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PATOS DE MINAS
2023
LEONARDO PEREIRA VIDA
PATOS DE MINAS
2023
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Wikepédia. Concílio Vaticano II. https://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_Vaticano_II
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sobre nossa conduta e de que forma podemos nos assemelhar a Cristo, cordeiro
perfeito, que se entrega a cruz por amor a nós.
No capítulo II, Comunidade Humana, somos lembrados que devemos
formar uma só família e cuidar um do outro como irmãos, pois, todos nós somos
chamados a um só e mesmo fim, que é o próprio Deus. É desde a criação que somos
chamados a viver a comunidade humana onde o desenvolvimento da pessoa e da
sociedade encontra recíproca dependência. Nessa parte o documento chama nossa
atenção na forma que se dá esse desenvolvimento que pode ser positivo, mas que,
devido ao egoísmo e orgulho, pode ser negativo levando o homem a praticar o mal
devido a condição de vida que lhe é imputada. O homem tem direitos e deveres
invioláveis, sendo necessário que ele não seja cerceado dos bens básicos como
alimentos, vestuários, moradia e o direito de agir de acordo com a própria consciência.
Assim, se você quer esses direitos deve querer o mesmo para o outro, pois aí se
realiza o que foi dito pelo apóstolo: “amemo-nos uns aos outros”. (2 Jo 1, 5).
A Gaudium at Spes vai tratar de temas muito presentes na comunidade
humana os quais, infelizmente, são vistos por muitos como naturais e necessários tais
como: homicídio, genocídio, eutanásia, suicídio voluntário e aborto. A Igreja vê esses
temas como infamantes, pois entende que tudo o que corrompe e desonra o homem
vai ofender severamente a Deus. Para o cristão, o qual não aceita essas condutas, a
constituição vai pedir respeito e amor aos adversários. Ela não diz que o cristão deve
ficar indiferente, mas deve agir como verdadeiro discípulo de Cristo que anuncia a
verdade que salva e sabe que somente Deus é o justo juiz. A constituição visando a
unidade e o desenvolvimento da comunidade continua com temas como a igualdade
entre os homens; a superação da ética individualista e a responsabilidade e
participação social. No fim desse capítulo o documento vai abordar o povo de Deus e
lembrar que o homem não foi criado para viver isoladamente e sim em sociedade.
Lembramos da primeira comunidade em Jerusalém e da forma como eles viviam:
“Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à
fração do pão e às orações”. (At 2, 42); e que o próprio Jesus participou de eventos
como as bodas de Caná e faz suas refeições ao lado de publicanos e pecadores.
O capítulo III fala sobre a atividade humana no mundo e a forma como
nos organizamos como uma só comunidade. As questões giram em torno do sentido
que se dá a toda essa atividade e como a sociedade deve usar os bens conquistados.
O documento não cria uma acirrada disputa entre Criador e criatura, mas nos faz ver
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que todo o fruto de nossas conquistas e labor manifestam a glória de Deus. Assim, o
homem pode transformar o meio onde vive de forma consciente visando melhorar sua
condição aqui na terra, mas sem esquecer que depende de Deus e que sem Ele não
pode existir. Deverá lembrar, também, que não fomos criados para este mundo e que
devemos buscar as coisas do alto, pois nós somos de Cristo e a figura desse mundo
passa. Nesse contexto aprendemos que a encarnação e o mistério da morte e
ressurreição de Cristo aperfeiçoa a nossa atividade que não se limita a criar bens
visíveis. A exemplo de Cristo devemos levar a cruz do irmão que busca paz e justiça
e pelo Espírito descobrir quais dons recebemos e colocá-los a serviço da comunidade.
O capítulo finaliza nos lembrando que de nada vale ao homem ganhar o
mundo se a si mesmo se perder; devemos continuar nossas atividades para promover
um lugar fraterno onde todos possam viver e se desenvolver, mas sem nunca
esquecer que há uma nova terra. “Porque a raiz de todos os males é o amor ao
dinheiro, por cujo desenfreado desejo alguns se afastaram da fé […] Tu, porém, ó
homem de Deus, foge destas coisas. Segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a
perseverança, a mansidão”. (1 Tm 6, 10-11).
A primeira parte da Gaudium at Spes finaliza no capítulo IV com a função
da Igreja no mundo atual. A origem da Igreja está em Cristo que por sua vontade a
quis constituir e a constituiu com homens que fazem parte da cidade terrena
organizados como sociedade neste mundo e iluminados pelo Espírito Santo. A família
dos filhos de Deus caminha junto com a humanidade e assim não se torna uma família
fechada. A Igreja não vai se limitar ao anúncio da vida divina, ela acredita que muito
pode ajudar na edificação da dignidade humana através de suas pastorais e
movimentos. Sendo ela o fermento e a alma da sociedade sabe que o homem é
desejoso de respostas sobre o sentido da vida e o que se dará após a morte; o que
ela faz é anunciar que só Deus criador de todas as coisas pode dar resposta a estas
perguntas e Ele as concede pela revelação em Cristo. A Igreja tem plena consciência
de que serve a Deus e confiante em seu plano de Salvação respeita a livre decisão
humana de aderir ou não à fé; contudo, ela rejeita todo o tipo de servidão que além
de denigrir o homem o acorrenta no pecado fazendo dele prisioneiro do próprio desejo.
Assim, sua missão não é de ordem política, econômica ou social e sim religiosa. Por
essa missão e por não ter ligação com sistemas políticos ela se mostra de forma
universal (Católica) promovendo uma comunicação clara com diversas comunidades
e nações orientando na superação de conflitos. A forma como vivemos nossa vida
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aqui na terra é tema de orientação da Igreja que pede ao cristão que não viva numa
redoma sem se importar com os problemas do mundo, pois, ao faltar com seus
deveres aqui na terra o homem falta com seus deveres para com o próximo e termina
colocando em risco a salvação. Pior sorte terá aquele que sendo membro da Igreja se
torna infiel ao Espírito. Pois, a Igreja não venda seus olhos para a má conduta de
papas, bispos, padres religiosos e religiosas que no decorrer dos séculos viraram as
costas para a cruz de Cristo e passaram a anunciar um Evangelho diferente; para
esses a Palavra é dura. (cf. Gl 1, 8).
O capítulo finaliza nos dizendo que o único fim da Igreja é o advento do Reino
de Deus. Jesus se fez homem para que todo aquele que nEle crê tenha a Salvação.
É ele que, após ser ressuscitado pelo Pai, senta-se à direita no trono e será o justo
juiz para todos.