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O que é o Islão?

O Âmago do Islão

A mensagem principal do Islão é a mesma mensagem básica em todas as religiões reveladas, já


que todas vêm da mesma fonte, e as razões para a disparidade encontrada entre as religiões

Entre as bênçãos e favores que Deus concedeu à humanidade está a de Ele ter concedido uma
habilidade inata para identificar e reconhecer Sua existência. Ele colocou essa consciência de
forma profunda em seus corações, como uma disposição natural que não foi alterada desde que
os primeiros seres humanos foram criados. Além disso, Ele reforçou essa disposição natural com
os sinais que colocou na Criação que testificam a Sua existência. Entretanto, uma vez que não é
possível para os seres humanos terem um conhecimento detalhado de Deus exceto através de
revelação vinda Dele, Deus enviou Seu Mensageiros para ensinar às pessoas sobre seu Criador, a
Quem eles devem adorar. Esses Mensageiros também trouxeram com eles os detalhes de como
adorar Deus, porque tais detalhes não podem ser conhecidos exceto através de revelação. Esses
dois princípios foram as coisas mais importantes que os Mensageiros de todas as revelações
divinas trouxeram de Deus. Com base nisso, todas as revelações divinas têm tido os mesmos
objetivos sublimes, que são:

1. Afirmar a Unicidade de Deus – o Criador louvado e glorificado – em Sua essência e Seus


atributos.

2. Afirmar que Deus somente deve ser adorado e que nenhum outro ser deve ser adorado junto
com Ele ou ao invés Dele.

3. Proteger o bem-estar humano e se opor à corrupção e ao mal. Assim, tudo que protege a fé,
a vida, a razão, a fortuna e a linhagem são parte desse bem-estar humano que a religião protege.
Por outro lado, qualquer coisa que coloque em perigo essas cinco necessidades universais é uma
forma de corrupção a qual a religião se opõe e proíbe.

4. Convidar as pessoas a esse alto nível de virtude, valores morais e costumes nobres.

O objetivo supremo de toda Mensagem Divina tem sido o mesmo: guiar as pessoas a Deus,
torná-las conscientes Dele, e fazê-las adorar somente a Ele. Cada Mensagem Divina veio para
fortalecer esse significado, e as palavras que se seguem foram repetidas nos idiomas de todos os
Mensageiros: “Adorai a Deus, não existe outro deus exceto Ele.” Essa mensagem foi transmitida
à humanidade pelos profetas e mensageiros que Deus enviou a toda nação. Todos esses
mensageiros vieram com essa mesma mensagem, a mensagem do Islão.

Todas as Mensagens Divinas vieram para fazer com que a vida das pessoas fosse de submissão
voluntária a Deus. Por essa razão, todas elas compartilham o nome de “Islão”, ou “submissão”
derivada da palavra “Salam”, ou “paz”, em árabe. Islão, nesse sentido, foi a religião de todos os
profetas, mas por que vemos variações diferentes da religião de Deus se todas emanaram da
mesma fonte? A resposta divide-se em duas partes.

A primeira razão é que como resultado da passagem do tempo, e devido ao fato de que as
religiões anteriores não estavam sob a proteção divina de Deus, elas sofreram muita mudança e
variação. Como resultado, nós vemos que as verdades fundamentais que foram trazidas por
todos os mensageiros agora diferem de uma religião para outra, com a diferença mais aparente
sendo o princípio estrito da crença e adoração de Deus e Deus somente.

A segunda razão para essa variação é que Deus, em Sua infinita Sabedoria e Vontade eterna,
decretou que todas as missões divinas anteriores à mensagem final do Islão trazida por
Muhammad, que Deus o exalte, fossem limitadas a um período de tempo específico. Como
resultado, suas leis e metodologias lidavam com as condições específicas das pessoas para as
quais tinham sido dirigidas.

A humanidade passou por numerosos períodos de orientação, desorientação, integridade e


desvio, da era mais primitiva ao auge de civilização. A orientação divina acompanhou a
humanidade ao longo de tudo isso, sempre provendo as soluções e remédios apropriados.

Essa foi a essência da disparidade que existiu entre as diferentes religiões. Esse desacordo nunca
foi além das particularidades da Lei Divina. Cada manifestação da Lei era dirigida a problemas
particulares do povo para o qual foi enviada. Entretanto, as áreas de acordo foram significativas
e muitas, como os fundamentos da fé; os princípios e objetivos básicos da Lei Divina, como
proteger a fé, vida, razão, fortuna e linhagem e estabelecer justiça na terra; e certas proibições
fundamentais, algumas das mais importantes sendo cometer idolatria, fornicação, assassinato,
roubo e dar falso testemunho. Além disso, elas também concordavam sobre virtudes morais
como honestidade, justiça, caridade, gentileza, castidade, retidão e misericórdia. Esses
princípios e outros são permanentes e eternos; eles são a essência de todas as Mensagens Divinas
e interligam todas elas.

As Origens do Islão

O papel do Islão entre outras religiões do mundo, especificamente em relação à tradição judaico-
cristã.

Mas onde a mensagem de Muhammad, que Deus o exalte, se encaixa com as mensagens
anteriores reveladas por Deus? Uma breve história dos profetas pode esclarecer esse ponto.

O primeiro humano, Adão, seguiu o Islão, no sentido de que ele foi orientado a adorar a Deus
somente e a ninguém mais e cumpriu Seus mandamentos. Mas com a passagem do tempo e a
dispersão da humanidade pela terra, as pessoas se desviaram dessa mensagem e começaram a
direcionar a adoração a outros ao invés de, ou junto com, Deus. Alguns passaram a adorar os
virtuosos entre eles que morreram, enquanto outros passaram a adorar espíritos e forças da
natureza. Foi então que Deus começou a enviar mensageiros para a humanidade, orientando-a de
volta à adoração de Deus somente, algo que estava de acordo com sua verdadeira natureza, e a
alertá-la das graves consequências de dirigir qualquer tipo de adoração para outros além Dele.

O primeiro desses mensageiros foi Noé, que foi enviado para pregar essa mensagem do Islão ao
seu povo, após eles começarem a adorar seus antepassados virtuosos junto com Deus. Noé
conclamou o seu povo a abandonar a adoração de seus ídolos, e lhes ordenou a voltar para a
adoração de Deus somente. Alguns deles seguiram os ensinamentos de Noé, enquanto a maioria
descreu nele. Aqueles que seguiram Noé foram seguidores do Islão, ou muçulmanos, enquanto
aqueles que não o fizeram, permaneceram em sua descrença e foram punidos por fazê-lo.

Depois de Noé, Deus enviou mensageiros a toda nação que se desviou da Verdade, para trazê-los
de volta à ela. Essa Verdade foi a mesma ao longo do tempo: rejeitar todos os objetos de
adoração e direcionar toda a adoração sem exceção para Deus, o Criador e Senhor de tudo e
ninguém mais, e cumprir Seus mandamentos. Mas como mencionado antes, como cada nação
diferia com relação ao seu estilo de vida, idioma, e cultura, mensageiros específicos foram
enviados para nações específicas por um período específico de tempo.

Deus enviou mensageiros para todas as nações, e para o Reino da Babilônia Ele enviou Abraão –
um dos primeiros e maiores profetas – que conclamou seu povo a rejeitar a adoração dos ídolos
aos quais eles eram devotados. Ele os chamou para o Islão, mas eles o rejeitaram e até tentaram
matá-lo. Deus submeteu Abraão a muitos testes e ele se saiu bem em todos eles. Por seus
muitos sacrifícios, Deus proclamou que Ele faria surgir de sua descendência uma grande nação e
que dela escolheria profetas. Toda vez que pessoas de sua descendência começavam a se desviar
da Verdade, que era adorar a ninguém exceto Deus e obedecer Seus mandamentos, Deus enviava
um outro mensageiro para trazê-los de volta à Verdade.

Consequentemente, nós vemos que muitos profetas enviados eram da descendência de Abraão,
como seus dois filhos Isaque e Ismael, junto com Jacó (Israel), José, Davi, Salomão, Moisés e,
claro, Jesus, para mencionar uns poucos, que a Paz e as Bênçãos de Deus estejam sobre todos
eles. Cada profeta foi enviado para os Filhos de Israel (os judeus) quando eles se desviaram da
verdadeira religião de Deus, e se tornou obrigatório para eles seguir o mensageiro que lhes era
enviado e obedecer seus mandamentos. Todos os mensageiros vieram com a mesma mensagem,
rejeitar a adoração de todos os outros seres exceto Deus e obedecer Seus mandamentos. Alguns
descreram nos profetas, enquanto outros creram. Aqueles que acreditaram foram seguidores do
Islão, ou muçulmanos.

Dentre esses mensageiros estava Muhammad, que Deus o exalte, da descendência de Ismael, o
filho de Abraão, que Deus o exalte, que foi enviado como um mensageiro para suceder Jesus.
Muhammad, que Deus o exalte, pregou a mesma mensagem do Islão como os profetas e
mensageiros anteriores – direcionar toda a adoração para Deus somente e ninguém mais e
obedecer a Seus mandamentos – nos quais os seguidores dos profetas anteriores se desviaram.

Como podemos ver, o Profeta Muhammad, que Deus o exalte, não foi o fundador de uma nova
religião, como muitas pessoas equivocadamente pensam, mas ele foi enviado como o Profeta
Final do Islão. Ao revelar Sua mensagem final a Muhammad, que é uma mensagem eterna e
universal para toda a humanidade, Deus finalmente cumpriu a promessa que fez a Abraão.

Assim como era obrigatório para aqueles que estavam vivos seguir a mensagem do último da
sucessão de profetas que lhes foi enviado, se torna obrigatório sobre toda a humanidade seguir a
mensagem de Muhammad. Deus prometeu que essa mensagem permaneceria inalterada e
adequada para todos os tempos e lugares. É suficiente dizer que o caminho do Islão é o mesmo
do profeta Abraão, porque tanto a Bíblia quanto o Alcorão retratam Abraão como um exemplo
proeminente de alguém que se submeteu completamente a Deus e dirigiu adoração a Ele somente
e ninguém mais, e sem quaisquer intermediários. Quando isso é entendido, fica claro que o
Islão tem a mensagem mais contínua e universal do que qualquer outra religião, porque todos os
profetas e mensageiros foram “muçulmanos”, ou seja, aqueles que se submeteram à vontade de
Deus, e eles pregaram o “Islão”, ou seja, a submissão à vontade de Deus Todo-Poderoso ao
adorá-Lo exclusivamente e obedecer Seus mandamentos.

