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PSICANÁLISE DE FREUD
l I ntrodução
Diferente de Skinner, que reduz o ser humano a comportamento, Freud
trabalha com a ideia de consciente e inconsciente, que aquilo que não é visível, e
como influencia a vida de uma maneira dramática.
No séc. XX o pensamento era que a religião, a filosofia e a política fracassaram, e
a ciência agora ocuparia o protagonismo na resolução dos males do mundo.
Freud se aplicou a estudar as ciências biológicas, onde a ideia está baseada em:
atração e repulsão, forças químicas, físicas. Essa ideia aparece no pensamento
freudiano acerca da personalidade e de seus conflitos psicológicos, como
exemplo a pulsão de morte, quando ocorre uma auto sabotagem do
inconsciente.
A sexualidade nesse período estava em alta, o que influenciou Freud em seus
estudos científicos. Para ele, tudo era relacionado com algo sexual, a partir da
libido. Freud tem suas raízes no solo do Darwinismo, nas ciências empíricas, na
psicologia metafísica de Herbart, biologia e supremacia da teoria da libido.
Para Freud, existem quatro maneiras de ver a natureza humana:
● O inconsciente
● Teoria dos instintos
● Noção dos estágios de desenvolvimento humano
● Teoria da personalidade. Atualmente há uma discussão entre os psicólogos
se a personalidade realmente existe ou não.
Freud foi um divisor de águas no campo da psicologia, tanto que, até hoje,
estudiosos citam Freud para depois falar que não concordam com ele.
Sugestão de livro:
FREUD, Sigmund. PFISTER, Oskar. Cartas Entre Freud e Pfister: Um diálogo
entre a psicanálise e a fé cristã. M inas Gerais: Ed. Ultimato.
Este livro mostra a relação de Freud, judeu ateu, e Pfister, pastor protestante.
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l Inconsciente
São processos mentais escondidos da consciência das pessoas. As experiências
passadas, aparentemente inacessíveis, interferem nas ações, comportamentos,
emoções e pensamentos, afinal, lá se encontram os desejos mais ocultos. Os
sonhos são um campo onde essas realidades ocultas transitam. O passado e
presente são características constantes na psicanálise de Freud.
Como já mencionado, para Freud, tudo é relacionado com sexualidade. Essa
teoria se rompe com o discípulo dele, Jung. Apesar de Jung partir de alguns
pressupostos de Freud, para ele, nem tudo é sexualidade. O ser humano
também possui um movimento de abafar seus desejos, chamado de repressão
ou recalque.
l Neurose
Muitos sintomas surgem quando há tentativa de conciliação entre a exigências
inconscientes e seu monitoramento consciente, isto é estar em um processo
neurótico. Por exemplo, ao mentir para a alguém, fazer algo ruim significativo, é
possível que quando ver a pessoa sinta por exemplo dor de cabeça, devido a
repressão do sentimento de culpa. Outro exemplo de processo neurótico é você
almejar um objetivo, porém investe seus esforços em outro, seja qual for o
motivo. O problema está quando esses processos incapacitam o ser humano de
alguma forma.
A neurose está presente em todo ser humano, porém atualmente esta palavra
tomou um significado tão ruim que quase não se sabe o que a neurose é de fato.
Sem entender esses processos, perdemos a capacidade de ajudar as pessoas.
Do lado contrário do neurótico, que sempre está dividido em relação às suas
decisões, temos o psicótico, que tem certeza de tudo. Ambos processos estão
presentes em diversos âmbitos da sociedade, inclusive nos púlpitos das igrejas.
Cuidado, pois os pastores psicóticos aparentam ser espirituais, por não
duvidarem de nada. Ele pode estar doente e, nem você e nem ele, percebem
isso. Líderes psicóticos pressionam os que tem dúvida, o que é um problema,
pois a dúvida faz parte do processo de crescimento emocional do ser humano.
