Profª: Idalia Macedo Pagamissi FREUD • Sigmund Schlomo Freud nasceu no dia 6 de maio de 1856, na cidade de Freiberg, na Morávia (hoje Tchéquia), a 160 km de Viena, capital da Áustria. • Entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena em 1873. • Depois de formar-se, em 1881, queria trabalhar com pesquisa, mas, para juntar dinheiro para o seu casamento, escolheu atender em um consultório situado na capital (hoje, o Museu Freud de Viena. • Aos 26 anos, Freud apaixonou-se por uma moça chamada Martha Bernays. Com dois meses de relacionamento, ficaram noivos. O médico casou-se com ela aos 30 anos e, juntos, tiveram seis filhos. • Era um homem reservado, tímido e discreto. • Tinha fobia de viajar, era viciado em charutos e chegava a fumar de 20 a 25 desses por dia. • Segundo ele, precisava fumar o charuto para manter-se criativo. • Em 1923, Freud foi diagnosticado com câncer na mandíbula e na boca. • Passou por várias cirurgias para retirar tumores. • Tirou também parte da sua mandíbula e passou a usar uma prótese. Nos 16 anos seguintes, continuou sofrendo com a doença. FREUD E SUA OBRA • Em 1885, antes de tornar-se famoso, Sigmund Freud ingressou como interno no Hospital Geral de Viena. • Ele escolheu especializar-se em doenças nervosas (neurologia), por ser uma área pouco procurada e por questões práticas. • Enquanto estudante e profissional, Freud fez diversas pesquisas que contribuíram para áreas da medicina e da biologia, tais como fisiologia, anatomia, histologia, anestesia e pediatria. • Outras de suas contribuições foram investigações sobre temas como a natureza das afasias (distúrbios de linguagem), a paralisia cerebral na infância e as propriedades anestésicas da cocaína. • Uma curiosidade é que, na época, ele chegou fazer uso constante dessa droga. • No início da carreira, Freud passou uma temporada em Paris para estudar com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que hipnotizava pacientes considerados histéricos diante do público. • Na ocasião, Freud passou a questionar-se sobre doenças que não estavam somente no corpo mas também na mente, mais especificamente em uma parte chamada segunda mente. • Posteriormente, ele denominou essa parte de inconsciente. • Sigmund Freud morreu em 23 de setembro 1939, na sua casa, em Londres, onde hoje funciona o Museu Freud de Londres. Relatos apontam que ele faleceu depois que seu médico aplicou-lhe três doses de morfina. PSICANÁLISE • Em 1886, Freud abriu seu consultório em Viena para atender pacientes com distúrbios nervosos. Ele tentou usar a hipnose de forma terapêutica, mas acabou desenvolvendo outra técnica: tratar pessoas com a chamada talking cure (tratamento pela palavra), que se tornou a base de toda psicoterapia. • Após diversos estudos e aplicações sobre o referido tratamento, Freud desenvolveu a teoria da psicanálise, cujo objetivo era entender como funcionava a mente dos homens, em especial daqueles que tinham sofrimento mental. • Freud entendeu que as pessoas que não expressavam seus sentimentos tinham a mente doente, e que, ao aplicar técnicas da psicanálise, como a livre associação e a interpretação dos sonhos, por exemplo, os pacientes eram estimulados a externar seus pensamentos e memórias que causavam as neuroses. • Para que seus pacientes sentissem-se à vontade, o médico pedia para que se deitassem em um sofá, conhecido hoje como o famoso divã de Freud. PSICANÁLISE
• Segundo pesquisas, a teoria freudiana explica ainda
que o comportamento humano pode ser determinado por motivações inconscientes provindas de experiências da infância, especificamente relacionadas com o amor, a perda, a sexualidade e a morte, e de atitudes emocionais complexas por parte de familiares. • Estudos apontam também que Freud tinha uma visão esclarecida sobre a homossexualidade. • Segundo ele, muitos indivíduos da história eram homossexuais e seria grande injustiça e crueldade persegui-los como se estivessem cometendo um crime. FASES DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
• Um dos maiores conhecimentos que Freud trouxe à