Assim nós vemos que aqueles que se chamam muçulmanos hoje não seguem uma religião nova;
ao contrário, eles seguem a religião e mensagem de todos os profetas e mensageiros que foram
enviados à humanidade pelo comando de Deus, também conhecida como Islão. A palavra
“Islão” é uma palavra árabe que significa literalmente “submissão a Deus”, e os muçulmanos são
aqueles que voluntariamente se submetem e ativamente obedecem a Deus, vivendo de acordo
com Sua mensagem.

As Crenças Essenciais do Islão

Um olhar em algumas das crenças do Islão.

Existem muitos aspectos da crença nos quais aquele que adere ao Islão deve ter firme convicção.
Desses aspectos, os mais importantes são seis, conhecidos como os “Seis Artigos da Crença”.

1) Crença em Deus

O Islão mantém um monoteísmo estrito e a crença em Deus forma o âmago de sua fé. O Islão
ensina a crença em um Deus que não dá à luz e nem nasceu, e não compartilha a Sua custódia do
mundo. Ele apenas dá a vida, causa a morte, traz o bem, causa aflição, e provê o sustento para a
Sua criação. Deus no Islão é o único Criador, Senhor, Sustenedor, Governante, Juiz e Salvador
do universo. Ele não tem iguais em Suas qualidades e habilidades, como conhecimento e poder.
Toda a adoração, veneração e reverência devem ser direcionadas a Deus e ninguém mais.
Qualquer ruptura desses conceitos nega a base do Islão.

2) Crença nos Anjos

Os aderentes do Islão devem crer no mundo Invisível como mencionado no Alcorão. Os anjos
são os emissários de Deus desse mundo, cada qual com uma tarefa específica. Eles não têm livre
arbítrio ou capacidade de desobedecer; é parte de sua natureza serem servos zelosos de Deus. Os
anjos não devem ser tomados como semideuses ou objetos de louvor ou veneração; eles são
meros servos de Deus obedecendo todos os Seus comandos.

3) Crença nos Profetas e Mensageiros

O Islão é uma religião universal e inclusiva. Os muçulmanos acreditam nos profetas, não apenas
no Profeta Muhammad, que Deus o exalte, mas nos profetas hebreus, incluindo Abraão e Moisés,
assim como nos profetas do Novo Testamento, Jesus e João Batista. O Islão ensina que Deus
não enviou profetas apenas para os judeus e cristãos, ao contrário, Ele enviou profetas para todas
as nações no mundo com uma mensagem central: adorar somente a Deus. Os muçulmanos
devem acreditar em todos os profetas enviados por Deus mencionados no Alcorão, sem fazer
qualquer distinção entre eles. Muhammad foi enviado com a mensagem final, e não existe
profeta depois dele. Sua mensagem é final e eterna, e através dele Deus completou Sua
Mensagem para a humanidade.

4) Crença nos Textos Sagrados

Os muçulmanos acreditam em certos livros que Deus enviou para a humanidade através de Seus
profetas. Esses livros incluem os Livros de Abraão, o Torá de Moisés, os Salmos de Davi, e o
Evangelho de Jesus Cristo. Todos esses livros tinham a mesma fonte (Deus), a mesma
mensagem, e todos foram revelados em verdade. Isso não significa que eles tenham sido
preservados em verdade. Os muçulmanos (e muitos outros eruditos judeus e cristãos e
historiadores) acham que os livros em existência hoje não são as escrituras originais, que de fato
foram perdidas, mudadas, e/ou traduzidas repetidas vezes, perdendo a mensagem original.

Assim como os cristãos veem o Novo Testamento como cumprimento e complemento do Velho
Testamento, os muçulmanos acreditam que o Profeta Muhammad recebeu revelações de Deus
através do anjo Gabriel para corrigir erros humanos que tinham penetrado nas escrituras e
doutrinas do Judaísmo, Cristianismo e todas as outras religiões. Essa revelação é o Alcorão,
revelado na língua árabe, e encontrado hoje em sua forma original. Ele procura guiar a
humanidade em todos os aspectos da vida; espiritual, temporal, individual e coletivo. Contém
orientações para a conduzir a vida, relata estórias e parábolas, descreve os atributos de Deus e
fala das melhores regras para governar a vida social. Tem orientações para todos, em todo lugar
e para todos os tempos. Milhões de pessoas hoje memorizaram o Alcorão, e todas as cópias do
Alcorão encontradas hoje e no passado são idênticas. Deus prometeu que Ele protegeria o
Alcorão de mudanças até o final dos tempos, de modo que a Orientação pudesse ser clara para a
humanidade e a mensagem de todos os profetas ficasse disponível para aqueles que a buscasse.

5) Crença na Vida Após a Morte

Os muçulmanos acreditam que chegará um dia quando toda a criação perecerá e ressuscitará para
ser julgada por seus atos: o Dia do Juízo. Nesse dia, todos se reunirão na presença de Deus e
cada indivíduo será questionado sobre sua vida no mundo e como ele a viveu. Aqueles que
tiveram crenças corretas sobre Deus e a vida, e acompanharam sua crença com atos virtuosos
entrarão no Paraíso, mesmo que tenham que pagar por alguns de seus pecados no Inferno se
Deus em Sua Infinita Justiça optar por não os perdoar. Quanto aqueles que caíram no politeísmo
em suas muitas faces, entrarão no Inferno, sem nunca saírem dele.

6) Crença no Decreto Divino

O Islão afirma que Deus tem pleno poder e conhecimento de todas as coisas, e que nada acontece
exceto por Sua Vontade e com Seu conhecimento total. O que é conhecido como decreto divino,
sorte ou “destino” é conhecido em árabe como al-Qadr. O destino de cada criatura já é
conhecido por Deus.

Essa crença, entretanto, não contradiz a ideia do livre arbítrio do homem para escolher seu curso
de ação. Deus não nos força a fazer nada; nós podemos escolher se O obedecemos ou
desobedecemos. A nossa escolha é conhecida por Deus mesmo antes de a fazermos. Nós não
sabemos qual é o nosso destino; mas Deus sabe o destino de todas as coisas.

Portanto, nós devemos ter fé firme de que o que quer que nos aconteça, está de acordo com a
vontade de Deus e com o Seu pleno conhecimento. Podem haver coisas que acontecem nesse
mundo que nós não compreendemos, mas devemos confiar que Deus tem sabedoria em todas as
coisas.

Adoração Islâmica

Um olhar sobre algumas das práticas essenciais do Islão, com uma breve explanação sobre quem
são os muçulmanos.

Existem cinco observâncias simples, mas essenciais que todos os muçulmanos praticantes
aceitam e seguem. Esses “Pilares do Islão” representam o âmago que une todos os muçulmanos.

1) A ‘Declaração de Fé’

Um muçulmano é aquele que testemunha que “ninguém merece adoração exceto Deus e
Muhammad é o mensageiro de Deus.” Essa declaração é conhecida como a “shahada”
(testemunho). Deus é o nome árabe para Deus, assim como Yahweh é o nome hebraico para
Deus. Ao fazer essa proclamação simples uma pessoa se torna muçulmana. A proclamação
afirma a crença absoluta do Islão na unicidade de Deus, Seu direito exclusivo a ser adorado,
assim como a doutrina de que associar qualquer outra coisa com Deus é um pecado imperdoável,
como lemos no Alcorão:

“Deus não perdoa quem Lhe associa com outra divindade, mas perdoa a quem quiser por todas
as outras coisas. Aquele que associa parceiros a Deus inventou um terrível pecado.” (Alcorão
4:48)

A segunda parte do testemunho de fé afirma que Muhammad, que Deus o exalte, é um profeta de
Deus como Abraão, Moisés e Jesus foram antes dele. Muhammad trouxe a última e final
revelação. Ao aceitar Muhammad como o “selo dos profetas,” os muçulmanos acreditam que
sua profecia confirma e cumpre todas as mensagens reveladas, começando com a de Adão.
Além disso, Muhammad serve como modelo através de sua vida exemplar. O empenho do
crente para seguir o exemplo de Muhammad reflete a ênfase do Islão na prática e ação.

2) A Oração (Salah)

Os muçulmanos fazem adoração cinco vezes ao dia: ao nascer do dia, ao meio-dia, no meio da
tarde, no pôr-do-sol e à noite. Isso ajuda a manter os crentes conscientes de Deus no estresse de
trabalho e família. Recompõe o foco espiritual, reafirma a dependência total em Deus, e coloca
as preocupações mundanas dentro da perspetiva do último julgamento e da vida após a morte.
As orações consistem de ficar de pé, se curvar, ajoelhar, colocar a testa no chão e sentar. A
Oração é um meio através do qual é mantida a relação entre Deus e Sua criação. Inclui
recitações do Alcorão, louvores a Deus, orações para perdão e outras súplicas. A oração é uma
expressão de submissão, humildade e adoração a Deus. As orações podem ser oferecidas em
qualquer local limpo, individualmente ou em grupo, em uma mesquita ou em casa, no trabalho
ou na estrada, em locais fechados ou ao ar livre. É preferível orar com outros como um corpo
unido na adoração a Deus, demonstrando disciplina, irmandade, igualdade e solidariedade.
Enquanto se preparam para orar, os muçulmanos se voltam para Meca, a cidade sagrada centrada
em torno da Caaba, a casa de Deus construída por Abraão e seu filho Ismael.

3) A Caridade Compulsória (Zakah)

No Islão, o verdadeiro dono de tudo é Deus, não o homem. As pessoas recebem fortuna como
uma custódia de Deus. O Zakah é adoração e agradecimento a Deus demonstrados pelo apoio
aos pobres, e através do qual a fortuna é purificada. Requer uma contribuição anual de 2,5% da
fortuna e bens de um indivíduo. Portanto, o Zakah não é uma mera “caridade”, é uma obrigação
sobre aqueles que receberam suas fortunas de Deus atender as necessidades dos membros menos
afortunados da comunidade. O Zakah é usado para dar apoio aos pobres, órfãos e viúvas, ajudar
os endividados e, nos velhos tempos, para libertar escravos.

