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INCLUSÃO ESCOLAR
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DO VALE
Possibilidades de
Ensinar e Aprender
EDITORIAL
Entendemos que Deus nos criou de forma única e que como indivíduos
possuímos características que nos diferenciam uns dos outros. Respeitamos as
diferenças e diante disso, pensamos uma prática pedagógica que contribua para
o desenvolvimento socioemocional dos docentes.
Por sermos uma instituição educacional que vai para “muito além do ensino”,
nos preocupamos com as dificuldades de alunos que não acompanham os
critérios de aprendizagem conforme idade e ano de escolarização, e para isso,
cada vez mais, faz-se necessário o entendimento e aprimoramento de como lidar
e potencializar o desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades
educacionais especiais.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 1 MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Nosso desejo é que este manual sirva de apoio e desperte o interesse por novos
conhecimentos, impulsionando assim um melhor atendimento e
consequentemente abordagens apropriadas com alunos que necessitam de um
olhar diferenciado.
Com carinho,
Equipe Psicopedagógica
Associação Paulista do Vale
’’ Deve ser o primeiro esforço do professor e seu constante objetivo auxiliar o estudante...
O professor que aceita este objetivo é em verdade um cooperador de Cristo, um coobreiro de Deus.’’
Educação – pag .30
Equipe Psicopedagógica
Administrador Geral Coordenadoras Pedagógicas Psicóloga
Thompson Augusto dos Reis Thania Suemi T. Miyano (EI e EF1) Kelly Ruchdeschel
Edna Hengles Teles (EF2 e EM)
Educação Adventista
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR 2 Associação Paulista do Vale
SUMÁRIO
Editorial 01
Sumário 03
Introdução 05
Estágios do Desenvolvimento Mental 07
Apraxia na Fala 13
Deficiência Intelectual 17
Discalculia 23
Disgrafia 29
Dislalia 37
Dislexia 43
Dispraxia 53
Distúrbio do Processamento Auditivo Central 57
Hidrocefalia 61
Hiperplasia Adrenal 67
Lúpus 71
Paraplegia Espástica 77
Síndrome de Down 81
Síndrome de Prader Willi 87
Síndrome de Rett 93
Transtorno do Espectro Autista 103
Transtorno de Deficit Atenção e Hiperatividade 111
Transtorno Desintegrativo 119
Transtorno Específico da Linguagem 123
Transtorno Opositivo Desafiador 133
Referências 139
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Associação Paulista do Vale 3 MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
INTRODUÇÃO
Você conhece seu aluno? Você conhece seu aluno com NEE? Você sabe em que
etapa do neurodesenvolvimento qualquer um dos dois está?
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 5 MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
ESTÁGIOS DO
DESENVOLVIMENTO
MENTAL
- Fala egocêntrica.
Fonte: GONÇALVES, Fátima – Do Andar ao escrever, um caminho psicomotor – Ed. Grupo Cultural – 2014 – pg251.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 7 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MENTAL
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
A intensa motricidade vai sendo inibida pelo ato mental, pelo funcionamento
cognitivo. Na verdade, o ato interioriza-se, desloca-se de fora, do motor, ligado
aos objetos físicos, para o mental, ligado à atividade interna da criança. Ocorre o
desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-
se ao fato de a ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato
mental “projeta-se” em atos motores.
Fonte: GONÇALVES, Fátima – Do Andar ao escrever, um caminho psicomotor – Ed. Grupo Cultural – 2014 – pg253.
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ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO MENTAL 8 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
- Lateralização funcional.
- Especialização hemisférica.
Fonte: GONÇALVES, Fátima – Do Andar ao escrever, um caminho psicomotor – Ed. Grupo Cultural – 2014 – pg254 e 255.
É claro que os estágios de Wallon não finda aos seis anos. Então, mesmo que não
tenhamos o quadro do desenvolvimento, devemos ficar atentos aos ciclos de
educação de nossos pequenos.
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ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO MENTAL 10 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 11 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MENTAL
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Sem dúvida que a conduta agressiva é uma das que mais preocupa os
educadores. Vivemos momentos de adversidades no âmbito educacional, e
muitos são “rotulados” sem nem terem passados por profissionais específicos
para tal abordagem, mas as observações precisam seguir, sempre que possível,
com os dados de freqüência, intensidade e duração desses comportamentos,
sempre com um olhar sem preconceitos, buscando conhecer as reais
possibilidades de tal comportamento ter surgido, e com a continuidade de tais,
encaminhar para o profissional de saúde para suporte.
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ESTÁGIO DO DESENVOLVIMENTO MENTAL 12 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
APRAXIA
NA FALA
14 DE MAIO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Fala muito limitada, com pobre repertório de palavras e/ou apresentam fala de
difícil compreensão (a fala não é clara). Quanto mais extensa a palavra, maior a
dificuldade.
Dificuldade de planejamento e produção da sequência específica de
movimentos da língua, lábios, maxilar, mandíbula e palato que são necessárias
para um discurso inteligível.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 15 APRAXIA NA FALA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
APRAXIA NA FALA 16 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL - DI
AGOSTO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
COMO LIDAR
envolver nas atividades sociais em curso na escola. Com frequência podem ser
alvos de bullying, o que de forma alguma pode ser tolerado.
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 21 DEFICIÊNCIA INTECTUAL
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DISCALCULIA
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
O professor deve colocar o aluno para sentar-se próximo a sua mesa e à lousa já
que muito frequentemente acaba se distraindo com facilidade em decorrência de
suas dificuldades e/ou desinteresse. Essa medida tende a favorecer também o
diálogo, orientação e acompanhamento das atividades, além de fortalecer o
vínculo afetivo entre ambos.
