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RESUMO
ABSTRACT
Quality of life is a social construction that undergoes changes over time, and this
article reveals the uniqueness of some elderly people who live in the Antônio Jorge
Foundation, located in Arapiraca-AL, and whose main objective is to observe the
quality of life that the elderly take, and what basic conditions are offered to them,
thus seeking to understand that these individuals have needs that need to be
respected in favor of always seeking to promote a better quality of life.
The results bring a reflection within the context of institutionalization to which the
elderly are, even the quality of life being difficult, and some aspects such as psychics
are not taken into account, in general despite not showing dissatisfaction because
they live in this institution, they wanted some things to be changed, such as, bath
schedule and some meals, i.e. very basic things, but necessary. It is necessary to
understand that old age is not a stage of preparation for death, and that this shallow
way of thinking about quality of life can have many consequences such as psychic
illness.
Keywords: Quality of life. Institution. Elderly.
INTRODUÇÃO
A qualidade de vida no contexto social como um todo é algo que está sendo
cada vez mais em pauta nas discussões, visto que, ela está totalmente interligada a
promoção de saúde e bem-estar biopsicossocial, trazendo assim, questionamentos
relevantes em diversos campos da sociedade.
Segundo Minayo, Hartz e Marchiori (2000), a
RESULTADOS
Não houve variações entre o sexo dos os idosos que aceitaram participar da
pesquisa. Foi observado que grande parte dos entrevistados estavam receosas(os)
com a pesquisa, visto que, apesar da explicação de que não se tratava de algo feito
pela ILPI, associaram a uma inspeção da Instituição, o que dificultou e afetou as
respostas de grande parte dos idosos.
Quando questionados sobre gostarem das refeições da ILPI e quantas faziam
por dia, houve uma discordância quanto a satisfação com a alimentação, tendo em
vista que dentre os seis entrevistados, dois relataram não estarem satisfeitos,
contudo, existiu concordância quanto o quantitativo de refeições, sendo este três ao
dia.
Nas indagações sobre o que mais gostavam de comer e qual comida era mais
frequente na ILPI, todos em ambas as perguntas, disseram comidas comuns do dia
a dia, como feijão, arroz e carne, tendo poucas especificidades, entretanto, quando
questionado sobre a quantidade de banhos diários, 50% relatou tomar banho três
vezes ao dia, enquanto 50% relatou tomar banho 2 vezes ao dia, havendo assim,
uma divergência nas respostas.
Foi colocado em questão também, se possuíam problemas de saúde, e se
sim, se estavam tomando alguma medicação para tratar o problema, dois idosos
responderam que tinham diabetes e que estavam tomando medicação, um idoso
relatou tomar medicação, contudo não sabia o motivo desta e três falaram que não
possuíam problema algum de saúde e que não tomavam medicação.
Na pergunta sobre gostarem de morar na ILPI, quatro idosos relataram
gostar, uma idosa falou que não gostava, contudo, não quis se ater a detalhes e um
idoso falou que gostava, mas se mudaria para a própria casa, porém, não quis
conversar sobre os motivos.
Durante a finalização da entrevista, foi colocado em pauta se mudariam algo
na ILPI, quatro idosos responderam que não, demonstrando satisfação com o
serviço prestado e a vida que levam na instituição, uma idosa falou que mudaria as
refeições, mas não quis relatar quais, e um idoso disse que mudaria os banhos, pois
não gostava do horário e não se ateve a mais detalhes.
DISCUSSÕES
Falar sobre qualidade de vida, é algo novo e que gera muitas discussões no
campo teórico e prático. Segundo Minayo, Hartz e Marchiori (2000),
Diferente dos estudos realizados por Freitas e Scheicher (2010, pág.: 399), ao
qual constatou que “as ILPIs, geralmente, são casas inapropriadas e inadequadas
às necessidades do idoso, as quais não lhe oferecem assistência social, cuidados
básicos de higiene e alimentação”, na Fundação Antônio Jorge, ficou perceptível que
as necessidades básicas, como alimentação e higiene, são atendidas, apesar de, no
geral, não haver uma preocupação explicita com as singularidades de cada
indivíduo, sendo importante ressaltar que é um ambiente institucional, que abriga
diversos idosos, o que consequentemente, quase que automaticamente, as
particularidades deles são unificas para que seja possível atender a todos, de forma
que o básico seja ofertado da melhor forma possível.
Contudo, as necessidades fisiológicas, não é o único fator para que se tenha
qualidade de vida, especialmente em um contexto institucional, visto que, esse
ambiente tende a favorecer o isolamento, invalidação, promoção maior de
dependência, além da inatividade física e mental (FREITAS e SCHEICHER, 2010),
ou seja, todos os fatores que já cercam a pessoa idosa, são intensificados dentro da
ILPIs, facilitando uma depreciação da qualidade de vida.
Apesar de grande parte dos entrevistados relatarem gostar de morar na ILPI,
foi possível observar que estavam receosos, visto que associaram a entrevista, a
algo feito pela Fundação, fazendo com que a maioria demonstrasse satisfação, o
que consequentemente, compromete uma melhor avaliação acerca da qualidade de
vida dos residentes da ILPI estudada.
Atrelado a isso, são muitas as ILPIs que estão repletas de profissionais
desqualificados que visam apenas as necessidades básicas dos idosos
(GONÇALVES, 2013), infringindo a Lei nº 10.741 do Estatuto do Idoso no qual diz
que o Estado e a sociedade têm obrigação de garantir que à pessoa idosa tenha
acesso à liberdade, dignidade e respeito, como sujeito que possui direitos civis,
políticos, individuais e sociais (BRASIL, 2003).
Essa infração que a priori parece ser insignificante, afeta muito a qualidade de
vidas dos idosos, especialmente dos institucionalizados, visto que os mesmos ao
decorrer do tempo, vão perdendo suas identidades enquanto pessoas que possuem
gostos, opiniões e modos de ser divergentes. Dessa forma, é essencial que os
profissionais busquem diversas fontes de conhecimento, promovendo assim um
cuidado para além do fisiológico, em que o respeito às crenças e cultura da pessoa
idosa esteja presente.
Promover qualidade de vida para institucionalizados, evidentemente é um
desafio, especialmente no Brasil que é um país despreparado para o alto
crescimento da população idosa, além de inevitavelmente a institucionalização ter
um caráter segregador, pois, a partir do momento em que um individuo se adentra
em uma ILPI, seu convívio social é restrito e limitado, facilitando assim, quadros
depressivos e solidão.
Freitas e Scheicher (2010), falam que
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 10.741 de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e
dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília,
DF, 1º de out. 2003. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 4 de maio de
2021.