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Módulo 1 - Fundamentos da Psicologia

Contribuições Teóricas da Psicologia (Psicanálise,


Fenomenologia e Behaviorismo)
A psicologia muda conforme o ser humano muda

Psicanálise - Freud
Impacto com métodos de investigação desenvolvidos e empregados no inconsciente.
● 3ª grande mudança histórica.
○ 1ª - Copérnico descobriu que a Terra girava em torno do Sol.
○ 2ª - Darwin comprovou a evolução humana.

Antes de Freud acreditava que consciência e razão eram subjetivos.

Freud afirmou que o ser humano sofria influências inconscientes, enfatizando a natureza
sexual e agressiva das motivações humanas.

O subconsciente pode ser reconhecido por refletir efeitos diretos no consciente, como atos
falhos.

A psicanálise como:
● Método de investigação: interpretativo, busca significado oculto do que é
manifestado por meio de ações, palavras, sonhos, delírios, atos falhos.
● Tratamento: A análise, busca o autoconhecimento ou a cura.

Aparelho Psíquico
Subsistemas:
● A consciência é responsável pelo julgamento, raciocínio e discriminação qualitativa
das vivências (afetos positivos ou negativos).
● O pré-consciente armazena os conteúdos do mundo interno e externo dos quais são
facilmente acessados.
● O inconsciente armazena todas as representações das coisas, percepções,
vivências modificadas, imagens atemporais e mais.

Esses subsistemas mantêm e recuperam o equilíbrio de forma que maximiza o prazer e


evita a dor.

Os princípios
Os princípios do prazer e realidade (que fazem parte do mundo interno) junto ao mundo
externo estruturam, por meio de trocas, a personalidade.
Conforme crescemos, aprendemos com nossos pais (Ego auxiliar) a mediar a excitação e
compreender a realidade, organizando o mundo interno conforme o modelo do mundo
externo apresentado para nós ao envelhecer.

● Constância: Resiste às mudanças, mantém tensão interior constante do aparelho.


● Prazer: Busca constante em evitar o desprazer, reduzir a tensão.
● Realidade: Modifica o princípio do prazer conforme evolução do aparelho, a
descarga de tensão acontece quando há disponibilidade no mundo exterior (ex.
criança aprende que as coisas não podem acontecer sempre que querem).

As 3 instâncias
Tentam manter o equilíbrio psíquico diante das exigências do ID e os conflitos causados
pelo mundo externo, essa tentativa é uma operação do inconsciente (mecanismos de
defesa do Ego).
● Funcionamento das 3 instâncias:
○ ID: reservatório de energia psíquica, inconsciente, regido pelo prazer procura
satisfação imediata.
○ Ego: forma-se devido ao contato com o mundo externo (regras e leis), regido
pela realidade, tenta manter o equilíbrio do querer e poder. Possui
mecanismos de defesa que reduzem o impacto de situações de risco à
integridade.
○ Superego: Opõe-se ao Ego, reprime os desejos conforme as censuras que
nos foram impostas fazendo o indivíduo agir de forma adequada às regras.
Especialmente desejos sexuais que têm as primeiras manifestações
censuradas gerando um conflito entre prazer e culpa que pode aparecer por
toda a vida.
■ Ideal de Ego: A busca da criança pela gratificação dos pais,
moldando-se para agradar.

Estágios Psicossexuais
Acreditava que até os 5 anos, a criança já tinha sua personalidade formada e que as
vivências nessa época eram determinantes para o desenvolvimento saudável ou patológico.

Zonas erógenas (organização biológica que suporta as fases do desenvolvimento em busca


de seus objetivos - líbido - energia afetiva):
● Oral: ato de sugar, morder e engolir. Uma satisfação inadequada poderia resultar em
adultos com preocupações bucais como fumar, beijar e comer. Até os 2 anos.
● Anal: período da retirada da fralda, controlar as necessidades conforme querem. Até
4 anos.
● Fálica: reconhecimento das genitais, criança quer o objeto desejado (pai/mãe) então
começa a agir como o outro que tem o objeto (mãe/pai). Com isso internalizam as
regras e normas sociais de seu gênero e quando crescem e superam o Édipo,
relacionam-se bem com ambos os pais e seu papel na sociedade. Até os 5 anos.
● Período de Latência: Período dormente. Até 12 anos.
● Genital: Todas adaptações biológicas e psicológicas estão prontas e o indivíduo se
prepara para vida adulta, casamento e filhos.
Mecanismos de Defesa
Ações inconscientes que fazemos para nos livrar da angústia devido a um conflito interno,
desejo não satisfeito ou risco a organização do aparelho.
Para evitar o desprazer, a realidade externa é distorcida pelo ego, protegendo o aparelho de
perigos reais ou imaginários do mundo exterior.