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 27 DISCALCULIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DISGRAFIA
10 DE OUTUBRO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
Já a disgrafia motora não afeta a simbolização da escrita, mas sim a forma das
letras e a qualidade da escrita e apresenta as seguintes características:
Alteração na forma e tamanho das letras;
Espaçamento irregular (na palavra, entra as palavras, entre as linhas);
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Associação Paulista do Vale 31 DISGRAFIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Inclinação defeituosa;
Alteração na ligação entre as letras;
Pressão excessiva na escrita;
Dificuldade na fluidez e ritmo.
COMO LIDAR
O ritmo das atividades escritas para o aluno com Disgrafia deve atender aos
seguintes princípios:
Permitir tempo extra para atividades escritas como tomar nota e copiar.
Permitir que o aluno inicie as atividades mais elaboradas com antecedência.
Incentivar a aprendizagem de habilidades de digitação para aumentar sua
velocidade e legibilidade na escrita.
Fornecer textos com lacunas para serem preenchidas é outra estratégia útil
para melhorar o ritmo desses alunos.
Evitar a cópia da lousa, pois essa é uma atividade particularmente difícil para o
aluno com Disgrafia.
Estimular o uso de fichário que facilita a organização das folhas e pode ter um
modelo de letras cursivas e letras bastão na capa.
Elaborar junto com o aluno um molde laminado com o formato desejado dos
trabalhos escritos. Recorte no molde uma janela para o preenchimento do
nome, data e título do trabalho. Faça os orifícios para encaixe no fichário. Esse
molde ajudará o aluno a preencher o cabeçalho e delimitar a área de escrita no
início de cada tarefa escrita.
Dividir a atividade escrita em estágios ensinando o aluno a fazer o mesmo.
Ensinar os estágios do processo da escrita (levantamento de ideias, rascunho,
edição, revisão, etc.). Considerar essa etapa na avaliação do aluno dando
pontos para cada estágio. Se o escrever é muito trabalhoso para ele, permitir
que faça apenas algumas marcas de edição ao invés de reescrever tudo após a
correção.
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Associação Paulista do Vale 33 DISGRAFIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Permitir ao aluno com Disgrafia o uso da letra cursiva. Para muitos, a escrita
cursiva apresenta várias vantagens. Ela evita que o aluno tenha que retirar a
caneta do papel e decidir em qual outro ponto recolocá-la letra após letra. Cada
letra continua na seguinte a partir da linha de base, evitando erros potenciais e
hesitação. A letra cursiva também apresenta poucas letras em espelho, algo
tipicamente problemático para o aluno disgráfico. Ela também elimina o
problema de espaçamento das palavras e dá à escrita um fluxo e ritmo que ajuda
a melhorar o aprendizado. Na escrita cursiva letras comumente confundidas pelo
disgráfico como b, d, p, e q são mais facilmente distinguidas.
Quanto aos instrumentos utilizados nas atividades escritas para o aluno com
Disgrafia as seguintes modificações devem ser consideradas:
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DISGRAFIA 34 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 35 DISGRAFIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DISLALIA
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Exemplo:
A criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns
exemplos:
Omissão: não pronuncia sons – “omei” = “tomei”;
Substituição: troca alguns sons por outros – “balata” = “barata”;
Acréscimo: introduz mais um som – “Atelântico” = “Atlântico”.
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Associação Paulista do Vale 39 DISLALIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Tipos de dislalia:
A dislalia é muito variada, existindo quatro tipos de dislalias, sendo elas:
1-Dislalia evolutiva que é considerada como normal, até aos quatro anos de
idade e geralmente corrige-se por si mesma.
3-Dislalia orgânica – faz com que a criança tenha dificuldades para articular
determinados fonemas por problemas orgânicos, causadas por alterações
físicas ou cerebrais, quando apresentam estas alterações nos neurônios
cerebrais, ou alguma má formação ou anomalias nos órgãos da fala.
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 41 DISLALIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO DE
LEITURA OU
DISLEXIA
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
Educação Adventista
TRANSTORNO DE LEITURA OU DISLEXIA 46 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
CARACTERÍSTICAS
Educação Infantil
Fala
• Pronúncia incorreta de palavras longas ou complicadas;
• Ruptura de palavras (omitir ou confundir a ordem das partes que compõe as
palavras);
• Discurso não fluente (com longas pausas: hummm);
• Uso da linguagem imprecisa (dificuldade em nomear; usa “coisa, negócio” pa-
ra se referir ao que não consegue nomear);
• Confusão para localizar palavras que tenha sonoridade semelhante;
• Necessidade de tempo para elaborar resposta oral ou incapacidade de dar
resposta verbal rápida quando questionado;
• Dificuldade em lembrar partes isoladas de informações verbal (memória ime-
diata) – dificuldade em lembrar data, nomes, telefones ou listas.
Leitura
• Progresso muito lento nas habilidades de leitura;
• Falta de estratégia para a leitura de palavras novas;
• Problemas ao ler palavras desconhecidas: tenta adivinhá-las, falhando na or-
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 47 TRANSTORNO DE LEITURA OU DISLEXIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
COMO LIDAR
O professor deve colocar o aluno para sentar-se próximo a sua mesa e à lousa
já que frequentemente acaba se distraindo com facilidade em decorrência de
suas dificuldades e/ou desinteresse. Essa medida tende a favorecer também o
diálogo, orientação e acompanhamento das atividades, além de fortalecer o
vínculo afetivo entre eles.