4) O Jejum de Ramadã (Sawm)

O Ramadã é o nono mês do calendário lunar islâmico, que é passado em jejum. Os muçulmanos
saudáveis se abstêm de comida, bebida e atividade sexual da alvorada ao pôr-do-sol. O jejum
desenvolve a espiritualidade, dependência em Deus, e provoca a identificação com os menos
afortunados. Uma oração especial da noite também é mantida nas mesquitas nas quais são
ouvidas recitações do Alcorão. As famílias se levantam antes do nascer do sol e fazem sua
primeira refeição do dia para sustentá-los até o pôr-do-sol. O mês de Ramadã termina com uma
das maiores celebrações islâmicas, a Festa da Quebra do Jejum, chamada Eid al-Fitr, que é
marcada por alegria, visitas familiares, e troca de presentes.

5) O Quinto Pilar é a Peregrinação, ou Hajj, à Meca na Arábia Saudita

Pelo menos uma vez na vida, todo muçulmano adulto que é física e financeiramente capaz deve
sacrificar tempo, fortuna, status, e confortos habituais da vida para fazer a peregrinação, se
colocando totalmente a serviço de Deus. Todo ano mais de dois milhões de crentes de uma
diversidade de culturas e línguas viajam de todo o mundo para a cidade sagrada de Meca, para
responder ao chamado de Deus.

Quem são os Muçulmanos?

A palavra árabe “muçulmano” significa literalmente “alguém que está em estado de Islão
(submissão à vontade e lei de Deus)”. A mensagem do Islão é para o mundo inteiro, e qualquer
um que aceite essa mensagem se torna um muçulmano. Existem mais de um bilhão de
muçulmanos no mundo todo. Os muçulmanos representam a maioria da população em cinquenta
e seis países. Muitas pessoas ficam surpresas em saber que a maioria dos muçulmanos não é
árabe. Embora a maioria dos árabes seja muçulmana, existem árabes que são cristãos, judeus e
ateus. Apenas 20% dos 1,2 bilhões de muçulmanos do mundo vêm de países árabes. Existem
populações muçulmanas significativas na Índia, China, Repúblicas da Ásia Central, Rússia,
Europa e América. Se alguém der uma olhada nos vários povos que vivem no Mundo
Muçulmano - da Nigéria a Bósnia e do Marrocos a Indonésia - é fácil ver que os muçulmanos
vêm de raças, grupos étnicos, culturas e nacionalidades diferentes. O Islão sempre foi uma
mensagem universal para todos os povos. O Islão é a segunda maior religião no mundo e em
breve será a segunda maior religião na América. Ainda assim, poucas pessoas sabem o que é o
Islão.

Sete Perguntas Comuns sobre o Islão

Algumas das perguntas mais comuns sobre o Islão.

1. O que é Islão?

Islão é o nome da religião, ou mais adequadamente do “modo de vida”, que Deus (Allah) revelou
e que foi praticado por todos os Profetas e Mensageiros de Deus enviados para a humanidade.
Até o nome se destaca como único entre as outras religiões na medida em que significa um
estado de ser; não se refere a qualquer pessoa em particular, como Cristianismo, Budismo ou
Zoroastrismo; uma tribo como Judaísmo ou uma nação como Hinduísmo. A palavra raiz árabe
da qual Islão é derivada implica paz, segurança, saudação, proteção, irrepreensibilidade,
salubridade, submissão, aceitação, rendição e salvação. Islão significa especificamente estar em
estado de submissão a Deus, adorando somente a Ele e aceitando e obedecendo reverentemente
Sua Lei. Através dessa submissão, são alcançados a paz, a segurança e o bem-estar completos
implícitos em seu significado literal. Consequentemente, um muçulmano ou muçulmana é uma
pessoa nesse estado de submissão. O Islão de uma pessoa enfraquece através de pecados,
ignorância e transgressão e se torna nulo em sua totalidade pela associação de parceiros com
Deus ou descrença Nele.
2. Quem são os Muçulmanos?

A palavra árabe “muçulmano” significa literalmente “alguém que está em estado de Islão
(submissão à vontade e lei de Deus)”. A mensagem do Islão é para o mundo inteiro, e qualquer
um que aceite essa mensagem se torna um muçulmano. Algumas pessoas acreditam
equivocadamente que o Islãoo é apenas uma religião para árabes, mas nada poderia estar mais
distante da verdade. Na verdade, mais de 80% dos muçulmanos do mundo não são árabes!
Embora a maioria dos árabes seja muçulmana, existem árabes que são cristãos, judeus e ateus.
Se dermos uma olhada nos vários povos que vivem no Mundo Muçulmano - da Nigéria a Bósnia
e do Marrocos a Indonésia - é fácil ver que os muçulmanos vêm de raças, grupos étnicos,
culturas e nacionalidades diferentes. O Islão sempre foi uma mensagem universal para todos os
povos. Isso pode ser constatado pelo fato de que alguns dos primeiros companheiros do Profeta
Muhammad não eram somente árabes, mas também persas, africanos e romanos bizantinos. Ser
muçulmano implica aceitação completa e obediência ativa nos ensinamentos e leis revelados de
Deus, o Exaltado. Um muçulmano é uma pessoa que aceita livremente basear suas crenças,
valores e fé na vontade de Deus Todo-Poderoso. No passado, mesmo que não seja tão comum
hoje em dia, a palavra “maometanos” era usada com frequência como rótulo para muçulmanos.
Esse rótulo é incorreto e é resultado de distorção intencional ou pura ignorância. Uma das razões
para a concepção errônea é que os europeus foram ensinados por séculos que os muçulmanos
adoravam o Profeta Muhammad da mesma forma que os cristãos adoram Jesus. Isso não é
verdade, uma vez que não é considerado muçulmano aquele que adora alguém ou algo ao lado de
Deus, o Exaltado.

3. Quem é Allah?

Com frequência ouve-se a palavra árabe “Allah” sendo usada em discussões relacionadas ao
Islão. A palavra “Allah” é simplesmente a palavra árabe para Deus Todo-Poderoso e é a mesma
palavra usada por cristãos e judeus que falam árabe. De fato, a palavra Allah estava em uso
muito antes de a palavra Deus passar a existir, uma vez que o português é uma língua
relativamente nova. Se pegarmos uma tradução árabe da Bíblia, veremos a palavra “Allah”
sendo usada onde a palavra “Deus” é usada em português. Por exemplo, cristãos que falam
árabe dizem que Jesus é, de acordo com sua crença, o Filho de Allah. Além disso, a palavra
árabe para o Todo-Poderoso, “Allah”, é muito semelhante à palavra para Deus em outros idiomas
semitas. Por exemplo, a palavra hebraica para Deus é “Elah”. Por várias razões, alguns não-
muçulmanos equivocadamente acreditam que os muçulmanos adoram um Deus diferente do
Deus de Moisés e Abraão e Jesus. Esse com certeza não é o caso, uma vez que o monoteísmo
puro do Islão conclama todas as pessoas a adorarem o Deus de Noé, Abraão, Moisés, Jesus e
todos os outros profetas, que a paz esteja sobre eles.

4. Quem é Muhammad?

O último e final profeta que Deus enviou para a humanidade foi o Profeta Muhammad, que a
misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele. Com a idade de quarenta anos, ele recebeu a
revelação de Deus. Ele então passou o resto de sua vida explicando e vivenciando os
ensinamentos do Islão, a religião que Deus lhe revelou. O Profeta Muhammad é o maior de
todos os profetas por muitas razões, mas basicamente porque foi escolhido por Deus para ser o
último profeta – cuja missão para guiar a humanidade continuaria até o Último Dia – e porque
foi enviado como misericórdia para toda a humanidade. O resultado de sua missão trouxe mais
pessoas à crença pura em um Deus Único do que qualquer outro profeta. Desde o início dos
tempos, Deus enviou profetas para a terra, cada um para sua nação específica. O Profeta
Muhammad, entretanto, foi enviado como mensageiro final para toda a humanidade.

Mesmo que outras comunidades religiosas reivindiquem acreditar em um Deus Único, com o
passar do tempo algumas ideias corrompidas entraram em suas crenças e práticas, afastando-as
do monoteísmo puro e sincero dos profetas. Algumas adotaram seus profetas e santos como
intercessores junto a Deus Todo-Poderoso. Algumas até acreditaram que seus profetas eram
manifestações de Deus ou “Deus Encarnado” ou o “Filho de Deus”. Todas essas concepções
errôneas levam à adoração de seres criados ao invés do Criador e contribuíram para a prática
idólatra de acreditar que Deus Todo-Poderoso pode ser abordado através de intermediários. De
modo a prevenir essas falsidades, o Profeta Muhammad sempre enfatizava que era somente um
ser humano com a missão de pregar e obedecer a mensagem de Deus. Ele ensinou os
muçulmanos a se referirem a ele como “o mensageiro e servo de Deus”. Através de sua vida e
ensinamentos, Deus fez de Muhammad o exemplo perfeito para todas as pessoas – ele foi o
profeta exemplar, estadista, líder militar, governante, professor, vizinho, marido, pai e amigo.
Ao contrário de outros profetas e mensageiros, o Profeta Muhammad viveu à luz plena da
história e todos os seus ditos e atos foram meticulosamente registrados e coletados. Os
muçulmanos não precisam ter mera “fé” que ele existiu, ou que seus ensinamentos estão
preservados – eles sabem disso como fato. Deus Se encarregou de proteger a mensagem
revelada a Muhammad da distorção ou de ser esquecida ou perdida. Isso foi necessário porque
Deus prometeu que Muhammad era o mensageiro final para a humanidade. Todos os
mensageiros de Deus pregaram a mensagem do Islão – ou seja, submissão à lei de Deus e a
adoração somente de Deus – mas Muhammad é o último profeta do Islão que trouxe a mensagem
final e completa que nunca será mudada até o Último Dia.

Sobre os ensinamentos islâmicos e o Alcorão Sagrado.