Sonhos
Função de proteger o sono, servem também para satisfazer a psique

Behaviorismo
● Procedimentos objetivos de estudo, buscando ocupar espaço de uma ciência
● John B. Watson utilizou o termo behaviorismo em 1913 em um artigo sobre uma
nova forma de “ver” o comportamento humano.
● A importância do homem inserido no ambiente que influencia seu comportamento

Condicionamento Clássico

Estímulo Incondicionado
Resposta específica é produzida por um estímulo de acordo com a espécie, e não por conta
da experiência que vivenciou. Não é necessário aprendizado.
Ex: cheiro de comida faz salivar.

Estímulo Condicionado
Resposta é aprendida por repetição de um estímulo neutro (algo que não tinha resultados
antes da associação e repetição) junto a um incondicionado, gerando o estímulo
condicionado.
Ex: comida faz salivar, adiciona o apito todas as vezes que for apresentar a comida, com o
tempo, só o apito é suficiente para a salivação.

Pavlov - Comportamentos inatos, reflexivos, podem ser aprendidos através da associação


de estímulos que ao serem repetidos criam um condicionamento, resultados semelhantes
de comportamento. O organismo aprende reflexos específicos em função da relação de
estímulos e respostas.

Watson - Aplicação nas emoções. Bebês nascem sem conteúdo de comportamento além
das respostas inatas, que depois seriam associadas a outros estímulos, ensinando assim
novas emoções.
Condicionamento Operante
Skinner - Comportamento produz consequências no mundo exterior que refletem no
indivíduo. O indivíduo faz parte do meio, podendo interferir nos resultados.
O estímulo causa a ação que tem uma consequência. a repetição da consequência faz com
que o indivíduo aprenda qual resposta dar ou não.

Consequências
Reforço Positivo: Comportamento produz um novo estímulo, algo foi aumentado. R+
Ex: Vestir uma roupa nova traz elogios OU cair da cadeira gera vergonha.

Reforço Negativo: Comportamento subtraí um estímulo, algo foi tirado. R-


Ex: Se ir bem na primeira prova não precisará fazer a próxima OU se não alcançar a
meta do mês, perderá o emprego.

A abordagem comportamental considera que o homem é ambientalmente determinado pela


sequência de comportamentos e de reforços, criando uma ilusão de liberdade. Os reforços
são consequências que levam ao aumento na frequência do comportamento anteriormente
apresentado. Dentro desta perspectiva, a consciência não é responsável pela escolha de
comportamentos, visto que os mesmos são definidos pelas suas consequências

Psicoterapia
Surgiu em época com questionamentos sobre Freud e a psicanálise, criaram um outro jeito
de compreender o ser humano no contexto clínico em que ele vive

Abordagem Existencial Fenomenológica


Método filosófico que propõe absorver o que está acontecendo como vivência imediata do
ser humano. A experiência vivida tem um significado único em sua história.
Sem julgamentos, procura entender o mundo da forma que o indivíduo estudado vê.
Nessa abordagem, o homem é um só corpo em constante mudança (sem a separação de
corpo e alma), que o permite existir. A vida interna é a vida externa.

O mesmo estímulo pode evocar diferentes percepções pois cada jornada é diferente
A existência e corpo andam juntas, se a existência tem algo errado, isso reflete no corpo, é
necessário ouvir o corpo, contemplar a existência plena e gerar uma consciência
existencial. A personalidade não existe por tratar-se de algo determinado, a existência
precede as experiências que definem o indivíduo cada um de uma forma.

Existencialismo: Ao existir, o homem é afetado pelo mundo.


