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PSICOLOGIA

Prof. Sílvia
Psicologia
➢ Definida como ciência de espírito, do comportamento, de seres humano ou animais.
➢ Interessa-se pelo que os indivíduos fazem, como e porque o fazem.
➢ Elo de ligação entre ciências biológicas (genética, fisiologia) e ciências sociais (historia,
antropologia…)
➢ Psicólogo estuda o homem como um todo.

Sonhos
Fenómeno psicológico encarado de vários pontos de vista:
✓ Experiencias mentais conscientes;
✓ Indicador de modelos sociais;
✓ Reflexo do desenvolvimento humano;
✓ Expressão de individualidade.

Psicologia como ciência:


✓ Objectivo: alcançar os factos comuns a toda a humanidade e descobrir princípios gerais para
compreender o acontecimento individual e ter aplicações na prática;

Principais tendências da Psicologia


Autores Objectos da Psicologia Método
Pavlov Reflexos Observação
Watson Comportamento observável do homem e do anima Experimental
Freud Inconsciente Psicanalítico

Kohler Percepção/ pensamento totalidade Experimental


Introspecção
Piaget Estruturas da inteligência Clínico e observação naturalista

➢ Psicologia não se construiu apenas com psicólogos; entre os seus “arquitectos” encontram-se
filósofos, médicos, antropólogos.
➢ Só se torna ciência independente nos finais do sec. XIX quando Wundt funda o 1º laboratório de
psicologia.

Ramos da Psicologia:
➢ Psicologia Experimental: nasce com o estudos do comportamento, que pretende investigar, com o
objectivo de estabelecer leis gerais sobre: percepção, memoria, motivação e aprendizagem.
➢ Psicologia do Desenvolvimento: conhecer dinâmica do desenvolvimento humano, desde a vida
intra-uterina até à morte.
➢ Psicofisiologia: Estabelece inter-relações entre o comportamento e os órgãos receptores, o
funcionamento do sistema nervoso e do endócrino, e órgãos efectores.
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➢ Neuropsicologia: aborda a estrutura, funcionamento e as perturbações do sistema nervoso.
➢ Psicologia Social: Interacção entre o indivíduo e os outros, grupos, cultura, assim como o processo
de socialização e a dinâmica entre grupos.
➢ Psicologia Comparada: variações das características entre grupos sociais, étnicos, ou do mesmo
grupo. Estudo das semelhanças e diferenças. Ex: idade, género, etc.
➢ Psicologia Clínica: estuda o indivíduo na sua singularidade: analisa as reacções em função da sua
história e contextos da vida. Estuda também as dificuldades e disfunções do indivíduo encarado
como globalidade dinâmica.
➢ Etologia: estuda o comportamento animal quer isolado ou em grupo.
➢ Psicologia da Educação: aborda os aspectos psicológicos da educação em situações escolares e
familiares, bem como a orientação escolar.

Personalidade
➢ É algo específico, único e característico de cada indivíduo.
➢ É dinâmica e aparece da interacção com o meio.
➢ Diferente de carácter: qualidades de uma personalidade.

Depende:
➢ Factores internos: motivação, sentimentos, atitudes, valores e preconceitos.
➢ Valor social: como o indivíduo é visto pelos outros;
➢ Comportamentos manifestos: acções, posturas, palavras e opiniões.

Características dos “Traços”


➢ Consistentes no tempo e nas situações;
➢ Atributos duradouros representativos do comportamento;
➢ Formam a personalidade.

Elementos essenciais para definição de personalidade


➢ Estabilidade: previsibilidade e coerência de reacções;
➢ Internalidade: localizada no interior do indivíduo;
➢ Consistência: em ocasiões diferentes o comportamento é semelhante.

Factores que influenciam a Personalidade:


➢ Experiências Pessoais: as experiencias afectam cada pessoa de maneira diferente;
➢ Antecedentes Hereditários: algumas características estão ligadas à genética;
➢ Interacção Hereditária e Meio: muitos atributos da personalidade resultam dos efeitos combinados
da hereditariedade e do ambiente. O ambiente emocional que está presente desde o nascimento
exerce uma influência decisiva.
Teorias da Personalidade
➢ Teorias Psicanalíticas
➢ Teoria Psicossocial
➢ Teoria da Aprendizagem Social (Bandura): a aprendizagem está na base das perturbações e
dificuldades que podem ocorrer ao longo do desenvolvimento, através de recompensas e punições.

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Abordagens
➢ Abordagem Humanista (Carls Rogers): tendência inata.
➢ Abordagem Cognitiva (Piaget): resulta da interacção do indivíduo com o meio.

Contribuição de Freud_ teoria Psicanalítica


✓ Medida do inconsciente moldada a partir de experiencias infantis;
✓ 3 Estruturas da personalidade: id, ego, superego, que raramente estão em equilíbrio, porque o id e
o superego estão em desafios constantes.
ID
✓ Desejos de bebé tais como: comer, beber, eliminar e acima de todo obter prazer sexual, isto é,
parte primitiva da personalidade.
✓ Lei do princípio do prazer: a satisfação imediata, e não conhece a distinção entre a fantasia e a
realidade, entre o desejar e o ter.
EGO
✓ A resolução dos constantes conflitos entre o id e o superego conduz ao desenvolvimento e à
formação do ego_ eu.
✓ Princípio da realidade: tenta satisfazer o id (obter prazer) de acordo com um mundo real.
✓ Com o passar do tempo a necessidade e a realidade vão se desenvolver dirigidas para o mesmo
fim_ formação do ego, porque até lá apenas havia uma quantidade de forças indiferenciadas.

