urbanos.
A amplia o da ta a de ecundidade. C pelo uso de materiais com alta capacidade de re e o
no topo dos edi cios.
B diminui o da e pectativa de vida.
D pelo processo de impermea ili a o do solo nas áreas
C eleva o do crescimento vegetativo. c ent rais das c idades.
D aumento na participa o relativa de idosos. E pela constru o de vias e pressas e gerenciamento de
E redu o na propor o de ovens na sociedade. trá ego terrestre.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

106| ENEM 2011 - C6 - H27 108| ENEM 2011 - C3 - H14


SOB RADINH O
Completamente anal a eto, ou quase, sem assist ncia
O homem chega, á des a a nature a médica, n o lendo ornais, nem revistas, nas quais se li-
Tira gente, p e represa, di que tudo vai mudar mita a ver as figuras, o tra alhador rural, a n o ser em
casos esporádicos, tem o patr o na conta de en eitor. o
O S o rancisco lá pra cima da Bahia
plano pol tico, ele luta com o coronel e pelo coronel .
i que dia menos dia vai su ir em devagar A est o os votos de ca resto, que resultam, em grande
E passo a passo vai cumprindo a pro ecia do eato que parte, da nossa organi a o econ mica rural.
di ia que o Sert o ia alagar. LEAL, V. . Coronelismo, enxada e voto. S o Paulo Al a- mega, 19 adaptado .
S E G A AB A. Disco Pirão de peixe com pimenta. Som Livre, 19 adaptado .
O coronelismo, en meno pol tico da Primeira ep lica
O trecho da m sica a re er ncia a uma importante o ra 1 9-19 0 , tinha como uma de suas principais carac-
na regi o do rio S o rancisco. ma consequ ncia socio- ter sticas o controle do voto, o que limitava, portanto, o
esp ac ial dessa c onst rução f oi e erc cio da cidadania. esse per odo, esta prática estava
A a migra o or ada da popula o ri eirinha. vinculada a uma estrutura social

B o re ai amento do n vel do len ol reático local. A igualitária, com um n vel satis at rio de distri ui o
da renda.
C a preserva o da mem ria hist rica da regi o.
B estagnada, com uma relativa harmonia entre as
D a amplia o das áreas de clima árido. c lasses.
E a redu o das áreas de agricultura irrigada.
C tradicional, com a manuten o da escravid o nos en-
genhos como orma produtiva pica.
107| ENEM 2011 - C4 - H20
D ditatorial, pertur ada por um constante clima de
Estamos testemunhando o reverso da tend ncia hist rica opress o mantido pelo e ército e pol cia.
da assalaria o do tra alho e sociali a o da produ o,
E agrária, marcada pela concentra o da terra e do po-
que oi caracter stica predominante na era industrial. A
der pol tico local e regional.
nova organi a o social e econ mica aseada nas tec-
nologias da in orma o visa administra o descentra-
li adora, ao tra alho individuali ante e aos mercados 109| ENEM 2011 - C3 - H14
personali ados. As novas tecnologias da in orma o pos-
si ilitam, ao mesmo tempo, a descentrali a o das tare- a década de 1990, os movimentos sociais camponeses
as e sua coordena o em uma rede interativa de comu- e as O Gs tiveram destaque, ao lado de outros su eitos
nica o em tempo real, se a entre continentes, se a entre coletivos. a sociedade rasileira, a a o dos movimen-
os andares de um mesmo edi cio. tos sociais vem construindo lentamente um con unto
de práticas democráticas no interior das escolas, das
CASTELLS, M. A sociedade em rede. S o Paulo Pa e Terra, 200 adaptado . comunidades, dos grupos organi ados e na inter ace da
o conte to descrito, as sociedades vivenciam mudan as sociedade civil com o Estado. O diálogo, o con ronto e o
constantes nas erramentas de comunica o que a etam con ito t m sido os motores no processo de constru o
os processos produtivos nas empresas. a es era do tra- democrática.
alho, tais mudan as t m provocado SO A, M. A. Movimentos sociais no Brasil contempor neo participa o e possi-
ilidades das práticas democráticas. ispon vel em http // .ces.uc.pt. Acesso
A o apro undamento dos v nculos dos operários com em 0 a r. 2010 adaptado .
as linhas de montagem so in u ncia dos modelos
orientais de gest o. Segundo o te to, os movimentos sociais contri uem para
o processo de constru o democrática, porque
B o aumento das ormas de teletra alho como solu o de
larga escala para o pro lema do desemprego cr nico. A determinam o papel do Estado nas trans orma es
C o avan o do tra alho e vel e da terceiri a o como socioecon micas.
respostas s demandas por inova o e com vistas B aumentam o clima de tens o social na sociedade civil.
mo ilidade dos investimentos.
C pressionam o Estado para o atendimento das deman-
D a autonomi a o crescente das máquinas e compu- das da soc iedade.
tadores em su stitui o ao tra alho dos especialistas
técnicos e gestores. D privilegiam determinadas parcelas da sociedade em
detrimento das demais.
E o ortalecimento do diálogo entre operários, geren-
tes, e ecutivos e clientes com a garantia de harmoni- E propiciam a ado o de valores éticos pelos rg os do
a o das rela es de tra alho. Estado.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

110| ENEM 2011 - C3 - H14 A A rique a gerada pelo ca é dava oligarquia paulista
a prerrogativa de indicar os candidatos presid ncia,
Art. 92. S o e clu dos de votar nas Assem leias Paro- sem necessidade de alian as.
quiais
B As divis es pol ticas internas de cada estado da ede-
. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais n o se ra o invalidavam o uso do conceito de alian a entre
compreendam os casados, e Oficiais Militares, que o- estados para este per odo.
rem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis orma-
dos e Clérigos de Ordens Sacras. C As disputas pol ticas do per odo contradi iam a supos-
ta esta ilidade da alian a entre mineiros e paulistas.
V. Os eligiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade
c laust ral. D A centrali a o do poder no e ecutivo ederal impedia a
orma o de uma alian a duradoura entre as oligarquias.
V. Os que n o tiverem de renda l quida anual cem mil réis
por ens de rai , ind stria, comércio ou empregos. E A diversifica o da produ o e a preocupa o com o mer-
Constitui o Pol tica do mpério do Brasil 1 24 .
cado interno unificavam os interesses das oligarquias.
ispon vel em https //legisla o.planalto.gov. r. Acesso em 2 a r. 2010 adaptado .
112| ENEM 2011 - C6 - H26
A legisla o espelha os con itos pol ticos e sociais do con-
te to hist rico de sua ormula o. A Constitui o de 1 24
regulamentou o direito de voto dos cidad os rasileiros
com o o etivo de garantir

A o fim da inspira o li eral so re a estrutura pol tica


brasileira.
B a amplia o do direito de voto para maioria dos rasi-
leiros nasc idos livres.
C a concentra o de poderes na regi o produtora de
ca é, o Sudeste rasileiro.
D o controle do poder pol tico nas m os dos grandes
proprietários e comerciantes.
E a diminui o da inter er ncia da gre a Cat lica nas
decis es pol tico-administrativas.

111| ENEM 2011 - C3 - H14

Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos,


as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena pol ti- oto de Milit o, S o Paulo, 1 9.
ca nacional na Primeira ep lica A uni o de am as oi ALE CAST O, L. . org . ist ria da vida privada no Brasil.
mpério a corte e a modernidade nacional. S o Paulo Cia. das Letras, 199 .
um tra o undamental, mas que n o conta toda a hist ria
do per odo. A uni o oi eita com a preponder ncia de Que aspecto hist rico da escravid o no Brasil do séc.
uma ou de outra das duas ra es. Com o tempo, surgi- pode ser identificado a partir da análise do vestuário do
ram as discuss es e um grande desacerto final. casal retratado acima
A STO, B. História do Brasil. S o Paulo Ed SP, 2004 adaptado . A O uso de tra es simples indica a rápida incorpora o
dos e -escravos ao mundo do tra alho ur ano.
A imagem de um em-sucedido acordo ca é com leite
entre S o Paulo e Minas, um acordo de altern ncia de B A presen a de acess rios como chapéu e som rinha
presid ncia entre os dois estados, n o passa de uma ide- aponta para a manuten o de elementos culturais de
ali a o de um processo muito mais ca tico e cheio de origem a ricana.
con itos. Pro undas diverg ncias pol ticas colocavam-nos C O uso de sapatos é um importante elemento de di e-
em con ronto por causa de di erentes graus de envolvi- rencia o social entre negros li ertos ou em melhores
mento no comércio e terior. condi es na ordem escravocrata.
TOP , S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. D A utili a o do palet e do vestido demonstra a tenta-
io de Janeiro ecord, 19 9 adaptado).
tiva de assimila o de um estilo europeu como orma
Para a caracteri a o do processo pol tico durante a Pri- de distin o em rela o aos rasileiros.
meira ep lica, utili a-se com requ ncia a e press o E A ado o de roupas pr prias para o tra alho domés-
Pol tica do Ca é com Leite. o entanto, os te tos apresen- tico tinha como finalidade demarcar as ronteiras da
tam a seguinte ressalva a sua utili a o e clus o social naquele conte to.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

113| ENEM 2011 - C4 - H20 115| ENEM 2011 - C3 - H14

A introdu o de novas tecnologias desencadeou uma sé- di cil encontrar um te to so re a Proclama o da e-


rie de e eitos sociais que a etaram os tra alhadores e sua p lica no Brasil que n o cite a afirma o de Aristides
organi a o. O uso de novas tecnologias trou e a dimi- Lo o, no iário Popular de S o Paulo, de que o povo
nui o do tra alho necessário que se tradu na economia assistiu quilo estiali ado . Essa vers o oi relida pelos
l quida do tempo de tra alho, uma ve que, com a pre- enaltecedores da evolu o de 19 0, que n o descui-
sen a da automa o microeletr nica, come ou a ocorrer daram da orma repu licana, mas real aram a e clus o
a diminui o dos coletivos operários e uma mudan a na social, o militarismo e o estrangeirismo da rmula im-
organi a o dos processos de tra alho. plantada em 1 9. sto porque o Brasil rasileiro teria
evista Eletr nica de Geografia Ci ncias Sociales.
nascido em 19 0.
niversidad de Barcelona. 1 0 9 , 1 ago. 2004.
MELLO, M. T. C. A república consentida cultura democrática e cien fica no final
do mpério. io de Janeiro GV, 200 adaptado .
A utili a o de novas tecnologias tem causado in meras
altera es no mundo do tra alho. Essas mudan as s o O te to de ende que a consolida o de uma determina-
o servadas em um modelo de produ o caracteri ado da mem ria so re a Proclama o da ep lica no Brasil
teve, na evolu o de 19 0, um de seus momentos mais
A pelo uso intensivo do tra alho manual para desenvol-
importantes. Os de ensores da evolu o de 19 0 pro-
ver produtos aut nticos e personali ados.
curaram construir uma vis o negativa para os eventos de
B pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de tra- 1 9, porque esta era uma maneira de
balh o no set or indust rial.
A valori ar as propostas pol ticas democráticas e li erais
C pela participa o ativa das empresas e dos pr prios vit oriosas.
tra alhadores no processo de qualifica o la oral.
B resgatar sim olicamente as figuras pol ticas ligadas
D pelo aumento na o erta de vagas para tra alhadores M onarq uia.
especiali ados em un es repetitivas.
C criticar a pol tica educacional adotada durante a e-
E pela manuten o de estoques de larga escala em un- p lica Velha.
o da alta produtividade.
D legitimar a ordem pol tica inaugurada com a chegada
114| ENEM 2011 - C5 - H22 desse grupo ao poder.
E destacar a ampla participa o popular o tida no pro-
Propor o de eleitorado inscrito em rela o popula- cesso da Proclama o.
o: 19 0-2000

116| ENEM 2011 - C6 - H25

O acidente nuclear de Cherno l revela rutalmente os


limites dos poderes técnico-cien ficos da humanidade e
as marchas- -ré que a nature a nos pode reservar.
evidente que uma gest o mais coletiva se imp e para
orientar as ci ncias e as técnicas em dire o a finalidades
mais humanas.
G ATTA , . As três ecologias. S o Paulo Papirus, 199 adaptado .

GOMES, A. et al. A República no Brasil. io de Janeiro ova ronteira, 2002. O te to trata do aparato técnico-cien fico e suas conse-
qu ncias para a humanidade, propondo que esse desen-
A análise da ta ela permite identificar um intervalo de volvimento
tempo no qual uma altera o na propor o de eleitores
inscritos resultou de uma luta hist rica de setores da so- A defina seus pro etos a partir dos interesses coletivos.
ciedade rasileira. O intervalo de tempo e a conquista es- B guie-se por interesses econ micos, prescritos pela l -
t o associados, respectivamente, em gica do mercado.
A 1940-19 0 - direito de voto para os e -escravos. C priori e a evolu o da tecnologia, se apropriando da
B 19 0-19 0 - fim do voto secreto. nature a.

C 19 0-19 0 - direito de voto para as mulheres. D promova a separa o entre nature a e sociedade tec-
nol gica.
D 19 0-19 0 - fim do voto o rigat rio.
E tenha gest o pr pria, com o o etivo de melhor apro-
E 19 0-199 - direito de voto para os anal a etos. pria o da nature a.

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117| ENEM 2011 - C4 - H20 119| ENEM 2011 - C3 - H14


m volume imenso de pesquisas tem sido produ ido o clima das ideias que se seguiram revolta de S o omin-
para tentar avaliar os e eitos dos programas de televis o. gos, o desco rimento de planos para um levante armado
A maioria desses estudos di respeito s crian as o que dos ar fices mulatos na Bahia, no ano de 1 9 , teve impac-
é astante compreens vel pela quantidade de tempo que to muito especial esses planos demonstravam aquilo que
elas passam em rente ao aparelho e pelas poss veis im-
os rancos conscientes tinham á come ado a compreender
plica es desse comportamento para a sociali a o. ois
as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa
dos t picos mais pesquisados s o o impacto da televis o
sociedade em que s um ter o da popula o era de rancos
no m ito do crime e da viol ncia e a nature a das no -
cias e i idas na televis o. e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.
MA ELL. . Condicionalismos da Independência do Brasil. n S LVA, M. . coord.
G E S, A. Sociologia. Porto Alegre Artmed, 200 . O mpério luso- rasileiro, 1 0-1 22. Lis oa Estampa, 19 .

O te to indica que e iste uma significativa produ o O temor do radicalismo da luta negra no aiti e das pro-
cien fica so re os impactos socioculturais da televis o na postas das lideran as populares da Con ura o Baiana
vida do ser humano. E as crian as, em particular, s o as 1 9 levaram setores da elite colonial rasileira a novas
mais vulneráveis a essas in u ncias, porque posturas diante das reivindica es populares. o per odo
A codificam in orma es transmitidas nos programas da ndepend ncia, parte da elite participou ativamente
in antis por meio da o serva o. do processo, no intuito de

B adquirem conhecimentos variados que incentivam o A instalar um partido nacional, so sua lideran a, ga-
p roc esso de int eração soc ial. rantindo participa o controlada dos a ro rasileiros e
ini indo novas re eli es de negros.
C interiori am padr es de comportamento e papéis so-
ciais com menor vis o cr tica. B atender aos clamores apresentados no movimento
aiano, de modo a invia ili ar novas re eli es, garan-
D o servam ormas de conviv ncia social aseadas na
tindo o controle da situa o.
t olerânc ia e no resp eit o.
C firmar alian as com as lideran as escravas, permitin-
E apreendem modelos de sociedade pautados na o -
servânc ia das leis. do a promo o de mudan as e igidas pelo povo sem
a pro undidade proposta inicialmente.

118| ENEM 2011 - C3 - H14 D impedir que o povo con erisse ao movimento um teor
li ertário, o que terminaria por pre udicar seus inte-
Su indo morros, margeando c rregos ou penduradas em resses e seu pro eto de na o.
palafitas, as avelas a em parte da paisagem de um ter o
E re elar-se contra as representa es metropolitanas,
dos munic pios do pa s, a rigando mais de 10 milh es de
pessoas, segundo dados do nstituto Brasileiro de Geo- isolando politicamente o Pr ncipe egente, instalando
grafia e Esta stica BGE . um governo conservador para controlar o povo.

MA T S, A. . A favela como um espaço da cidade. 120| ENEM 2011 - C3 - H14


ispon vel em http // .revistaescola.a ril.com. r. Acesso em 1 ul. 2010.

Os tr s tipos de poder representam tr s diversos tipos de


A situa o das avelas no pa s reporta a graves pro le-
motiva es no poder tradicional, o motivo da o edi ncia
mas de desordenamento territorial. esse sentido, uma
é a cren a na sacralidade da pessoa do so erano no poder
caracter stica comum a esses espa os tem sido
racional, o motivo da o edi ncia deriva da cren a na racio-
A o plane amento para a implanta o de in raestruturas nalidade do comportamento con orme a lei no poder caris-
ur anas necessárias para atender as necessidades á- mático, deriva da cren a nos dotes e traordinários do che e.
sicas dos moradores. BOBB O, . Estado, Governo, Sociedade: para uma teoria geral da pol tica.
S o Paulo Pa e Terra, 1999 adaptado .
B a organi a o de associa es de moradores interessa-
das na melhoria do espa o ur ano e financiadas pelo O te to apresenta tr s tipos de poder que podem ser
poder p lico. identificados em momentos hist ricos distintos. dentifi-
C a presen a de a es re erentes educa o am iental que o per odo em que a o edi ncia esteve associada pre-
com consequente preserva o dos espa os naturais dominantemente ao poder carismático
c irc undant es. A ep lica ederalista orte-Americana.
D a ocupa o de áreas de risco susce veis a enchentes B ep lica ascista taliana no século .
ou desmoronamentos com consequentes perdas ma-
teriais e humanas. C Monarquia Teocrática do Egito Antigo.
E o isolamento socioecon mico dos moradores ocupan- D Monarquia A soluta rancesa no século V .
tes desses espa os com a resultante multiplica o de
E Monarquia Constitucional Brasileira no século .
pol ticas que tentam reverter esse quadro.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

121| ENEM 2011 - C3 - H14 123| ENEM 2011 - C4 - H19

A Lei 10. 9, de 9 de aneiro de 200 , inclui no curr culo Se a mania de echar, verdadeiro habitus da mentalidade
dos esta elecimentos de ensino undamental e médio, medieval nascido talve de um pro undo sentimento de
oficiais e particulares, a o rigatoriedade do ensino so- inseguran a, estava di undida no mundo rural, estava do
mesmo modo no meio ur ano, pois que uma das carac-
re ist ria e Cultura A ro-Brasileira e determina que
ter sticas da cidade era de ser limitada por portas e por
o conte do programático incluirá o estudo da ist ria uma muralha.
da rica e dos a ricanos, a luta dos negros no Brasil, a
B , G. et al. Séculos V- V . n A S, P. B , G. História da vida privada da
cultura negra rasileira e o negro na orma o da socie- Europa Feudal à Renascença. S o Paulo Cia. das Letras, 1990 adaptado .
dade nacional, resgatando a contri ui o do povo negro
As práticas e os usos das muralhas so reram importantes
nas áreas social, econ mica e pol tica pertinentes is-
mudan as no final da dade Média, quando elas assumi-
t ria do Brasil, além de instituir, no calendário escolar, o ram a un o de pontos de passagem ou p rticos. Este
dia 20 de novem ro como data comemorativa do ia processo está diretamente relacionado com
da Consci ncia egra .
A o crescimento das atividades comerciais e ur anas.
ispon vel em http // .planalto.gov. r. Acesso em 2 ul. 2010 adaptado .
B a migra o de camponeses e artes os.
A re erida lei representa um avan o n o s para a edu- C a e pans o dos parques industriais e a ris.
ca o nacional, mas tam ém para a sociedade rasileira,
D o aumento do n mero de castelos e eudos.
p orq ue
E a conten o das epidemias e doen as.
A legitima o ensino das ci ncias humanas nas escolas.
B divulga conhecimentos para a popula o a ro- rasileira. 124| ENEM 2011 - C1 - H3
C re or a a concep o etnoc ntrica so re a rica e sua Reli i es no Brasil 2007
c ult ura.
D garante aos a rodescendentes a igualdade no acesso
educ ação.
E impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-
racial do pa s.

122| ENEM 2011 - C3 - H14

O a car e suas técnicas de produ o oram levados Eu-


ropa pelos ára es no século V , durante a dade Média,
mas oi principalmente a partir das Cru adas séculos e
que a sua procura oi aumentando. essa época pas-
sou a ser importado do Oriente Médio e produ ido em
pequena escala no sul da tália, mas continuou a ser um
produto de lu o, e tremamente caro, chegando a figurar
nos dot es de p rinc esas c asadoiras.
CAMPOS, . Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). S o Paulo Atual, 199 .
SM T , . Atlas da Situação Mundial. S o Paulo Cia. Editora acional, 200 adaptado .
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o
a car oi o produto escolhido por Portugal para dar in - ma e plica o de caráter hist rico para o percentual da re-
cio coloni a o rasileira, em virtude de ligi o com maior n mero de adeptos declarados no Brasil oi
a e ist ncia, no passado colonial e monárquico, da
A o lucro o tido com o seu comércio ser muito vanta oso. A incapacidade do cristianismo de incorporar aspectos
B os ára es serem aliados hist ricos dos portugueses. de outras religi es.
C a m o de o ra necessária para o cultivo ser insuficiente. B incorpora o da ideia de li erdade religiosa na es era
p lica.
D as eitorias a ricanas acilitarem a comerciali a o desse
p rodut o. C permiss o para o uncionamento de igre as n o crist s.
D rela o de integra o entre Estado e gre a.
E os nativos da América dominarem uma técnica de culti-
vo semelhante. E in u ncia das religi es de origem a ricana.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

125| ENEM 2011 - C3 - H14 127| ENEM 2011 - C3 - H14

Em geral, os nossos tupinam ás ficam em admirados ao Acompanhando a inten o da urguesia renascentista de


ver os ranceses e os outros dos pa ses long nquos terem ampliar seu dom nio so re a nature a e so re o espa o
tanto tra alho para uscar o seu ara ot , isto é, pau- ra- geográfico, através da pesquisa cien fica e da inven o
sil. ouve uma ve um anci o da tri o que me e esta tecnol gica, os cientistas tam ém iriam se atirar nessa
aventura, tentando conquistar a orma, o movimento, o
pergunta Por que vindes v s outros, mairs e per s ran-
espa o, a lu , a cor e mesmo a e press o e o sentimento.
ceses e portugueses , uscar lenha de t o longe para vos
aquecer o tendes madeira em vossa terra SEVCE O, . O Renascimento. Campinas nicamp, 19 4.

L , J. Viagem Terra do Brasil. n E A ES, . O te to apresenta um esp rito de época que a etou tam-
Mudanças Sociais no Brasil. S o Paulo i el, 19 4. ém a produ o ar stica, marcada pela constante rela o
ent re
O via ante ranc s Jean de Lér 1 4-1 11 reprodu um
diálogo travado, em 1 , com um anci o tupinam á, o A é e misticismo.
qual demonstra uma di eren a entre a sociedade euro- B c iênc ia e art e.
peia e a ind gena no sentido
C cultura e comércio.
A do destino dado ao produto do tra alho nos seus sis-
D pol tica e economia.
temas culturais.
E astronomia e religi o.
B da preocupa o com a preserva o dos recursos am-
bient ais. 128| ENEM 2011 - C2 - H7
C do interesse de am as em uma e plora o comercial
Os chineses n o atrelam nenhuma condi o para e etu-
mais lucrativa do pau- rasil.
ar investimentos nos pa ses a ricanos. Outro ponto inte-
D da curiosidade, rever ncia e a ertura cultural rec procas. ressante é a venda e compra de grandes somas de áreas,
posteriormente cercadas. Por se tratar de pa ses instáveis
E da preocupa o com o arma enamento de madeira
e com governos ainda n o consolidados, teme-se que algu-
para os per odos de inverno.
mas na es da rica tornem-se literalmente protetorados.
B A COL , . China e os novos investimentos na rica
126| ENEM 2011 - C4 - H19 neocolonialismo ou mudan as na arquitetura glo al
ispon vel em http //opiniaoenoticia.com. r. Acesso em 29 a r. 2010 adaptado .
o Estado de S o Paulo, a mecani a o da colheita da ca-
A presen a econ mica da China em vastas áreas do glo o
na-de-a car tem sido indu ida tam ém pela legisla o
é uma realidade do século . A partir do te to, como é
am iental, que pro e a reali a o de queimadas em áre-
poss vel caracteri ar a rela o econ mica da China com o
as pr imas aos centros ur anos. a regi o de i eir o
continente a ricano
Preto, principal polo sucroalcooleiro do pa s, a mecani a-
o da colheita á é reali ada em 1 mil dos 1, milh o A Pela presen a de rg os econ micos internacionais
de hectares cultivados com cana-de-a car. como o undo Monetário nternacional M e o
Banco Mundial, que restringem os investimentos chi-
BALSA , O. et al. Trans orma es Tecnol gicas e a or a de tra alho na agricultura
rasileira no per odo de 1990-2000. Revista de economia agrícola. V. 49 1 , 2002.
neses, uma ve que estes n o se preocupam com a
preserva o do meio am iente.
O te to a orda duas quest es, uma am iental e outra so- B Pela a o de O Gs Organi a es o Governamen-
cioecon mica, que integram o processo de moderni a o tais que limitam os investimentos estatais chineses,
da produ o canavieira. Em torno da associa o entre uma ve que estes se mostram desinteressados em
elas, uma mudan a decorrente desse processo é a rela o aos pro lemas sociais a ricanos.
A perda de nutrientes do solo devido utili a o cons- C Pela alian a com os capitais e investimentos diretos reali-
tante de máquinas. ados pelos pa ses ocidentais, promovendo o crescimen-
B efici ncia e racionalidade no plantio com maior pro- to econ mico de algumas regi es desse continente.
dutividade na colheita. D Pela presen a cada ve maior de investimentos dire-
C amplia o da o erta de empregos nesse tipo de am- tos, o que pode representar uma amea a so erania
iente produtivo. dos pa ses a ricanos ou manipula o das a es destes
governos em avor dos grandes pro etos.
D menor compacta o do solo pelo uso de maquinário
E Pela presen a de um n mero cada ve maior de di-
agr cola de porte.
plomatas, o que pode levar orma o de um Mer-
E polui o do ar pelo consumo de com us veis sseis cado Comum Sino-A ricano, amea ando os interes-
pelas máquinas. ses oc ident ais.

50
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

129| ENEM 2011 - C3 - H14 131| ENEM 2011 - C5 - H21


TEX TO I
O ca é tem origem na regi o onde ho e se encontra a Eti-
pia, mas seu cultivo e consumo se disseminaram a partir A a o democrática consiste em todos tomarem parte do
da Pen nsula ra e. Aportou Europa por Constantino- processo decis rio so re aquilo que terá consequ ncia
pla e, finalmente, em 1 1 , ganhou a cidade de Vene a. na vida de toda coletividade.
Quando o ca é chegou regi o europeia, alguns clérigos GALLO, S. et al. tica e Cidadania. Caminhos da ilosofia.
sugeriram que o produto deveria ser e comungado, por Campinas Papirus, 199 adaptado .
ser o ra do dia o. O papa Clemente V 1 92-1 0 ,
TEX TO II
contudo, resolveu provar a e ida. Tendo gostado do sa-
or, decidiu que ela deveria ser ati ada para que se tor- necessário que ha a li erdade de e press o, fiscali a o
nasse uma e ida verdadeiramente crist . so re rg os governamentais e acesso por parte da po-
T O , J. Guia do café. Lis oa Livros e livros, 199 adaptado . pula o s in orma es tra idas a p lico pela imprensa.
ispon vel em http // .o servatoriodaimprensa.com. r. Acesso em 24 a r. 2010.
A postura dos clérigos e do papa Clemente V diante da
introdu o do ca é na Europa Ocidental pode ser e plica- Partindo da perspectiva de democracia apresentada no
da p ela assoc iação dessa bebida ao Te to , os meios de comunica o, de acordo com o Te to
, assumem um papel relevante na sociedade por
A ate smo.
A orientarem os cidad os na compra dos ens necessá-
B uda smo. rios sua so reviv ncia e em-estar.
C hindu smo. B ornecerem in orma es que omentam o de ate po-
D islamismo. l tico na es era p lica.
E protestantismo. C apresentarem aos cidad os a vers o oficial dos atos.
D propiciarem o entretenimento, aspecto relevante
130| ENEM 2011 - C3 - H14 para conscienti a o pol tica.

A consolida o do regime democrático no Brasil contra os E promoverem a unidade cultural, por meio das trans-
e tremismos da esquerda e da direita e ige a o enérgica miss es esportivas.
e permanente no sentido do aprimoramento das institui-
132| ENEM 2011 - C6 - H29
es pol ticas e da reali a o de re ormas cora osas no
terreno econ mico, financeiro e social. Cadeia a roindustrial inte rada ao supermercado
Mensagem programática da ni o emocrática acional 19 .

Os tra alhadores dever o e igir a constitui o de um go-


verno nacionalista e democrático, com participa o dos
tra alhadores para a reali a o das seguintes medidas
a e orma ancária progressista e orma agrária que
e tinga o lati ndio c egulamenta o da Lei de emes-
sas de Luc ros.
Mani esto do Comando Geral dos Tra alhadores CGT 19 2. S LVA, E. S. O. Circuito espacial de produ o e comerciali a o da produ o
BO AV ES, P AMA AL, . Textos políticos da história do Brasil. amiliar de tomate no munic pio de S o José de á J . n BE O, M. A.
Bras lia Senado ederal, 2002. MA A O , G. J. orgs. .
A metr pole e o interior uminense simetrias e assimetrias geográficas.
io de Janeiro Gramma, 2009 adaptado .
os anos 19 0, eram comuns as disputas pelo signi i-
cado de termos usados no de ate pol tico, como de- O organograma apresenta os diversos atores que inte-
mocracia e re orma. Se, para os setores aglutinados em gram uma cadeia agroindustrial e a intensa rela o entre
torno da , as re ormas deveriam assegurar o livre os setores primário, secundário e terciário. esse senti-
mercado, para aqueles organi ados no CGT, elas deve- do, a disposi o dos atores na cadeia agroindustrial de-
riam resultar em monstra
A fim da interven o estatal na economia. A a autonomia do setor primário.
B crescimento do setor de ens de consumo. B a import ncia do setor financeiro.
C controle do desenvolvimento industrial. C o distanciamento entre campo e cidade.
D atra o de investimentos estrangeiros. D a su ordina o da ind stria agricultura.
E limita o da propriedade privada. E a hori ontalidade das rela es produtivas.

51
Coleção PREPARAENEM Resolve

133| ENEM 2011 - C3 - H14 135| ENEM 2011 - C3 - H14


Em meio s tur ul ncias vividas na primeira metade dos
anos 19 0, tinha-se a impress o de que as tend ncias de
esquerda estavam se ortalecendo na área cultural. O Cen-
tro Popular de Cultura CPC da ni o acional dos Estu-
dantes E encenava pe as de teatro que a iam agita-
o e propaganda em avor da luta pelas re ormas de ase
e satiri avam o imperialismo e seus aliados internos .
O E , L. História das Ideias Socialistas no Brasil. S o Paulo E press o Popular, 200 .

o in cio da década de 19 0, enquanto vários setores da es-


querda rasileira consideravam que o CPC da E era uma
importante orma de conscienti a o das classes tra alhado-
ras, os setores conservadores e de direita pol ticos vinculados
ni o emocrática acional - -, gre a Cat lica, gran-
des empresários etc. entendiam que esta organi a o
Charge capa da revista O Malho , de 1904. ispon vel em http //1. p. logspot.com.
A constitu a mais uma amea a para a democracia rasi-
leira, ao di undir a ideologia comunista. A imagem representa as mani esta es nas ruas da cida-
de do io de Janeiro, na primeira década do século ,
B contri u a com a valori a o da genu na cultura na-
que integraram a evolta da Vacina. Considerando o con-
cional, ao encenar pe as de cunho popular.
te to pol tico-social da época, essa revolta revela
C reali ava uma tare a que deveria ser e clusiva do Esta-
do, ao pretender educar o povo por meio da cultura. A a insatis a o da popula o com os ene cios de uma
D prestava um servi o importante sociedade rasileira, moderni a o ur ana autoritária.
ao incentivar a participa o pol tica dos mais po res. B a c onsc iênc ia da p op ulação p obre sobre a nec essida-
E diminu a a or a dos operários ur anos, ao su stituir de de vacina o para a erradica o das epidemias.
os sindicatos como institui o de press o pol tica so-
re o governo. C a garantia do processo democrático instaurado com a
ep lica, através da de esa da li erdade de e pres-
134| ENEM 2011 - C4 - H16 são da p op ulação.
As migra es transnacionais, intensificadas e generali a- D o plane amento do governo repu licano na área de
das nas ltimas décadas do século , e pressam aspectos
sa de, que a rangia a popula o em geral.
particularmente importantes da pro lemática racial, visto
como dilema tam ém mundial. eslocam-se indiv duos, E o apoio ao governo repu licano pela atitude de vaci-
am lias e coletividades para lugares pr imos e distantes, nar toda a popula o em ve de privilegiar a elite.
envolvendo mudan as mais ou menos drásticas nas condi-
es de vida e tra alho, em padr es e valores sociocultu-
rais. eslocam-se para sociedades semelhantes ou radical- 136| ENEM 2010 - C4 - H19
mente distintas, algumas ve es compreendendo culturas
ou mesmo civili a es totalmente diversas. Antes, eram apenas as grandes cidades que se apresenta-
A , O. A era do globalismo. io de Janeiro Civili a o Brasileira, 199 . vam como o império da técnica, o eto de modifica es,
suspens es, acréscimos, cada ve mais sofisticadas e car-
A mo ilidade populacional da segunda metade do século
teve um papel importante na orma o social e econ - regadas de arti cio. Esse mundo artificial inclui, ho e, o
mica de diversos estados nacionais. ma ra o para os mo- mundo rural.
vimentos migrat rios nas ltimas décadas e uma pol tica SA TOS, M. A Natureza do Espaco. S o Paulo ucitec, 199 .
migrat ria atual dos pa ses desenvolvidos s o
Considerando a trans orma o mencionada no te to,
A a usca de oportunidades de tra alho e o aumento de
uma consequ ncia socioespacial que caracteri a o atual
arreiras contra a imigra o.
mundo rural rasileiro é
B a necessidade de qualifica o profissional e a a ertu-
ra das ronteiras para os imigrantes. A a redução do p roc esso de c onc ent ração de t erras.
C o desenvolvimento de pro etos de pesquisa e o acau- B o aumento do aproveitamento de solos menos érteis.
telamento dos ens dos imigrantes.
C a amplia o do isolamento do espa o rural.
D a e pans o da ronteira agr cola e a e puls o dos imi-
grantes qualificados. D a estagna o da ronteira agr cola do pa s.
E a uga decorrente de con itos pol ticos e o ortaleci- E a diminui o do n vel de emprego ormal.
mento de pol ticas sociais.

52
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

137| ENEM 2010 - C3 - H15 139| ENEM 2010 - C3 - H14

A serraria constru a ramais erroviários que adentravam O G-20 é o grupo que re ne os pa ses do G- , os mais
as grandes matas, onde grandes locomotivas com guin- industriali ados do mundo E A, Jap o, Alemanha, ran-
dastes e correntes gigantescas de mais de 100 metros a, eino nido, tália e Canadá , a ni o Europeia e os
arrastavam, para as composi es de trem, as toras que principais emergentes Brasil, ssia, ndia, China, rica
a iam a atidas por equipes de tra alhadores que an- do Sul, Ará ia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do Sul,
teriormente passavam pelo local. Quando o guindaste
ndonésia, Mé ico e Turquia . Esse grupo de pa ses vem
arrastava as grandes toras em dire o composi o de
trem, os ervais nativos que e istiam em meio s matas ganhando or a nos runs internacionais de decis o e
eram destru dos por este deslocamento. c onsult a.
MAC A O P. P. Lideranças do Contestado. Campinas nicamp. 2004 adaptado . ALLA . . Crise glo al. sponivel em
http //conteudoclippingmp.plane amento.gov. r. Acesso em 1 ul. 2010.
o in cio do século , uma série de empreendimentos
capitalistas chegou regi o do meio-oeste de Santa Ca- Entre os pa ses emergentes que ormam o G-20, est o os
tarina errovias, serrarias e pro etos de coloni a o. Os chamados B C Brasil, ssia, ndia e China , termo cria-
impactos sociais gerados por esse processo est o na ori- do em 2001 para re erir-se aos pa ses que
gem da chamada Guerra do Contestado. Entre tais impac- A apresentam caracter sticas econ micas promissoras
tos, encontrava-se para as pr imas décadas.
A a a sor o dos tra alhadores rurais como tra alhadores B possuem ase tecnol gica mais elevada.
da serraria, resultando em um processo de odo rural.
C apresentam ndices de igualdade social e econ mica
B o desemprego gerado pela introdu o das novas má- mais acentuados.
quinas, que diminu am a necessidade de m o de o ra.
D apresentam diversidade am iental suficiente para im-
C a desorgani a o da economia tradicional, que susten- pulsionar a economia glo al.
tava os posseiros e os tra alhadores rurais da regi o.
E possuem similaridades culturais capa es de alavancar
D a diminui o do poder dos grandes coronéis da re-
a economia mundial.
gi o, que passavam disputar o poder pol tico com os
novos agentes.
140| ENEM 2010 - C4 - H18
E o crescimento dos con itos entre os operários empre-
gados nesses empreendimentos e os seus proprietá- Os li es s o o pior tipo de disposi o final dos res duos
rios, ligados ao capital internacional. s lidos de uma cidade, representando um grave pro le-
ma am iental e de sa de p lica. esses locais, o li o é
138| ENEM 2010 - C2 - H6 ogado diretamente no solo e a céu a erto, sem nenhuma
norma de controle, o que causa, entre outros pro lemas,
1, 3%
a contamina o do solo e das águas pelo chorume l qui-
30, 5%
do escuro com alta carga poluidora, proveniente da de-
composi o da matéria org nica presente no li o .
CA O, B. CA PA LL , M. Almanaque Brasil Socioam iental 200 .
S o Paulo, nstituto Socioam iental, 200 .
53, 0%

Considere um munic pio que deposita os res duos s lidos


produ idos por sua popula o em um li o. Esse proce-
15, 2%
dimento é considerado um pro lema de sa de p lica
porque os li es
Ac im a de 1. 000 h a De 100 a 1. 000 h a De 10 a 100 h a At é 10 h a

A causam pro lemas respirat rios, devido ao mau chei-


onte ncra, Esta sticas cadastrais 199 .
ro que provém da decomposi o.
O gráfico representa a rela o entre o tamanho e a tota- B s o locais prop cios proli era o de vetores de doen-
lidade dos im veis rurais no Brasil. Que caracter stica da as, além de contaminarem o solo e as águas.
estrutura undiária rasileira está evidenciada no gráfico
apresentado C provocam o en meno da chuva ácida, devido aos ga-
ses oriundos da decomposi o da matéria org nica.
A A concentra o de terras nas m os de poucos.
D s o instalados pr imos ao centro das cidades, a etan-
B A e ist ncia de poucas terras agricultáveis.
do toda a popula o que circula diariamente na área.
C O dom nio territorial dos mini ndios.
E s o responsáveis pelo desaparecimento das nascen-
D A prima ia da agricultura amiliar. tes na regi o onde s o instalados, o que leva escas-
E A de ilidade dos plantations modernos. se de água.

53
Coleção PREPARAENEM Resolve
Fi ura para as uest es 1 1 e 1 2 143| ENEM 2010 - C2 - H6

Pensando nas correntes e prestes entrar no ra o que


deriva da Corrente do Gol o para o norte, lem rei-me de
um vidro de ca é sol vel va io. Coloquei no vidro uma
nota cheia de eros, uma ola cor rosa choque. Anotei
a posi o e data Latitude 49 49 , Longitude 2 49 .
Tampei e oguei na água. unca imaginei que rece eria
uma carta com a oto de um menino noruegu s, seguran-
do a bolinh a e a est ranh a not a.
L , A. Parati: entre dois polos. S o Paulo Companhia das Letras, 199 adaptado .

o te to, o autor anota sua coordenada geográfica, que é


A a relação q ue se est abelec e ent re as dist ânc ias rep re-
sentadas no mapa e as dist ncias reais da super cie
cartogra ada.
B o registro de que os paralelos s o verticais e conver-
gem para os polos, e os meridianos s o c rculos imagi-
141| ENEM 2010 - C4 - H19
nários, hori ontais e eq idistantes.
O esquema representa um processo de eros o em encos- C a in orma o de um con unto de linhas imaginárias
ta. Que prática reali ada por um agricultor pode resultar que permitem locali ar um ponto ou acidente geográ-
em acelera o desse processo fico na super cie terrestre.

A Plantio direto. D a latitude como dist ncia em graus entre um ponto


e o Meridiano de Green ich, e a longitude como a
B Assoc iação de c ult uras. dist ncia em graus entre um ponto e o Equador.
C mplanta o de curvas de n vel. E a orma de pro e o cartográfica, usado para navega-
o, onde os meridianos e paralelos distorcem a su-
D Ara o do solo, do topo ao vale.
per cie do planeta.
E Terraceamento na propriedade.
144| ENEM 2010 - C4 - H18
142| ENEM 2010 - C6 - H27 o dia 2 de evereiro de 19 , era inaugurada a Estra-
Muitos processos erosivos se concentram nas encos- da de erro Cara ás, pertencente e diretamente operada
tas, principalmente aqueles motivados pela água e pela Companhia Vale do io oce CV , na regi o orte
pelo vento. o entanto, os re le os tam ém s o senti- do pa s, ligando o interior ao principal porto da regi o, em
dos nas áreas de ai ada, onde geralmente há ocupa- S o Lu s. Por seus, apro imadamente, 900 quil metros
de linha, passam, ho e, vag es e 100 locomotivas.
ção urbana. m e emplo desses re e os na vida cotidia-
na de muitas cidades rasileiras é ispon vel em http // .transportes.gov. r. Acesso em 2 ul.
2010 adaptado .

A a maior ocorr ncia de enchentes, á que os rios asso- A errovia em quest o é de e trema import ncia para a
reados comportam menos água em seus leitos. log stica do setor primário da economia rasileira, em es-
pecial para por es dos estados do Pará e Maranh o. m
B a contamina o da popula o pelos sedimentos tra i-
argumento que destaca a import ncia estratégica dessa
dos pelo rio e carregados de matéria org nica. por o do territ rio é a
C o desgaste do solo nas áreas ur anas, causado pela
A produ o de energia para as principais áreas indus-
redu o do escoamento superficial pluvial na encosta. triais do pa s.
D a maior acilidade de capta o de água potável para B produ o sustentável de recursos minerais n o metá-
o a astecimento p lico, á que é maior o e eito do lic os.
escoamento so re a infiltra o. C capacidade de produ o de minerais metálicos.
E o aumento da incid ncia de doen as como a ame - D log stica de importa o de matérias-primas indus-
ase na popula o ur ana, em decorr ncia do escoa- t riais.
mento de água polu da do topo das encostas. E produ o de recursos minerais energéticos.

54
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

145| ENEM 2010 - C2 - H6 147| ENEM 2010 - C4 - H19

A nglaterra pedia lucros e rece ia lucros. Tudo se trans-


ormava em lucro. As cidades tinham sua su eira lucrativa,
suas avelas lucrativas, sua uma a lucrativa, sua desor-
dem lucrativa, sua ignor ncia lucrativa, seu desespero lu-
crativo. As novas á ricas e os novos altos- - ornos eram
como as Pir mides, mostrando mais a escravi a o do
homem que seu poder.
EA E, P. A Revolução Industrial. io de Janeiro ahar, 19 9 adaptado .

Qual rela o é esta elecida no te to entre os avan os


tecnol gicos ocorridos no conte to da evolu o ndus-
trial nglesa e as caracter sticas das cidades industriais no
TE E A, . et. al. Orgs. Decifrando a Terra. S o Paulo Companhia Editora in cio do século
acional, 2009 adaptado .
A A acilidade em se esta elecer rela es lucrativas
O esquema mostra dep sitos em que aparecem sseis
de animais do Per odo Jurássico. As rochas em que se en- trans ormava as cidades em espa os privilegiados
contram esses sseis s o para a livre iniciativa, caracter stica da nova sociedade
c ap it alist a.
A magmáticas, pois a a o de vulc es causou as maiores
e tin es desses animais á conhecidas ao longo da B O desenvolvimento de métodos de plane amento ur-
h ist ó ria t errest re. ano aumentava a efici ncia do tra alho industrial.

B sedimentares, pois os restos podem ter sido soterra- C A constru o de n cleos ur anos integrados por
dos e litificados com o restante dos sedimentos. meios de transporte acilitava o deslocamento dos
tra alhadores das peri erias até as á ricas.
C magmáticas, pois s o as rochas mais acilmente ero-
didas, possi ilitando a orma o de tocas que oram D A grandiosidade dos prédios onde se locali avam as
posteriormente lacradas. á ricas revelava os avan os da engenharia e da ar-
D sedimentares, á que cada uma das camadas encon- quitetura do per odo, trans ormando as cidades em
tradas na figura sim oli a um evento de eros o dessa locais de e perimenta o estética e ar stica.
área representada. E O alto n vel de e plora o dos tra alhadores indus-
E metam rficas, pois os animais representados precisa- triais ocasionava o surgimento de aglomerados ur a-
vam estar perto de locais quentes. nos marcados por péssimas condi es de moradia,
sa de e higiene.
146| ENEM 2010 - C2 - H8
148| ENEM 2010 - C4 - H16
A maioria das pessoas daqui era do campo. Vila Maria é
ho e e portadora de tra alhadores. Empresários de Pri- A evolu o do processo de trans orma o de matérias-
mavera do Leste, Estado de Mato Grosso, procuram o -primas em produtos aca ados ocorreu em tr s estágios
airro de Vila Maria para conseguir m o de o ra. gente artesanato, manu atura e maquino atura.
indo distante daqui 00, 400 quil metros para ir tra a-
lhar, para ganhar sete conto por dia. Carlito, 4 anos, ma- m desses estágios oi o artesanato, em que se
ranhense, entrevistado em 22/0 /9 .
A tra alhava con orme o ritmo das máquinas e de ma-
i eiro, . S. O migrante e a cidade: dilemas e con itos. neira padroni ada.
Araraquara underlich, 2001 adaptado .
B tra alhava geralmente sem o uso de máquinas e de
O te to retrata um en meno vivenciado pela agricultura
modo di erente do modelo de produ o em série.
rasileira nas ltimas décadas do século , consequ ncia
C empregavam ontes de energia a undantes para o
A dos impactos sociais da moderni a o da agricultura. uncionamento das máquinas.
B da recomposi o dos salários do tra alhador rural. D reali ava parte da produ o por cada operário, com
C da e ig ncia de qualifica o do tra alhador rural. uso de máquinas e tra alho assalariado.

D da diminui o da import ncia da agricultura. E a iam inter er ncias do processo produtivo por téc-
nicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de
E dos processos de desvalori a o de áreas rurais. p rodução.

55
Coleção PREPARAENEM Resolve

149| ENEM 2010 - C3 - H15 151| ENEM 2010 - C6 - H28

As secas e o apelo econ mico da orracha produto que A usina hidrelétrica de Belo Monte será constru da no rio
no final do século alcan ava pre os altos nos mercados ingu, no munic pio de Vit ria de ingu, no Pará. A usina
internacionais motivaram a movimenta o de massas será a terceira maior do mundo e a maior totalmente ra-
humanas oriundas do ordeste do Brasil para o Acre. En- sileira, com capacidade de 11,2 mil mega atts. Os ndios
tretanto, até o in cio do século , essa regi o pertencia do ingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e e-
chas. Em Altamira, no Pará, agricultores echaram estradas
Bol via, em ora a maioria da sua popula o osse rasi-
de uma regi o que será inundada pelas águas da usina.
leira e n o o edecesse autoridade oliviana. Para reagir
presen a de rasileiros, o governo de La Pa negociou BACOCC A, . Q E O , G. BO GES, . im do leil o,
come o da con us o. IstoÉ Dinheiro. Ano 1 , n. , 2 a ri 2010 adaptado .
o arrendamento da regi o a uma entidade internacional,
o Bolivian Syndicate, iniciando violentas disputas dos dois Os impasses, resist ncias e desafios associados constru o
lados da ronteira. O con ito s terminou em 190 , com a da sina idrelétrica de Belo Monte est o relacionados
assinatura do Tratado de Petr polis, pelo qual o Brasil com- A ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste
prou o territ rio por 2 milh es de li ras esterlinas. quando comparados s acias hidrográficas das regi-
ispon vel em .mre.gov. r.
es Sul, Sudeste e Centro-Oeste do pa s.
Acesso em 0 nov. 200 adaptado
B necessidade de equili rar e compati ili ar o investi-
Compreendendo o conte to em que ocorreram os atos mento no crescimento do pa s com os es or os para a
apresentados, o Acre tornou-se parte do territ rio nacio- conserva o am iental.
nal brasileiro C grande quantidade de recursos dispon veis para as
o ras e escasse dos recursos direcionados para o
A pela ormali a o do Tratado de Petr polis, que inde-
pagamento pela desapropria o das terras.
ni ava o Brasil pela sua ane a o.
D ao direito hist rico dos ind genas posse dessas ter-
B por meio do au lio do Bolivian Syndicate aos emi- ras e aus ncia de reconhecimento desse direito por
grantes rasileiros na regi o. parte das empreiteiras.
C devido crescente emigra o de rasileiros que e - E ao aproveitamento da m o de o ra especiali ada dis-
ploravam os seringais. po - n vel na regi o orte e o interesse das construto-
D em un o da presen a de in meros imigrantes es- ras na vinda de profissionais do Sudeste do pa s.
trangeiros na regi o.
E pela indeni a o que os emigrantes rasileiros paga- 152| ENEM 2010 - C3 - H15
ram Bol via. Cou e aos avante e aos Tim ira, povos ind genas do Cer-
rado, um recente e marcante gesto sim lico a reali a o
150| ENEM 2010 - C3 - H11
de sua tradicional corrida de toras de uriti em plena Ave-
O mpério nca, que corresponde principalmente aos ter- nida Paulista SP , para denunciar o cerco de suas terras e a
rit rios da Bol via e do Peru, chegou a englo ar enorme degrada o de seus entornos pelo avan o do agroneg cio.
contingente populacional. Cu co, a cidade sagrada, era o CA O, B. CA O, . Povos indígenas do Brasil: 2001-
centro administrativo, com uma sociedade ortemente 200 . S o Paulo nstituto Socioam iental, 200 adaptado .
estratificada e composta por imperadores, no res, sacer-
dotes, uncionários do governo, artes os, camponeses, A quest o ind gena contempor nea no Brasil evidencia a
escravos e soldados. A religi o contava com vários deu- rela o dos usos socioculturais da terra com os atuais pro-
ses, e a ase da economia era a agricultura, principalmen- lemas socioam ientais, caracteri ados pelas tens es entre
te o cultivo da atata e do milho. A a e pans o territorial do agroneg cio, em especial
A principal caracter stica da sociedade inca era a nas regi es Centro-Oeste e orte, e as leis de prote-
o ind gena e am iental.
A ditadura teocrática, que igualava a todos.
B os grileiros articuladores do agroneg cio e os povos
B e ist ncia da igualdade social e da coletivi a o da ind genas pouco organi ados no Cerrado.
t erra.
C as leis mais randas so re o uso tradicional do meio
C estrutura social desigual compensada pela coletivi a- am iente e as severas leis so re o uso capitalista do
ção de t odos os bens. meio am iente.
D e ist ncia de mo ilidade social, o que levou compo- D os povos ind genas do Cerrado e os polos econ micos
si o da elite pelo mérito. rep resent ados p elas elit es indust riais p aulist as.
E impossi ilidade de se mudar de e trato social e a e is- E o campo e a cidade no Cerrado, que a com que as
t ncia de uma aristocracia hereditária. terras ind genas dali se am alvo de invas es ur anas.