Psicologia da Gestalt
Wolfgang Köhler
A Gestalt nasceu em oposição ao pensamento na época (Séc 19), e buscava entender uma
imagem por meio de seus elementos. Entender o todo através das partes. A percepção da
realidade é uma interpretação da mesma e não a realidade em si.

Ao perceber objetivos não desconfiguramos a imagem, mas a percebemos como um todo


organizado instantaneamente. A organização perceptual é espontânea e inevitável.

Leis da Gestalt
● Semelhança: Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos. Mesmo formato,
mesma cor ou textura
● Proximidade: Partes próximas umas das outras tendem a ser vistas como um grupo.
● Fechamento/Preenchimento: Tendência a completar espaços ou lacunas de forma
espontânea para criar algo novo.
● Continuidade/Conexão: Tendência de conectar os elementos para que pareçam
contínuos, alinhamento harmônico.

● Pregnância da forma: Simplicidade natural da percepção, equilíbrio, clareza e


unificação visual, rapidez de leitura e interpretação

Terapia Gestalt
Surgiu em 1940 baseada nas pesquisas de Fritz Perls. Encontrar nos fenômenos da
percepção as condições para compreensão do comportamento humano. A maneira como
percebemos o estímulo, muda nosso comportamento.
Uma abordagem em psicoterapia que se utiliza do consciente como instrumento de trabalho
de busca da emoção.

Relações Interpessoais na Sociedade Moderna e


o Papel da Psicologia
A identidade de gênero é uma peça chave no desenvolvimento da personalidade e
influencia o modo de agir do indivíduo. Os estereótipos de gênero acompanham as
mudanças da sociedade e variam entre culturas de forma temporal.
O papel social é a função que o indivíduo desempenha em suas relações sociais, essa
função varia de acordo com condição socio-econômica, escolaridade, religião e sexo.

A psicologia social insere-se em perspectiva mais social do que psicológica por estudar
preconceito, crenças e valores porque a psicologia social tenta compreender de que
maneira os grupos se constroem dentro das relações socioculturais (focalizar as dimensões
ideais e simbólicas das relações e entender o espaço de interação desses grupos).

A Mulher
A função da mulher é muito discutida por ter mudado consideravelmente conforme os anos,
porém ainda se mantém uma certa desigualdade prejudicial devido resquícios culturais.
A inserção da mulher na sociedade como indivíduo com direitos (trabalho, voto, estudo)
gerou uma crise de identidade no homem, se houve uma mudança no papel do gênero
feminino, logo deveria haver mudanças no papel do gênero masculino, que se viu dividindo
um espaço que antes dominava.

No século 19 a maternidade foi dada como natural por médicos, consagrando-a como
função social feminina que era constantemente ameaçada, pois as mulheres eram dadas
como facilmente influenciáveis e vulneráveis e o evolucionismo potencializava o perigo dos
desvios biológicos e sociais, ameaçando a descendência e a nação.
O trabalho fora de casa apresentava um perigo pois a familiaridade com as ruas compunha
diferentes níveis de prostituição
Mulheres que não seguiam os padrões de boa esposa, mãe e dona de casa eram dadas
como loucas, degeneradas ou más, muitas vezes sendo internadas em clínicas
psiquiátricas.

Em 1960, com o movimento feminista, o termo gênero começou a ser entendido como o
estereótipo psicossocial imposta a cada sexo.
Apesar das mudanças, a mulher ainda é vítima de desigualdade de salário, opinião,
violência e lida com muitas pressões sociais sobre o quão bem ou “correto” devem lidar com
seus afazeres.

O Homem
O papel desempenhado pelo homem mudou diante da sociedade, é possível ver essas
mudanças nos aspectos trabalhista, social, pessoal e sexual.
Os padrões culturais foram redefinidos em um curto espaço de tempo, com a globalização e
a rápida disseminação de informações os valores culturais enraizados começaram a serem
abalados causando uma perda de identidade.