Educação Adventista
TRANSTORNO DE LEITURA OU DISLEXIA 48 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
O professor deve dar informações curtas e espaçadas, pois alunos com Dislexia
frequentemente apresentam dificuldades para guardar (reter) informações
mais longas, o que prejudica a compreensão das tarefas. A linguagem também
deve ser direta e objetiva, evitando colocações simbólicas, sofisticadas ou
metafóricas.
O aluno com Dislexia tende a lidar melhor com as partes do que com o todo
(“ver a árvore, mas não conseguir ver a floresta”), portanto, deve ser auxiliado
na dedução dos conceitos.
O professor deve utilizar elementos visuais (figuras, gráficos, vídeos, etc.) e
táteis (como por exemplo, a utilização de alfabeto móvel, massinha, e outros)
para que a entrada das informações possa ser beneficiada por outras vias
sensoriais. Dessa forma, principalmente no período de alfabetização, o aluno
pode compreender melhor a relação letra-som.
As aulas devem ser segmentadas com intervalos para exposição, discussão,
síntese e/ou jogo pedagógico.
É equivocado insistir em exercícios de fixação, repetitivos e numerosos, isto não
diminui a dificuldade dos alunos com Dislexia.
O professor deve verificar sempre (e discretamente) se o aluno está
demonstrando entender a explicação e se suas anotações estão corretas. Dê
tempo suficiente para anotar as informações da lousa antes de apagá-las.
O professor pode dar algumas atividades já prontas para que o aluno tenha o
material em seu caderno e não perca tempo maior que os outros para copiar
textos.
Levar em consideração que a velocidade da escrita do aluno com Dislexia é
mais lenta em razão de dificuldades de orientação e mapeamento espacial,
entre outras razões.
Sempre que necessário, permitir o uso de tabuadas, material dourado e ábaco
nas séries iniciais, e o uso de fórmulas, calculadora, gravador e outros recursos,
nas séries mais avançadas.
Fornecer dicas, atalhos, regras mnemônicas e associações ajudam o aluno a
lembrar-se das informações, executar atividades e resolver problemas.
Como opção para atividades de aprendizado complementar além da leitura,
indicar filmes, documentários, peças de teatro, visita a museus, quadrinhos e,
sobretudo, recursos digitais.
com os mesmos.
Ao empregar questões de lacuna: usar no máximo uma em cada sentença; que
a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativa de um conceito
primário e não a detalhes secundários; e conservar a terminologia usada no
livro ou em aula.
Ao fazer correções ortográficas na produção da criança, pondere. Uma
sugestão é fazer um acordo prévio das regras ortográficas que serão
priorizadas (a cada mês, por exemplo), reconsiderando erros menos relevantes.
Não faça anotações na folha da prova, sobretudo que façam referência a juízo
de valor.
O aluno com Dislexia tem dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço
visual. Dessa forma, observar as direções da escrita (da esquerda para a direita
e de cima para baixo) em todo o corpo da avaliação.
Não há receita para trabalhar com alunos com Dislexia. O professor deve ter em
mente que o planejamento deve ser individual, pois cada aluno terá necessidades
distintas. De suma importância nesse processo é compartilhar com a criança
como serão conduzidas as atividades, isso a tornará mais segura em sala de aula e
nas avaliações, melhorando seu desempenho e relação com os colegas.
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 51 TRANSTORNO DE LEITURA OU DISLEXIA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DISPRAXIA
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
DISPRAXIA 56 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
DISTÚRBIOS DO
PROCESSAMENTO
AUDITIVO CENTRAL
DPAC
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
CAUSAS
Origem genética;
Lesão cerebral;
Anóxia (ausência de oxigênio no cérebro);
Traumatismo craniano;
Atraso maturacional das vias auditivas do SNC;
Envelhecimento natural do cérebro;
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
DPCA 60 Associação Paulista do Vale
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HIDROCEFALIA
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
CARACTERÍSTICAS
Em recém-nascidos e bebês
Náuseas e vômitos;
Inapetência;
Sonolência excessiva;
Desatenção, irritabilidade;
Queda no desempenho escolar;
Convulsões.
Mais Informações
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/hidrocefalia/
Alguns alunos tentam lidar com os hábitos e rotinas familiares que os ajudam
para estruturar o mundo deles. Às vezes, esse meio de lidar aparece como mau
comportamento, preguiça ou falta de atenção, quando fato o oposto é
verdadeiro.
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HIDROCEFALIA 64 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
HIDROCEFALIA 66 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
HIPERPLASIA
ADRENAL
29 DE FEVEREIRO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Hipertensão arterial
Hiperglicemia.
Virilização progressiva (desenvolvimento de características masculinas)
Crescimento excessivo
Desenvolvimento ósseo avançado
Puberdade precoce
Desidratação,
Hipotensão (pressão baixa),
Hiponatremia (diminuição do sódio no plasma),
Hiperpotassemia (aumento de potássio no plasma),
Taquicardia (aumento da frequência cardíaca, acima do normal para a idade),
Vômitos,
Perda de peso,
Letargia (prostração).
Baixa estatura na vida adulta
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 69 HIPERPLASIA ADRENAL
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
HIPERPLASIA ADRENAL 70 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
LÚPUS
10 DE MAIO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
Lúpus é uma doença inflamatória autoimune, que pode afetar múltiplos órgãos
e tecidos, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos mais graves, se não
tratada adequadamente, pode matar. O nome científico da doença é "Lúpus
Eritematoso Sistêmico (LES)".
