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PSICOLOGIA DO

DESENVOLVIMENTO
TAINÁ THIES

Unidade 03
Unidade 3 | Introdução

O desenvolvimento humano depende de


fatores biológicos, sociais, individuais e até
mesmo culturais.
Esses fatores também influenciam na
aprendizagem.
Porém, infelizmente, nem sempre o
desenvolvimento segue como o esperado, e
para isso temos áreas de estudos que focam
desvendar os mistérios por trás dos
transtornos mentais e distúrbios fisiológicos
que interagem com a aprendizagem.
OBJETIVOS

1. Diferenciar os fatores que influenciam no


desenvolvimento do psiquismo humano.
2. Identificar os processos cognitivos que
constituem o ser humano.
3. Esclarecer os possíveis transtornos mentais em
consonância com a aprendizagem.
4. Descrever distúrbios fisiológicos mais
relevantes para o processo de desenvolvimento
da aprendizagem.
FATORES QUE INFLUENCIAM O
DESENVOLVIMENTO DO PSIQUISMO

• Biológicos

• Sociais

• Individuais

• Histórico-culturais
FATORES BIOLÓGICOS
ORDEM UNIVERSAL – Tais fatores dizem respeito
a processos que ocorrem de forma natural e que
são predeterminados geneticamente para a
espécie humana.

ORDEM INDIVIDUAL – Herança de genes


familiares que possam influenciar na maturação
física e cognitiva, como síndromes e
características individuais.
FATORES SOCIAIS

É por meio da socialização que se


desenvolve o comportamento moral,
com respeito a regras e ordens, bem
como a cooperação, as habilidades
socioemocionais e o controle de
impulsos.
Fatores econômicos e constituição da
família influenciam esse fator.
FATORES INDIVIDUAIS

Entre os fatores individuais de


desenvolvimento encontramos os
processos cognitivos: linguagem,
memória, atenção, raciocínio lógico e
percepção.
Personalidade.
FATORES HISTÓRICO-CULTURAIS

As características culturais moldam a


personalidade e a interação social entre
os indivíduos, mesmo que o
desenvolvimento biológico seja o mesmo
para todos os seres humanos.
CONSTITUIÇÃO DO PSIQUISMO HUMANO
psi·quis·mo
(grego psukhê, -ês, vida, espírito + -ismo)
substantivo masculino
1. Conjunto de fenômenos procedentes da alma ou a
ela relativos.
2. [Psicologia] Conjunto de fenômenos estudados pel
a psicologia = PSIQUE
3. [Psicologia] Conjunto das características psíquicas
de um indivíduo = PSIQUE
SENSAÇÃO

Entrada de informações por meio


de visão, audição, tato, olfato e
paladar.

Adaptação sensorial
Redução da intensidade do
estímulo pelo cérebro.
PERCEPÇÃO

Análise e interpretação dos


estímulos recebidos pelas sensações.
PRINCÍPIO DO FECHAMENTO
Nosso cérebro agrupa os elementos para que percebamos figuras
fechadas, completas.
PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE
Nosso cérebro agrupa elementos próximos.
PRINCÍPIO DA SEMELHANÇA
Da mesma forma, tendemos a agrupar os elementos que são semelhantes ao invés
de visualizar o todo.
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE
Quando há um padrão, tendemos a percebê-lo da maneira mais simples
possível.
PRINCÍPIO DA FIGURA E FUNDO
O cérebro faz uma distinção entre o fundo e a figura em si, produzindo
diferentes significados.
MEMÓRIA

A memória é uma função primordial para


sobrevivência, adaptação e desenvolvimento do
indivíduo. Com a memória conseguimos codificar,
armazenar e recuperar as informações sobre nós
mesmos e sobre o mundo que nos rodeia.
Precisamos dela para aprender.
MEMÓRIA SENSORIAL
É um armazenamento muito breve das informações processadas por meio dos
órgãos do sentido.
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO
A memória de curto prazo produz um sentido para as informações recebidas.
Acredita-se que as informações permanecem na memória de curto prazo por
no máximo 25 segundos. Após isso, se não passar para outra memória, a
informação se perde.

9999 88888 333 55243 674538 00298736


MEMÓRIA DE TRABALHO

Essa memória manipula as informações


com base em memórias pré-existentes.
Como exemplo, ao realizarmos uma conta
complexa mentalmente, lembramos dos
processos envolvidos no cálculo e focamos
na realização da tarefa, porém, após
realizado o cálculo, não lembramos mais os
passos que nos levaram até o resultado.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
São as informações que de fato são armazenadas em nosso “sistema” e que são
acessadas quando necessitamos. Esta memória pode ser subdividida em 4 módulos:

DECLARATIVA Grava informações sobre coisas e pessoas.

PROCESSUAL Guarda informações de como realizar atividades.

SEMÂNTICA Guarda conhecimentos gerais.