56
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

153| ENEM 2010 - C1 - H3 155| ENEM 2010 - C1 - H5

A pol tica oi, inicialmente, a arte de impedir as pessoas Quem construiu a Te as de sete portas
de se ocuparem do que lhes di respeito. Posteriormente,
passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem os livros est o nomes de reis.
so re aquilo de que nada entendem. Arrastaram eles os locos de pedra
VAL , P. Cadernos. Apud BE EV ES, M. V. M. E a Ba il nia várias ve es destru da. Quem a reconstruiu
A cidadania ativa. S o Paulo tica, 199 .
tantas ve es
essa defini o, o autor entende que a hist ria da po-
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores
l tica está dividida em dois momentos principais um
primeiro, marcado pelo autoritarismo e cludente, e um Para onde oram os pedreiros, na noite em que a Muralha
segundo, caracteri ado por uma democracia incompleta. da China ficou pronta
Considerando o te to, qual é o elemento comum a esses
A grande oma está cheia de arcos do triun o.
dois momentos da hist ria pol tica
Quem os ergueu So re quem triun aram os césares
A A dist ribuição eq uilibrada do p oder.
B EC T, B. Perguntas de um trabalhador que lê.
B O impedimento da participa o popular. ispon vel em http //recantodasletras.uol.com. r. Acesso em 2 a r. 2010.

C O controle das decis es por uma minoria.


Partindo das re e es de um tra alhador que l um livro
D A valori a o das opini es mais competentes. de ist ria, o autor censura a mem ria constru da so re
determinados monumentos e acontecimentos hist ricos.
E A sistemati a o dos processos decis rios.
A cr tica re ere-se ao ato de que
154| ENEM 2010 - C3 - H11
A os agentes hist ricos de uma determinada sociedade
Os tropeiros oram figuras decisivas na orma o de vilare- deveriam ser aqueles que reali aram eitos heroicos
os e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de ou grandiosos e, por isso, ficaram na mem ria.
tropa que, no passado, se re eria ao con unto de homens
B a ist ria deveria se preocupar em memori ar os no-
que transportava gado e mercadoria. Por volta do século
mes de reis ou dos governantes das civili a es que se
V , muita coisa era levada de um lugar a outro no lom-
desenvolveram ao longo do tempo.
o de mulas. O tropeirismo aca ou associado atividade
mineradora, cu o auge oi a e plora o de ouro em Minas C grandes monumentos hist ricos oram constru dos
Gerais e, mais tarde, em Goiás. A e tra o de pedras pre- por tra alhadores, mas sua mem ria está vinculada
ciosas tam ém atraiu grandes contingentes populacionais aos governantes das sociedades que os constru ram.
para as novas áreas e, por isso, era cada ve mais necessá-
rio dispor de alimentos e produtos ásicos. A alimenta o D os tra alhadores consideram que a ist ria é uma ci-
dos tropeiros era constitu da por toucinho, ei o preto, ncia de di cil compreens o, pois trata de sociedades
arinha, pimenta-do-reino, ca é, u á e coité um molho antigas e distantes no tempo.
de vinagre com ruto cáustico espremido . os pousos, os E as civili a es citadas no te to, em ora muito impor-
tropeiros comiam ei o quase sem molho com peda os de tantes, permanecem sem terem sido alvos de pesqui-
carne de sol e toucinho, que era servido com aro a e couve sas h ist ó ric as.
picada. O ei o tropeiro é um dos pratos picos da co inha
mineira e rece e esse nome porque era preparado pelos
co inheiros das tropas que condu iam o gado. 156| ENEM 2010 - C1 - H1
ispon vel em http // .tri unadoplanalto.com. r. Acesso em 2 nov. 200 . As ru nas do povoado de Canudos, no sert o norte da
A cria o do ei o tropeiro na culinária rasileira está re- Bahia, além de significativas para a identidade cultural,
lacionada dessa regi o, s o teis s investiga es so re a Guerra de
Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos.
A atividade comercial e ercida pelos homens que tra a-
lhavam nas minas. Essas ru nas oram reconhecidas como patrim nio cultural
material pelo phan nstituto do Patrim nio ist rico e Ar-
B atividade culinária e ercida pelos moradores co i-
stico acional porque re nem um con unto de
nheiros que viviam nas regi es das minas.
C atividade mercantil e ercida pelos homens que trans- A o etos arqueol gicos e paisag sticos.
portavam gado e mercadoria. B acervos museol gicos e i liográficos.
D atividade agropecuária e ercida pelos tropeiros que
C n cleos ur anos e etnográficos
necessitavam dispor de alimentos.
D práticas e representa es de uma sociedade.
E atividade mineradora e ercida pelos tropeiros no
auge da e plora o do ouro. E e press es e técnicas de uma sociedade e tinta.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

157| ENEM 2010 - C1 - H3 159| ENEM 2010 - C1 - H3

egro, filho de escrava e fidalgo portugu s, o aiano Lui Su stitui-se ent o uma hist ria cr tica, pro unda, por
Gama e da lei e das letras suas armas na luta pela li er- uma cr nica de detalhes onde o patriotismo e a ravu-
dade. oi vendido ilegalmente como escravo pelo seu pai ra dos nossos soldados enco rem a vilania dos motivos
para co rir d vidas de ogo. Sa endo ler e escrever, aos que levaram a nglaterra a armar rasileiros e argentinos
1 anos de idade conseguiu provas de que havia nascido para a destrui o da mais gloriosa rep lica que á se
livre. Autodidata, advogado sem diploma, e do direito o viu na América Latina, a do Paraguai.
seu o cio e trans ormou-se, em pouco tempo, em proe-
C AVE ATTO, J. J. Genocídio americano A Guerra do Paraguai. S o Paulo
minente advogado da causa a olicionista.
Brasiliense, 19 9 adaptado .
A EVE O, E. O Or eu de carapinha. n evista de ist ria. Ano 1, n.o . io de
Janeiro Bi lioteca acional, an. 2004 adaptado . O imperialismo ingl s, destruindo o Paraguai, man-
A conquista da li erdade pelos a ro- rasileiros na segun- tém o status quo na América Meridional, impedindo a
da metade do séc. oi resultado de importantes lutas ascens o do seu nico Estado economicamente livre .
sociais condicionadas historicamente. A iografia de Lui Essa teoria conspirat ria vai contra a realidade dos atos
Gama e emplifica a e n o tem provas documentais. Contudo essa teoria tem
alguma repercuss o.
A impossi ilidade de ascens o social do negro orro em
uma sociedade escravocrata, mesmo sendo al a eti ado. O AT OTO. . Maldita guerra nova hist ria da Guerra do Paraguai. S o Paulo
Cia. das Letras, 2002 adaptado .
B e trema dificuldade de pro e o dos intelectuais ne-
gros nesse conte to e a utili a o do ireito como ca- ma leitura dessas narrativas divergentes demonstra que
nal de lut a p ela liberdade. am as est o re etindo so re

C rigide de uma sociedade, assentada na escravid o, A a c arênc ia de f ont es p ara a p esq uisa sobre os reais
que invia ili ava os mecanismos de ascens o social. motivos dessa Guerra.

D possi ilidade de ascens o social, via ili ada pelo B o caráter positivista das di erentes vers es so re essa
apoio das elites dominantes, a um mesti o filho de pai Guerra.
portugu s. C o resultado das interven es rit nicas nos cenários
E troca de avores entre um representante negro e a eli- de bat alh a.
te agrária escravista que outorgara o direito advoca - D a dificuldade de ela orar e plica es convincentes so-
cio ao mesmo. re os motivos dessa Guerra.
158| ENEM 2010 - C1 - H3 E o n vel de crueldade das a es do e ército rasileiro e
argentino durante o con ito.
Eu, o Pr ncipe egente, a o sa er aos que o presente Al-
vará virem que dese ando promover e adiantar a rique a
nacional, e sendo um dos mananciais dela as manu aturas 160| ENEM 2010 - C1 - H3
e a ind stria, sou servido a olir e revogar toda e qualquer m anco ingl s decidiu co rar de seus clientes cinco li-
proi i o que ha a a este respeito no Estado do Brasil. ras toda ve que recorressem aos uncionários de suas
Alvará de li erdade para as ind strias 1 de A ril de 1 0 . n Bonavides, P. ag ncias. E o motivo disso é que, na verdade, n o querem
Amaral, . Te tos pol ticos da ist ria do Brasil. Vol. 1. Bras lia Senado ederal,
2002 adaptado .
clientes em suas ag ncias o que querem é redu ir o n -
mero de ag ncias, a endo com que os clientes usem as
O pro eto industriali ante de . Jo o, con orme e presso máquinas automáticas em todo o tipo de transa es. Em
no alvará, n o se concreti ou. Que caracter sticas desse suma, eles querem se livrar de seus uncionários.
per odo e plicam esse ato
OBSBA M, E. O novo século. S o Paulo Companhia das Letras, 2000 adaptado .
A A ocupa o de Portugal pelas tropas rancesas e o e-
chamento das manu aturas portuguesas. O e emplo mencionado permite identificar um aspecto
da ado o de novas tecnologias na economia capitalista
B A depend ncia portuguesa da nglaterra e o predom -
contempor nea. m argumento utili ado pelas empresas
nio industrial ingl s so re suas redes de comércio.
e uma consequ ncia social de tal aspecto est o em
C A desconfian a da urguesia industrial colonial diante
A q ualidade t ot al e est abilidade no t rabalh o.
da chegada da am lia real portuguesa.
B pleno emprego e en raquecimento dos sindicatos.
D O con ronto entre a ran a e a nglaterra e a posi o d -
ia assumida por Portugal no comércio internacional. C diminui o dos custos e inseguran a no emprego
E O atraso industrial da col nia provocado pela perda D responsa ilidade social e redu o do desemprego.
de mercados para as ind strias portuguesas.
E ma imi a o dos lucros e aparecimento de empregos.

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

161| ENEM 2010 - C1 - H3 Ei-lo, o gigante da pra a, / O Cristo da multid o

Em 200 oram comemorados os 200 anos da mudan a Tiradentes quem passa / ei em passar o Tit o.
da am lia real portuguesa para o Brasil, onde oi instalada ALVES, C. Gon aga ou a revolu o de Minas. n CA VAL O. J. M. C. A formação das
a sede do reino. ma sequ ncia de eventos importantes almas: O imaginário da ep lica no Brasil. S o Paulo Companhia das Letras, 1990.
ocorreu no per odo 1 0 -1 21, durante os 1 anos em
que . Jo o V e a am lia real portuguesa permaneceram A 1. ep lica rasileira, nos seus prim rdios, precisava
no Brasil. constituir uma figura heroica capa de congregar di eren-
as e sustentar sim olicamente o novo regime. Optando
Entre esses eventos, destacam-se os seguintes pela figura de Tiradentes, dei ou de lado figuras como
rei Caneca ou Bento Gon alves. A trans orma o do in-
Bahia 1 0 Parada do navio que tra ia a am lia real
confidente em her i nacional evidencia que o es or o de
portuguesa para o Brasil, so a prote o da marinha
constru o de um sim olismo por parte da ep lica es-
rit nica, ugindo de um poss vel ataque de apole o.
t ava relac ionado
io de Janeiro 1 0 desem arque da am lia real
A ao caráter nacionalista e repu licano da nconfid ncia,
portuguesa na cidade onde residiriam durante sua per-
evidenc iado nas ideias e na at uação de Tiradent es.
man ncia no Brasil.
B identifica o da Con ura o Mineira como o movi-
Salvador 1 10 . Jo o V assina a carta régia de a er-
mento precursor do positivismo rasileiro.
tura dos portos ao comércio de todas as na es ami-
gas, ato antecipadamente negociado com a nglaterra C ao ato de a proclama o da ep lica ter sido um
em troca da escolta dada esquadra portuguesa. movimento de poucas ra es populares, que precisava
de legitima o.
io de Janeiro 1 1 . Jo o V torna-se rei do Brasil e
de Portugal, devido morte de sua m e, . Maria . D semelhan a sica entre Tiradentes e Jesus, que pro-
porcionaria, a um povo cat lico como o rasileiro,
Pernam uco 1 1 As tropas de . Jo o V su ocam a
uma ácil identifica o.
revolução rep ublic ana.
GOMES. L. 1808 como uma rainha louca, um pr ncipe medroso e uma corte
E ao ato de rei Caneca e Bento Gon alves terem liderado
corrupta enganaram apole o e mudaram a hist ria de Portugal e do Brasil. S o movimentos separatistas no ordeste e no Sul do pa s.
Paulo Editora Planeta, 200 adaptado
163| ENEM 2010 - C1 - H3
ma das consequ ncias desses eventos oi
A a decad ncia do império rit nico, em ra o do con- O artigo 402 do C digo penal Brasileiro de 1 90 di ia
tra ando de produtos ingleses através dos portos a er nas ruas e pra as p licas e erc cios de agilidade
brasileiros. e destre a corporal, conhecidos pela denomina o de
capoeiragem andar em correrias, com armas ou instru-
B o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a n- mentos capa es de produ ir uma les o corporal, provo-
glaterra decretara, em 1 0 , a proi i o do tráfico de cando tumulto ou desordens.
escravos em seus dom nios. Pena Pris o de dois a seis meses.
C a conquista da regi o do rio da Prata em represália SOA ES, C. E. L. A Negregada instituição os capoeiras no io de Janeiro 1 0-
alian a entre a Espanha e a ran a de apole o. 1 90. io de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura, 1994 adaptado .

D a a ertura de estradas, que permitiu o rompimento O artigo do primeiro C digo Penal epu licano naturali a
do isolamento que vigorava entre as prov ncias do medidas socialmente e cludentes. esse conte to, tal re-
pa s, o que dificultava a comunica o antes de 1 0 . gulamento e pressava
E o grande desenvolvimento econ mico de Portugal ap s A a manuten o de parte da legisla o do mpério com
a vinda de . Jo o V para o Brasil, uma ve que cessaram vistas ao controle da criminalidade ur ana.
as despesas de manuten o do rei e de sua am lia.
B a de esa do retorno do cativeiro e escravid o pelos
primeiros governos do per odo repu licano.
162| ENEM 2010 - C1 - H3
C o caráter disciplinador de uma sociedade industriali a-
Para consolidar-se como governo, a ep lica precisa- da, dese osa de um equil rio entre progresso e civili a-
va eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monar- ção.
quista, incorporar distintas vertentes do repu licanismo. D a criminali a o de práticas culturais e a persist ncia
Tiradentes n o deveria ser visto como her i repu licano de valores que vinculavam certos grupos ao passado
radical, mas sim como her i c vico-religioso, como mártir, de esc ravidão.
integrador, portador da imagem do povo inteiro.
E o poder do regime escravista, que mantinha os negros
CA VAL O, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da ep lica no Brasil.
S o Paulo Companhia das Letras, 1990. como categoria social in erior, discriminada e segregada.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

164| ENEM 2010 - C1 - H3 166| ENEM 2010 - C1 - H3

Em nosso pa s queremos su stituir o ego smo pela moral, Ap s a a dica o de . Pedro , o Brasil atravessou um
a honra pela pro idade, os usos pelos princ pios, as con- per odo marcado por in meras crises as diversas or as
veni ncias pelos deveres, a tirania da moda pelo império pol ticas lutavam pelo poder e as reivindica es popula-
da ra o, o despre o desgra a pelo despre o ao v cio, a res eram por melhores condi es de vida e pelo direito
insol ncia pelo orgulho, a vaidade pela grande a de alma, de participa o na vida pol tica do pa s. Os con itos re-
o amor ao dinheiro pelo amor gl ria, a oa companhia presentavam tam ém o protesto contra a centrali a o
pelas oas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso do governo. esse per odo, ocorreu tam ém a e pans o
pelo g nio, o rilho pela verdade, o tédio da vol pia pelo da cultura ca eeira e o surgimento do poderoso grupo dos
encanto da elicidade, a mesquinharia dos grandes pela ar es do ca é , para o qual era undamental a manu-
grande a do homem. ten o da escravid o e do tráfico negreiro.
T, L. evolu o rancesa e Vida Privada. n PE OT, M. Org . História da O conte to do Per odo egencial oi marcado
Vida Privada: da evolu o rancesa Primeira Guerra. Vol. 4. S o Paulo Com-
panhia das Letras, 1991 adaptado . A por revoltas populares que reclamavam a volta da
O discurso de o espierre, de de evereiro de 1 94, do monarquia.
qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos B por várias crises e pela su miss o das or as pol ticas
grupos pol tico-sociais envolvidos na evolu o rancesa ao p oder c ent ral.
A alta urguesia, que dese ava participar do poder le- C pela luta entre os principais grupos pol ticos que rei-
gislativo ranc s como or a pol tica dominante. vindicavam melhores condi es de vida.
B Ao clero ranc s, que dese ava usti a social e era liga- D pelo governo dos chamados regentes, que promove-
do alta urguesia. ram a ascens o social dos ar es do ca é .
C A militares oriundos da pequena e média urguesia, E pela convuls o pol tica e por novas realidades econ mi-
que derrotaram as pot ncias rivais e queriam reorga- cas que e igiam o re or o de velhas realidades sociais.
ni ar a ran a internamente.
167| ENEM 2010 - C1 - H3
D no re a esclarecida, que, em un o do seu conta-
to, com os intelectuais iluministas, dese ava e tinguir e mar o de 19 1 a evereiro de 1940, oram decretadas
o a solutismo ranc s. mais de 1 0 leis novas de prote o social e de regulamen-
E Aos representantes da pequena e média urguesia e ta o do tra alho em todos os seus setores. Todas elas
das camadas populares, que dese avam usti a social t m sido simplesmente uma dádiva do governo. esde
e direitos pol ticos. a , o tra alhador rasileiro encontra nos quadros gerais
do regime o seu verdadeiro lugar.
165| ENEM 2010 - C1 - H3 A TAS, M. A or a nacionali adora do Estado ovo. io de Janeiro P, 1942.
Apud BE C TO, S. . os Tempos de Get lio da revolu o de 0 ao fim do Estado
ovo. S o Paulo Atual, 1990.
O pr ncipe, portanto, n o deve se incomodar com a reputa-
o de cruel, se seu prop sito é manter o povo unido e leal. A ado o de novas pol ticas p licas e as mudan as u-
e ato, com uns poucos e emplos duros poderá ser mais r dico-institucionais ocorridas no Brasil, com a ascens o
clemente do que outros que, por muita piedade, permitem de Get lio Vargas ao poder, evidenciam o papel hist rico
os dist r ios que levem ao assass nio e ao rou o. de certas lideran as e a import ncia das lutas sociais na
MAQ AVEL, . O Príncipe, S o Paulo Martin Claret, 2009. c onq uist a da c idadania. Desse p roc esso result ou a

o século V , Maquiavel escreveu O Príncipe, re e o A cria o do Ministério do Tra alho, nd stria e Comér-
so re a Monarquia e a un o do governante. cio, que garantiu ao operariado autonomia para o
e erc cio de atividades sindicais.
A manuten o da ordem social, segundo esse autor, a- B legisla o previdenciária, que proi iu migrantes de
seava-se na ocuparem cargos de dire o nos sindicatos
A inércia do ulgamento de crimes pol micos. C cria o da Justi a do Tra alho, para coi ir ideologias
B ondade em rela o ao comportamento dos merce- consideradas pertur adoras da harmonia social .
nários. D legisla o tra alhista que atendeu reivindica es
C compai o quanto condena o de transgress es re- dos operários, garantido-lhes vários direitos e or-
ligiosas. mas de prote o.
D neut ralidade diant e da c ondenação dos servos. E dec ret ação da Consolidação das Leis do Trabalh o
CLT , que impediu o controle estatal so re as ativida-
E conveni ncia entre o poder tir nico e a moral do pr ncipe. des pol ticas da classe operária.

60
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

168| ENEM 2010 - C1 - H3 170| ENEM 2010 - C1 - H3


A lei n o nasce da nature a, unto das ontes requentadas o é di cil entender o que ocorreu no Brasil nos anos
pelos primeiros pastores a lei nasce das atalhas reais, das
imediatamente anteriores ao golpe militar de 19 4. A di-
vit rias, dos massacres, das conquistas que t m sua data e
seus her is de horror a lei nasce das cidades incendiadas, minui o da o erta de empregos e a desvalori a o dos
das terras devastadas ela nasce com os amosos inocentes salários, provocadas pela in a o, levaram a uma inten-
que agoni am no dia que está amanhecendo. sa mo ili a o pol tica popular, marcada por sucessivas
O CA LT. M. Aula de 14 de aneiro de 19 . n. Em defesa da sociedade. São ondas grevistas de várias categorias profissionais, o que
Paulo Martins ontes. 1999
apro undou as tens es sociais. essa ve , as classes tra-
O fil so o Michel oucault séc. inova ao pensar a po- alhadoras se recusaram a pagar o pato pelas so ras do
l tica e a lei em rela o ao poder e organi a o social. modelo econ mico uscelinista.
Com ase na re e o de oucault, a finalidade das leis na ME O A, S. . A industrialização brasileira. S o Paulo Moderna, 2002 adaptado
organi a o das sociedades modernas é
A com ater a es violentas na guerra entre as na es. Segundo o te to, os con itos sociais ocorridos no in cio
dos anos 19 0 decorreram principalmente
B coagir e servir para re rear a agressividade humana.
A da manipula o pol tica empreendida pelo governo
C criar limites entre a guerra e a pa praticadas entre os
Jo o Goulart.
indiv duos de uma mesma na o.
D esta elecer princ pios éticos que regulamentam as B das contradi es econ micas do modelo desenvolvi-
a es élicas entre pa ses inimigos. mentista.
E organi ar as rela es de poder na sociedade e entre C do poder pol tico adquirido pelos sindicatos populistas.
os Estados.
D da desmo ili a o das classes dominantes rente ao
169| ENEM 2010 - C1 - H3 avan o das greves.

Opini o E da recusa dos sindicatos em aceitar mudan as na le-


gisla o tra alhista.
Podem me prender
Podem me ater
171| ENEM 2010 - C1 - H3
Podem até dei ar-me sem comer
Que eu n o mudo de opini o. A che ada da tele is o
Aqui do morro eu n o saio n o
Aqui do morro eu n o saio n o. A cai a de pandora tecnol gica penetra nos lares e li era
suas ca e as alantes, astros, novelas, noticiários e as a-
Se n o tem água ulosas, irresis veis garotas-propaganda, vers es moder-
Eu uro um po o ni adas do tradicional homem-sandu che.
Se n o tem carne SEVCE O, . Org . ist ria da Vida Privada no Brasil . ep lica da Belle
Eu compro um osso e ponho na sopa poque Era do ádio. S o Paulo Cia das Letras, 199 .
E dei a andar, dei a andar...
A TV, a partir da década de 19 0, entrou nos lares rasilei-
alem de mim ros provocando mudan as consideráveis nos há itos da
Quem quiser alar p op ulação. Cert os ep isó dios da h ist ó ria brasileira revela-
Aqui eu n o pago aluguel ram que a TV, especialmente como espa o de a o da im-
prensa, tornou-se tam ém ve culo de utilidade p lica, a
Se eu morrer amanh seu doutor,
avor da democracia, na medida em que
Estou pertinho do céu
é e . Opini o. ispon vel em http / .mp net.com. r. Acesso em 2 a r. 2010. A amplificou os discursos nacionalistas e autoritários
durante o governo Vargas.
Essa m sica e parte de um importante espetáculo teatral
que estreou no ano de 19 4, no io de Janeiro. O papel B revelou para o pa s casos de corrup o na es era pol -
e ercido pela M sica Popular Brasileira MPB nesse con- tica de vários governos.
te to, evidenciado pela letra de m sica citada, oi o de
C maquiou indicadores sociais negativos durante as dé-
A entretenimento para os grupos intelectuais. cadas de 19 0 e 19 0.
B valori a o do progresso econ mico do pa s. D apoiou, no governo Castelo Branco, as iniciativas de
C cr tica passividade dos setores populares. echamento do parlamento.
D den ncia da situa o social e pol tica do pa s. E corro orou a constru o de o ras ara nicas durante
E mo ili a o dos setores que apoiavam a itadura M ilit ar. os governos militares.

61
Coleção PREPARAENEM Resolve

172| ENEM 2010 - C1 - H3 A das ideologias conservacionistas, com milhares de


adeptos no meio ur ano.
Pecado ne ando era e press o correntemente utili a-
da pelos inquisidores para a sodomia. e andus o que B das pol ticas governamentais de preserva o dos o -
n o pode ser dito. A Assem leia de clérigos reunida em etos naturais e culturais.
Salvador, em 1 0 , considerou a sodomia t o péssimo e C das teorias so re a necessidade de harmoni a o en-
horrendo crime , tao contrário lei da nature a, que era tre técnica e nature a.
indigno de ser nomeado e, por isso mesmo, ne ando.
D dos oicotes aos produtos das empresas e ploradoras
OVA S, . MELLO E SO A L. História da vida privada no Brasil. V. 1. S o Paulo e p oluent es.
Companhia das Letras. 199 adaptado .
E da contesta o degrada o do tra alho, das tradi-
O n mero de homosse uais assassinados no Brasil ateu es e da nature a.
o recorde hist rico em 2009. e acordo com o elat rio
Anual de Assassinato de omosse uais LGBT Lés icas, 174| ENEM 2010 - C1 - H3
Ga s, Bisse uais e Travestis , nesse ano oram registrados
19 mortos por motiva o homo ica no Pa s. a ética contempor nea, o su eito n o é mais um su eito
su stancial, so erano e a solutamente livre, nem um su-
ispon vel em .alemdanoticia.com. r/utimas noticias.php codnoticia 1.
Acesso em 29 a r. 2010 adaptado . eito emp rico puramente natural. Ele é simultaneamente
os dois, na medida em que é um sujeito histórico-social.
A homo o ia é a re ei o e menospre o orienta o se- Assim, a ética adquire um dimensionamento pol tico, uma
ual do outro e, muitas ve es, e pressa-se so a orma ve que a a o do su eito n o pode mais ser vista e ava-
de comportamentos violentos. Os te tos indicam que as liada ora da rela o social coletiva. esse modo, a ética
condena es p licas, persegui es e assassinatos de se entrela a, necessariamente, com a pol tica, entendida
homosse uais no pa s est o associadas esta como a área de avalia o dos valores que atravessam
A ai a representatividade pol tica de grupos organi- as rela es sociais e que interliga os indiv duos entre si.
ados que de endem os direitos de cidadania dos ho- SEVE O. A. J. Filosofia. S o Paulo Corte , 1992 adaptado .
mosse uais.
O te to, ao evocar a dimens o hist rica do processo de
B al ncia da democracia no pa s, que torna impediti- orma o da ética na sociedade contempor nea, ressalta
va a divulga o de esta sticas relacionadas viol ncia
A os conte dos éticos decorrentes das ideologias pol ti-
contra homosse uais.
co-partidárias.
C Constitui o de 19 , que e clui do tecido social os
B o valor da a o humana derivada de preceitos meta sicos.
homosse uais, além de impedi-los de e ercer seus di-
reitos pol ticos. C a sistemati a o de valores desassociados da cultura.
D a um passado hist rico marcado pela demoni a o do D o sentido coletivo e pol tico das a es humanas individuais.
corpo e por ormas recorrentes de ta us e intoler ncia. E o ulgamento da a o ética pelos pol ticos eleitos de-
E a uma pol tica eug nica desenvolvida pelo Estado, mocraticamente.
ustificada a partir dos posicionamentos de correntes
filos fico-cien ficas. 175| ENEM 2010 - C1 - H3

173| ENEM 2010 - C1 - H3 Os meios de comunica o uncionam como um elo entre


os di erentes segmentos de uma sociedade. as ltimas
A polui o e outras o ensas am ientais ainda n o tinham décadas, acompanhamos a inser o de um novo meio de
esse nome, mas á eram largamente notadas no século comunica o que supera em muito outros á e istentes,
, nas grandes cidades inglesas e continentais. E a pr - visto que pode contri uir para a democrati a o da vida
pria chegada ao campo das estradas de erro suscitou social e pol tica da sociedade medida que possi ilita a
protestos. A rea o antimaquinista, protagoni ada pelos institui o de mecanismos eletr nicos para a e etiva parti-
diversos luddismos, antecipa a atalha atual dos am ien- cipa o pol tica e dissemina o de in orma es.
talistas. Esse era, ent o, o com ate social contra os mias- Constitui o e emplo mais e pressivo desse novo con unto
mas ur anos. de redes in ormacionais a
SAN TOS M . A natureza do espaço técnica e tempo, ra o e emo o. S o Paulo
E SP, 2002 adaptado . A Int ernet .

O crescente desenvolvimento técnico-produtivo imp e B fi ra tica.


modifica es na paisagem e nos o etos culturais viven- C TV digital.
ciados pelas sociedades. e acordo com o te to, pode-se
D tele onia m vel.
di er que tais movimentos sociais emergiram e se e pres-
saram por meio E porta ilidade tele nica.

62
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

176| ENEM 2010 - C5 - H23 178| ENEM 2010 - C1 - H3

A ética precisa ser compreendida como um empreendi- omens da nglaterra, por que arar para os senhores que
mento coletivo a ser constantemente retomado e rediscu- vos mant m na miséria
tido, porque é produto da rela o interpessoal e social. A
Por que tecer com es or os e cuidado as ricas roupas que
ética sup e ainda que cada grupo social se organi e sen-
tindo-se responsável por todos e que crie condi es para o vossos tiranos vestem
e erc cio de um pensar e agir aut nomos. A rela o entre Por que alimentar, vestir e poupar do er o até o t mulo
ética e pol tica é tam ém uma quest o de educa o e luta esses parasitas ingratos que e ploram vosso suor ah,
pela so erania dos povos. necessária uma ética renova- que e em vosso sangue
da, que se construa a partir da nature a dos valores sociais
S ELLE . Os homens da nglaterra. Apud BE MA , L. História da Riqueza do
para organi ar tam ém uma nova prática pol tica. Homem. io de Janeiro ahar, 19 2.
CORDI et al. Para filosofar. S o Paulo Scipione, 200 adaptado .
A análise do trecho permite identificar que o poeta ro-
O Século teve de repensar a ética para en rentar novos m ntico Shelle 1 92-1 22 registrou uma contradi o
pro lemas oriundos de di erentes crises sociais, con itos nas condi es socioecon micas da nascente classe tra a-
ideol gicos e contradi es da realidade. So esse en oque e lhadora inglesa durante a evolu o ndustrial. Tal con-
a partir do te to, a ética pode ser compreendida como tradi o está identificada
A instrumento de garantia da cidadania, porque através
dela os cidad os passam a pensar e agir de acordo A na po re a dos empregados, que estava dissociada da
com valores coletivos. rique a dos patr es.

B mecanismo de cria o de direitos humanos, porque é B no salário dos operários, que era proporcional aos
da nature a do homem ser ético e virtuoso. seus es or os nas ind strias.
C meio para resolver os con itos sociais no cenário da C na urguesia, que tinha seus neg cios financiados
glo ali a o, pois a partir do entendimento do que é p elo p rolet ariado.
e etivamente a ética, a pol tica internacional se reali a.
D no tra alho, que era considerado uma garantia de li-
D par metro para assegurar o e erc cio pol tico priman- berdade.
do p elos int eresses e ação p rivada dos c idadãos.
E na rique a, que n o era usu ru da por aqueles que a
E aceita o de valores universais impl citos numa socie- produ iam.
dade que usca dimensionar sua vincula o outras
soc iedades.
179| ENEM 2010 - C1 - H3
177| ENEM 2010 - C1 - H3

Judiciário contribuiu com ditadura no Chile di Jui


Gu mán Tapia

As cortes de apela o re eitaram mais de 10 mil habeas


corpus nos c asos das p essoas desap arec idas. N os t ribu-
nais militares, todas as causas oram conclu das com sus-
pens es temporárias ou definitivas, e os desaparecimen-
tos pol ticos tiveram apenas tr mite ormal na Justi a. Q O. Toda Mafalda. S o Paulo Martins ontes, 1991.
Assim, o Poder Judiciário contri uiu para que os agentes
estatais ficassem impunes. emocracia regime pol tico no qual a so erania é e er-
ispon vel em http // .cartamaior.com. r. Acesso em 20 ul. 2010 adaptado .
cida pelo povo, pertence ao con unto dos cidad os.
JAP ASS , . MA CO ES, . Dicionário Básico de Filosofia. io de Janeiro ahar, 200 .
Segundo o te to, durante a ditadura chilena na década de
19 0, a rela o entre os poderes E ecutivo e Judiciário ma suposta vacina contra o despotismo, em um con-
caracteri ava-se pela te to democrático, tem por o etivo
A preserva o da autonomia institucional entre os poderes.
A impedir a contrata o de amiliares para o servi o p lico.
B valori a o da atua o independente de alguns u es.
B redu ir a a o das institui es constitucionais.
C manuten o da inter er ncia ur dica nos atos e ecutivos.
C com ater a distri ui o equili rada de poder.
D trans er ncia das un es dos u es para o che e de Estado.
D evitar a escolha de governantes autoritários.
E su ordina o do poder udiciário aos interesses pol ti-
cos dominantes. E restringir a atua o do Parlamento.

63
Coleção PREPARAENEM Resolve

180| ENEM 2010 - C1 - H5 182| ENEM 2010/2 - C6 - H29


Os ves gios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde Se, por um lado, o ser humano, como animal, é parte inte-
as Miss es e o rio da Prata, ao sul, até o ordeste, com al- grante da nature a e necessita dela para continuar so re-
gumas ocorr ncias ainda mal conhecidas no sul da Ama- vivendo, por outro, como ser social, cada dia mais sofisti-
nia. A leste, ocupavam toda a ai a litor nea, desde o ca os mecanismos de e trair da nature a recursos que, ao
io Grande do Sul até o Maranh o. A oeste, aparecem no
serem aproveitados, podem alterar de modo pro undo a
rio da Prata no Paraguai e nas terras ai as da Bol via.
uncionalidade harm nica dos am ientes naturais.
Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua
presen a discretamente nos cerrados do Brasil central. OSS, J. L. S. Org. . S o Paulo E SP, 200 adaptado .

e ato, ocuparam, de pre er ncia, as regi es de oresta


A rela o entre a sociedade e a nature a vem so rendo
t rop ic al e subt rop ic al.
pro undas mudan as em ra o do conhecimento técnico.
P O S. A. O Brasil antes dos brasileiros. io de Janeiro Jorge ahar. Editor, 200 .
A partir da leitura do te to, identifique a poss vel conse-
Os povos ind genas citados possu am tradi es culturais qu ncia do avan o da técnica so re o meio natural.
espec ficas que os distinguiam de outras sociedades in- A A sociedade aumentou o uso de insumos qu micos agro-
d genas e dos coloni adores europeus. Entre as tradi es t icos e ertili antes e, assim, os riscos de contamina o.
tupi-guarani, destacava-se
B O homem, a partir da evolu o técnica, conseguiu e -
A a organi a o em aldeias politicamente independen- plorar a nature a e di undiu harmonia na vida social.
tes, dirigidas por um che e, eleito pelos indiv duos
mais velhos da tri o. C As degrada es produ idas pela e plora o dos re-
cursos naturais s o revers veis, o que, de certa orma,
B a rituali a o da guerra entre as tri os e o caráter se- possi ilita a recria o da nature a.
missedentário de sua organi a o social.
D O desenvolvimento técnico, dirigido para a recompo-
C a conquista de terras mediante opera es militares, o
si o de áreas degradadas, superou os e eitos negati-
que permitiu seu dom nio so re vasto territ rio.
vos da degrada o.
D o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da
agricultura para investir na cria o de animais. E As mudan as provocadas pelas a es humanas so re
a nature a oram m nimas, uma ve que os recursos
E o despre o pelos rituais antropo ágicos praticados em utili ados s o de caráter renovável.
outras sociedades ind genas.
183| ENEM 2010/2 - C1 - H3
181| ENEM 2010/2 - C6 - H27
m en meno importante que vem ocorrendo nas lti-
mas quatro décadas é o ai o crescimento populacional
na Europa, principalmente em alguns pa ses como Ale-
manha e ustria, onde houve uma rusca queda na ta a
de natalidade. Esse en meno é especialmente preocu-
pante pelo ato de a maioria desses pa ses á ter chegado
ova Escola, n 22 , out. 2009. a um ndice in erior ao n vel de renova o da popula-
o , estimado em 2,1 filhos por mulher. A diminui o da
A tirinha mostra que o ser humano, na usca de atender natalidade europeia tem várias causas, algumas de cará-
suas necessidades e de se apropriar dos espa os, ter cultural e socioecon mico.
A adotou a acomoda o evolucionária como orma de OL VE A, P. S. Introdução à sociologia. S o Paulo tica, 2004 adaptado .
so reviv ncia ao se dar conta de suas defici ncias im-
postas pelo meio am iente. As tend ncias populacionais nesses pa ses est o relacio-
nadas a uma trans orma o
B utili ou o conhecimento e a técnica para criar equipa-
mentos que lhe permitiram compensar as suas limita- A na estrutura amiliar dessas sociedades, impactada por
es sicas. mudan as nos pro etos de vida das novas gera es.

C levou vantagens em rela o aos seres de menor esta- B no comportamento das mulheres mais ovens, que t m
tura, por possuir um sico astante desenvolvido, que imposto seus planos de maternidade aos homens.
lhe permitia muita agilidade. C no n mero de casamentos, que cresceu nos ltimos
D dispensou o uso da tecnologia por ter um organismo anos, re or ando a estrutura amiliar tradicional.
adaptável aos di erentes tipos de meio am iente.
D no ornecimento de pens es de aposentadoria, em
E so reu desvantagens em rela o a outras espécies, queda diante de uma popula o de maioria ovem.
por utili ar os recursos naturais como orma de se
ap rop riar dos dif erent es esp aços. E na ta a de mortalidade in antil europeia, em con nua as-
cens o, decorrente de pandemias na primeira in ncia.

64
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

184| ENEM 2010/2 - C2 - H7 186| ENEM 2010/2 - C3 - H11

A andeira da Europa n o é apenas o s m olo da ni o e ato, que alternativa restava aos portugueses, ao se
Europeia, mas tam ém da unidade e da identidade da verem diante de uma mata virgem e necessitando de
Europa em sentido mais lato. O c rculo de estrelas dou- terra para cultivo, a n o ser derru ar a mata e atear-lhe
radas representa a solidariedade e a harmonia entre os ogo Seria, pois, in usto reprová-los por terem come a-
povos da Europa. do dessa maneira. Todavia, podemos culpar os seus des-
cendentes, e com ra o, por continuarem a queimar as
ispon vel em http //europa.eu/inde pt.htm. Acesso em 29 a r. 2010 adaptado .
orestas quando há agora, no in cio do século , tanta
A que se pode atri uir a contradi o intr nseca entre o terra limpa e pronta para o cultivo sua disposi o.
que prop e a andeira da Europa e o cotidiano vivencia-
Saint- ilaire, A. Viagem às nascentes do rio S. Francisco [1847].
do pelas na es integrantes da ni o Europeia Belo ori onte tatiaia S o Paulo E SP, 19 adaptado .

A Ao conte to da década de 19 0, no qual a andeira oi o te to, há in orma es so re a prática da queimada em


or ada e em que se pretendia a raternidade entre os di erentes per odos da hist ria do Brasil. Segundo a análi-
povos traumati ados pela Primeira Guerra Mundial. se apresentada, os portugueses

B Ao ato de que o ideal de equil rio impl cito na an- A evitaram emitir u o de valor so re a prática da quei-
deira nem sempre se coaduna com os con itos e riva- mada.
lidades regionais tradicionais. B consideraram que a queimada era necessária em cer-
t as c irc unst ânc ias.
C Ao ato de que Alemanha e tália ainda s o vistas com
desconfian a por nglaterra e ran a mesmo ap s dé- C concordaram quanto queimada ter sido uma prática
cadas do final da Segunda Guerra. agr cola insuficiente.

D Ao ato de que a andeira oi conce ida por portugue- D entenderam que a queimada era uma prática neces-
ses e espanh is, que possuem uma conviv ncia mais sária no in cio do séc. .
harm nica do que as demais na es europeias. E relacionaram a queimada ao descaso dos agricultores
da época com a terra.
E Ao ato de que a andeira representa as aspira es
religiosas dos pa ses de voca o cat lica, contrapon-
187| ENEM 2010/2 - C4 - H16
do-se ao cotidiano das na es protest ant es.
o século , para alimentar um ha itante ur ano, eram
185| ENEM 2010/2 - C6 - H28 necessárias cerca de 0 pessoas tra alhando no campo.
Essa propor o oi se modificando ao longo de dois sé-
O volume de matéria-prima recuperado pela recicla- culos. Em certos pa ses, ho e, há um ha itante rural para
gem do li o está muito a ai o das necessidades da in- cada de ur anos.
d stria. o entanto, mais que uma orma de responder
SA TOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. S o Paulo E SP, 200 .
ao aumento da demanda industrial por matérias-pri-
mas e energia, a reciclagem é uma orma de reintrodu- O autor e p e uma tend ncia de aumento de produtivi-
ir o li o no processo industrial. dade agr cola por tra alhador rural, na qual menos pes-
soas produ em mais alimentos, que pode ser e plicada
SCA LATO, . C. Do nicho ao lixo. S o Paulo Atual, 1992 adaptado .
A pela e ig ncia de a astecimento das popula es ur-
A prática a ordada no te to corresponde, no conte to anas, que tra alham ma oritariamente no setor pri-
glo al, a uma situa o de sustenta ilidade que mário da economia.
A redu o uraco na camada de o nio nos distritos B pela imposi o de governos que criam pol ticas eco-
indust riais. n micas para o avorecimento do crédito agr cola.

B ameni a os e eitos das chuvas ácidas nos polos pe- C pela incorpora o homog nea dos agricultores s téc-
troqu micos. nicas de moderni a o, so retudo na rela o lati n-
dio-mini ndio.
C diminui os e eitos da polui o atmos érica das in-
D pela dinami a o econ mica desse setor e utili a o
d strias sider rgicas.
de novas técnicas e equipamentos de produ o pelos
D diminui a possi ilidade de orma o das ilhas de ca- agricultores.
lor nas áreas ur anas. E pelo acesso s novas tecnologias, o que e com que
E redu a utili a o de matérias-primas nas ind strias áreas em altas latitudes, acima de , passassem a
de ens de consumo. ser grandes produtoras agr colas.

65
Coleção PREPARAENEM Resolve

188| ENEM 2010/2 - C4 - H18 A interpreta o do mapa indica que, entre 1990 e 200 , a
e pans o territorial da produ o rasileira de so a ocor-
O mapa mostra a distri ui o de ovinos no ioma ama-
reu da regi o
nico, cu a ocupa o oi responsável pelo desmatamen-
to de significativas e tens es de terra na regi o. Verifica- A Sul em dire o s regi es Centro-Oeste e ordeste.
-se que e istem munic pios com grande contingente de
ovinos, nas áreas mais escuras do mapa, entre 0 001 B Sudeste em dire o s regi es Sul e Centro-Oeste.
e 1 00 000 ca e as de ovinos. C Centro-Oeste em dire o s regi es Sudeste e or-
Produ o de Bo inos - E eti os de Cabe as em 200 dest e.
no Bioma Ama nico se undo munic pios D orte em dire o s regi es Sul e ordeste.
E ordeste em dire o s regi es orte e Centro-Oeste.
RR
AP
190| ENEM 2010/2 - C5 - H23
PA
AM A ética e ige um governo que amplie a igualdade entre os
MA
cidad os. Essa é a ase da pátria. Sem ela, muitos indiv -
duos n o se sentem em casa , e perimentam-se como
AC
estrangeiros em seu pr prio lugar de nascimento.

RO S LVA, . . tica, de esa nacional, coopera o dos povos. OL VE A, E. Org.


MT
200.000 - 245.000 Seguran a e esa acional da competi o coopera o regional. S o Paulo
245.001 - 325.000
325.001 - 450.000
unda o Memorial da América Latina, 200 adaptado .
450.001 - 750.000
750.001 - 1.500.000
Os pressupostos éticos s o essenciais para a estrutura o
ispon vel em .i ge.gov. r. Acesso em 0 ul. 200 . pol tica e integra o de indiv duos em uma sociedade. e
A análise do mapa permite concluir que acordo com o te to, a ética corresponde a
A os Estados do Pará, Mato Grosso e ond nia det m a A valores e costumes partilhados pela maioria da socie-
maior parte de ovinos em rela o ao ioma ama nico. dade.
B os munic pios de maior e tens o s o responsáveis pela B preceitos normativos impostos pela coa o das leis
maior produ o de ovinos, segundo mostra a legenda. ur dicas.
C a cria o de ovinos é a atividade econ mica principal
C normas determinadas pelo governo, di erentes das
nos munic pios mostrados no mapa.
leis estrangeiras.
D o e etivo de ca e as de ovinos se distri ui ampla-
mente pelo ioma ama nico. D trans er ncia dos valores praticados em casa para a
E as terras orestadas s o as áreas mais avoráveis ao esf era soc ial.
desenvolvimento da cria o de ovinos. E proi i o da inter er ncia de estrangeiros em nossa
189| ENEM 2010/2 - C4 - H19 pátria.

SOJ A: EVOLU Ç Ã O DA Á REA PLANTADA 1 9 9 0 - 2 0 0 6


A partir do rá co a se uir responda s
uest es 191 e 192.

RELAÇ Ã O ENTRE PRODU Ç Ã O E Á REA PLANTADA


NO B RASIL 1 9 8 0 - 2 0 0 8

LEGENDA
Porcentagem da soja na área total
plantada de lavouras
Área plantada em 2006
Área plantada em 1990

1 828 929
1 000 000
460 000 (Hectares)
120 000
2
Dados: IBGE - Produção Agrícola Municipal

ispon vel em http // 4. ct.unesp. r. Acesso em 20 a r. 2010. ispon vel em http // .i ge.gov. r. Acesso em 20 ul. 2010

66
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

191| ENEM 2010/2 - C4 - H19 C constru o de uma in raestrutura cient ica e tec-
nol gica promoveu um con unto de rela es que
O gráfico mostra a rela o da produ o de cereais, legu-
geraram novas intera es socioespaciais entre o
minosas e oleaginosas com a área plantada no Brasil, no
per odo de 19 0 e 200 . Verifica-se uma grande varia o campo e a cidade.
da produ o em compara o área plantada, o que ca- D aquisi o de máquinas e implementos industriais,
racteri a o crescimento da
incorporados ao campo, proporcionou o aumento da
A economia. produtividade, li ertando o campo da su ordina o
B área plantada. cidade.

C produtividade. E incorpora o de novos elementos produtivos oriun-


dos da atividade rural resultou em uma rela o com
D sust ent abilidade.
a cadeia produtiva industrial, su ordinando a cida-
E racionali a o. de ao campo.
192| ENEM 2010/2 - C4 - H17
Que trans orma o ocorrida na agricultura rasileira, nas 194| ENEM 2010/2 - C4 - H17
ltimas décadas, ustifica as varia es apresentadas no
esponda sem pestane ar que pa s ocupa a lideran a
gráfico
mundial no mercado de etanol Para alguns, a respos-
A O aumento do n mero de tra alhadores e menor neces- ta via é o Brasil. A inal, o pa s tem o menor pre o
sidade de investimentos.
de produ o do mercado, além de vastas áreas dispo-
B O progressivo direcionamento da produ o de gr os para n veis para o plantio de matéria-prima. Outros dir o
o mercado interno. que s o os E A, donos da maior produ o anual. os
C A introdu o de novas técnicas e insumos agr colas, como pr imos anos, essa pergunta n o deve gerar mais
ertili antes e sementes geneticamente modificadas. d vida, pois a disputa n o se dará em planta es de
D A introdu o de métodos de plantio org nico, altamente cana-de-a car ou nas usinas, mas nos la orat rios
produtivos, voltados para a e porta o em larga escala. altamente so isticados.
E O aumento no crédito rural voltado para a produ o de TE A, L. Conexões estudos de geografia geral. S o Paulo Moderna, 2009 adaptado .
gr os por camponeses da agricultura e tensiva.
A iotecnologia propicia, entre outras coisas, a produ o
193| ENEM 2010/2 - C6 - H28 dos iocom us veis, que v m se configurando em im-
portantes ormas de energias alternativas. Que impacto
Os ltimos séculos marcam, para a atividade agr cola,
com a humani a o e a mecani a o do espa o geográ- poss veis pesquisas em la orat rios podem provocar na
fico, uma considerável mudan a em termos de produti- produ o de etanol no Brasil e nos E A
vidade chegou-se, recentemente, constitui o de um
meio técnico-cien fico-in ormacional, caracter stico n o A Aumento na utili a o de novos tipos de maté-
apenas da vida ur ana, mas tam ém do mundo rural, rias-primas para a produ o do etanol, elevando a
tanto nos pa ses avan ados como nas regi es mais de- p rodut ividade.
senvolvidas dos pa ses po res.
B Crescimento da produ o desse com ust vel, cau-
SA TOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento nico consci ncia
universal. io de Janeiro ecord, 2004 adaptado . sando, porém, danos graves ao meio am iente pelo
A moderni a o da agricultura está associada ao desen- e cesso de planta es de cana-de-a car.
volvimento cien fico e tecnol gico do processo produti-
C Estagna o no processo produtivo do etanol rasi-
vo em di erentes pa ses. Ao considerar as novas rela es
tecnol gicas, verifica-se que a leiro, á que o Pa s dei ou de investir nesse tipo de
tecnologia.
A introdu o de tecnologia equili rou o desenvolvimen-
to econ mico entre o campo e a cidade, re etindo di- D Eleva o nas e porta es de etanol para os E A,
retamente na humani a o do espa o geográfico nos á que a produ o interna rasileira é maior que a
pa ses mais po res.
procura, e o produto tem qualidade superior.
B tecnifica o do espa o geográfico marca o modelo
E Aumento da ome em am os os pa ses, em virtude
produtivo dos pa ses ricos, uma ve que pretendem
de a produ o de cana-de-a car pre udicar a pro-
trans erir gradativamente as unidades industriais para
du o de alimentos.
o esp aço rural.

67
Coleção PREPARAENEM Resolve

195| ENEM 2010/2 - C1 - H3 197| ENEM 2010/2 - C5 - H25


O movimento operário o ereceu uma nova resposta ao grito A Conven o da O so re ireitos das Pessoas com e-
do homem miserável no princ pio do século . A resposta fici ncias, reali ada em 200 , em ova ork, teve como
oi a consci ncia de classe e a am i o de classe. Os po res o etivo melhorar a vida da popula o de 0 milh es de
ent o se organi avam em uma classe espec fica, a classe pessoas com defici ncia em todo o mundo. essa con-
operária, di erente da classe dos patr es ou capitalistas . A ven o oi ela orado e acordado, entre os pa ses das a-
evolu o rancesa lhes deu confian a a evolu o ndus- es nidas, um tratado internacional para garantir mais
trial trou e a necessidade da mo ili a o permanente. direitos a esse p lico.
OBSBA , E. J. A era das revoluções. S o Paulo Pa e Terra, 19 .
Entidades ligadas aos direitos das pessoas com defici n-
o te to, analisa-se o impacto das evolu es rancesa e cia acreditam que, para o Brasil, a ratifica o do tratado
ndustrial para a organi a o da classe operária. Enquan- pode significar avan os na implementa o de leis pa s.
to a confian a dada pela evolu o rancesa era ori-
ginária do significado da vit ria revolucionária so re as ispon vel em http// . c.co.uk. Acesso em 1 mai. 2010 adaptado .
classes dominantes, a necessidade da mo ili a o per- o Brasil, as pol ticas p licas de inclus o social apontam para
manente , tra ida pela evolu o ndustrial, decorria da o discurso, tanto da parte do governo quanto da iniciativa pri-
compreens o de que
vada, so re a e etiva o da cidadania. esse sentido, a temá-
A a competitividade do tra alho industrial e igia um tica da inclus o social de pessoas com defici ncia
permanente es or o de qualifica o para o en renta-
mento do desemprego. A vem sendo com atida por diversos grupos sociais, em
virtude dos elevados custos para a adapta o e manu-
B a completa trans orma o da economia capitalista se-
ten o de prédios e equipamentos p licos.
ria undamental para a emancipa o dos operários.
C a introdu o das máquinas no processo produtivo B está assumindo o status de pol tica p lica em como
diminu a as possi ilidades de ganho material para os representa um di erencial positivo de marketing insti-
operários. t uc ional.
D o progresso tecnol gico geraria a distri ui o de ri- C re ete prática que via ili a pol ticas compensat rias
que as para aqueles que estivessem adaptados aos voltadas somente para as pessoas desse grupo que
novos tempos industriais. est o socialmente organi adas.
E a melhoria das condi es de vida dos operários seria
conquistada com as mani esta es coletivas em avor D associa-se a uma estratégia de mercado que o etiva
dos direit os t rabalh ist as. atrair consumidores com algum tipo de defici ncia,
em ora este a descolada das metas da glo ali a o.
196| ENEM 2010/2 - C6 - H28 E representa preocupa o isolada, visto que o Estado
ainda as discrimina e n o lhes possi ilita meios de in-
Ocorrência de Chuva Ácida tegra o sociedade so a tica econ mica.