A maioria das doenças autoimunes são crônicas, ou seja, não são transmissíveis,
no entanto muitas delas podem ser controladas com tratamento. Além disso, os
sintomas das doenças autoimunes podem aparecer e desaparecer
continuamente, sem causa aparente.
CARACTERÍSTICAS
Lúpus Discoide: esse tipo de lúpus fica limitado à pele da pessoa. Pode ser
identificado com o surgimento de lesões avermelhadas com tamanhos, formatos
e colorações específicas na pele, especialmente no rosto, na nuca e/ou no coro
cabeludo.
Lúpus Sistêmico: esse tipo de lúpus é o mais comum e pode ser leve ou grave,
conforme cada situação. Nessa forma da doença, a inflamação acontece em todo
o organismo da pessoa, o que compromete vários órgãos ou sistemas, além da
pele, como rins, coração, pulmões, sangue e articulações. Algumas pessoas que
têm o lúpus discoide podem, eventualmente, evoluir para o lúpus sistêmico.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 73 LÚPUS
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Lúpus induzido por drogas: essa forma do lúpus também é comum e acontece
porque substância de algumas drogas e/ou medicamentos podem provocar
inflamação com sintomas parecidos com o lúpus sistêmico. No entanto, a
doença, nesse caso, tende a desaparecer assim que o uso da substância terminar.
Lúpus neonatal: esse tipo de lúpus é bastante raro e afeta filhos recém-nascidos
de mulheres que têm lúpus. Normalmente, ao nascer, a criança pode ter erupções
na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células sanguíneas, mas
esses sintomas tendem a desaparecer naturalmente após alguns meses.
SINTOMAS PRINCIPAIS
Fadiga.
Febre.
Dor nas articulações.
Rigidez muscular e inchaços.
Rash cutâneo - vermelhidão na face em forma de "borboleta" sobre as
bochechas e a ponta do nariz. Afeta cerca de metade das pessoas com lúpus. O
rash piora com a luz do sol e também pode ser generalizado.
Lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol.
Dificuldade para respirar.
Dor no peito ao inspirar profundamente.
Sensibilidade à luz do sol.
Dor de cabeça, confusão mental e perda de memória.
Linfonodos aumentados.
Queda de cabelo.
Feridas na boca
Desconforto geral, ansiedade, mal-estar.
COMO LIDAR
Educação Adventista
LÚPUS 74 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 75 LÚPUS
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
PARAPLEGIA
ESPÁSTICA
29 DE FEVEREIRO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
É uma doença hereditária rara que causa fraqueza gradual com espasmos
musculares (fraqueza espástica) nas pernas. Isto é, caracterizada por alterações
genéticas e hereditárias que provocam dano ou degeneração progressiva das
vias nervosas. Os sintomas podem surgir em qualquer idade, mas normalmente
surge entre os 10 e 40 anos e é caracterizada pelo enfraquecimento e
enrijecimento progressivo das pernas.
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTO
SÍNDROME
DE DOWN
21 DE MARÇO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTO
Visite: www.pedagogiaaopedaletra.com/aprendizagem-do-aluno-com-sindrome-de-down/
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 85 SÍNDROME DE DOWN
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
SÍNDROME DE
PRADER WILLI
MAIO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
Conheça a doença e entenda por que a criança sempre diz ter fome. A vontade
de comer o tempo todo (hiperfagia) é o sintoma cardinal da síndrome.
Há um detalhe dessa relação, quando a criança está ocupada em tarefas e
atividade interessantes e prazerosas, ela não pede para comer, ela se envolve.
Se a criança se envolve nessas tarefas e atividades não deixe de estimulá-la,
beije-a, abrace-a, dê pequenos estímulos (cole estrelinhas, bata palmas...)
Nunca dê comida como recompensa.
Evite relacionamentos aversivos: brigas, gritos, castigo... podem fazer com que
a criança se torne agressiva.
Sempre pratique as mesmas regras. Não abra mão de suas regras, sempre que
forem adequadas. Dê ordens efetivas, preste atenção à criança quando ela se
comporta bem e estimule isto. Cumpra o que promete.
Sempre que for dar uma ordem ou orientação: aproxime-se dela e mantenha
contato ocular, peça que ela repita a ordem, pergunte se a compreendeu,
simplifique tarefas complexas (no caso de apresentarem deficiência intelectual,
problemas de memória e dificuldades para o planejamento de ações).
Faça cartões com as tarefas por etapa, elogie sempre que concluir a tarefa.
Envie tarefas de casa que tenham instruções claras
Após responder uma pergunta, peça para o aluno repetir o que você falou. Isso
serve para validar o entendimento seu e do estudante sobre o que foi falado.
Utilize recursos visuais (quadros, fotos, vídeos)
Em matemática básica (adição e subtração), use problemas concretos ao invés
de descritivos.
Antecipe as mudanças e converse sobre elas; use representações visuais sobre
as mudanças (desenhos ou fotos)
Antecipe informações sobre a vinda de um professor substituto, atividade
externa ou outro tipo de reunião que fuja da rotina. Caso necessário, assegure
Educação Adventista
SÍNDROME DE PRADER WILLI 90 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 91 SÍNDROME DE PRADER WILLI
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
SÍNDROME
DE RETT
OUTUBRO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Educação Adventista
SÍNDROME DE RETT 96 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
COMO LIDAR
Precisa ser estimulado com brinquedos e brincadeiras (ainda que não os possa
manipular e ainda que não possa participar motoramente), com livros, com
histórias e, principalmente, com música o tanto quanto possível, até o seu limite.