Superego
✓ Espécie de juiz, o qual decide se foi “bom” ou “mau”;
✓ Representa as regras interiorizadas pelos pais e da sociedade e começa a agir como estes que louva
ou condena;
✓ Ego = Superego_ orgulho;
✓ Mas se as regras do superego forem infringidas o mesmo superego aplicará o castigo, e advém o
remorso e o sentimento de culpa.

Mecanismo de Defesa_ São utilizados para diminuir a ansiedade. Esses mecanismos são:
✓ Recalcamento: tentamos remover ou suspender algum pensamento, lembranças e desejos. Se for
estimulo externo ocorre a fuga, se for interno há repressão do que desperta; Tende a voltar, com
consequência de serem mais fortes. Mais utilizado.
✓ Deslocamento: as pulsões recalcadas visam descobrir novas saídas, muitas vezes disfarçadas, isto é,
o individuo desloca a ansiedade para outra que não tem consequências ou que são menos graves.
(descarregar em casa prob. Trabalho).
✓ Formação Reactiva: o desejo recalcado é substituído por outro completamente oposto. Ex: ódio
pode transformar-se em amabilidade. Pode gerar baixa auto-estima;
✓ Racionalização: os desejos recalcados irrompem e são reinterpretados e não são reconhecidos pelo
que significam. Ex: quando alguém não quer namorar connosco pensamos que ele é gay ou não ker
nada sério, o que nem smp corresponde à vdd.
✓ Projecção: atribuição das suas características às outras pessoas, pois não as reconhecem como
suas.

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A divisão tripla da personalidade é determinada pela interacção de 3 factores principais:
1. Impulsos biológicos;
2. Maneiras pelas quais aprendemos a satisfazer esses impulsos e a dominar o mundo exterior;
3. As ordens e interdições da sociedade.

A contribuição de Freud reside na insistência que os conflitos entre estas 3 forças são:
✓ Interiores ao indivíduo;
✓ Provem das experiencias da infância e mantêm-se sem que o individuo conscientemente que
aperceba disso.

SUPEREGO_ censura
ID_ desejo EGO_ ansiedade Limita até onde o Ego pode ir, contudo
este a que tem o poder de decisão

Contribuição de Rogers_ teoria humanística


O desenvolvimento da personalidade é através do crescimento pessoal no sentido de uma
realização plena do potencial humano. O homem tem características inatas para a auto-realização. Cada
individuo tem uma percepção (essencialmente uma hipótese) individual, logo não há realidade absoluta. A
conduta não é causada por algo que aconteceu no passado, mas pelas tensões e necessidades presentes.

SELF_ eu próprio
É o mesmo que o Ego em Freud, e resulta da interacção do indivíduo com o meio ambiente,
principalmente com os outros. O indivíduo tem potencial inato independentemente da etapa da vida e
pode ser activado.
O self é formado com o que nos ensinam e com as experiencias e características pessoais, assim
como a relação com os outros e com o ambiente. É susceptível de mudanças
Este é flexível, daí sermos capazes de nos desenvolvermos pessoalmente, crescer e mudar, ou seja,
o self é móvel e variável.
Resumindo: o self é a visão que a pessoa tem de si própria, baseada em experiencias passadas,
estimulações presentes e expectativas futuras.

SELF IDEAL
Características que o indivíduo mais gostaria de poder ter, é também como o self uma estrutura
móvel e variável, pois o indivíduo está em constante mudança.
Quando a diferença entre o self e o self ideal são grandes gera desconforto, insatisfação, e
dificuldades neuróticas, sendo um obstáculo ao crescimento pessoal. Um indicador de saúde mental é o
indivíduo se aceitar como realmente é.

Congruência
Grau de exactidão entre o que pensa e o que comunica. Um alto grau de congruência significa que a
pessoa consegue ser ela própria.

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Incongruência
Diferenças entre a tomada de consciência, a experiencia e a comunicação desta, isto é, não diz
realmente o que pensa, devido às consequências que poderão existir. A pessoa não expressa o que está
realmente sentindo e é percebido como mentira e desonestidade.
Quando a incongruência está entre a tomada de consciência e a experiencia, é chamada repressão,
ou seja, a pessoa não tem consciência do que esta a fazer, pois é ao nível do inconsciente. A incongruência
pode ser sentida em forma de tensão, ansiedade ou confusão interna.

Tendência à auto-realização
Conduz a pessoa em direcção de maior congruência e a um funcionamento mais realista, é
verdadeira para si e para os outros. Este impulso consiste em: expandir-se, tornar-se autónomo,
desenvolver-se e amadurecer.
Há tendência em expressar e activar todas as capacidades de forma a formar o self tornando-se
uma pessoa total, completa e auto-actualizada.

Crescimento Psicológico
Capacidade humana em que os indivíduos têm a capacidade de se tornarem conscientes dos seus
desajustamentos, no sentido de estar realmente de acordo com a realidade. Este é um movimento natural
para a resolução do conflito. Vê o ajustamento como um processo de equiparação de aprendizagens e
experiencias.