198| ENEM 2010/2 - C1 - H4

Gre rio de Matos de Matos De niu no s culo XVII o


amor e a sensualidade carnal.

O Amor é finalmente um em ara o de pernas, uni o de



arrigas, um reve tremor de artérias.

ma con us o de ocas, uma atalha de veias, um re u-


li o de ancas, quem di outra coisa é esta.
extremamente alta VA AS, . Brasil de todos os pecados. evista de ist ria. Ano1, n 1. io de Janeiro
Bi lioteca acional, nov. 200 .
0 2000 km alta
indícios
Vilhena descre eu ao seu ami o Filopono no s culo
XVIII a sensualidade nas ruas de Sal ador.
A maior requ ncia na ocorr ncia do en meno atmos é-
rico apresentado na figura relaciona-se a Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a de-
A concentra es ur ano-industriais. sordenada pai o sensual que atropela e rela a o rigor
da Justi a, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais.
B epis dios de queimados orestais. Logo que anoutece, entulham as ruas li idinosos, vadios
C atividades de e trativismo vegetal. e ociosos de um e outro se o. Vagam pelas ruas e, sem
D ndices de po re a elevados. pe o, a em gala da sua torpe a.
E climas quentes e muito midos. V L E A, L.S. A Bahia no século V . Cole o Baiana. v. 1. Salvador tapu , 19 9
(adap t ado).

68
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
A sensualidade f oi assunt o rec orrent e no Brasil c olonial. 200| ENEM 2010/2 - C1 - H1
Opini es se dividiam quando o tema a rontava direta-
mente os ons costumes . esse conte to, contri u a Che an a
para e plicar essas diverg ncias
Sou Pata ,
A a e ist ncia de associa es religiosas que de endiam Sou avante e Carriri,
a pure a se ual da popula o ranca. anom mi, sou Tupi
B a associa o da sensualidade s parcelas mais a asta- Guarani, sou Cara á.
das da soc iedade. Sou Pancaruru,
Cari , Tupina é,
C o posicionamento li eral da sociedade oitocentista,
que reivindicava mudan as de comportamento na so- Sou Potiguar, sou Caeté,
c iedade. ul-ni- , Tupinam á.
Eu atraquei num porto muito seguro,
D a pol tica p lica higienista, que atrelava a se ualida-
de a grupos socialmente marginais. Céu a ul, pa e ar puro...
Bot ei as p ernas p ro ar.
E a usca do controle do corpo por meio de discurso
Logo sonhei que estava no para so,
am guo que associava se o, pra er, li ertinagem e
p ec ado. Onde nem era preciso dormir para sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa
199| ENEM 2010/2 - C5 - H22 ma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
a grande-nau,
m ranco de ar a escura,
Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a ome, a sede,
Eu pensei v o me aca ar .
Levantei-me de Borduna á na m o.
A , senti no cora o,
O Brasil vai come ar.
B EGA, A e E E, . CD Pernambuco falando para o mundo, 199 .

A letra da can o apresenta um tema recorrente na his-


t ria da coloni a o rasileira, as rela es de poder en-
tre portugueses e povos nativos, e representa uma cr tica
ideia presente no chamado mito

EB ET, J. B. SO A, L. M. Org. . ist ria da vida privada no Brasil A da democracia racial, originado das rela es cordiais
cotidiano e vida privada na América Portuguesa, v. 1. esta elecidas entre portugueses e nativos no per odo
S o Paulo Companhia das Letras, 199 .
anterior ao in cio da coloni a o rasileira.
A imagem retrata uma cena da vida cotidiana dos escra-
B da cordialidade rasileira, advinda da orma como os
vos ur anos no in cio do século . Lem rando que as
povos nativos se associaram economicamente aos
atividades desempenhadas por esses tra alhadores eram
portugueses, participando dos neg cios coloniais a u-
diversas, os escravos de aluguel representados na pintura
c areiros.
A vendiam a produ o da lavoura ca eeira para os mo- C do rasileiro receptivo, oriundo da acilidade com
radores das c idades. que os nativos rasileiros aceitaram as regras impos-
B tra alhavam nas casas de seus senhores e acompa- tas pelo coloni ador, o que garantiu o sucesso da co-
nhavam as don elas na rua. loni a o.

C reali avam tra alhos temporários em troca de paga- D da natural miscigena o, resultante da orma como a
mento para os seus senhores. metr pole incentivou a uni o entre colonos, e -escra-
vas e nativas para acelerar o povoamento da col nia.
D eram aut nomos, sendo contratados por outros se-
nhores para reali arem atividades comerciais. E do encontro, que identifica a coloni a o portuguesa
como pac fica em un o das rela es de troca esta-
E aguardavam a sua pr pria venda ap s desem arca- elecidas nos primeiros contatos entre portugueses
rem no porto. e nativos.

69
Coleção PREPARAENEM Resolve

201| ENEM 2010/2 - C5 - H22 O sam a-enredo de 19 re ete e re or a uma concep-


o acerca do fim da escravid o ainda viva em nossa me-
m ria, mas que n o encontra respaldo nos estudos his-
t ricos mais recentes. essa concep o ultrapassada, a
a oli o é apresentada como

A conquista dos tra alhadores ur anos livres, que de-


mandavam a redu o da ornada de tra alho.
B concess o do governo, que o ereceu ene cios aos
negros, sem considera o pelas lutas de escravos e
abolic ionist as.
C ruptura na estrutura socioecon mica do pa s, sendo res-
ponsável pela otimi a o da inclus o social dos li ertos.
D ruto de um pacto social, uma ve que agradaria os
agentes hist ricos envolvidos na quest o a endei-
ros, governo e escravos.
E orma de inclus o social, uma ve que a a oli o pos-
si ilitaria a concreti a o de direitos civis e sociais
para os negros.

ispon vel em http //pimentacomlimao.files. ordpress.com. Acesso em 1 a r.


2010 adaptado . 203| ENEM 2010/2 - C2 - H10
A charge remete ao conte to do movimento que ficou co- O meu lugar,
nhecido como iretas Já, ocorrido entre os anos de 19 e
Tem seus mitos e seres de lu ,
19 4. O elemento hist rico evidenciado na imagem é
em perto de Os aldo Cru ,
A a insist ncia dos grupos pol ticos de esquerda em re-
Cascadura, Va Lo o, ra á.
ali ar atos pol ticos ilegais e com poucas chances de
serem vitoriosos. O meu lugar,
sorriso, é pa e pra er,
B a mo ili a o em torno da luta pela democracia ren-
te ao regime militar, cada ve mais desacreditado. O seu nome é doce di er,
C o diálogo dos movimentos sociais e dos partidos po- Madureira, ia, aiá.
l ticos, ent o e istentes, com os setores do governo Madureira, ia, aiá
interessados em negociar a a ertura. Em cada esquina um pagode um ar,
D a insatis a o popular diante da atua o dos partidos Em Madureira.
pol ticos de oposi o ao regime militar criados no in - mpério e Portela tam ém s o de lá,
cio dos anos 0.
Em Madureira.
E a capacidade do regime militar em impedir que as ma- E no Mercad o voc pode comprar
ni esta es pol ticas acontecessem.
Por uma pechincha voc vai levar,
202| ENEM 2010/2 - C1 - H2 m dengo, um sonho pra quem quer sonhar,
Em Madureira.
su lime pergaminho
C , A. Meu lugar. ispon vel em .vagalume.uol.com. r. Acesso em 1
Li erta o geral a r. 2010 ragmento .
A p rinc esa c h orou ao rec eber
A análise do trecho da can o indica um tipo de intera o
A rosa de ouro p ap al entre o indiv duo e o espa o. Essa intera o e pl cita na
ma chuva de ores co riu o sal o can o e pressa um processo de
E o negro ornalista
A autossegrega o espacial.
e oelhos ei ou a sua m o
ma vo na varanda do pa o ecoou B e clus o sociocultural.
Meu eus, meu eus C homogenei a o cultural.
Está e tinta a escravid o D e pans o ur ana.
MELO A, . SSO, . MA GA A, C. Sublime Pergaminho. ispon vel em
http // . letras.terra.com. r. Acesso em 2 a r. 2010. E pertencimento ao espa o.

70
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

204| ENEM 2010/2 - C1 - H3 206| ENEM 2010/2 - C1 - H1

A hi ride descreve a cultura de pessoas que mant m ali avistamos homens que andavam pela praia, o ra de
suas cone es com a terra de seus antepassados, relacio- sete ou oito. Eram pardos, todos nus. as m os tra iam
nando-se com a cultura do local que ha itam. Eles n o arcos com suas setas. o a em o menor caso de enco-
anseiam retornar sua pátria ou recuperar qualquer rir ou de mostrar suas vergonhas e nisso t m tanta ino-
identidade étnica pura ou a soluta ainda assim, pre- c ncia como em mostrar o rosto. Am os tra iam os ei-
servam tra os de outras culturas, tradi es e hist rias e os de ai o urados e metidos neles seus ossos rancos
resistem assimila o. e verdadeiros. Os c abelos seus são c orredios.
CAS MO E, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. S o Paulo Selo egro, 2000 CAM A, P. V. Carta. BE O, . et al. Viagem pela hist ria do Brasil documentos.
(adap t ado). S o Paulo Companhia das Letras, 199 adaptado .

Contrapondo o en meno da hi ride ideia de pure a O te to é parte da amosa Carta de Pero Va de Caminha,
cultural, o serva-se que ele se mani esta quando documento undamental para a orma o da identidade
rasileira. Tratando da rela o que, desde esse primeiro
A cria es originais dei am de e istir entre os grupos de
contato, se esta eleceu entre portugueses e ind genas,
artistas, que passam a copiar as ess ncias das o ras
esse t rec h o da c art a revela a
uns dos out ros.
B civili a es se echam a ponto de retomarem os seus A preocupa o em garantir a integridade do coloni ador
pr prios modelos culturais do passado, antes a ando- diante da resist ncia dos ndios ocupa o da terra.
nados. B p ost ura et noc ênt ric a do europ eu diant e das c arac t e-
C popula es demonstram menospre o por seu patri- r sticas sicas e práticas culturais do ind gena.
m nio ar stico, apropriando-se de produtos culturais C orienta o da pol tica da Coroa Portuguesa quanto
estrangeiros. utili a o dos nativos como m o de o ra para coloni-
D elementos culturais aut nticos s o descaracteri ados ar a nova terra.
e reintrodu idos com valores mais altos em seus luga- D oposi o de interesses entre portugueses e ndios,
res de origem. que dificultava o tra alho catequético e e igia amplos
E interc m ios entre di erentes povos e campos de pro- rec ursos p ara a def esa da p osse da nova t erra.
du o cultural passam a gerar novos produtos e mani- E a und ncia da terra desco erta, o que possi ilitou a
esta es. sua incorpora o aos interesses mercantis portugue-
ses, por meio da e plora o econ mica dos ndios.
205| ENEM 2010/2 - C3 - H15
207| ENEM 2010/2 - C3 - H15
Ato Institucional n 5 de 1 de de embro de 1968
Para o Paraguai, portanto, essa oi uma guerra pela so re-
Art. 10 ica suspensa a garantia de ha eas corpus, nos viv ncia. e todo modo, uma guerra contra dois gigantes
casos de crimes pol ticos, contra a seguran a nacional, a estava adada a ser um teste de ilitante e severo para
ordem econ mica e social e a economia popular. uma economia de ase t o estreita. Lope precisava de
uma vit ria rápida e, se n o conseguisse vencer rapida-
Art. 11 E cluem-se de qualquer aprecia o udicial to-
mente, provavelmente n o venceria nunca.
dos os atos praticados de acordo com este Ato nstitucio-
nal e seus Atos Complementares, em como os respecti- L C , J. As ep licas do Prata da ndepend ncia Guerra do Paraguai.
BET ELL, Leslie Org . ist ria da América Latina da ndepend ncia até 1 0, v. .
vos ef eit os. S o Paulo E SP, 2004.
ispon vel em http // .senado.gov. r. Acesso em 29 ul. 2010.
A Guerra do Paraguai teve consequ ncias pol ticas impor-
O Ato nstitucional n é considerado por muitos autores tantes para o Brasil, pois
um golpe dentro do golpe . os artigos do A - selecio-
A representou a afirma o do E ército Brasileiro como
nados, o governo militar procurou limitar a atua o do
um ator pol tico de primeira ordem.
Poder Judiciário, porque isso significava
B confirmou a conquista da hegemonia rasileira so re
A a su stitui o da Constitui o de 19 . a Bacia Platina.
B o in cio do processo de distens o pol tica. C concreti ou a emancipa o dos escravos negros.
C a garantia legal para o autoritarismo dos u es. D incentivou a ado o de um regime constitucional mo-
D a amplia o dos poderes nas m os do E ecutivo. nárquico.
E a revoga o dos instrumentos ur dicos implantados E solucionou a crise financeira, em ra o das indeni a-
durante o golpe de 19 4. es rece idas.

71
Coleção PREPARAENEM Resolve

208| ENEM 2010/2 - C5 - H22 210| ENEM 2010/2 - C3 - H13

A depend ncia regional maior ou menor da m o de o ra es- O al aiate pardo Jo o de eus, que, na altura em que oi
crava teve re e os pol ticos importantes no encaminhamento preso, n o tinha mais do que 0 réis e oito filhos, decla-
da e tin o da escravatura. Mas a possi ilidade e a ha ilidade rava que Todos os rasileiros se fi essem ranceses, para
de lograr uma solu o alternativa caso pico de S o Paulo viverem em igualdade e a und ncia .
desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante. MA ELL, . Condicionalismos da independência do Brasil. S LVA, M. . Org.
O império luso- rasileiro, 1 0-1 22. Lis oa Estampa, 19 .
A STO, B. História do Brasil. S o Paulo E SP, 2000.

A crise do escravismo e pressava a di cil quest o em tor- O te to a re er ncia Con ura o Baiana. o conte -
no da su stitui o da m o de o ra, que resultou to da crise do sistema colonial, esse movimento se di e-
renciou dos demais movimentos li ertários ocorridos no
A na constitui o de um mercado interno de m o de Brasil p or
o ra livre, constitu do pelos li ertos, uma ve que a
A de ender a igualdade econ mica, e tinguindo a pro-
maioria dos imigrantes se re elou contra a supere -
priedade, con orme proposto nos movimentos li e-
p loração do t rabalh o.
rais da ran a napole nica.
B no con ronto entre a aristocracia tradicional, que
B introdu ir no Brasil o pensamento e o ideário li eral
de endia a escravid o e os privilégios pol ticos, e os
que moveram os revolucionários ingleses na luta con-
ca eicultores, que lutavam pela moderni a o econ -
tra o a solutismo monárquico.
mica com a ado o do tra alho livre.
C propor a instala o de um regime nos moldes da re-
C no ranqueamento da popula o, para a astar o
p lica dos Estados nidos, sem alterar a ordem so-
predom nio das ra as consideradas in eriores e con-
cioecon mica escravista e lati undiária.
creti ar a ideia do Brasil como modelo de civili a o
dos t ró p ic os. D apresentar um caráter elitista urgu s, uma ve que
so rera in u ncia direta da evolu o rancesa, pro-
D no tráfico interprovincial dos escravos das áreas de-
pondo o sistema censitário de vota o.
cadentes do ordeste para o Vale do Para a, para a
garantia da renta ilidade do ca é. E de ender um governo democrático que garantisse a
participa o pol tica das camadas populares, in uen-
E na ado o de ormas dis ar adas de tra alho compul-
s rio com emprego dos li ertos nos ca e ais paulistas, ciado pelo ideário da evolu o rancesa.
uma ve que os imigrantes oram tra alhar em outras
regi es do pa s. 211| ENEM 2010/2 - C3 - H15

Para os amigos p o, para os inimigos pau aos amigos se


209| ENEM 2010/2 - C1 - H3
a usti a, aos inimigos aplica-se a lei.
a antiga Grécia, o teatro tratou de quest es como desti- LEAL, V. . Coronelismo, enxada e voto. S o Paulo Al a Omega.
no, castigo e usti a. Muitos gregos sa iam de cor in me-
ros versos das pe as dos seus grandes autores. a ngla- Esse discurso, pico do conte to hist rico da ep lica
terra dos séculos V e V , Shakespeare produ iu pe as Velha e usado por che es pol ticos, e pressa uma realida-
nas quais temas como o amor, o poder, o em e o mal de caracteri ada
oram tratados. essas pe as, os grandes personagens a- A pela or a pol tica dos urocratas do nascente Esta-
lavam em verso e os demais em prosa. o Brasil colonial, do repu licano, que utili avam de suas prerrogativas
os ndios aprenderam com os esu tas a representar pe as para controlar e dominar o poder nos munic pios.
de caráter religioso.
B pelo controle pol tico dos proprietários no interior do
Esses atos s o e emplos de que, em di erentes tempos e pa s, que uscavam, por meio dos seus currais eleito-
situa es, o teatro é uma orma rais, en raquecer a nascente urguesia rasileira.
A de manipula o do povo pelo poder, que controla o C pelo mandonismo das oligarquias no interior do Bra-
t eat ro. sil, que utili avam di erentes mecanismos assistencia-
listas e de avorecimento para garantir o controle dos
B de divers o e de e press o dos valores e pro lemas vot os.
da soc iedade.
D pelo dom nio pol tico de grupos ligados s velhas ins-
C de entretenimento popular, que se esgota na sua un- titui es monárquicas e que n o encontraram espa o
ção de dist rair. de ascens o pol tica na nascente rep lica.
D de manipula o do povo pelos intelectuais que com- E pela alian a pol tica firmada entre as oligarquias do
p em as pe as. orte e ordeste do Brasil, que garantiria uma alter-
E de entretenimento, que oi superada e ho e é su sti- n ncia no poder ederal de presidentes originários
tu da pela televis o. dessas regi es.

72
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

212| ENEM 2010/2 - C3 - H15 214| ENEM 2010/2 - C3 - H15

A solu o militar da crise pol tica gerada pela sucess o do O mestre-sala dos mares
presidente ashington Luis em 1929-19 0 provoca pro- á muito tempo nas águas da Guana ara
unda ruptura institucional no pa s. eposto o presiden- O drag o do mar reapareceu
te, o Governo Provis rio 19 0-19 4 precisa administrar a figura de um ravo marinheiro
as di eren as entre as correntes pol ticas integrantes da A quem a hist ria n o esqueceu
composi o vitoriosa, herdeira da Alian a Li eral. Conhecido como o almirante negro
LEMOS, . A revolução constitucionalista de 1932. S LVA, . M. CAC AP , P. B. Tinha a dignidade de um mestre-sala
LAMA O, S. Org . Get lio Vargas e seu tempo. io de Janeiro B ES. E ao navegar pelo mar com seu loco de ragatas
o conte to hist rico da crise da Primeira ep lica, ve- oi saudado no porto pelas mocinhas rancesas
rifica-se uma divis o no movimento tenentista. A atua- Jovens polacas e por atalh es de mulatas
o dos integrantes do movimento liderados por Juare u ras cascatas orravam nas costas
Távora, os chamados li erais nos anos 19 0, deve ser dos negros pelas pontas das chi atas...
entendida como
BLA C, A. BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. ispon vel em .usinadeletras.com. r.
Acesso em 19 an. 2009.
A a alian a com os ca eicultores paulistas em de esa de
novas elei es. a hist ria rasileira, a chamada evolta da Chi ata, lide-
rada por Jo o C ndido e descrita na m sica, oi
B o retorno aos quartéis diante da desilus o pol tica
com a evolu o de 0 . A a re eli o de escravos contra os castigos sicos, ocor-
rida na Bahia, em 1 4 , e repetida no io de Janeiro.
C o compromisso pol tico-institucional com o governo
provis rio de Vargas. B a revolta, no porto de Salvador, em 1 0, de mari-
nheiros dos navios que a iam o tráfico negreiro.
D a ades o ao socialismo, re or ada pelo e emplo do e -te-
C o protesto, ocorrido no E ército, em 1 , contra o
nente Lu s Carlos Prestes. castigo de chi atadas em soldados desertores na
E o apoio ao governo provis rio em de esa da descen- Guerra do Paraguai.
trali a o do poder pol tico. D a re eli o dos marinheiros, negros e mulatos, em
1910, contra os castigos e as condi es de tra alho na
Marinha de Guerra.
213| ENEM 2010/2 - C4 - H16
E o protesto popular contra o aumento do custo de vida
Os cercamentos do século V podem ser considerados no io de Janeiro, em 191 , dissolvido, a chi atadas,
como s nteses das trans orma es que levaram conso- pela pol cia.
lida o do capitalismo na nglaterra. Em primeiro lugar,
porque sua especiali a o e igiu uma articula o unda- 215| ENEM 2010/2 - C4 - H19
mental com o mercado. Como se concentravam na ativi-
dade de produ o de l , a reali a o da renda dependeu So inho vai desco rindo o caminho
dos mercados, de novas tecnologias de eneficiamento O rádio e assim com seu av
do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em odovia, hidrovia, errovia
segundo lugar, concentrou-se na inter-rela o do campo E agora chegando a in ovia
com a cidade e, num primeiro momento, tam ém se vin-
Para alegria de todo o interior
culou li era o de m o de o ra.
G L, G. Banda larga cordel. ispon vel em .uol.vagalume.com. r.
O G ES, A. E. M. evolu es urguesas. n E S L O, . A. et al Orgs. Acesso em 1 a r. 2010 ragmento .
O Século XX, v. . io de Janeiro Civili a o Brasileira, 2000 adaptado .
O trecho da can o a re er ncia a uma das din micas
Outra consequ ncia dos cercamentos que teria contri u - centrais da glo ali a o, diretamente associada ao pro-
do para a evolu o ndustrial na nglaterra oi o c esso de
A aumento do consumo interno. A evolu o da tecnologia da in orma o.
B congelamento do salário m nimo. B e pans o das empresas transnacionais.
C ortalecimento dos sindicatos proletários. C amplia o dos protecionismos al andegários.
D en raquecimento da urguesia industrial. D e pans o das áreas ur anas do interior.
E desmem ramento das propriedades improdutivas. E evolu o dos u os populacionais.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

216| ENEM 2010/2 - C2 - H10 218| ENEM 2010/2 - C3 - H15

o século , o transporte rodoviário e a avia o civil


aceleraram o interc m io de pessoas e mercadorias, a-
endo com que as dist ncias e a percep o su etiva das
mesmas se redu issem constantemente. poss vel apon-
tar uma tend ncia de universali a o em vários campos,
por e emplo, na glo ali a o da economia, no armamen-
tismo nuclear, na manipula o genética, entre outros.
ABE MAS, J. A constelação pós-nacional: ensaios pol ticos. S o Paulo Littera
Mundi, 2001 adaptado

Os impactos e e eitos dessa universali a o, con orme


descritos no te to, podem ser analisados do ponto de vis-
ta moral, o que leva de esa da cria o de normas uni-
versais que este am de acordo com
ispon vel em .cultura rasil.org. r. Acesso em 2 a r. 2010
A os valores culturais praticados pelos di erentes povos
em suas tradi es e costumes locais. A oto revela um momento da Guerra do Vietn 19 -
19 , con ito militar cu a co ertura ornal stica utili ou,
B os pactos assinados pelos grandes l deres pol ticos, os em grande escala, a otografia e a televis o. m dos pa-
quais disp em de condi es para tomar decis es. péis e ercidos pelos meios de comunica o na co ertura
C os sentimentos de respeito e é no cumprimento de dessa guerra, evidenciado pela oto, oi
valores religiosos relativos usti a divina. A demonstrar as di eren as culturais e istentes entre
D os sistemas pol ticos e seus processos consensuais e norte-americanos e vietnamitas.
democráticos de orma o de normas gerais. B de ender a necessidade de interven es armadas em
E os imperativos técnico-cien ficos, que determinam pa ses comunistas.
com e atid o o grau de usti a das normas. C denunciar os a usos cometidos pela interven o mili-
tar norte-americana.
217| ENEM 2010/2 - C3 - H15 D divulgar valores que questionavam as a es do gover-
no vietnamita.
Os generais a ai o-assinados, de pleno acordo com o Mi-
nistro da Guerra, declaram-se dispostos a promover uma E revelar a superioridade militar dos Estados nidos da
a o enérgica unto ao governo no sentido de contrapor América.
medidas decisivas aos planos comunistas e seus prega-
dores e adeptos, independentemente da es era social a 219| ENEM 2010/2 - C3 - H15
que perten am. Assim procedem no e clusivo prop sito A América se tornara a maior or a pol tica e financeira
de salvarem o Brasil e suas institui es pol ticas e sociais do mundo capitalista. avia se trans ormado de pa s de-
da hecatom e que se mostra prestes a e plodir. vedor em pa s que emprestava dinheiro. Era agora uma
Ata de reuni o no Ministério da Guerra, 2 /09/19 . BO AV ES, P. AMA AL, . nação c redora.
Te tos pol ticos da hist ria do Brasil, v. . Bras lia Senado ederal, 2002 adaptado .
BE MA , L. História da riqueza do homem. io de Janeiro ahar, 19 2.

Levando em conta o conte to pol tico-institucional dos Em 194 , os E A lan avam o Plano Marshall, que consis-
anos 19 0 no Brasil, pode-se considerar o te to como tiu no empréstimo de 1 ilh es de d lares para que os
uma tentativa de ustificar a a o militar que iria pa ses europeus reconstru ssem suas economias. m dos
A de elar a chamada ntentona Comunista, aca ando resultados desse plano, para os E A, oi
com a possi ilidade da tomada do poder pelo PCB. A o aumento dos investimentos europeus em ind strias
B reprimir a Alian a acional Li ertadora, echando to- sediadas nos E A.
dos os seus n cleos e prendendo os seus l deres. B a redu o da demanda dos pa ses europeus por pro-
dutos e insumos agr colas.
C desafiar a A o ntegralista Brasileira, a astando o pe-
rigo de uma guinada autoritária para o ascismo. C o crescimento da compra de máquinas e ve culos es-
t adunidenses p elos europ eus.
D instituir a ditadura do Estado ovo, cancelando as elei-
es de 19 e reescrevendo a Constitui o do pa s. D o decl nio dos empréstimos estadunidenses aos pa -
ses da América Latina e da sia.
E com ater a evolu o Constitucionalista, evitando
que os a endeiros paulistas retomassem o poder per- E a cria o de organismos que visavam regulamentar
todas as opera es de crédito.
dido em 19 0.

74
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias

220| ENEM 2010/2 - C1 - H1 222| ENEM 2010/2 - C5 - H22

Eu n o tenho ho e em dia muito orgulho do Tropicalis- A primeira institui o de ensino rasileira que inclui disci-
mo. oi sem d vida um modo de arrom ar a esta, mas plinas voltadas ao p lico LGBT lés icas, ga s, isse uais
arrom ar a esta no Brasil é ácil. O Brasil é uma pequena e transe uais a riu inscri es na semana passada. A gra-
sociedade colonial, muito mesquinha, muito raca. de curricular é inspirada em similares dos Estados nidos
da América e da Europa. Ela atenderá ovens com aulas de
VELOSO, C. n OLLA A, . B. GO ALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. e press o ar stica, dan a e cria o de an ines. a erta a
S o Paulo Brasiliense, 199 adaptado .
todo o p lico estudantil e tem como principal o etivo im-
O movimento tropicalista, consagrador de diversos m si- pedir a evas o escolar de grupos socialmente discriminados.
cos rasileiros, está relacionado historicamente poca, 11 an. 2010 adaptado .

A e pans o de novas tecnologias de in orma o, entre O te to trata de uma pol tica p lica de a o afirmativa
as quais, a nternet, o que acilitou imensamente a sua voltada ao p lico LGBT. Com a cria o de uma institui o
divulga o mundo a ora. de ensino para atender esse p lico, pretende-se
B ao advento da ind stria cultural em associa o com A contri uir para a invisi ilidade do preconceito ao gru-
um con unto de reivindica es estéticas e pol ticas po LGBT.
durante os anos 19 0.
B copiar os modelos educacionais dos E A e da Europa.
C parceria com a Jovem Guarda, tam ém considerada
um movimento nacionalista e de cr tica pol tica ao re- C permitir o acesso desse segmento ao ensino técnico.
gime militar rasileiro. D criar uma estratégia de prote o e isolamento desse
grupo.
D ao crescimento do movimento estudantil nos anos
19 0, do qual os tropicalistas oram aliados na cr - E promover o respeito diversidade se ual no sistema
tica ao tradicionalismo dos costumes da sociedade de ensino.
brasileira.
E identifica o estética com a Bossa ova, pois am os 223| ENEM 2010/2 - C1 - H2
os movimentos tinham ra es na incorpora o de rit-
Ale andria come ou a ser constru da em 2 a.C., por
mos norte-americanos, como o lues.
Ale andre, o Grande, e, em poucos anos, tornou-se um
polo de estudos so re matemática, filosofia e ci ncia
221| ENEM 2010/2 - C5 - H22 gregas. Meio século mais tarde, Ptolomeu ergueu uma
enorme i lioteca e um museu que uncionou como
A gente n o sa emos escolher presidente centro de pesquisa. A i lioteca reuniu entre 200 mil e
A gente n o sa emos tomar conta da gente 00 mil papiros e, com o museu, trans ormou a cidade no
A gente n o sa emos nem escovar os dentes maior n cleo intelectual da época, especialmente entre
os anos 290 e a.C. A partir de ent o, so reu sucessivos
Tem gringo pensando que n is é indigente n til
ataques de romanos, crist os e ára es, o que resultou na
A gente somos in til dest ruição ou p erda de q uase t odo o seu ac ervo.
MO E A, . n til. 19 ragmento . BE O, . Filósofa e mártir. Avent uras na h ist ó ria.
S o Paulo A ril. ed. 1, a r. 2010 adaptado
O ragmento integra a letra de uma can o gravada em
momento de intensa mo ili a o pol tica. A can o oi A i lioteca de Ale andria e erceu durante certo tempo
c ensurada p or est ar assoc iada um papel undamental para a produ o do conhecimento
e mem ria das civili a es antigas, porque
A ao rock nacional, que so reu limita es desde o in cio
da ditadura militar. A eterni ou o nome de Ale andre, o Grande, e elou pe-
las narrativas dos seus grandes eitos.
B a uma cr tica ao regime ditatorial que, mesmo em sua
ase final, impedia a escolha popular do presidente. B uncionou como um centro de pesquisa acad mica e
deu origem s universidades modernas.
C alta de conte do relevante, pois o Estado uscava,
naquele conte to, a conscienti a o da sociedade por C preservou o legado da cultura grega em di erentes
meio da m sica. áreas do conhecimento e permitiu sua transmiss o a
out ros p ovos.
D domina o cultural dos Estados nidos da América
so re a sociedade rasileira, que o regime militar pre- D trans ormou a cidade de Ale andria no centro ur ano
t endia esc onder. mais importante da Antiguidade.
E alus o ai a escolaridade e alta de consci ncia E reuniu os principais registros arqueol gicos até ent o
pol tica do povo rasileiro. e istentes e e avan ar a museologia antiga.

75
Coleção PREPARAENEM Resolve

224| ENEM 2010/2 - C1 - H2 B da sele o e recupera o do li o ur ano, que á é uma


prática rotineira nos grandes centros ur anos dos pa-
Quando dipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis ses em desenvolvimento.
de Te as, oram in ormados de uma pro ecia na qual o
C da diminui o acelerada do uso de recursos naturais,
filho mataria o pai e se casaria com a m e. Para evitá-la,
ainda q ue isso rep resent e p erda da q ualidade de vida
ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, de milh es de pessoas.
penali ado com a sorte de dipo, ele o entregou a um
casal de camponeses que morava longe de Te as para D da a rica o de produtos reutili áveis e iodegradá-
q ue o c riasse. É dip o soube da p rof ec ia q uando se t ornou veis, evitando-se su stitui es e descartes, como me-
adult o. Saiu ent ão da c asa de seus p ais p ara evit ar a t ra- didas para a redu o da degrada o am iental.
gédia. Eis que, peram ulando pelos caminhos da Grécia, E da trans er ncia dos aterros sanitários para as partes
encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemen- mais peri éricas das grandes cidades, visando-se
te, ordenou que sa sse da estrada. dipo reagiu e matou preserva o dos am ientes naturais.
todos os integrantes do grupo, sem sa er que entre eles
estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar 226| ENEM 2009 - C3 - H11
a Te as, dominada por uma Esfinge. Ele deci rou o enig-
O Egito é visitado anualmente por milh es de turistas de to-
ma da Esfinge, tornou-se rei de Te as e casou-se com a
dos os quadrantes do planeta, dese osos de ver com os pr -
rainha, Jocasta, a m e que desconhecia.
prios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há
ispon vel em http // .cultura rasil.org. Acesso em 2 ago. 2010 adaptado . mil nios as pir mides de Gi eh, as tum as do Vale dos eis e
o mito dipo ei, s o dignos de destaque os temas do os numerosos templos constru dos ao longo do ilo.
destino e do determinismo. Am os s o caracter sticas do O que ho e se trans ormou em atra o tur stica era, no
mito grego e a ordam a rela o entre li erdade huma- passado, interpretado de orma muito di erente, pois
na e provid ncia divina. A e press o filos fica que toma
A significava, entre outros aspectos, o poder que os a-
como pressuposta a tese do determinismo é
ra s tinham para escravi ar grandes contingentes po-
A asci para satis a er a grande necessidade que eu pulacionais que tra alhavam nesses monumentos.
tinha de mim mesmo. Jean Paul Sartre B representava para as popula es do alto Egito a possi-
B Ter é é assinar uma olha em ranco e dei ar que ilidade de migrar para o sul e encontrar tra alho nos
canteiros ara nicos.
eus nela escreva o que quiser. Santo Agostinho
C significava a solu o para os pro lemas econ micos,
C Quem n o tem medo da vida tam ém n o tem medo
uma ve que os ara s sacrificavam aos deuses suas
da morte. Arthur Schopenhauer rique as, construindo templos.
D o me pergunte quem sou eu e n o me diga para D rep resent ava a p ossibilidade de o f araó ordenar a so-
permanecer o mesmo. Michel oucault ciedade, o rigando os desocupados a tra alharem em
E O homem, em seu orgulho, criou a eus a sua ima- o ras p licas, que engrandeceram o pr prio Egito.
gem e semelhan a. riedrich iet sche E significava um peso para a popula o eg pcia, que
condenava o lu o ara nico e a religi o aseada em
225| ENEM 2010/2 - C6 - H26 cren as e supersti es.

O crescimento rápido das cidades nem sempre é acom- 227| ENEM 2009 - C1 - H5
panhado, no mesmo ritmo, pelo atendimento de in raes-
trutura para a melhoria da qualidade de vida. A defici- O que se entende por Corte do antigo regime é, em pri-
meiro lugar, a casa de ha ita o dos reis de ran a, de suas
ncia de redes de água tratada, de coleta e tratamento am lias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe,
de esgoto, de pavimenta o de ruas, de galerias de águas dela a em parte. As despesas da Corte, da imensa casa
pluviais, de áreas de la er, de áreas verdes, de n cleos de dos reis, s o consignadas no registro das despesas do reino
orma o educacional e profissional, de n cleos de aten- da ran a so a ru rica significativa de Casas eais.
dimento médico-sanitário é comum nessas cidades. EL AS, N. A sociedade de corte. Lis oa Estampa, 19 .
OSS, J. L. S. Org. Geografia do Brasil. S o Paulo E SP, 2009 adaptado .
Algumas casas de ha ita o dos reis tiveram grande e e-
Sa endo que o acelerado crescimento populacional ur a- tividade pol tica e terminaram por se trans ormar em pa-
no está articulado com a escasse de recursos financeiros trim nio ar stico e cultural, cu o e emplo é
e a dificuldade de implementa o de leis de prote o ao A o palácio de Versalhes.
meio am iente, pode-se esta elecer o es mulo a uma re-
la o sustentável entre conserva o e produ o a partir B o M useu Brit ânic o.
C a catedral de Col nia.
A do aumento do consumo, pela popula o mais po re,
de produtos industriali ados para o equil rio da ca- D a Casa Branc a.
pacidade de consumo entre as classes. E a pir mide do ara Quéops.

76
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
228| ENEM 2009 - C3 - H11 230| ENEM 2009 - C3 - H14

o e em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é A Idade M édia é um e tenso per odo da ist ria do Oci-
uma prática quase ntima, que di respeito apenas a- dente cu a mem ria é constru da e reconstru da segundo
m lia. A menos, é claro, que se trate de uma personali- as circunst ncias das épocas posteriores. Assim, desde o
dade conhecida. Entretanto, isso nem sempre oi assim. enascimento, esse per odo vem sendo alvo de diversas
Para um historiador, os sepultamentos s o uma onte de interpreta es que di em mais so re o conte to hist ri-
in orma es importantes para que se compreenda, por co em que s o produ idas do que propriamente so re o
e emplo, a vida pol tica das sociedades. M edievo.
o que se re ere s práticas sociais ligadas aos sepulta- m e emplo acerca do que está e posto no te to acima é
mentos,
A a associa o que itler esta eleceu entre o eich e
A na Grécia Antiga, as cerim nias ne res eram desva- o Sacro mpério omano Germ nico.
lori adas, porque o mais importante era a democracia
e perimentada pelos vivos. B o retorno dos valores crist os medievais, presentes
nos documentos do Conc lio Vaticano .
B na dade Média, a gre a tinha pouca in u ncia so re
os rituais ne res, preocupando-se mais com a salva- C a luta dos negros sul-a ricanos contra o apartheid ins-
o da alma. pirada por valores dos primeiros crist os.

C no Brasil col nia, o sepultamento dos mortos nas igre- D o ortalecimento pol tico de apole o Bonaparte, que
as era regido pela o serv ncia da hierarquia social. se ustificava na amplitude de poderes que tivera Car-
los Magno.
D na época da e orma, o catolicismo condenou os e -
cessos de gastos que a urguesia a ia para sepultar E a tradi o heroica da cavalaria medieval, que oi a e-
seus mortos. tada negativamente pelas produ es cinematográfi-
cas de oll ood.
E no per odo posterior evolu o rancesa, devido as
grandes pertur a es sociais, a andona-se a prática 231| ENEM 2009 - C3 - H14
do lut o.
Segundo Arist teles, na cidade com o melhor con unto
229| ENEM 2009 - C6 - H27 de normas e naquela dotada de homens a solutamente
ustos, os cidad os n o devem viver uma vida de tra alho
Os anomami constituem uma sociedade ind gena do trivial ou de neg cios esses tipos de vida s o despre-
norte da Ama nia e ormam um amplo con unto lingu s- veis e incompa veis com as qualidades morais , tam-
tico e cultural. Para os anomami, urihi, a terra- ores- pouco devem ser agricultores os aspirantes cidadania,
ta , n o é um mero cenário inerte, o eto de e plora o pois o la er é indispensável ao desenvolvimento das qua-
econ mica, e sim uma entidade viva, animada por uma lidades morais e prática das atividades pol ticas .
din mica de trocas entre os diversos seres que a povoam. VA AC E , T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. S o Paulo Atual, 1994.
A oresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo.
Se n o a desmatarmos, ela n o morrerá. Ela n o se de- O trecho, retirado da o ra Pol tica, de Arist teles, permi-
comp e, isto é, n o se des a . gra as ao seu sopro mi- te compreender que a cidadania
do que as plantas crescem. A oresta n o está morta pois, A possui uma dimens o hist rica que deve ser criticada,
se osse assim, as orestas n o teriam olhas. Tampouco pois é condenável que os pol ticos de qualquer época
se veria água. Segundo os anomami, se os rancos os fi- fiquem entregues ociosidade, enquanto o resto dos
erem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, cidad os tem de tra alhar.
ficar o po res e aca ar o tendo ome e sede.
B era entendida como uma dignidade pr pria dos gru-
ALBE T, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioam iental. pos sociais superiores, ruto de uma concep o pol ti-
S o Paulo SA, 200 adaptado .
ca pro undamente hierarqui ada da sociedade.
e acordo com o te to, os anomami acreditam que
C estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percep o
A a oresta n o possui organismos decompositores. pol tica democrática, que levava todos os ha itantes
da p lis a participarem da vida c vica.
B o potencial econ mico da oresta deve ser e plorado.
D tinha pro undas cone es com a usti a, ra o pela
C o homem ranco convive harmonicamente com urihi. qual o tempo livre dos cidad os deveria ser dedicado
D as olhas e a água s o menos importantes para a o- s atividades vinculadas aos tri unais.
rest a q ue seu sop ro vit al. E vivida pelos atenienses era, de ato, restrita queles
E Wixia é a capacidade que tem a oresta de se susten- que se dedicavam pol tica e que tinham tempo para
tar por meio de processos vitais. resolver os pro lemas da cidade.

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Coleção PREPARAENEM Resolve
232| ENEM 2009 - C3 - H15 234| ENEM 2009 - C3 - H14
A primeira metade do século oi marcada por con itos Os regimes totalitários da primeira metade do século
e processos que a inscreveram como um dos mais violen- apoiaram-se ortemente na mo ili a o da uventude em
tos per odos da hist ria humana. torno da de esa de ideias grandiosas para o uturo da na-
o. esses pro etos, os ovens deveriam entender que s
Entre os principais atores que estiveram na origem dos
havia uma pessoa digna de ser amada e o edecida, que
con itos ocorridos durante a primeira metade do século
era o l der. Tais movimentos sociais uvenis contri u ram
est o
para a implanta o e a sustenta o do na ismo, na Ale-
A a crise do colonialismo, a ascens o do nacionalismo e manha, e do ascismo, na tália, Espanha e Portugal.
do totalitarismo.
A atua o desses movimentos uvenis caracteri ava-se
B o en raquecimento do império rit nico, a Grande
Dep ressão e a c orrida nuc lear. A pelo sectarismo e pela orma violenta e radical com
que en rentavam os opositores ao regime.
C o decl nio rit nico, o racasso da Liga das a es e a
Revolução Cubana. B pelas propostas de conscienti a o da popula o
D a corrida armamentista, o terceiro-mundismo e o e - acerca dos seus direitos como cidad os.
pansionismo soviético. C pela promo o de um modo de vida saudável, que
E a evolu o Bolchevique, o imperialismo e a unifica- mostrava os ovens como e emplos a seguir.
o da Alemanha. D pelo diálogo, ao organi ar de ates que opunham o-
233| ENEM 2009 - C3 - H15 vens idealist as e velh as lideranças c onservadoras.
E pelos métodos pol ticos populistas e pela organi a o
O ano de 19 ficou conhecido pela e ervesc ncia social,
tal como se pode comprovar pelo seguinte trecho, reti- de com cios multitudinários.
rado de te to so re propostas preliminares para uma re-
volu o cultural preciso discutir em todos os lugares 235| ENEM 2009 - C3 - H15
e com todos. O dever de ser responsável e pensar politi- O fim da Guerra ria e da ipolaridade, entre as décadas
camente di respeito a todos, n o é privilégio de uma mi- de 19 0 e 1990, gerou e pectativas de que seria instau-
noria de iniciados. o devemos nos surpreender com o
rada uma ordem internacional marcada pela redu o de
caos das ideias, pois essa é a condi o para a emerg ncia
con itos e pela multipolaridade.
de novas ideias. Os pais do regime devem compreender
que autonomia n o é uma palavra v ela sup e a parti- O panorama estratégico do mundo p s-Guerra ria apre-
lha do poder, ou se a, a mudan a de sua nature a. Que sent a
ninguém tente rotular o movimento atual ele n o tem
etiquetas e n o precisa delas . A o aumento de con itos internos associados ao nacio-
Journal de la comune étudiante. Te tes et documents. Paris Seuil, 19 9 adaptado . nalismo, s disputas étnicas, ao e tremismo religioso
e ao ortalecimento de amea as como o terrorismo, o
Os movimentos sociais, que marcaram o ano de 19 ,
tráfico de drogas e o crime organi ado.
A oram mani esta es desprovidas de conota o po- B o fim da corrida armamentista e a redu o dos gastos
l tica, que tinham o o etivo de questionar a rigide
militares das grandes pot ncias, o que se tradu iu em
dos padr es de comportamento social undados em
valores tradicionais da moral religiosa. maior esta ilidade nos continentes europeu e asiáti-
co, que tinham sido palco da Guerra ria.
B restringiram-se s sociedades de pa ses desenvolvi-
dos, onde a industriali a o avan ada, a penetra o C o desenga amento das grandes pot ncias, pois as in-
dos meios de comunica o de massa e a aliena o terven es militares em regi es assoladas por con-
cultural que deles resultava eram mais evidentes. itos passaram a ser reali adas pela Organi a o das
C resultaram no ortalecimento do conservadorismo a es nidas O , com maior envolvimento de
pol tico, social e religioso que prevaleceu nos pa ses pa ses emergentes.
ocidentais durante as décadas de 0 e 0.
D a plena vig ncia do Tratado de o Proli era o, que
D tiveram ai a repercuss o no plano pol tico, apesar a astou a possi ilidade de um con ito nuclear como
de seus ortes desdo ramentos nos planos social e amea a glo al, devido crescente consci ncia pol ti-
cultural, e pressos na mudan a de costumes e na con-
ca internacional acerca desse perigo.
t rac ult ura.
E inspiraram uturas mo ili a es, como o pacifismo, o E a condi o dos E A como nica superpot ncia, mas
am ientalismo, a promo o da equidade de g neros que se su metem s decis es da O no que concer-
e a de esa dos direitos das minorias. ne s a es militares.

78
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
236| ENEM 2009 - C2 - H7 pol tico e econ mico que se re etia pela op o entre os
modelos capitalista e socialista.
A orma o dos Estados oi certamente distinta na Europa,
na América Latina, na rica e na sia. Os Estados atuais, Essa divis o europeia ficou conhecida como
em especial na América Latina onde as institui es das
A Cortina de erro.
popula es locais e istentes época da conquista ou o-
ram eliminadas, como no caso do Mé ico e do Peru, ou B Muro de Berlim.
eram rágeis, como no caso do Brasil , s o o resultado, C ni o Europeia.
em geral, da evolu o do transplante de institui es euro-
peias eito pelas metr poles para suas col nias. a rica, D Conven o de amsar.
as col nias tiveram ronteiras ar itrariamente tra adas, E Con er ncia de Estocolmo.
separando etnias, idiomas e tradi es, que, mais tarde,
so reviveram ao processo de descoloni a o, dando ra- 238| ENEM 2009 - C3 - H14
o para con itos que, muitas ve es, t m sua verdadeira
a democracia estado-unidense, os cidad os s o inclu -
origem em disputas pela e plora o de recursos naturais.
dos na sociedade pelo e erc cio pleno dos direitos pol ti-
a sia, a coloni a o europeia se e de orma mais indi-
cos e tam ém pela ideia geral de direito de propriedade.
reta e encontrou sistemas pol ticos e administrativos mais
Compete ao governo garantir que esse direito n o se a
sofisticados, aos quais se superp s. o e, aquelas ormas
violado. Como consequ ncia, mesmo aqueles que pos-
anteriores de organi a o, ou pelo menos seu esp rito, so-
suem uma pequena propriedade sentem-se cidad os de
revivem nas organi a es pol ticas do Estado asiático.
p leno direit o.
G MA ES, S. P. a o, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. S o Paulo
Ed SP, v. 22, n. 2, an.- a r. 200 adaptado . a tradi o pol tica dos E A, uma orma de incluir social-
mente os cidad os é
elacionando as in orma es ao conte to hist rico e geo-
gráfico por elas evocado, assinale a op o correta acerca A su meter o indiv duo prote o do governo.
do processo de orma o socioecon mica dos continen-
B hierarqui ar os indiv duos segundo suas posses.
tes mencionados no te to.
C estimular a orma o de propriedades comunais.
A evido alta de recursos naturais a serem e plora-
dos no Brasil, con itos étnicos e culturais como os D vincular democracia e possi ilidades econ micas indi-
ocorridos na rica estiveram ausentes no per odo da viduais.
independ ncia e orma o do Estado rasileiro.
E de ender a o riga o de que todos os indiv duos te-
B A maior distin o entre os processos hist rico- orma- nham propriedades.
tivos dos continentes citados é a que se esta elece
entre coloni ador e coloni ado, ou se a, entre a Euro- 239| ENEM 2009 - C3 - H14
pa e os demais.
a década de 0 do século , Tocqueville escreveu as
C época das conquistas, a América Latina, a rica e a seguintes linhas a respeito da moralidade nos E A A
sia tinham sistemas pol ticos e administrativos muito opini o p lica norte-americana é particularmente dura
mais sofisticados que aqueles que lhes oram impos- com a alta de moral, pois esta desvia a aten o rente
tos pelo coloni ador. usca do em-estar e pre udica a harmonia doméstica,
que é t o essencial ao sucesso dos neg cios. esse senti-
D Comparadas ao Mé ico e ao Peru, as institui es ra-
do, pode-se di er que ser casto é uma quest o de honra .
sileiras, por terem sido eliminadas época da con-
quista, so reram mais in u ncia dos modelos institu- TOCQ EV LLE, A. Democrac in America. Chicago Enc clop dia Britannica, nc.,
Great Books 44, 1990 adaptado .
c ionais europ eus.
E O modelo hist rico da orma o do Estado asiático equi- o trecho, in ere-se que, para Tocqueville, os norte-ame-
para-se ao rasileiro, pois em am os se manteve o esp - ricanos do seu tempo
rito das ormas de organi a o anteriores conquista. A uscavam o ito, descurando as virtudes c vicas.
237| ENEM 2009 - C3 - H15 B tinham na vida moral uma garantia de enriquecimen-
o ponto de vista geopol tico, a Guerra ria dividiu a Eu- to rápido.
ropa em dois locos. Essa divis o propiciou a orma o C valori avam um conceito de honra dissociado do com-
de alian as antag nicas de caráter militar, como a OTA , portamento ético.
que aglutinava os pa ses do loco ocidental, e o Pacto de
D relacionavam a conduta moral dos indiv duos com o
Vars via, que concentrava os do loco oriental. impor-
progresso econ mico.
tante destacar que, na orma o da OTA , est o presen-
tes, além dos pa ses do oeste europeu, os E A e o Cana- E acreditavam que o comportamento casto pertur ava
dá. Essa divis o hist rica atingiu igualmente os m itos a harmonia doméstica.

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Coleção PREPARAENEM Resolve
240| ENEM 2009 - C3 - H14 242| ENEM 2009 - C3 - H11

Para Caio Prado Jr., a orma o rasileira se completaria O autor da constitui o de 19 , rancisco Campos, afir-
no momento em que osse superada a nossa heran a de ma no seu livro, O Es t a d o Na c i o n a l , q ue o eleit or seria
inorganicidade social o oposto da interliga o com o - apático a democracia de partidos condu iria desor-
etivos internos tra ida da col nia. Este momento alto
dem a independ ncia do Poder Judiciário aca aria em
estaria, ou esteve, no uturo. Se passarmos a Sérgio Buar-
que de olanda, encontraremos algo análogo. O pa s será in usti a e inefici ncia e que apenas o Poder E ecutivo,
moderno e estará ormado quando sup erar a sua h erança centrali ado em Get lio Vargas, seria capa de dar ra-
portuguesa, rural e autoritária, quando ent o ter amos cionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria provi-
um pa s democrático. Tam ém aqui o ponto de chegada dencial intui o do em e da verdade, além de ser um
está mais adiante, na depend ncia das decis es do pre- g nio pol tico.
sente. Celso urtado, por seu turno, dirá que a na o n o CAMPOS, . O Estado nacional. io de Janeiro José Ol mpio, 1940 adaptado .
se completa enquanto as alavancas do comando, princi-
palmente do econ mico, n o passarem para dentro do Segundo as ideias de rancisco Campos,
pa s. Como para os outros dois, a conc lusão do p roc esso
A os eleitores, pol ticos e u es seriam mal-intencionados.
encontra-se no uturo, que agora parece remoto.
SC A , . Os sete legos de um livro. Sequências brasileiras.
B o governo Vargas seria um mal necessário, mas tran-
S o Paulo Cia. das Letras,1999 adaptado . sit ó rio.
Acerca das e pectativas quanto orma o do Brasil, a C Vargas seria o homem adequado para implantar a de-
senten a que sinteti a os pontos de vista apresentados mocracia de partidos.
no te to é
D a Constitui o de 19 seria a prepara o para uma
A Brasil, um pa s que vai pra rente. utura democracia li eral.
B Brasil, a eterna esperan a. E Vargas seria o homem capa de e ercer o poder de
C Brasil, gl ria no passado, grande a no presente. modo inteligente e correto.
D Brasil, terra ela, pátria grande.
243| ENEM 2009 - C3 - H11
E Brasil, gigante pela pr pria nature a.
o final do século V , na Bahia, Guiomar de Oliveira
241| ENEM 2009 - C3 - H14 denunciou Ant nia rega nquisi o. Segundo o de-
poimento, esta lhe dava uns p s n o sa e de qu , e ou-
A defini o de eleitor oi tema de artigos nas Constitui-
es rasileiras de 1 91 e de 19 4. i a Constitui o da tros p s de osso de finado, os quais p s ela con essante
ep lica dos Estados nidos do Brasil de 1 91 deu a e er em vinho ao dito seu marido para ser seu
amigo e serem em-casados, e que todas estas coisas
Art. 0. S o eleitores os cidad os maiores de 21 anos e tendo-lhe dito a dita Ant nia e ensinado que eram
que se alistarem na orma da lei.
coisas dia licas e que os dia os lha ensinaram .
A Constitui o da ep lica dos Estados nidos do A A JO, E. O teatro dos vícios. Transgress o e transig ncia na sociedade ur ana
Brasil de 19 4, por sua ve , esta elece que colonial. Bras lia nB/José Ol mpio, 199 .