O excesso de estímulos, porém, pode deixá-la extremamente fatigada e/ou
irritada e, em casos especiais, pode, inclusive, provocar crises convulsivas, se o
aluno tiver essa suscetibilidade. Caso o aluno conseguir expressar perfeitamente
bem o seu limite, por meio da exacerbação das estereotipias (não só das mãos,
mas também representadas por movimentos repetitivos da língua ou por
bruxismo, ou seja, por ranger dos dentes ritmado e incessante), pela
hiperventilação (ou seja, passar a respirar muito rápido), ou por manifestação de
gritos e choro. É o momento de parar todo e qualquer estímulo e deixá-lo
descansar. Caso contrário, ele não reterá o que eventualmente tenha aprendido.
Educação Adventista
SÍNDROME DE RETT 98 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Uma vez que o olhar da grande parte das meninas com SR é intencional (apesar
de sua resposta atrasada), é imprescindível que se usem meios de comunicação
alternativa com essa criança. O primeiro a ser instituído e treinado amplamente
com a aluna (ressaltando-se que nem todas conseguirão utilizá-lo) é o sistema
Sim / Não (com imagem). Por meio do qual ela poderá, com o olhar, expressar sua
concordância ou discordância com o que está sendo feito, com o que lhe está
sendo oferecido. É importante que ambas as representações (Sim e Não) sejam
feitas na mesma cor e tamanho, de modo que não haja distratores que levem o
professor a uma interpretação errônea do olhar de sua aluna. Numa segunda
etapa (ainda que a aluna não aprenda a utilizar o Sistema Sim / Não), o uso de
fotografias das atividades e dos ambientes escolares, ou de objetos concretos
que os representem também constitui meio muitas vezes eficaz para desenvolver
a expressão de vontade da criança. Mas essa técnica só tem funcionado, em
nossas observações, quando apresentadas apenas duas opções; a terceira opção
geralmente desestrutura a atenção da criança.
É importante que ela receba explicações de tudo o que vai ser feito (ainda que
ela pareça não estar prestando muita atenção a essas explicações), e que todas as
situações sejam significativas para ela. Por isso, é de suma importância que se
desenvolvam atividades que envolvam suas emoções e seus sentidos. As
atividades propostas também devem ser adequadas à sua idade. É comum se
acreditar que uma jovem de 14-15 anos com SR aprecie brincadeiras ou
atividades voltadas para uma criança de 5- 6 anos, só porque responde a elas.
Mas isso nem sempre é verdade.
Quanto menos simples a orientação dada à aluna com SR, maior será o tempo
necessário para a sua resposta (orientações e ordens muito complexas
geralmente ficam sem respostas, pelo menos sem respostas perceptíveis no curto
prazo). Isso se deve ao fato de crianças com SR conseguirem fazer apenas uma
coisa de cada vez. Em outras palavras, ouvir, entender a ordem, e fazer o que se
está pedindo são três coisas. Ela não consegue ouvir e, ao mesmo tempo, pensar
em como fazer o que está sendo solicitado. Por isso, ela deve fazer o que é pedido
sem ter que pensar em como fazer. Para tanto, são imprescindíveis motivações
emocionais que a levem a agir sem ter que pensar, e o que se pretende ensinar
deve estar na experiência de sua ação, e não na sua compreensão do que e como
deve ser feito.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 99 SÍNDROME DE RETT
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Quando ela estiver começando a se concentrar em alguma coisa que lhe está
sendo ensinada ou quando ela estiver começando a se engajar em alguma
atividade, não a interrompa com comentários sobre o que ela está fazendo (p. ex.,
“Isso, agora olhe bem para isto!”) nem com reforços positivos por ela estar
fazendo (p. ex., “Muito bem! Você está indo muito bem!”). Deixe simplesmente
que ela faça, sem tirá-la do foco de sua ação. Todos os comentários e elogios
podem ficar para depois.
Qualquer que seja o conteúdo a ser ensinado, esse processo deve envolver
atividades que sejam de fato motivadoras para a aluna com SR. A partir do que se
conhece da SR mais pela observação, mas também por estudos de casos, a
música (especialmente a música cantada) é extremamente motivadora para essa
aluna. Há quem oriente que instruções cantadas são mais bem entendidas por
uma aluna com SR do que instruções faladas. Outros agentes motivadores para a
aprendizagem da aluna com SR incluem atividades sensoriais (diferentes
texturas, aromas, temperaturas e alimentos), vídeos de desenhos animados e
televisão, atividades na água e com água, fotos de pessoas e lugares familiares.
Para a otimização da aprendizagem na aluna com SR, é crucial que haja uma
rotina bem delineada para ela dentro da sala de aula, e essa rotina deve estar bem
representada por símbolos, imagens e fotos que a façam todo o tempo lembrar a
atividade que está por vir. A quebra de rotina pode desestruturar a aluna com SR
que, por sua vez, pode expressar essa frustração com comportamentos bastante
agitados e irritadiços.
Educação Adventista
SÍNDROME DE RETT 100 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
É importante que o professor conheça muito bem a SR, de modo que não
espere de sua atuação o que essa aluna não poderá lhe mostrar, e de modo que
não imponha a essa aluna limites que ela não pode obedecer. Por exemplo, a
maior parte das pessoas com SR que têm a marcha preservada a utilizam sem
qualquer função, ou seja, elas precisam andar de um lado para o outro sem
destino, e não adianta tentar sentá-la (sem que ela tenha uma motivação
suficientemente forte para isso), pois essa ação motora está fora do seu controle,
e não realizá-la pode resultar em grande irritação. O mesmo ocorre com as
estereotipias manuais que, involuntárias, não devem ser cessadas sem a
orientação de quem conhece a criança. A falta de equilíbrio que lhes é comum
pode gerar insegurança e agitação. Muitas pessoas com SR se recusam a subir ou
descer escadas e/ou a andar em superfícies irregulares. Portanto, são ações que
não devem ser forçadas, sob o risco de reação muito agitada e irritadiça. Outra
característica muito comum é a ausência total de reação de proteção nessas
pessoas. Assim, as atividades físicas propostas devem ser suficientemente
seguras para que se evitem acidentes que podem trazer ainda mais prejuízos a
essas crianças e jovens.