Relacionamento Social
A interacção com o outro capacita o indivíduo a descobrir, encobrir, experimentar ou encontrar o
seu self real, pois a nossa personalidade torna-se visível a nos através com o relacionamento com os
outros. Nestes relacionamentos as necessidades orgânicas básicas podem ser satisfeitas daí os indivíduos
por vezes investirem em relacionamentos pouco saudáveis.

Obstáculos ao Crescimento
Aparecem na infância e são aspectos normais do desenvolvimento. O crescimento é impedido na
medida em que a pessoa distorce experiencias, para sustentar a falsa auto-imagem, isto é, finge ser outra
pessoa só para agradar.
Incongruência entre o self e a realidade, aumenta a vulnerabilidade, o que faz aumentar as defesas,
criando novas situações de incongruência.
As defesas quando não funcionam, a pessoa toma consciência das discrepâncias entre os
comportamentos e as crenças e os resultados podem ser muito problemáticos.

Teste de Avaliação da Personalidade


1. Testes objectivos ou inventários de Personalidade: referem-se ao comportamento do sujeito, aos
seus sentimentos e dos outros.
2. Testes projectivos: dão oportunidade ao indivíduo de fazer interpretações particulares, e desta
forma está a se projectar, atribuindo pensamentos, emoções, impulsos ou necessidades íntimas.

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Teoria Psicossocial do Desenvolvimento de Erikson
✓ Primeiros 4 estágios: primeira infância e infância;
✓ Últimos 3 estágios: idade adulta e velhice
✓ Não se pode atribuir uma duração exacta a cada estágio, e cada um é marcado por uma crise
básica, em que é mais proeminente.
✓ Em cada estágio o Ego vai adquirir uma determinada qualidade, se não a obtiver vai haver conflitos
nos estágios diferentes, levando assim à formação da personalidade.

1º Idade_ confiança básica vs desconfiança básica


A criança aprende a ter ou não confiança básica através de relações de conforto proporcionados
pela mãe, ou seja consiste na segurança que a criança tem de que a mãe voltará apesar de ser ter
ausentado. A falta da mãe pode resultar no bebé uma sensação de abandono e separação. Neste estágio o
bebé também ganha experiência no contacto com os adultos: aprende a confiar nos outros e em si mesmo.
A desconfiança básica é a parte negativa deste estágio, que é equilibrada com a segurança
proporcionada pela confiança.
O nível da confiança tem de ser superior ao da desconfiança, contudo à medida que o bebé vai
crescendo, ele aprende que as esperanças prioritárias deixam de o ser, sendo superadas por outras de um
nível mais elevado.

2º Idade_ Autonomia vs Vergonha e Dúvida


A criança aprende quais são os seus privilégios, obrigações e limitações e desenvolve-se o senso de
autonomia. Esta necessita de auto-controlo e de aceitação do controlo por outras pessoas (pais).
A parte negativa é a vergonha e a dúvida, quando perde o senso de auto-controlo, todavia os pais
contribuem neste processo ao usarem a vergonha na repressão da teimosia. A vontade é responsável pela
aceitação progressiva do que é permitido e necessário.
A ritualização deste estágio é judiciosa, ou seja, a criança julga-se a si e aos outros, diferenciando o
certo do errado e as pessoas diferentes, originando assim o preconceito.

3º Idade_ Iniciativa vs Culpa


A criança é mais organizada tanto a nível físico como mental, logo tem maior capacidade de
planejar as suas tarefas e objectivos sendo cada vez mais autónomo, contudo este estágio é perigoso pois
há uma busca exaustiva para atingir as suas metas que implicam fantasias genitais e o uso de meios
agressivos e manipulativos. A criança fica ansiosa porque quer aprender bem, aumentando o sentido de
obrigação e desempenho.
A principal actividade desta idade é brincar, pois o mais importante é o bem-estar.
Nesta idade as crianças construem jogos mentais, ou seja, imitam os adultos para tentar perceber
até que ponto pode ser como eles. O poder da imaginação e a forma desinibida como o fazem é fulcral
para o desenvolvimento da criança, porém se a criança é impedida de brincar, a imaginação é afectada
prejudicando assim a formação do Ego.
Nesta idade a ritualização é dramática.

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4º Idade: Diligência vs Inferioridade
A criança necessita de controlar a sua imaginação e dedicar a sua atenção aos estudos. Esta
também consegue desenvolver um senso de aplicação como aprende as recompensas da perseverança e
da diligência (cuidado).
Nesta idade o interesse pelo brincar vai sendo desviado para interesse mais produtivos, porém o
perigo deste estágio caracteriza-se pelo sentimento de inferioridade aquando da incapacidade de efectuar
tarefas propostas pelo pais ou professores. Nesta idade a criança adquire a competência e a
responsabilidade como ir à escola, fazer trabalho de casa, de modo a evitar sentimentos de inferioridade.