Art. 1 0. S o eleitores os rasileiros de um e de outro o ponto de vista da nquisi o,


se o, maiores de 1 anos, que se alistarem na orma da lei.
A o pro lema dos métodos citados no trecho residia na
Ao se comparar os dois artigos, no que di respeito ao dissimula o, que aca ava por enganar o en eiti ado.
g nero dos eleitores, depreende-se que
B o dia o era um concorrente poderoso da autoridade da
A a Constitui o de 19 4 avan ou ao redu ir a idade m - gre a e somente a usti a do ogo poderia eliminá-lo.
nima para votar.
C os ingredientes em decomposi o das po es mági-
B a Constitui o de 1 91, ao se re erir a cidad os, re e- cas eram condenados porque a etavam a sa de da
ria-se tam ém s mulheres. p op ulação.
C os te tos de am as as Cartas permitiam que qualquer
D as eiticeiras representavam séria amea a socieda-
c idadão f osse eleit or.
de, pois eram percep veis suas tend ncias eministas.
D o te to da carta de 1 91 á permitia o voto eminino.
E os crist os deviam preservar a institui o do casa-
E a Constitui o de 1 91 considerava eleitores apenas mento recorrendo e clusivamente aos ensinamentos
indiv duos do se o masculino. da gre a.

80
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
244| ENEM 2009 - C3 - H15 246| ENEM 2009 - C4 - H16

A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado A prosperidade indu ida pela emerg ncia das máquinas
ovo, o Ministro do Tra alho, nd stria e Comércio de de tear escondia uma acentuada perda de pres gio. oi
Get lio Vargas alou aos ouvintes da ádio acional se- nessa idade de ouro que os artes os, ou os tecel es tem-
manalmente, por de minutos, no programa ora do
porários, passaram a ser denominados, de modo genéri-
Brasil . O o etivo declarado do governo era esclarecer
os tra alhadores acerca das inova es na legisla o de co, tecel es de teares manuais. E ceto em alguns ramos
p rot eção ao t rabalh o. especiali ados, os velhos artes os oram colocados lado
GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. io de Janeiro PE J / Vértice. S o
a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos a en-
Paulo evista dos Tri unais, 19 adaptado . deiros-tecel es a andonaram suas pequenas proprieda-
Os programas ora do Brasil contri u ram para des para se concentrar na atividade de tecer. edu idos
completa depend ncia dos teares mecani ados ou dos
A conscienti ar os tra alhadores de que os direitos so- ornecedores de matéria-prima, os tecel es ficaram e -
ciais oram conquistados por seu es or o, ap s anos
postos a sucessivas redu es dos rendimentos.
de lut as sindic ais.
T OMPSO , E. P. The making of the english working class. armonds orth
B promover a autonomia dos grupos sociais, por meio Penguin Books, 19 9 adaptado .
de uma linguagem simples e de ácil entendimento.
Com a mudan a tecnol gica ocorrida durante a evolu-
C estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam o ndustrial, a orma de tra alhar alterou-se porque
um apro undamento dos direitos tra alhistas.
D consolidar a imagem de Vargas como um governante A a inven o do tear propiciou o surgimento de novas
protetor das massas. rela es sociais.
E aumentar os grupos de discuss o pol tica dos tra a- B os tecel es mais há eis prevaleceram so re os ine -
lhadores, estimulados pelas palavras do ministro. p erient es.

245| ENEM 2009 - C3 - H15 C os novos teares e igiam treinamento especiali ado
para serem operados.
o tempo da independ ncia do Brasil, circulavam nas
classes populares do eci e trovas que a iam alus o D os artes os, no per odo anterior, com inavam a tece-
revolta escrava do aiti lagem com o cultivo de su sist ncia.
M arinh eiros e c aiados E os tra alhadores n o especiali ados se apropriaram
Todos devem se aca ar, dos lugares dos antigos artes os nas á ricas.
Porque s pardos e pretos
O pa s h o de ha itar. 247| ENEM 2009 - C3 - H14
AMA AL, . P. do. Apud CA VAL O, A. Estudos pernambucanos. eci e Cultura Até o século V , as paisagens rurais eram marcadas
Acad mica, 190 . por atividades rudimentares e de ai a produtividade. A
O per odo da independ ncia do Brasil registra con itos partir da evolu o ndustrial, porém, so retudo com o
raciais, como se depreende advento da revolu o tecnol gica, houve um desenvolvi-
mento con nuo do setor agropecuário.
A dos rumores acerca da revolta escrava do aiti, que
circulavam entre a popula o escrava e entre os mes- S o, portanto, o servadas consequ ncias econ micas,
ti os po res, alimentando seu dese o por mudan as. sociais e am ientais inter-relacionadas no per odo poste-
rior evolu o ndustrial, as quais incluem
B da re ei o aos portugueses, rancos, que significava
a re ei o opress o da Metr pole, como ocorreu na A a erradica o da ome no mundo.
oite das Garra adas.
B o aumento das áreas rurais e a diminui o das áreas
C do apoio que escravos e negros orros deram mo-
narquia, com a perspectiva de rece er sua prote o urbanas.
contra as in usti as do sistema escravista. C a maior demanda por recursos naturais, entre os
D do rep dio que os escravos tra alhadores dos portos quais os recursos energéticos.
demonstravam contra os marinheiros, porque estes
D a menor necessidade de utili a o de adu os e corre-
representavam a elite ranca opressora.
tivos na agricultura.
E da e puls o de vários l deres negros independentis-
tas, que de endiam a implanta o de uma rep lica E o con nuo aumento da o erta de emprego no setor
negra, a e emplo do aiti. primário da economia, em ace da mecani a o.

81
Coleção PREPARAENEM Resolve
248| ENEM 2009 - C2 - H7 d vida, mas era apenas uma so reviv ncia de coisas
idas. ir-se-ia, ante esse mundo que se ia desagregan-
Colhe o Brasil, ap s es or o cont nuo dilatado no tem- do, que um mal oculto o ro a, como um tumor latente
po, o que plantou no es or o da constru o de sua in- em suas entranhas.
ser o internacional. á dois séculos ormularam-se os
CA OSO, L. Crônica da casa assassinada. io de Janeiro Civili a o Brasileira,
pilares da pol tica e terna. Teve o pa s intelig ncia de 2002 adaptado .
longo pra o e cálculo de oportunidade no mundo di u-
O mundo narrado nesse trecho do romance de L cio Car-
so da transi o da hegemonia rit nica para o século
doso, acerca da vida dos Meneses, am lia da aristocracia
americano. Engendrou concep es, conceitos e teoria
rural de Minas Gerais, apresenta n o apenas a hist ria
pr pria no século , de José Boni ácio ao Visconde
da decad ncia dessa am lia, mas é, ainda, a representa-
do io Branco. Buscou autonomia decis ria no século
o literária de uma ase de desagrega o pol tica, social
. As elites se interessaram, por meio de calorosos
e econ mica do pa s. O recurso e pressivo que ormula
de ates, pelo destino do Brasil. O pa s emergiu, de Var- literariamente essa desagrega o hist rica é o de descre-
gas aos militares, como ator responsável e previs vel ver a casa dos Meneses como
nas a es e ternas do Estado. A mudan a de regime
pol tico para a democracia n o alterou o pragmatismo A am iente de po re a e priva o, que carece de con-
e terno, mas o aper ei oou. orto m nimo para a so reviv ncia da am lia.
SA A VA, J. . S. O lugar do Brasil e o sil ncio do parlamento. Correio Braziliense, B mundo mágico, capa de recuperar o encantamento
Bras lia, 2 maio 2009 adaptado . perdido durante o per odo de decad ncia da aristo-
So o ponto de vista da pol tica e terna rasileira no sé- cracia rural mineira.
culo , conclui-se que C cena amiliar, na qual o calor humano dos ha itantes
da casa ocupa o primeiro plano, compensando a rie a
A o Brasil é um pa s peri érico na ordem mundial, devido
e austeridade dos o etos antigos.
s di erentes con unturas de inser o internacional.
D s m olo de um passado ilustre que, apesar de superado,
B as possi ilidades de a er prevalecer ideias e conceitos
ainda resiste sua total dissolu o gra as ao cuidado e
pr prios, no que tange aos temas do comércio interna-
asseio que a am lia dispensa conserva o da casa.
cional e dos pa ses em desenvolvimento, s o m nimas.
E espa o arruinado, onde os o etos perderam seu es-
C as rechas do sistema internacional n o oram em plendor e so re os quais a vida repousa como lem-
aproveitadas para avan ar posi es voltadas para a ran a de um passado que está em vias de desapare-
cria o de uma área de coopera o e associa o inte- cer completamente.
grada a seu entorno geográfico.
D os grandes de ates nacionais acerca da inser o in- 250| ENEM 2009 - C4 - H19
ternacional do Brasil oram em asados pelas elites do Apesar do aumento da produ o no campo e da integra-
mpério e da ep lica por meio de consultas aos di- o entre a ind stria e a agricultura, parte da popula o
versos set ores da p op ulação. da América do Sul ainda so re com a su alimenta o, o
E a atua o do Brasil em termos de pol tica e terna evi- que gera con itos pela posse de terra que podem ser ve-
dencia que o pa s tem capacidade decis ria pr pria, rificados em várias áreas e que requentemente chegam
a provocar mortes.
mesmo diante dos constrangimentos internacionais.
m dos atores que e plica a su alimenta o na América
249| ENEM 2009 - C3 - H11 do Sul é

Como se assistisse demonstra o de um espetáculo A a ai a inser o de sua agricultura no comércio mun-


mágico, ia revendo aquele am iente t o caracter stico dial.
de am lia, com seus pesados m veis de vinhático ou de
acarandá, de qualidade antiga, e que denunciavam um B a quantidade insuficiente de m o-de-o ra para o tra-
passado ilustre, gera es de Meneses talve mais sin- alho agr cola.
gelos e mais calmos agora, uma espécie de desordem, C a presen a de estruturas agrárias arcaicas ormadas
de rela amento, a astardava aquelas qualidades prima- por lati ndios improdutivos.
ciais. Mesmo assim era ácil perce er o que haviam sido,
esses no res da ro a, com seus cristais que rilhavam D a situa o con ituosa vivida no campo, que impede o
mansamente na som ra, suas pratas semi-empoeiradas crescimento da produ o agr cola.
que atestavam o esplendor esvanecido, seus marfins e
suas opalinas ah, respirava-se ali con orto, n o havia E os sistemas de cultivo mecani ado voltados para o
a astecimento do mercado interno.

82
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
251| ENEM 2009 - C5 - H21 o per odo 1200-1 00 d. C., na parte da Ama nia rasi-
leira onde ho e está o Parque acional do ingu, há ves-
gios de quin e cidades que eram cercadas por muros de
madeira e que tinham até dois mil e quinhentos ha itan-
tes cada uma. Essas cidades eram ligadas por estradas a
centros cerimoniais com grandes pra as. Em torno delas
havia ro as, pomares e tanques para a cria o de tartaru-
gas. Aparentemente, epidemias di imaram grande parte
da popula o que lá vivia.
Folha de S. Paulo, ago. 200 adaptado .
PIB por habitante
em 2004 Apesar das di eren as hist ricas e geográficas e istentes
entre as duas civili a es elas s o semelhantes pois
13 000
Média 9 730 A as ru nas das cidades mencionadas atestam que gran-
6 000 des epidemias di imaram suas popula es.
4 000
B as cidades do ingu desenvolveram a democracia, tal
0 1 000 km
como oi conce ida em Te as.
C as duas civili a es tinham cidades aut nomas e inde-
C ATTO , A. Géographie. L’espace mondial. Paris atier, 200 adaptado .
p endent es ent re si.
A partir do mapa apresentado, é poss vel in erir que nas D os povos do ingu alavam uma mesma l ngua, tal
ltimas décadas do século , registraram-se processos como nas cidades-Estado da Grécia.
que resultaram em trans orma es na distri ui o das
atividades econ micas e da popula o so re o territ rio E as cidades do ingu dedicavam-se arte e filosofia
rasileiro, com re e os no P B por ha itante. Assim, tal como na Grécia.

A as desigualdades econ micas e istentes entre regi es 253| ENEM 2009 - C4 - H16
rasileiras desapareceram, tendo em vista a moderni-
a o tecnol gica e o crescimento vivido pelo pa s. Além dos in meros eletrodomésticos e ens eletr nicos,
o autom vel produ ido pela ind stria ordista promoveu,
B os novos u os migrat rios instaurados em dire o a partir dos anos 0, mudan as significativas no modo de
ao orte e ao Centro-Oeste do pa s pre udicaram o vida dos consumidores e tam ém na ha ita o e nas cida-
desenvolvimento socioecon mico dessas regi es, in- des. Com a massifica o do consumo dos ens modernos,
capa es de atender ao crescimento da demanda por dos eletroeletr nicos e tam ém do autom vel, mudaram
p ost os de t rabalh o. radicalmente o modo de vida, os valores, a cultura e o con-
C o Sudeste rasileiro dei ou de ser a regi o com o unto do am iente constru do. a ocupa o do solo ur a-
maior P B industrial a partir do processo de descon- no até o interior da moradia, a trans orma o oi pro unda.
centra o espacial do setor, em dire o a outras regi- MA CATO, E. Urbanismo na periferia do mundo globalizado: metr poles rasilei-
es do pa s. ras. ispon vel em http // .scielo. r. Acesso em 12 ago. 2009 adaptado .

D o avan o da ronteira econ mica so re os estados da ma das consequ ncias das inova es tecnol gicas das
regi o orte e do Centro-Oeste resultou no desenvol- ltimas décadas, que determinaram di erentes ormas de
vimento e na introdu o de novas atividades econ - uso e ocupa o do espa o geográfico, é a institui o das
micas, tanto nos setores primário e secundário, como chamadas cidades glo ais, que se caracteri am por
no terciário.
A possu rem o mesmo n vel de in u ncia no cenário
E o ordeste tem vivido, ao contrário do restante do mundial.
pa s, um per odo de retra o econ mica, como conse-
B ortalecerem os la os de cidadania e solidariedade
qu ncia da alta de investimentos no setor industrial
entre os mem ros das diversas comunidades.
com ase na moderna tecnologia.
C constitu rem um passo importante para a diminui o
252| ENEM 2009 - C3 - H11 das desigualdades sociais causadas pela polari a o
social e pela segrega o ur ana.
o per odo 0- a. C., a Grécia antiga era composta
por cidades-Estado, como por e emplo Atenas, Esparta, D terem sido diretamente impactadas pelo processo de
Te as, que eram independentes umas das outras, mas internacionali a o da economia, desencadeado a
partilhavam algumas caracter sticas culturais, como a l n- partir do final dos anos 19 0.
gua grega. o centro da Grécia, el os era um lugar de
E terem sua origem diretamente relacionadas ao pro-
culto religioso requentado por ha itantes de todas as
cesso de coloni a o ocidental do século .
cidades-Estado.

83
Coleção PREPARAENEM Resolve
254| ENEM 2009 - C4 - H16 é um desafio que necessita ser discutido. A e posi o, via
m dia eletr nica, com estilos e valores culturais de outras
O su o Thomas avat chegou a S o Paulo em 1 para sociedades, pode inspirar apre o, mas tam ém distor-
tra alhar como colono na a enda de ca é ica a, em es e ressentimentos. Tanto quanto há necessidade de
Campinas. A perspectiva de prosperidade que o atraiu
uma cultura tradicional de posse da educa o letrada,
para o Brasil deu lugar a insatis a o e revolta, que ele
tam ém é necessário criar estratégias de al a eti a o
registrou em livro. So re o percurso entre o porto de San-
eletr nica, que passam a ser o grande canal de in orma-
tos e o planalto paulista, escreveu avat As estradas do
o das culturas segmentadas no interior dos grandes
Brasil, salvo em alguns trechos, s o péssimas. Em quase
toda parte, alta qualquer espécie de cal amento ou mes- centros ur anos e das onas rurais. m novo modelo de
mo de sai ro. Constam apenas de terra simples, sem ne- educ ação.
nhum ene cio. ácil prever que nessas estradas n o se B GAG O, C. E. O G ES, G. A globalização a olho nu: o mundo conectado.
encontram estalagens e hospedarias como as da Europa. S o Paulo Moderna, 199 adaptado .

as cidades maiores, o via ante pode naturalmente en- Com ase no te to e considerando os impactos culturais
contrar aposento so r vel nunca, porém, qualquer coisa da di us o das tecnologias de in orma o no marco da
de comparável comodidade que proporciona na Europa glo ali a o, depreende-se que
qualquer estalagem rural. Tais cidades s o, porém, muito
p ouc as na dist ânc ia q ue vai de Sant os a Ibic aba e q ue se A a ampla di us o das tecnologias de in orma o nos
percorre em cinquenta horas no m nimo . centros ur anos e no meio rural suscita o contato
entre di erentes culturas e, ao mesmo tempo, tra a
Em 1 oi inaugurada a errovia ligando Santos a Jun-
necessidade de re ormular as concep es tradicionais
dia , o que a reviou o tempo de viagem entre o litoral
de educ ação.
e o planalto para menos de um dia. os anos seguintes,
oram constru dos outros ramais erroviários que articu- B a apropria o, por parte de um grupo social, de valo-
laram o interior ca eeiro ao porto de e porta o, Santos. res e ideias de outras culturas para ene cio pr prio
AVAT , T. Memórias de um colono no Brasil. S o Paulo
é onte de con itos e ressentimentos.
Livraria Martins, 1941 adaptado .
C as mudan as sociais e culturais que acompanham o
O impacto das errovias na promo o de pro etos de co- processo de glo ali a o, ao mesmo tempo em que
loni a o com ase em imigrantes europeus oi impor- re etem a preponder ncia da cultura ur ana, tornam
tante, porque o soletas as ormas de educa o tradicionais pr prias
A o percurso dos imigrantes até o interior, antes das do meio rural.
errovias, era eito a pé ou em muares no entanto, D as popula es nos grandes centros ur anos e no meio
o tempo de viagem era aceitável, uma ve que o ca é rural recorrem aos instrumentos e tecnologias de in-
era plantado nas pro imidades da capital, S o Paulo. orma o asicamente como meio de comunica o
B a e pans o da malha erroviária pelo interior de S o m tua, e n o os veem como ontes de educa o e
Paulo permitiu que m o-de-o ra estrangeira osse c ult ura.
contratada para tra alhar em ca e ais de regi es cada
E a intensifica o do u o de comunica o por meios
ve mais distantes do porto de Santos.
eletr nicos, caracter stica do processo de glo ali a-
C o escoamento da produ o de ca é se viu eneficiado o, está dissociada do desenvolvimento social e cul-
pelos aportes de capital, principalmente de colonos tural que ocorre no meio rural.
italianos, que dese avam melhorar sua situa o eco-
n mica. 256| ENEM 2009 - C5 - H21
D os a endeiros puderam prescindir da m o-de-o ra O movimento migrat rio no Brasil é significativo, princi-
europeia e contrataram tra alhadores rasileiros pro- palmente em un o do volume de pessoas que saem de
venientes de outras regi es para tra alhar em suas uma regi o com destino a outras regi es. m desses mo-
planta es. vimentos ficou amoso nos anos 0, quando muitos nor-
E as no cias de terras acess veis atra ram para S o Pau- destinos dei aram a regi o ordeste em dire o ao Su-
lo grande quantidade de imigrantes, que adquiriram deste do Brasil. Segundo os dados do BGE de 2000, este
vastas propriedades produtivas. processo continuou crescente no per odo seguinte, os
anos 90, com um acréscimo de , nas migra es deste
255| ENEM 2009 - C4 - H16 mesmo u o. A Pesquisa de Padr o de Vida, eita pelo
BGE, em 199 , aponta que, entre os nordestinos que
Popula es inteiras, nas cidades e na ona rural, disp em chegam ao Sudeste, 4 , e ercem tra alhos manuais
da para ernália digital glo al como onte de educa o e n o qualificados, 1 , s o tra alhadores manuais qua-
de orma o cultural. Essa simultaneidade de cultura e lificados, enquanto 1 , , em ora n o se am tra alha-
in orma o eletr nica com as ormas tradicionais e orais dores manuais, se encontram em áreas que n o e igem

84
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
orma o profissional. O mesmo estudo indica tam ém Com ase nas in orma es do mapa acerca dos con itos
que esses migrantes possuem, em média, condi o de pela posse de terra no Brasil, a regi o
vida e n vel educacional acima dos de seus conterr neos
e a ai o dos de cidad os estáveis do Sudeste. A conhecida historicamente como das Miss es Jesu ti-
cas é a de maior viol ncia.
ispon vel em http // .i ge.gov. r. Acesso em 0 ul. 2009 adaptado .
B do Bico do Papagaio apresenta os n meros mais e -
Com ase nas in orma es contidas no te to, depreen-
p ressivos.
de-se q ue
C conhecida como oeste aiano tem o maior n mero de
A o processo migrat rio oi desencadeado por a es de
mortes.
governo para via ili ar a produ o industrial no Sudeste.
B os governos estaduais do Sudeste priori aram a quali- D do norte do Mato Grosso, área de e pans o da agri-
fica o da m o-de-o ra migrante. cultura mecani ada, é a mais violenta do pa s.

C o processo de migra o para o Sudeste contri ui para E da ona da Mata mineira teve o maior registro de
o en meno conhecido como incha o ur ano. mortes.

D as migra es para o sudeste desencadearam a valori a-


258| ENEM 2009 - C1 - H2
o do tra alho manual, so retudo na década de 0.
O gráfico mostra o percentual de áreas ocupadas, segundo o
E a alta de especiali a o dos migrantes é positiva para
tipo de propriedade rural no Brasil, no ano de 200 .
os empregadores, pois significa maior versatilidade
profissional. Área ocupada pelos im eis rurais
257| ENEM 2009 - C5 - H21 90,0
80,0
A luta pela terra no Brasil é marcada por diversos aspectos 70,0
que chamam a aten o. Entre os aspectos positivos, desta- 60,0

ca-se a perseveran a dos movimentos do campesinato e, 50,0


40,0
entre os aspectos negativos, a viol ncia que manchou de 30,0
sangue essa hist ria. Os movimentos pela re orma agrária 20,0
articularam-se por todo o territ rio nacional, principal- 10,0
mente entre 19 e 199 , e conseguiram de maneira e - 0,0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-
pressiva a inser o desse tema nas discuss es pelo acesso Oeste

terra. O mapa seguinte apresenta a distri ui o dos con- Minifúndio 7,5 5,3 14,3 9,0 14,5 2,0
Imóveis Improdu vos 63,8 82,6 69,7 48,4 38,3 63,5
itos agrários em todas as regi es do Brasil nesse per odo, Imóveis Produ vos 28,7 12,1 16,0 42,6 47,2 34,5
e o n mero de mortes ocorridas nessas lutas.
M A/ C A EESE, 200
ispon vel em http // .so er.org. r. Acesso em ago. 2009.

e acordo com o gráfico e com re er ncia distri ui o


das áreas rurais no Brasil, conclui-se que

A im veis improdutivos s o predominantes em rela o


s demais ormas de ocupa o da terra no m ito na-
cional e na maioria das regi es.
número total
de assassinatos
B o ndice de , de im veis improdutivos demonstra
83 que grande parte do solo rasileiro é de ai a ertili-
21 dade, impr prio para a atividade agr cola.
1
C o percentual de im veis improdutivos iguala-se ao de
im veis produtivos somados aos mini ndios, o que
ustifica a e ist ncia de con itos por terra.
D a regi o orte apresenta o segundo menor percentu-
al de im veis produtivos, possivelmente em ra o da
presen a de densa co ertura orestal, protegida por
Brasil V timas atais de con itos ocorridos no campo legisla o am iental.
1985-1996
E a regi o Centro-Oeste apresenta o menor percentual
onte Comiss o Pastoral da terra CPT OL VE A, A. . A longa marcha do cam-
pesinato rasileiro movimentos sociais, con itos e re orma agrária. de área ocupada por mini ndios, o que invia ili a po-
Re ista Estudos A an ados. Vol. 1 n. 4 , S o Paulo, set./de . 2001. l ticas de re orma agrária nesta regi o.

85
Coleção PREPARAENEM Resolve
259| ENEM 2009 - C6 - H27 260| ENEM 2009 - C1 - H2

o mundo contempor neo, as reservas energéticas tor-


nam-se estratégicas para muitos pa ses no cenário inter-
nacional. Os gráficos apresentados mostram os de pa ses
com as maiores reservas de petr leo e gás natural em re-
servas comprovadas até aneiro de 200 .
Po s i ç ã o Pa í s G á s n a tu ra l — re s e r v a s p r o v a d a s (m e t r o s c ú b ic o s )
1 Rú ssia 47,570,000,000,000
2 Irã 26,370,000,000,000
3 Cat ar 25,790,000,000,000
4 Arábia Saudit a 6,568,000,000,000
5 Em irados Á rabes U nidos 5,823,000,000,000
6 Est ados U nidos 5,551,000,000,000
7 N igé ria 5,015,000,000,000
8 Argé lia 4,359,000,000,000
9 V enez uela 4,112,000,000,000
1 0 Iraq ue 3,170,000,000,000
ispon vel em http //clickdigitals .com. r. Acesso em 9 ul. 2009.
Po s i ç ã o Pa í s Pe t r ó l e o — re s e r v a s p r o v a d a s (b a rris )
1 Arábia Saudit a 266,800,000,000
2 Canadá 178,800,000,000
3 Irã 132,500,000,000
4 Iraq ue 115,000,000,000
5 K uw ait 104,000,000,000
6 Em irados Á rabes U nidos 97,800,000,000
7 V enez uela 79,730,000,000
8 Rú ssia 60,000,000,000
9 Lí bia 39,130,000,000
1 0 N igé ria 35,880,000,000

ispon vel em http //inde mundi.com. Acesso em 12 ago. 2009 adaptado .

As reservas vene uelanas figuram em am as as classifi-


ca es porque

A a Vene uela á está integrada ao ME COS L.


B s o reservas comprovadas, mas ainda ine ploradas.
C podem ser e ploradas sem causarem altera es am-
bient ais.
D á est o comprometidas com o setor industrial inter-
no daquele pa s.
E a Vene uela é uma grande pot ncia energética mun-
ispon vel em http //cone aoam iental. ip.net/images/charge. pg.
Acesso em 9 ul. 2009. dial.
eunindo-se as in orma es contidas nas duas charges,
261| ENEM 2009 - C5 - H21
inf ere-se q ue
Entre 2004 e 200 , pelo menos mil rasileiros oram
A os regimes climáticos da Terra s o desprovidos de pa-
li ertados de a endas onde tra alhavam como se os-
dr es que os caracteri em. sem escravos. O governo criou uma lista em que ficaram
B as interven es humanas nas regi es polares s o e postos os nomes dos a endeiros agrados pela fisca-
mais intensas que em outras partes do glo o. li a o. o orte, ordeste e Centro-Oeste, regi es que
mais so rem com a raque a do poder p lico, o loqueio
C o processo de aquecimento glo al será detido com a dos canais de financiamento agr cola para tais a endeiros
elimina o das queimadas. tem sido a principal arma de com ate a esse pro lema,
mas os governos ainda so rem com a alta de in orma-
D a destrui o das orestas tropicais é uma das causas es, provocada pelas dist ncias e pelo poder intimida-
do aumento da temperatura em locais distantes como dor dos proprietários. Organi a es n o governamentais
os p olos. e grupos como a Pastoral da Terra t m agido cora osa-
mente, acionando as autoridades p licas e ministrando
E os par metros climáticos modificados pelo homem
aulas sobre direit os soc iais e t rabalh ist as.
a etam todo o planeta, mas os processos naturais t m
Plano acional para Erradica o do Tra alho Escravo . ispon vel em
alcance regional. http // .mte.gov. r. Acesso em 1 mar. 2009 adaptado .

86
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
os lugares mencionados no te to, o papel dos grupos B incompati ilidade entre crescimento econ mico ace-
de de esa dos direitos humanos tem sido undamental, lerado e p reservação de rec ursos nat urais e de f ont es
p orq ue eles n o renováveis de energia.
A negociam com os a endeiros o rea uste dos honorá- C intera o de todas as dimens es do em-estar huma-
rios e a redu o da carga horária de tra alho. no com o crescimento econ mico, sem a preocupa o
B de endem os direitos dos consumidores unto aos ar- com a conserva o dos recursos naturais que estivera
ma éns e mercados das a endas e carvoarias. presente desde a Antiguidade.
C su stituem as autoridades policiais e ur dicas na re- D prote o da iodiversidade em ace das amea as de
solu o dos con itos entre patr es e empregados. destrui o que so rem as orestas tropicais devido ao
avan o de atividades como a minera o, a monocul-
D encaminham den ncias ao Ministério P lico e pro-
tura, o tráfico de madeira e de espécies selvagens.
movem a es de conscienti a o dos tra alhadores.
E ortalecem a administra o p lica ao ministrarem E necessidade de se satis a er as demandas atuais co-
aulas aos seus servidores. locadas pelo desenvolvimento sem comprometer a
capacidade de as gera es uturas atenderem suas
262| ENEM 2009 - C6 - H30 pr prias necessidades nos campos econ mico, social
e am iental.
O homem construiu sua hist ria por meio do constante
processo de ocupa o e trans orma o do espa o natu- 264| ENEM 2009 - C6 - H28
ral. a verdade, o que variou, nos diversos momentos da
e peri ncia humana, oi a intensidade dessa e plora o. As áreas do planalto do cerrado como a chapada dos
Guimar es, a serra de Tapirapu e a serra dos Parecis,
ispon vel em http // .simposiore ormaagraria.propp.u u. r.
Acesso em 09 ul. 2009 adaptado . no Mato Grosso, com altitudes que variam de 400 m a
00 m s o importantes para a plan cie pantaneira ma-
ma das consequ ncias que pode ser atri u da cres-
to-grossense com altitude média in erior a 200 m , no
cente intensifica o da e plora o de recursos naturais,
que se re ere manuten o do n vel de água, so retudo
acilitada pelo desenvolvimento tecnol gico ao longo da
hist ria, é durante a estiagem. as cheias, a inunda o ocorre em
un o da alta pluviosidade nas ca eceiras dos rios, do
A a diminui o do comércio entre pa ses e regi es, que a oramento de len is reáticos e da ai a declividade do
se tornaram autossuficientes na produ o de ens e relevo, entre outros atores. urante a estiagem, a gran-
serviços. de iodiversidade é assegurada pelas águas da calha dos
B a ocorr ncia de desastres am ientais de grandes pro- principais rios, cu o volume tem diminu do, principalmen-
por es, como no caso de derramamento de leo por t e nas c abec eiras.
navios p et roleiros. Ca eceiras amea adas. Ciência Hoje. io de Janeiro
SBPC. Vol. 42, un. 200 adaptado .
C a melhora generali ada das condi es de vida da po-
pula o mundial, a partir da elimina o das desigual- A medida mais efica a ser tomada, visando conserva-
dades econ micas na atualidade. o da plan cie pantaneira e preserva o de sua grande
iodiversidade, é a conscienti a o da sociedade e a or-
D o desmatamento, que eliminou grandes e tens es de gani a o de movimentos sociais que e i am
diversos iomas improdutivos, cu as áreas passaram a
ser ocupadas por centros industriais modernos. A a cria o de parques ecol gicos na área do pantanal
E o aumento demográfico mundial, so retudo nos pa- mato-grossense.
ses mais desenvolvidos, que apresentam altas ta as B a proi i o da pesca e da ca a, que tanto amea am a
de crescimento vegetativo. biodiversidade.

263| ENEM 2009 - C6 - H29 C o aumento das pastagens na área da plan cie, para
que a co ertura vegetal, composta de gram neas, evi-
o presente, o serva-se crescente aten o aos e eitos t e a erosão do solo.
da atividade humana, em di erentes áreas, so re o meio
am iente, sendo constante, nos runs internacionais e D o controle do desmatamento e da eros o, principal-
nas inst ncias nacionais, a re er ncia sustenta ilidade mente nas nascentes dos rios responsáveis pelo n vel
como princ pio orientador de a es e propostas que de- das águas durante o per odo de cheias.
les emanam. A sustenta ilidade e plica-se pela E a constru o de arragens, para que o n vel das águas
A incapacidade de se manter uma atividade econ mica ao dos rios se a mantido, so retudo na estiagem, sem
longo do tempo sem causar danos ao meio am iente. pre udicar os ecossistemas.

87
Coleção PREPARAENEM Resolve
265| ENEM 2009 - C6 - H26 266| ENEM 2009 - C6 - H27
O clima é um dos elementos undamentais n o s na ca- Com a perspectiva do desaparecimento das geleiras no
racteri a o das paisagens naturais, mas tam ém no his- Polo orte, grandes reservas de petr leo e minérios, ho e
t rico de ocupa o do espa o geográfico.
inacess veis, poder o ser e ploradas. E á ati am a co i a
Tendo em vista determinada restri o climática, a figura das p ot ênc ias.
que representa o uso de tecnologia voltada para a pro-
OPP, . Guerra ria so re o rtico. Le monde diplomatique Brasil.
du o é Setem ro, n. 2, 200 adaptado .

A o cenário de que trata o te to, a e plora o de a idas


de petr leo, em como de minérios diamante, ouro,
prata, co re, chum o, inco torna-se atraente n o s
em un o de seu ormidável potencial, mas tam ém por
A sit uar-se em uma ona geopol tica mais estável que o
Oriente Médio.
B possi ilitar o povoamento de uma regi o pouco ha i-
tada, além de promover seu desenvolvimento econ -
E plora o vin cola no Chile
mico.
B
C garantir, aos pa ses em desenvolvimento, acesso a
matérias-primas e energia, necessárias ao crescimen-
to econ mico.
D contri uir para a redu o da polui o em áreas am-
ientalmente á degradadas devido ao grande volume
da produ o industrial, como ocorreu na Europa.
E promover a participa o dos com us veis sseis na
Pequena agricultura praticada em regi o andina matri energética mundial, dominada, ma oritaria-
C mente, pelas ontes renováveis, de maior custo.

267| ENEM 2009 - C6 - H29


medida que a demanda por água aumenta, as re-
servas desse recurso v o se tornando imprevis veis.
Modelos matemáticos que analisam os e eitos das mu-
dan as climáticas so re a disponi ilidade de água no
uturo indicam que haverá escasse em muitas regi es
do planeta. S o esperadas mudan as nos padr es de
Parque de engorda de ovinos nos E A
D precipita o, pois
A o maior aquecimento implica menor orma o de
nuvens e, consequentemente, a elimina o de áreas
midas e su midas do glo o.
B as chuvas rontais ficar o restritas ao tempo de per-
man ncia da rente em uma determinada localidade, o
que limitará a produtividade das atividades agr colas.
C as modifica es decorrentes do aumento da tempera-
onas irrigadas por aspers o na Ará ia Saudita tura do ar diminuir o a umidade e, portanto, aumen-
E tar o a aride em todo o planeta.
D a eleva o do n vel dos mares pelo derretimento das
geleiras acarretará redu o na ocorr ncia de chuvas
nos continentes, o que implicará a escasse de água
para a astecimento.
E a origem da chuva está diretamente relacionada com
a temperatura do ar, sendo que atividades antropog -
nicas s o capa es de provocar inter er ncias em esca-
Parque e lico na Cali rnia la local e glo al.

88
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias
268| ENEM 2009 - C6 - H26 constru o. Esquecem-se, porém, aqueles que a em tal
cr tica, que o Brasil, como praticamente toda a América, é
a figura, o serva-se uma classifica o de regi es da cria o do homem ocidental.
América do Sul segundo o grau de aride verificado.
PE OSA, M. topia o ra de arte. Vis – Revista do Programa de
Pós-graduação em Arte (UnB), Vol. , n. 1, 200 adaptado .

As ideias apontadas no te to est o em oposi o, porque


A a cultura dos povos é redu ida a e emplos esquemáti-
cos que n o encontram respaldo na hist ria do Brasil
ou da América.
B as cidades, na primeira afirma o, t m um papel mais
raco na vida social, enquanto a América é mostrada
como um e emplo a ser evitado.
C a o e o inicial, de que as cidades n o podem ser
inventadas, é negada logo em seguida pelo e emplo
ut pico da coloni a o da América.
D a concep o undamental da primeira afirma o de ende
a constru o de cidades e a segunda mostra, historica-
mente, que essa estratégia acarretou sérios pro lemas.
E a primeira entende que as cidades devem ser orga-
nismos vivos, que nascem de orma espont nea, e a
segunda mostra que há e emplos hist ricos que de-
monstram o contrário.

270| ENEM 2009 - C3 - H14


As terras rasileiras oram divididas por meio de tratados
entre Portugal e Espanha. e acordo com esses tratados,
ispon vel em http // .mutirao.com. r.
identificados no mapa, conclui-se que
Acesso em ago. 2009. 0 500 milhas

Em rela o s regi es marcadas na figura, o serva-se que


0 1000 km

R. Negro
Belém São Luís
R. Japurá
onas

A a e ist ncia de áreas superáridas, áridas e semiáridas


R. Amaz

s
ari

ajó
Jav

p
R.

Ta

a
é resultado do processo de desertifica o, de intensi-

íb
a

R.
deir

na
ngu

r
Recife

Pa
R. Tocanns
Ma

R. Xi

R.
dade variável, causado pela a o humana.
R.

cisco
R. G

o Fran
uapo
ré Salvador

B o emprego de modernas técnicas de irriga o possi i-

R. Sã
Vila Boa
Cuiabá

litou a e pans o da agricultura em determinadas áreas Vila Rica Vitória

do semiárido, integrando-as ao comércio internacional.


R. Paraguai

ba
araí
R. P
á
aran

Rio de Janeiro
São Paulo
R. P

C o semiárido, por apresentar déficit de precipita o,


passou a ser ha itado a partir da dade Moderna, gra-
R. Paraná

Laguna
uai
R. Urug

as ao avan o cien fico e tecnol gico.


D as áreas com escasse h drica na América do Sul se
Fronteira do Tratado de Tordesilhas (1494)
Território português conforme o Tratado de Tordesilhas

restringem s regi es tropicais, onde as médias de


Território português com base no Tratado de Madri (1750)
Fronteira do Tratado de San Ildefonso (1778)

temperatura anual s o mais altas, ustificando a alta BET EL, L. Hist ria da Am rica. V. . S o Paulo Edusp, 199 .
de desenvolvimento e os piores indicadores sociais.
E o mesmo tipo de co ertura vegetal é encontrado nas A Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o con-
áreas superáridas, áridas e semiáridas, mas essa co- trole da o do rio Ama onas.
ertura, em ora adaptada s condi es climáticas, é B o Tratado de Tordesilhas utili ava os rios como limite
desprovida de valor econ mico. sico da América portuguesa.

269| ENEM 2009 - C3 - H14 C o Tratado de Madri reconheceu a e pans o portugue-


sa além da linha de Tordesilhas.
A mais pro unda o e o que se a ideia da cria o de
D Portugal, pelo Tratado de San lde onso, perdia terri-
uma cidade, como Bras lia, é que o seu desenvolvimento
t rios na América em rela o ao de Tordesilhas.
n o poderá amais ser natural. uma o e o muito sé-
ria, pois provém de uma concep o de vida undamental E o Tratado de Madri criou a divis o administrativa da
a de que a atividade social e cultural n o pode ser uma América Portuguesa em Vice- einos Oriental e Ocidental.

89
Coleção PREPARAENEM Resolve

01| ENEM 2013 - C6 - H26 para nós como um desafio imposto pelo próprio ca-
pitalismo. A cidade do Rio de Janeiro representa um
E concentra o hist rica da ur ani a o.
integração entre meio e sociedade de forma singular.
As reservas indígenas brasileiras ocupam 12,5% do ter- Pensar de maneira articulada a vida social e a reprodu-
ritório nacional, segundo a Fundação Nacional do Índio ção do ambiente natural em que se apoia - incluindo aí
(Funai). O número equivale a 1.069.424,34 quilômetros a natureza do próprio homem, seu corpo - é a pedra de
quadrados de terra distribuídos em 503 terras indíge- toque do método geográfico.
nas já reconhecidas.
Com exceção do Rio Grande do Norte e do Piauí, todos 04| ENEM 2013 - C4 - H16
os outros estados brasileiros possuem áreas de reser- B questionar de orma ampla e pro unda as antigas
vas indígenas. O Amazonas é o estado que mais possui ideias e concep es.
áreas indígenas, segundo a Funai. O Brasil ainda tem
outras 112 terras indígenas que estão sendo analisadas Descartes é considerado o pai da filosofia moderna por
e ainda não têm superfície definida. Na maioria das Re- questionar as teorias elaboradas anteriormente, por
servas os confrontos entre índios, agricultores, madei- isso resolveu colocar tudo em dúvida para construir
reiros e garimpeiros são frequentes. Diante dos mapas uma nova teoria que fosse clara e distinta.
apresentados é bem claro a disputa territorial entre os
elementos envolvidos nessa questão e os indígenas, 05| ENEM 2013 - C2 - H7
mas as áreas de maior crise e instabilidade não corres- D reconhecimento de uma autoridade ur dica.
pondem as áreas de maior concentração populacional
do pais, uma vez que estas estão definidas em aglome- Atualmente, a Palestina ou a Autoridade Nacional
rados urbanos mais concentrados nas porções litorâne- Palestina (ANP) tem representante político, Mahmou
as do país . As grandes questões territoriais estão mais Abbas, e é reconhecida pela ONU como entidade obser-
concentradas na Amazônia brasileira, área anecúmena vadora, não como Estado. No entanto, em novembro de
de menor concentração populacional. 2012, a ONU reconhece a Palestina como estado obser-
vador não membro. Apesar de ainda não ser reconheci-
02| ENEM 2013 - C4 - H19 do como Estado, tal passo significou uma importante vi-
tória política para os palestinos. Dessa maneira, apesar
A crescimento da popula o ur ana e aumento da es- de não significar um reconhecimento oficial do Estado
pecula o imo iliária. palestino, pois pelo direito internacional este se dá a
Assim como em todos os aglomerados humanos espa- partir do reconhecimento de outros países, o gesto do
lhados pelo mundo contemporâneo até as cidades de site representou um ato simbólico do reconhecimento
pequeno porte, a urbanização representa um dos fenô- da autoridade jurídica da Palestina.
menos mais complexos da sociedade moderna. Embora
suas raízes no tempo estejam muito afastadas de nós, 06| ENEM 2013 - C3 - H11
constituindo-se um fenômeno antigo, presenciamos
A Valori ar a catequese a ser reali ada so re os povos
atualmente um grau de desenvolvimento tecnológico
nativos.
e científico que pouco a pouco vão transformando em
realidade as paisagens futuristas. O trecho “Porém o melhor fruto que dela se pode ti-
Passada a obrigatoriedade legal, a cidade continua rar me parece que será salvar esta gente” extraído do
crescendo seguindo a lógica da especulação imobiliá- fragmento textual permite a compreensão de que os
ria, dos interesses de grupos econômicos, mantendo a portugueses objetivavam catequizar os povos nativos.
população absolutamente alijada do processo, condu- A aculturação, legitimada pela imposição dos valores
zida como massa humana num joguete que beneficia sociais dos conquistadores, foi a principal estratégia
poucos em detrimento da maioria. É dessa forma que utilizada para efetivar a proposta de catequização na-
áreas ambientalmente frágeis são ocupadas sem ne- tiva que não significava apenas impor a fé católica,
nhum tipo de restrição, produzindo catástrofes e trau- mas também a língua e a cultura europeia implicando
mas sociais anunciados. na inexorável perda da identidade cultural dos povos
ameríndios. Por outro lado, o relato evidencia que, ao
03| ENEM 2013 - C6 - H27 menos inicialmente, os portugueses não relacionaram
E rela o sociedade-nature a de caráter singular. a conquista das terras ao padrão econômico mercan-
tilista, pois, não encontraram, nesse momento, metais
A ideia de produção da natureza desafia a separação preciosos. Por esse motivo, a principal finalidade seria
que foi legada entre sociedade e natureza e se coloca
catequizar os índios, impondo seus valores religiosos

90
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

07| ENEM 2013 - C3 - H15 11| ENEM 2013 - C5 - H23


B tentativa rustrada de resist ncia a um poder consi- C guiado por interesses, de modo que suas a es s o
derado sup erior. imprevis veis e inconstantes.
O texto revela que os conquistadores europeus possuíam Nicolau Maquiavel é apontado como sendo o pai da po-
superioridade bélica quando dos confrontos com as civi- lítica moderna, por elevar a política ao status de ciência
lizações locais americanas. Estes não dispunham de me-
cujo objeto de estudo era o poder. Ao estabelecer tal
canismos eficazes de resistência ao potencial destrutivo
das armas europeias, a exemplo das armas de fogo, do intento, concluiu que a ética era a algo relativo. Para
uso de cavalos, da disseminação de epidemias e alianças conquistar e manter-se no poder, o príncipe deveria va-
com povos nativos adversários. A resistência asteca, de ler de quaisquer meios, pois as circunstâncias e as ne-
acordo com o texto, não propiciou um desfecho positivo, cessidades determinam os princípios da moral.
pois, apesar de desenvolveram armadilhas, a exemplo
de fossas profundas, ou de construírem canoas encoura- 12| ENEM 2013 - C3 - H11
çadas, resistentes às armas de fogo, bem como promo-
ver ataques noturnos ou em terreno coberto, não con- B com ate ao ascismo.
seguiram impedir o massacre promovido pelos europeus
A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) caracteriza-se
como um violento conflito que antecedeu a Segunda
08| ENEM 2013 - C3 - H14
Guerra Mundial, cujas origens remontam ao período de
B edu o do crescimento vegetativo. proclamação da República pelas forças antimonarquis-
O gráfico demonstra claramente a redução no números tas, em 1931, constituída por comunistas, socialistas, de-
de filhos na sociedade brasileira através das décadas do mocratas e antifascistas em geral. Diante deste fato a
século XX e XXI em suas perspectivas, delineando uma direita, composta por Nacionalistas, se organizou com o
queda no crescimento vegetativo brasileiro (Taxa de Na- intuito de derrubar aqueles do poder centralizando seus
talidade – Taxa de Mortalidade). Acompanhando uma esforços no projeto reformista da denominada Frente
tendência mundial, o crescimento demográfico brasi- Ampla, um partido fascista liderado pelo general Fran-
leiro vem sofrendo reduções nos últimos anos. A popu- cisco Franco. Em 1936, eclodiu o conflito entre naciona-
lação continuará aumentando, porém as porcentagens listas e republicanos atraindo o apoio de vários países.
de crescimento estão despencando. A urbanização, a
De um lado, o general Franco recebeu apoio dos países
queda da fecundidade da mulher, o planejamento fami-
liar, a utilização de métodos de prevenção à gravidez, a nazifascistas - Itália e Alemanha. Por outro lado, como
mudança ideológica da população são todos fatores que destaca o fragmento textual, os republicanos formaram
contribuem para a redução do crescimento populacional. as Brigadas Internacionais com o apoio bélico recebido,
a exemplo da URSS, na luta contra o fascismo franquista.
09| ENEM 2013 - C3 - H15
13| ENEM 2013 - C1 - H3
E o ten o da participa o eleitoral.
O movimento feminista encontrou terreno considerável D tradi es populares se trans ormavam em matéria de
nas décadas de 1930, 1940 e 1950 na República Populista disp ut as soc iais.
Brasileira. Mesmo que ainda em bases conservadoras, a O texto revela uma tentativa de elitizar a festa do car-
mulher conquistou direitos políticos e sociais e teve signi-
naval. Uma das primeiras manifestações carnavalescas
ficativa ampliação de sua participação na economia do
Brasil. Resta lembrar que tal inserção foi também utiliza- no Brasil ocorreu ainda no período colonial com a prá-
da como mecanismo de fortalecimento político mediante tica do entrudo. De origem portuguesa medieval era
um regime populista empreendido no país. praticado, principalmente, pelos escravos que se pinta-
vam e saíam às ruas jogando bolinhas de água uns nos
10| ENEM 2013 - C4 - H17 outros, bem como realizando brincadeiras com o lança-
mento de farinhas. Essa tradição carnavalesca acabou
B grandes dist ncias e a usca da redu o dos custos
sendo recepcionada pela classe popular, todavia a elite
de t ransp ort e.
se opunha ao considerá-la violenta e ofensiva em con-
Um dos fatores-chave para o crescimento da compe- sequência dos ataques às pessoas com tais materiais,
titividade e alcance de novos mercados por parte dos bem como às brincadeiras difundidas. Em meados de
exportadores brasileiros é a infraestrutura logística e 1840, a elite carioca passou a disseminar, por meio da
uma integração entre os diferentes modais. A integra-
imprensa, campanhas publicitárias voltadas ao fim do
ção entre os modos rodoviário, ferroviário, hidroviário
e o fácil acesso aos portos – principal via de saída dos entrudo chegando a compará-lo a práticas criminosas.
produtos nacionais - adquire importância estratégica A elite passou a comemorar o carnaval em bailes reali-
para o alcance de bons resultados reduzindo custos e zados em clubes ou teatros evitando, assim, o contato
melhorando o nível de serviço dos produtos. com as classes populares.