5. Quais são os ensinamentos do Islão?

A base da fé islâmica é a crença no monoteísmo absoluto (a Unicidade de Deus). Isso significa


acreditar que existe somente um Criador e Sustentador de tudo no Universo e que nada é divino
ou merecedor de ser adorado exceto Ele. Na verdade, acreditar na Unicidade de Deus significa
muito mais que simplesmente acreditar que existe “Um Deus” – em oposição a dois, três ou
quatro. Existem várias religiões que reivindicam crença em um “Deus Único” e acreditam que
existe apenas um Criador e Sustentador do Universo, mas o verdadeiro monoteísmo é acreditar
que somente a Verdadeira Deidade é para ser adorada, de acordo com a revelação que Ele enviou
para Seu mensageiro. O Islão também rejeita o uso de todos os intermediários entre Deus e o
homem e insiste que as pessoas se aproximem de Deus diretamente e reservem toda a adoração
somente para Ele. Os muçulmanos acreditam que Deus Todo-Poderoso é Compassivo, Amoroso
e Misericordioso.
Um equívoco comum é a alegação de que Deus não pode perdoar Suas criaturas diretamente. Ao
enfatizar demais o fardo e a punição do pecado, assim como alegar que Deus não pode perdoar
os humanos diretamente, as pessoas se desesperam da Misericórdia de Deus. Uma vez que se
convencem de que não podem se aproximar de Deus diretamente, se voltam para falsos deuses
em busca de ajuda, como heróis, líderes políticos, salvadores, santos e anjos. Com frequência
descobrimos que as pessoas que adoram, oram ou buscam intercessão dessas falsas deidades, não
as consideram como um “deus”. Alegam crer em um Deus Único Supremo, mas que oram e
adoram outros ao lado de Deus somente para ficarem mais próximas Dele. No Islão existe uma
distinção clara entre o Criador e o criado. Não existe ambiguidade ou mistério em questões de
divindade: qualquer coisa criada não merece ser adorada; somente Allah, o Criador, é merecedor
de ser adorado. Algumas religiões creem falsamente que Deus se tornou parte de Sua criação, e
que deixou as pessoas acreditarem que podem adorar algo criado para alcançar seu Criador.

Os muçulmanos acreditam que embora Deus seja Único e Exaltado além de compreensão
especulativa, Ele definitivamente não tem parceiros, associados, iguais, antagonistas ou
descendência. De acordo com a crença islâmica, Allah “não gerou e nem foi gerado” – seja
literal, alegórica, metafórica, física ou metafisicamente. Ele é absolutamente Único e Eterno.
Está em controle de tudo e é perfeitamente capaz de conceder a Sua misericórdia e perdão
infinitos a quem Ele escolher. Por isso Allah também é chamado o Todo-Poderoso e
Misericordiosíssimo. Allah criou o universo para o homem e como tal quer o melhor para todos
os seres humanos. Os muçulmanos veem tudo no universo como sinal da criação e benevolência
do Deus Todo-Poderoso. E a crença na unicidade de Allah não é um conceito meramente
metafísico. É uma crença dinâmica que afeta a visão de humanidade, sociedade e todos os
aspectos da vida prática. Como um corolário lógico para a crença islâmica na unicidade de
Allah, existe a crença na unicidade da humanidade.

6. O que é o Alcorão?

O Alcorão é a revelação final de Allah para toda a humanidade, que foi pronunciado por Allah o
Exaltado e transmitido através do arcanjo Gabriel em árabe ao Profeta Muhammad em palavra e
significado. O Alcorão foi então retransmitido aos companheiros do Profeta e eles
diligentemente o memorizaram palavra por palavra e meticulosamente o compilaram em forma
escrita. O Alcorão Sagrado tem sido recitado continuamente pelos companheiros do Profeta e
seus sucessores até o dia presente. Em resumo, o Alcorão é o livro revelado de escritura divina
de Allah para toda a humanidade, para sua orientação e salvação.

Hoje o Alcorão continua a ser memorizado e ensinado por milhões de pessoas. A língua do
Alcorão, o árabe, continua a ser uma língua viva para milhões de pessoas. Ao contrário das
escrituras de algumas religiões, o Alcorão continua a ser lido em sua língua original por milhões
de pessoas. O Alcorão é um milagre vivo na língua árabe e é conhecido por seu estilo, forma e
impacto espiritual inimitáveis, assim como o conhecimento único que contém. O Alcorão foi
revelado em uma série de revelações ao profeta Muhammad ao longo de 23 anos. Em contraste
aos livros de muitas outras religiões, sempre se acreditou que o Alcorão era a Palavra exata de
Allah. O Alcorão foi recitado publicamente perante comunidades muçulmanas e não-
muçulmanas durante a vida do profeta Muhammad e após sua morte. O Alcorão inteiro também
foi completamente registrado durante a vida do profeta e vários companheiros dele memorizaram
o Alcorão palavra por palavra como foi revelado. O Alcorão sempre esteve nas mãos de crentes
comuns; sempre foi considerado a palavra de Deus e devido à memorização propagada, foi
perfeitamente preservado. Nenhuma parte dele foi alterada ou decretada por qualquer concílio
religioso. Os ensinamentos do Alcorão compreendem uma escritura universal dirigida para toda
a humanidade e não para uma tribo em particular ou “povo escolhido”. A mensagem que ele traz
não é nova e sim a mesma de todos os profetas: “submeter-se a Deus Todo-Poderoso e adorar
somente a Ele, seguindo os mensageiros de Allah para o sucesso nessa vida e salvação na vida
futura”. Dessa forma, a revelação de Allah no Alcorão foca em ensinar aos seres humanos a
importância de acreditar na Unicidade de Deus e de enquadrar suas vidas com base na orientação
que Ele enviou, que é articulada na Lei Islâmica. O Alcorão contém histórias dos profetas
anteriores, como Abraão, Noé, Moisés e Jesus, que a paz esteja sobre todos eles, e também
muitos mandamentos e proibições de Deus. Nos dias atuais, em que tantas pessoas são presas
da dúvida, desespero espiritual e alienação social e política, os ensinamentos corânicos oferecem
soluções para o vazio de nossas vidas e a desordem que domina o mundo hoje.

7. Como os muçulmanos veem a natureza do homem, o propósito da vida e a vida futura?

No Alcorão Sagrado Allah ensina os seres humanos que foram criados para glorificá-Lo e adorá-
Lo e que a base de toda adoração verdadeira é a consciência de Deus. Todas as criaturas de
Allah O adoram naturalmente e somente os humanos têm o livre arbítrio para adorar Allah como
seu Criador ou rejeita-Lo. Esse é um grande teste, mas também uma grande honra. Uma vez
que os ensinamentos do Islão abrangem todos os aspectos da vida e da ética, a consciência de
Deus é encorajada em todos os assuntos humanos. O Islão deixa claro que todos os atos
humanos são atos de adoração se forem feitos somente para agradar a Deus e de acordo com Sua
Escritura e Lei Divinas. Dessa forma, a adoração no Islão não está limitada a rituais religiosos e
por essa razão é mais adequadamente conhecida como um “modo de vida” do que uma religião.
Os ensinamentos do Islão agem como misericórdia e cura para a alma humana e qualidades
como humildade, sinceridade, paciência e caridade são fortemente encorajadas. Além disso, o
Islão condena o orgulho e o autoelogio, já que Deus Todo-Poderoso é o único juiz da virtude
humana.

A visão islâmica da natureza do homem também é realista e bem equilibrada na medida em que
seres humanos não são vistos como inerentemente pecadores, mas com capacidade igual para o
bem e o mal; cabe a eles escolher. O Islão também ensina que a fé e a ação devem andar de
mãos dadas. Deus deu às pessoas o livre arbítrio e a medida da fé são os atos e ações.
Entretanto, como os seres humanos foram criados fracos e regularmente caem em pecado,
precisam buscar orientação e arrependimento continuamente, o que é também, por si só, uma
forma de adoração amada por Allah. Essa é a natureza do ser humano como criado por Deus em
Sua Majestade e Sabedoria. Não é inerentemente “corrupta” ou precisando de reparos. O
caminho do arrependimento está sempre aberto para todos. Deus Todo-Poderoso sabia que os
humanos cometeriam erros, de modo que o verdadeiro teste é se arrependerão por seus pecados e
tentarão evita-los ou se preferirão uma vida de negligência e pecado, sabendo bem que não está
agradando a Deus. O verdadeiro equilíbrio de uma vida islâmica é estabelecido através do temor
saudável da punição justa de Allah para crimes e pecados, associado à crença sincera de que
Allah, em Sua infinita misericórdia, tem prazer em conceder a Sua recompensa pelos nossos
bons atos e adoração sincera a Ele. Uma vida sem temor a Allah leva ao pecado e a
desobediência, enquanto que a crença de que pecamos tanto que Deus não poderia nos perdoar só
nos leva ao desespero. À luz desse fato, o Islãoo ensina que somente os desorientados se
desesperam da misericórdia de seu Senhor, e somente os criminosos malvados são destituídos do
temor a Allah, seu Criador e Juiz. O Alcorão Sagrado, como revelado ao profeta Muhammad,
que a paz esteja sobre ele, também contém muitos ensinamentos sobre a vida após a morte e o
Dia do Juízo. Os muçulmanos acreditam que todos os seres humanos serão no fim julgados por
Allah, o Soberano e Juiz Absoluto, por suas crenças e ações em suas vidas terrenas. Ao julgar os
seres humanos, Allah o Exaltado, será ao mesmo tempo absolutamente justo, ao punir somente
os verdadeiramente culpados e criminosos rebeldes que não se arrependeram, e absolutamente
misericordioso com aquelas pessoas que Ele, em Sua sabedoria, julgar merecedoras de
misericórdia. Ninguém será julgado por algo acima de sua capacidade ou pelo que não fez. É
suficiente dizer que o Islão ensina que a vida é um teste elaborado por Allah, o Criador, Todo-
Poderoso e Sábio, e que todos os seres humanos serão responsabilizados perante Allah pelo que
fizeram com suas vidas. Uma crença sincera na vida após a morte é a chave para levar uma vida
moral e bem equilibrada. De outra forma, a vida é considerada com um fim em si mesma, o que
faz com que as pessoas se tornem mais egoístas, materialistas e imorais na busca cega de prazer,
às custas da razão e da ética.