5º Idade: Identidade vs Confusão/ Difusão: 12 aos 20 anos


Erickson dá especial atenção a esta idade pois ocorre a crise psicossocial, ou seja, dá-se a aquisição
da identidade psicossocial (virtude positiva)_ esta só é apercebida pelo que nos é dito_ e também a
aquisição de novas potencialidades, sendo esta influencia pelas fases anteriores. Nesta fase a sociedade
fornece espaço de experimentação ao adolescente: moratória psicossocial.
A identidade dá um sentido histórico à existência, a qual constrói tendo por base:
• Representação feitas por nós;
• Interacções e confrontos entre representações que os outros fazem de nós e as que nós fazemos de
nós próprios.

Crise de identidade
• Pode causar isolamento, vazio, ansiedade e indecisão, devido à perda da idealização dos pais.
• Resolve-se com a interacção de pessoas significativas.

Problemas no desenvolvimento da identidade podem culminar:


✓ Identidade difusa: noção do eu incoerente, desarticulada e incompleta.
✓ Identidade bloqueada: não permissão do período normal de moratória.
✓ Identidade negativa: selecciona identidade que são indesejáveis para a sua família e comunidade.
Versus negativo: sentimento de confusão de quem ainda não descobriu a si próprio, e não sabe o que
pretende, tendo dificuldade de optar. Na recta final da adolescência, obtêm-se a “identidade realizada” ou
“adquirida”.

6º Idade_ Intimidade vs Isolamento: 20-30 anos


O jovem adulto com uma identidade assumida estabelece relações íntimas com os outros e adquire
a capacidade necessária para o amor íntimo, sendo esta a virtude dominante do universo. Porém neste
estádio a força do ego depende do parceiro com que está preparado para compartilhar um filho por
exemplo.
Vertente negativa: isolamento de quem não consegue compartilhar afectos com intimidade, no
entanto, um senso temporário de isolamento é uma vantagem para a realização de escolhas.

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7º Idade: Generatividade vs Estagnação_ 30 aos 60 anos
É dos mais extensos estágios psicossociais, e resume-se ao conflito entre educar, cuidar do futuro,
criar e preocupar-se exclusivamente com os seus interesses e necessidades, como por exemplo a vida
efectiva e profissional.
A generatividade manifesta a possibilidade de ser criativo e produtivo em diversas áreas da vida.
Bem mais do que educar e criar os filhos representa:
✓ Preocupação com o contentamento das gerações seguintes;
✓ Descentração e expansão do ego em converter o mundo num lugar melhor.
Vertente negativa: estagnação pois o individuo pode preocupar-se unicamente com o seu bem-estar e
a posse de bens matérias.

8º idade: Integridade vs Desespero: partir dos 60 anos


É marcada por um olhar retrospectivo, revendo escolhas, realizações, opções e fracassos. A
integridade indica que o indivíduo considera positivo o seu percurso, e que fez o melhor possível dadas as
circunstâncias e as suas capacidades. Reconcilia-se com a mágoa e a angústia, e encara a existência como
algo positivo.
Vertente negativa: desejo de retroceder, de adquirir novas oportunidades, reformular opções e
escolhas e ao se aperceber que é tarde demais, pode se instalar o desgosto, angustia, e o pânico da morte_
desespero. Virtude: sabedoria, a percepção que não viveu em vão.

Conceito de Ego de Erickson


✓ Aquisição de qualidades nos diferentes estádios e opera independentemente do id e do superego.
✓ É um ego criativo, por encontrar soluções para os problemas de cada estádio e quando se sente
ameaçado reage com um esforço renovado e não desiste.
✓ Dependem de factores genéticos, fisiológicos e anatómicos, assim como existem influências
culturais e históricas.

Erickson vs Freud
✓ Erikson perspectivou o desenvolvimento de uma óptica não patológica;
✓ Concepção mais abrangente do desenvolvimento: todo o ciclo de vida e é assente em termos
psicossociais: o meio não é só a família.
✓ Ego não é um simples gestor ao serviço de impulsos do Id- é uma energia positiva, está envolvido
num sistema de adaptação, num enquadramento da pessoa no mundo;
✓ Freud persistiu no domínio da sexualidade e das relações familiares_ psicossexuais
✓ Ambos pretendem descrever a forma como o ser humano pode auto-realizar-se: lidando com os
conflitos psíquicos, que são uma ocasião de enriquecimento ou desajustamento à vida.

Relação entre Aprendizagem, Motivação e Inteligência


O ensino pode influência a aprendizagem, mas pode resultar nesta ou não.

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Variáveis de podem influenciar a aprendizagem
➢ Aprendizagem anterior
➢ Motivação: afectam as condições de aprendizagem tais como a vivacidade, nível de esforço,
persistência e concentração. Um dos principais factores que levam o indivíduo agir é a tentativa de
manter em equilíbrio interno, apesar das variações do meio, assim quaisquer variações que
ponham em causa o equilíbrio interno vão criar estado de tensão, que por sua vez, conduzem a
acções de forma a repor o equilíbrio.
O comportamento motivado inicia-se com as tensões criadas pela necessidade de manter o
equilíbrio interno e tem por objectivo reduzir estas tensões.
➢ Factores sociais: as expectativas sociais definem o que se espera que alguém aprenda para ser
aceite como membro do seu grupo social.
➢ Inteligência: desenvolvimento das aptidões cognitivas e da sua relativa estabilidade. Aprender e
aproveitar experiencias anteriores, pensar e raciocinar com abstracção, adaptação e motivação de
si próprio para resolver rapidamente as tarefas necessárias.
➢ Factores emocionais.

