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Primeiramente quero agradecer a Deus por esta oportunidade, ao

Levita Obadias pelo convite queremos apresentar nossos cumprimentos a


todos vocês que estão nos assistindo nesta live. Deus abençoe a todos e
receba o nosso abraço onde você estiver, demonstra estarem preocupados
com um assunto de grande importância, relevância, polêmica, mas que é
uma realidade na vida do ser humano. A temática é muito delicada, é claro,
principalmente, em relação à posição da igreja. A questão do aborto é
um grande dilema, podemos perceber que não é uma simples lei que vai
definir a questão. Não é o aspecto meramente jurídico que vai definir a
questão. E s s a q u e s t ã o E n v o l v e os aspectos éticos, teológicos,
morais, sociais, jurídicos e outros que estão presentes na sociedade, na vida
de cada pessoa e também na vida da família. É discutindo e analisando que
vamos encontrar meios de definição e compreensão sobre um assunto tão
complexo.
Eu quero abrir minha fala com algumas questões norteadoras
 Aborto é pecado? Aborto é crime? É ou não um direito das mulheres?
 Em pesquisas da Organização Mundial da Saúde. Aproximadamente 5
milhões de mulheres praticam o aborto a cada ano no Brasil. Uma média
de quase 5 mil por dia. Mais de 200 por hora. Quatro por segundo.
Calcula-se uma média de 4 a 12 mortes por dia, em decorrência de
complicações por aborto.
De acordo com a legislação brasileira em vigor, aborto é crime, com
exceções em 3 situações : em caso de estupro, no caso de feto
anencefálico (criança sem cérebro) ou gravidez de risco pra mãe.

Anencefalia significa má-formação (total ou parcial) do cérebro ou da


calota craniana. De cada 10.000 nascimentos no Brasil, 8 são
anencéfalos. A ciência médica afirma que em se tratando de um
verdadeiro caso de anencefalia a vida do feto resulta totalmente
inviabilizada. Não há que se falar em delito, portanto, no caso de aborto
anencefálico. Não se trata de uma morte arbitrária (ou seja: não se trata
de um resultado jurídico desarrazoado ou intolerável). Daí a conclusão
de que esse fato é materialmente atípico. A OMS reconhece a anencefalia
(verdadeira) como doença incompatível com a vida.

A palavra de Deus nos ensina que toda a vida é sagrada e bem de Deus,
mesmo a dos deficientes. “Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o
mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” (Êx
4.11)

Nunca, entretanto, esse aborto poderá ser imposto, porque ninguém é obrigado a abortar.
Toda gestante tem liberdade para fazê-lo ou não (de acordo com suas convicções
pessoais e religiosas). Mas a que delibera sua realização não pode jamais ficar sujeita a
qualquer tipo de sanção (ou se reprovação). Obrigar mulheres "a sustentar a gestação de
um feto anencefálico é prática institucionalizada de tortura, já que a criança, com vida
simbólica e psicológica, não existirá

Quando há riscos para a mãe, Então, há permissão para que o aborto


seja feito. Aqui, não entra a questão sobre se há ou não vida, de quem é
o direito de escolha: da mulher ou da criança, ou da família, ou do
Estado ou da igreja. Aqui, é uma questão realmente objetiva.

 O QUE AS IGREJAS CRISTÃS TÊM A DIZER SOBRE ISSO? QUAL


A NOSSA POSIÇÃO ENQUANTO TEÓLOGOS E TEÓLOGAS?

Antes de fazer menção a Bíblia que é a nossa regra de fé e de conduta vamos


falar rapidamente sobre a ciência que em muitos casos é a base para a criação
das leis
Para a biologia, ramo da ciência que estuda os seres vivos e a sua
evolução, a vida começa na concepção. Não há diferença nos
termos criança e adolescente, embrião e feto, todos se referem a seres
humanos, mas em diferentes estágios de desenvolvimento.
É cientificamente incorreto dizer que um embrião humano ou um
feto não é um ser simplesmente porque ele está em uma fase mais
prematura do que uma criança. Isso é a mesma coisa que dizer que uma
criança não é um ser humano, porque ele ainda não é um adolescente.
Será que eu me tornei mais humano quando cresci? Se assim for, então
nós adultos somos mais humanos do que as crianças. Algo que não é
humano não se torna humano ou mais humano ao ficar mais velho ou
maior; tudo o que for humano é humano desde o início, ou não é
humano de jeito nenhum. O direito à vida não aumenta com a idade e o
tamanho; caso contrário, as crianças e os adolescentes teriam menos
direito de viver do que os adultos.