91
Coleção PREPARAENEM Resolve

14| ENEM 2013 - C2 - H9 17| ENEM 2013 - C4 - H16


B Amplia o das trocas econ micas e seletividade dos E os mecanismos de controle se am deslocados dos
u os populacionais. p roc essos p ara os result ados do t rabalh o
O texto retrata claramente as novas tendências mun- A concepção deste modelos de produção consiste em
diais ao final do século XX quanto a Globalização, a organizar a linha de montagem de cada fábrica para
Nova Ordem Mundial, Blocos econômicos e demais produzir mais, controlando melhor as fontes de maté-
facetas da economia capitalista tecno-informacional. rias-primas e de energia, os transportes, a formação da
Logo, a ambiguidade da globalização vem à tona mão-de-obra. Ele adotou três princípios básicos;
quando se avalia seus efeitos mais negativos sobre 1) Princípio de Intensificação: Diminuir o tempo de
a população mundial, principalmente do ponto de duração com o emprego imediato dos equipamen-
vista econômico. Com a globalização da economia, tos e da matéria-prima e a rápida colocação do
gera-se o desemprego estrutural, operações finan- produto no mercado.
ceiras especulativas contribuem para a concentra-
ção de renda, fato que tem levado as populações de 2) Princípio de Economia: Consiste em reduzir ao mí-
muitos países a irem às ruas manifestarem seu des- nimo o volume do estoque da matéria-prima em
transformação.
contentamento. Assim, sobre a globalização, pode-se
afirmar ser um processo de duas vias: se há avanços 3) Princípio de Produtividade: Aumentar a capaci-
por um lado (como no tocante às relações sociais, ao dade de produção do homem no mesmo período
intercâmbio cultural e à possibilidade de uma maior (produtividade) por meio da especialização e da
troca comercial), há retrocessos pelo outro (como linha de montagem. O operário ganha mais e o
o aumento da miséria e da desigualdade social, da empresário tem maior produção.
intolerância religiosa e cultural, a perda de poder Dessa forma, seria possível controlar melhor todos os
dos Estados em detrimento das grandes corporações processos que articulam a produção e canalizar os me-
multinacionais). canismos de controle deslocando para os resultados
do trabalho.
15| ENEM 2013 - C6H27
A composi o de vegeta o er fila. 18| ENEM 2013 - C4 - H16
D ecessidade de arma enamento.
A descrição de texto caracteriza a vegetação comple-
xa das xerófilas do bioma da Caatinga brasileira. As O 1º. Modelo representa o Fordismo, que é um sistema
plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas de produção, criado pelo empresário norte-americano
ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação
armazenam água, outras possuem raízes superficiais em massa. O objetivo principal desse sistema era redu-
para captar o máximo de água da chuva. E há as que zir ao máximo os custos de produção e assim baratear o
contam com recursos para diminuir a transpiração, produto, podendo vender para o maior número possível
como espinhos e poucas folhas. A vegetação é forma- de consumidores. Dessa forma, os funcionários não pre-
da por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 cisavam sair do seu local de trabalho, resultando numa
metros de altura; o arbustivo, com vegetação de 2 a maior velocidade de produção. Também não era neces-
5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as sária utilização de mão-de-obra muito capacitada, pois
espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro cada trabalhador executava apenas uma pequena tare-
fa dentro de sua etapa de produção, no entanto, a mes-
e o mandacaru.
ma esta ligada a uma produção com estoque contínua
para atender a demanda, uma vez que quanto maior
16| ENEM 2013 - C2H11 a produção e a produtividade, mais barato se torna o
B o tra alho se constitua como o undamento real da custo de produção. Dessa forma, o estoque pode ser um
produ o material. problema para o produtor , caso ocorra alguma disfun-
ção do consumo.
Para Karl Marx e Friedrich Engels, o trabalho é o dis-
pêndio de energia psíquica e física do ser humano. Por Já o 2º. Modelo é o Toyotismo. Sistema flexível de me-
canização, voltado para a produção somente do neces-
meio do trabalho, o homem transforma a natureza e a
sário, evitando ao máximo o excedente. A produção
si mesmo. Essa condição foi alterada na sociedade ca-
deve ser ajustada a demanda do mercado. Aplicação
pitalista, em que o homem passa a explorar a força de do sistema Just in Time, ou seja, produzir somente o ne-
trabalho do outro homem, por isso, Marx afirmava que cessário, no tempo necessário e na quantidade neces-
no capitalismo ocorre a desumanização do homem e a sária, sem estoques e armazenamentos desnecessários,
humanização do produto. evitando crises quanto ao mercado de consumo.

92
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

19| ENEM 2013 - C5 - H23 identidade continental que se estrutura de forma mul-
tifacetada , além de romper com a original formal em
D esta elecimento de limites aos atores p licos e s
que se estrutura todo o modelo de dominação socioe-
institui es do governo.
conômico do continente e suas paisagens humanizadas.
Montesquieu é considerado um dos principais filósofos
do Iluminismo. Entre as suas principais críticas estava a
23| ENEM 2013 - C4 - H20
concentração do poder nas mãos do rei, crítica ao ab-
solutismo. Nesse sentido, defendia a tripartição dos po- A questiona a integra o das pessoas nas redes virtuais
deres políticos baseado na independência e harmonia de relacionamento.
entre os poderes executivo, legislativo e judiciário.
A revolução digital que consagrou a sociedade da infor-
mação trouxe, inquestionavelmente, benefícios como a
20| ENEM 2013 - C2 - H9
internet. Uma rica ferramenta capaz de proporcionar
C ado o do ipartidarismo regulado. um conhecimento, o entretenimento, a dinamização
das relações econômicas, dentre outros. No entanto, o
A imagem publicada pelo jornal faz referência às con-
mau uso deste instrumento informático cria problemas
sequências da promulgação do AI-2 pelos militares, em
sociais relacionados ao convívio, à confusão entre o pú-
outubro de 1965, ao suprimir o pluripartidarismo em
blico e o privado e à criação de avatares capazes de reti-
favor do bipartidarismo. Apresenta, assim, os partidos
rar a socialização entre os indivíduos de uma sociedade.
políticos que foram extintos passando a existir apenas
Ideia de saciedade, frustrações, isolamento, depressão,
dois: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), o parti-
bullying, são algumas das consequências do desvio de
do situacionista, e o Movimento Democrático Brasilei-
uma possível saudável utilização das mídias sociais.
ro, MDB, o partido da suposta oposição. Tratava-se de
uma frágil tentativa em esconder a tirania e o autorita-
rismo político na qual o Brasil emergia, pois não existia, 24| ENEM 2013 - C4 - H19
de fato, uma disputa eleitoral, mas sim o domínio polí- E corre o de distor es hist ricas e ao pre u o ao
tico exclusivo dos membros da ARENA. agroneg cio.

21| ENEM 2013 - C3 - H12 Os textos retratam a realidade da produção no campo


em dois universos diferentes. O 1º do latifúndio agro-
D sutis, que adestram os corpos no espa o-tempo por
produtor, como uma herança colonial de exploração
meio do olhar como instrumento de controle.
econômica. Já o 2º texto retrata uma realidade do pe-
A institucionalização do Estado Democrático de Direito queno produtor. Deflagram uma grande aliança políti-
combinado ao sistema capitalista criou um arcabou- ca e econômica no interior das classes dominantes no
ço jurídico capaz de concretizar mecanismos eficazes, Brasil, com o suporte dos grandes conglomerados eco-
porém sutis de controle social. A ideia do panótico de nômicos multinacionais ligados ao agronegócio bur-
Bentham traz um exemplo explícito de um controle ou guês, contrária a qualquer iniciativa governamental de
sua propensão de presos a partir de uma disposição ge- reforma agrária, mesmo conservadora, e à consolida-
ográfica que traduz uma ideia de plenitude sobre aque- ção do campesinato no Brasil.
le que é vigiado. Os meios de comunicação, as mídias
sociais, o coordenador disciplinar de um colégio, a ron- 25| ENEM 2013 - C6 - H29
da policial, as muralhas de um condomínio, são alguns
exemplos dessa suposta segurança institucionalizada C E pans o de ontes renováveis.
por meio de normas e lei que traduzem uma falsa ideia A geração de energia elétrica ou mecânica (em moinhos
de coerção e harmonia social. ou cataventos para a realização de trabalhos mecâni-
cos como o bombeamento da água) através dos ventos
22| ENEM 2013 - C1 - H4 se dá pela conversão da energia cinética de translação
B O e otismo e as culturas. pela energia cinética de rotação através do emprego de
turbinas eólicas, quando o objetivo é gerar eletricidade,
De acordo com um ponto de vista daqueles que imagi- ou moinho e cataventos, quando o objetivo é a reali-
naram a África permanentemente verde e florestal, pu- zação de trabalhos mecânicos. A energia eólica é uma
lulante de vida animal, com rios infestados de jacarés e forma de obtenção de energia de fontes totalmente re-
negros retintos e esse ar cenográfico de mistério, calor novável e limpa, não produz qualquer tipo de poluente.
e febre que a lenda e a história emprestaram às coi- Sendo por isso, umas das principais apostas no campo
sas africanas, abandonam a real característica de uma das fontes renováveis de energia.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

26| ENEM 2013 - C3 - H14 1850, no período Imperial. As discussões giravam em


torno da forma de trabalho assalariado adotado após
B Lideran a popular esta ilidade pol tica.
o fim do trabalho escravo e necessário à substituição
A primeira imagem se refere ao quadro de Moreaux in- do mesmo. O discurso do senador Vergueiro evidencia
titulado “Proclamação da independência”. Sem dúvida, o confronto entre o Estado imperial e a elite agrária,
essa imagem atrela-se ao marco simbólico fundante da pois, aquele não possuía uma política de financiamen-
História do Brasil ao retratar o episódio da formação da to voltada à imigração. O governo argumentava que
nação reforçando o protagonismo de D. Pedro I. A constru- a contratação da mão-de-obra imigrante, necessária
ção simbólica dessa imagem tem a intenção de diminuir a ao trabalho nas fazendas, era de responsabilidade dos
participação das elites no processo de independência re- próprios fazendeiros, ao passo que para estes cabia ao
forçando o mito de que tal processo teria sido consequên- Estado subsidiar exclusivamente tal empreitada.
cia da iniciativa pessoal de D. Pedro que, curiosamente, é
retratado em meio a uma população branca aspecto este 29| ENEM 2013 - C1 - H1
que se difere do campo real ao não representar o impera- B trans orma o das representa es sociais.
dor como o líder de uma população negra e mestiça.
O historiador medieval Georges Duby demonstra em
Já a segunda representação imagética, de M. D. Ferrez, seu texto o sentimento social representativo da mor-
traz a imagem de D. Pedro II já durante em sua velhice. te o que nos permite verificar significativas diferenças
A imagem exalta a serenidade no rosto do imperador em relação às diversas concepções atuais do tema. Na
o que simbolicamente retrata a estabilidade política Idade Média, a expressiva influência cristã permitiu que
alcançada pelo Império que, dentre outros fatores, foi os homens relacionassem o evento morte com a passa-
consequência da centralização do poder político, bem gem para a vida eterna em um mundo espiritual o que
como do fortalecimento da comercialização do café. acabou por naturalizá-la como um momento de tran-
sição. Atualmente, a morte alcançou, simbolicamente,
27| ENEM 2013 - C3 - H11 significado diverso que está, geralmente, associado ao
desconhecido, ao medo e ao temor. Tal fato pode ser
C dom nio de grupos regionais so re a ordem ederativa. associado, dentre outros fatores, a diminuição da cren-
O texto aborda um dos aspectos políticos predominantes ça religiosa o que caracteriza, conforme representado
nos primeiros anos da República brasileira (1889-1930), nesta questão, à transformação das representações so-
a denominada Política dos Governadores idealizada pelo ciais. Ou seja, a religião não é mais suficiente à compre-
presidente Campos Salles. O principal objetivo dessa ensão humana de tal evento.
política era fornecer condições ideais voltadas a perma-
nência das oligarquias regionais no poder. Caracterizada 30| ENEM 2013 - C4 - H20
como um mecanismo de controle do poder federativo a C en ati ar que o crescimento econ mico implicou au-
finalidade era buscar o apoio das oligarquias estaduais, mento das contradi es socioespaciais.
representados pelos governadores, que tinham a função
de constituir outra base de apoio político centrada nos A charge ironiza as contradições engendradas pela polí-
deputados e senadores que, por sua vez, deveriam legi- tica desenvolvimentista do governo JK. Esse modelo im-
timar as decisões do executivo no contexto federal. Lem- pulsionou a chegada de multinacionais automobilísticas,
bramos que os coronéis possuíam um papel de destaque além de um vasto investimento na malha rodoviária bra-
nesse contexto ao controlar o voto da população rural sileira interligando diversas regiões pelas estradas. Tais
por meio do que ficou conhecido como “voto de cabres- investimentos compunham o chamado Plano de Metas
to”. Na esfera municipal, os coronéis se aliavam aos go- que se preocupou, principalmente, com investimentos
vernadores para adquirir auxílio financeiro o que, para em transportes, energia elétrica e indústrias, em geral,
tanto, exigia o apoio deste a determinados candidatos desprezando outras áreas sociais como a saúde e a edu-
das oligarquias estaduais. Assim, foi estabelecida um cação, evidenciando os contrastes existentes no país,
rede de relações políticas nas quais o Presidente da Re- bem como o aguçamento das lutas sociais e políticas. Daí
pública estruturava seu poder em acordos firmados com o fato de a charge contemplar as demandas sociais que
os grupos políticos que já detinham o poder nos estados estão representadas pelo pedido de um prato de feijão
garantindo a perpetuação dos mesmos no governo. pela personagem, o que era mais acentuado nas regiões
marcadas pela mínima presença estatal.
28| ENEM 2013 - C3 - H14
31| ENEM 2013 - C5 - H22
C definir uma pol tica de su s dio governamental para
o omento da imigra o. A amplia o da no o de cidadania.
O fragmento textual faz referência aos debates impul- A cidadania, em sentido amplo, nos traz a necessidade
sionados pela proibição do tráfico negreiro, a partir de do exercício do encontro com a diferença. A alterida-

94
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

de, enquanto conceito que expressa tal situação, fez da exarcebardo em relação aquelas mulheres que perten-
questão do gênero um importante mecanismo de con- ciam a camadas sociais inferiores, visto a impossibilida-
solidação da noção de cidadania no Estado Democrá- de de acesso à mencionada instrução.
tico de Direito. Negros, mulheres e homoafetivos são
alguns exemplos desta ampliação da noção do ser cida- 33| ENEM 2013 - C5 - H24
dão. Tais aspectos reverberam na política, nos direitos
sociais, no convívio, entre outros. B e tens o da cidadania aos homens livres.
Uma análise mais profunda desta questão revela a
32| ENEM 2013 - C1 - H5 contradição da resposta considerada correta. Vejamos
alguns aspectos. Com a intensificação das lutas sociais
A su miss o de g nero, apoiada pela concep o pa-
em Roma, a partir do século V a. C, os plebeus passaram
triarcal de am lia.
a pressionar os patrícios em favor da aprovação de um
Os estudos acerca da história das mulheres, em caráter sistema jurídico de leis que expandissem seus direitos
historiográfico, foram impulsionados a partir da segun- sociais. Nesse momento, os decênviros passam a ela-
da metade do século XX, em princípio pela escola fran- borar leis escritas o que contribuiu para o fim do mono-
cesa dos Annales, ao buscar a compreensão da história pólio patrício quanto à interpretação das leis romanas.
do cotidiano, da vida privada e dos grupos, até então, Todavia, a questão faz referência aos gregos que possu-
marginalizados por uma história predominantemente íam uma tradição legal anterior aos romanos, uma vez
positivista. que, já em meados do século VIII a.C. tiveram início as
primeiras mudanças que repercutiriam na elaboração
O Brasil possuía um modelo de família patriarcal que do sistema legal que se fundamentaria, mais adiante,
constituía na figura masculina o seu núcleo, ou seja, a em uma tradição legal, não nos costumes. Clístenes
própria composição da autoridade maior do grupo fa- consolidou a cidadania quando estendeu a participa-
miliar na qual giravam os diversos tipos de relações, ção política aos homens livres, fato este alcançado na
inclusive a de poder. Tal fato se deve a uma herança Grécia Antiga a partir da implantação da democracia
ocidental que remonta ao período colonial, no qual se o que repercute à escolha da alternativa C, não da B,
impunha às mulheres a submissão, o recato e a doci- conforme gabarito oficial. Ao referir-se a ‘extensão da
lidade, cuja casa resumia as obrigações inerentes aos cidadania aos homens livres’ tal assertiva não permi-
cuidados domésticos e com a família. te, historicamente, que o aluno relacione diretamente
a emergência de um sistema de leis escritas à extensão
O fim do período colonial permitiu uma pequena urba-
da cidadania a tais indivíduos. Ou seja, só podemos fa-
nização após a chegada da Família Real, a exemplo do lar em cidadania romana estendida a todos homens no
Rio de Janeiro, o que impulsionou novas perspectivas período entre os séculos I a. C e III d. C, o que em termos
ao universo feminino ao modificar costumes familia-
temporais contrasta-se com o gabarito oficial.
res, bem como um maior ativismo social as mesmas.
O enclausuramento feminino deu lugar ao convívio em
34| ENEM 2013 - C3 - H14
espaços públicos, a exemplo das ruas, dos espetáculos
teatrais, dos grandes bailes e, até mesmo, de salões de C demográfico, em un o da locali a o das maiores
beleza. aglomera es ur anas e continuidade do u o cam-
p o-c idade.
Apesar de ainda fortemente marcada pelo patriarca-
lismo, a mulher do século XIX ainda lutava em favor O texto retrata a condição da urbanização em diferen-
da ampliação de seu papel social, como maior acesso tes localidades do globo, voltando para as regiões pe-
à educação, ao trabalho e, até mesmo, à política. A riféricas do desenvolvimento capitalista. Tais regiões se
questão em análise destaca exatamente tais mudanças urbanizam com aspectos semelhantes e causas prová-
ocorridas durante o século XIX que agraciaram, princi- veis de similares objetivos, mas cada região apresenta
palmente, as mulheres da elite ao terem acesso a uma suas características singulares e ímpares de desenvol-
cultura instrutiva, como a dança, o teatro, o piano, a vimento. Isso fica evidente quando observamos impor-
leitura e a escrita, que eram ministradas em casa e acei- tantes metrópoles pertencentes a países desenvolvidos
tas pelos homens, pois era isso que a sociedade espera- que foram superadas populacionalmente por grandes
va delas. centros urbanos localizados em países pobres como La-
gos, na Nigéria, e Dacca, em Bangladesh. Apesar disso,
Todavia, o segundo fragmento de texto revela que, as nações ricas prosseguirão com elevado desenvolvi-
apesar dessas mudanças, as mulheres continuavam mento econômico, industrial e tecnológico, as cidades
limitadas em sua autonomia e submissas perante aos dessas nações abrangem relevantes centros financei-
homens, uma vez que a estes não se igualavam visto ros, instituições internacionais, centros de pesquisas,
a manutenção de uma estrutura social, econômica e sedes de empresas transnacionais e são palco das prin-
cultural predominantemente masculina, o que era mais cipais decisões globais.

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Coleção PREPARAENEM Resolve

35| ENEM 2013 - C5 - H4 39| ENEM 2013 - C5 - H23


A assumem pontos de vista opostos acerca da nature a C finalidade das a es e condutas humanas.
do conhecimento. Para Aristóteles faz parte da finalidade da existência
No livro Crítica da Razão Pura, o filósofo alemão Imma- humana. A felicidade é assim uma busca pela atuali-
nuel Kant (1724-1804), faz uma crítica à real natureza zação daquilo que está em estado de potência. Dessa
do conhecimento. Para Kant, as duas grandes escolas maneira, a felicidade deveria estar ligada à finalidade
filosóficas, o racionalismo e o empirismo, apenas ten- das ações e condutas humanas.
taram explicar a origem do conhecimento, Kant colocou
o próprio conhecimento em questão, questionando os 40| ENEM 2013 - C5 - H23
limites do conhecimento. B emocracia direta.
O Estado Democrático de Direito consagrou um regime
36| ENEM 2013 - C4 - H20 político que atribui ao cidadão mecanismos de atuação
C ser a e press o da ra o e servir de modelo para ou- indireta, a exemplo do voto, e direta em relação a sua
tras áreas do sa er que alme am o progresso. prática. O plebiscito e o referendo surgem como institu-
tos jurídicos capazes de garantir ao cidadão a interven-
Embora Descartes e Becon representem escolas filo- ção direta em ações políticas do Estado.
sóficas diferentes, Descartes o racionalismo e Becon
o empirismo, ambos defenderam a ciência como uma 41| ENEM 2013 - C6 - H28
forma de produção do conhecimento para garantir o
progresso. C constru o de usinas hidrelétricas so re os rios To-
cantins, ingu e Madeira.
37| ENEM 2013 - C4 - H16 O texto demonstra as grandes mudanças ocorridas
no espaço da Amazônia Legal, causando uma grande
A controlar a eros o laminar.
transformação no espaço físico da região com suas
A imagem retrata a cultura em manejo de terracea- construções humanas através da usinas hidroelétri-
mento, que consiste na construção de uma estrutura cas. De acordo com Monteiro, os projetos hidrelétricos
transversal ao sentido do maior declive do terreno. são parte do Programa de Aceleração do Crescimento
Apresenta estrutura composta de um dique e um canal (PAC). O Ministério das Minas e Energia apresentou o
e tem a finalidade de reter e infiltrar, nos terraços em Plano Decenal de Energia: somente entre 2016 e 2020
nível, ou escoar lentamente para áreas adjacentes, nos serão construídas dez usinas na Amazônia, principal-
terraços em desnível ou com gradiente, as águas das mente em terras indígenas e em rios importantes como
chuvas. A função do terraço é a de reduzir o compri- Tapajós e Jamanxim, no Pará.
mento da rampa, área contínua por onde há escoamen-
to das águas das chuvas, e, com isso, diminuir a velo- 42| ENEM 2013 - C1 - H3
cidade de escoamento da água superficial. Ademais, C derivam da intera o entre valores a ricanos e a e -
contribui para a recarga de aquíferos. p eriênc ia h ist ó ric a brasileira.
A escravidão legou ao Brasil a inserção de ricos pa-
38| ENEM 2013 - C1 - H3
drões culturais de diversos povos tribais africanos. A
E ressignifica o cultural. historicização deste contato trouxe, como uma de suas
consequências, um sincretismo cultural extremamente
Estado Democrático de Direito consagrou memória his-
complexo e pautado por profundas ressignificações. A
tórica redimensionada ou construída a partir de aspec-
religião, as danças, as músicas, hábitos e costumes são
tos simbólicos, culturais e identitários de um povo. A
alguns exemplos desta integração cultural vivenciada
cruz que deixa de ser um objeto de tortura e passa a ser no Brasil do passado.
de adoração para o Cristianismo, a suástica budista que
se transforma em símbolo do nazi-fascismo alemão, o
43| ENEM 2013 - C3 - H13
bandeirante brasileiro que de escravocrata, destruidor
de quilombos, se transforma em símbolo da Marcha C segregacionista, que impedia a universali a o da ci-
para o Oeste varguista, são alguns exemplos da ressig- dadania.
nificação histórica em três momentos envolvendo po- Claramente, a palavra segregação não deixa dúvida quan-
vos diferentes. De maneira ampla, a ressignificação se to ao seu significado mais geral, quando pesquisamos no
comunica coma memória história de um povo podendo dicionário: separação; divisão a fim de evitar contato; iso-
manter, criar, modificar ou finalizar elementos culturais lamento. Ao trazermos essa palavra para uma discussão
polissêmicos que identificam determinada sociedade. de cunho sociológico, é inevitável pensarmos nos desdo-

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CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

bramentos negativos para a vida social, principalmente quadro histórico de descolonização. Mahatma Gandhi
do ponto de vista das hostilidades e conflitos sociais ge- apresenta-se como principal líder desse processo fazen-
rados pela segregação em si. Podemos observar vários do uso do Principio da desobediência civil e na ideia da
tipos de segregação ao longo da história, os quais foram resistência pacifica. O movimento independentista da
(e ainda são em alguns casos) motivados pelos mais varia- Índia levou a um amplo processo de participação popu-
dos fatores. Tal processo condiciona grupo cada vez mais a lar e influenciou o processo de independência de outras
perda de sua cidadania e acesso aos diretos básicos dentro colônias.
da coletividade, perdendo seus direitos básicos
Embora sejam muitas as circunstâncias que possam in- 47| ENEM 2012 - C1 - H1
fluenciar na estrutura das relações entre indivíduos de E a import ncia da vestimenta para a constitui o sim-
grupos raciais e étnicos diferentes, pelo menos três me-
lica do rei, pois o corpo pol tico adornado esconde
recem destaque. O primeiro diz respeito ao tamanho e
os def eit os do c orp o p essoal.
ao número dos grupos, o que é fundamental para pen-
sarmos em minorias ou maiorias; o segundo ponto diz A fabricação do mito político como instrumento de for-
respeito às diferenças entre esses indivíduos no aspecto talecimento de um Estado Nação em torno da figura do
físico e também cultural; finalmente, o terceiro aspecto monarca. A questão por meio dos símbolos inerentes ao
diz respeito à disputa por recursos e por melhores con- vestuário fortalece a ideia da etiqueta como instrumen-
dições de sobrevivência entre tais grupos, sendo que as to de padrão e diferenciação social mediante o desen-
maiorias almejam, dentro da estrutura social, submete-
volvimento do industrialismo de luxo francês. Luis XIV
rem as minorias, para delas tirarem vantagem.
é apresentado por meio de uma imagem imponente,
forte e impenetrável que esconde os reais vícios de seu
44| ENEM 2013 - C3 - H12
corpo ou realmente do Estado francês.
C optava pela via legalista de li erta o.
Em sua obra “O Abolicionismo”, Joaquim Nabuco defende 48| ENEM 2012 - C3 - H13
a abolição imediata e sem indenização, todavia, dotada de E e pectativa da investiga o dos culpados.
um caráter legalista, projeto este que se chocava com a pro-
posta republicana, mais radical, visto a defesa imediata da O tema da questão nos traz o repúdio de setores da so-
abolição, porém, sem indenização alguma. Para esse aboli- ciedade brasileira em relação às atrocidades ocorridas
cionista, o fim da escravidão deveria ocorrer pacificamente durante o Regime Militar brasileiro, em especial nos
e mediante a concessão da elite. O texto demonstra que anos de chumbo correspondentes aos governos de Cos-
Nabuco refutava a luta abolicionista pela via da violência e ta e Silva (1967-69) e Emilio G. Médici (1969-74). O Ato
liderada pelos movimentos civis, a exemplo da França, mas Institucional n. 5 funcionou como um instrumento jurí-
acreditava que deveria estar assentada numa consciência dico legitimador dos abusos e desrespeitos em relação
política nacional conduzida pelo próprio Parlamento. aos Direitos e Garantias Individuais do cidadão, como
bem demonstra o caso do assassinato do jornalista Vla-
45| ENEM 2013 - C6 - H28 dimir Herzog.
A redu o da ora.
49| ENEM 2012 - C3 - H14
A imagem retrata a Chuva Ácida . Na Natureza, a chuva áci-
da provoca estragos na vegetação e origina a acidificação do A a reivindica o de autonomia da capacidade racional
solo, com graves consequências nos ecossistemas. As espé- como e press o da maioridade.
cies mais afetadas são as coníferas (principalmente abetos e Kant, pensador alemão do século XVIII, teve importân-
também epíceas e pinheiros), seguidas de diferentes caduci-
cia na formulação dos fundamentos teóricos do Ilumi-
fólias (faias, carvalhos). As árvores perdem as folhas, se tor-
nismo, identificando na razão uma ferramenta para a
nam mais sensíveis aos ataques dos fungos e insetos e muitas
emancipação e a autodeterminação dos indivíduos.
vezes morrem. A chuva ácida altera o equilíbrio ecológico dos
rios e lagos, com destruição da sua fauna e flora. Além de afe-
tarem as regiões contaminadas, as chuvas ácidas atingem 50| ENEM 2012 - C5 - H24
também, devido ao vento, zonas muito extensas. B ao condicionamento da li erdade dos cidad os
con ormidade s leis.
46| ENEM 2012 - C3 - H13
Para Montesquieu, fora do Estado predomina o caos e
D a impossi ilidade de deter o movimento liderado por o Estado é a representação da articulação harmônica
Gandhi. entre os três poderes. Essa teoria se constitui como com
O cartum faz referência ao processo político de inde- o fundamento da teoria liberal e da soberania da lei e
pendência da índia em relação à Inglaterra mediante o da liberdade.

97
Coleção PREPARAENEM Resolve

51| ENEM 2012 - C3 - H14 quadro potencialize uma manifestação de falência das
instituições estatais.
B os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
A produção cultural das estórias em quadrinhos esteve, 55| ENEM 2012 - C3 - H14
em muitos casos, ligada a historicidade de fatos. Nesse
sentido, o Capita America expressa a suposta luta da C a coe ist ncia das di eren as, considerando a pos-
democracia contra os regimes ditatoriais, no caso em si ilidade de os discursos de auto entendimento se
questão, os fascismos diante do quadro da segunda su meterem ao de ate p lico, cientes de que esta-
grande Guerra Mundial. r o vinculados coer o do melhor argumento.
Habermas expõe, na sua teoria da Ação Comunicativa,
52| ENEM 2012 - C2 - H6 a necessidade de uma atitude que tenha como objetivo
A orma o de uma identidade cultural a ro- rasileira. a democracia e o respeito à coexistência das diferen-
ças, considerando a possibilidade de os discursos de
Os padrões culturais africanos se adequaram de manei- auto entendimento se submeterem ao debate público,
ra mais ou menos intensa aos padrões luso- brasileiros cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor
trazendo como consequência uma multiplicidade cul- argumento.
tural rica e signos e ressignificações. A religião, a mú-
sica, a dança, a culinária são alguns exemplos de tais
56| ENEM 2012 - C3 - H14
aspectos que delinearam formação cultural brasileira.
O reconhecimento de tais aspectos contribui para o en- E f undação de c idades p ara c ont rolar a c irc ulação de
tendimento da ampla construção identitária de no país. rique as.
Fica evidente no texto documento que o maior interes-
53| ENEM 2012 - C3 - H13 se dos colonizadores estava relacionado à política mer-
A a conquista de direitos civis para a popula o negra. cantilista. O metalismo expresso na obtenção de metais
preciosos era tido como fundamental para a consolida-
A abolição da escravatura nos EUA não foi acompa- ção de um novo modelo econômico baseado nas trocas
nhada por inclusão social. Durante décadas os negros monetárias. Nesse sentido, as cidades se apresentam
norte-americanos sofreram com uma apartação jurídi- como importantes instrumentos capazes de concreti-
ca, social e econômica, principalmente nos estado do zar o planejamento colonial Ibérico. Povoar, legalizar,
sul. Organizações segregacionistas como a K.K.K. (Ku
Fiscalizar, evangelizar eram alguns dos objetivos da
Klux Klan) atestam tal segregacionismo por meio de lin-
metrópole espanhola que seriam instrumentalizados a
chamentos, perseguições e assassinatos. No século XX,
partir de um modelo citadino.
especialmente nas décadas de 50 e 60, os movimentos
anti raciais ganham um contorno todo especial, tendo
a frente o líder pacifista Martin Luther King. Em meio 57| ENEM 2012 C3 - H14
à explosão das contraculturas (gays, feministas, punks, B Limita o do poder do so erano A solutismo.
hippies) o movimento negro se fortalece e conquista di-
reitos políticos e sociais que garantiram, paulatinamen- O texto documento expresso pela Declaração de Di-
te, uma maior inclusão social. reitos (1688) consolida a Monarquia Parlamentarista
Constitucional na Inglaterra. Tal fato encerra um ciclo
de Revoluções Inglesas e consolida o poder da camada
burguesa a partir do modelo político expresso por John
54| ENEM 2012 - C3 - H14 Locke em sua obra “Segundo Tratado de Governo Civil”.
O Contratualismo Político pautado no princípio da re-
D dificuldade hist rica da sociedade rasileira em ins- presentatividade confere à Inglaterra a condição de ser
titucionali ar ormas de controle social compa veis o primeiro país a consagrar uma Revolução burguesa
com valores democráticos. que seria intitulada Gloriosa (1689).
O Estado Democrático de Direito se consolida plena-
mente com o fortalecimento das instituições jurídicas, 58| ENEM 2012 - C3 - H14
políticas e sociais que o caracterizam. A inexistência de
D resguardar da destrui o as o ras representativas da
tais aspectos traz ao aparelho estatal vícios que propor-
cultura nacional, por meio de pol ticas p licas pre-
cionam a desarmonização social. Os poderes paralelos,
servac ionist as.
a impunidade, a corrupção institucional, são alguns
exemplos de “doenças institucionais” que deslegitimam A criação institucional de órgãos capazes de garantir a
a prática política estatal. Tais aspectos somados e re- preservação do patrimônio cultural como mecanismos
verberados fortalecem um sentimento de descrédito do capazes de fortalecer a Memória do país diante de uma
cidadão em relação às instituições fazendo com que tal de construção de uma identidade nacional.

98
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

59| ENEM 2012 - C5 - H18 Podemos identificar dois motivos que acarretaram a crise:
C redu o da e porta o de g neros agr colas em un- • O aumento da produção não acompanhou o aumen-
o da dificuldade para o escoamento. to dos salários. Além de a mecanização ter gerado
muito desemprego.
É evidente que o país precisa de um plano emer-
gencial logístico para vencer os gargalos da infra- • A recuperação dos países europeus, logo após a 1ª
estrutura. E, embora os recursos públicos tenham Guerra Mundial. Esses eram potenciais comprado-
se intensificado, serão insuficientes para evitar um res dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasti-
estrangulamento nos próximos anos, sendo vital a camente devido à recuperação de suas econômicas.
ampliação do capital privado Por conta da inadequa- A atual crise financeira mundial, desencadeada a
ção dos modais brasileiros às características dos pro- partir dos Estados Unidos teve origem na especula-
dutos e às longas distâncias percorridas, aliada ao ção no mercado imobiliário. Ela expressa as caracte-
estado precário de conservação da malha rodoviária rísticas de uma economia sem mecanismos estatais
do País, 25% da receita de vendas da produção trans- de regulação. Suas consequências resultam de polí-
portada está comprometida com os custos internos ticas neoliberais que com a globalização pregavam
de transportes. a necessidade de um livre mercado em escala mun-
dial, opondo-se às políticas que antes defendiam um
60| ENEM 2012 - C1 - H1 maior controle do Estado sobre o capital financeiro
mediante ações de planejamento voltadas para o
E E pansionismo diversidade dos territ rios conquis- bem-estar social.
t ados.
A figura representa uma diversidade de animais que 63| ENEM 2012 - C3 - H13
nos remete metaforicamente à multiplicidade de povos C unifica o das no es de li erta o social e li erta-
conquistados pelo Império Romano. Animais oriundos o individual, ornecendo um significado pol tico ao
da Europa, norte da África e Oriente áreas que foram uso do c orp o.
dominadas pelos romanos durante seu processo expan-
A contracultura surgiu mediante um quadro intenso
sionista iniciado durante a República.
de questionam neto aos paradigmas da Bipolaridade
no contexto histórico da Guerra Fria. As manifesta-
61| ENEM 2012 - C3 - H14
ções ganharam contornos singulares e revolucio-
D ao andeirantismo, s m olo paulista apresentado em nários. O corpo, gestos, gírias, hábitos entre outros
primeiro plano. aspectos de manifestações, se transformaram em
verdadeiras armas intelectuais e gestuais contra os
Com a ascensão de Getulio Vargas ao poder, o mes-
modelos do propenso capitalismo e socialismo da
mo institui um governo provisório (aconstitucional)
época.
que se estendeu ate 1934. Porém, em 1932, São Pau-
lo se rebela contra tal situação formando uma ampla
frente de oposição a Vargas intitulada Frente Única 64| ENEM 2012 - C4 - H17
Paulista. Tal movimento exigia eleições e a convoca- E esenvolvimento dos meios de comunica o.
ção de uma Assembleia Nacional Constituinte capa- A difusão da modernização, especialmente a partir
zes de retornar o país a pratica política eleitoral. O da década de 70, modifica os sistemas de transpor-
movimento fez uso do Bandeirante como símbolo da tes e telecomunicações, integrando o território. Por
identidade política paulista de contraposição ao des- outro lado, as mudanças tecnológicas, devidas à di-
potismo varguista. Vale lembrar que o então presi- fusão da informática e da eletrônica, permitem um
dente buscava articular o tempo a seu favor visando maior controle à distância dos processos produtivos.
desestruturar a oligarquia cafeeira paulista que por Tudo isso favorece a desconcentração industrial, com
décadas exerceu a hegemonia política no país. Trata- a instalação de fábricas modernas em diversos pon-
va – se de um choque de oligarquias em da redefini- tos do País. Para ser determinado estratégico para a
ção de um novo quadro político hegemônico que se implantação de uma indústria, um local tem que ter
apresentava. fácil acesso à rodovias, que escoem a sua produção
para as diversas regiões do país e os portos, visando
62| ENEM 2012 - C3 - H14 a exportação. Os meios de comunicação, também são
vitais, para que sejam feitos os contatos necessários
B a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de su- para se fechar grandes negócios, visando a obtenção
perprodu o industrial nos E A e a atual crise resul- de lucros mais altos, para o crescimento da indústria,
tou da especula o financeira e da e pans o desme- a atualização dos conhecimentos e a velocidade de
dida do crédito ancário. comunicação.

99
Coleção PREPARAENEM Resolve

65| ENEM 2012 - C2 - H6 68| ENEM 2012 - C4 - H20


A menor propor o de ecundidade na área ur ana. C e plora o do tra alho repetitivo.
O gráfico demonstra uma redução da natalidade de Com o avanço do sistema capitalista, o início do século
período em período, onde a recorrencia do mesmo é XX foi um período de intensas alterações no sistema
atribuída entre outros fatores ao processo de urbani- produtivo. As principais mudanças focaram na rela-
zação e aos avanços técno-científicos nas áreas sociais ção do trabalhador com o objeto, e foram desenvolvi-
e de saúde após a 2ª Guerra Mundial. As transições das por Frederick Taylor – com o taylorismo - e Henry
urbana e demográfica são dois fenômenos fundamen- Ford - com o fordismo. A grande inovação do fordismo
tais da modernidade e acontecem de forma sincrôni- em relação ao taylorismo foi à introdução de linhas
ca. Até o ano de 1800, quando a população mundial de montagens, na qual o operário era responsável
estava em torno de 1 bilhão de habitantes, o percen- apenas por uma atividade. O Fordismo determina a
tual de pessoas vivendo em cidades não passava de
posição de todos seus funcionários, que aguardavam
5%, enquanto as taxas de mortalidade e natalidade
as peças se deslocarem pelas esteiras de montagem
eram muito elevadas. A relação entre maior urbani-
da fábrica para executarem uma única função espe-
zação e menor fecundidade é universalmente obser-
cífica. Cada funcionário tem apenas uma função em
vada tanto nos países com alto ou baixo IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano). Conforme mostra o toda linha de montagem, sendo somente responsável,
gráfico, o diferencial rural-urbano nas taxas de fecun- por exemplo, por apertar um determinado parafuso.
didade estavam entre 0 e 1 filho em 25 países, entre 1 Além disso, o proletário devia executar sua atividade
e 2 filhos em 33 países e acima de 2 filhos em outros no tempo determinado pela máquina, pois caso atra-
25 países. Embora as taxas de fecundidade rurais em sasse alterava toda a produção e era repreendido pelo
alguns países sejam menores que as taxas de fecundi- gerente local. A limitação funcional do operário cau-
dade urbanas em outros, dentro dos países a relação sa uma alienação psicológica no indivíduo, pois limi-
entre urbanização e menor número médio de filhos é ta o conhecimento do operário a função, não tendo
clara e universal. nenhuma noção da compreensão do todo. Sem contar
os problemas físicos ocasionados pela excessiva repe-
66| ENEM 2012 - C7 - H26 tição da mesma atividade inúmeras vezes ao dia.
E sim lica de rela o su etiva do indiv duo com o es-
p aço. 69| ENEM 2012 - C6 - H27

Considerando os movimentos nas paisagens, podemos E Concentra o das áreas cultiváveis no setor agroe -
perceber que elas mudam de um momento para outro. portador Aumento da ocupa o da popula o po-
Por isso, afirmamos que elas são dinâmicas, estão sendo re em territ rios agr colas marginais.
constantemente modificadas. A paisagem humanizada A África sub-saariana é considerada por muitos
(artificial ou cultural) é a que está presente nos mais como a região mais pobre do planeta. Nesta parte
vastos recantos do planeta. Nela coexistem elementos da África estão localizados os países (33 dos mais
naturais e artificiais, havendo uma predominância des- pobres que existem) com grandes problemas estru-
tes últimos. As modificações nas paisagens também es- turais sofrendo os graves legados do colonialismo,
tão relacionadas com as novas descobertas que os seres do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da insta-
humanos vão realizando, em termos tecnológicos, que bilidade política. Na África Subsaariana a atividade
fazem surgir novos modos de se produzir, novas merca- rural está voltada para a exportação, por isso exis-
dorias e novas formas arquitetônicas, entre outros. te um grande número de lavouras monocultoras de
produtos tropicais.
67| ENEM 2012 - C3 - H15
O sistema de plantations, ou seja, culturas tropi-
E questionamentos ao autoritarismo. cais que ocupam grandes extensões de terra, é um
O I Reinado (1822- 31) foi marcado pelo governo de um modo de produção introduzido pelos colonizadores
imperador inábil, fortemente comprometido com os europeus na segunda metade do século XIX. Na con-
anseios da antiga metrópole e tendente a manutenção temporaneidade essa prática continua sendo desen-
de laços políticos com portugueses. Dom Pedro I sofreu volvida em enormes propriedades rurais, que não
ainda com uma crise econômica relacionada ao açúcar são de propriedade dos povos nativos, pelo contrá-
que contribuiu ainda para o agravamento do quadro de rio, pertencem a empresas estrangeiras ou a ricos
crise. O episodio acima narrado expressa um deste mo- fazendeiros brancos de descendência europeia, le-
mento de tensão que dividiu a população brasileira na vando a população mais pobre e despossuida a ir
capital do Império, demonstrando abaixa popularidade para as áreas de menor captação de recursos para a
experimental pelo Imperador. produção campesina.

100
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

70| ENEM 2012 - C3 - H14 das quebradeiras em suas terras, muitos criadores de
gado, além do cercamento, transformaram babaçuais
D a culpa ili a o individual, associando o esidade
em áreas em pastos, numa atitude criminosa contra o
raque a de caráter.
meio ambiente e a cultura das populações tradicionais.
A modernidade trouxe, como uma de suas referências Fazendeiros, pecuaristas e as empresas agropecuárias
estéticas, o padrão corporal instituído. O alto, o belo, cercaram as terras com consentimento e incentivos dos
o magro, são alguns condicionamentos criados por um governos estadual e federal. Em seu ambiente, as mu-
padrão estético autoritário ocidental, cujo o não en- lheres passaram a ser pressionadas. Mas a resistência
quadramento a tais padrões traz uma noção de falibi- veio a partir da afirmação de uma identidade coletiva
lidade e culpabilidade do indivíduo. Cirurgias, regimes e da certeza de que sua atividade econômica era essen-
milagrosos, plásticas apresentam-se como elementos cial para a vida delas.
capazes de simbolizar tal enquadramento. A fala textu-
al acima traz a preocupação em relação à gula, o que 74| ENEM 2012 - C7 - H26
é louvável, mas ambíguo em relação ao padrão a ser
adotado levando a uma possível ditadura da estética. A A al vio da tens o geol gica.
questão é ser saudável ou ser magro? O globo terrestre é formado, ao todo, por 14 grandes pla-
cas tectônicas, incluindo continentais e oceânicas, que estão
71| ENEM 2012 - C3 - H14 em constante movimento por conta das forças internas do
planeta. Os terremotos são provenientes, justamente, do
D Afirmando que a ra o é capa de gerar conhecimen-
alívio de tensão gerado pelo deslocamento dessas placas,
to, mas a sensa o n o.
que colidem e arrastam uma com as outras. Para se ter uma
Segundo a filosofia de Platão, a realidade e o conhecimento ideia desse movimento, o Oceano Atlântico, por exemplo,
são formulados em mundos distintos: o inteligível e o sen- se expande seis centímetros por ano, sendo que a Améri-
sível. As ideias nascem em um mundo inteligível e imutável ca do Sul se movimenta, em média, três centímetros para
dominadas pela razão e pelos conceitos sendo, portanto, o oeste e o continente africano a mesma medida, só que
perfeitos. O mundo sensível é apenas uma cópia do mundo para o leste. Nesta questão, o candidato precisava apenas
inteligível cujo conhecimento é imperfeito e ilusório. saber que os terremotos são provocados pelo acúmulo de
energia na zona de encontro entre duas placas tectônicas.
Quando essa energia acumulada é liberada repentinamen-
72| ENEM 2012 - C6 - H29
te, ocorrem os terremotos, o que representa um alívio ou
C erretimento das calotas polares incentivo aos acomodação dessa tensão geológica.
transportes de massa.
O texto faz alusão aos problemas decorrentes da ação 75| ENEM 2012 - C4 - H17
humana sobre o meio ambiente, focando na questão E desorgani am o modo tradicional de vida impelin-
atmosférica voltada para a destruição da ozonosfera e do-as usca por melhores condi es no espa o
de todas as consequências recorrentes deste processo, ur ano ou em outros pa ses em situa es muitas
tanto na questão humana como na questão natural. O ve es precárias.
derretimento das calotas polares é um fenômeno verifi-
cado nas últimas décadas e está relacionado diretamen- O desencadeamento do êxodo rural é consequência, en-
te com o aquecimento global. Cientistas que estudam o tre outros fatores, da implantação de relações capitalis-
clima verificaram que, com o aumento da temperatura tas modernas na produção agropecuária, onde o modelo
do planeta, provocado principalmente pela emissão de econômico privilegia os grandes latifundiários e a intensa
gases poluentes, as calotas polares estão derretendo. mecanização das atividades rurais expulsa os pequenos
Sendo assim, uma condição para reduzir este efeito é a produtores do campo. O intenso processo de mecanização
utilização de transportes em massa menos poluentes. das atividades agrícolas tem substituído a mão de obra
humana. Os pequenos produtores que não conseguem
mecanizar sua produção têm baixo rendimento de produ-
73| ENEM 2012 - C3 - H10
tividade, o que os coloca em desvantagem no mercado.
E dificuldade imposta pelos a endeiros e posseiros no
acesso aos a a uais locali ados no interior de suas 76| ENEM 2012 - C3 - H14
p rop riedades.
D postulavam um princ pio originário para o mundo.
Contra uma vida de segregação, as quebradeiras inicia-
ram seu processo de luta – denominado por elas de ba- Para Anaxímenes existe uma arché para o universo e
baçu livre. O nome advém da “batalha” contra os pecu- “o ar é um elemento originário de tudo o que existe”,
aristas, que construíram cercas em torno das áreas de enquanto Basílio Magno indica “Deus como o criador
incidência da palmeira, impedindo, dessa forma, a co- de todas as coisas”, ou seja: os dois pensadores busca-
leta do coco. Como forma de impedir a livre circulação vam identificar um princípio originário para o mundo.

101
Coleção PREPARAENEM Resolve

77| ENEM 2012 - C2 - H5 cultivo nas regiões de alta latitude. Tornando-se menos
geladas do que são atualmente, essas áreas poderão
C e peri ncia de deslocamento vivenciada pelo mi-
no futuro abrigar plantas que hoje não resistem ao frio.
grante.
No entanto, os danos previstos devem ser bem mais
O ser migrante traduz a ideia da necessidade da locomo-
significativos. A FAO (Organização das Nações Unidas
ção como mecanismo de sobrevivência. Crises econômi-
para Agricultura e Alimentos) afirma que a segurança
cas, intempéries climáticas, políticas de Estado que geram
alimentar pode ser prejudicada em três pontos: dispo-
alterações na natureza são alguns exemplos de causas
nibilidade, acesso e estabilidade do suprimento. Para
que proporcionam o deslocar. Como regra, os indivíduos
a agricultura, prevê perda da produtividade de várias
desenvolvem um sentimento de pertencimento que traduz
culturas, o que deve trazer consequências preocupantes
um eterno retornar às terras em que nasceu gerando uma
para a segurança alimentar. Algumas dessas projeções
identidade cosmopolita e positiva em relação aonde se es-
foram confirmadas pelo estudo realizado pela Embrapa
tabelece e a um futuro retorno as suas raízes.
e pela Unicamp: a maior parte das culturas brasileiras
vai sofrer com a elevação da temperatura..
78| ENEM 2012 - C1 - H1
E o tra alho dos escravos na produ o de a car. 82| ENEM 2012 - C5 - H18
O trecho da obra de padre Antônio Vieira, expoente do A E pans o das terras agricultáveis, com manuten o
Barroco brasileiro, expõe por meio de um discurso in- de desigualdades sociais.
direto a escravidão do elemento negro como condição
O processo de expansão da fronteira agrícola promove
inevitável. A aceitação de tal destino é comparada ao
um impacto nos movimentos sociais no campo, a par-
exemplo da paixão de Cristo, o que percebe – se a utili-
tir dos fundamentos da questão agrária. Uma vez que
zação de um discurso religioso como fator legitimador
com o desenvolvimento das atividades ligadas ao setor
da escravidão colonial.
primário, partindo para a visão do grande agronegócio,
assiste-se ainda a recorrente condição de desigualda-
79| ENEM 2012 - C3 - H14 des no campo, pois a dominação do capital e a especu-
E atri uem di erentes lugares ao papel dos sentidos no lação do setor , afugentam os pequenos proprietários
processo de o ten o do conhecimento. do mercado e impedem a expansão da agricultura de
pequeno porte, ampliando as desigualdades socioeco-
René Descartes e David Hume são representantes de nômicas da comunidade rural.
duas correntes filosóficas conhecidas como racionalis-
mo e empirismo, que apontam para meios diferentes 83| ENEM 2012 - C4 - H16
para a razão e os sentidos na busca pela elaboração do
conhecimento. B o aumento da mo ilidade ocupacional.
A globalização econômica incrementou a competitivi-
80| ENEM 2012 - C3 - H14 dade entre as empresas. Para garantir espaço, nesse
C afirmar a confian a na ra o aut noma como unda- contexto, houve uma crescente necessidade de redução
mento da a o humana. de custos, com destaque para os direitos trabalhistas.
Essas mudanças ensejaram a necessidade de reava-
Nicolau Maquiavel é considerado o pai da político mo- liação da rigidez das normas trabalhistas, tidas como
derna ao defender os dois princípios que fazem parte do causadoras da crise do desemprego. Os imperativos
bom governante: a virtù e a fortuna. Dessa maneira, Ma- econômicos promovem um questionamento acerca da
quiavel apresenta o princípio básico defendido pelos re- permanência do princípio da proteção ao trabalho, que
nascentistas que era a utilização da razão como principal visa nivelar as desigualdades existentes entre os sujei-
instrumento para compreender o universo e a natureza. tos no pacto empregatício. Defende-se a redução do
papel do Estado, pela diminuição das normas heterô-
81| ENEM 2012 - C7 - H26 nomas tutelares de cunho imperativo, passando a ser
regidas por convenções e acordos coletivos de trabalho.
A concentra suas atividades no setor primário.
Existe uma relação de correspondência entre o homem 84| ENEM 2012 - C3 - H14
e o clima. A humanidade, com mais de seis bilhões de
C orient a a busc a do c onsenso ent re t rabalh adores e
pessoas, é capaz de alterar o clima, aquecendo o plane-
patr es.
ta, e isso afeta suas atividades, como a agricultura. A
elevação da temperatura provocada pela alta concen- As Leis trabalhistas funcionaram como principal instru-
tração de gases de efeito estufa deve causar um impac- mento de aproximação entre governo e camada de tra-
to negativo na agricultura de quase todo o planeta. O balhadores urbanos. O populismo fez dos sindicatos um
aquecimento trará alguma vantagem somente para o mecanismo de despolitização. A necessidade de evitar

102
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

o crescimento do socialismo de orientação marxista em paço geográfico e a Igreja se transformou em um lócus


meio aos trabalhadores faz com que o governo tome de convergência sócio – cultural, diminuindo, pelo me-
medidas de controle sobre a atuação política dos sin- nos esporadicamente, o abismo social inerente a uma
dicatos buscando uma suposta harmonização entre as sociedade escravocrata. Eram nas festas religiosas em
relações de poder advindas do trabalho. que os encontros, as marcações de casamento, os batis-
mos e o entretenimento se davam. Sendo que tais ma-
85| ENEM 2012 - C3 - H14 nifestações ampliavam a ideia de Fé no Brasil colonial.
E da nec essidade de c ont role dos branc os sobre a p o-
88| ENEM 2012 - C7 - H26
pula o ind gena, o etivando sua adapta o s e i-
g ncias do tra alho regular. E povoados interligados pr imos a grandes rios.
Foi no período pombalino que se intensificou o processo A ocupação territorial da Amazônia ocorreu primor-
de secularização dos aldeamentos missionários, ou seja, dialmente pela sua bacia hidrográfica, pois o “dese-
a transformação dos mesmos em vilas de administração nho” do rio amazonas e de seus afluentes é favorável
civil. Em certo sentido, a secularização é uma etapa ine- a essa ocupação, como se comprova nos mapas do es-
rente ao próprio desenvolvimento da missão, como parte tado do Pará onde as maiores de suas cidades estão
de seu projeto mais amplo de incorporação das popula- a nas margens dos rios amazônicos, que se deu por
ções nativas. Entretanto, no período pombalino, esta meio de construção de fortes e dos aldeamentos jesu-
“civilização” dos aldeamentos missionários se dá por de- ítas, impulsionados pela proteção do território e seu
creto, através da Lei de 6 de junho de 1755 e do Alvará potencial econômico.
com força de Lei de 7 de junho do mesmo ano. Juntas,
essas leis concediam liberdade incondicional aos índios e 89| ENEM 2012 - C8 - H28
determinavam a transformação das aldeias em vilas ou
povoados, com administração civil ao estilo português e E redirecionamento dos cursos uviais.
assistência religiosa do clero secular. A opção dos grandes plantadores em usar os pivôs cen-
A Capitania de Goyaz, entendida como área integrante trais levou a um ganho de produtividade no Cerrado,
mas representou a morte de nascentes e cursos d’água
e subjacente às políticas estabelecidas pelo reino portu-
altamente explorados. Com o desmatamento e a insta-
guês durante o século XVIII, sofreu o aporte jurídico es-
lação de vários equipamentos de irrigação, diminuiu a
tabelecido legalmente em 1758, o qual alterava a condi-
vazão de água. Os rios precisam de recuperação. Gran-
ção civil dos gentios da América portuguesa e definia a
de parte das propriedades rurais não mantém as áreas
política de Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de de preservação permanente (APPs) e reservas legais,
Pombal. Observa-se no momento histórico das reformas previstas em lei, o que aumenta a possibilidade de redi-
pombalinas e sua aplicação no reino e colônias, a apli- recionamentos dos cursos fluviais.
cação de novas diretrizes indigenistas, por meio de alde-
amentos, no momento em que contingências naturais
90| ENEM 2012 - C8 - H28
influenciaram decisivamente na rendição do indígena.
A amplia o de sistemas de reutili a o h drica.
86| ENEM 2012 - C7 - H26 Reutilização ou o reuso de água ou o uso de águas re-
siduárias não é um conceito novo e tem sido praticado
A apresentarem áreas de intrus es gran ticas, ricas em
em todo o mundo há muitos anos. Nesse sentido, de-
a idas minerais erro, mangan s .
ve-se considerar o reuso de água como parte de uma
Os minérios metálicos estão ligados a existência de es- atividade mais abrangente que é o uso racional ou efi-
cudos cristalinos, especificamente nas rochas metamór- ciente da água, o qual compreende também o controle
ficas. Os minerais metálicos mais abundantes no terri- de perdas e desperdícios, e a minimização da produção
tório brasileiro são o minério de ferro, manganês, ouro, de efluentes e do consumo de água.
estanho, sal, bauxita. Além desses existem outros que Dentro dessa ótica, os esgotos tratados têm um papel
apresenta quantidades suficientes para atender as ne- fundamental no planejamento e na gestão sustentável
cessidades econômicas do país como é o caso da argila, dos recursos hídricos como um substituto para o uso de
do chumbo, do zinco e do amianto. águas destinadas a fins agrícolas e de irrigação, entre
outros. Ao liberar as fontes de água de boa qualidade
87| ENEM 2012 - C1 - H1 para abastecimento público e outros usos prioritários, o
uso de esgotos contribui para a conservação dos recur-
D afirmava um sentido comunitário de partilha da devo o.
sos e acrescenta uma dimensão econômica ao planeja-
As festividades religiosas possuíam um aspecto polissê- mento dos recursos hídricos. O reuso reduz a demanda
mico durante os períodos colonial e imperial brasileiro. sobre os mananciais de água devido à substituição da
O “Sagrado e o Profano” conviviam em um mesmo es- água potável por uma água de qualidade inferior.