Nota: na aprendizagem pode interferir uma serie de factores, e estes têm que se encontrar bem
adaptados assim como as relações entre o organismo e o meio devem estar em equilíbrio.

Desenvolvimento Cognitivo: Jean Piaget


➢ Crescimento intelectual
➢ Transformação no tipo de organização conceptual com que se resolvem as tarefas;
➢ Mundo ordenado de acordo com categorias conceptuais básicas, como o espaço, o tempo, o
número e a causalidade, que são os alicerces em que apoia toda a actividade intelectual posterior.
E portanto não são evidentes na infância.
➢ Mundo que pode ser abstractamente compreendido
➢ Concepção do desenvolvimento mental humano é caracterizada por mudanças qualitativas
semelhantes ao do desenvolvimento embrionário.

Estádios do Desenvolvimento Intelectual


1. Periodo da inteligência sensório-motora (0-2 anos): a principio nada existe e a vida mental não
contem passado nem futuro, não distingue objectos estáveis de acontecimentos transitórios e
não diferencia o eu do não eu, sendo as realizações mais importantes destas distinções.

Permanência do Objecto
• Não existe noção de permanência do objectos nos 1º meses.
Todo o que o bebé não vê, não existe;
• Por volta dos 10 meses que os bebes começam a procurar brinquedos que foram escondidos;
• A principal conquista desta fase é que apesar dos objectos não serem visto, tocados eles existem.

Esquemas sensório-motores: acção dirigida


O recém-nascido começa a vida com movimentos e reflexos muito limitados. Primeiro o bebé opera
os esquemas isoladamente, e só realizará estas acções se o objecto estímulo for aplicado directamente na

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superfície sensorial relevante. A coordenação de todos estes padrões não está concluída antes dos 5
meses. Olhar, agarrar, chupar convergem para um esquema exploratório unificado.

Imitação
Tem de existir uma compreensão da relação entre os seus próprios movimentos e os produzidos
por outros. Só se inicia por volta dos 9 meses.
Imitar é um pré-requisito vital para o desenvolvimento intelectual, designadamente a aquisição da
linguagem, contudo durante os primeiros meses de vida os bebés só são capazes da pseudo-imitação
(tentativa de imitação, para tal é necessário a observação).
Existe desenvolvimento de esquemas sensoriais-motores cada vez mais diferenciados.
A imitação só é fácil quando os esquemas apropriados já estão formados.

Origens do Pensamento Representativo


✓ Ultima fase deste período e marca a mudança no desenvolvimento intelectual, pois as crianças
começam a pensar em objectos e acontecimentos que não estão presentes.
✓ Esse processo consiste numa representação (pode ser acções, interiorizadas, imagens ou palavras)
para si própria de uma experiencia anterior com esses objectos e acontecimentos.
✓ Ocorre a permanência do objecto: representação interna do objecto ausente e a imitação diferida
ou seja, a criança imita acções que já ocorreram há algum tempo.

2. O Periodo Pré- operatório (2-7 anos): a criança possui pensamentos representativo- o mundo
mental possui objectos e acontecimentos estáveis.
✓ Ultrapassou o caos inicial de sensações separadas e impressões motoras mas agora possui um caos
de ideias, pois este é incapaz de relacionar de forma coerente;
✓ Requer esquemas de ordem superior: operações, que permitem a manipulação interna de ideias de
acordo com um conjunto estável de regras;
✓ Autênticas operações só aparecem por volta dos 7 anos.

1. Ausência de conservação_ conservação da quantidade


Crianças desta idade não compreendem que existe uma realidade subjacente que permanece
sempre constante. Exemplos dos tamanhos dos copos, porem por volta dos 7 anos respondem de forma
semelhante à dos adultos.
Estes reconhecem que existe um atributo essencial da realidade que permanece sempre constante
apesar das várias mudanças perspectivas.

Conservação do número: a criança não é capaz de dar atenção a todas as dimensões relevantes
simultaneamente, inicialmente centram a sua atenção apenas na altura e não se dão conta que uma
mudança na altura é compensada na largura, isto requer um esquema de ordem superior que reorganize
as experiencias perspectivas inicialmente distintas numa unidade conceptual.

2. Egocentrismo: a incapacidade das crianças pré- operatórias para terem em conta 2 dimensoes
físicas simultaneamente tem uma contrapartida na sua abordagem social, ou seja, os pais colocam
as crianças de castigo quando esta não está cognitivamente desenvolvida para tal facto.
Não conseguem perceber outros pontos de vista_ egocentrismos.
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3. Operações concretas (7-11 anos): crianças adquirem operações mentais que lhe permitem abstrair
alguns atributos essenciais da realidade_ número e a substancia, mas estas operações são primeiro
aplicáveis às relações entre acontecimentos concretos, daí o termo operações concretas. Não são
suficientes quando essas relações têm de ser consideradas inteiramente no abstrato.
4. Operações formais: essa capacidade de compreensão de relações altamente abstratas e formais
requer operações formais, ou seja, são operações de ordem superior que surgem por volta dos 11
ou 12 anos. O pensamento da criança pode abranger o possível da mesma maneira o real, sendo
capaz de considerar hipóteses possíveis.