 Alguns defensores do aborto afirmam que suas crenças têm a Bíblia


como base. Eles afirmam que a Bíblia não proíbe o aborto. Eles estão
errados. A Bíblia, de fato, proíbe enfaticamente a morte de pessoas
inocentes e considera claramente o feto como sendo um ser humano
digno de proteção, de cuidado, de atenção.

O texto de Êxodo 20 O Deus de Israel" estabelece os mandamentos


através da Lei de Moisés, para a construção jurídica da Nação, para
instrução do povo! E ela enfatiza, corrobora com a prioridade da
vida
 Não matarás” Êxodo 20.13. E este mandamento não envolve apenas o ser social, o ser
que játem identidade e cpf. Não!!! Este mandamento também diz respeito ao feto e outro
texto em êxodo confirma isto

Em (Êxodo 20:21,22,23). Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher


grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será
multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas
se houver morte, então darás vida por vida. Se homens estiverem brigando e ferirem
uma mulher grávida, e ela der à luz prematuramente, não havendo, nenhum dano sério, o
ofensor pagará a indenização que o marido daquela mulher exigir, porém se houver aborto
pagará vida por vida

Deus nos fez conforme a imagem e semelhança Dele, o ser humano foi
uma criação única, à imagem e semelhança do Criador. No momento da
criação do homem a Trindade se reúne: Façamos o homem à nossa imagem.
Há uma preocupação de Deus de nos fazer seres inteiros. Satanás tenta
destruir a imagem de Deus no homem, por intermédio do pecado que nos
afasta dele, mas pelo sangue nós nos aproximamos e essa imagem é
restaurada.

” Gênesis 1.26,27 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa


imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes
do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a
terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou

E vemos que Deus tem planos para cada um de nós desde o ventre
da nossa mãe. Deus não estabelece um futuro para mim ou para
você após o nascimento, mas ele te viu e te conheceu antes que você
nascesse. Em Salmos 139 vers. 13 ao 16 diz :

"13- Pois possuíste as minhas entranhas; cobriste-me no ventre de minha mãe.


14- Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito;
maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15- Os meus ossos não te foram encobertos quando no oculto fui feito, e entretecido
nas profundezas da terra.
16- Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas
foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma
delas havia."

Este salmo mostra um retrato vívido do envolvimento íntimo de Deus


com uma pessoa antes de seu nascimento. Deus criou o “interior” de
Davi, não no nascimento, mas antes do nascimento. Davi diz ao seu
Criador, “tu me teceste, tu me possuíste no ventre de minha mãe”. Cada
pessoa, independentemente de sua filiação ou deficiência, não foi obra
do acaso, fabricada em uma linha de montagem, mas criada
pessoalmente por Deus. Todos os dias de nossas vidas são planejados
por Deus antes de virmos a ser o que somos.

Jó descreveu graficamente a forma como Deus o criou antes de ele


nascer (Jó 10:8-12).
“As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram, porém, agora, queres
devorar-me. Lembra-te de que me formaste como em barro; e queres,
agora, reduzir-me a pó? Porventura, não me derramaste como leite e
não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e
tendões me entreteceste. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu
cuidado a mim me guardou.” Jó 10.8-12
Jó é obra da mão de Deus. O que estava no ventre de sua mãe não
era algo que poderia tornar-se, mas alguém que ele já era : Jó—o
mesmo homem, só que mais jovem. Para o profeta Isaías, Deus disse:
“Assim diz o SENHOR, que te criou, e te formou desde o ventre, e que
te ajuda” (Isaías 44:2). O que cada pessoa é, e não apenas o que ela pode
se tornar, esteve presente no ventre de sua mãe.
Jeremias 1. 5 Antes de formá-lo no ventre eu o
escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o
designei profeta às nações".
Que declaração maravilhosa! Deus me conhece antes da minha concepção no
ventre da minha mãe! Deus me conhece antes da minha existência. Deus nos
planejou no mundo espiritual, colocou em nós dons e talentos para que
pudéssemos cumprir um propósito no mundo.

Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto
que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em meu
nome.” (João 15:16)
Deus trabalha na nossa vida antes do nascimento, para cumprirmos o
propósito Dele. Talvez você pense “mas eu não nasci no lar certo”, eu não
fui desejada, eu fui fruto de um aborto… será que a forma que você foi
gerado interfere naquilo que Deus designou pra você¿

Amigo, nós fomos gerados por Ele, o sopro de vida que há em você veio
D’ele. Quem te deu a vida foi Deus.

A palavra de Deus nos ensina que toda a vida é sagrada e bem de Deus,
mesmo a dos deficientes. “Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o
mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” (Êx
4.11)

Não são poucos os casos de sobreviventes de aborto que hoje mostram o seu
valor à sociedade. Histórias assim confirmam o que a Bíblia nos orienta: Não
matarás. A vida é sagrada e não pertence a nós. O feto, por menor que seja, já
é portador da imagem e semelhança de Deus e tem de ser preservado. Que
Deus nos dê coragem para defendermos estas vítimas inocentes.

Porque Toda criança no ventre é obra de Deus e faz parte do seu


plano. Cristo ama essa criança e provou isso, tornando-se
semelhante a ela – ele mesmo passou nove meses no ventre de sua
mãe.

Talvez você como o profeta Jeremias tenha pensado: Por que  não me matou Deus no ventre
materno? Por que minha mãe não foi minha sepultura? Ou não permaneceu grávida
perpetuamente?”  Jeremias 20.17. Deus
já tinha planejado um futuro para você, ele
já havia escrito uma história pra você. Na cruz ele provou o seu amor
dizendo: Filho, filha eu te amo, as suas dores, as suas angústias eu levo sobre
mim. Está consumado, está feito, eu levei a cruz por você, eu sofri por você
para te dar vida e vida em abundância.

 OS DEFENSORES DO ABORTO

desviam a atenção da grande maioria dos abortos (99%) ao colocarem o


foco sobre o estupro. No entanto, nenhuma criança é um “produto
desprezível de um estupro ou incesto”, mas sim uma criação de Deus
única e maravilhosa feita à sua imagem. Para uma mulher vitimizada,
pode ser muito mais benéfico ter e carregar uma criança do que saber
que uma criança morreu em uma tentativa de reduzir o seu trauma.

É o mesmo que culpar uma criança pelo erro de uma terceira pessoa.

Portanto, eu não acho justo, nem para a criança e nem para a mulher,
deixar que esta tragédia tire a vida de ambos, a vida física da criança e
a vida moral e espiritual da mãe. E nesta sociedade, eu acho que
fazemos um mal terrível a ambos, porque não temos a coragem de nos
posicionarmos a favor do que é verdadeiro. (ProLife Info Digest,

Quando as vítimas da violência falam por si, a opinião delas sobre o


aborto é quase unânime e exatamente o oposto do que a maioria poderia
prever: existem pesquisas que comprovam que a maioria da mulheres
arrependem de abortar seus bebês concebidos através de estupro
A imposição de pena de morte ao filho inocente de um agressor sexual
não traz nenhuma punição ao estuprador e nenhum benefício para a
mulher. Criar uma segunda vítima nunca desfaz o dano causado à
primeira. O aborto não traz a cura para uma vítima de estupro. Mas o
amor de Deus trás cura, o amor de Deus trás restauração, o amor de
Deus trás restituição.
Os discípulos de Cristo não conseguiram entender como as crianças
eram valiosas para ele, então eles repreendiam aquelas pessoas que
tentavam trazê-las para perto dele (Lucas 18:15-17). Porém Jesus disse:
“Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é
o reino de Deus”. Ele considerou as crianças como parte do seu reino, e
não um problema. E a sociedade tem tratado algumas crianças como um
problema que deve ser eliminado, mas a mensagem de Jesus é: Deixai
vir, deixai viver, deixai crescer.

A visão bíblica sobre os filhos é que eles são uma bênção e uma dádiva
do Senhor (Salmo 127:3-5). No entanto, a cultura ocidental trata as
crianças como obrigações. Temos de aprender a ver todas as crianças
como Deus as vê, e devemos agir em relação a elas conforme ele nos
manda agir. Devemos defender a causa do fraco e do órfão; manter os
direitos dos pobres e dos oprimidos, salvar os fracos e os necessitados e
libertá-los dos ímpios (Salmo 82:3-4).
Cristo afirmou que tudo o que fazemos, ou deixamos de fazer, aos filhos
de Deus que são mais fracos e vulneráveis, nós fazemos, ou deixamos
de fazer, a ele. No julgamento, “O Rei, respondendo, lhes dirá: Em
verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus
pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:40).