103
Coleção PREPARAENEM Resolve

91| ENEM 2011 - C3 - H13 93| ENEM 2011 - C3 - H13


E di undir ideias revolucionárias que mo ili aram a po- E tornou-se porta-vo da sociedade e in uenciou no
p ulação. processo de impeachment do ent o presidente
Collor.
Desde o início do século XXI, a globalização vem apa-
recendo como um elemento dinamizador na vida das A imagem nos remete ao movimento dos “Caras- Pinta-
pessoas. As novas tecnologias que levam a informa- das” no processo de impedimento que levou a renuncia
ção às distâncias mais remotas com rapidez, eficiên- do Presidente Fernando Collor de Melo. Mediante um
cia e a baixo custo, vem permitindo que o indivíduo quadro extremo de corrupção que envolvia lavagem de
caminhe no mesmo patamar de importância que ou- dinheiro, superfaturamento de obras e desvios de ver-
tras instituições e organismos, tornando-o capaz de bas públicas o então presidente contou com uma forte
influenciar e modificar a sociedade que até então se oposição política e social. Uma ampla frente de coali-
conhecia. Durante a evolução desse processo, tanto zão política somada a uma mobilização estudantil e ao
o mercado, quanto o Estado estiveram, em algum agravamento da crise econômica potencializada pelo
momento, no centro das relações tanto nacionais desemprego e altas inflacionárias tornaram o governo
quanto internacionais. Todavia, essa realidade foi
do “caçador de Marajás” insustentável. Os estudantes
se modificando no momento em que, com um maior
foram as ruas como estandartes da nação brasileira
aprofundamento da globalização, a sociedade foi
desprovidos de partidarismo e ideologias políticas que
ganhando força e se colocando em uma posição de
permearam os movimentos estudantis das décadas de
maior destaque. Acrescenta-se a isso, o novo proces-
so produtivo da Revolução Industrial que acelerou 60/70 especialmente.
ainda mais o desenvolvimento da globalização, por
demandar “novas e sofisticadas tecnologias (…) que 94| ENEM 2011 - C6 - H26
trouxeram o aspecto informativo”, fortificando os B i us o do cultivo da so a com a implanta o de mo-
laços transnacionais e “abrindo margem à formação noculturas mecani adas.
de grupos de pressão” Nesses termos, as revoltas do
mundo árabe de 2011 expressam exatamente este Já existiam fortes indícios de que a soja é um grande
novo momento que a sociedade global está vivendo. vetor de desmatamento na Amazônia. Após cruzarem
A falta de perspectivas para o futuro em um univer- dados de satélites, mapas de perda de cobertura ve-
so em que o desemprego predominava, a população getal e pesquisas de campo, cientistas do Brasil e dos
vivia marginalizada e sem perspectivas motivou for- EUA estimaram que entre 2001 e 2004 foram conver-
temente as pessoas a buscarem por melhorias ime- tidos diretamente para áreas de sojicultura 5.400 km2
diatas através da internet. de floresta apenas no Mato Grosso. A agricultura me-
canizada intensiva cresceu 3,6 milhões de hectares na
Amazônia Brasileira entre 2001 e 2004. Se a expansão
92| ENEM 2011 - C1 - H3
da fronteira agrícola resultou do uso intensivo da ter-
D criadas pelo homem, que concede a si mesmo a lei ra previamente “limpa” para pastagens de gado ou de
qual deve se su meter. novos desmatamentos ainda não foi quantificado, e há
As normas morais são regras de convivência social e maiores implicações para dinâmicas de desmatamen-
obedecem sempre a três princípios: tos futuros, fluxos de carbono, fragmentação florestal e
outras operações no ecossistema.
• Auto-obrigação,
• Universalidade, 95| ENEM 2011 - C6 - H27
• Incondicionalidade; C ronteira agropecuária que degradou parte do cerrado.

São sempre importantes, mesmo que não efetivamen- A partir de 1960, o Cerrado foi palco de uma forte ex-
te cumpridas. As normas morais são regras de convi- pansão da fronteira agropecuária, estimulada por po-
vência social ou guias de ação, porque nos dizem o líticas públicas e de crédito nacionais e internacionais
que devemos ou não fazer e como o fazer. As normas voltadas para exploração de grãos e de carnes. A trans-
morais obedecem sempre a três princípios. Primeiro ferência da capital federal para Brasília, em 1960, e a
que tudo é sempre caracterizado por uma auto-obri- adoção de políticas de desenvolvimento, o surgimento
gação, ou seja, vale por si mesma independentemente de novas tecnologias e investimentos em infraestrutu-
do exterior, é essencial do ponto de vista de cada um. ra, principalmente durante a década de 1970, foram
Também é universal, porque válida para toda a Huma- os principais fatores na geração dessa nova dinâmi-
nidade, ninguém está fora dela e todos são abrangi- ca econômica, que resultou na abertura e ocupação
dos por ela. de grandes áreas de Cerrado através da expansão da

104
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

agricultura comercial. O resultado foram espantosas 98| ENEM 2011 - C4 - H19


mudanças nos números relativos à produção. Muito da
A ampliar as regi es produtoras pela adapta o do cul-
diferença entre estes dados se relaciona à dificuldade
tivo a di erentes condi es climáticas.
de mapeamento dos diferentes ecossistemas do bioma,
sobretudo na diferenciação entre pastagens naturais e Sendo uma cultura existente de forma espontânea em áre-
pastagens plantadas. A Conservação Internacional es- as de solos pouco férteis e de clima desfavorável à maioria
timou ainda a taxa média de desmatamento no bioma das culturas alimentares tradicionais, o pinhão pode ser
até 2004 em 2,6 hectares por minuto, ou cerca de 3,7 considerado uma das mais promissoras oleaginosas do
mil hectares diários. sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil, para substituir
o diesel de petróleo. É altamente resistente a doenças e
os insetos não o atacam, pois segrega latéx cáustico, que
96| ENEM 2011 - C2 - H6
escorre das folhas arrancadas ou feridas. A alternativa é
E de menor latitude ocorrem as maiores precipita es, ideal, também, para o meio ambiente, pois, além da pro-
assim como a maior pro undidade dos solos. dução de combustível não-poluente, o pinhão-manso ab-
sorve gás carbônico e contabiliza crédito de carbono para
As características de cada tipo de solo eram resultan-
a região. O cultivo recupera também áreas de solo degra-
tes da ação conjunta do clima e da biosfera, sobre um
dadas, beneficiando a agricultura de uma forma em geral.
material original, em determinada posição do relevo,
ao longo do tempo. Os cinco fatores definidos– clima,
99| ENEM 2011 - C2 - H7
biosfera, material de origem, relevo e tempo – também
conhecidos como fatores de formação dos solos, atuam C a in u ncia das grandes pot ncias econ micas.
em conjunto e são determinantes das características de As pequenas nações tem suas economias dependentes
cada tipo de solo, de tal maneira que, havendo altera- das grandes mais próximas, mas quanto maior for a eco-
ção em qualquer um desses fatores, os solos resultantes nomia, maior pode ser a distância entre a grande nação
serão diferentes. O gráfico demonstra que, nas regiões e a pequena. Quanto maior é a nação, maior são seus
de menores latitudes, mais quentes e úmidas, as rochas dependentes e mais distantes eles podem estar. Não ape-
são mais alteradas no processo de formação dos solos nas a economia informal ou criminosa, mas também a
(perogênese), determinando sua maior profundidade. economia formal. Também surgem o sonho e as correntes
Elevadas temperaturas e abundância de água, caracte- migratórias ilegais. A história da modernidade é rica em
rísticas das regiões tropicais, intensificam os fatores da ensinamentos sobre a ascensão e o declínio de impérios
perogênese, como o desgaste das rochas e a aceleração baseados na acumulação irrefreada de riquezas materiais
da atividade biológica, provocando a formação de solos e alavancados por conquistas militares que levaram à sub-
mais profundos. jugação e posterior exploração de outros povos. Às con-
quistas dos portugueses e espanhóis no século XVI, seguiu
97| ENEM 2011 - C6 - H26 a expansão comercial holandesa no século XVII, substitu-
ída no século XVIII pelos franceses e britânicos. O império
D o avan o da ind stria de papel e celulose a partir da britânico atingiu seu apogeu no século XIX, entrando em
e plora o da madeira, e tra da principalmente no decadência a partir da 1a guerra mundial que inaugurou
Sul do Brasil. o século da supremacia dos Estados Unidos da América do
A Destruição do Bioma das Araucária se dá “devido Norte. Na corrida armamentista durante a Guerra Fria, a
à exploração da madeira e pela substituição de sua ex-União Soviética tentou contestar a hegemonia ameri-
área de domínio pela agricultura e reflorestamentos cana; sem sucesso, entrou em colapso em 1989.
de pinus e eucalipto”. Segundo dados do Ministério do
Meio Ambiente (MMA), restam apenas 5% da área ori- 100| ENEM 2011 - C3 - H14
ginal de floresta, sendo 0,7% “áreas primitivas”. Foi nas B a e ist ncia da lei n o asta como garantia de usti a
primeiras décadas do século XX que a maior floresta do para as v timas e testemunhas dos casos de tortura.
sul do Brasil começou a ser destruída. No Rio Grande do
Sul, na divisa com a Argentina e Uruguai, os “coronéis” As torturas atestam, de fato, o desrespeito aos Direi-
de estâncias se tornaram bastante fortes politicamen- tos Humanos ocorridos em nosso Estado Democrático
te e influenciaram a maneira como a floresta passou a de Direito. O Brasil é signatário de convenções interna-
ser vista e tratada. “Impulsionados pelo governo Ge- cionais, a exemplo do Pacto de São José da Costa Rica,
túlio Vargas, os gaúchos foram incentivados a ocupar cujo repúdio a tortura também está amparado pelo or-
as terras do Paraná e Santa Catarina. Para isso, foram denamento jurídico nacional. A prática encontrou ter-
devastando a Floresta com Araucária. Naquela época, reno institucional, como os Atos Institucionais durante
o lema era terra boa é terra limpa”, conta o biológo. o Regime Militar, e ainda perfaz por meio de grupos
“Ainda hoje é lei, acredite ou não. A floresta cortada ou de extermínio e segmentos policiais armados (milícias)
dizimada vale mais que a floresta em pé”. que servem a interesses estatais e privados.

105
Coleção PREPARAENEM Resolve

101| ENEM 2011 - C6 - H29 gidos. Não há impedimentos técnicos ou falta de co-
nhecimento para que esse problema seja resolvido. De
E o desmatamento.
acordo com a OMS, os elevados níveis de poluição na
A retirada de vegetação de uma encosta para a im- cidade de São Paulo são responsáveis pela redução da
plantação de casas ou mesmo para o cultivo resulta expectativa de vida em cerca de um ano e meio. Os três
na exposição do solo, aumentando a possibilidade de motivos que encabeçam a lista são: câncer de pulmão
haver escorregamento e/ ou movimentos de massas. e vias aéreas superiores; infarto agudo do miocárdio e
Basta observar na paisagem de Angra dos Reis como arritmias; e bronquite crônica e asma. Estima-se um au-
as encostas com vegetação são mais difíceis de apre- mento de oito meses na expectativa de vida a cada 10
sentarem movimentos de massa, principalmente es- microgramas de poluição retirados do ar.
corregamentos. A simples presença de vegetação não
significa que uma certa encosta não vá apresentar
104| ENEM 2011 - C6 - H29
problemas, mas diminui muito a possibilidade de que
isto venha acontecer. Em locais impróprios, a retira- A a corros o de metais, pinturas, monumentos hist -
da de material para a implantação das fundações e ricos, destrui o da co ertura vegetal e acidifica o
o próprio peso da estrutura podem concorrer para a dos lagos.
movimentos de massas.
Algumas consequências da chuva ácida, para a saúde:
a chuva ácida liberta metais tóxicos que estavam no
102| ENEM 2011 - C4 - H18 solo. Esses metais podem contaminar os rios e serem
A provoca a contamina o do solo e do len ol reático, inadvertidamente utilizados pelo homem causando sé-
ocasionando assim graves pro lemas socioam ien- rios problemas de saúde. Nas casas, prédios e demais
tais, que se adensar o com a continuidade da cultura edifícios, a chuva ácida também ajuda a corroer alguns
do consumo desen reado. dos materiais utilizados nas construções, danificando
algumas estruturas, como as barragens, as turbinas de
Os técnicos chamam de “causas antrópicas”, quando geração de energia, etc. Para o meio ambiente. Os la-
as atividades humanas é que provocam a contami- gos podem ser os mais prejudicados com o efeito das
nação das águas subterrâneas. São diversas as for- chuvas ácidas, pois podem ficar totalmente acidifica-
mas de contaminação, envolvendo desde organismos dos perdendo toda a sua vida. Desflorestação (a chuva
patogênicos, até elementos químicos como os metais ácida provoca clareiras, matando algumas árvores de
pesados - caso do mercúrio - e moléculas orgânicas e cada vez. Podemos imaginar uma floresta, que vai sen-
inorgânicas. As águas subterrâneas localizadas nas do progressivamente dizimada, podendo eventualmen-
proximidades dos grandes lixões registram a presen- te ser até destruída). Agricultura (a chuva ácida afeta
ça de bactérias do grupo coliformes totais, fecais e as plantações quase da mesma forma que as florestas,
estreptococos. São componentes orgânicos oriundos no entanto, a destruição é mais rápida, uma vez que as
do chorume, que são substâncias sulfloradas, nitro- plantas são todas do mesmo tamanho e, assim, igual-
genadas e cloradas, com elevado teor de metais pesa- mente atingidas pelas chuvas ácidas).
dos, que fluem do lixo, se infiltram na terra e chegam
aos aquíferos. As águas subterrâneas situadas nas
105| ENEM 2011 - C6 - H27
vizinhanças dos cemitérios são ainda mais atacadas.
Revelaram a presença de índices elevados de colifor- D pelo processo de impermea ili a o do solo nas áre-
mes fecais, estreptococos fecais, bactérias de diversas as c ent rais das c idades.
categorias, Salmonella, elevados teores de nitratos e
A ilha de Calor é um fenômeno climático que ocorre
metais como alumínio, cromo, cádmio, manganês, bá-
nos centros das grandes cidades devido aos seguintes
rio e chumbo.
fatores:
103| ENEM 2011 - C4 - H18 • Elevada capacidade de absorção de calor de super-
fícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou
B diminui o da e pectativa de vida. concreto, telhas de barro e de amianto...
Por ano, cerca de 1,3 milhão de mortes no mundo são • Falta de áreas revestidas de vegetação.
causadas pela poluição urbana, segundo dados da Or-
ganização Mundial da Saúde (OMS). Só em São Paulo • Impermeabilização dos solos pelo calçamento e des-
morrem 4 mil anualmente. Em 2004, quando o número vio da água por bueiro e galerias, o que reduz o pro-
de carros era um terço menor, estima-se que o número cesso de evaporação.
de mortes tenha sido 2,9 mil. Idosos, crianças, gestan- • Concentração de edifícios, que interfere na circula-
tes, portadores de doenças respiratórias e cardíacas ção dos ventos. Poluição atmosférica que retém a
crônicas e, principalmente, os mais pobres – que têm radiação do calor, causando o aquecimento da at-
níveis maiores de exposição – são os principais atin- mosfera (Efeito estufa)

106
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

• Utilização de energia pelos veículos de combustão sintetizado pela política dos governadores delineavam
interna, pelas residências e pelas indústrias, aumen- um quadro de clientelismo político em que o Publico
tando o aquecimento da atmosfera. servia a interesses Privados como pratica de exercício
Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é de poder das oligarquias. Os currais eleitorais serviam
mais quente que nas áreas que circundam esta cidade. como verdadeiros instrumentos capazes de concretizar
um exercício democrático viciado e fraudulento simbo-
106| ENEM 2011 - C6 - H27 lizado pelo voto de cabresto.

A a migra o or ada da popula o ri eirinha. 109| ENEM 2011 - C3 - H14


As populações humanas que habitam as regiões C pressionam o Estado para o atendimento das deman-
onde a usina será implantada em geral são famílias
das da soc iedade.
de agricultores, pescadores ou tribos indígenas, que
perdem áreas utilizadas para caça e pesca. Deve- As demandas sociais, políticas e direitos e garantias
-se reassentar essas populações em outras regiões, individuais consagrados pelo Estado Democrático
sem alterar muito suas condições originais de vida de Direito, legitimados pela Constituição Federal de
ou mesmo melhorá-las, o que raramente ocorre. O 1988, gerou no potencial cidadão brasileiro uma ex-
deslocamento forçado dessas populações, acompa- pectativa de direitos não atendidos pelas políticas
nhado por compensações financeiras irrisórias ou governamentais nacionais. Diante do exposto, orga-
inexistentes coloca-as em confronto com empre- nizações paraestatais surgiram como vias alternati-
endedores que almejam esconder ou minimizar os vas de atuação política e de mecanismo de pressão
conflitos para viabilizar suas obras, e têm em vista governamental. As ONGs emprestam ao Brasil, quan-
critérios fundamentalmente econômicos. As popula- do não ligadas a interesses políticos escusos, um sa-
ções atingidas, juntamente com os ambientalistas, lutar poder de manifestação e articulação político-
procuram evidenciar os conflitos, mostrando que há -social em prol das instituições garantidas por nossa
direitos que não estão sendo considerados e têm em
Carta Magna.
vista critérios ambientais, sociais e humanitários.
No caso da população indígena, essas comunidades
dificilmente possuem os documentos referentes à 110| ENEM 2011 - C3 - H14
posse de terras. Em sua maioria, eles são reassenta- D o controle do poder pol tico nas m os dos grandes
dos em novas áreas, passam por um longo processo proprietários e comerciantes.
de adaptações culturais e sociais e podem perder
sua identidade, pois possuem uma ligação espiritu- A Independência do Brasil foi institucionalizada com
al estreita com a terra natal. a Constituição de 1824 que estabeleceu um quadro
político essencialmente excludente pelos próprios li-
107| ENEM 2011 - C4 - H20 mites impostos ao exercício do voto. A concretização
se deu mediante critérios censitários expostos nos
C o avan o do tra alho e vel e da terceiri a o como artigos da então Carta Magna brasileira. O processo
respostas s demandas por inova o e com vistas eleitoral expressava de fato a ordem agrária, tradi-
mo ilidade dos investimentos. cional, escravocrata, latifundiária e excludente do
A III Revolução Industrial, especificamente na fase in- Brasil de então.
formacional, trouxe consigo a revolução Digital. Tal
processo tem como característica a mundialização 111| ENEM 2011 - C3 - H14
do mercado mediante uma intensa flexibilização do
trabalho possibilitada pela ampliação das redes de C As disputas pol ticas do per odo contradi iam a supos-
comunicação. A sociedade da informação demarcou ta esta ilidade da alian a entre mineiros e paulistas.
um importante ponto de dinamização das relações A suposta acomodação de interesses que pressupõe
econômicas e dos processos produtivos. Em tempo a Política do Café-com-Leite no contexto histórico
real e contínuo o mundo se interliga em uma com-
da Primeira República não expressa com clareza o
plexa rede de pessoas e negócios que delimitam um
quadro complexo de alianças políticas marcada por
novo quadro econômico.
profundas negociações entre as diversas oligarquias
nacionais. A simples noção de alternância de poder
108| ENEM 2011 - C3 - H14
entre Minas Gerais e São Paulo não se deu de manei-
E agrária, marcada pela concentra o da terra e do po- ra automática e pacífica. Vários foram os momentos
der pol tico local e regional. históricos de tensão em que interesses divergentes
A questão faz referência ao quadro político da Primei- colocaram em cheque o proposto pacto das oligar-
ra Republica (1989 – 1930) em o pacto das oligarquias quias.

107
Coleção PREPARAENEM Resolve

112| ENEM 2011 - C6 - H26 114| ENEM 2011 - C5 - H22


C O uso de sapatos é um importante elemento de di e- E 19 0-199 - direito de voto para os anal a etos.
rencia o social entre negros li ertos ou em melho- O século XX nos apresentou como um momento históri-
res condi es na ordem escravocrata. co em que a ampliação do voto universal caracterizou a
O Brasil experimentou, na segunda metade do século ordem constitucional. A Constituição de 1891 consagrou
XIX, uma ressignificação da Belle Epoque mesmo que um voto universal restrito a homens, maiores de 21 anos,
de maneira tardia. A ampla inserção de costumes eu- alfabetizados que não fossem mendigos, padres e milita-
ropeus ficou evidenciada em vários aspectos como a res de baixa patente. Portanto, um voto excludente em
culinária, o vestuário, as expressões linguísticas, os que somente um percentual em torno de 3 % da popula-
costumes, dentre outros. O elemento negro, inserido ção exercia o direito de voto. Adiante, a Constituição de
1934 estendeu o direto de voto a mulheres o que signifi-
neste quadro de transformações, buscou encontrar
cou uma importante ampliação. A Constituição de 1988,
em símbolos de uma identidade de consumo euro-
inexoravelmente, trouxe ao voto universal brasileiro
peia elementos capazes de diferenciá-lo em relação
uma amplitude nunca vista. Índios, analfabetos, maiores
a a minoria e aproximá-lo do modelo hegemônico de
de 16 anos facultativamente exercerão o direito de voto,
então. O sapato surge como expressão de inclusão além de homens, mulheres, padres e militares de qual-
social e de aproximação aos padrões estéticos euro- quer hierarquia desde que atendendo aos pré-requisitos
peus. A simbólica identidade está representada pela poderão ser eleitores ou eleitos.
adesão a um costume genuinamente europeu, qual
seja, o ato de calçar.
115| ENEM 2011 - C3 - H14

113| ENEM 2011 - C4 - H20 D legitimar a ordem pol tica inaugurada com a chegada
desse grupo ao poder.
C pela participa o ativa das empresas e dos pr prios
tra alhadores no processo de qualifica o la oral. A Revolução de 1930 é tida, por significativa parcela
da historiografia brasileira, como importante marco de
A qualificação Laboral de um indivíduo é necessá- definição da institucionalização do Estado. A política
rio para se posicionar bem no mercado de mercado. de modernização e suas aplicações institucionais são
Qualificação profissional é a preparação para apri- marcas desse propenso processo de rompimento com
morar suas habilidades, e especializar-se em deter- o passado da Primeira República. Contudo, nota-se
minadas áreas para executar da melhor forma suas uma tentativa dos grupos envolvidos politicamente no
atribuições. processo, de legitimar a nova ordem por meio de um
argumento extremamente negacionista da política oli-
Qualificação profissional é um requisito básico para ter gárquica, o que muitas vezes não se concretiza em vir-
sucesso no mundo globalizado. A qualificação profis- tude de padrões políticos oligárquicos sobreviverem ao
sional funciona de forma a complementar a formação, período intitulado Era Vargas.
seja ela de nível médio ou superior, é buscar outros ti-
pos de conhecimento, que não os já aprendidos em sala 116| ENEM 2011 - C6 - H25
de aula.
A defina seus pro etos a partir dos interesses coletivos.
A qualificação profissional pode ser através de conheci- A energia nuclear tem aplicações em diversas áreas, a
mentos teóricos, técnicos e operacionais, para qualquer saber: geração de energia elétrica; utilização de radioi-
tipo de empresa, como cursos de idiomas ou computa- sótopos e radiofármacos na área de saúde, como nas
ção, ou para um setor específico, como logística, marke- tomografias por emissão de pósitrons (PET) ou nos trata-
ting, e etc. Nos dias atuais, empresas e trabalhadores mentos radioterápicos; aplicação de radiação em indús-
procuram fazer um trabalho conjunto de aperfeiçoa- trias, como em esterilização de materiais de uso médico
mento do quadro de funcionários na forma de atender e industrial; aplicação de radiação na agricultura, para,
a demanda tecnológica do mercado. por exemplo, irradiação de alimentos, especialmente
frutas, ou esterilização de agentes de pragas; aplicação
A qualificação profissional tornou-se mais do que es- de radiação em monitoramento do meio ambiente, para
sencial e determinante para o futuro profissional de um identificação de aquíferos; e, o mais recente uso, em um
indivíduo, uma vez que muitos profissionais de recursos novo processo de dessalinização da água do mar.
humanos já consideram o diploma superior como uma
Na história do desenvolvimento da energia nuclear,
qualificação mínima para obter sucesso, o indivíduo aparecem, com frequência, as preocupações de diver-
deve especializar-se ainda mais, com pós-graduações, sos atores, inclusive os cientistas dos primórdios destas
conhecimentos de três ou mais idiomas, currículo exten- pesquisas, com o uso bélico desta fonte de energia. O
so, e etc. argumento do uso dual da tecnologia nuclear, apesar

108
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

de ser uma preocupação válida, é também utilizado condutora do processo. Movimentos como o processo de
pelos países desenvolvidos para tolher o avanço desta independência do Haiti e a Conjuração Baiana coman-
tecnologia em países emergentes, pois não há interesse dados por escravos negros e com reivindicações aboli-
que eles cresçam como concorrentes do oligopólio esta- cionistas, dentre outras, significavam uma real ameaça
belecido, em um mercado de produtos e serviços nucle- ao estabelecimento do quadro capitalista e aristocrático
ares, que movimenta no mundo bilhões de dólares por da elite brasileira de então. O projeto liberal brasileiro
ano, ao interesse coletivo dos povos. não incluía camadas populares marginais e não previa
mudanças significativas em suas estruturas, portanto,
117| ENEM 2011 - C4 - H20 evidencia-se o antagonismo que a Conjuração Baiana
promovia em relação ao modelo hegemônico.
C interiori am padr es de comportamento e papéis so-
ciais com menor vis o cr tica.
120| ENEM 2011 - C3 - H14
A inexistência de critérios quanto aos hábitos, uso e
B ep lica ascista taliana no século .
constância dos elementos midiáticos na formação da
criança e do adolescente, traz considerável problema O poder atende a diversas acepções enquanto constru-
em relação à socialização e desenvolvimento intelectu- ção simbólica estabelecida entre o líder e os seus co-
al do indivíduo enquanto cidadão. Nesse sentido, ocorre mandados. O mesmo não se legitima pela imposição
um prejuízo ao florescimento da capacidade crítica da da força, mas pelo desenvolvimento de aspectos que
criança, que por imaturidade, quer por deficiência da dão significado a relação de poder instituída. O mesmo
cognição intelectual. Os elementos midiáticos devem pode se dar por meio da fé, da tradição, da razão ou do
atender às necessidades de fornecer entretenimento, carisma. Os ritos, símbolos e significados fazem parte
conhecimento e cultura sem comprometer a constitui- de um complexo quadro cerimonial estabelecido entre
ção do indivíduo enquanto ser e cidadão. governantes e governados, no qual a identificação se
dá entre ambos.
118| ENEM 2011 - C3 - H14
D a ocupa o de áreas de risco susce veis a enchentes 121| ENEM 2011 - C3 - H14
ou desmoronamentos com consequentes perdas ma- E impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-
teriais e humanas. racial do pa s.
Existe absoluto consenso entre técnicos, políticos, au- As ações afirmativas vão ao encontro da concretização
toridades governamentais, lideranças e moradores de do estado democrático de Direito em sua noção mais
favelas de que não pode haver ocupação nas áreas de ampla. O artigo V da Constituição Federal, promulgada
risco. Por isso, não há resistência por parte dos movi- em 1988, consagrados direitos e garantias fundamen-
mentos de favelas quanto à necessidade de desocu- tais dos cidadãos não havendo distinção quanto à cor,
pação dessas áreas. Mesmo moradores das áreas de credo, sexo e posição social. A questão do movimento
riscos admitem a situação precária e desejam sair dos negro busca a real efetivação de tais aspectos jurídicos
locais que oferecem perigo. consagrados. As quotas são o resultado final de uma
É necessário chamar a atenção, primeiramente, que luta histórica por inclusão social de uma etnia historica-
não houve uma ação substantiva para o remanejamen- mente marginalizada. A despeito de oportunismos po-
to dos moradores de áreas de risco. Mesmo os ambien- líticos essa causa deve ser amplamente debatida como
talistas jamais tomaram os moradores de favela como predicado para a consolidação de nossa democracia.
tema propositivo para suas ações. Os diversos gover-
nos, tanto estaduais como municipais, fizeram mui- 122| ENEM 2011 - C3 - H14
to pouco (mapeamento das áreas de risco, pequenas
A o lucro o tido com o seu comércio ser muito vanta oso.
ações pontuais, alguns remanejamentos de moradias
em áreas de risco) para enfrentar o problema. O açúcar, enquanto produto é apresentado ao
Ocidente com o uma especiaria de alto valor econômi-
119| ENEM 2011 - C3 - H14 co. As transformações advindas da Baixa Idade Média,
combinada à Expansão Marítima Comercial e ao desco-
D impedir que o povo con erisse ao movimento um brimento do Novo Mundo, trouxe um quadro possível
teor li ertário, o que terminaria por pre udicar seus para a produção do açúcar em larga escala mediante
interesses e seu pro eto de na o. a estrutura de produção da Plantation. O capitalis-
O processo independentista do Brasil trouxe em seu mo mercantilista fez uso de tal capacidade econômica
bojo um projeto elitista capaz de conter as aspirações como um mecanismo capaz de desenvolver a prática
de camadas populares, dentre as quais, os escravos. A metalista centrada no acúmulo de metais preciosos. A
manutenção da ordem escravocrata e da estrutura la- grande aceitação do açúcar no mercado europeu foi de-
tifundiária era de extrema importância para a camada cisiva para o engendramento de tal processo.

109
Coleção PREPARAENEM Resolve

123| ENEM 2011 - C4 - H19 126| ENEM 2011 - C4 - H19


A o crescimento das atividades comerciais e ur anas. B efici ncia e racionalidade no plantio com maior pro-
dutividade na colheita.
O princípio da segurança foi determinante na consoli-
dação dos habitus vivendi de diversas sociedades. Não Mecanizar, racionalmente, as operações agrícolas cons-
foi diferente na sociedade medieval. O muro é a deli- titui o objetivo básico do estudo da Mecanização Agrí-
cola. Entende-se por mecanização racional o emprego
mitação do outro, do bárbaro, do estranho, do inde-
de um conjunto ou sistema de máquinas, inclusive as de
sejado. Durante o período de consolidação do sistema
tração animal e as ferramentas operadas manualmen-
feudal a noção do desconhecido esteve extremamente te, de forma técnica e economicamente organizada, na
permeada pelo medo. No contexto de crise da Baixa execução das tarefas exigidas pela produção agrícola,
Idade Média em que o Renascimento Comercial e Ur- visando obter o máximo de rendimento útil com um mí-
bano se apresentam como realidades tangíveis, a ne- nimo de dispêndio de energia, tempo e dinheiro.
cessidade do encontro, da troca, do contato torna-se
inevitável. Os burgos se transformam em verdadeiros 127| ENEM 2011 - C3 - H14
pontos de confluência demográfica e comercial fazen-
B c iênc ia e art e.
do com que aquele que chega seja um potencial con-
sumidor. A ideia do outro sofre, historicamente, ade- O Renascimento trouxe ao mundo o pensamento moderno
quações sem, contudo, afastar a noção do perigo que alicerçado no classicismo greco-romano. O individualismo,
o estranho representa. o antropocentrismo e o racionalismo se apresentam como
mecanismo capazes de levar o homem a compreensão do
mundo e do universo. O conhecimento busca uma apro-
124| ENEM 2011 - C1 - H3 ximação com a ciência, contudo, utiliza-se da arte como
D rela o de integra o entre Estado e gre a. expressão da mesma. A experimentação, o empirismo e
o naturalismo encontram no sentido, no signo, no signifi-
A Cristandade Católica Apostólica Romana se constitui cado e na expressão a forma de evidenciar o pensamento
no principal mecanismo de sedimentação ideológica da moderno renascentista. A arte, pois, é comprometida com
conquista portuguesa sobre a Colônia. A hegemoniza- o conhecimento. A anatomia, o heliocentrismo e o pers-
ção do poder real se deu mediante uma intensa atua- pectivismo serão instrumentos para expressar o sentido.
ção de cristianização e conversão à religião em ques-
tão. Durante todo o período colonial e imperial, a Igreja 128| ENEM 2011 - C2 - H7
se tornou oficial do Estado, tendo o mesmo como tu- D Pela presen a cada ve maior de investimentos dire-
telador de muitas de suas prerrogativas institucionais. tos, o que pode representar uma amea a so erania
Estado e Igreja agiram comunicadamente atendendo dos pa ses a ricanos ou manipula o das a es des-
à interesses que ora se assemelhavam, ora se distin- tes governos em avor dos grandes pro etos.
guiam. O resultado histórico disso foi o elevado percen- A proximidade dos chineses com o continente africano
tual de cristãos católicos que foram conquistados pela não vem de agora. É claro que, num mundo em que
Igreja Católica. produção e consumo acontecem de forma acelerada, os
recursos naturais existentes na África são vistos como
muito bons olhos para sustentar o incessante ritmo de
125| ENEM 2011 - C3 - H14
crescimento da economia do Dragão Asiático.
A do destino dado ao produto do tra alho nos seus sis-
No decorrer da última década, esses laços se estreita-
temas culturais. ram. Políticas de cooperação foram firmadas visando
A colonização do Brasil expõe um choque cultural atender os interesses de ambos os lados. A necessida-
e antropológico marcado pela interpolação de dois de chinesa por matérias-primas e o anseio africano de
modelos culturais, políticos, sociais e econômicos fomentar seu desenvolvimento, abandonando de vez
os tempos de atraso decorrentes de séculos de expro-
que muito se distanciavam. O conceito de economia
priação em que não recebia nada em troca por suas ri-
e trabalho indígena choca-se com o praticado pela
quezas, fortalecem uma parceria que tem incomodado
Europa capitalista durante sua fase mercantil. A eco- muita gente grande.
nomia indígena de subsistência confronta-se com a
economia de acúmulo capitalista. Os padrões de dis- Como nem tudo é perfeito, esse intercâmbio ainda
tinção e hierarquia social são fundados em alicerces acontece de forma desigual. Enquanto a China importa
maciças quantidades de bens primários, como petróleo
antagônicos. A construção simbólica da fé não se
e gás natural, as nações africanas recebem máquinas e
fundamenta na mesma noção do divino. Ocorre um equipamentos. Mas isso não basta. Mesmo com todas
encontro com a diferença (alteridade) que será mar- diferenças étnicas e culturais (desde quando os euro-
cado pelo estranhamento cultural definidor de práti- peus tinham afinidades com os nativos que tanto consi-
cas etnocêntricas. deravam inferiores?), tudo é uma questão de negócios.

110
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

E é justamente por não querer entrar em desvantagem, - para a produção. A agricultura moderna depen-
calejados por tanta falsa cortesia ou pela dor do mais de de máquinas, equipamentos e insumos cada vez
puro açoite, o grande desejo dos países africanos é que mais caros. Na produção industrial, normalmente,
ocorram duas coisas, tanto simples quanto básicas: o período entre a compra dos insumos e a venda
transferência de conhecimento e pesados investimen- do produto final é de somente alguns dias ou se-
tos em infraestrutura. manas. Por outro lado, mesmo nas culturas anuais,
o período entre o início da produção, com o prepa-
129| ENEM 2011 - C3 - H14 ro do solo, e a comercialização nunca é menor que
quatro ou cinco meses. Grande parte dos gastos dos
D islamismo. produtores rurais concentra-se também nas etapas
A fé, como construção histórica, se vale de mitos e iniciais do ciclo de produção, aumentando a neces-
símbolos que extrapolam a mera liturgia. Vestuário, sidade e a dependência de recursos financeiros para
fenótipos, costumes e hábitos alimentares são alguns a sua viabilização.
aspectos que compõem um quadro complexo de dife-
renciação do outro. A cristandade medieval se valeu 133| ENEM 2011 - C3 - H14
deste complexo quadro heterogêneo como fator de
A constitu a mais uma amea a para a democracia rasi-
diferenciação e exclusão de tudo que era estranho. O
leira, ao di undir a ideologia comunista.
café, de origem afro-arábica, sofreu as devidas limita-
ções por simbolizar um aspecto religioso diverso da cris- A UNE, durante a década de 1960, se transformou
tandade ocidental. Não se trata do líquido em si, mas em um importante polo de difusão e fortalecimen-
sim o que e a quem ele representa. to do pensamento socialista. O engajamento políti-
co, favorável a esquerda marxista, fez da UNE um
130| ENEM 2011 - C3 - H14 centro de propagação e defesa de medidas e pen-
samento contrários à ordem capitalista. Compro-
E limita o da propriedade privada. meter-se com a causa era necessário. Não havia
A década de 1960 no Brasil foi marcada pela polariza- lugar para desvios, alternativismo, contracultura,
ção do debate político em torno dos modelos liberal- pois tudo convergia para o modelo de aplicação do
-capitalista e socialista. A UDN representava a primei- Socialismo. Setores conservadores da ordem capi-
ra noção política citada, defensora do livre-cambismo talista, representados em grande parte pela UDN,
como aspecto consagrador da economia de mercado. contrapunham institucionalmente e ideologicamen-
Já a CGT apresentava o modelo de contraposição à es- te a esta organização estudantil. Este embate polí-
trutura capitalista, alinhado à economia socialista, de- tico-ideológico se arrastaria até a década de 1980,
fensor da reforma agrária e declaradamente contrário mesmo sem a existência da UDN.
a propriedade privada. A Guerra Fria convidou o mundo
a posicionar-se e tal aspecto o que também foi nota- 134| ENEM 2011 - C4 - H16
do no Brasil especialmente durante o governo de João
A a usca de oportunidades de tra alho e o aumento
Goulart em que as propostas da CGT ganharam notorie-
de arreiras contra a imigra o.
dade, mesmo que de maneira contraditória.
As razões que explicam as migrações são inúmeras
131| ENEM 2011 - C5 - H21 (político – ideológicas, étnico – raciais, profissionais,
econômicos, catástrofes naturais, etc.), embora ra-
B ornecerem in orma es que omentam o de ate po-
zões econômicas sejam predominantes. A grande
l tico na es era p lica.
maioria das pessoas migra em busca de melhores
O debate, a discussão ampla e aberta, os elementos mi- condições de vida.
diáticos, as organizações políticas e sociais contribuem
para a criação de um complexo espectro de fomentação Todo ato migratório apresenta causas repulsivas(o
das aspirações do cidadão em relação aos seus direitos indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas ( o in-
garantidos por lei. A democracia se concretiza paulati- divíduo é atraído por determinado lugar ou país). O
namente com o fortalecimento da mobilização popular maior controle das fronteiras tem sido uma prática
em relação à efetiva fiscalização e cobrança dos órgãos desde que se intensificaram os atentados terroristas,
que compõem o quadro de articulação política e social o que é até justificável. Neste caso, porém, trata-se
da sociedade brasileira. mesmo de reserva de mercado. A Europa não quer
uma invasão de migrantes, muitos sem qualificação
132| ENEM 2011 - C6 - H29 profissional, “roubando” as poucas vagas de traba-
lho existentes.
B a import ncia do setor financeiro.
Por outro lado, esse aumento da migração é o reflexo
A agricultura é uma atividade econômica altamente de uma situação econômica complicada em que o em-
dependente de financiamento, tanto para o inves- prego e as oportunidades estão cada vez mais raros,
timento em infraestrutura quanto - principalmente sem falar no profundo abismo social existente.

111
Coleção PREPARAENEM Resolve

135| ENEM 2011 - C3 - H14 139| ENEM 2010 - C3 - H14

A a insatis a o da popula o com os ene cios de A apresentam caracter sticas econ micas promissoras
uma moderni a o ur ana autoritária. para as pr imas décadas.

A modernização tardia, experimentada pelo Brasil no Os BRIC’s apresentam grande desenvolvimento econô-
contexto do final do século XIX e início do XX, se deu de mico nos últimos anos, a partir da exploração de recur-
maneira excludente quanto aos segmentos sociais mar- sos naturais e de vasto contingentes de mão-de-obra.
ginais. A teoria do progresso aplicada em programas
de governo, não incluiu a grande parcela da população 140| ENEM 2010 - C4 - H18
que caracterizava o cenário urbano do Rio de Janeiro. B s o locais prop cios proli era o de vetores de do-
A reforma urbana promovida pelo prefeito do Rio de en as, além de contaminarem o solo e as águas.
Janeiro Pereira Passos a partir do modelo arquitetônico
Lixo é todo e qualquer resíduo sólido resultante das
e urbanístico francês, foi marcado pela destruição de
atividades diárias do homem em sociedade. Pode en-
diversas casas populares e cortiços que permeavam o
contrar-se nos estados sólido, líquido e gasoso. Como
centro da, então, capital federal. A marginalização ur-
exemplo de lixo temos as sobras de alimentos, embala-
bana gerou um clima de insatisfação que veio a tona gens, papéis, plásticos e outros.
por meio da política de sanitarização empreendida pelo
Ministro da Saúde Oswaldo Cruz. O problema não era Caso o lixo não tenha um tratamento adequado, ele
a vacina em si, mas a miséria urbana e o descaso expe- acarretará sérios danos ao meio ambiente:
rimentado pelas camadas subalternas. Mediante a de- 1º. POLUIÇÃO DO SOLO: alterando suas características
sinformação combinada à aversão a tudo que lembrava físico-quimicas, representará uma séria ameaça à
o governo, a população promoveu uma revolta urbana saúde pública tornando-se ambiente propício ao
de proporções, até então não vista no Brasil, intitulada desenvolvimento de transmissores de doenças,
Revolta da Vacina. além do visual degradante associado aos montes
de lixo.
136| ENEM 2010 - C4 - H19 2º . POLUIÇÃO DA ÁGUA: alterando as características
B o aumento do aproveitamento de solos menos érteis. do ambiente aquático, através da percolação do
líquido gerado pela decomposição da matéria or-
O enunciado é bastante claro quando afirma que “o im- gânica presente no lixo, associado com as águas
pério da técnica” não se restringe apenas aos espaços pluviais e nascentes existentes nos locais de des-
urbanos. Assim, remete ao uso de tecnologia nos espa- carga dos resíduos.
ços rurais; tecnologia que permite o cultivo em áreas
antes consideradas inférteis. 3º. POLUIÇÃO DO AR: provocando formação de ga-
ses naturais na massa de lixo, pela decomposição
dos resíduos com e sem a presença de oxigênio no
137| ENEM 2010 - C3 - H15
meio, originando riscos de migração de gás, explo-
C a desorgani a o da economia tradicional, que susten- sões e até de doenças respiratórias, se em contato
tava os posseiros e os tra alhadores rurais da regi o. direto com os mesmos.
A Guerra do Contestado (1910) deve ser entendida como
mais uma revolta do período da Primeira República me- 141| ENEM 2010 - C4 - H19
diante o processo de modernização excludente adotados D Ara o do solo, do topo ao vale.
pelos governos brasileiros de então. A construção da fer-
rovia pela multinacional trouxe uma desestruturação da O uso de técnicas relativas ao revolvimento do solo, em
economia camponesa do sul do país. Tal marginalização áreas de encostas desmatadas, facilita o processo ero-
levou à eclosão de uma revolta de cunho messiânico, sivo.
de camadas marginais camponesas, contra o governo
constituído do marechal Hermes da Fonseca. O resulta- 142| ENEM 2010 - C6 - H27
do prático de tal processo foi a repressão governamental
A a maior ocorr ncia de enchentes, á que os rios asso-
sufocando a rebelião em questão.
reados comportam menos água em seus leitos.

138| ENEM 2010 - C2 - H6 As enchentes promovem problemas nas grandes cida-


des, pois os rios quando transbordam invadem as mar-
A A concentra o de terras nas m os de poucos. gens e alaga as áreas ribeirinhas, que normalmente são
O gráfico mostra a presença de latifúndios no Brasil, ocupadas pela população de baixa renda que sofrem
onde grandes extensões de terra estão concentradas transtornos por esse problema, como proliferação de
nas mãos de poucos proprietários. doenças e inundação de casas.

112
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

143| ENEM 2010 - C2 - H6 148| ENEM 2010 - C4 - H16


C a in orma o de um con unto de linhas imaginárias B tra alhava geralmente sem o uso de máquinas e de
que permitem locali ar um ponto ou acidente geo- modo di erente do modelo de produ o em série.
gráfico na super cie terrestre. Diferentemente da manufatura e da maquinofatura,
As coordenadas geográficas permitem localizar com o artesanato não utiliza a divisão técnica ou social do
precisão qualquer ponto da superfície terrestre. trabalho, não há mecanização característica inerente à
indústria moderna
144| ENEM 2010 - C4 - H18 149| ENEM 2010 - C3 - H15
C capacidade de produ o de minerais metálicos. C devido crescente emigra o de rasileiros que e -
A Estrada de Ferro Carajás é operada pela Compa- ploravam os seringais.
nhia Vale do Rio Doce, possui 5 estações, 10 paradas A questão do Acre esteve vinculada a definição de limites
e percorre ao todo 892 km ligando os municípios de fronteiriços entre Brasil e Bolívia envolvendo o extrativis-
São Luís, Santa Inês, Açailândia, Marabá e Parauape- mo vegetal da borracha. Com o advento da II Revolução
bas. Apesar dos problemas enfrentados pelo trans- Industrial a importância do látex no processo produtivo
porte de passageiros de longa distância no Brasil, das fabricas tornou – se importantíssima. Esse aspecto
este sistema transporta atualmente cerca de 1.500 impulsionou uma onda migratória brasileira em que mi-
lhares de nordestinos se dirigiam ate o extremo oeste bra-
usuários/dia.
sileiro em busca das riquezas dessa pratica extrativista.
A Estrada de Ferro Carajás, inaugurada em 1985, liga a O Tratado de Petrópolis firmado entre esses dois países,
Serra dos Carajás, no Sudeste do Pará, ao Porto do Itaqui, com intermediação norte-americana, definiu a compra do
no Maranhão, sendo utilizada para o transporte de passa- Acre pelo Brasil e o comprometimento de nosso governo
geiros e minérios (principalmente o minério de ferro). em relação à construção da ferrovia madeira-mamoré que
criaria uma via de acesso boliviano ao mar Caribe. Tal fato
não foi concretizado e com a substituição da borracha ve-
145| ENEM 2010 - C2 - H6
getal pela química perdeu-se significativa importância o
B sedimentares, pois os restos podem ter sido soterra- extrativismo vegetal da borracha.
dos e litificados com o restante dos sedimentos.
150| ENEM 2010 - C3 - H11
Os fósseis soterrados sofreram um processo de deposi-
ção, compactação e cimentação (litificação). As forma- E impossi ilidade de se mudar de e trato social e a
ções sedimentares são testemunhas de processos geo- e ist ncia de uma aristocracia hereditária.
lógicos passados, em que seres vivos foram fossilizados. A civilização incaica tinha como principal alicerce or-
ganizacional a figura do imperador que era concebido
146| ENEM 2010 - C2 - H8 como a encarnação do deus-sol. Toda hierarquização
social partia deste pressuposto estabelecendo uma so-
A dos impactos sociais da moderni a o da agricultura. ciedade fortemente estratificada, hierarquizada e mar-
cada por padrões religiosos.
Alternativa: A O texto evidencia o avanço do agronegó-
cio, sendo que as máquinas ganham destaque perante 151| ENEM 2010 - C6 - H28
a mão de obra temporária.
B necessidade de equili rar e compati ili ar o inves-
timento no crescimento do pa s com os es or os para
147| ENEM 2010 - C4 - H19
a conserva o am iental.
E O alto n vel de e plora o dos tra alhadores indus- O maior desafio na construção da hidrelétrica de Belo
triais ocasionava o surgimento de aglomerados ur anos Monte, é equilibrar os investimentos no crescimento do
marcados por péssimas condi es de moradia, sa de e país e a manutenção do meio ambiente, levando em
higiene. consideração principalmente os agricultores e a popu-
A questão aborda o período da Revolução Industrial in- lação indígena local.
glesa e sua relação com a urbanização nos séculos XVIII
e XIX. A exploração sobre o trabalhador, e a ausência de 152| ENEM 2010 - C3 - H15
uma legislação trabalhista, abriam espaço para a proli-
A a e pans o territorial do agroneg cio, em especial
feração de ambientes urbanos com condições precárias
nas regi es Centro-Oeste e orte, e as leis de prote-
de higiene e moradia. Desse modo, as metrópoles do
o ind gena e am iental.
século XIX assemelhavam-se mais a cavernas escureci-
das pela fuligem e pela umidade, do que com espaços O avanço do agronegócio nas últimas décadas não vem
celebrativos das relações humanas. levando em consideração a presença sócio cultural local
representada principalmente pelos povos indígenas.