EPISÓDICA Guarda eventos ou datas


MEMÓRIA EXPLÍCITA

Ocorre quando tentamos recordar de


algo de forma intencional.
MEMÓRIA IMPLÍCITA

São aquelas memórias que às vezes


nos aparecem do nada, sem querermos
recordar, e têm grande influência em
nosso estado emocional.
MEMÓRIA INSTANTÂNEA

Memórias ligadas a eventos muitos


específicos e importantes e que
podem ser lembradas com detalhes.
PENSAMENTO E RACIOCÍNIO LÓGICO

Pensamento – Feito de imagens


(representação de objetos e produtos
reais) e conceitos (agrupamento das
representações) mentais.
Raciocínio – Regras internalizadas
para se chegar à solução de um
problema.
LINGUAGEM

A linguagem pode se utilizar de


símbolos, como a língua falada,
escrita ou de sinais, mas tem por
principal função comunicar.
ATENÇÃO
Seleção das informações para que se possa retê-las na memória

FUNÇÃO DESCRIÇÃO EXEMPLO


“Aguçar” a audição quando se está andando só pela
As pessoas ficam alertas para detectar rua escura à noite, tentando identificar sons
Vigilância e detecção de
sinais em seus ambientes para que diferentes em caso de estar sendo seguindo e poder
sinais
possam agir com rapidez. correr ou reagir. Também estar atento a sinais feitos
pelo bebê para saber se está com fome ou dor.
Ao assistir a um filme prestamos atenção às falas e
Escolhemos em qual estímulo prestar aos sons do filme, não no som das pessoas comendo
Atenção seletiva
atenção e qual ignorar. pipoca. Quando estou escrevendo, presto atenção
nesta atividade, não nos sons da rua.
Quando dividimos nossa atenção para Quando estamos dirigindo, nossa atenção fica
Atenção dividida realizar mais de uma tarefa ao mesmo dividida: guiar o carro, os pedestres, os outros carros,
tempo. os espelhos, uma conversa com o passageiro.

Quando a atenção é voltada para Ao sentir o cheiro de fumaça, procura-se a origem do


Busca
encontrar um estímulo do ambiente. cheiro, e a atenção se volta para esta atividade.
EMOÇÕES
O desenvolvimento emocional inicia-se com emoções básicas como tristeza, alegria, medo ou raiva
que, aos poucos vai se desenvolvendo em emoções mais complexas como culpa, orgulho,
vergonha, empatia, entre outras.
TRANSTORNOS MENTAIS E O DESENVOLVIMENTO
DA APRENDIZAGEM
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) agrupa os chamados
transtornos de desenvolvimento sob a categoria de “Transtornos de neurodesenvolvimento”.

Deficiências intelectuais (DI): São déficits nas


capacidades cognitivas como resolução de
Transtorno do Espectro Autista (TEA):
problemas, aprendizagem acadêmica ou por
Transtornos da comunicação (TC): São Déficits na interação social e na
experiência, raciocínio, pensamento abstrato e
déficits no desenvolvimento, bem como no comunicação, bem como apresenta
outros. Normalmente levam a prejuízos na
uso da linguagem em vários níveis. comportamentos repetitivos, entre
independência pessoal. Podem ser consequência de
outros.
lesão durante o desenvolvimento ou no
nascimento.

Transtorno específico de Aprendizagem:


Transtorno de Déficit de Atenção/ hiperatividade Déficits na capacidade do indivíduo de Transtornos Motores: Déficits em
(TDA-H): Prejuízos na atenção ou organização e/ou processar as informações com base nas habilidades motoras coordenadas;
controle dos impulsos. habilidades acadêmicas que requerem uso comportamentos motores de repetição.
de leitura, escrita ou cálculos.

Fonte: Elaborado pela autora (2020).


Transtornos de Tique: Movimentos ou vocalizações
repetidas e repentinas.
DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS E O
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
Alunos que tenham passado por
acidentes envolvendo o cérebro,
tumores, paralisia cerebral, epilepsia ou
outras situações que interferem no
funcional cerebral, muitas vezes
apresentam déficits no desenvolvimento
da aprendizagem. Também entram
nesses quadros algumas síndromes
cromossômicas, as quais fazem com que
o funcionamento do cérebro seja atípico,
isto é, diferente de uma pessoa sem
síndromes ou distúrbios fisiológicos.
REFERÊNCIAS
APA - American Psychology Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos metais.
5 ed - DSM-V. Porto Alegre: Artmed, 2014, pp. 72-74.

DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA [em linha], 2008-2013. Disponível em:


https://bit.ly/3krgVZQ. Acesso em: 16 set. 2020.

FELDMAN, Robert S. Introdução à Psicologia. Porto Alegre: AMGH, 2015.

HALL, C.; LINDZEY, G; CAMPBELL, J. Teorias da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2000.

PAPALIA, D.F.; OLDS, S.W.; FELDMAN, R.D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: AMGH,
2010.

ROTTA, N.T.; OHWEILER, L.; RIESGO, R.S. (orgs) Transtornos da aprendizagem: abordagem
neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2016.

STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. São Paulo: Cengage, 2016.

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