psicologia foi quando mencionou que a experiência da infância tem uma forte influência sobre a personalidade adulta. • Existem cinco fases universais do desenvolvimento que são chamadas de fases psicossexuais. • Freud acreditava que a personalidade estaria essencialmente formada ao fim da terceira fase, por volta dos cinco anos de idade, quando o indivíduo possivelmente já desenvolveu as estratégias fundamentais para a expressão dos seus impulsos, estratégias essas que estabelecem o núcleo da personalidade. FASES DO DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
• I – A fase oral (0 – 1 ano)
• II – A fase anal (1 – 3 anos) • III – A fase fálica (3 – 5 anos) • IV – O período de latência (5 anos – puberdade) • V- A fase genital (puberdade e vida adulta) FASE ORAL • O desenvolvimento ocorre desde o nascimento aos doze meses de vida. • Nesta fase a zona de erotização é a boca, as atividades prazerosas são em torno da alimentação (sucção). • Quando o bebê aprende a associar a presença da mãe à satisfação da pulsão da fome, a mãe vem a ser um objeto à parte, ou seja, o bebê começa a diferenciar entre si próprio e os outros • Uma fixação nessa fase provoca o desenvolvimento de um tipo de personalidade de caráter oral, do qual os traços fundamentais são o otimismo, a passividade e a dependência. • Para Freud, os transtornos alimentares poderiam se dar às dificuldades na fase oral. FASE ANAL
• A fase anal ocorre durante o segundo e o terceiro
ano de vida, onde o prazer está no ânus. • Nessa fase a criança tem o desejo de controlar os movimentos esfincterianos e começa também a entrar em conflito com a exigência social de adquirir hábitos de higiene. • Uma fixação nessa fase pode causar conflitos para o resto da vida em torno de questões de controle, de guardar para si ou entregar. • O caráter anal é caracterizado por três traços que são: ordem, parcimônia (econômico) e teimosia. • Ocorre dos três aos cinco anos, a área erógena fundamental do corpo é a zona genital. • Freud sustenta que nessa fase o pênis é o órgão mais importante para o desenvolvimento, tanto dos homens quanto das mulheres, por isso Freud é fortemente criticado e acusado de ser falocêntrico (defende a superioridade masculina). FASE FÁLICA • O desejo de prazer sexual expressa-se por meio da masturbação, acompanhada de importantes fantasias. • Nessa fase fálica também ocorre o complexo de Édipo, que consiste no menino desejar a própria mãe, mas por medo da castração abandona esse desejo. • Igualmente ocorre com a menina mudando apenas os papéis, onde o pai seria o seu objeto de desejo. • Uma não resolução nessa fase pode ser considerada como a causa de grande parte das neuroses. FASE FÁLICA • A psicanálise certifica que a fixação na fase fálica tem como conseqüência dificuldades na formação do superego (regras sociais), na identidade do papel sexual e até mesmo na sexualidade, envolvendo inibição sexual, promiscuidade sexual e homossexualismo. • Dificuldades como a identificação de papéis sexuais podem derivar de dificuldades nesta fase. • Freud propôs que os homens homossexuais tem uma forte angústia de castração, mas é novamente criticado por não levar em conta as questões sociais que mudam de uma cultura para a outra e que influenciam o desenvolvimento das preferências sexuais. • Ele acreditava também que a tendência homossexual poderia ser de caráter hereditário. • Declara que em grande parte a personalidade se forma durante esses primeiros três estágios psicossexuais, quando são estabelecidos os mecanismos essenciais do ego para lidar com os impulsos libidinais. PERÍODO DE LATÊNCIA
• A fase de latência que ocorre desde os
5 anos e vai até a puberdade é considerado um período de relativa calma na evolução sexual, sendo que pouco é colocado por Freud com relação a tensão libidinal. FASE GENITAL – DA PUBERDADE À VIDA ADULTA • A fase genital é a última da teoria de Freud. • Nela, o indivíduo desenvolve o conhecimento de obter prazer sexual com um parceiro. • Entretanto, a pessoa que não tem conflitos significativos “pré-edípicos”, vive uma sexualidade satisfatória e preocupa-se com o prazer do parceiro sexual, evitando a manifestação do egocentrismo, que é muito bom para completar o ciclo do desenvolvimento da personalidade.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)