Desenvolvimento Moral: Lawrence Kohlberg


• Afastou-se das influências psicanalíticas e comportamentalista
• Procurou as suas raízes na psicologia cognitiva de inspiração piagiana
• Continuador de Piaget, rejeitando que o conhecimento é produto da cultura ou inato
• O conhecimento constrói-se a partir da interacção do sujeito com o objecto, do organismo com o
meio, não fazendo sentido a separação um com o outro.
• Esta ligação íntima entre o individual e o social assume um lugar central;
• A justiça surge como o expoente máximo dessa ligação- pressupõe que o indivíduo seja capaz de
equilibrar os seus interesses e pontos de vista com os interesses mais gerais da sociedade.
• A partir dos 70 anos, Kohlberg envolveu-se na criação de programas curriculares de educação
moral, deste modo passou a acentuar mais o carácter social da moralidade, dando assim mais
importância ao estádio 4 da moralidade e ao papel da escola e do professor na promoção do
desenvolvimento moral
• O maior contributo de Kohlberg para o estudo do desenvolvimento moral foi a teoria dos estádios
do desenvolvimento moral.

Estádio 1: Nível Pré-convencional_ Juízo Egocêntrico: 4 a 6 anos


Neste estádio o indivíduo evita a punição e obtêm a recompensa, ou seja, o certo é a obediência
cega às regras e à autoridade de forma de evitar a punição.
A criança neste estádio é egocêntrica, pois não considera os interesses dos outros relevante e não
relaciona vários pontos de vista em simultâneo

Estádio 2: Nível pré- convencional_ Individualidade Instrumental


Provavelmente desde 7-8 anos até 9-10 anos.
O que é certo é a satisfação das nossas necessidades e interesses, e seguir as regras quando elas
nos servem, ou seja, aproveitar as ocasiões e deixar que os outros façam o mesmo. A criança reconhece
que os outros também têm interesse e assume uma perspectiva concreta individualista, separando assim
os seus interesses dos outros.
Igualitarismo radical: os conflitos de interesses resolvem-se dando a todos uma parte igual.

Estádio 3: Nível convencional_ conformidade aos estereótipos sociais


10-12 anos até 14-16 anos.

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O comportamento moral é a aprovação e evita a censura dos outros. O que está certo é o
comportamento definido por códigos rígidos de lei e ordens
É definido por um “contrato social” aprovado por todos para o bem público, baseia-se em
princípios éticos abstractos que determinam o código moral pessoal.
O certo é ser simpático, leal e digno de confiança e viver de acordo com aquilo que os outros
esperam de nós.
O adolescente respeita as regras de ouro, ou seja, trata bem os outros porque espera que os outros
tratem bem de si, e este também mostra gratidão e apreço pelas autoridades e procura ser digno dessa
confiança.

Estádio 4: Nível convencional_ orientação para a manutenção da ordem e da autoridade: 16


até depois dos 20 anos.
O certo é cumprir o dever para a sociedade, manter a ordem social e zelar pelo bem-estar de todos.
As leis são para serem cumpridas e a sociedade espera isso de cada indivíduo, ajudando assim a manter a
ordem social e o bom funcionamento das instituições. Individuo neste estádio assume ponto de vista e
considera as relações inter pessoais em termos do seu lugar no sistema.

Estádio 5: Nível pós-convencional_ orientação contratual legalista


É definido por um “contrato social” aprovado por todos para o bem público, baseia-se em
princípios éticos abstractos que determinam o código moral pessoal.
Depois dos 20 anos, o que está certo é ter consciência que as pessoas nem sempre partilham os
mesmos valores, e por isso as leis e regras do grupo por vezes são injustas e não merecem ser obedecidas
e a única razão pelo que o fazem é pela necessidade de respeitar os contratos e os direitos dos outros.
A pessoa considera o ponto de vista legal e o ponto de vista dos outros e procurar reconhecer o
conflito entre eles, de forma a fazer escolhas que tragam o maior bem para o maior número.

Estádio 6: Nível pós-convencional_ orientações pelos princípios éticos


O certo é o obedecer aos princípios éticos universais, pois estes são eternos. Estes princípios
relacionam-se com a noção de justiça, dignidade humana, direitos humanos e igualdade de direitos.
Quando a lei viola os princípios éticos, a pessoa deve agir de acordo com os princípios éticos, mesmo que
tenha de violar as leis.

Desenvolvimento Emocional_ Winnicott


Inicialmente a mãe apresenta uma doença normal (por ser preocupação exagerada) que é a
preocupação maternal primária, que é a preocupação de ser totalmente gratificante para o seu filho e esta
dá à mãe a capacidade de se colocar no seu lugar e de responder às suas necessidades_ adequação
precoce. O bebé não experimenta nenhuma ameaça de aniquilação, logo o bebé está em condições de
evoluir o seu SELF.
Progressivamente a preocupação maternal primária desaparece e dá lugar à mãe suficientemente
boa, que permite à criança experimentar situações de frustrações moderadas, necessárias para um
desenvolvimento adaptativo.