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 101 SÍNDROME DE RETT
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO
DO ESPECTRO
AUTISTA
02 DE ABRIL
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
AUTISMO
Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações
presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos três anos de idade,
com impacto múltiplo em áreas nobres do desenvolvimento humano como as
áreas de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação.
SÍNDROME DE ASPERGER
É caracterizada por problemas nas habilidades sociais e tem comportamentos
restritos e repetitivos. A linguagem não é comprometida ou tem atraso em seu
desenvolvimento, porém é literal, tem dificuldade em entender piadas, metáforas
ou linguagem não verbal. Há dificuldade para compreender intenções e
sentimentos de outras pessoas.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 105 TRANSTORNO AUTISTA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
T R A N S TO R N O G LO B A L D O D E S E N V O LV I M E N TO S E M O U T R A
ESPECIFICAÇÃO (TGD-SOE)
É considerado desta forma por que não atende aos critérios das outras
categorias citadas. As características percebidas neste transtorno são referentes a
comunicação, interação social e comportamentos incomuns.
CARACTERÍSTICAS
Comunicação
Repetição de palavras ou frases, algumas vezes fora de contexto;
Menor atenção às solicitações;
Riso ou choro sem motivo aparente;
Leva a comunicação ao pé da letra — não entendem insinuações sociais ou
verbais;
Dificuldade para seguir múltiplas instruções;
Dificuldade para iniciar ou manter uma conversa social;
Comunicar-se com gestos em vez de palavras;
Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la;
Falar de si mesmo na terceira pessoa;
Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais;
Usar rimas sem sentido.
Interação Social
Dificuldade em dizer aos outros como se sente ou o que precisa;
Habilidades sociais inadequadas ou uma preferência pela solidão;
Dificuldade em manter contato visual ou usar a comunicação não verbal;
Não participa de jogos interativos;
Pode tratar as pessoas como se fossem objetos;
Prefere ficar sozinho;
Demonstra falta de empatia.
Comportamento
Dificuldade com mudanças;
Irrita-se facilmente com agitação;
Rotação de objetos, fixação em algo específico;
Grande interesse em um tópico particular;
Baixa capacidade de atenção;
Educação Adventista
TRANSTORNO AUTISTA 106 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Poucos interesses;
É hiperativo ou muito passivo;
Comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo;
Necessidade intensa de repetição;
Faz movimentos corporais repetitivos.
Brincadeiras
Não imita as ações dos outros;
Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas;
Não faz brincadeiras de faz de conta ou imaginação.
COMO LIDAR
pessoas ou objetivos;
Falar pouco, somente as palavras mais importantes, geralmente não processam
muita informação de uma vez;
Expandir o vocabulário após o aprendizado inicial combinando duas palavras,
utilizando as mesmas palavras em diferentes ambientes.
Ao expandir, proporcionar uma atividade já aprendida após uma nova, que
exija mais esforço da criança. Quanto intercalamos uma atividade mais fácil
com uma mais difícil, a pessoa segue motivada a continuar tentando as
atividades mais difíceis.
Oferecer reforço, de preferência natural ao item ou ideia que foi comunicada,
imediatamente após o símbolo ter sido acionado.
Redirecionamento da resposta, se você fez uma pergunta e, sem apoio, a
criança escolheu a resposta que não corresponde, você pode direcionar para a
resposta certa, sem enfatizar o erro em si. Por exemplo, se você pergunta qual o
animal de estimação, e a criança responde leão, você pode redirecionar e dizer
“acho que na sua casa não tem um leão, mas você tem um cachorro”,
modelando a resposta “cachorro”.
Utilizar gestos simples e imagens para apoiar o que é falado e permitir a
compreensão (os portadores de Transtorno do Espectro Autista são mais
visuais que verbais);
Mostrar a cada palavra uma ação e a cada ação uma palavra;
Desenvolver rotina para que a criança possa se antecipar as ações;
Estimular a participação em tarefas como arrumar a sala, ajudar a entregar
materiais às outras crianças, etc.
Respeitar a necessidade de estar um momento sozinho, de caminhar ou dar
saltos ou simplesmente andar pela sala para se acalmar (pode ser utilizado
como prêmio após uma atividade);
Evite falar muito alto;
Busque saber, caso o aluno permita, como foi a tarde ou o dia anterior, a
qualidade do sono ou se houver alguma alteração da rotina para se antecipar a
estados emocionais de ansiedade. Se perceber algo diferente procure utilizar
elementos de interesse e preferência do aluno, com menor exigência para não
aumentar a ansiedade.
Educação Adventista
TRANSTORNO AUTISTA 108 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Procedimentos do programa:
1 – Em resposta ao nome – sente-se em uma cadeira em frente da criança.