Jesus no Islão

A primeira parte de um artigo de três partes discutindo o conceito islâmico de Jesus: Parte 1: Seu
nascimento e milagres.

A visão islâmica de Jesus reside entre dois extremos. Os judeus, que rejeitaram Jesus como um
profeta, o chamaram de impostor, enquanto os cristãos, por outro lado, o consideraram o filho de
Deus e o adoram como tal. O Islão considera Jesus um dos maiores e mais pacientes e tolerantes
dos profetas, em adição a Noé, Abraão, Moisés e Muhammad, que Deus os exalte. Jesus também
é considerado o Messias. Isso está em conformidade com a visão islâmica da Unicidade de
Deus, a Unicidade da orientação Divina, e o papel complementar da missão subsequente dos
mensageiros de Deus.

A mensagem de Deus para a humanidade, que é adorar a Deus e a Deus somente e viver de
acordo com Sua instrução, foi revelada a Adão (que a paz esteja sobre ele), que a passou adiante
para seus filhos. Todas as revelações subsequentes a Noé, Abraão, Moisés, Jesus e, finalmente,
Muhammad estão em conformidade com aquela mensagem. Portanto, o Islãoo vê quaisquer
contradições entre as religiões reveladas como elementos produzidos pelo homem que foram
introduzidos nessas religiões. A posição de Jesus nas três maiores crenças - Judaísmo,
Cristianismo e Islão – não é uma exceção.

Embora o Alcorão não apresente uma estória detalhada da vida de Jesus, ele destaca aspectos
importantes de seu nascimento, sua missão e sua ascensão ao céu. Ele também julga as crenças
cristã e judaica em relação a ele. Nós veremos algumas das verdades que Deus revelou sobre
Jesus no Alcorão.
Nascido de uma Mãe Virgem

Como os cristãos, os muçulmanos acreditam que Maria, ou Mariam como ela é chamada em
árabe, era uma mulher casta, virgem, que milagrosamente deu à luz a Jesus. O nascimento de
Jesus em si foi um milagre no sentido de que ele não tinha pai. Deus descreve seu nascimento no
Alcorão da seguinte forma:

“E menciona no Livro (o Alcorão), Maria, quando ela se isolou em reclusão de sua família para
um lugar na direção do oriente. Ela colocou um véu entre ela e eles; então Nós lhe enviamos o
Nosso Espírito (o anjo Gabriel), e ele se apresentou como um homem em todos os aspectos. Ela
disse: ‘Verdadeiramente, eu me refugio no Misericordioso (Deus), contra ti, se temes a Deus.’
(O anjo) disse: ‘Eu sou apenas um mensageiro de teu Senhor, (para te anunciar) a dádiva de um
filho virtuoso.’ Ela disse: ‘Como hei de ter um filho, se nenhum homem me tocou e nunca fui
mundana?’ Ele disse: ‘Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil. E (Nós desejamos)
apontá-lo como um sinal para a humanidade e misericórdia de Nossa parte. Este é um assunto
decretado (por Deus).’” (Alcorão 19: 16-21)

Esse fato, entretanto, não significa que Jesus é divino em essência ou espírito, nem ele é
merecedor de adoração, porque a existência de Adão foi mais milagrosa que a de Jesus. Se seu
nascimento milagroso foi uma prova de que Jesus era Deus encarnado ou Seu filho, então Adão
teria mais direito a essa divindade do que ele. Ao contrário, ambos são profetas que foram
inspirados com revelação de Deus Todo-Poderoso, e ambos foram servos Dele vivendo de
acordo com os Seus mandamentos.

“De fato, a semelhança de Jesus perante Deus é como a de Adão. Ele o criou do pó, e em
seguida disse-lhe: ‘Sê!’ e ele foi.’” (Alcorão 3:59)

Milagres

Os muçulmanos, como os cristãos, acreditam que Jesus realizou milagres. Esses milagres foram
realizados pela vontade e permissão de Deus, Que tem poder e controle sobre todas as coisas.

“Deus dirá: ‘Ó Jesus, filho de Maria! Lembra-te de Minha graça para contigo e para com tua
mãe. Vê! Eu te fortaleci com o Espírito Santo (o anjo Gabriel) para que falaste aos homens
quando ainda no berço e na maturidade. Vê! Eu te ensinei o Livro e a Sabedoria, o Torá e o
Evangelho. E vê: fizeste do barro uma figura igual a um pássaro e, com a Minha permissão,
sopraste nela e ela se tornou um pássaro, com a Minha permissão. E curaste o cego e o leproso,
com a Minha permissão. E vê! Ressuscitaste os mortos com a Minha permissão. E vê! Eu
impedi os Filhos de Israel (de violência contra ti) quando lhes apresentaste as Evidências, e os
descrentes entre eles disseram: ‘Isto não é senão mágica evidente.’” (Alcorão 5:110)

Deus enviou todos os profetas com milagres específicos para a nação a qual eles foram enviados
para provar a veracidade de sua mensagem. Esses milagres não foram realizados
espontaneamente; ao contrário, eles foram apenas manifestados em suas mãos pela vontade de
Deus. Os milagres realizados por Jesus não foram diferentes. Os judeus estavam bem
avançados no campo da medicina, e os milagres que Jesus trouxe eram dessa natureza, provando
a verdade de Sua mensagem e de modo a convencer os judeus.

A questão de sua divindade e missão.

Sua Divindade

Os muçulmanos acreditam na Unicidade Absoluta de Deus, Que é um Ser Supremo livre de


limitações, necessidades e desejos humanos. Ele não tem parceiros em Sua Divindade. Ele é o
Criador de tudo e é completamente separado de a Sua criação, e toda adoração deve ser
direcionada a Ele somente.

Essa foi a mesma mensagem trazida por todos os profetas de Deus, incluindo Jesus. Ele nunca
clamou quaisquer qualidades de divindade, nem clamou que merecia ser adorado. Ele não disse
que era o “filho” de Deus ou parte da “Trindade”, mas ao contrário que ele era apenas um servo
de Deus enviado aos judeus para trazê-los de volta à verdadeira religião, adorando o Deus Único
e seguindo sua instrução. A maioria dos versículos no Alcorão que mencionam Jesus discute
esse aspecto. Eles provam que ele foi tomado como um objeto de adoração como resultado de
mentiras que pessoas inventaram contra ele. Isso confirma relatos de sua vida onde o próprio
Jesus negou claramente que ele merecesse qualquer adoração, e apoia a noção de que as
parábolas e exemplos que Deus deu mostravam sua natureza mortal, não sua divindade ou
relação filial com Deus. Deus narra sobre Jesus no Alcorão:

“De fato, descreem os que dizem, ‘Deus é o Messias, o filho de Maria’, enquanto o Messias
disse, ‘Ó Filhos de Israel, adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor.’” (Alcorão 5:72)

Deus diz sobre a crença de que Jesus é parte de uma “Trindade”:

“De fato descreem os que dizem, ‘Deus é o terceiro de três.’ (Ao contrário) não existe ninguém
merecedor de adoração exceto o Deus Único. E se não se abstiverem do que dizem, certamente
um doloroso castigo afligirá os descrentes entre eles. Então não se voltam, arrependidos, para
Deus e imploram Seu perdão? E Deus é Perdoador e Misericordioso. O Messias (Jesus), filho
de Maria, não é mais que um Mensageiro; antes dele muitos mensageiros passaram. E sua mãe
aderiu totalmente à verdade, e ambos se alimentavam (como outros mortais). Vê como tornamos
evidentes para eles Nossos sinais; e vê como se distanciam!" (Alcorão 5:73-75)

E também:

“Ó Povo do Livro (judeus e cristãos)! Não vos excedais nos limites de vossa religião, e não
digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi apenas um Mensageiro de
Deus, e Seu Verbo que Ele concedeu à Maria, e um espírito vindo Dele. Então crede em Deus e
em Seus Mensageiros e não digais: ‘Deus é uma Trindade.’ Abstende-vos de dizê-lo; é melhor
para vós. Porque Deus apenas é o Deus Único. Longe de Sua glória que Ele teria um filho. A
Ele pertence tudo que está nos céus e na terra. E Deus é suficiente como guardião” (Alcorão
4:171)

Deus considera essa crença como uma enormidade contra a Sua Essência:

“E eles dizem: ‘O Misericordioso (Deus) tomou para Si um filho.’ De fato fizestes algo
abominável. Por causa disso os céus se dividem, a terra se fende e as montanhas se desmoronam;
por atribuírem um filho ao Misericordioso, quando não é adequado para a (Majestade) do
Misericordioso que Ele tome para Si um filho. Tudo nos céus e na terra chega ao Misericordioso
como servo. (Alcorão 19:88-93)

No Dia do Juízo, Jesus novamente se isentará dessa falsa atribuição. Deus nos deu um breve
resumo do que ele dirá quando for perguntado sobre por que as pessoas o adoram:

“E lembra-lhes de quando Deus dirá, “Ó Jesus, filho de Maria, disseste tu aos homens, ‘Tomai a
mim e minha mãe como divindades ao lado de Deus?’” Ele dirá, ‘Glorificado sejas! Não me é
admissível dizer o que não tenho direito. Se o tivesse dito, Tu o saberias. Tu sabes o que há em
mim, e não sei o que há em Ti. Por certo, Tu és o Conhecedor do invisível. Eu não lhes disse
senão o que me ordenaste – adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor...’” (Alcorão 5:116-117)

Nesses versículos, Deus proclama que atribuir a Jesus o atributo de ‘filho de Deus’ ou ‘parte da
Trindade’ é de fato uma grande blasfêmia. A razão para isso tem a ver com a assertiva
fundamental chave de que Deus é Singular e diferente de Sua criação; assim como em Sua
Essência, Ele é Singular em Sua Divindade, Seus Atributos e Sua Senhoria. Tudo que foi dito
acima forma o estrito monoteísmo que Ele revelou em Suas Escrituras, delas o primeiro dos Dez
Mandamentos:

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros
deuses diante de mim.” (Êxodo 20:1-3)

Atribuir um filho a Deus está em clara oposição àquele princípio para o qual Ele criou a Criação
e enviou profetas. Deus diz no Alcorão:

“E Eu não criei os jinns e os humanos senão para adorar-Me...” (Alcorão 51:56)

Ele também disse:

“E Nós certamente enviamos para cada nação um mensageiro, (dizendo), ‘Adorai a Deus e evitai
todos os falsos objetos de adoração.’” (Alcorão 16:36)
Sua Missão

Como discutido anteriormente, o Alcorão afirma claramente que Jesus foi um profeta, assim
como o fato de que ele não foi mais do que isso. Os profetas de fato são o melhor da criação.
Eles são aqueles a quem Deus escolhe para receber Sua revelação, e ao mesmo tempo, eles são
meros emissários de Deus e não merecem receber adoração. Jesus, como mencionando no
Alcorão, não é diferente de qualquer um deles a esse respeito.