113
Coleção PREPARAENEM Resolve

153| ENEM 2010 - C1 - H3 superação por parte daqueles que se estabeleceram so-
cialmente em diverso níveis sociais. Não se trata de es-
C O controle das decis es por uma minoria.
tabelecer uma gradação das conquistas, mas valorizar
Os textos refletem sobre duas dimensões da política. No um processo de luta que ainda não se concretizou, mas
primeiro, trata dos obstáculos que impedem as pessoas apresenta avanços quanto à propositura de um amplo
comuns de participarem efetivamente da vida política. e aberto debate.
Sendo as decisões mais importantes tomadas por uma
minoria que direciona os interesses. 158| ENEM 2010 - C1 - H3
B A depend ncia portuguesa da nglaterra e o predo-
154| ENEM 2010 - C3 - H11
m nio industrial ingl s so re suas redes de comércio.
C atividade mercantil e ercida pelos homens que trans-
portavam gado e mercadoria. O período joanino foi marcado pela quebra do exclusivis-
mo colonial expresso pela abertura dos portos as nações
O modus vivendi operandi traz às diversas sociedades amigas e pela assinatura dos Tratados de 1810, especial-
adequações necessárias para a sobrevivência. O mode- mente o de Navegação e Comercio. Estas medidas políti-
lo da moradia, o vestuário, os hábitos alimentares, os cas tomadas pelo príncipe regente João potencializaram
rituais de acasalamento e religiosos e as festividades significativamente a presença inglesa na economia na-
expressam tais especificidades. No caso específico do cional, fazendo com que uma propensa tentativa de de-
Brasil as dimensões continentais e as dificuldades ine-
senvolvimento brasileiro sofresse com uma concorrência
rentes ao ato de sobreviver nos trouxe uma ampla va-
permitida pelo próprio estado português.
riedade de hábitos alimentares que se adequaram ao
momento histórico, como expresso na questão.
159| ENEM 2010 - C1 - H3
155| ENEM 2010 - C1 - H5 D a dificuldade de ela orar e plica es convincentes
C grandes monumentos hist ricos oram constru dos so re os motivos dessa Guerra.
por tra alhadores, mas sua mem ria está vinculada A historiografia brasileira vem travando um importante
aos governantes das sociedades que os constru ram. debate como os acontecimentos históricos que delinea-
A construção do pensamento historiográfico tradicional ram a Guerra do Paraguai. Parte de nossa historiogra-
negligenciou, por vezes, os reais atores da História. Os fia posiciona – se de modo a conceber que tal foi fruto
“Josés, Beneditos, Marias e Antônias” que marcaram a do imperialismo inglês, sendo que Brasil, Argentina e
construção da história mundial são negligenciados em Uruguai funcionaram como instrumentos capazes de
detrimento de homens-sintéses de determinada épo- barrar um modelo de desenvolvimento econômico
ca. O re-olhar da historiografia faz com que haja uma autônimo capaz de ameaçar a hegemonia econômica
inversão analítica do objeto historiográfico. A Historia inglesa na região. Em contrapartida, parte da historio-
vista de baixo nos convida a uma análise mais próxima grafia entende ser a Guerra do Paraguai um conflito,
do fato real, comum e não menos relevante da Historia. essencialmente, sul americano vinculado a definição
de questões fronteiriças e de consolidação de Estados
156| ENEM 2010 - C1 - H1 Nacionais em formação, diminuindo, pois a influência
inglesa em relação ao conflito citado.
A o etos arqueol gicos e paisag sticos.
O IPHAN é o órgão público responsável pela preserva- 160| ENEM 2010 - C1 - H3
ção de nosso patrimônio histórico e artístico,materiali-
zado em práticas e representações que podem ser recu- C diminui o dos custos e inseguran a no emprego
peradas por meio de escavações(objetos arqueológicos As empresas procuram maximização de lucros, atra-
e paisagísticos) que nos ajudam na compreensão de vés de um processo de redução de custos, substituindo
como se organizavam e viviam as pessoas em uma de- mão-de-obra humana por novas tecnologias.
terminada sociedade. Assim sendo, as ruínas de Canu-
dos nos servem como um meio material para entender
161| ENEM 2010 - C1 - H3
como o sertanejo daquele período viveu e lutou.
C a conquista da regi o do rio da Prata em represália
157| ENEM 2010 - C1 - H3 alian a entre a Espanha e a ran a de apole o.
B e trema dificuldade de pro e o dos intelectuais ne- A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil se en-
gros nesse conte to e a utili a o do ireito como contra no contexto histórico das Guerras Napoleônicas.
c anal de lut a p ela liberdade. Mediante a decretação do Bloqueio Continental por
Napoleão Bonaparte e a iminente ameaça de invasão
A escravidão brasileira proporcionou uma profunda ex-
à Portugal, fez com que este país partilhasse de uma
clusão social em relação aos negros. A inclusão e con-
aliança com os ingleses visando resguardar a sobera-
quistas sociais demonstrou uma grande capacidade de

114
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

nia política da família real. Como forma de represália 165| ENEM 2010 - C1 - H3
à aliança franco-espanhola, D. João invadiu a região
E conveni ncia entre o poder tir nico e a moral do
do Prata tendo como alegação o fato de a mesma ter
pr ncipe.
sido herdada por Carlota Joaquina após a morte de seu
pai, o rei Carlos IV da Espanha. Tal fato alterou os limi- Nicolau Maquiavel é apontado como sendo o pai da po-
tes fronteiriços do sul da América que, posteriormente, lítica moderna, por elevar a política ao status de ciência
traria novos embates político-militares expressos pela cujo objeto de estudo era o poder. Ao estabelecer tal
Guerra da Cisplatina, já no Primeiro Reinado. intento, concluiu que a ética era a algo relativo. Para
conquistar e manter-se no poder, o príncipe deveria va-
162| ENEM 2010 - C1 - H3 ler de quaisquer meios, pois as circunstâncias e as ne-
cessidades determinam os princípios da moral.
C ao ato de a proclama o da ep lica ter sido um
movimento de poucas ra es populares, que precisa-
166| ENEM 2010 - C1 - H3
va de legitima o.
E pela convuls o pol tica e por novas realidades eco-
A construção simbólica de mitos ou heróis evidencia
n micas que e igiam o re or o de velhas realidades
a necessidade de legitimação de um processo político
soc iais.
que representa um quadro de transformação. A Procla-
mação da República não fugiu a tal tônica. A figura de O Período Regencial significou um questionamento ao
Tiradentes nos é apresentada como um herói antes con- nascente estado constitucional brasileiro. Rebeliões de
denado, subversor, contrário à ordem política, agora caráter elitista e popular (Farroupilha, Cabanagem, Sabi-
representante máximo de República como instrumento nada e Balaiada) eclodiram em várias regiões do país por
de consolidação de um propenso Estado Democrático motivos econômicos, sociais e políticos. A crise econômica,
de Direito. As elites fabricaram e se apropriaram de tal o centralismo político, a questão escravocrata permearam
os debates que impulsionaram tais movimentos. A forte
personagem histórico adequando-o aos interesses do
repressão e os embates políticos do período confirmaram
estabelecimento que limitava, na prática, a ampla par-
uma ordem latifundiária escravocrata e centralista em re-
ticipação popular.
lação ao estabelecimento político da época.

163| ENEM 2010 - C1 - H3


167| ENEM 2010 - C1 - H3
D a criminali a o de práticas culturais e a persist ncia
D legisla o tra alhista que atendeu reivindica es dos
de valores que vinculavam certos grupos ao passado
operários, garantido-lhes vários direitos e ormas de
de esc ravidão.
p rot eção.
Aprovado no ano seguinte à Proclamação da República,
Independentemente de o trabalhismo ter sido utilizado
o Código Penal Brasileiro mantinha em seu texto uma como o principal instrumento de consolidação da prática
postura de depreciação racial em relação ao negro, política populista durante o período da Era Vargas é inques-
considerando suas práticas culturais casos de polícia a tionável os benefícios que as leis trabalhistas trouxeram à
serem perseguidos e reprimidos. Nesse contexto, ele- condição do trabalhador urbano e, posteriormente, ao ru-
mentos da cultura negra, tais como a capoeira e a reli- ral. A história do século XX nos traz um grande número de
giosidade de base africana, foram criminalizados. conquistas sociais que deram ao trabalhador uma inclusão
ao sistema capitalista de maneira menos marginalizada. Os
164| ENEM 2010 - C1 - H3 benefícios permitiram uma relativa melhoria das condições
de vida e de inclusão social pela via do consumo.
E Aos representantes da pequena e média urguesia e
das camadas populares, que dese avam usti a social
e direitos pol ticos. 168| ENEM 2010 - C1 - H3

A Ilustração, enquanto aplicação prática dos ideais Ilu- E organi ar as rela es de poder na sociedade e entre
ministas ao processo revolucionário burguês, encon- os Estados.
trou nos jacobinos um aprofundamento e ampliação Na obra Micro Física do Poder, acordo com Michel Fou-
dos ideais políticos e dos direitos naturais propostos por cault, os poderes são analisados sob um novo ponto de
esse movimento intelectual. Robespierre representa a vista, rompendo com a análise tradicional com a qual o
radicalização de tal processo por meio do período co- poder era estudado. A medicina, a psiquiatria, a justiça,
nhecido como Convenção Montanhesa ou Jacobinista. a geografia, o corpo, a sexualidade, o papel dos intelec-
O alcance real dos ideais, mediante a ideia da Pátria em tuais e o Estado são analisados por Foucault como for-
Perigo, levou ao aprofundamento do radicalismo políti- mas de poder que estão em interação com as relações
co em contraposição a um moderado projeto girondino humanas, como ordenamento de forças que estabele-
e à ordem do Antigo Regime. cem uma organização das sociedades.

115
Coleção PREPARAENEM Resolve

169| ENEM 2010 - C1 - H3 174| ENEM 2010 - C1 - H3


D den ncia da situa o social e pol tica do pa s. D o sentido coletivo e pol tico das a es humanas indi-
Os festivais de músicas trouxeram à tona um amplo debate viduais.
acerca dos problemas sociais, políticos e econômicos que Para enfrentar problemas inerentes à sociedade e evitar
assolavam a realidade brasileira da época. A MPB funcio- conflitos, os indivíduos necessitam agir de acordo com
nou como uma vanguarda de questionamento capaz de sin-
os interesses da comunidade em que vive o que, tanto
tetizar as diversas realidades nacionais. Do campo á cidade,
da mulher ao homem, do analfabeto ao intelectual, do ser- na filosofia hegeliana quanto na kantiana, é denomi-
tão á civilização a musicalidade brasileira, em um período nado de ação objetiva ou princípio universal. Portanto,
rico e fortemente estabelecido, deu origem a uma marca de a atitude dos indivíduos não perante a sociedade não
protesto, denúncia e demonstração de amor ao país. deve ser subjetiva, mas a partir de uma objetividade.

170| ENEM 2010 - C1 - H3 175| ENEM 2010 - C1 - H3

B das contradi es econ micas do modelo desenvolvi- A Int ernet .


mentista. A internet, considerada um dos grandes símbolos da
A política de modernização do Estado brasileiro empre- globalização, provocou uma verdadeira revolução nos
endida pelo Governo Juscelino Kubstichek a partir de seu meios de comunicação. Essa rede mundial de compu-
Plano de Metas (nacional-desenvolvimentismo) trouxe, tadores interliga milhões de usuários espalhados por
como consequências, algumas distorções sentidas, prin- diversos países do mundo, sendo uma ferramenta para
cipalmente, pelas camadas populares. Especialmente divulgação de informações políticas, sociais, etc.
nas cidades, trabalhadores passaram a conviver com
problemas advindos de um rápido crescimento não sus- 176| ENEM 2010 - C5 - H23
tentável. Desemprego, inflação, miséria urbana e exclu-
são social passaram a compor uma realidade urbana que A instrumento de garantia da cidadania, porque atra-
colocou em cheque tal modelo e desgastou o regime po- vés dela os cidad os passam a pensar e agir de acor-
lítico populista em voga desde os tempos varguistas. Os do com valores coletivos.
limites haviam sido alcançados e a população passava
a questionar, veementemente, os custos de um projeto Para enfrentar problemas inerentes à sociedade e evitar
desenvolvimentista excludente e elitista. conflitos, os indivíduos necessitam agir de acordo com
os interesses da comunidade em que vive o que, tanto
171| ENEM 2010 - C1 - H3 na filosofia hegeliana quanto na kantiana, é denomi-
nado de ação objetiva ou princípio universal. Portanto,
B revelou para o pa s casos de corrup o na es era po-
a atitude dos indivíduos não perante a sociedade não
l tica de vários governos.
deve ser subjetiva, mas a partir de uma objetividade.
A televisão brasileira, muitas vezes (e com razão) acusa-
da de manipulação e acobertamento das contradições 177| ENEM 2010 - C1 - H3
da sociedade, também tem participações importantes
na defesa e valorização da democracia como ao denun- E su ordina o do poder udiciário aos interesses pol -
ciar e repercutir os casos de corrupção de autoridades. ticos dominantes.
Tal como o Brasil, Chile também fez uso de instrumen-
172| ENEM 2010 - C1 - H3 tos políticos, jurídicos e institucionais capazes de legi-
D a um passado hist rico marcado pela demoni a o do timar uma prática de tortura, perseguição política e
corpo e por ormas recorrentes de ta us e intoler ncia. assassinatos inerentes às ditaduras militares latino-a-
mericanas. Todos estes atos praticados pelos governos
O homossexualismo é um fenômeno que, na História militares constituídos atentavam contra os Direitos
do Brasil, é encarado de forma restritiva e punitiva por Humanos, bem como contra o Estado Democrático de
parte do Estado e da Igreja. Por conta desse passado re- Direito brasileiro.
pressivo tão intenso, entende-se porque, hodiernamen-
te, a questão ainda seja encarada com tantos recalques 178| ENEM 2010 - C1 - H3
por parte da sociedade.
E na rique a, que n o era usu ru da por aqueles que a
173| ENEM 2010 - C1 - H3 produ iam.

E da contesta o degrada o do tra alho, das tradi- No contexto da Revolução Industrial, as desigualdades
es e da nature a. sociais eram acentuadas pelo domínio dos meios de
produção por uma elite burguesa que replicava sua for-
A questão exigia que o aluno conhecesse o luddismo, tuna, na exploração da força de trabalho do proletaria-
movimento britânico antimaquinista dos séculos XVIII do. Desse modo, a crítica de Huberman concentra-se na
e XIX. A alternativa E é a única que contempla a idéia noção de que aqueles que produzem a riqueza não se
central de tal movimento. beneficiam diretamente dela.

116
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

179| ENEM 2010 - C1 - H3 tecnologias agrícolas que permitiram um aumento


considerável na produção, sobretudo em países me-
D evitar a escolha de governantes autoritários.
nos desenvolvidos, que ocorreu principalmente entre
O despotismo caracterizou-se por uma forma de gover- 1960 e 1970, a partir da modernização das técnicas
no em que ocorreu uma fusão dos elementos do ilumi- utilizadas. Embora tenha surgido com a promessa de
nismo e do absolutismo com características de autorita- acabar com a fome mundial, não se pode negar que
rismo. A democracia representa um “regime político em essa revolução trouxe inúmeros impactos sociais e
que a soberania é exercida pelo povo, pertence ao con- ambientais negativos.
junto de cidadãos”. Dessa maneira, ela é associada à
charge como uma vacina perfeita contra o despotismo,
183| ENEM 2010/2 - C1 - H3
pois assinala a importância da manutenção de direitos
políticos a todos os cidadãos. A na estrutura amiliar dessas sociedades, impactada por
mudan as nos pro etos de vida das novas gera es.
180| ENEM 2010 - C1 - H5 Comunidades de todo o continente europeu, estão
B a rituali a o da guerra entre as tri os e o caráter se- registrando quedas das taxas de natalidade que, se-
missedentário de sua organi a o social. gundo especialistas, poderão acelerar a retração e
o envelhecimento de uma população europeia, já às
Os agrupamentos indígenas brasileiros desenvolveram, voltas com um baixo crescimento econômico e eleva-
ao longo de centenas de anos, especificidades históri- dos gastos públicos. Em toda a Europa as taxas de na-
cas que muito os diferenciavam dos europeus que aqui talidade caem há décadas, mas tinham começado a
chegaram no contexto da expansão marítima e comer- aumentar em alguns países durante o surto de cresci-
cial. Uma economia de subsistência, um hábito de vida mento. Especialistas consideram necessária uma taxa
sedentário, semi-sedentário e nômade, uma estratifica- de fertilidade de 2,1 filhos por mulher para manter a
ção social patriarcal somada a uma simbologia religio- população estável, pressupondo-se uma migração lí-
sa e belicista eram algumas marcas da diferenciação da quida de zero. Junto com a queda da população, terão,
cultura indígena ampla em relação aos europeus. obviamente, menos pessoas produtivas sustentando
uma população cada vez mais velha. Isso terá conse-
181| ENEM 2010/2 - C6 - H27 quências não só sobre a perspectiva de crescimento da
B utili ou o conhecimento e a técnica para criar equipa- economia como também levantará interrogações so-
mentos que lhe permitiram compensar as suas limi- bre como financiar um sistema de aposentadoria em
ta es sicas. crescimento vertiginoso.

A tirinha expõe que o homem buscou, ao longo de sua 184| ENEM 2010/2 - C2 - H7
evolução, o desenvolvimento técnico com o objetivo de
transformar seu ambiente. O ser humano, ao desfru- B Ao ato de que o ideal de equil rio impl cito na an-
tar de sua capacidade de criação, consciência lógica e deira nem sempre se coaduna com os con itos e riva-
imaginação, reuniu uma série de informações que pos- lidades regionais tradicionais.
sibilitaram os mais diversos avanços tecnológicos tendo A União Europeia não é reformável. Prenhe de contra-
em vista a o distanciamento das invariáveis inerentes a dições, cada novo passo na integração capitalista eu-
própria natureza. É este o sentido exposto na tirinha, ropeia representará acrescidos e reforçados ataques
qual seja, o de que o homem progride ao impulsionar aos direitos dos trabalhadores e à soberania dos povos,
novas descobertas e invenções que lhe possibilite, a pois, como a realidade aí está a demonstrar, é da sua
cada dia, revolucionar o mundo em que vive. natureza e propósito ser um instrumento de domínio
das grandes potências e dos grandes grupos econô-
182| ENEM 2010/2 - C6 - H29 micos e financeiras. Essa atual crise de crédito levanta
A A sociedade aumentou o uso de insumos qu micos dúvidas sobre a viabilidade de uma moeda única para
agrot icos e ertili antes e, assim, os riscos de economias tão diferentes. O acroônimo PIIGS designa
contamina o. os países em maior perigo nessa crise, são eles Portu-
gal, Irlanda, Italia, Grécia e Espanha. Outros fatores de
O meio técnico representa a emergência do espaço conflito na Europa são as Baixas taxas de fecundidade
mecanizado, com a introdução de objetos e sistemas e crescimento populacional, ou seja a população está
que provocaram a inserção das tecnologias no meio envelhecendo e dentro em breve faltaram jovens para
produtivo. Podemos citar como exemplo mais deter- equilibrar os gastos com previdência social e produção
minante a I Revolução Industrial, mesmo que antes econômica. Além disso, há a questão da Imigração que
disso já houvesse algumas técnicas em que a atuação não é vista com bons olhos pelos europeus (Xenofobia)
mecânica existisse e agisse sobre o meio geográfico. e também os fatos decorrentes da crise como o Desem-
A Revolução Verde é considerada como a difusão de prego, baixo crescimento e Cortes no Bem-Estar Social…

117
Coleção PREPARAENEM Resolve

185| ENEM 2010/2 - C6 - H28 188| ENEM 2010/2 - C4 - H18


E redu a utili a o de matérias-primas nas ind strias A os Estados do Pará, Mato Grosso e ond nia det m a
de ens de consumo. maior parte de ovinos em rela o ao ioma ama nico.
A reciclagem é um processo industrial que converte o lixo Entre 1990 e 2003, o rebanho bovino da Amazônia
descartado (matéria-prima secundária) em produto seme- Legal cresceu 140% e passou de 26,6 milhões para 64
lhante ao inicial ou outro. Reciclar é economizar energia, milhões de cabeças. Nesse período, a taxa média de
poupar recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo crescimento anual do rebanho na região (6,9%) foi dez
o que é jogado fora. A reciclagem surgiu como uma manei- vezes maior que no restante do País (0,67%). Estima-
ra de reintroduzir no sistema uma parte da matéria (e da mos que a renda bruta do abate de bovinos em 2003 na
energia), que se tornaria lixo. Assim desviados, os resíduos região foi de cerca de R$ 3,5 bilhões – o que revela sua
são coletados, separados e processados para serem usados importância para a economia regional. Entretanto, o
como matéria-prima na manufatura de bens, os quais eram crescimento da pecuária preocupa pelos seus impactos
feitos anteriormente com matéria prima virgem. Dessa for- ambientais e ecológicos, principalmente os associados
ma, os recursos naturais ficam menos comprometidos. ao desmatamento. Os impactos ambientais do cresci-
mento da pecuária também atraem a atenção interna-
186| ENEM 2010/2 - C3 - H11 cional e podem ser usados para criar barreiras contra
a exportação de carne da região – especialmente para
B consideraram que a queimada era necessária em cer-
os países mais desenvolvidos. Portanto, o crescimento
t as c irc unst ânc ias.
da pecuária na região deverá considerar seus impactos
A queimada é um processo de queima da matéria orgâni- ambientais e ecológicos.
ca, sobretudo vegetal, que pode ter fontes naturais, como
o clima seco, ou fontes antrópicas. É uma prática primitiva 189| ENEM 2010/2 - C4 - H19
utilizada largamente em regiões agrícolas e pecuaristas, e
que vem trazendo significativos danos à biodiversidade e à A Sul em dire o s regi es Centro-Oeste e ordeste.
dinâmica dos ecossistemas. A queimada também contribui
A produção de soja no Brasil não é tradicionalmente de
de forma expressiva nos processos de mudanças climáticas
interesse interno, mas uma imposição determinada por
e de aquecimento global. O argumento utilizado por peque-
grupos externos que ditam o que nós devemos ou não
nos proprietários rurais é que esta é uma prática de baixo
produzir. O Centro-Oeste e o Nordeste surgiram como
custo para “renovação do pasto”, ou “limpeza da área para
uma nova opção produtiva da soja, a partir da década
a agricultura”. Contudo, resultados imediatistas sempre
de 70, quando houve uma mecanização na agricultu-
oneram impactos ao equilíbrio ambiental a longo prazo.
ra. O cerrado, antes visto como um solo pobre, ganhou
então um novo olhar, pois surgiram insumos que corri-
187| ENEM 2010/2 - C4 - H16 giram as alterações ou as deficiências de substâncias,
D pela dinami a o econ mica desse setor e utili a o tornando o solo apto à prática da agricultura. Outro
de novas técnicas e equipamentos de produ o pelos motivo favorável para a expansão da soja foi o relevo
agricultores. mais plano.
Uma medida mundial de mudança na produtividade
190| ENEM 2010/2 - C5 - H23
agrícola faz-se necessária para atender à demanda
crescente por alimentos, ração e combustível, resul- A valores e costumes partilhados pela maioria da socie-
tante do crescimento da população mundial e da pros- dade.
peridade nos mercados emergentes. A inovação na
Para enfrentar problemas inerentes à sociedade e evitar
proteção de cultivos e tecnologia de sementes pode
conflitos, os indivíduos necessitam agir de acordo com
contribuir de forma significativa para que os maiores
os interesses da comunidade em que vive o que, tanto
desafios globais sejam superados. Para que ela possa
na filosofia hegeliana quanto na kantiana, é denomi-
atingir seu potencial total, essa tecnologia deve ser
nado de ação objetiva ou princípio universal. Portanto,
acessível a todos os produtores em qualquer lugar do
a atitude dos indivíduos não perante a sociedade não
mundo e as regulamentações devem possibilitar o aces-
deve ser subjetiva, mas a partir de uma objetividade.
so dos agricultores a essas ferramentas cruciais para o
aumento da produtividade. Com seu alcance global,
Tecnologias modernas de plantio podem viabilizar o 191| ENEM 2010/2 - C4 - H19
aumento de produção que o mundo necessita nas áreas C produtividade.
agricultáveis disponíveis e de forma sustentável. Sem
os produtos de proteção de cultivos, estima-se que 40% De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasi-
dos alimentos aráveis seriam perdidos todos os anos leiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área cultivada no
em virtude das pragas. Brasil aumentou em 2,8 milhões de hectares em relação a
2009, registrando um crescimento de 4,3% e atingindo um

118
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

total de 68,1 milhões de hectares. As informações fazem áreas necessárias para a produção da cana, pesquisa-
parte da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM), dores estão buscando novas fontes energéticas para
que investiga 64 culturas em 5.565 municípios brasileiros. a produção de etanol. O etanol proveniente da cana-
Os números refletem o esforço dos produtores em aumen- -de-açúcar constitui o principal componente da matriz
tar a produtividade ao invés da área de cultivo, graças à brasileira de biocombustíveis, mas existem estudos
tecnologias como as desenvolvidas pela Empresa Brasilei- sendo conduzidos pela Embrapa e outras instituições
ra de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). de pesquisa no país e no exterior, sobre fontes alter-
nativas para obtenção do etanol, como o etanol ami-
192| ENEM 2010/2 - C4 - H17 do e a celulose proveniente de resíduos agrícolas e do
bagaço e palha da cana-de-açúcar, que aumentarão a
C A introdu o de novas técnicas e insumos agr colas, sustentabilidade e consolidarão o programa de ener-
como ertili antes e sementes geneticamente modi- gia renovável brasileiro.
ficadas.
No Brasil, o programa de modernização agrícola teve início 195| ENEM 2010/2 - C1 - H3
com força na década de 1970, a partir da criação da Em- B a completa trans orma o da economia capitalista se-
presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em ria undamental para a emancipa o dos operários.
1971. A ideia era atender à necessidade de instrumentos
mais eficientes e articulação mais eficaz. Na mesma época, Partimos do pressuposto de que o capitalismo tem es-
e pelas mesmas razões, foi reestruturado e dinamizado o capado de suas crises de sobre a cumulação através da
sistema nacional de assistência técnica e extensão rural, por produção do espaço. Para tanto, percebemos a utiliza-
meio da criação da Empresa Brasileira de Assistência Técni- ção de uma série de estratégias que se realizam no âm-
ca e Extensão Rural (Embrater). A Revolução Verde, além bito do lugar, contudo, na maioria das vezes, são gesta-
da questão da pesquisa, envolvia um sistema eficiente de das em cidades bem distantes – mais especificamente
treinamento, assistência técnica, extensão rural e crédito nos escritórios das grandes empresas. Se a produção do
agrícola. Então, envolvia duas questões principais: pesquisa espaço se realiza através da tensão entre os diferentes
e desenvolvimento, e assistência técnica ou extensão rural. agentes sociais, faz-se necessário que os movimentos
sociais tornem-se instrumentos de transformação. É
193| ENEM 2010/2 - C6 - H28 nesse sentido que caminha nosso trabalho; acredita-
mos que as mudanças na apropriação do espaço dar-
C constru o de uma in raestrutura cien fica e tecno- -se-ão através da transformação dos ativismos em mo-
l gica promoveu um con unto de rela es que gera- vimentos sociais de caráter mais amplo, que agrupem
ram novas intera es socio-espaciais entre o campo lutas mais específicas – das ditas minorias – associan-
e a c idade. do-as a uma luta de âmbito global.
A Revolução Verde propôs o uso de máquinas e insumos
agrícolas para modelos extensivos de produção de alimen- 196| ENEM 2010/2 - C6 - H28
tos, fibras e biocombustíveis. A nova metodologia de pro- A concentra es ur ano-industriais.
dução fez com que o setor desse um grande salto de pro-
dutividade, mas trouxe também consequências negativas, Chuva ácida é um termo que designa uma mistura de
pois pequenos produtores que não conseguiram se adaptar materiais precipitados da atmosfera, quer secos quer
às inovações e não atingiram produtividade suficiente para húmidos/molhados, contendo grandes quantidades de
se manterem na atividade, acabaram migrando para as ácidos nítricos e sulfúricos. Designa-se chuva ácida toda
grandes cidades, movimento conhecido como êxodo rural. a chuva com pH menor que 4,5, enquanto que as chuvas
De fato, a modernização da agricultura trouxe inúmeras normais têm um pH de cerca 5,6. A acidez da primeira
vantagens, como o aumento da produtividade dos cereais deve-se, sobretudo, à presença de ácidos como o áci-
devido ao melhoramento genético e ao uso de fertilizantes do sulfúrico e ácido nítrico (ao longo deste trabalho irei
e irrigação; a intensificação e o aumento da produção du- explorar mais este acontecimento), enquanto que no
rante o ano devido à mecanização, entre outros. segundo caso essa acidez natural é causada pela disso-
ciação do dióxido de carbono em água, formando um
194| ENEM 2010/2 - C4 - H17 ácido fraco, conhecido como ácido carbônico A ocor-
rência de chuva ácida foi primeiro relatada em Man-
A Aumento na utili a o de novos tipos de matérias-primas chester, na Inglaterra. Desde a Revolução Industrial, as
para a produ o do etanol, elevando a produtividade. emissões de óxidos de enxofre e nitrogênio na atmos-
Atualmente, as principais matérias-primas utilizadas na fera aumentaram e começaram a ser observadas, na
produção de etanol no mundo são a cana-de-açúcar, o Inglaterra e na Escócia, as chuvas “negras”, escurecidas
milho, a aveia, o arroz, a cevada, o trigo e o sorgo. O pelas substâncias poluidoras. Indústrias que queimam
Brasil é um dos maiores produtores mundiais de eta- combustíveis fósseis, principalmente o carvão, são a
nol proveniente da cana-de-açúcar. Devido às grandes principal fonte desses gases.

119
Coleção PREPARAENEM Resolve

197| ENEM 2010/2 - C5 - H25 ços inerentes ao meio urbano. Tais escravos realizavam
trabalhos temporários, em serviços específicos, uma
B está assumindo o status de pol tica p lica em
vez que cabia ao seu dono estabelcer as condições de
como representa um di erencial positivo de marke-
pagamento. Lembramos que a partir de 1850 houve a
ting institucional.
intensificação do aluguel de cativos mediante o fim do
A participação do Brasil nesta convenção da ONU tráfego de escravos pelo Brasil.
expressa o interesse na garantia e promoção dos di-
reitos humanos dos cidadãos portadores de alguma 200| ENEM 2010/2 - C1 - H1
deficiência. O país demonstra, desde já, que existe a
necessidade de garantir, efetivamente, a integração, E do encontro, que identifica a coloni a o portuguesa
a dignidade, as liberdades fundamentais individuais como pac fica em un o das rela es de troca esta-
das pessoas com deficiência, bem como de coibir sua elecidas nos primeiros contatos entre portugueses
discriminação. Para tanto, tal objetivo somente se e nativos.
efetivará por meio da criação de leis, de políticas pú- Evidentemente, o fragmento textual faz uma crítica
blicas e de programas governamentais que atendam ao mito da convivência pacífica entre colonizador e
às necessidades dessas pessoas e promovam sua colonizado, tal como fora outrora exaltado a exemplo
integração social. Lembrando que ao ser ratificado da carta de Pero Vaz de Caminha. Na verdade, o tex-
pelo Brasil os comandos normativos explicitados em to destaca o lado mais dramático do encontro entre
tal Conferência passam a ter status de norma cons- colonizador a colonizado, cujo objetivo em conquistar
titucional, o que remete ao compromisso do Poder vastos territórios para a Coroa impulsionou a maior
Legislativo com as mudanças e os objetivos então parte dos conflitos entre portugueses e indígenas. A
propostos. partir deste contexto, o índio passou a ser visto como
um obstáculo à posse das terras, mas, ao mesmo tem-
198| ENEM 2010/2 - C1 - H4 po, uma possível mão de obra a ser explorada. Logo,
o texto critica a narrativa histórica voltada à ideia de
E a usca do controle do corpo por meio de discurso
passividade dos primeiros encontros entre colonizado-
am guo que associava se o, pra er, li ertinagem e
res e índios, o que está apoiado na vasta historiografia
p ec ado.
acerca das guerras e conflitos relatados em pratica-
A análise textual revela que ambos os autores iden- mente toda extensão colonial.
tificam, ainda no Período Colonial, a questão da sen-
sualidade fortemente presente na cidade de Salvador. 201| ENEM 2010/2 - C5 - H22
O primeiro texto expõe uma visão acerca da sensua-
lidade tendo como ponto de referência o movimento B a mo ili a o em torno da luta pela democracia ren-
barroco, entre fins do século XVII e início do XVIII. Ins- te ao regime militar, cada ve mais desacreditado.
pirado na própria experiência humana, o Barroco des- O movimento intitulado Direitas Já pode ser caracteri-
tacou-se por evidenciar a intensidade dos elementos zado pela mobilização popular nas ruas, cujo objetivo
emocionais e, como arte do conflito e do contraste, o principal está na charge demonstrado: que as eleições
texto revela o dilema do homem dividido entre o amor presidenciais fossem diretas. Tratava-se de efetivar a
e o prazer, comparado a qualquer outra acepção, a democracia no Brasil até então rechaçada pelos gover-
exemplo da fé religiosa. nos militares. A mobilização contou a participação de
O segundo fragmento escrito ao final do século XVIII, setores civis organizados como sindicatos, agremiações,
em um período marcado pelas inovadoras concepções maçonaria, assim como grupos políticos heterogêneos
iluministas, revela em seu discurso que o Brasil Colô- e da população em geral. Apesar de não ter alcançado
nia possuía, ainda, um tradicional moralismo arraiga- seu principal objetivo, o movimento fortaleceu a ideia
do que se chocava com a expansão da sensualidade de redemocratização por meio do sufrágio direto, o que
nas ruas de Salvador. O texto apresenta certo des- viria a acontecer em 1989 quando da eleição de Fernan-
prezo com o próprio homem e sua conduta libidinosa do Collor de Melo.
o que ensejaria a necessidade em controlar o corpo
legitimando tal discurso na libertinagem e no pecado 202| ENEM 2010/2 - C1 - H2
cometido pelas pessoas. B concess o do governo, que o ereceu ene cios aos
negros, sem considera o pelas lutas de escravos e
199| ENEM 2010/2 - C5 - H22 abolic ionist as.
C reali avam tra alhos temporários em troca de paga- O fragmento textual expressa uma visão que, por
mento para os seus senhores. muito tempo, perdurou na historiografia brasileira.
O texto refere-se ao escravo de aluguel, mão de obra Tal contexto, representa uma memória de caráter
comum ao meio rural, a exemplo das lavouras, e servi- seletiva, romantizada, no que se refere ao processo

120
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

de emancipação dos escravos, cujo a Lei Áurea pas- 206| ENEM 2010/2 - C1 - H1
sou a ser caracterizada como um “presente” ofere-
B p ost ura et noc ênt ric a do europ eu diant e das c arac t e-
cido pelo governo imperial representado na figura
r sticas sicas e práticas culturais do ind gena.
da princesa Isabel. Tal acepção acerca da emanci-
pação desprezou a luta pela Abolição marcada pelo O choque antropológico observado entre culturas diferen-
protesto da mídia, pela violência, pelas fugas, pelo tes promovem um inevitável processo de estranhamen-
discurso dos abolicionistas, dentre outros aspectos to. Tal quadro pode levar a um etnocentrismo, processo
que, ao longo dos anos, desfavoreceu a compreen- de sobreposição cultural de um povo sobre outro, tendo
são do processo em si, bem como de seus desdobra- como resultado um processo de aculturação. No caso em
mentos. questão, tal documento descritivo revela, implicitamente,
a posição eurocêntrica do narrador por meio de descrições
que evidenciam uma propensa superioridade cultural.
203| ENEM 2010/2 - C2 - H10
E pertencimento ao espa o. 207| ENEM 2010/2 - C3 - H15
A contemporaneidade mediante um processo de A representou a afirma o do E ército Brasileiro como
globalização promove a potencialização do cosmo- um ator pol tico de primeira ordem.
politismo social. No entanto, mediante um quadro Dentre as alternativas apresentadas ao aluno, a correta
sócio-cultural cada vez mais fluido em que as se co- é a letra A pelos motivos a seguir. A vitória do Brasil a
municam virtualmente e materialmente com o mun- compor a Tríplice Aliança, garantiu prestígio ao Exérci-
do o sentimento de pertencimento a um lócus, um to Brasileiro, cuja principal consequência foi o fortale-
grupo, uma cultura torna – se cada vez mais recor- cimento desta instituição, em termos políticos. Um dos
rente. Habita – se o mundo, porém vive – se onde? pontos questionados pelo exército foi extremamente sig-
Eis a questão? nificativo à nação, a exemplo da discussão em torno da
manutenção da ordem escravista. Igualmente, podemos
204| ENEM 2010/2 - C1 - H3 afirmar que o Exército acabou se constituindo em uma
das forças republicanas responsáveis pelo agravamento
E interc m ios entre di erentes povos e campos de da crise do Império após a Guerra do Paraguai.
produ o cultural passam a gerar novos produtos e
mani esta es.
208| ENEM 2010/2 - C5 - H22
O contato entre povos e etnias diferentes geram novos
B no con ronto entre a aristocracia tradicional, que
quadros de composição social. As ressignificações his-
de endia a escravid o e os privilégios pol ticos, e os
tóricas do passado traduzem aspectos históricos marca- ca eicultores, que lutavam pela moderni a o econ -
dos por rupturas e continuidades mediante um intenso mica com a ado o do tra alho livre.
processo de avanços e retrocessos. A memória coletiva
se apresenta, mediante tal quadro, como algo capaz de A questão assevera acerca da substituição da mão de
selecionar, manter e readequar padrões sociais, econô- obra escravista pela livre e assalariada. Logo, o aluno
micos, religiosos e culturais amplos levando a manu- deve ter em mente o processo de transição do traba-
tenção, por meio de um processo seletivo, dos modelos lho escravo para o trabalho livre estando incluído nesta
compreensão o posicionamento da aristocracia latifun-
consagrados pelo grupo.
diária produtora de café, bem a emergente elite cafei-
cultora paulista. A primeira possuía uma “mentalidade
205| ENEM 2010/2 - C3 - H15 atrasada”, pois, persistiam na manutenção de seu sta-
D a amplia o dos poderes nas m os do E ecutivo. tus sustentado no título de senhor de escravos. Assim,
posicionavam-se a favor da manutenção do latifúndio
O AI-5 caracterizou-se como um dos mais violentos na sustentado pela mão de obra escrava, além da aver-
medida em que se sobrepôs aos comando normativos são às novas técnicas de plantio, produção e aprovei-
da Constituição de 1967. Tal dispositivo permitiu a con- tamento do solo. Por outro lado, à medida que o foco
centração de poderes supremos nas mãos do Poder Exe- produção deslocava-se da região fluminense e Vale
cutivo. Além das cominações legais acima expostas, o do Paraíba para o Oeste Paulista, é possível perceber
AI-5 previa o fechamento do Congresso Nacional pelo a mudança no perfil do latifundiário cafeicultor. Perce-
período de um ano e o esvaziamento do Poder Judiciá- bendo o desfavorecimento produtivo em consequência
rio, pois, os atos do Executivo estavam isentos de qual- da decadência do sistema escravista, os paulistas bus-
quer tipo de apreciação pelo Judiciário. O Poder Execu- caram alternativas para a crise da mão de obra como o
tivo, nesse contexto, enfatizou a repressão à resistência apoio a emergência do trabalho livre e assalariado que,
contra o regime o que revela a ampliação de sua atua- em grande parte, contribuiu para a vinda dos imigran-
ção, como demonstra a questão. tes europeus para o Brasil.

121
Coleção PREPARAENEM Resolve

209| ENEM 2010/2 - C1 - H3 212| ENEM 2010/2 - C3 - H15


B de divers o e de e press o dos valores e pro lemas C o compromisso pol tico-institucional com o governo
da soc iedade. provis rio de Vargas.
Aristóteles propõe a independência da poesia (lírica, O Movimento Tenentista trouxe em sua composição
épica e dramática) em relação à política; observamos uma heterogenidade político-ideológica que ficou evi-
que, não obstante suas afirmações, Aristóteles constrói denciada na Revolução de 1930 que pôs fim ao domínio
o primeiro sistema poderosíssimo poético-político de oligárquico da Primeira República. O grupo liderado
intimidação do espectador, de eliminação das “más” por Luís Carlos Prestes contrapôs o movimento por con-
tendências ou tendências “ilegais” do público especta- siderar que tal processo não significava um real rom-
dor. Dessa forma o teatro é o espaço em que a comédia pimento com as oligarquias. O mesmo já se colocava
e a tragédia da existência humana são representados, como adversário político de Vargas desde anos anterio-
reproduzindo valores e comportamento. res, ainda no Rio Grande do Sul. Já o grupo comandado
por Juaréz Távora entendeu ser o movimento simboliza-
210| ENEM 2010/2 - C3 - H13 do pela Aliança Liberal um eficaz rompimento com as
oligarquias do passado.
E de ender um governo democrático que garantisse a
participa o pol tica das camadas populares, in uen-
213| ENEM 2010/2 - C4 - H16
ciado pelo ideário da evolu o rancesa.
A aumento do consumo interno.
A Conjuração Baiana, também denominada como Re-
volta dos Alfaiates, caracterizou-se como um movimen- A Política dos Cercamentos foi empreendida como me-
to de caráter popular e emancipacionista. Impulsiona- canismo de criação de um mercado industrial de reser-
dos pelas ideias iluministas que chegaram ao Brasil, a va capaz de atender ao setor manufatureiro urbano em
revolta tinha o objetivo de libertar os escravos, bem expansão na Inglaterra dois séculos XVI e XVII. Cercar
como constituir um governo igualitário e republicano. os campos para a criação de ovelhas e a geração de
Destaca-se o fato de que a população pobre sofria com uma matéria-prima necessária para o setor têxtil la-
o alto custo de vida, a escassez de alimentos e o precon- nicultor foi fundamental para promover um contínuo
ceito racial. Logo, tal movimento reuniu não somente a êxodo rural que gerou uma exclusão social das cama-
população marginalizada, mas também negros pobres das camponesas. O incremento da população urbana
e escravos que sonhavam com a liberdade. Porém, to- mediante tal quadro favoreceu a multiplicidade de ati-
dos estavam unidos por um ideal de igualdade, o que vidades econômicas e a necessidade de readequações
mais fortemente pode ser representado pela participa- sociais em relação ao setor produtivo.
ção popular na política a seguir o exemplo da Revolu-
ção Francesa. 214| ENEM 2010/2 - C3 - H15
D a re eli o dos marinheiros, negros e mulatos, em
211| ENEM 2010/2 - C3 - H15
1910, contra os castigos e as condi es de tra alho
C pelo mandonismo das oligarquias no interior do Bra- na Marinha de Guerra.
sil, que utili avam di erentes mecanismos assisten-
A Revolta de marinheiros de baixa patente intitulada Chi-
cialistas e de avorecimento para garantir o controle
bata se enquadra no conjunto de manifestações sociais
dos vot os.
populares de questionamento ao regime político oligár-
A instituição de um governo republicano no Brasil im- quico consagrado pela Primeira República. A Capital Fe-
portou na modernização da representação política ao deral sofria com diversos motins sociais como anterior-
instituir o sufrágio universal. Todavia, o fenômeno do mente expresso pela Revolta da Vacina. O alto custo de
coronelismo revelou que existia no país uma forte e vida proporcionado por crises econômicas, em especial a
arcaica estrutura fundiária que impediria a consolida- do Encilhamento, combinado a um processo de moderni-
ção dos ideias libertários que a adoção constitucional zação excludente gerou um ambiente propício para tais
do sufrágio universal poderia representar. A falta de movimentos. Os castigos físicos, os baixos salários e a im-
informação, as necessidades sócio-econômicas, bem possibilidade de ascensão aos altos postos da Marinha,
como a ínfima politização da população permitiu que funcionaram como aspectos condicionadores da Revolta.
os latifundiários controlassem o voto, bem como o pro-
cesso eleitoral de acordo com seus interesses políticos 215| ENEM 2010/2 - C4 - H19
e particulares. A manutenção do poder dos coronéis foi
constituída na disseminação do temor e do respeito a A evolu o da tecnologia da in orma o.
sua figura, bem pela constituição de uma rede de favo- A Revolução Digital inerente a Terceira Revolução
res. Tudo isso levou ao controle dos votos dos eleitores Industrial consagrou a sociedade da informação. O
que eram direcionados para seus candidatos. encurtamento do tempo e espaço proporcionado por

122
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

uma revolução virtual que aproxima pessoas, ideias e 219| ENEM 2010/2 - C3 - H15
comportamentos abre novos caminhos de intercomu-
C o crescimento da compra de máquinas e ve culos es-
nicação que redefinem uma situação histórico-socioló-
t adunidenses p elos europ eus.
gica de sincretismo ampliado. A internet se apresenta
como símbolo dessa Globalização em que as vias de A destruição causada pela Segunda Guerra Mundial,
informação delineiam um complexo arranjo sócio eco- após longos anos de conflito, aos países europeus gerou
nômico e espacial. a necessidade de reconstruir a economia dos mesmos e,
ao mesmo tempo, afastar a ameaça de expansão so-
viética. Nesse contexto, os Estados Unidos instituíram
216| ENEM 2010/2 - C2 - H10
um plano de reconstrução econômica, em 1947, deno-
D os sistemas pol ticos e seus processos consensuais e minado Plano Marshall, o que possibilitou aos países
democráticos de orma o de normas gerais. europeus ocidentais o consumo de diversos produtos
norte-americanos a citar aqueles industrializados, agrí-
A Globalização ampliada proporciona a criação de pa-
colas, alimentícios e combustíveis. Assim, esse plano
drões democráticos e de cidadania observados em todo econômico e social propiciou a superação das fronteiras
Ocidente. Tal processo não se dá de maneira pacífica, nacionais em termos capitalistas, como está evidencia-
uniforme e homogênea, mas sim mediante um intenso do nesta questão relativo às exportação de veículos e
redimensionamento de valores consagrados por um su- máquinas, em geral.
posto padrão de cidadania mundial. A internet garante
um maior contato entre povos homogeneizando-os e 220| ENEM 2010/2 - C1 - H1
heterogeneizando-os diante de um conjunto sistêmico
de transformações. B ao advento da ind stria cultural em associa o com
um con unto de reivindica es estéticas e pol ticas
durante os anos 19 0.
217| ENEM 2010/2 - C3 - H15
A Ditadura Militar brasileira fez uso dos Atos Institucionais
D instituir a ditadura do Estado ovo, cancelando as elei-
como mecanismos de legitimação política e jurídica. O
es de 19 e reescrevendo a Constitui o do pa s.
desrespeito a tripartição dos poderes e a ideia de equida-
Os militares, assim como setores conservadores da de entre os mesmos foi vivenciado de maneira exorbitante
época como a Igreja, latifundiários e industriais, por meio de práticas de tortura, prisões e exílios sem que
entendiam que a ameaça comunista era um mau a se verificasse o respeito ao devido processo legal.
ser afastado. A Revolução Bolchevique de 1917, a
fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCC) de 221| ENEM 2010/2 - C5 - H22
1922 e a Intentona Comunista de 1935 funcionavam B a uma cr tica ao regime ditatorial que, mesmo em sua
como símbolos da esquerda brasileira que ameaça- ase final, impedia a escolha popular do presidente.
va a ordem capitalista instituída. Sob o pretexto da
possível ameaça comunista Vargas, apoiado por mi- A redemocratização brasileira evidenciada pelo movi-
litares, empreendeu um Golpe de Estado inauguran- mento de Diretas Já trouxe em seu contexto uma ampla
do uma ditadura civil que permaneceria no poder produção cultural em diversos setores artísticos brasi-
até 1945. A Ditadura Estadonovista se valeu do for- leiros. Música, dança teatro, literatura, entre outros,
serviram como mecanismos eficazes e de profunda re-
te apoio militar como elemento condicionante para
flexão sobre o momento histórico que vivíamos.
sua consecução.

222| ENEM 2010/2 - C5 - H22


218| ENEM 2010/2 - C3 - H15
E promover o respeito diversidade se ual no sistema
C denunciar os a usos cometidos pela interven o mi-
de ensino.
litar norte-americana.
As ações afirmativas transformaram – se em verdadei-
A Guerra do Vietnã se configurou como um primeiro ras metas políticas adotadas por Estados Democráticos
conflito potencialmente midiático da Guerra Fria. A bi- de Direito em busca do alcance de uma plena cidadania.
polaridade encontrou terreno para o exercício de seu A questão do gênero se apresenta como um fator extre-
arcabouço intelectual, ideológico e bélico neste aconte- mamente recorrente, a busca de inclusão plena faz com
cimento que foi decisivo para a inversão da política in- a sociedade se mobilize em favor de uma mobilização
ternacional da Guerra Fria. A mídia, em sentido amplo, ampla da sociedade. Os movimentos civis organizados
contribuiu para a construção ideológica dos antagonis- trazem o debate à tona de maneira clara, explícita e
mos belicistas, porém, atuou como denuncista de um verdadeira, confrontando com setores conservadores e
intenso processo de violações aos Direitos Humanos, buscando a concretização dos direitos civis garantidos
como o evidenciado na imagem acima. pela ordem constitucional.