A masculinidade no Brasil foi um processo histórico no qual três raças distintas (negro,
índio, branco) foram misturadas. As proibições dos gêneros em relação à sexualidade, tem
um cunho religioso que acredita que a relação sexual tem a finalidade de reprodução e
constituição de família. A virilidade reforçada dentro de círculos sociais e ensinada pelos
pais durante o crescimento do homem faz com que a aprendizagem baseada em força,
domínio e repressão de sentimentos traga problemas em relacionamentos futuros,
tornando-se homens violentos ou autodestrutivos.
A Família
Família é um vínculo jurídico entre homem e a mulher que visa o auxílio mútuo material ou
espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família
legítima. Com as mudanças dos papéis sociais de gênero, a masculinidade e feminilidade
passaram a não ser atribuídas somente ao gênero estereotipado. A sociedade é objeto
dessa mudança mundial e busca respeito às diferenças e o tratamento igualitário dentre
relações independente das posições ocupadas pelos seus membros.

A Sociedade
A ideia de um bem comum faz da socialização um aspecto importante. Ser aceito ou não e
sofrer injustiça são parte da vivência em sociedade, as relações sociais e os grupos com
interesses em comum são uma necessidade para o indivíduo.
A modernização da sociedade e a forma das dinâmicas familiares levam a um certo
afastamento de pais e filhos em questão a educação e criação de senso comum, o que faz
com que a escola tenha que despertar o senso crítico nos alunos, pensando em uma
sociedade plural. tolerante às diferenças, pautadas em princípio éticos, estéticos e morais.

A preferência de relações virtuais vista hoje em dia deve-se à maior facilidade de enfrentar
as situações de aceitação ou rejeição. As relações modernas estão cada vez mais
superficiais e a tecnologia promove esse conceito de contato breve. A pressão da vida
agitada e a depressão como grande doença do século torna as relações cada vez mais
virtuais.

Subjetividade, Cultura e Complexidade

Subjetividade e filosofia nas ciências humanas


A subjetividade é um objeto de estudo importante da filosofia. Centraliza aspectos para um
indivíduo como algo universal, organizando a questão para elucidar os aspectos subjetivos
baseando-se no contexto social do indivíduo.

González Rey: A subjetividade é o sistema de produção e organização de sentidos que o


indivíduo utiliza para registro ao longo do desenvolvimento sócio-cultural. Esses sentidos
formam a personalidade, que pode ser alterada com o tempo, já que novos sentidos
aparecem conforme a passagem do tempo. Os registros simbólicos das vivências são
associados às emoções e dessa associação é organizado um sistema psíquico, o sentido
subjetivo.

May: A subjetividade faz parte do processo de construção das ciências psicológicas. A


dimensão subjetiva entende o sujeito como único, que constrói uma história com vivências,
qualidades, defeitos, emoções, sonhos, sucessos e fracassos.
A subjetividade é algo interno que só pode surgir como resultado do externo.
Nascemos em uma cultura e com o tempo aprendemos regras para a vivência em
sociedade. O indivíduo histórico-social e suas inter-relações sociais são a subjetividade

A Noção do Sujeito e a Construção da Subjetividade


O entendimento da subjetividade busca entender o que faz um sujeito diferente do outro e
como as relações se manifestam na sociedade.
O sujeito como fruto de uma cultura torna a subjetividade não só um estudo do eu, mas
também do nós.

Princípios da Construção da Subjetividade


1. Noção de sujeito: Esse se forma com as suas possibilidades mas também com as
possibilidades oferecidas na interação com o mundo.
2. Qualificação: Adjetivar suas características pessoais e sociais no conhecimento,
afetividade e corporeidade.
3. Vivência: Ter um espaço para vivenciar e experimentar suas características
pessoais, agindo e participando no meio em que vive.

A construção da subjetividade é o entendimento das representações que o sujeito tem dos


objetos, situações e vivências que presencia e participa. O sujeito contemporâneo utiliza
das suas características pessoais (pensamentos, conhecimento e criatividade) para se
desenvolver em um mundo de incertezas e mudanças.
A subjetividade é construída a partir da complexibilidade da sociedade e indo em direção a
complexibilidade do indivíduo, comportando níveis que se integram no todo, construindo em
cima de valores, linguagem e liberdade.

Complexidade
Com as mudanças geradas pela globalização, a vida contemporânea exige novos
pensamentos para que esse reflitam em novas práticas na sociedade.