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Papéis da Função Maternal
➢ Holding: amparo e manutenção da criança são essenciais para uma boa interacção entre mãe e o
filho e reflecte-se a nível físico e psíquico.
➢ Handling: manuseamento em relação ao bebé, corresponde às manipulações do corpo, cuidado do
vestir, carinhos e trocas cutâneas.
➢ Object Presenting: capacidade da mãe por à disposição do bebé aquilo o objecto que ele necessita
de forma que a criança tenha o sentimento todo-poderoso de ter criado magicamente esse objecto.
1. Apresentação precoce do objecto: tira à criança a experiencia da necessidade e do desejo;
2. Apresentação tardia do objecto: leva à criança a suprimir o seu desejo para não ser
aniquilado pela cólera.

Área Transicional e Objecto Transcional


A criança adapta-se activamente substituindo a ilusão primitiva por uma área intermédia_ área
transicional. É a área da criatividade primária em que a criança vai criar o seu mundo interno.
É uma terceira área entre o mundo interno e a realidade externa, que inicialmente é comum da
mãe e do bebe, contudo pouco a pouco a criança adquire uma certa autonomia nesta área intermediária,
através do objecto transicional. É a materialização deste espaço que a criança não pode deixar de passar.
A.T e o O.T correspondem ao local e objecto sobre os quais a criança projecta ilusões e vida
fantasmática.

Falso Self
✓ É artificial, não é criativo, não dá à criança o sentimento de ser real, pois o verdadeiro self, está
oculto e protegido.
✓ A sua origem pode ser uma defesa contra medos intensos de ameaças externas.
✓ Representa o vínculo entre o desenvolvimento normal e o campo patológico.

Desenvolvimento Psicológico na Adolescência


Mudanças que obrigam a um reajustamento dos adolescentes e do meio. O desenvolvimento
adolescente dá-se devido à oscilação entre imagos parentais vs imagens da realidade.
Assassinato das imagos parentais: dá-se a necessidade de um “afastamento” na relação dos pais,
Liquidação dos laços parentais: é o primeiro organizador da adolescência, pois há uma descrença
nos pais, em que os adolescentes pensavam que não lhes iam acontecer nada, pois os pais iriam sempre
lhes proteger, daí a diminuição da auto-estima.

✓ Desvalorização dos outros; Indispensável para manter


NARCISISMO ✓ Valorização de si AUTO-ESTIMA

O luto das imagos parentais e o narcisismo de forma parcial, preparam para futuras relações
sociais, sendo o apoio dos pais e dos pares de extrema importância.
A auto-confiança e consequente a autonomia não é tanto “contar consigo próprio”, mas sim contar
com o apoio dos outros e daí construir a sua própria autonomia.
A manutenção de laços vinculativos desde a infância é fundamental, assim como o “mundo
interno” e as relações actuais, que vai favorecer a reestruturação do eu, processo de autonomia e
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formação da identidade e vai preparando para relações de amor estáveis, interesses intelectuais e
profissionais.

Segundo organizador da adolescência: capacidade para estabelecer relações de amor estáveis e marca o
fim da adolescência e inicio da idade adulta.

Nota: a fronteira entre o normal e o patológico na adolescência é muito difícil de perceber.

Psicologia na Idade Adulta


Dá-se a aquisição da identidade bem diferenciada e individualizada, isto é, consciência de si como
unidade pessoal e distinta dos outros.

Fases do ciclo de Vida_ família influenciam todas as etapas


✓ Saída do Jovem adulto de casa: separação da família de origem sem quebrar totalmente essas
relações. Serve de preparação para depois formar um novo subsistemas familiar através do que
lhes foi ensinado.

✓ Formação do casal: tarefa mais difícil e complexa, pois cada individuo trás consigo uma historia,
devendo portanto haver negociações de aspectos, tais como: quando dormir, usar o dinheiro. A
renegociação das relações que o casal vai estabelecer com os pais, amigos, colegas.

Casamentos duradouros:
✓ Relação é a central
✓ Proximidade: é partilhada de interesses, actividades e amigos. É a base comum do casal
✓ Intimidade psicológica: partilhada de sentimentos privados, fantasias, receios.
✓ Autonomia: aptidão de cada um funcionar independentemente da relação.
✓ Poder: capacidade de negociar quem vai ter o poder de decisão económico, casa, filhos. É das
dimensões que dá mais origem a conflitos.

Casamento problemático:
✓ Casa-se após perda recente significativamente;
✓ Um dos elementos se quer distanciar da família de origem;
✓ Meios familiares são diferentes (idade, religião, classe social);
✓ Casal depende economicamente, fisicamente e emocionalmente da família.
✓ A esposa fica antes ou no fim de 1 ano de casamento.

✓ Nascimento do primeiro filho: mudança mais profunda que exige integração de toda a família e
que gera mais confronto entre mulher e homem.

Consequência da incapacidade de negociação no casal: maus tratos, divorcio, disfunções sexuais e


depressão.

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✓ Famílias com filhos em idade escolar: provoca certa separação dos pais pois exige uma
reestruturação das tarefas do casal. Provoca também alterações económicas, medo do QI da
criança, novos comportamentos e relações desta, assim como uma certa autonomia.
Implicações no Subsistema Conjugal: é necessária uma nova gestão do tempo, tomar decisões, desacordo
em questões monetárias que conduzem a um casamento insatisfatório e diminuição do bem-estar. Há uma
mistura de sentimentos entre o medo e a confiança tendo de ser a 1º mais elevado para superar o último.
Contudo devemos evitar se concentrar na criança, pois diminui a sua autonomização.