123
Coleção PREPARAENEM Resolve

223| ENEM 2010/2 - C1 - H2 estavam voltadas para a exaltação do faraó, deus vivo
e encarnado, bem como às inúmeras divindades pelas
C preservou o legado da cultura grega em di erentes
quais a sociedade se identificava.
áreas do conhecimento e permitiu sua transmiss o a
out ros p ovos.
227| ENEM 2009 - C1 - H5
A Memória histórica simbolizada materialmente por
A o palácio de Versalhes.
museus, bibliotecas, monumentos, entre outros, mui-
to contribuíram para a reconstrução, ressignificação e O Palácio de Versalhes, construído por Luís XIV, o “Rei-
analise do Historia de um povo. As rupturas e continui- -Sol” (1643-1715), destacou-se como elemento arquite-
dades históricas possibilitam um re-olhar das socieda- tônico representativo máximo do poder real absolutista
des, sendo que a herança material, em sua amplitude, durante o Antigo Regime francês. Essa luxuosa constru-
colabora para tal fato. ção, entre os séculos XVII e XVIII, além de centro das
decisões políticas do país, tornou-se a residência dos
224| ENEM 2010/2 - C1 - H2 membros da dinastia Bourbon, além de abrigar uma
considerável parte da corte francesa.
B Ter é é assinar uma olha em ranco e dei ar que
eus nela escreva o que quiser. Santo Agostinho
228| ENEM 2009 - C3 - H11
A tese do determinismo está presente na doutrina da
predestinação de Santo Agostinho, invalidando outras C no Brasil col nia, o sepultamento dos mortos nas igre-
possibilidades. Os pensadores citados nas alternativas, as era regido pela o serv ncia da hierarquia social.
contestaram a ideia de um determinismo na existência Marcada por uma rigorosa hierarquização, o estudo
humana. do cotidiano da sociedade colonial permite-nos a com-
preensão dos rituais religiosos, mas precisamente, de
225| ENEM 2010/2 - C6 - H26 como o corpo social encarava a morte, em seus aspec-
D da a rica o de produtos reutili áveis e iodegra- tos formais. Claramente, o posicionamento social in-
dáveis, evitando-se su stitui es e descartes, como fluenciava nos rituais de sepultamento, pois, aqueles
medidas para a redu o da degrada o am iental. que possuíam certa importância social, a exemplo dos
senhores de engenho, de autoridades políticas ou cléri-
É o Poder Executivo Federal autorizado a instituir, sem gos, seriam sepultados no interior das igrejas e próximo
prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, pro- ao altar. Desataca-se o fato de que o mesmo não era
grama de apoio e incentivo à conservação do meio am- permitido aos mortos de menor expressão social que
biente, bem como para adoção de tecnologias e boas recebiam tratamento simplificado, finalizando o ritual
práticas que conciliem a produtividade agropecuária e mortuário com o sepultamento em terrenos circunvizi-
florestal, com redução dos impactos ambientais, como nhos à Igreja.
forma de promoção do desenvolvimento ecologica-
mente sustentável, observados sempre os critérios de
229| ENEM 2009 - C6 - H27
progressividade, abrangendo as seguintes categorias e
linhas de ação pela Lei nº 12.727, de 2012. E Wixia é a capacidade que tem a oresta de se susten-
tar por meio de processos vitais.
226| ENEM 2009 - C3 - H11 Reservatório inesgotável de recursos essenciais para
A significava, entre outros aspectos, o poder que os sua existência, essa “terra-floresta”, contudo, não é
ara s tinham para escravi ar grandes contingentes para os Yanomami de modo algum um cenário inerte
populacionais que tra alhavam nesses monumentos. e mudo situado fora da sociedade e da cultura, uma
“natureza morta” submetida à vontade e à exploração
A monarquia teocrática egípcia caracterizou-se pela
humanas. Trata-se, ao contrário, de uma entidade viva,
constante necessidade de demonstração de poder e
dotada de uma imagem-espírito xamânica (urihinari),
autoridade inerentes aos faraós que, por sua vez, eram
de um sopro vital (wixia) e de um poder de crescimento
associados às divindades adoradas por este povo. Ape-
imanente (në rope). Mais ainda, é animada por uma di-
sar de existir no Egito trabalhadores subjugados, na
nâmica complexa de trocas, conflitos e transformações
condição de escravos, a principal força de trabalho es-
entre as diferentes categorias de entes que a povoam,
teve centralizada na denominada servidão coletiva. O
sujeitos humanos e não-humanos, visíveis e invisíveis.
resultado da existência de milhares de trabalhadores
inseridos nesta estrutura de poder pôde ser verificado As florestas tropicais são ecossistemas auto sustentá-
na construção de obras monumentais que, geralmente, veis. Ou seja, é um sistema que se mantém com seus

124
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

próprios nutrientes num ciclo permanente. Os ecossis- o rompimento do equilíbrio entre as nações europeias,
temas amazônicos são sorvedouros de carbono, contri- uma vez que acirrou as disputas políticas entre as mes-
buindo para o equilíbrio climático global. Existe um de- mas no que tange ao aspecto econômico. Quanto ao
licado equilíbrio nas relações das populações biológicas Bolchevismo soviético, uma teoria comunista baseada
que são sensíveis a interferências antrópicas. nas ideias de Marx, serviu para consolidar claramente
a oposição ao sistema capitalista ao questionar as prin-
230| ENEM 2009 - C3 - H14 cipais bases de sua sustentação, a exemplo da proprie-
dade privada e do capital.
A a associa o que itler esta eleceu entre o eich e
o Sacro mpério omano Germ nico. 233| ENEM 2009 - C3 - H15
O Nazismo buscou, em inúmeros elementos históricos, E inspiraram uturas mo ili a es, como o pacifismo, o
a legitimação não somente de suas ideias, mas de sua am ientalismo, a promo o da equidade de g neros
própria existência com o escopo de confirmar o discurso e a de esa dos direitos das minorias.
da superioridade étnica e racial dos povos germânicos.
Tratava-se da uma tentativa simbólico-imaginária de Conhecido como “o ano que não terminou”, 1968 es-
fortalecer o caráter nacionalista social. Para tanto, a teve marcado por vários movimentos sociais impor-
Alemanha nazista constituiu o chamado III Reich Ale- tantes que ocorreram no Brasil e no mundo. Diversas
mão, um Estado politicamente unificado e centralizado rebeliões ocorreram mundo afora a exemplo de Argen-
na figura do líder, o Führer, que perduraria por mil anos. tina, Estados Unidos e México. No Brasil, estudantes
O discurso utilizado era o de que esse governo, nada e operários questionavam a ordem vigente imposta
mais era, que a continuidade do antigo Sacro Império pelos militares como a marcha dos 100 mil no centro
Romano Germânico, ou I Reich. do Rio de Janeiro. Assim, podemos traçar um parale-
lo histórico entre este ano e os dias atuais à medida
que inúmeros movimentos, organizações e mobiliza-
231| ENEM 2009 - C3 - H14
ções contemporâneas têm como objetivo questionar o
B era entendida como uma dignidade pr pria dos gru- que não é considerado correto, justo ou politicamente
pos sociais superiores, ruto de uma concep o pol - correto, bem como lutar por causas específicas, cria-
tica pro undamente hierarqui ada da sociedade. ção ou efetivação de direitos. Tal como no passado
evocado, percebemos que, a exemplo do que ocorre
Aristóteles concebe a cidade como o aprimoramento
no Brasil, as pessoas têm se organizado em movimen-
do ser humano e a tendência natural. A pólis é a ten-
tos diversos como é o caso das atuais manifestações
dência natural do ser humano porque esse é um ser so-
públicas contra a corrupção, pelo acesso efetivo aos
cial por natureza. Porém, Aristóteles vincula o direito à
direitos sociais e, até mesmo, contra o Governo.
cidadania a um grupo seleto de indivíduo. A noção de
democracia era limitada e poucos eram considerados
cidadão. 234| ENEM 2009 - C3 - H14

A pelo sectarismo e pela orma violenta e radical com


232| ENEM 2009 - C3 - H15 que en rentavam os opositores ao regime.
E a evolu o Bolchevique, o imperialismo e a unifica- Os regimes nazi-fascistas fizeram amplo uso dos meios
o da Alemanha. disponíveis à massificação de suas ideologias. Assim,
O século XX ficou marcado pela eclosão de grandes a educação utilizada como instrumento de domina-
conflitos mundiais que envolveram inúmeras nações, ção social e fortalecimento ideológico abrangia des-
todavia, é preciso retroceder historicamente a fim de de os anos iniciais da infância, todavia, a juventude,
compreendermos as origens de tais conflitos. Dentre os em especial, era o principal objetivo de tal projeto. Os
principais fatores diretamente ligados a tais conflitos estados totalitários, por meio do carisma de seus lí-
destacam-se aqueles ocorridos durante o século XIX. O deres, conseguiram arrebatar milhares de jovens que
Imperialismo ou Neocolonialismo destacou-se por ser passaram a se dedicar fervorosamente à defesa do Es-
uma política de expansão e domínio territorial, econô- tado, cuja obediência e fidelidade eram as principais
mico e cultural de uma nação sobre outra que ganhou ferramentas de dominação da juventude. A submissão
impulso a partir das transformações advindas com a e a lealdade cega a esses regimes permitiram que os
segunda fase da Revolução Industrial. Muitos conflitos jovens aceitassem e difundissem os ideais totalitários,
originados desta política não foram resolvidos ou ge- mesmo que para isso devessem recorrer à violência e
raram sentimentos revanchistas entre as nações que a intolerância com os opositores, a exemplo dos socia-
elevaria a tensão em favor aos conflitos posteriores. listas, ou àqueles considerados subversivos, como os
Igualmente, a unificação da Alemanha contribuiu para críticos do regime.

125
Coleção PREPARAENEM Resolve

235| ENEM 2009 - C3 - H15 e econômica de uma nação. Os meios utilizados para a
consecução desses objetivos são variados, indo das ne-
A o aumento de con itos internos associados ao nacio- gociações à anexação ou conquista de territórios, da
nalismo, s disputas étnicas, ao e tremismo religioso obtenção de protetorados à concessão de monopólios e
e ao ortalecimento de amea as como o terrorismo, controle de mercados. Realiza-se pela conquista ou ane-
o tráfico de drogas e o crime organi ado. xação de territórios, pelo estabelecimento de protetora-
O fim da Guerra Fria embaralhou as cartas do jogo pla- dos e pelo controle de mercados ou monopólios. Envolve
netário. A dissolução do bloco soviético, uma aparente sempre o uso da força e tem como consequência a ex-
vitória da superpotência da América do Norte, descorti- ploração econômica, em prejuízo dos Estados ou povos
nou realidades novas, que prefiguram o próximo sécu- subjugados
lo. O poder mundial tende a se concentrar em macro- Segundo Lenin, o imperialismo se caracterizava por cinco
áreas do hemisfério norte que aglutinam a riqueza e a princípios essenciais: 1º a concentração da produção e
capacidade de inovação tecnológica. A economia mun- do capital levada a um grau tão alto de desenvolvimento
dial globalizava-se e, simultaneamente, fragmentava- que resulta em monopólio, o qual desempenha um papel
-se em blocos regionais. A partilha do mercado mundial decisivo na vida econômica; 2º a fusão do capital bancá-
envolve as estratégias das grandes corporações econô- rio com o industrial e a criação, sobre a base desse “capi-
micas e as políticas externas dos Estados. tal financeiro”, da oligarquia financeira; 3º a exportação
Com o fim da bipolaridade, os Estados Unidos viram-se do capital, diferentemente da exportação de mercado-
transformados na potência “vencedora” da guerra fria rias, adquire uma importância particular; 4º a formação
e assumiram o papel da grande potência mundial. En- de associações internacionais monopolistas de capitais,
tretanto, apesar do indiscutível poderio americano, Ja- as quais repartem entre si o mundo; 5º fim da divisão ter-
pão e Alemanha (hoje reunificada e integrando a União ritorial do mundo entre as potências imperialistas mais
Européia) também apareciam como pólos da economia importantes.
mundial, que se tornou, então, multipolar. O Imperialismo nasceu para conquistar política, econô-
Essa nova situação, que o presidente norte-americano mica e culturalmente os países da África – Ásia –Oceania
George Bush chamou de nova ordem mundial na Confe- e América Latina. Europa Ocidental e os Estados Unidos
rência de Malta, em 1989, na verdade não trouxe muita repartiram o mundo entre si e organizavam poderosos
coisa de novo. O que deixava de existir era a velha or- impérios coloniais que só tinham em comum o desenvol-
dem bipolar e a rivalidade entre sistemas econômicos vimento da acumulação capitalista.
opostos que buscavam competir usando a capacidade As causas dessa expansão foram diversas, no entanto
militar. todas se relacionam com o desenvolvimento do capitalis-
Com isso surgem novas ideias para o mundo do século mo industrial. O desenvolvimento capitalista desses paí-
XXI: ses associado a um crescimento demográfico que se pro-
cessava desde o séc. XVIII, significou uma transformação
• Países emergentes acelerada na estrutura econômica e nos hábitos sociais
• A globalização desses países. O desenvolvimento industrial ampliou a
demanda de matérias-primas, muitas das quais se pro-
• A revolução técnico-científica duziam em condições mais vantajosas fora da Europa e
• As empresas globais dos Estados Unidos, e, ao mesmo tempo, o aumento na
produção de artigos industriais ampliou a necessidade
• Globalização regionalizada de mercados exteriores que consumisse os excedentes.
• Desemprego global
• A globalização de idéias 237| ENEM 2009 - C3 - H15

• A globalização do crime A Cortina de erro.


A expressão “cortina de ferro” tornou-se popular depois
236| ENEM 2009 - C2 - H7 de Winston Churchill a ter usado num discurso em Ful-
ton, Missouri, no dia 5 de Março de 1946. Descrevendo
B A maior distin o entre os processos hist rico- orma-
a Europa do pós-guerra, afirmou: “De Stettin, no Báltico
tivos dos continentes citados é a que se esta elece
a Trieste, no Adriático, caiu uma cortina de ferro sobre
entre coloni ador e coloni ado, ou se a, entre a Euro-
o continente”
pa e os demais.
O termo foi usado para definir a divisão da Europa em
O conceito de imperialismo traz muitas controvérsias em
duas partes, Oriental e Ocidental. Enquanto a primeira
relação a sua compreensão dominador. Em algum livro
estava sob controle da União Soviética, a segunda era
lemos ser imperialismo o termo empregado para carac-
zona de influência dos Estados Unidos. O período rela-
terizar a expansão ou a tendência de ampliação política

126
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

cionado a esta divisão política e econômica é chamado 241| ENEM 2009 - C3 - H14
de Guerra Fria.
E a Constitui o de 1 91 considerava eleitores apenas
Política de isolamento lançada pela União Soviética de- indiv duos do se o masculino.
pois da Segunda Guerra Mundial, durante a chamada
A Constituição de 1891 adotou o voto direto universal,
Guerra Fria e que envolveu uma censura rígida e gran-
àqueles que fossem maiores de 21 anos e comprovassem
des restrições na deslocação de pessoas. A expressão
sua alfabetização, todavia, masculino excluindo as mu-
“Cortina de Ferro”, identificou o conjunto dos países eu-
lheres do exercício da cidadania. O Código Eleitoral, con-
ropeus de regime comunista sob influência directa de
solidado em 1934, representou um marco na luta pelos
Moscovo: Alemanha Oriental, Polónia, Checoslováquia
direitos das mulheres, que passaram a poder votar.
_ actuais Republica Checa e Eslováquia; Hungria, Romé-
nia, Bulgária e Albânia.
242| ENEM 2009 - C3 - H11
Esta funcionou como uma deliberada e decisiva barrei-
ra à comunicação e à troca livre de ideias entre a URSS E Vargas seria o homem capa de e ercer o poder de
e os seus estados-satélites e o resto do Mundo. modo inteligente e correto.
Getúlio Vargas foi um dos maiores nomes da política
238| ENEM 2009 - C3 - H14 brasileira fato este que se deve, em grande parte, a dis-
cursos como o acima observado. Durante seu governo,
D vincular democracia e possi ilidades econ micas in-
a imagem de Vargas foi esculpida com o intuito de iden-
dividuais.
tificá-lo, ao mesmo tempo, como um grande estadista –
A Constituição do Estado de Direito norte-americano o que agradava a elite –, sem se esquecer que era, con-
se deu mediante um pacto político fundado no contra- comitantemente, um “homem do povo”. A construção
tualismo político de John Locke concretizou um regime do mito político Getúlio Vargas exigiu esforços de inten-
democrático e a propriedade privada como direitos na- sa e sofisticada propaganda governamental, a exemplo
turais inalienáveis, intransferíveis e imprescritíveis dos do que realizou o Departamento de Imprensa e Propa-
cidadãos. O pacto político e social firmado entre os ci- ganda (DIP). Assim, tal fragmento nos conduz à inter-
dadãos funcionou como o principal instrumento institu- pretação de que a verdadeira intenção do interlocutor,
cional do Estado. A garantia deste se apresentou como além de legitimar o caráter centralizador e autoritário
uma das mais importantes funções que o Estado Fede- deste governo, também o era exaltar a imagem desse
rativo dos Estados Unidos deveria cumprir. mito político que fez história na política brasileira.

243| ENEM 2009 - C3 - H11


239| ENEM 2009 - C3 - H14 B o dia o era um concorrente poderoso da autoridade da
gre a e somente a usti a do ogo poderia eliminá-lo.
D relacionavam a conduta moral dos indiv duos com o
progresso econ mico. A Igreja Católica esforçou-se, por vários séculos, em
eliminar tudo aquilo que considerasse pecaminoso e
Tocqueville ressalta o tradicional pensamento liberal
destrutivo à salvação. Assim, os hereges passaram a
norte-americano ao relacionar os valores morais ao
ser duramente perseguidos sendo-lhes dada, em um
progresso econômico. Tal pensamento está presente,
primeiro momento a oportunidade do arrependimento
neste contexto, na defesa da propriedade privada como
e do perdão, mas se houvesse por parte daquele obsti-
um direito natural do homem, bem como na valoriza-
nação quanto aos seus pecados, a justiça inquisitorial
ção da livre iniciativa pautada na mínima intervenção
se mostraria implacável. Por anos, a Igreja aperfeiçoou
estatal a impulsionar o espírito empreendedor e com-
as táticas de tortura em busca da confissão da heresia,
petitivo cabendo ao Estado assegurar a justiça e a or-
mas estabeleceu, igualmente, uma pedagogia religio-
dem, apenas.
sa voltada a penitência dos arrependidos. Porém, re-
servou aos hereges contumazes o pior dos castigos: a
240| ENEM 2009 - C3 - H14
morte pelo fogo. Simbolicamente, representava a pu-
B Brasil, a eterna esperan a. rificação dos pecados, simbolizando a desobediência a
Os pensadores sociais brasileiros, em especial Caio Deus e uma demonstração da imagem do Inferno. As-
Prado Jr e Sérgio Buarque de Holanda, analisam a for- sim, uma das piores heresias identificadas pela Inquisi-
mação da sociedade, partindo do principio de que era ção tratava-se da demonolatria, cuja referência muitas
necessário romper com o passado para garantir o de- vezes estava associada à imagem das mulheres que
senvolvimento. A dependência do capital estrangeiro, possuíam pacto com o Demônio e consideradas mais
o latifúndio, o autoritarismo entre outros, como heran- perigosas que as feiticeiras. Tal pecadora era conside-
ças coloniais que comprometem o pleno desenvolvi- rada “irrecuperável” cabendo a esta, exclusivamente, a
mento do país. pena capital: a morte na fogueira.

127
Coleção PREPARAENEM Resolve

244| ENEM 2009 - C3 - H15 247| ENEM 2009 - C3 - H14


D consolidar a imagem de Vargas como um governante C a maior demanda por recursos naturais, entre os quais
protetor das massas. os recursos energéticos.
Inquestionavelmente, Getúlio Vargas foi dos governantes Na tentativa de elucidar a origem do desequilíbrio am-
do Brasil que mais soube utilizar dos meios disponíveis para biental, busco através da história percorrer esse caminho
o controle social. A mobilização popular da massa traba- de como o homem moderno, se apropriou das riquezas na-
lhadora demonstrou ser, desde o início de seu governo, um turais sem se preocupar em preservar ou manter um con-
dos principais objetivos. Assim, a criação dos direitos tra- trole sobre recursos minerais e espécies de vida na terra. O
balhistas, bem como a unificação da legislação existente, que se percebe é que há pouco estudo sobre outras ques-
representava um dos maiores anseios sociais o que, desde tões do século XVII, como a parte científica, que desponta
logo, atraiu a atenção dos trabalhadores para Getúlio que para um desenvolvimento onde o processo de industriali-
passou a vê-lo como o líder das massas, o “pai dos pobres”. zação da Inglaterra, vai usar as teorias científicas para sua
Na verdade, tratava-se de uma tentativa de controle dos nova forma de produção.
trabalhadores em contexto histórico já marcado por greves
e mobilização de tal classe como consequência do processo Nesse processo, devemos ter em mente os fatos que real-
de industrialização brasileira no início do século XX. Assim, mente se diferenciaram no século XVII, e representaram no
permitia-se, ao mesmo tempo, diminuir a tensão entre em- século XVIII. Observar motivos que levam a burguesia a se
pregador e empregado, bem como o controle da opinião revolucionar contra a monarquia, e que consequências isso
pública cujo principal objetivo era a própria legitimação do refletiu no meio ambiente, através de um favorecimento a
governo, sendo que nada mais eficaz que a utilização da industrialização. Em primeiro lugar, é nesse século que se
propaganda como meio de comunicação e transmissão de estabelecem as grandes modificações introdutoras de mo-
ideologias e valores por meio da Rádio Nacional, um instru- dernidade, promovedora da liberdade renascentista, base-
mento governamental criado para tanto. ada na razão natural e ultrapassada pelas razões sociais.
Segundo lugar, o homem pensando como sujeito de primei-
245| ENEM 2009 - C3 - H15 ra ordem, mas reduzido a sujeito de segunda categoria e
A dos rumores acerca da revolta escrava do aiti, que cir- fazendo parte dele – o meio –, ao qual, o individualismo se
culavam entre a popula o escrava e entre os mesti os apresenta dentro da representação renascentista, mas em
po res, alimentando seu dese o por mudan as. um novo tempo de sobrevivência.

Mesmo sendo periférico, no que se refere as relações polí- Os recursos utilizados para fornecimento de energia du-
ticas internacionais, o Brasil sempre buscou se rearranjar rante a Revolução Industrial tiveram um enorme impacto
no cenário diplomático. Durante o século XIX a proximida- histórico, além de despertarem uma revolução que mu-
de diplomática se estabeleceu com os ingleses hegemoni- daria o mundo, tanto tecnologicamente quanto ambien-
camente. Já no século XX, tendo como marco definidor a talmente. Por mais que os impactos dessa revolução não
questão do Acre, o polo diplomático sofreu uma inversão tenham sido percebidos até muitas décadas depois, eles
para os Estados Unidos da América. Independentemente impulsionaram o mundo para frente em termos de pro-
do principal parceiro diplomático, há de se ressaltar o fato dução, distribuição e tecnologia. Apenas algumas fontes
de que a política diplomática brasileira sempre atendeu eram usadas para obtenção de energia naquela época,
aos interesses da elite capitalista nacional visando a con- mas as novas invenções e recursos descobertos durante a
cretização de projetos do grupo dominante. Revolução Industrial foram o que definiram as caracterís-
ticas dessa era.
246| ENEM 2009 - C4 - H16
248| ENEM 2009 - C2 - H7
D os artes os, no per odo anterior, com inavam a tecela-
gem com o cultivo de su sist ncia. E a atua o do Brasil em termos de pol tica e terna evi-
dencia que o pa s tem capacidade decis ria pr pria,
Antes da Revolução Industrial as oficinas artesanais pro- mesmo diante dos constrangimentos internacionais.
duziam mercadorias diversas que eram consumidas na Eu-
Apesar de um contesto histórico de dependência político-
ropa. Nestas, o artesão controlava o processo produtivo
-econômica ao longo de vários séculos, como ocorrera du-
como, por exemplo, a jornada de trabalho. A Revolução
rante o período colonial ou durante a aproximação com a
Industrial conduziu a perda da autonomia dos artesãos Inglaterra no século XIX ou EUA no século XX, o Brasil atual
que antes dominavam todo o processo produtivo, desde a tem procurado se distanciar deste posicionamento. É per-
matéria-prima até a comercialização final da mercadoria. ceptível que o país busca sua afirmação perante a política
Lembrando que muitos viviam no campo e produziam o externa por meio de uma postura ativa baseada no inte-
necessário para sua subsistência. Com a emergência das resse nacional. Assim, o Brasil tem se aproximado dos pa-
máquinas os antigos artesãos se converteram em traba- íses latino-americanos, porém, mantendo uma relação de
lhadores urbanos, assalariados e subordinados a um bur- interesses com os demais países. Igualmente, o Brasil tem
guês capitalista.

128
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

construído sua consolidação como liderança política mun- so, ocorre escassez de alimentos básicos para o mercado
dial como pode ser observado em suas constantes manifes- interno ou o seu preço é tão elevado que dificulta a sua
tações e intervenções internacionais o que, por vezes, acaba aquisição por grande parte da população de baixa renda.
por contrariar aos interesses de grandes potências. Pode-
mos exemplificar com o posicionamento contrário do Brasil 251| ENEM 2009 - C5 - H21
à ofensiva norte-americana ao Iraque, em 2003.
D o avan o da ronteira econ mica so re os estados da
regi o orte e do Centro-Oeste resultou no desenvol-
249| ENEM 2009 - C3 - H11 vimento e na introdu o de novas atividades econ mi-
E espa o arruinado, onde os o etos perderam seu es- cas, tanto nos setores primário e secundário, como no
plendor e so re os quais a vida repousa como lem ran- terciário.
a de um passado que está em vias de desaparecer As fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste atraí-
completamente. ram milhões de pessoas, principalmente migrantes oriun-
A economia mineradora trouxe em seu bojo uma estru- dos do interior das regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Esses
tura que definiu o povoamento, a ampliação política e a migrantes eram, em sua maioria, lavradores à procura de
estratificação social da colônia brasileira. O apogeu da trabalho nas novas áreas de cultivo e de criação que se
exploração dos metais preciosos foi acompanhado da abriam, já que, em muitos casos, haviam sido expropria-
construção de uma europeização de costumes que demar- dos de suas terras nas regiões de origem.
caram as grandes e ricas famílias da época. A queda da
Os chamados posseiros se apropriaram de terras devolu-
economia mineradora significou a simbólica queda de tais
tas, ainda encobertas de florestas e cerrados, formaram
famílias. Contudo, foram mantidos resquícios do status
quo social do período minerador colonial. pequenas e médias propriedades e desenvolveram o cul-
tivo de produtos alimentares por meio da mão de obra
familiar. Na maioria das vezes, após o assentamento dos
250| ENEM 2009 - C4 - H19
lavradores migrantes, as fronteiras agrícolas passaram a
C a presen a de estruturas agrárias arcaicas ormadas por assisitir também à chegada de grandes fazendeiros e de
lati ndios improdutivos. empresários, que adquiriram extensas áreas de terras, de-
sencadeando um intenso processo de concentração fundi-
Apesar de ser uma das regiões que mais produz alimentos,
ária nessas regiões.
a América do Sul ainda tem mais de 33 milhões de pessoas
passando fome. Juntos, América Latina e Caribe possuem Os maiores índices de concentração fundiária se referem
uma população de 597 milhões de pessoas e produzem co- às fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste, em
mida suficiente para alimentar 746 milhões. razão da instalação de grandes estabelecimentos rurais
dedicados à extração madeireira, à mineração, à produ-
Esses números mostram que “a fome é fundamentalmen-
ção pecuária bovina ou à monocultura de produtos de
te um problema de acesso aos alimentos e não de dispo-
exportação, como a soja. Essa realidade tem afetado os
nibilidade”.
pequenos lavradores, muitos dos quais têm sido expulsos
Entre as causas da fome o processo de colonização pelos de suas terras por grileiros.
europeus, na América, Ásia e África é genitor para os de-
Em consequência, o êxodo rural aumenta, o que explica,
mais. Ao chegarem nesses continentes introduziram seus
em grande parte, a elevação das taxas de urbanização
costumes e alteraram profundamente, a organização so-
dessas regiões nas últimas décadas, sobretudo com o in-
cial dos nativos. Exploraram suas terras ao máximo. Im-
cremento populacional das áreas urbanas das capitais es-
plantaram propriedades agrícolas destinadas à exporta-
taduais e das cidades-polo.
ção. Tudo isso com ajuda do trabalho escravo dos nativos.
Com o desequilíbrio gerado pelos colonizadores, a produ- 252| ENEM 2009 - C3 - H11
ção de subsistência caiu e os problemas de subnutrição e
fome surgiram. C as duas civili a es tinham cidades aut nomas e inde-
p endent es ent re si.
Os problemas decorrentes da inadequada utilização da
terra e das tecnologias arcaicas e rudimentares também O examinador inicia sua indagação evidenciando ao aluno
pesam na explicação da fome. Os países subdesenvolvidos que apesar das diferenças entre as cidades gregas e das
têm, geralmente, um passado colonial. Dentro da atual cidades xingus, em termos comparativos, algumas se-
ordem econômica mundial, a maioria desses países não melhanças existem. A análise textual conduz à conclusão
conseguiu livrar-se do colonialismo econômico que ainda que a única comparação viável entre as duas civilizações
predomina nas relações internacionais. As suas economias relaciona-se ao fato de que ambas possuíam cidades au-
estão estruturadas de forma a atender as necessidades do tônomas e independentes entre si que, apesar de suas par-
mercado externo em prejuízo do mercado interno. Dá-se ticularidades, mantinham laços culturais em comum o que
maior atenção a uma agricultura para servir de exporta- nos permite afirmar a existência de aspectos identitários a
ção do que para atender o mercado interno. Em vista dis- unir tais cidades e seus povos.

129
Coleção PREPARAENEM Resolve

253| ENEM 2009 - C4 - H16 longo da história. Nesse sentido, e visando sistematizar
essa relação, procurou-se dividir a evolução do sistema
D terem sido diretamente impactadas pelo processo de
ferroviário segundo fases cronológicas.
internacionali a o da economia, desencadeado a
partir do final dos anos 19 0.
255| ENEM 2009 - C4 - H16
Com o advento da sociedade em rede , torna-se cada
vez mais evidente a importância das cidades como elos A a ampla di us o das tecnologias de in orma o nos cen-
(nós) numa vasta rede (ainda que em muitos casos ex- tros ur anos e no meio rural suscita o contato entre di e-
cludente) baseada em tecnologias de informação e co- rentes culturas e, ao mesmo tempo, tra a necessidade
municação (TICs). Existem diversos motivos pelos quais de re ormular as concep es tradicionais de educa o.
as cidades tornam-se elementos centrais na sociedade Caminhamos hoje por mais uma das transições sociais que
em rede, e, dentre eles, pode-se destacar os seguintes: transformam a sociedade ao longo dos tempos. Para com-
a compressão do espaço-tempo via tecnologias de in- preender este processo, é preciso não só entender as mu-
formação e comunicação (TICs) e a possibilidade de danças da própria sociedade, sejam estas no seu modo de
descentralizar produção e centralizar o controle de pro- agir, pensar e se relacionar, mas também a evolução dos
cessos via TICs). dispositivos que propuseram e/ou fizeram parte dessas
Considerando a importância das cidades na sociedade modificações. Entende-se, então, que as transformações
em rede e sem a pretensão de esgotar as possibilida- sociais estão diretamente ligadas às transformações tecno-
des de abordagem conceitual que podem lhe ser apli- lógicas da qual a sociedade se apropria para se desenvolver
cadas, é possível identificar quatro perspectivas para e se manter.
compreendê-las na sociedade em rede: cidades globais, Novas concepções surgiram, novas práticas, ocupações,
technopolis, cidades do conhecimento e cidades criati- tudo mudou em tão pouco tempo. Fala-se em Sociedade
vas. Cada um desses conceitos é apresentado, de forma Midiática, em Era Digital, Era do Computador; a socieda-
breve, com o objetivo de explorar (de forma inicial) a de passou a ser denominada não por aquilo que é ou pelos
possibilidade de sua aplicação às cidades de Salvador seus feitos, mas a partir dos instrumentos que passou a uti-
(Bahia, Brasil) e Austin (Texas, Estados Unidos). lizar para evoluir.
Na verdade, ainda que distintos, os conceitos discutidos Nessa atual configuração, outros aspectos passaram a ter
possuem uma série de similaridades. Isso fica evidente, relevância na sociedade: valorizou-se o conhecimento; a
que pode ser considerada ao mesmo tempo uma tech- riqueza dos países passou a ser medida pelo acesso à tec-
nopolis, uma cidade criativa e do conhecimento, por nologia e sua capacidade de desenvolvimento na área; a
motivos bem semelhantes. Além disso, percebe-se que informação e as práticas relacionadas a ela se tornaram
os conceitos não podem ser utilizados de forma restriti- o principal setor da economia. Estes três principais fatores
va; Salvador pode ser considerada uma cidade criativa, levam hoje à instauração de um simbolismo da tecnologia
ainda que não seja um caso de desenvolvimento base- como bem maior, a ser perseguido e incorporado em novas
ado em tecnologia. Por fim, esses conceitos (inclusive práticas sociais.
conjugados) podem servir de base para a construção de
indicadores e marcos norteadores do desenvolvimento 256| ENEM 2009 - C5 - H21
de cidades, ou seja, se uma cidade deseja se tornar uma
technopolis,por exemplo, tem à disposição na literatura C o processo de migra o para o Sudeste contri ui para o
os elementos que definem uma localidade desse tipo. en meno conhecido como incha o ur ano.
Cada vez mais, o mundo terá metrópoles, grandes cidades
254| ENEM 2009 - C4 - H16 polarizadoras de fluxos em função de uma vasta rede de
B a e pans o da malha erroviária pelo interior de S o serviços e comércio. Essas metrópoles nem sempre apresen-
Paulo permitiu que m o-de-o ra estrangeira osse tam a estrutura adequada para residência de tantas pesso-
contratada para tra alhar em ca e ais de regi es as. É comum a ocorrência de elevados índices de violência,
cada ve mais distantes do porto de Santos. saturação do equipamento urbano (congestionamentos,
apagões, etc.), altas taxas de desemprego, problemas am-
No Brasil, as linhas férreas também tiveram essa ca- bientais (poluição atmosférica, lixões, etc.), entre outros
racterística, principalmente por conta do ciclo do café, problemas típicos de zonas urbanas metropolitanas satura-
principal produto de exportação do país durante a se- das. Nessas áreas ocorreu uma urbanização desordenada
gunda metade do século XIX e início do século XX. A marcada pelo inchaço urbano (alguns autores denominam
primeira ferrovia brasileira foi inaugurada em 1854, o esse processo de “macrocefalia urbana”).
entre o Porto de Mauá e a cidade de Fragoso, no Rio de
Janeiro, sendo idealizada pelo empresário e banqueiro A metrópole é o centro polarizador, mas existe uma forte
Irineu Evangelista de Souza, muito conhecido pelo título conexão dela com outras cidades. Essa integração entre as
de Barão de Mauá. O desenvolvimento ferroviário bra- cidades constitui a Rede Urbana. Dentro da Rede Urbana as
sileiro sempre esteve intimamente ligado a políticas de cidades realizam fluxos materiais (comércio e pessoas, por
governo, que, por seu turno, variaram grandemente ao exemplo) e imateriais (informações, por exemplo).

130
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

257| ENEM 2009 - C5 - H21 uma das causas históricas da brutal concentração de renda,
da urbanização caótica e da fome que hoje estão destruin-
B do Bico do Papagaio apresenta os n meros mais e -
do o tecido social da nação brasileira. O latifúndio - mesmo
p ressivos.
que comprove produtividade econômica - é socialmente
A região do Bico do Papagaio localiza-se no extremo nor- improdutivo. Não produz distribuição de renda: concentra.
te do Estado do Tocantins, está compreendido entre os rios Não produz comida para a mesa do povo brasileiro: o pouco
Araguaia, a Oeste, e Tocantins, a Leste; fazendo fronteira que se acha é monocultura de exportação. Não produz di-
entre o Estado do Pará, a Oeste, e Maranhão, a Leste. namismo econômico local nos municípios onde se localiza:
suga-os. Não produz empregos: ostenta luxo. Não produz
Encontra-se na transição geográfica entre o cerrado do Cen-
vida digna para o povo: é uma usina geradora de miséria.
tro-Oeste e a floresta Amazônica; os Rios Tocantins e Ara-
Não produz uma sociedade justa e democrática. Serve ao
guaia. Vastas extensões de terra adequadas para a agricul-
poder de uma oligarquia atrasada. E se transformou num
tura e a pecuária são partes da riqueza do Estado, a disputa
dos principais bloqueios ao desenvolvimento com justiça
pela posse dessa terra, porém, é a causa de graves conflitos
social da nação brasileira. O cumprimento da função social
envolvendo fazendeiros e posseiros.
e da produtividade não se limita a um índice de soja, arroz
Por um longo período manteve-se elevado o número de ou cabeça de gado por hectare. Até porque, nestes índices,
conflitos no campo, envolvendo conflitos de terra, ocorrên- as pequenas e médias propriedades rurais têm tido um de-
cia de trabalho escravo, conflitos trabalhistas e outros tipos sempenho infinitamente melhor que os latifúndios.
de conflitos, vinculados à seca, ao movimento sindical e à
política agrícola. 259| ENEM 2009 - C6 - H27
Após o entendimento de parte de acontecimentos na es- D a destrui o das orestas tropicais é uma das cau-
trutura agrária do estado do maranhão fica mais fácil en- sas do aumento da temperatura em locais distantes
tender como o Bico do Papagaio entre também em confli- como os polos.
tuosas brigas por terras. Esses constantes conflitos sempre
envolvendo os fazendeiros proprietários de terras e os pos- O desmatamento constitui uma prática relacionada à
seiros, mas vale lembrar que sempre por trás disto havia os ocupação humana desde as primeiras formas de agru-
interesses políticos. pamentos sedentários. A atividade agropecuária, con-
dição básica para o desenvolvimento de qualquer tipo
Sendo eles os “donos das terras” não aprovavam os pro- de sociedade, depende da retirada da mata nativa e do
testos em relação a reforma agrária brasileira, pois se isso uso intensivo dos solos. Após as Grandes Navegações,
ocorresse perderiam parte de suas terras que muitas das a ocupação europeia nas Américas, África, Ásia e Ocea-
vezes fora tomada a força e “na bala”. nia foi fundamentalmente predatória e só não realizou
Não é muito difícil encontrarmos certa resistência cultural um extermínio ainda maior de áreas florestadas porque
e política na história do (a)s posseiro (a)s do Bico do Papa- havia uma série de limitações técnicas.
gaio, pessoas que vinham do Piauí, Maranhão, Ceará e Per- A escala de desmatamento aumentou bastante após o
nambuco, ou seja, regiões nas quais a integração econômi- surgimento das sociedades industriais. Na Europa, ainda
ca já se fazia sentir na permanência de um modelo agrário no século XVIII, a expansão urbano-industrial associada
concentrador, o que fez da migração uma forma de resis- à utilização do carvão mineral foi considerada o maior
tência às imposições que os condicionavam a agregados e responsável pela redução das florestas do continente. A
subordinados. Isto é, essas constantes mudanças podem ser poluição formada pelas chuvas ácidas e a necessidade de
interpretadas como uma fuga frente às transformações que povoar as áreas interioranas tornaram a Europa o conti-
regulavam suas vidas, caracterizadas por expulsões eviden- nente que mais devastou suas florestas originais.
tes ou disfarçadas.
A destruição das florestas acarreta em perda de bio-
258| ENEM 2009 - C1 - H2 diversidade e habitat de muitas espécies. No contexto
das transformações climáticas globais, 20% das emis-
A im veis improdutivos s o predominantes em rela o sões antrópicas de CO2 são provocadas pelo desma-
s demais ormas de ocupa o da terra no m ito tamento. Seus efeitos também determinam altera-
nacional e na maioria das regi es. ções no ciclo hidrológico, formação das chuvas e nas
Herdamos do império português a estrutura latifundiária características de um microclima. Sem as raízes para
no campo brasileiro e dela não nos livramos. Percorremos absorver a água das chuvas, os solos desprotegidos
uma história de capitanias hereditárias, sesmarias, grandes ficam mais suscetíveis aos processos de erosão e em
fazendas de monocultura de exportação, modernas empre- uma escala ampliada podem chegar à desertificação.
sas agropecuárias e entramos no século XXI completando A água perde a sua capacidade de infiltração e deixa
cinco séculos de latifúndio. Mesmo que parcialmente mo- de abastecer os lençóis freáticos, aumentando a velo-
dernizado, o latifúndio brasileiro continua sendo a grande cidade do escoamento superficial e podendo provocar
causa estrutural da maioria dos nossos problemas sociais. É assoreamento de rios e enchentes.

131
Coleção PREPARAENEM Resolve

260| ENEM 2009 - C1 - H2 Desde 1995, quando foi criado o Grupo Especial de Fis-
calização Móvel (GEFM) no âmbito do Ministério do
E a Vene uela é uma grande pot ncia energética mundial.
Trabalho e Emprego e o Grupo Executivo de Repressão
Uma superpotência energética projeta seu poder mani- ao Trabalho Forçado (Gertraf), por meio do Decreto
pulando o recurso que ela possua, seja influenciando os 1.538, até o ano de 2011, foram resgatados no Brasil
preços internacionais da commoditie, ou simplesmente 41.665 trabalhadores.
embargando um determinado país a receber o produto.
O trabalho escravo contemporâneo não é caracteriza-
Recursos energéticos são territorialmente fixos, o que do apenas quando há ofensa ao direito de liberdade do
coloca qualquer fornecedor em uma excelente posição obreiro. Existem outras formas de coação que não se
de negócios, principalmente se ele detém o quasi-mo- limitam ao cerceio à liberdade de locomoção do traba-
nopólio de produção mundial do recurso, já que o clien- lhador, afrontando princípio basilar do Estado Demo-
te acaba atrelado a este fornecedor; isto acaba trans- crático de Direito: a dignidade da pessoa humana.
formando a relação cliente-fornecedor em uma relação
Os trabalhadores são submetidos a condições ínfimas
mais política do que necessariamente comercial.
de sobrevivência, em um patamar muito aquém do mí-
A economia venezuelana, com uma matriz energética nimo indispensável para uma vida digna, que são as
sustentada por reservas provadas de petróleo de 298 chamadas condições degradantes de trabalho, previs-
bilhões de barris (as maiores do mundo), trabalha pela tas no artigo 149 do Código Penal.
diversificação, para aproveitar o potencial existente em
combustíveis como o gás natural. 262| ENEM 2009 - C6 - H30
Em efeito, os dados de fontes especializadas colocam a B a ocorr ncia de desastres am ientais de grandes pro-
Venezuela na oitava posição do mundo, quanto ao vo- por es, como no caso de derramamento de leo por
lume dos inventários desse produto, enquanto que em navios p et roleiros.
nível da América Latina o país detém a liderança.
Qualquer tipo de derramamento de petróleo nos oce-
Unido a isso, a necessidade de liberar importantes vo- anos é considerado uma catástrofe ambiental. Os im-
lumes de diesel (uns 300 mil barris) que se utilizam atu- pactos ambientais causados pelo derramamento de
almente na geração elétrica, colocam o aproveitamen- petróleo são incalculáveis. A mancha de petróleo que
to do gás como uma prioridade para o governo, o qual se propaga pelo mar, além de contaminar a água, mata
se dirige, ainda, ao desenvolvimento da petroquímica. milhares de aves, peixes e corais.
A capacidade produtiva desse energético no país bei- Os derramamentos de petróleo podem ocorrer por di-
ra atualmente os sete bilhões de pés cúbicos por dia, versos motivos, como acidentes com navios petroleiros,
quantia que deve chegar a 7,5 bilhões em dezembro embarcações despreparadas, acidentes nas platafor-
próximo e aos 12 bilhões para 2019. mas, explosões de poços, tanques com capacidade infe-
A entrada da Venezuela no Mercosul, oficializada em rior ao conteúdo existente, etc.
Brasília, transforma o bloco em uma potência energéti- Uma das formas de contaminação das águas pelo petró-
ca e alimentar, segundo o governo brasileiro. leo é o uso da água do mar para lavar tanques petrolei-
ros. Depois de feita a lavagem desses tanques, a água
261| ENEM 2009 - C5 - H21 contaminada é devolvida para o mar, poluindo aquela
região. Por vezes, quando os tanques dos petroleiros es-
D encaminham den ncias ao Ministério P lico e pro- tão vazios, utiliza-se a água do mar para enchê-los, a fim
movem a es de conscienti a o dos tra alhadores. de equilibrá-lo. Depois, a água poluída é lançada ao mar.
A erradicação do trabalho análogo ao de escravo é hoje
um dos principais objetivos da agenda brasileira de 263| ENEM 2009 - C6 - H29
promoção dos direitos humanos. Existe grande contro- E necessidade de se satis a er as demandas atuais colo-
vérsia no Legislativo sobre o conceito de trabalho aná- cadas pelo desenvolvimento sem comprometer a capa-
logo ao de escravo e as divergências conceituais têm cidade de as gera es uturas atenderem suas pr prias
contribuído para a impunidade dos responsáveis pela necessidades nos campos econ mico, social e am iental.
manutenção de tão vergonhosa chaga no nosso país,
No presente contexto, a sustentabilidade representa um
identificada pela Organização Internacional do Traba- estado idealizado de sociedade onde as pessoas vivem
lho (OIT) como um dos principais empecilhos à erradi- muito tempo, digno, confortável e uma vida produtiva,
cação do escravismo contemporâneo. satisfazendo as suas necessidades em ambientalmente
O trabalho escravo é a forma mais grave de exploração saudável e socialmente justo maneiras, de modo a não
comprometer a possibilidade de outros seres humanos
do ser humano e não atenta apenas contra os princí-
de fazer o mesmo agora e no futuro distante. É, com
pios e direitos fundamentais do trabalho, afrontando
efeito, uma tentativa de mesclar esforços de desen-
também os mais elementares direitos humanos, como volvimento e conservação da natureza de uma forma
a vida, a liberdade e a dignidade do trabalhador. mutuamente benéfica para o bem comum das gerações

132
CIÊNCIAS HUMANAS e suas Tecnologias - GABARITO

presentes e futuras do planeta. Na prática, atingir a As Zonas irrigadas por aspersão na Arábia Saudita
sustentabilidade ocorre através do processo de desen- representam o uso de tecnologia voltada para a pro-
volvimento sustentável - a descoberta, a execução, cria- dução, pois a média de precipitação pluviométrica no
ção e adaptação das instituições apropriadas, políticas, país é baixo, fato que dificulta o desenvolvimento da
estratégias e tecnologias para produzir uma transição
agricultura, sendo necessária a utilização de equipa-
justa na sociedade que se move em direção ao estado
imaginado idealizado da existência. mentos de irrigação.

Sustentar todos os seres: aqui se trata de superar ra- Reconhece-se cada vez mais a crescente falta de água
dicalmente o antropocentrismo. Todos os seres consti- para irrigação e outros usos. Portanto, uma das me-
tuem emergências do processo de evolução e gozam de tas estratégicas para a preservação da disponibilida-
valor intrínseco, independente do uso humano. de e da qualidade dos recursos hídricos consiste em
Sustentar especialmente a Terra viva: a Terra é mais se estabelecer critérios de uso adequado em todas as
que uma “coisa”, sem inteligência ou um mero meio de atividades produtivas, razão pela qual este trabalho
produção. Ela não contém vida. Ela mesma é viva, se aborda a escassez de água, a agricultura irrigada e o
auto-regula, se regenera e evolui. Se não garantirmos a meio ambiente, com base em informações e estudos
sustentabilidade da Terra viva, chamada Gaia, tiramos a que possam contribuir para o direcionamento de uma
base para todas as demais formas de sustentabilidade. agricultura planejada, conservando e otimizando os
recursos naturais. Os modelos tecnológicos propostos
264| ENEM 2009 - C6 - H28 devem considerar um rigoroso equilíbrio entre produ-
D o controle do desmatamento e da eros o, principal- ção agrícola e preservação dos recursos naturais. O
mente nas nascentes dos rios responsáveis pelo n vel desenvolvimento atual da irrigação depende de pro-
das águas durante o per odo de cheias. cedimentos tecnológicos e econômicos para otimizar
Nascentes são manifestações superficiais de água ar- o uso da água, melhorar a eficiência de aplicação,
mazenada em reservatórios subterrâneos, conhecidos proporcionar ganhos de produtividade baseados na
como aquíferos ou lençóis, e que dão origem a peque- resposta da cultura à aplicação de água e outros insu-
nos cursos d’água. Estes pequenos constituem os cór- mos, sem que comprometa a disponibilidade e a qua-
regos que se ajuntam para formar riachos e ribeirões e
lidade do recurso.
que voltam a se juntar para formar os rios.
A conservação de nascentes é, portanto, uma tecnologia
266| ENEM 2009 - C6 - H27
que precisa estar baseada em fundamentos hidrológicos.
Sobre tais fundamentos, que variam com a variação dos A situar-se em uma ona geopol tica mais estável que o
ecossistemas, é que são estabelecidas as tecnologias de Oriente Médio.
manejo. Toda a parte do ciclo hidrológico envolvida na
conservação de nascentes ocorre numa área da superfí- Cenários e dinâmicas políticas globais referentes ao
cie que se enquadra na definição de bacia hidrográfica. É principal recurso natural da atualidade, que esteve em
verdade que a mata ciliar é capaz de manter um ambien- boa parte dos últimos tempos em disputa pelas grandes
te favorável à manutenção da fauna e que também é um potências econômicas internacionais.
elemento importante para a biodiversidade.
A importância do petróleo reside no fato de a huma-
È verdade, até certo ponto, que ela é capaz de fazer uma
barreira à chegada de poluentes aos cursos d’água. Até nidade ser, em sua maior parte, dependente do uso de
certo ponto, porque isso varia muito com a geomorfolo- seus derivados, principalmente como fonte de energia.
gia da área, com o tipo de solo e com a forma de explo- A Agência Internacional de Energia estima que cerca de
ração da encosta adjacente. 60% da produção energética mundial advenha desse
recurso. Assim, considerando que o nível de consumo
265| ENEM 2009 - C6 - H26 de um país está diretamente relacionado ao seu pode-
rio econômico, podemos dizer que quanto mais desen-
D
volvido for um Estado, mais dependente do petróleo ele
tornar-se-á.
O crescimento sócio econômico implica em maior con-
sumo de bens minerais, tornando importante garantir
a disponibilidade dos recursos demandados pela socie-
dade. Existe portanto, uma relação direta entre desen-
volvimento econômico, qualidade de vida e consumo de
onas irrigadas por aspers o na Ará ia Saudita bens minerais.

133
Coleção PREPARAENEM Resolve

267| ENEM 2009 - C6 - H29 nômicas seja devidamente considerada. É o caso do uso
de sementes certificadas, do controle da erosão, da
E a origem da chuva está diretamente relacionada com correção do pH, da adubação orgânica e química, dos
a temperatura do ar, sendo que atividades antropo- tratos culturais, do combate a pragas e doenças, etc.
g nicas s o capa es de provocar inter er ncias em
escala local e glo al.
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A água utilizada pelo homem nem sempre é devolvida
em condições adequadas. Além disso, a atividade hu- E a primeira entende que as cidades devem ser orga-
mana também interfere no ciclo da água, principalmen- nismos vivos, que nascem de orma espont nea, e a
te nas cidades, com o desmatamento e a impermeabili- segunda mostra que há e emplos hist ricos que de-
zação desordenada do solo, para a construção de ruas monstram o contrário.
e habitações.
A urbanização é um fenômeno mundial que propõe nume-
O Homem interfere no processo natural do ciclo hidro- rosos desafios aos governantes e aos próprios urbanistas.
lógico, onde acarreta diversos problemas, como por O espetacular crescimento das cidades, especialmente nos
exemplo, inundações em algumas regiões e estiagem países subdesenvolvidos, costuma ser caótico, complican-
em outras. O simples fato de poluir os solos (através do ainda mais a organização do espaço urbano. Entre os
da má instalação de lixões, aterros sanitários e uso de problemas mais graves, destacam-se os de transportes, de
agrotóxicos nas lavouras), os rios (despejo de esgotos serviços sociais, de moradia e de violência urbana.
domésticos e industriais nas fontes de água superfi-
ciais) e a emissão de poluentes na atmosfera (dispersão CIDADE PLANEJADA: É a cidade construída segundo um
de gás carbônico por automóveis e indústrias), vai con- plano previamente elaborado, com certa ordenação in-
tribuir para a alteração do ciclo natural. terna e distribuição racional das atividades no espaço
por setores (Setor Militar, Setor de Indústria, Setor Ho-
Dado que a precipitação anual (e o consequente es-
teleiro etc.).
coamento anual, superficial ou subterrâneo) é uma
grandeza com carácter aleatório, não se pode atribuir Eis três exemplos de cidades planejadas: Brasília e Pal-
garantia absoluta à quantidade de água que um dado mas - no Brasil - e Camberra, na Austrália.
sistema proporciona para as utilizações. Com efeito, se
um dado sistema for dimensionado, do ponto de vista CIDADE ESPONTÂNEA: Cidade espontânea ou natural é
hidrológico, para satisfazer plenamente as utilizações a que surgiu, cresceu e se expandiu sem qualquer plano
perante a ocorrência de um dado ano seco ou de um prévio de urbanização. Caracterizam-se, por exemplo,
conjunto de anos secos, será sempre possível admitir por ruas estreitas e tortuosas.
um ano ainda mais seco ou um conjunto de anos mais Exemplos: Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Pe-
desfavoráveis em que se verifica insuficiência. quim e Cidade do México, entre outras.

268| ENEM 2009 - C6 - H26 A diferença básica entre esses dois tipos de cidade é o
PLANO PRÉVIO DE URBANIZAÇÃO. A presença de tal
B o emprego de modernas técnicas de irriga o possi- plano indica que a cidade é planejada; em caso da ine-
ilitou a e pans o da agricultura em determinadas xistência do referido plano, temos que a cidade é natu-
áreas do semiárido, integrando-as ao comércio inter- ral ou espontânea.
nac ional.
Na região Nordeste, a irrigação foi introduzida pelo Go- 270| ENEM 2009 - C3 - H14
verno Federal e aparece vinculada ao abastecimento C o Tratado de Madri reconheceu a e pans o portu-
d’água no Semi Árido e a planos de desenvolvimento do guesa além da linha de Tordesilhas.
vale do São Francisco. Ali, a irrigação é vista como im-
portante medida para amenizar os problemas advindos O mapa representa os limites territoriais do Tratado de
das secas periódicas, que acarretam sérias consequên- Madri (1750). Este substituiu o Tratado de Tordesilhas
cias econômicas e sociais. (1494) que, na prática, não era mais respeitado vindo
a delinear o atual aspecto demográfico do Brasil, tendo
No contexto das estratégias nacionais de desenvolvi- como referência o princípio do utis possidetis (direito de
mento, um programa de irrigação pode contribuir para posse). A assinatura do Tratado de Madri pretendia fin-
o equacionamento de um amplo conjunto de problemas dar os conflitos existentes entre Espanha e Portugal acer-
estruturais. Com relação à geração de empregos dire- ca dos limites territoriais coloniais respectivos. A conse-
tos, a agricultura irrigada nordestina é mais intensiva quência geográfica imediata foi a definição precisa das
do que nas outras regiões do país. Na região semi árida, fronteiras naturais do Brasil. Portugal cedeu a Colônia de
em especial, no vale do São Francisco, a irrigação tem Sacramento, recebendo em compensação os atuais esta-
destacado papel a cumprir, como, aliás, já ocorre em dos de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Amazônia e
importantes polos agroindustriais do Nordeste. Rio Grande do Sul, além de uma ampla área localizada
A irrigação constitui-se em uma das mais importantes no alto Paraguai. Do mesmo modo, o Tratado estabe-
tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. leceu que o rio Uruguai passasse a ser a nova fronteira
Aliada a ela, é essencial que uma série de práticas agro- entre Brasil e Argentina.

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