A complexibilidade entende que cada parte compõem o todo, mas o todo também está em
cada parte. Ou seja, o indivíduo está na sociedade da mesma forma que a sociedade está
no indivíduo. Tudo se liga a tudo em uma rede relacional e interdependente.
O homem é um ser multidimensional, um indivíduo que faz parte de uma sociedade, um ser
biológico e também cultural. Um ser múltiplo que é único: corpo, ideias e afetividade
indissociavelmente.

A cognição do indivíduo-sociedade reflete como os sujeitos sociais (indivíduo ou grupo)


constroem seu conhecimento a partir da realidade e vivência.
As Representações Sociais

● A construção e expressão constituem formas de conhecimento prático orientadas


para a compreensão do mundo e comunicação.

● A interpretação e a simbolização são elaborações de sujeitos sociais a respeito de


objetos.

● Representação é o conteúdo apreendido pelos sentidos, imaginação, memória ou


pensamento, a reprodução daquilo que se pensa. Não é uma cópia de imagem e sim
uma tradução dinâmica

● Objetivação: forma como os elementos da representação se organizam e tornam-se


expressões da realidade vistas como naturais pelo sujeito.

● Ancoragem: a ancoragem serve como um processo de identificação de referências


já estabelecidas do objeto que é pensado ou permite compreender os elementos
representados e como eles são formados.

As mudanças culturais na sociedade estão vinculadas com as novas tecnologias da


informação. A acumulação de informação, a velocidade na transmissão, a superação das
limitações espaciais, a utilização simultânea de múltiplos meios (linguagem, som, texto) são
os elementos que explicam as mudanças que apresentam as novas tecnologias. Sua
utilização obriga a modificar conceitos básicos como os de tempo e espaço.
A noção da realidade começa a ser repensada, as possibilidades de construir realidades
virtuais que criam inéditos problemas e questionamentos tornam inegável que essas
mudanças têm efeitos poderosos em nossos padrões de conduta.
-Tadesco
Psicologia e Política Pública

Saúde Coletiva
Campo de saber e de práticas referentes à saúde como fenômeno social, incluindo tanto a
ação do estado quanto o compromisso da sociedade.
O sistema de saúde do Brasil sofre diversas influências devido a contextos político-sociais.

História
Na segunda metade do século XX até hoje é possível perceber as transformações na
humanidade. A globalização de diversos aspectos tem consequências macroeconômicas e
sociais, como a desigualdade social, conflitos étnicos, agressão ao meio ambiente,
desrespeito aos direitos humanos etc.

● 1941 Barros Barreto - Ministério da Educação e Saúde Pública: Instituição de órgãos


destinados a orientar assistência sanitária e hospitalar. Ações diretas contra as
endemias importantes. Fortalecimento do instituto Oswaldo Cruz. Programas de
abastecimento de água e saneamento básico. Maior atenção a doenças
degenerativas e mentais.

● 1975 Formalização - Medicina curativa: competência do ministério da previdência


social. Medicina preventiva: responsabilidade do ministério da saúde.

● 1986-1990 Reformulação do Sistema Nacional de Saúde - Criação do SUS: A saúde


como direito significa a garantia de condições dignas de vida e de acesso universal e
igualitário. Direção única, atendimento integral, participação da sociedade. Saúde
tem como fatores determinantes: alimentação, moradia, saneamento básico, meio
ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços
essenciais.
○ Princípios Doutrinários
■ Universalidade: garantir que todos terão acesso aos serviços de
saúde
■ Equidade: Princípio de justiça social que garante a igualdade de
assistência a todos.
■ Integralidade: Consideram a pessoa como um todo.
○ Princípios Organizacionais
■ Regionalização e Hierarquização: Conjunto articulado das ações e
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para
cada caso em todos os níveis de complexidade.
■ Participação Popular: Democratização do processo decisório.
■ Descentralização da política administrativa: Responsabilidade de
gestão é de cada município.
A Política Nacional de Humanização (PNH) existe desde 2003 - Os princípios básicos da
política de Humanização preconiza a valorização da dimensão subjetiva e social em todas
as práticas de atenção e gestão. Com essa política se pretende melhorar o atendimento à
população, principalmente em acolhimento e resolução nos atendimentos, reduzindo fila e
tempo de espera.
Objetivos
● Trocas solidárias entre produção de saúde e produção de sujeitos
● Contagiar trabalhadores e usuários pelas ações humanizadoras
● Valorização do sujeito
● Fomento da autonomia
● Maior co-responsabilidade
● Maior foco nas necessidades do cidadão
● Melhorias nas condições de trabalho

O não cumprimento dos objetivos propostos e o desequilíbrio econômico foram originados


pela falta de uniformidade na implementação do SUS, faltando recursos financeiros, pessoal
qualificado e política efetiva.

