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Comentário lição 05

A Dessacralização da Vida no Ventre Materno


A lição desta semana tem como finalidade combater as ideologias que intentam
banalizar a concepção da vida humana. Deus é o autor supremo e detentor da vida humana.
Somente Ele tem a autoridade para determinar quando ela começa e quando termina. A
sociedade secularizada adere a ideologias que asseguram que a mulher tem o direito de decidir
o que deve ou não ser feito com seu próprio corpo na justificativa de que deve priorizar os
cuidados com a saúde feminina. Na verdade, a agenda ideológica visa à ideia de liberdade
irrestrita sobre o corpo para atender às liberdade sexuais e ao interrompimento da vida como
bem entender e quando quiser1.
O Objetivo deste comentário é contribuir para o preparo de sua aula, e apresentar um
subsídio a parte da revista, trazendo um conteúdo extra ao seu estudo. Que Deus nos ajude no
decorrer desta maravilhosa lição.

A CONCEPÇÃO DE CRISTO
Toda vida gerada no ventre materno é um milagre divino. Diante de toda ciência,
apesar de diversos artigos e livros explicarem as fases da concepção de um bebê, muitos
mistérios magníficos ainda são dúvidas no pensamento humano, cujo a única justificativa que
podemos ter é a de afirmar ser o milagre da vida.
Somente alguém com uma mente superior e com um poder superior poderia ser o autor
de tamanha obra grandiosa, terrível (como disse o salmista no Salmo 139.14) e poderosa.
Somente Deus tem todo o poder de conduzir a criação do ser humano em todas as fases,
guardando cada detalhe para seu momento, bem como cuidando de cada vida no ventre
materno.
Portanto, precisamos contemplar e defender a sacralidade da vida, desde a sua
concepção no ventre materno. Olhando para a concepção de Cristo, que, de forma miraculosa
e grandiosa, ilustra muito bem quão poderoso é o grande e magnífico milagre que é ter a
condição de gerar uma nova vida dentro de um pequeno ventre.
O dom de gerar filhos foi concedido a raça humana para que ela pudesse procriar e
prosseguir em sua prole, povoando a terra e dominando-a debaixo da orientação e benção
divina. Não podemos permitir que esse tão grande milagre seja manchado por um pensamento
progressista falido e demoníaco.
Destaque
[…] tanto o “nascimento virginal” quanto a “concepção virginal” são doutrinas cristãs.
Contudo, o “milagre está na concepção antes do nascimento”; isso porque a “concepção foi
sobrenatural, mas o nascimento é natural”. Dessa forma, destaca-se que Jesus nasceu de um
parto natural, comum como qualquer outro ser humano. Ratifica-se, contudo, que Jesus foi
concebido no ventre de Maria por “obra miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano”2.

A CULTURA DA MORTE
O progressismo crescente defende o aborto como o método finalístico que defende o
direito feminino sobre o poder ao seu próprio corpo. A palavra “aborto” é formada por dois
vocábulos latinos: ab, privação, e ortus, nascimento. Etimologicamente, o aborto é a privação
do nascimento4.
De acordo com a terminologia médica, o aborto é a interrupção da gravidez até a
vigésima quarta semana de gestação, período em que o feto ainda não tem condições de vida
extrauterina. Após este período, o feto, embora não plenamente formado, já reúne suficientes
requisitos para sobreviver fora do ventre materno4.
No decurso da história, tivemos alguns personagens e nações que defenderam
explicitamente tal prática. Podemos citar aqui Lênin na antiga União Soviética, o nazismo de
Hittler na Alemanha, A Islândia legalizando o aborto em 1935, a Dinamarca em 1937 e a
Suécia em 1938. No livro “A República” o filósofo grego Platão busca defender um Estado
perfeito onde os fracos não tem vez, e propõe o aborto e o infanticídio, a fim de eliminar
aqueles que não podem contribuir para o bem comum. Não podemos esquecer também que o
aborto é plenamente defendido pelo atual feminismo, onde elas pregam que uma mulher não
é obrigada a carregar no seu ventre um ser que ela não vai ter condições de amar.

Abortar é decidir abdicar do grandioso milagre divino que foi concedido à mulher
como grande benção da parte do Senhor. Quando tomamos a atitude de matar uma vida no
ventre materno, assumimos um papel que não é nosso: decidir sobre a vida de alguém.
Eis porque o aborto é um pecado tão grave. Não somente se mata a vida, mas nos
colocamos mais alto do que Deus; os homens decidem quem deve viver e quem deve morrer4.
Destaque
O asseguramento dos direitos femininos e a valorização do papel da mulher na
sociedade não podem ser confundidos com o atentado à vida. A compreensão de que o corpo
pode ser profanado contraria o que Deus determinou nas Sagradas Escrituras quanto à
integridade física daquele que o Senhor proposital mente determinou para templo do Espírito
Santo. Logo, o aborto é contrário à vontade de Deus para a vida humana, que é a maior obra
da Sua criação.1
[…] mesmo sem ser uma pessoa completa, o embrião, ou feto, não é subumano; é uma
pessoa em formação, em potencial. Da primeira à oitava semana (2 meses), completa-se a
formação de todos os órgãos, apresentando, inclusive, as impressões digitais. Aos três meses,
no útero, o bebê já está formado, esperando crescer e sair à luz. Mesmo como ovo, ou feto,
desde a concepção, cremos que o bebê não só tem vida, mas tem a alma e o espírito dentro
dele. Diz o profeta: “Peso da palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o
céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele” (Zc 12.1). O homem,
nesse texto, não é um ser humano adulto, mas um ser criado, com todas as características
genéticas3.

A SACRALIDADE DA VIDA

Não podemos nos ocultar diante de tal assunto. A nossa missão aqui nesta terra é
propagar a vida na qual alcançamos em Cristo Jesus. Na história da igreja podemos observar
vários personagens e escritos que confrontam diretamente tal ato.

Na igreja protestante, por meio da reforma efetivada por Lutero e apoiada nas
Escrituras, os cristãos que mantém os princípios teológicos e a ortodoxia defendem a
dignidade humana desde a sua concepção, ou seja, que o começo da vida acontece na
fecundação5.

Na verdade, uma das principais realizações da disseminação do evangelho no mundo


greco-romano foi repelir essa prática, e o seu parente mais próximo, o infanticídio, às margens
da sociedade [...] Foi a igreja de Jesus Cristo que percorreu o mundo romano com um grande
movimento em favor da vida, estabelecendo padrões na medicina, na cultura e nas políticas
públicas, que ainda condicionam a mentalidade da fragmentada cristandade do século XXI6.
Destaque
A vida humana é sagrada por tratar-se de um ato criativo de Deus. Ele é o Autor e a
fonte originária do fôlego da vida (Gn 2.7; Jó 12.10). O princípio de sacralidade assegura a
dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida (Sl 36.9; 90.12). O valor da
vida, portanto, é absoluto e deve sobrepor-se a qualquer outro direito ou interesse (Jo 10.10)2.

Esperando Jesus voltar hoje!


Pb. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:
1 – Revista o Ensinador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, Ano 24, nº 94.
2 – BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
3 – LIMA, Edinaldo Renovato de. Ética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
4 – ANDRADE, Claudionor Corrêa de. As novas fronteiras da Ética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD,
2015.
5 - BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
6 - CAMERON, Nigel in Bíblia de Estudo Apologia Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

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