✓ Saída dos filhos de casa


1. Vivencia negativa: divorcio, síndrome de ninho vazio;
2. Vivencia positiva: maior capacidade económica, maior liberdade e independência do casal e
hipóteses de explorar novas áreas como hobbies, viagens, negócios.
Com a saída do jovem de casa há diminuição do estatuto de poder, e esta fase é marcada por entradas
e saídas das companheiras dos filhos.

✓ Terceira idade: confronto com a própria morte. Se houver aquisição de trabalho, planos de vida e
relação do casal estável significa que o luto do filho foi bem feito, caso contrário, ocorre retenção
do último filho ou este depois retorna a casa mesmo depois do seu casamento e ruptura do
casamento do casal.

Psicologia Clínica do Idoso


Manutenção do funcionamento individual ou de casal apesar da reforma, viuvez, perdas efectivas.
Há necessidade de ter outras relações que ajudem a substituir a perda, ocorrendo também o investimento
na relação com os netos e a preparação para a morte.
Pode ocorrer problemas na mudança de status, tais como: não-aceitação da perda do poder, e
sentimentos de incompetência. Podem ocorrer o suicídio e a depressão.

Luto
Podem surgir imediatamente após a crise, podendo ser retardado, exagerado e aparentemente ausente.

Luto Normal_ ocorre durante 1 ano


1. Choque e recusa
2. Agressividade contra o morto ou contra Deus;
3. Auto-responsabilidade: acham que podem ter feito algo para evitar essa morte;
4. Depressão: atribui aspectos negativos ao morto, sendo esta a situação mais realista;
5. Adaptação

Reacções normais
✓ Sentimentos de tristeza
✓ Perturbação do sono e alimentação
✓ Reacções de hostilidade;
✓ Desenvolvimento de características do morto, para aumentar o seu bem-estar ou aliviar a perda.

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Factores que dificultam o processo
✓ Factores relacionais
✓ Circunstancias: acidente, corpo não aparece
✓ Históricos
✓ Personalidade
✓ Sociais: pressão de outras pessoas para esquecer o morto.

Coping
É uma estratégia de adaptação e tem como objectivo gerir um problema e modular a resposta
emocional a esse problema.

Stress
É um conjunto de reacções orgânicas e psíquicas de adaptação que o organismo emite quando é
exposto a qualquer estímulo que o excite, irrite, amedronte ou lhe dê grande prazer.

Eustress: é um stress positivo, é tido como estimulante, uma fonte de satisfação de equilíbrio e aumenta
a produtividade. Está relacionado com as atitudes positivas, com o exercício físico, alimentação, amizade.

Distress: stress excessivo que implique sofrimento, causando insatisfação, frustração, ansiedade, ou seja,
o individuo é provado de um relacionamento harmonioso com o que o rodeia.

Processo de Stress_ Hans Selye


• 1º fase: reacção de alarme: o organismo entra em estado de alerta para se proteger do perigo,
sendo o ataque ou a fuga os mecanismos de defesa utilizados.
• 2º fase: resistência intermediária ou stress contínuo: o organismo tem muita energia que
rapidamente aumentam a capacidade de acção, no caso de novos perigos serem acrescentados ao
seu quadro de stress contínuo
• 3º fase: Exaustão ou esgotamento: com a persistência estímulos stressores o indivíduo entra na
exaustão ou esgotamento, levando o aparecimento de doenças psicossomáticas, manifestam-se
por alteração do sono, lapsos de memória, dificuldades de concentração.

Alterações Emocionais:
Alterações fisiológicas
✓ Zanga
• Aumento do batimento cardíaco e TA
✓ Inveja
• Alterações respiratórias
✓ Ciúmes
• Enfraquecimento do sistema imunitário
✓ Ansiedade
✓ Depressão

Alterações cognitivas
✓ Alterações das funções intelectuais
Alterações no comportamento:
✓ Agressividade/ passividade
✓ Diminuição da tolerância à frustração
✓ Fuga e evitamento
✓ Pensamentos irracionais
✓ Hábitos de vida e comportamento de risco
✓ Dificuldades de tomada de decisão
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Soluções para a redução do Stress
✓ Identificar origem do stress
✓ Aprendizagem de padrões mais
eficazes
✓ Medidas de auto-cuidado
(exercício, alimentação)

Crise:
1. Crises Situacionais: são
inesperadas, podem desencadear um estado de crise se forem sentidas como nocivas e se o
individuo não tiverem mecanismos de defesa adequados. Ex: morte inesperada
2. Crises de desenvolvimento: são
previsíveis. Ex: nascimento de um filho, casamento.

Fases da crise:
✓ Negação
✓ Aumento da tensão:
✓ Tentativa de escapar aos problemas

Resolução Mal sucedida: quando individuo adopta meios patológicos de adaptação.


Pseudo-Resolução: o indivíduo não aprende qualquer coisa com a experiencia voltando ao nível inferior de
funcionamento.

Estratégias de Coping: resposta emitidas pelo individuo e tem como finalidade diminuir a carga física,
emocional, e psicológica ligada aos acontecimentos indutores de stress. Tem duas funções:
1. Lidar com o problema
2. Lidar com as emoções

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