Ao longo de todo o Alcorão, Jesus é identificado fundamentalmente como um profeta de Deus


enviado aos judeus que haviam se desviado dos ensinamentos de Moisés e outros mensageiros.

“E quando Jesus, filho de Maria, disse: ‘Ó Filhos de Israel, eu sou o Mensageiro de Deus para
vós, confirmando o Torá que veio antes de mim.’” (Alcorão 61:6)

Jesus Cristo, o filho de Maria, foi o último de uma linha de profetas judeus. Ele viveu de acordo
com o Torá, a Lei de Moisés, e ensinou seus seguidores a fazer o mesmo. Em Mateus 5:17-18,
Jesus afirmou:

“Não penseis que vim revogar a lei e os profetas; não vim para revogar mas para cumprir.”

Nesse aspecto, ele e sua mensagem não eram diferentes dos profetas anteriores escolhidos por
Deus, que chamaram à adoração de Deus e de Deus somente, assim como à obediência de Seus
mandamentos. Como ele foi milagrosamente apoiado por Deus em sua concepção, nascimento e
infância, ele também foi apoiado por numerosos milagres para provar que ele era um mensageiro
de Deus. Entretanto, a maioria dos judeus rejeitou a sua missão profética.

Jesus não apenas confirmou as escrituras reveladas antes dele, mas também predisse um outro
profeta a vir depois dele. Deus diz:

“E quando Jesus, filho de Maria, disse: ‘Ó Filhos de Israel! De fato sou para vós o Mensageiro
de Deus, confirmando o que foi revelado antes de mim no Torá, e trazendo boas novas de um
mensageiro que virá depois de mim, cujo nome é o Louvado (Ahmad).’” (Alcorão 61:6)

Esse fato também é mencionado no Novo Testamento. Estudo cuidadoso mostra que Jesus, que
a paz esteja sobre ele, se refere ao mesmo profeta em João 14:16-17:

“E eu enviarei um outro Consolador (o Profeta Muhammad, que Deus o exalte), para ficar
convosco para sempre, o Espírito da Verdade."

Sua crucificação e segunda vinda.


Sua Crucificação

Deus esclareceu no Alcorão que Jesus não foi crucificado; ao contrário, foi feito com que assim
parecesse aos judeus, e Deus o elevou aos Céus. O Alcorão não explica, entretanto, quem foi a
pessoa crucificada no lugar de Jesus, que Deus o exalte.

“Eles não o mataram nem o crucificaram, mas isso lhes foi simulado.” (Alcorão 4:157)

“Deus o ascendeu até Ele. Deus é Todo-Poderoso, Sábio.” (Alcorão 4:158)

Dessa forma, o Islão nega que Jesus veio a essa terra com o propósito de se sacrificar pelo
pecado de Adão, Eva e o resto da humanidade, livrando-os desse encargo. O Islão rejeita
estritamente a noção de que qualquer pessoa carregue o pecado de outra. Deus diz:

“Nenhuma alma arca com o pecado de outra.” (Alcorão 39:7)

O Islão também enfatiza a noção de que Deus é capaz de perdoar todos os pecados, se uma
pessoa verdadeiramente se arrepende e então se abstém de repeti-lo. Deus não precisa de
qualquer sacrifício de sangue para isso, quanto mais Ele próprio descer na forma de homem e
morrer pelos pecados de cada homem. Ao contrário, a misericórdia de Deus se estende a todas
as criaturas, crentes e descrentes. A porta para o perdão está aberta a qualquer um que busque
por ela.

A Segunda Vinda de Cristo

Assim como os cristãos, os muçulmanos também acreditam no retorno de Jesus, o Messias, à


terra, embora seu papel e razão para o seu retorno difiram do que os cristãos propõem. Ele
retornará à terra primeiro e principalmente para provar sua mortalidade e refutar as falsas crenças
que as pessoas mantêm sobre ele. Ele viverá uma vida normal, casará e também morrerá como
qualquer outro humano. Nesse ponto, a questão referente a ele ficará clara, e todas as pessoas
acreditarão que ele era verdadeiramente mortal.

“E não há ninguém do Povo do Livro que deixe de crer nele (Jesus) antes de sua morte, e no Dia
do Juízo ele será testemunha contra eles.” (Alcorão 4:156-159)

Jesus também irá combater o falso Cristo, que chamará as pessoas a crer que ele é deus, e
aparecerá logo antes dele retornar. Jesus derrotará o anticristo, e todas as pessoas aceitarão a
verdadeira religião de Deus. O mundo verá um tipo de paz e serenidade nunca sentida na
história, todos adorando o mesmo Deus, submissos a Ele somente, e em paz uns com os outros.
Conclusão

Essa foi uma breve introdução à verdade que Deus revelou sobre Jesus em Seu Livro final, o
Alcorão, que Ele revelou à Muhammad. Existe apenas o Deus Único Que criou uma raça de
seres humanos e comunicou-lhes uma mensagem: submissão à adoração de Deus e Deus
somente e obediência à Sua instrução – conhecida em árabe como Islão. Aquela mensagem foi
transmitida aos primeiros seres humanos na terra, e reafirmada por todos os profetas de Deus que
vieram depois deles através de todos os tempos.

Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, realizou milagres e convidou os israelitas à mesma
mensagem de submissão (Islão) como fizeram todos os profetas que o precederam. Ele não era
Deus, nem era o ‘Filho de Deus’, mas o Messias, um ilustre profeta de Deus. Jesus não convidou
as pessoas a adorá-lo; ao contrário, ele as chamou a adoração de Deus, a Quem ele próprio
adorava. Ele confirmou as leis do Torá que o Profeta Moisés ensinou; ele viveu sob elas, e
instrui seus discípulos a segui-las nos mínimos detalhes, após permitir as coisas que os judeus
tornaram ilegais para si próprios. Antes de sua partida, ele informou aos seus seguidores do
último profeta, Muhammad da Arábia, que viria depois dele, e os instruiu a observar seus
ensinamentos.

Nas gerações após a partida de Jesus desse mundo, seus ensinamentos foram distorcidos e ele foi
elevado à condição de Deus. Seis séculos depois, com a vinda do Profeta Muhammad, a verdade
sobre Jesus Cristo foi finalmente recontada e preservada eternamente no último livro de
revelação divina, o Alcorão. Além disso, muitas das leis de Moisés, que Jesus seguiu, foram
reavivadas em sua forma pura e inalterada e implementadas no modo de vida divinamente
prescrito conhecido como Islão, enquanto muitos outros aspectos e injunções das leis que tinham
sido trazidas por profetas anteriores foram suavizados ou completamente abolidos.

Consequentemente, a realidade dos profetas, sua mensagem uniforme, e o modo de vida que eles
seguiram, podem ser encontrados preservados apenas na religião do Islão, a única religião
prescrita por Deus para o homem. Além disso, hoje apenas os muçulmanos seguem de fato Jesus
e seus verdadeiros ensinamentos. Seu modo de vida está muito mais em sintonia com o modo de
vida que Jesus praticou do que qualquer dos “cristãos” modernos. Amor e respeito por Jesus
Cristo é um artigo de fé no Islão, e Deus enfatizou a importância de crer em Jesus em várias
passagens no Alcorão.

Jesus é Deus?

A primeira de uma série de quatro partes discutindo a evidência bíblica de que Jesus não é
Deus.
1. A Bíblia diz que Deus não é Homem

A Bíblia diz:

Números 23:19 “Deus não é homem...”

Oséas 11:9 “...porque eu sou Deus, e não homem...”

Jesus é chamado de um homem muitas vezes na Bíblia:

João 8:40 “...um homem que vos falou a verdade…”

Atos 2:22 “Jesus, o Nazareno, um homem aprovado por Deus para vós com milagres, prodígios e
sinais que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.”

Atos 17:31 “Ele julgará o mundo através do homem que escolheu”

Timóteo 2:5 “...o homem Cristo Jesus.”

Deus não é um homem, mas Jesus, que Deus o exalte, era um homem, portanto, Jesus não era
Deus.

2. A Bíblia diz que Deus Não é um Filho de Homem

Números 23:19 “Deus não é homem...nem filho do homem...”

A Bíblia frequentemente chama Jesus de “um filho do homem” ou “o filho do homem.”

Mateus 12:40 “...assim ficará o filho do homem...”

Mateus 16:27 “Porque o filho do homem há de vir...”

Mateus 16:24-28 “...antes de terem visto chegar o filho do homem com o seu reino.”

Marcos 2:10 “Mas para que saibais que o filho do homem tem autoridade...”

João 5:27 “...porque é o filho do homem.”

Nas escrituras hebraicas, o “filho do homem” também é usado muitas vezes falando de pessoas
(Jó 25:6; Salmos 80:17; 144:3; Ezequiel 2:1; 2:3; 2:6; 2:8; 3:1; 3:3; 3:4; 3:10; 3:17; 3:25).

Uma vez que Deus não Se contradizeria ao primeiro dizer que Ele não é filho de um homem, e
depois se tornar um ser humano que era chamado de “o filho do homem”, ele não o fez. Lembre
que Deus não é o autor de confusão. Seres humanos, incluindo Jesus, também são chamados
“filho do homem” especificamente para distingui-los de Deus, que não é um “filho do homem”
de acordo com a Bíblia.

3. A Bíblia Diz que Jesus Negou ser Deus

Lucas 18:19 Jesus falou a um homem que o chamou de “bom,” perguntando-lhe, “Por que me
chamas de bom? Ninguém é bom exceto Deus.”