Indique o nome da criança e, simultaneamente, procure contato visual,
trazendo um reforçador comestível ou um pequeno reforçador tangível
para o contato visual com você por 1 segundo, dê imediatamente um
reforço à criança.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 109 TRANSTORNO AUTISTA
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
INSTRUÇÕES REPOSTAS
(1 a 4) O nome (1 a 5) Fazer o Data Início: Data Final:
da criança contato visual
(5) Olhe para
mim
Por 1 segundo
Por 5 segundos
Enquanto está
brincando
A distância
Em resposta ao
‘Olhe para mim’
PS: Dica: Tenha certeza de que sua criança está olhando diretamente para
seus olhos e não para o reforçador.
1996, por PRO-ED, inc. pag.74 – Behavioral Intervention for chilcren with autismo – A manual for parentes and professional (tradução Emanoele Freitas)
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
TRANSTORNO AUTISTA 110 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO DE
DÉFICIT ATENÇÃO E
HIPERATIVIDADE
TDAH
13 DE JULHO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
De acordo com a CID-10 (OMS, 1993) o TDAH é definido como “um transtorno
pertencente a um grupo precoce, (habitualmente durante os primeiros cinco
anos de vida), falta perseverança nas atividades que exigem um envolvimento
cognitivo e uma tendência a passar de uma atividade para a outra sem acabar
nenhuma, associada a uma atividade global desorganizada, incordenada e
excessiva”.
TDAH está associado a desordens nas funções executivas que incluem seleção
de informações, integração de informações previamente memorizadas,
planejamento, monitoramento e flexibilidade cognitiva, entre outras. Essas
desordens geram dificuldades no auto controle comprometendo a atenção,
controle do impulso e nível de atividade (Barkley, 2002).
CARACTERÍSTICAS
Desatenção
Não atento aos detalhes ou comete erros por descuido numa tarefa escolar, no
trabalho ou em outras atividades;
Dificuldade em manter atenção nas tarefas ou no desenvolvimento de
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 113 TDAH
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
atividades lúdicas;
Parece não escutar o que está sendo dito a ela;
Não cumpre instruções e fracassa ao realizar suas tarefas escolares, domésticas
ou obrigações no seu local de trabalho (não devido a condutas de oposição ou
a dificuldades para compreender as indicações);
Dificuldade para organizar tarefas ou atividades;
Evita ou lhe causa desconforto tarefas escolares que exigem um esforço mental
continuado;
Com frequência perde coisas necessárias para tarefas e atividades;
Se distrai com estímulos irrelevantes;
Muitas vezes é esquecido e/ou descuidado nas suas atividades diárias.
Hiperatividade
Levanta-se da cadeira na sala de aula ou em outras situações nas quais se
espera que permaneça sentada;
Com frequência corre em situações inapropriadas. Essa conduta no
adolescente pode se limitar a sentimentos de impaciência;
Frequentemente tem dificuldade para brincar ou conectar-se com
tranquilidade em atividades recreativas;
Muitas vezes “está em movimento” ou costuma agir como se tivesse um motor;
Fala excessivamente.
Impulsividade
Com frequência responde abruptamente a perguntas antes de escutá-las de
forma completa;
Tem dificuldades para esperar em fila ou aguardar a sua vez em jogos ou
situações grupais;
Frequentemente interrompe ou se intromete nas atividades dos outros.
COMO LIDAR
O aluno deve ser colocado para sentar próximo à área onde o professor
permanece o maior tempo e distante de outros locais que possam provocar
distração (janela, porta, etc.) ou de colegas inquietos e desatentos.
O aluno deve ser colocado para sentar perto de alunos que possam colaborar.
Educação Adventista
TDAH 114 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Os grupos de trabalho são bem-vindos, mas evitar que tenham número maior
do que três alunos.
Designar responsabilidades e tornar o aluno com TDAH um ajudante de sala de
aula. Essa providência pode ser muito útil para atenção, autoestima e inibição
comportamental.
O aluno com TDAH deve receber as informações e executar suas tarefas em
grau de dificuldade adequado para suas necessidades (sucesso alcançável).
Simplificar e dividir instruções complexas, tornando-as mais concretas e
atreladas a conhecimentos prévios, relevantes e da vida diária do aluno.
Tempo mínimo (evitando que o aluno abandone a atividade antes de tentar
finalizá-la) e tempo extra para a execução das atividades devem ser
previamente estabelecidos pelo professor.
Coibir hábitos de multitarefas (executar várias tarefas ao mesmo tempo
dividindo a atenção entre elas) em casa e na sala de aula.
O uso de recursos tecnológicos (computador, tablet, calculadora, corretor
ortográfico, etc.) na realização das atividades de sala de aula e tarefas de casa
pode ser de grande ajuda.
Os trabalhos de maior duração devem ser divididos em segmentos, podendo
ser entregues em várias etapas.
Quando houver acesso à internet, o professor pode auxiliar o aluno enviando
para ele anotações e resumos das aulas dadas, bem como lembrá-lo das tarefas
de casa.
O aluno colaborador pode auxiliar o aluno com TDAH checando suas tarefas de
casa e anotações de sala de aula.
Educação Adventista
TDAH 116 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
O aluno deve poder levar para casa o material didático utilizado na escola.
Agenda pode ser um bom instrumento para ajudar o aluno a se organizar. O
professor deve pedir a ele para anotar os deveres e recados, bem como
certificar-se de que ele o fez.
O professor deve manter os pais informados na frequência necessária para o
aluno em questão (diária, semanal ou mensal).
Em casa, os pais devem auxiliar o professor no desenvolvimento das
habilidades de organização da criança.
Através do consentimento dos pais do aluno colaborador, os pais do aluno com
TDAH poderão com ele se comunicar para checar as tarefas e trabalhos de casa.