Saúde Pública
A Saúde Pública se articula em um tripé composto por: Epidemiologia, Administração e
Planejamento em Saúde e Ciências Sociais em Saúde.
● Campo do saber: Estado de saúde da população, processo de trabalho em saúde
(como a organização social dos serviços e a formulação e implementação de
políticas de saúde) e intervenção de grupos e classes sociais sobre a questão da
saúde.
● Campo da prática: Promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos e a melhoria
da qualidade de vida (privilegiando mudanças nos modos de vida e nas relações
entre os sujeitos sociais envolvidos).

2008 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)


Áreas do NASF
● atividade física e práticas corporais
● práticas integrativas e complementares
● reabilitação
● alimentação e nutrição
● saúde mental
● serviço social
● saúde da criança, adolescente, adulto jovem
● saúde da mulher e assistência farmacêutica

Problemas atuais:
Despreparo, burocratização, baixo investimento, poucos profissionais

Clínica Ampliada:
Compromisso com o doente vendo-o de forma singular, entendendo que ele não é apenas a
sua doença, maior compromisso ético ajudando o doente a lidar com os limites
incapacitantes de suas condições

Métodos de Pesquisa em Psicologia


Ciência: conhecimentos obtidos mediante a observação, experimentação, pesquisas, que
deve seguir princípios básicos de métodos para validar a veracidade.

Pensar > Planejar > Escrever > Revisar

Muito aconteceu na Psicologia após os laboratórios de Wundt. Autores como Freud, Jung,
Skinner e Piaget, que também contribuíram com suas produções e formulações teóricas e
metodológicas, possibilitaram o crescimento e grandes mudanças, uma vez que hoje são
diversos os modelos de investigação científica.

Pesquisa
Pesquisar: identificação do problema, desenvolvimento do projeto, coleta de dados, análise
dos resultados e conclusão.

A pesquisa pode ser usada para o desenvolvimento de tecnologias e isso inclui trabalhos de
avaliação da efetividade de métodos, técnicas e procedimentos de ensino, identificando o
que efetivamente funciona.

Toda pesquisa, ao ser realizada, deve levar em conta se seus objetivos são indispensáveis
para a sociedade, devem ser componentes importantes da cultura de um povo e que revele
fator essencialmente do progresso. A realização de novas pesquisas é fundamental para o
desenvolvimento de um povo, de sua cultura e civilização.

Formas de coleta de dados:


Entrevista
Questionário
Análise de conteúdo

Pesquisa Quantitativa:
Indicada quando o pesquisador irá avaliar algo quantificável, refletir em números as
opiniões e as informações para análise. Usará técnicas estatísticas para os cálculos.
Pesquisa Qualitativa:
Descritivas. Muito utilizado pela área de humanas e sociais. Observa–se e registra eventos
do mundo real: contribuem para entendimento e identificação de interações, decisões e
ações.
Os estudos qualitativos descrevem a complexidade de um determinado problema
relacionando variáveis, na tentativa de compreender e classificar os processos dinâmicos
vivenciados por grupos sociais. Esses estudos contribuem para o processo de mudança de
em grupo em particular e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das
particularidades do comportamento dos indivíduos.

1. O ambiente natural é a fonte direta de dados e o pesquisador é o seu principal


instrumento.
2. Os dados coletados são predominantemente descritivos.
3. A preocupação com o processo é muito maior do que com o produto.
4. O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial
pelo pesquisador (“ver” de dentro e não de fora).
5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo (não há preocupação em
buscar evidências que verifiquem hipóteses pré estabelecidas).
Módulo 2 - Psicologia da Comunicação
História, Cultura e Mídia

Panorama Histórico da Evolução da Presença de Mídia


Mídia é todo meio ou tecnologia que serve de suporte à transmissão, difusão e mediação da
comunicação.

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