Uma vez que reconhecemos que os nascituros são seres humanos, a


questão sobre o seu direito de viver deve ser resolvida, independente da
forma como foram concebidos. É desigual a comparação entre os
direitos das mães e os direitos dos bebês. O que está em jogo na grande
maioria dos abortos é o estilo de vida da mãe, em oposição à vida do
bebê.

IV
Reflexão e debate
.
A verdade é que o problema que enfrentamos não é no nível da carne
nem no sangue, mas espiritual. Vivemos numa sociedade liberal. Numa
sociedade como enfatiza Zigmund Balm sociólogo polônes que expõe
sobre um tema muito recorrente, sociedade de descongelamento do sólido.
Os dias atuais são de inversão de valores, o homem busca satisfazer a sua
carne, busca pela FELICIDADE. Uma geração hedonista, Com a
liberalidade sexual, hoje em dia, vive-se uma vida muito livre e
independente desde os primeiros anos após a puberdade. As pessoas não
aceitam ouvir sobre limites e se lança cada vez mais nos desejos da carne e
da permissividade. Há desinformação?, há abuso,há pouca discussão
sobre a sexualidade? sim. Mas há uma questão maior; A questão espiritual.
O antropocêntrico terminou por fomentar novas ideias contrários a lei de Deus trazendo
como consequencia as verdades relativas, cada um tem a sua própria verdade em
E isso causa o aumento da
oposição a verdade absoluta que é a palavra de Deus.
iniquidade, mas tanbém o crescimento de pessoas vazias, tristes,
depressivas. Uma sociedade que nega a vida, e se opõe aos valores que
lutam pela família Ter filhos, gerar filhos era visto como uma benção.
Construir uma família estruturada era o sonho de toda a mulher, mas o
pecado inverteu isso.
 Jesus não condena, e quem sou eu para condenar. Mas em seu encontro
com a mulher pecadora ele disse a multidão que queria apedrejá-la:
Quem não tem pecado atire a primeira pedra. Mas a mulher ele disse:
Ninguém te condena, eu também não te condeno. Vai e não peques mais.
Jesus não condenou, mas Jesus confrontou. Vai e não peques mais
 (Deus pode mudar a sua história hoje, você que praticou o aborto e nos
assiste, se sente culpada, se sente vazia. Eu te apresento o Deus que nos
faz nova criatura, que faz as coisas novas.  Deus se interessa pelo seu passado,
Deus se interessa pela sua história. Deus te oferece perdão, Deus te oferece
abrigo, Deus te oferece amor, Deus te oferece um novo recomeço. Nem eu te
acuso, Vai, vai, vai e não peques mais. Aleluia. Se livre das algemas da culpa.
Deus está dizendo: Estás livre, estás livre.

Espiritualmente falando Deus não te chamou para abortar, mas para gerar Maria não
escolheu gerar, mas DEUS A ESCOLHEU PARA GERAR SEUS PROPÓSITOS!

Quantas vezes, o Senhor nos escolhe para que sejamos O VENTRE que dará à luz aos
seus projetos e sonhos, mas nós escolhemos abortá-los?

Nunca aceite abortar o que vêm da parte de Deus e está sendo gerado em você. Muitos
têm abortado seus ministérios, seus sonhos, seu chamado por simplesmente não coincidir
com seus projetos pessoais.
Maria, mesmo estando em situação DESCONFORTÁVEL, aceitou o desafio de ser mãe
mesmo correndo sérios riscos de ser apedrejada.
Ela estava disposta a obedecer ao Senhor e confiou que Ele cuidaria de tudo, já que os
propósitos eram dEle.

A maioria de nós sempre carrega uma desculpa para os abortos Espirituais:

 Eu não planejei essa gravidez (espiritual).


Essa criança (espiritual) ao nascer, vai atrapalhar meus projetos pessoais.
 Não tenho tempo para cuidar de crianças (espirituais)
 Durante a gestação (espiritual) meu corpo sofrerá transformações e me trará muito
sofrimento.