Não tenha medo de duvidar, tenha medo de não ter fé.
l Teoria dos Instintos
Esta teoria se desenvolve a partir de dois instintos básicos: "eros" chamou essa
energia de libido, prazer e preservação; “tanatos” aspectos negativos, instintos
de destruição.
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Freud define os estágios de desenvolvimento como:
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“Senhor, quem entrará no santuário para te louvar?
Quem tem as mãos limpas, e o coração puro”- S almos 24: 3-4
No hebraico, puro traz a ideia de algo que não está dividido. Nosso trabalho é
curar esta fragmentação através do Evangelho. Por isso somos necessariamente
neuróticos, pois há diversas divisões em nós.
O neurótico age sem perda do teste de realidade baseado principalmente em
conflitos intrapsíquicos ou acontecimentos vitais ansiogênicos. Aparecem como
sintomas da neurose:
● Obsessão
● Fobia
● Compulsão
● Conflitos mentais com origens escondidas no inconsciente que acabam
perturbando a vida das pessoas.
● Ansiedade
● Ansiedade moral que surge de dilemas trazidas pelo superego
● Ansiedade da realidade que preocupa o ego e é gerada por um perigo ou
dificuldade objetiva
● Ansiedade neurótica proveniente de conflitos abafados dentro do id
Para Freud, a culpa dessas neuroses está relacionada a repressão de desejos
proibidos, logo, a cura seria a libertação desses desejos, se percebendo melhor,
adaptando-se a realidade. Apesar desse método de cura não ser condizente com
o cristianismo, Freud trouxe uma série de percepções sobre passado e presente
fantástica, temos muito para aprender sobre isso.
Adaptar-se a realidade é importante, mas é impossível uma adaptação 100%
para nós cristãos. Estude para saber os limites de onde ir e não ir nos conceitos
Freudianos.
Para Erickson, psiquiatra estadunidense, as etapas rumo à maturidade humana
ocorrem de acordo com os seguintes conflitos:
Revisitando tópicos anteriores temos o complexo de édipo onde os meninos
mesmo amando o pai, tem um atrito frequente e para as meninas, o pai se torna
objeto de amor.
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A psicose envolve uma fantasia de onipotência e, em alguns casos como da
esquizofrenia, perde-se a noção do que é real, como ouvir vozes.
E a relação crítica de Freud com a religião? Para Freud, a religião é uma
projeção do desejo de segurança que vem do ser humano, uma necessidade
imediata de proteção. Seria a religião para o adulto, como uma chupeta é para
uma criança, acalmando-a até o ponto em que ela cresce e não precisa mais da
chupeta. A crítica de Freud então é: quem precisa de Deus está necessitado de
segurança. Mesmo assim Freud não afirma a existência de Deus.
Este mesmo argumento podemos utilizar também contra o ateísmo pois, se
existe uma necessidade do ser humano de segurança a ponto de criar a religião,
existe uma necessidade de liberdade, de não querer ser contido, que leva o
homem a matar Deus, negar a Sua existência.
O questionamento a se fazer mediante esses apontamentos é: de onde surgem
essas necessidades de segurança e liberdade do ser humano? Para o religioso, a
segurança é uma necessidade inevitável, resultando na fé. Para o ateu, é inviável
ter algo que o prive de sua liberdade, logo não tem porque ter fé em um ser
superior.
Ambas situações poderão aparecer em seu ministério, conheça sobre, para
poder ter o discernimento de como lidar com a situação que, em algumas vezes,
poderá ser necessário a ajuda de um profissional. Orar é muito importante para
que Deus o guie a ter total consciência e cuidado com a pessoa e saber quando,
caso precise, orientá-la a um psicólogo.
Vidas são extremamente importantes, estude sobre ela, Deus a colocou em
suas mãos. Não seja negligente com os séculos de estudos sobre a vida. Estude
muito, escute as pessoas, utilize das ferramentas da psicologia como um cristão,
que entende que a necessidade do homem é Deus.
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