Comportamento:
ENCAMINHAMENTO
Educação Adventista
TDAH 118 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO
DESINTEGRATIVO
02 DE ABRIL
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
A criança fala as primeiras palavras, brinca de faz de conta, interage com outras
pessoas, tem um desenvolvimento normal. Notando-se facilmente uma
regressão motora e intelectual. A criança que antes fazia coisas simples como tirar
uma meia, já não consegui mais.
CARACTERÍSTICAS
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 121 TRANSTORNO DESINTEGRATIVO
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Geralmente atinge as crianças com faixa etária superior aos 2 anos de idade e
sempre inferior aos 10 anos de idade, e na maioria das vezes atinge o sexo
masculino.
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
TRANSTORNO DESINTEGRATIVO 122 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO
ESPECÍFICO DA
LINGUAGEM
22 DE SETEMBRO
DATA DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos revelam que cerca de 7 em cada 100
crianças saudáveis apresentam algum grau de dificuldade de aquisição e de
desenvolvimento da linguagem (Leonard, 2000).
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 127 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA LINGUAGEM
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
Educação Adventista
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA LINGUAGEM 128 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
- Brincadeiras:
> faz-de-conta
> devaneio
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 129 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA LINGUAGEM
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
- Até três anos e meio a - Aos quatro surge o som - Entre quatro anos e meio e
criança já adquiriu, em /lh/, os encontros cinco anos há aquisição dos
posição inicial e final, os consonantais /pr/, /br/, /kr/, encontros consonantais
sons /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, /gr/, /gl/ em posição inicial /pr/, /br/, /gr/, /gl/ em
/g/, /f/, /v/, /s/, /z/, /x/, /j/, e /br/ e /vr/ em posição final. posição inicial e o /r/ e o
/l/, /r/, /m/, /n/. encontro consonantal /tr/
em posições iniciais.
- Sistema pronominal,
- Conjugação de várias pronomes possessivos, etc.
orações e uso do ‘e’ e ‘ai’ e - Estruturas mais complexas:
do ‘mas’ e ‘porque’. passivas, condicionais,
- Passivas simples. circunstanciais de tempo, etc.
- Avançam no entendimento
de perguntas que envolvam - Flexões verbais mais - Julgamento de correção.
os termos: quem?, o que?, elaboradas: presente,
onde? e quando?. pretérito perfeito, futuro
composto e passado. - Voz passiva e conexões
adverbiais completas.
- Uso de frases negativas,
relativas e interrogativas. - Afirmação, negação e
interrogação. - Compreendem historias
maiores e são capazes de
- Uso mais elaborado dos responder a perguntas
tempos verbais, como - Aumenta o domínio das simples sobre as mesmas.
particípio do passado e preposições.
futuro composto.
- Devem apresentar neste
- Aparição das formas de momento a fala fluente,
- Apresenta possibilidade tempo e espaço, nem utilizando frases com todos
de relatar fatos vivenciados. sempre adequadas. os elementos.
Educação Adventista
TRANSTORNO ESPECÍFICO DA LINGUAGEM 130 Associação Paulista do Vale
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
ENCAMINHAMENTOS
Disponível em:<http://www.atrasonafala.com.br/disturbio-especifico-de-linguagem.html>
Acesso em 27 de novembro de 2019
Disponível em:<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/disturbioespecifico-
de-linguagem/4118>
Acesso em 27 de novembro de 2019
Disponível em:<https://www.revistaeducacao.com.br/nova-tecnologia-para-a-fala/>
Acesso em 27 de novembro de 201
Disponível em:<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01038486200800030
0012>
Acesso em 27 de novembro de 2019
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 131 TRANSTORNO ESPECÍFICO DA LINGUAGEM
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
TRANSTORNO OPOSITIVO
DESAFIADOR – TOD
MAIO
MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO
O QUE É?
Até os quatro e cinco anos de vida, é comum que a criança tenha atitudes que
possam causar estranhamento aos pais por se expressarem de forma agressiva,
com choros profusos e sistematicamente agir “do contra” quando indagada ou
impedida de fazer o que quer ou de adquirir o que deseja.
A birra nada tem a ver com TOD, sendo somente um modo imaturo de expressar
sua frustração. Ela tende a se autolimitar com o passar do tempo e desaparecer
até os quatro anos de idade dependendo de como os pais lidam com isto.
Persistência ao longo da
Tempo e Fatores Autolimitado: reduz com
infância e adolescência;
Redutores o tempo eação dos pais
não reduz facilmente.
Problemas
Comuns e muito
de sono e Ausentes presente.
comportamento
CARACTERÍSTICAS
COMO LIDAR
ENCAMINHAMENTOS
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 137 TRANSTORNO OPOSITIVO DESAFIADOR - TOD
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
REFERÊNCIAS
https://www.sosescola.com/2017/05/atividades-imprimir-hipotese-escrita-pre-silabica-
pdf.html
https://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond
https://universoautista.com.br/
https://criancaespecial.com.br/
https://atividadesdaprofessorabel.blogspot.com.br
https://agesandstages.com/products-services/asq-online/
Acessado em 5 de janeiro de 2018.
https://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-modelos-de-avaliacao-adaptada-
para-alunos-com-necessidades-educativas-especiais/
Acessado em 09 de fevereiro de 2018.
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 141 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
Educação Adventista
Associação Paulista do Vale 143 REFERÊNCIAS
MANUAL PARA INCLUSÃO ESCOLAR
Educação Adventista
REFERÊNCIAS 144 Associação Paulista do Vale
Associação Paulista do Vale