O que precisamos entender é:


NÃO HÁ COMO PULAR ETAPAS!
Toda gestação têm seus processos e às reações adversas são inevitáveis.
Como podemos observar, o processo é lento e doloroso.
Mas, com toda certeza, NADA SE COMPARA a ALEGRIA do nascimento!

Deus procura por ventres como o de Maria, onde Ele possa gerar os seus sonhos.

Então, encare as etapas como fez Maria. Com coragem e fé!


Tendo a certeza de que Deus jamais nos escolheria para gerar algo que não possamos
suportar!

Não sejamos matadores de sonhos, mas sim, GERADORES DE VIDA!

É comprovado que o aborto causa uma série de prejuízos psicológicos,


mentais, que afetam a vida da jovem que aborta. Então, a questão não é só
se realiza ou não o aborto, se alguém vai decidir ou não Aqui, entram
outros elementos importantes que deveriam ser considerados.

 É uma questão de responsabilidade da sociedade, dos grupos que


estão presentes na sociedade de dar condições para a vida da criança e
para a vida da família. O Estado é responsável, a igreja é responsável.
Então lei nenhuma vai resolver esta questão. Resolver é responsabilidade
do Estado: a mudança das situações sociais, econômicas, políticas e
educacionais, principalmente, da nossa sociedade.
 Promover um planejamento familiar com uso de métodos que sejam
morais, éticos, e que estejam, também, respeitando a saúde da mulher, e,
agora, métodos que abranjam o próprio homem. Isso antes que se chegue
a condições extremas, como o aborto.
Se alguém não quer ter filhos... que viva do jeito que achar melhor.
Agora, não vá jogar sobre sua própria saúde, sobre a vida de uma criança,
uma coisa que ela poderia evitar e trabalhar de uma forma diferente. Se for
simplesmente discutir o poder de decisão da mulher e concluir que ela o
tem, a mulher vai acabar usando o direito de decidir abortando. Na minha
maneira de ver, ela poderia decidir somente porque tem o direito de decidir.
Ela tem outras maneiras de conviver com a realidade sem pôr em risco sua
própria saúde, e mantendo seu relacionamento com uma pessoa que, aqui,
parece ser uma pessoa estável, contínua.
A família tem a liberdade de definir, de programar, de ter o seu
planejamento familiar. Mas o aborto não é o único meio, não é o único
recurso. Existem meios anteriores a esse momento, muito mais
saudáveis, muito mais dignos, morais, que poderiam evitar esta questão.
Todavia é uma questão delicada, séria e polêmica, que, com muita
humildade e responsabilidade, nós devemos pensar.
 Argumentam que a exclusão social aborta mais, que o homem que não
assume aborta, isso é verdade, mas o fins não justifica os meios. O certo
ainda é certo, pecado ainda é pecado e muitas vezes o homem quer dar
um jeitinho que pode até convencer um grupo, mas que não convence a
Deus.
 (Há um discurso muito presente entre as feministas e as defensoras da
discriminalização do aborto que o corpo pertence as mulheres e que elas
podem fazer o que quiser. Isto contraria a bíblia que diz que nós somos
somos templos do ES. A cristã verdadeira sabe que, primeiro, o corpo
não pertence a nós. O corpo e a vida são propriedades de Deus. e para
não me limitar apenas ao aspecto ético religioso há pesquisas que
comprovam que a maioria das mulheres que fazem aborto se arrependem
porque as feridas psicológicas são mais doloridas do que o peso de criar
um filho. E é ilustrado pela metáfora do texto de Salmos 49.7 “um
abismo chama outro abismo” Ao tentar resolver um problema de forma
errada o homem acaba criando um problema ainda maior)
Uma outra questão, é um argumento mais ou menos assim: a ética
permite a livre escolha, mas a visão bíblica cristã vê a vida. Eu discutiria
muito se a gente pode fazer esse tipo de oposição, colocar de um lado a
ética e de outro lado a livre decisão, a questão da vida e questão bíblica.
Em debates sobre ética, envolve a questão da liberdade: o que é de fato a
liberdade e portanto o que seria a livre escolha? do ponto de vista da
filosofia: ela só existe se for escolha para a vida, para o bem.
Na questão do aborto, há duas vidas em questão. Então, quando uma
mulher, considerando todas as condições possíveis, decide por sua própria
felicidade, pela sua vida, não é ético, porque a ética diz respeito a uma
decisão pelo bem-estar do outro, moral diz respeito a minha própria
felicidade, escolhas que afetam e dizem respeito apenas a mim, escolher
pela própria vida é uma decisão egoísta.