Mateus 19:17 E ele lhe disse, “Por que me perguntas sobre o que é bom? Existe apenas Um que
é bom; mas se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.”

Jesus não ensinou às pessoas que ele era Deus. Se Jesus tivesse dito às pessoas que era Deus, ele
teria saudado o homem. Ao invés disso, Jesus o repreendeu, negando ser bom, ou seja, Jesus
negou que fosse Deus.

4. A Bíblia Diz que Deus é Maior que Jesus

João 14:28 “Meu Pai é maior que eu.”

João 10:29 “Meu Pai é maior que todos.”

Jesus não pode ser Deus se Deus é maior que ele. A crença cristã de que o Pai e o filho são
iguais está em contraste direto com as palavras claras de Jesus.

5. Jesus Nunca Instruiu Seus Discípulos a Adorá-lo ou ao Espírito Santo, mas a Deus e a Deus
Somente

Lucas 11:2 “Quando orardes, dizei Nosso Pai que está no céu.”

João 16:23 “Naquele dia, nada me perguntareis. Se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la
concederá em meu nome.”

João 4:23 “Mas a hora vem e agora é, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque o Pai procura aqueles que assim o adorem.”

Se Jesus fosse Deus, ele teria buscado adoração para si mesmo. Uma vez que ele não o fez, ao
invés disso buscou adoração para Deus nos céus, ele, portanto, não era Deus.
6. A Bíblia Diz que Jesus Reconheceu, Orou & Adorou o Único Verdadeiro Deus

Jesus orou a Deus com as palavras:

João 17:3 "...que eles conheçam a ti, o único verdadeiro Deus, e Jesus Cristo que enviastes.”

Jesus orou a Deus toda a noite:

Lucas 6:12 “ele continuou durante toda a noite em oração a Deus.”

...porque:

Mateus 20:28: O filho do homem não vem para ser servido, mas para servir.

Como Jesus orou a Deus?

Mateus 26:39 “...ele prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo, ‘Meu Pai...”

Até Paulo disse:

Hebreus 5:7 “Durante os dias da vida de Jesus na terra, ele ofereceu orações e súplicas com
clamor e lágrimas ao que podia livrá-lo da morte, e ele foi ouvido por causa de sua reverência.”

Para quem Jesus estava orando quando prostrou-se com seu rosto em terra com grande clamor e
súplicas? Para si mesmo? Jesus estava chorando para suplicar a si mesmo ser salvo da morte?
Nenhum homem, são ou insano, ora para si mesmo! Certamente a resposta deve ser um sonoro
‘Não.’ Jesus estava orando para “o único verdadeiro Deus.” O Deus de quem Jesus era servo,
Aquele que o enviou. Pode haver uma prova mais clara de que Jesus não era Deus?

O Alcorão confirma que Jesus conclamou à adoração do Único Verdadeiro Deus:

“Verdadeiramente, Deus é meu Senhor e vosso Senhor. Então, adorai-O (somente). Essa é a
senda reta.” (Alcorão 3:51)

A segunda de uma série de quatro partes discutindo a evidência bíblica de que Jesus não é Deus.

7. A Bíblia diz que os discípulos não acreditavam que Jesus era Deus.

Os Atos dos Apóstolos na Bíblia detalha a atividade dos discípulos em um período de trinta anos
após Jesus, que Deus o exalte, ser elevado aos céus. Ao longo desse período, eles nunca se
referiram a Jesus como Deus. Por exemplo, Pedro se levantou com os onze discípulos e se
dirigiu à multidão dizendo:
Atos 2:22 “Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus de Nazaré era um homem aprovado
por Deus entre vós por milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como
vós mesmos bem sabeis.”

Para Pedro, Jesus era um servo de Deus (confirmado em Mateus 12:18):

Atos 3:13 “O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos antepassados, glorificou seu
servo Jesus.”

Atos 3:26 “Deus suscitou seu servo...”

Quando confrontado pela oposição das autoridades, Pedro disse:

Atos 5:29-30 “Importa antes obedecer a Deus que aos homens. O Deus de nossos pais que
ressuscitou Jesus...”

Os discípulos oraram a Deus como foram ordenados por Jesus em Lucas 11:2, e consideravam
Jesus como servo de Deus,

Atos 4:24 “...eles elevaram suas vozes unanimemente em oração a Deus. ‘Senhor,’ eles
disseram, ‘tu que fizestes os céus, a terra e o mar, e tudo que neles há.’”

Atos 4:27 “...teu santo servo Jesus, ao qual ungiste.”

Atos 4:30 “...de Teu santo servo Jesus.”

Isso é exatamente o que o Alcorão afirma de Jesus:

Alcorão 19:30 “...Eu sou de fato um servo de Deus.”

8. A Bíblia diz que Jesus era um servo de Deus, um escolhido, e amado.

Mateus 12:18 “Eis aqui o meu servo que escolhi, em quem a minha alma se compraz.”

Se Jesus é servo de Deus, Jesus não pode ser Deus.

9. A Bíblia diz que Jesus não podia Fazer Nada por Si Mesmo.

João 5:19 “O filho de si mesmo nada pode fazer; senão o que vir o Pai fazer.”

João 5:30 “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma.”
Jesus não se considerava igual a Deus, ao contrário, ele negou fazer qualquer coisa por si
mesmo.

10. A Bíblia diz que Deus realizou milagres através de Jesus e Jesus era limitado no que ele
podia fazer.

Mateus 9:8 “E as multidões, vendo isso, temeram, e glorificaram a Deus, que dera tal autoridade
aos homens.”

Atos 2:22 “um homem aprovado por Deus para vós com milagres, prodígios e sinais que Deus
realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis.”

Atos 10:38 “...ele andou por toda a parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos pelo
diabo, porque Deus estava com ele.”

Se Cristo fosse Deus, a Bíblia simplesmente diria que o próprio Jesus fez milagres, sem fazer
referência a Deus. O fato de que era Deus suprindo o poder para os milagres mostra que Deus é
maior que Jesus.

Jesus também era limitado na realização de milagres. Uma vez Jesus tentou curar um cego, o
homem não foi curado após a primeira tentativa, e Jesus tentou uma segunda vez (Marcos 8:22-
26). Uma vez uma mulher foi curada de sua hemorragia incurável. A mulher veio por trás dele e
tocou seu manto, e ela foi imediatamente curada. Mas Jesus não tinha idéia de quem o tocou:

Marcos 5:30 “E logo Jesus, percebendo em si mesmo que saíra dele poder, virou-se no meio da
multidão e perguntou, ‘Quem me tocou as vestes?’”

Marcos 6:5 “Ele não podia fazer ali nenhum milagre, a não ser curar alguns enfermos, impondo-
lhes as mãos.”

De forma muito óbvia, alguém com tais limitações não pode ser Deus. O poder dos milagres não
estava dentro de Jesus.

11. A Bíblia diz que em momentos de fraqueza os anjos fortaleciam Jesus; Deus, entretanto, não
precisa ser fortalecido.

Lucas 22:43 “Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava.”

Marcos 1:13 “E esteve no deserto quarenta dias sendo tentado por Satanás; estava entre as feras,
e os anjos o serviam.”
Homens precisam ser fortalecidos; Deus não, porque Deus é Todo-Poderoso. Se Jesus tinha que
ser fortalecido, ele não devia ser Deus.

12. A Bíblia diz que Jesus queria que a vontade de Deus fosse feita, não a sua própria.

Lucas 22:42: “não se faça a minha vontade, mas a tua.”

João 5:30 “Eu não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.”

João 6:38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que
me enviou.”

Alguns membros da Trindade coigual são subservientes, e menos iguais, que os outros
membros? Mesmo que tenham vontades diferentes (“eu não procuro a minha vontade”), eles
obedecem sem questionar as ordens dos outros (“a vontade daquele que me enviou”)? Jesus
admite subordinar sua própria vontade, ainda assim de acordo com a doutrina trinitariana eles
devem ter todos a mesma vontade. Um dos parceiros triunos deve abrir mão de sua própria
vontade em favor da vontade de outro membro da Trindade? Não devem ter todos exatamente a
mesma vontade?

13. A Bíblia diz que Jesus considerava o testemunho de Deus como separado do seu.

Jesus considerava a si próprio e a Deus como dois, não “um.”

João 8:17 e 18: “Eu dou testemunho de mim mesmo e o Pai que me enviou também dá
testemunho de mim.”

João 14:1 “Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.”

Se Jesus fosse Deus, ele não teria considerado o testemunho de Deus como separado do seu.

14. A Bíblia diz que Jesus é subordinado a Deus

1 Coríntios 11:3 “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem,
o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.”

1 Coríntios 15:28 “E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio
Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.”

Uma vez que Jesus era subordinado a Deus, ele não era Deus.
15. A Bíblia diz que Jesus cresceu em sabedoria e aprendizado, mas Deus é Sábio e não precisa
aprender

Jesus cresceu em sabedoria, mas Deus é Sábio:

Salmos 147:5 “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode
medir.”

Lucas 2:52 “E Jesus crescia em sabedoria.”

Deus não precisa aprender, mas Jesus aprendeu.

Hebreus 5:8 “Embora sendo um filho, ele aprendeu obediência...”

16. A Bíblia diz que Jesus tinha conhecimento limitado, mas o conhecimento de Deus é infinito.

Marcos 13: 32 “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem
o Filho, senão o Pai.”

Uma vez que Jesus, que Deus o exalte, não sabia, ele não era onisciente e, portanto, ele não
podia ser Deus cujo conhecimento a tudo abrange.

17. A Bíblia diz que Jesus foi tentado, mas Deus não pode ser tentado

Hebreus 4:15 “tentado de todas as formas - assim como nós”

Tiago 1:13 “porque Deus não pode ser tentado pelo mal”

Uma vez que Deus não pode ser tentado, mas Jesus foi, então, Jesus não era Deus.

18. A Bíblia diz que os ensinamentos de Jesus eram de Deus, NÃO do próprio Jesus

João 7:16 “Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou.”

Jesus não poderia ter dito isso se ele fosse Deus porque a doutrina teria sido dele.
19. A Bíblia diz que Jesus morreu, mas Deus não pode morrer

A Bíblia ensina que Jesus morreu. Deus não pode morrer. Romanos 1:23 e outros versos dizem
que Deus é imortal. Imortal significa “não sujeito à morte.” Esse termo se aplica apenas a Deus.

20. A Bíblia diz que Jesus viveu por causa de Deus

João 6:57 “eu vivo pelo Pai.”

Jesus não pode ser Deus porque ele depende de Deus para sua própria existência.

21. A Bíblia diz que os poderes de Jesus foram dados a ele.

Mateus 28:18 “Toda a autoridade me foi dada...”

Deus é Todo-Poderoso, ninguém dá a Deus Seus poderes, de outra forma Ele não seria Deus
porque Ele seria fraco. Portanto, Jesus não podia ser Deus.

22. A Bíblia diz que Jesus foi ensinado e ordenado por Deus

João 8:28 “...mas falo como o Pai me ensinou.”

João 12:49 “...o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.”

João 15:10 “...eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai...”

Ninguém pode ensinar Deus, de outra forma Deus não seria Sábio e estaria em débito com Seu
professor. Uma vez que Jesus foi ensinado e comandado por Deus, Jesus não pode ser Deus. O
professor e o aluno, o comandante e o comandado não são um.

23. A Bíblia diz que Deus fez Jesus “Senhor”

Atos 2:36 “Deus o fez Senhor e Cristo.”

“Senhor” é usada em muitas formas na Bíblia, e outros além de Deus e Jesus são chamados de
“Senhor.” Por exemplo:

1) proprietários (Mateus 20:8)


2) chefes de família (Marcos 13:35)

3) donos de escravos (Mateus 10:24)

4) maridos (1 Pedro 3:6)

5) um filho chamou seu pai de Senhor (Mateus 21:30)

6) o Imperador romano foi chamado de Senhor (Atos 25:26)

7) As autoridades romanas foram chamadas de Senhor (Mateus 27:63)

“Senhor” não é o mesmo que “Deus.” “Senhor” (a palavra grega é kurios) é um título masculino
de respeito e nobreza usado muitas vezes na Bíblia. Se Jesus fosse Deus, então a Bíblia dizer
que ele foi “feito” Senhor não teria sentido.

24. A Bíblia diz que Jesus estava abaixo dos anjos

Hebreus 2:9 “Vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos,
Jesus,...”

Deus, o Criador dos anjos, não pode estar abaixo de Sua própria criação, mas Jesus estava.
Portanto, Jesus não era Deus.

25. A Bíblia diz que Jesus chamou o Pai “meu Deus”

Mateus 27:46 “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

João 20:17 “Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.”

Apocalipse 3:12 “...o santuário de meu Deus...o nome de meu Deus...a cidade de meu
Deus...desce do céu vinda da parte de meu Deus.”

Jesus não pensava sobre si mesmo como Deus, ao contrário, o Deus de Jesus é o mesmo nosso.

26. A Bíblia diz que Deus não pode ser visto, mas Jesus era

João 1:18 “Ninguém jamais viu a Deus.”


A última de uma série de quatro partes discutindo a evidência bíblica de que Jesus não é Deus.

27. A Bíblia diz duas vezes que Jesus foi acusado de ser Deus, mas que ele negou.

De acordo com a Bíblia, em apenas duas situações os judeus se opuseram a Jesus com base nele
pretender ser Deus ou igual a Deus. Se Jesus, que Deus o exalte, tivesse clamado ser Deus, ele
provavelmente teria enfrentado oposição com mais freqüência. Porque nessas duas situações,
quando acusado, em um caso, de se fazer de Deus, e em outro, de se fazer igual a Deus, ele
negou as acusações. Em resposta à acusação de ser um igual a Deus, ele disse imediatamente:

João 5: 19,30 “o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai”;
e imediatamente depois:

“Eu nada posso fazer de mim mesmo;”

Em resposta à acusação de se fazer de Deus, ele apela aos judeus da seguinte maneira: Não está
escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a
palavra de Deus, e a Escritura não pode falhar, então, daquele a quem o Pai santificou e enviou
ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus? (João 10:34-36)

É improvável que essa tenha sido a resposta real de Jesus. Hastings em “The Dictionary of the
Bible (O Dicionário da Bíblia)” diz, “Se Jesus se referiu dessa forma a si mesmo é duvidoso.” A
enciclopédia de Grolier, sob o título “Jesus Cristo,” diz, “é incerto se a linguagem Pai/Filho
(Marcos 18:32; Mateus 11:25-27; João, em algumas passagens) se refere ao próprio Jesus.” Um
professor da Universidade de Richmond, Dr. Robert Alley, após pesquisa considerável em
documentos antigos recém-descobertos conclui que:

“...As passagens (bíblicas) onde Jesus fala sobre o Filho de Deus são adições posteriores...que a
igreja disse a respeito dele. Essa alegação de divindade para si próprio não teria sido consistente
com todo o seu estilo de vida, da forma como podemos reconstruí-lo. Durante as primeiras três
décadas após a morte de Jesus o Cristianismo continuou como uma seita dentro do Judaísmo. As
primeiras três décadas de existência da igreja foram dentro da sinagoga. Teria sido inimaginável
eles (seguidores) terem claramente proclamado a divindade de Jesus.”

Supondo que Jesus disse que ele era “filho” de Deus. O que isso significava? Nós primeiro
precisamos saber a língua de seu povo, a língua dos judeus para quem ele estava falando.

Primeiro, a maioria das pessoas pensam que não existem outros versos que contradizem ou dão
filiação divina a outras pessoas no Velho ou Novo Testamento. Mas de acordo com a Bíblia
Deus teve uma quantidade razoável de “filhos”: Adão, Jacó é filho de Deus e primogênito,
Salomão, Efraim é primogênito de Deus, pessoas comuns eram chamadas de filhos de Deus.
Todos os quatro Evangelhos registram Jesus dizendo, “Abençoados são os pacificadores; eles
serão chamados filhos de Deus.”
A palavra “filho” não pode ser aceita literalmente porque na Bíblia, Deus aparentemente trata
muitos de seus servos escolhidos como “filho” e “filhos.” Os hebreus acreditavam que Deus é
Um, e não tinha nem esposa ou filhos em qualquer sentido literal. Portanto, é óbvio que a
expressão “filho de Deus” significava meramente “Servo de Deus”; alguém que, por causa do
seu serviço fiel, era próximo e querido de Deus como um filho é para o seu pai. Os cristãos que
vieram de uma origem grega ou romana, posteriormente fizeram mau uso desse termo. Em sua
herança, “filho de Deus” significava uma encarnação de um deus ou alguém nascido de uma
união física entre deuses e deusas. Isso pode ser visto em Atos 14:11-13, onde lemos que
quando Paulo e Barnabás pregavam em uma cidade da Turquia, os pagãos clamaram que eles
eram deuses encarnados. Eles chamaram Barnabás de Zeus, o deus romano, e Paulo de Hermes,
outro deus romano.

Além disso, no Novo Testamento as palavras gregas traduzidas como “filho” são “pias” e
“paida” que significam “servo,” ou “filho no sentido de servo.” Elas são traduzidas para “filho”
em referência a Jesus e “servo” em referência a todos os outros em algumas traduções da Bíblia.
Assim, consistente com outros versos, Jesus estava simplesmente dizendo que ele é servo de
Deus.

Problemas Adicionais com a Trindade

Para um cristão, Deus tinha que assumir a forma humana para compreender a tentação e o
sofrimento humano, mas o conceito não é baseado em quaisquer palavras claras de Jesus. Em
contraste, Deus não precisa ser tentado e sofrer para ser capaz de compreender e perdoar os
pecados do homem, porque Ele é o Criador do homem, Onisciente. Isso está expresso no verso:

Êxodo 3:7 “Disse ainda o Senhor: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e
ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento;’”

Deus perdoou os pecados antes do aparecimento de Jesus, e Ele continua a perdoar sem qualquer
assistência. Quando um crente peca, ele pode se apresentar perante Deus em arrependimento
sincero para receber o perdão. De fato, a oferta de se humilhar perante Deus e ser salvo é feita a
toda a humanidade.

Isaías 45:21-22, compare Jonas 3:5-10 “Pois não há outro Deus, senão eu, Deus justo e Salvador
não há além de mim. Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou
Deus, e não há outro.”

Biblicamente, as pessoas podem receber perdão dos pecados diretamente de Deus através de
arrependimento sincero. Isso é verdade em todos os tempos e em todos os lugares. Nunca houve
necessidade de um suposto papel intercessor de Jesus na obtenção de expiação. Os fatos falam
por si. Não existe verdade na crença cristã de que Jesus morreu por nossos pecados e de que a
salvação se dá somente através de Jesus. E sobre a salvação das pessoas antes de Jesus? A
morte de Jesus não traz nem expiação do pecado, nem é de forma alguma o cumprimento de
profecia bíblica.
Os cristãos alegam que no nascimento de Jesus ocorreu o milagre da encarnação de Deus na
forma de um ser humano. Dizer que Deus se tornou de fato um ser humano convida a um
número de perguntas. Deixe-nos perguntar o seguinte sobre o homem-Deus Jesus. O que
aconteceu a seu prepúcio após sua circuncisão (Lucas 2:21)? Ascendeu aos céus, ou se decompôs
como qualquer pedaço de carne humana? Durante sua vida o que aconteceu com seu cabelo,
unhas e o sangue que saiu de suas feridas? As células de seu corpo morreram como nos seres
humanos comuns? Se seu corpo não funcionava de uma forma verdadeiramente humana, ele não
podia ser verdadeiramente humano e também verdadeiramente Deus. Ainda assim, se seu corpo
funcionasse exatamente de um jeito humano, isso anularia qualquer alegação de divindade. Seria
impossível para qualquer parte de Deus, mesmo se encarnado, se decompor em qualquer forma e
continuar sendo considerado Deus. O eterno, Deus único, em todo ou em parte, não morre,
desintegra ou se decompõe:

Malaquias 3:6 “Porque eu, o Senhor, não mudo;”

A carne de Jesus resistiu após sua morte? A menos que o corpo de Jesus nunca tenha sofrido
“deterioração” durante sua vida ele não poderia ser Deus, mas se ele não sofreu “deterioração”
então ele não era verdadeiramente humano.

Por IslamReligion.com

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