A situação de crianças que vieram à vida mas são abortadas num processo
social é tão grave como a realidade do aborto. A igreja entende que há uma
multidão de famintos e mutilados morrendo diariamente de forma mais
cruel. Se a defesa contra o aborto é a questão da vida, devemos reconhecer
que a discussão pela vida não passa pelo aborto, ela é muito mais do que
isso, cremos que o aborto não é o caminho ético, moral, social para se
evitar filhos. Deve existir um planejamento familiar, que é uma ação de
responsabilidade comunidade humana em dar recursos para que a vida possa
ser vivida de forma mais plena.

Com essas considerações eu penso que cabe ao estado, às instituições,


aos grupos sociais, à toda comunidade e à igreja criar condições e recursos
desde a sobrevivência à educação, num desenvolvimento integral da
criança como uma demonstração de nosso amor por elas. Somos todos
responsáveis por essa realidade. A solução não é atentar contra a vida mas
fazer tudo para que a vida seja respeitada, valorizada, preservada e vivida
da forma mais íntegra. Nossa posição contra o aborto parte do ponto de
vista bíblico, por ser a vida um dom de Deus. Mas alerta ao povo, aos
poderes constituídos e a todos que têm papéis de responsabilidade para o
fato de que o aborto não é o único crime, único pecado com referência à
vida. Não é de menor proporção que o abandono, o descaso, o maltrato, a
miséria reinante na família brasileira onde as crianças nascem para morrer
ou vivem para sofrer. Recomendamos o planejamento da família desde que
não faltem à ética cristã, nem à saúde da mulher e do homem e, aí, pode
haver casos especialíssimos onde, a critério médico, e também a critério da
realidade social, o aborto seja permitido. Aqui, ciência médica e condições
sociais têm a palavra para os casos em que o aborto legalmente pode
ocorrer apesar de que a lei, por si só, não resolva essa questão, como já
dissemos.
O credo social da igreja afirma: para que uma sociedade traga o
sentido cristão de humanidade é necessário que, a par das transformações
das estruturas sociais, se processe também uma transformação da
mentalidade humana. O sentido cristão da humanidade é uma sociedade
onde as pessoas tenham vida comunitária, pelo conceito da solidariedade
humana e de responsabilidade social. O individualismo presente na vida
não tem lugar para dar respostas para uma situação como a que nós
vivemos. Respostas devem ser buscadas, não de forma individualista, mas
com a participação de toda uma comunidade, de uma sociedade.

E nós devemos também ajudar as pessoas na sociedade a não chegar


a esse drama. Porque sempre é um drama, sempre é uma coisa dificílima
que está presente na vida da mulher e da sociedade. E creio que, se
fizermos uma analogia, não cuidando da criança, nós realmente estamos
abortando, tirando vida, levando à morte. Temos estatísticas aqui da
América Latina, temos índices altíssimos de mortes infantis e de crianças
que já foram prejudicadas pela falta nas condições básicas de vida.
 Alguns grupos pensam que juntar numa mesma discussão a legalização
do aborto e a questão ética do aborto é uma posição ideológica da
igreja
 Quando juntamos a discussão ética com a legalização do aborto, como
somos numa grande maioria cristãos, acabamos por impor nossa
confissão de fé a outras confissões que não têm o direito de serem
representadas nas suas posições. Então, a gente se utiliza das leis para
discutir uma questão ética, ou para afirmar na legislação nossa posição
ética. Por isso, acho que devemos discutir, em separado, essas questões.
 A decisão do aborto é uma responsabilidade muito grave para ser tomada
em momento crítico e angustiante. Deve ser uma decisão do homem, da
mulher, da sociedade, da igreja, de toda comunidade humana que precisa
refletir e avaliar todos os elementos presentes nesta contingência. A
questão da imposição de valores éticos da igreja a uma sociedade que
não os aceita é uma questão não só da igreja mas de todo agrupamento
social, do contexto global sociológico Sempre há alguém
ideologicamente tentando impor uma decisão.

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