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Educação Infantil
PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Felício Ramuth
Prefeito
1ª edição
Lucas Vieira
Redatores do Currículo Prefeitura de São José dos Campos
da Educação Infantil Professores de Educação Infantil
Adriana Cristina da Cunha e Silva da Rede de Ensino Municipal Agradecimentos
Andreia Cristina de Oliveira
Alessandra Fernandes Turci Projeto Gráfico e Editoração A todos os educadores da Rede de Ensino Municipal que contribuíram
Denise Escobar de Sousa Castaldi Anderson Goiembiesqui para a elaboração deste documento e, diariamente, dedicam-se para
Elisângela Aparecida Carvalho Siqueira fazê-lo cumprir o propósito de garantir o desenvolvimento integral
Graziela Fernandes Vargas Rocha dos estudantes de São José dos Campos.
Helena Xavier Pires
Juliane Menezes Alfenas
Kelly Karina Perez Bento
Leandra Gavina Margarita Correño Mardones
Mariana Rosangela dos Santos Silva
Maria Alice Barreto
Márcia Catarina Gomes dos Santos
Odaline Fátima Bortolani Monteiro
Pabila Renata Rodrigues Gomes dos Santos
Poliana Campos Ferracioli
Renata de Miranda Dias Oliveira Esta publicação poderá ser compartilhada, integral ou
parcialmente, para fins não comerciais desde que seja atribuído
Renata Maria de Souza crédito apropriadamente, indicando quais mudanças foram
feitas na obra. Direitos de imagem, de privacidade ou direitos
Rodrigo Luiz de Araujo
morais podem limitar o uso do material, pois necessitam de
Sheila Regina Camargo de Almeida Arantes autorizações para o uso pretendido.
Shirlei de Paula Perez Tirone A Secretaria de Educação e Cidadania de São José dos Campos
recorre a diversos meios para localizar os detentores de direitos
Tamira Paula Torres Martins de Souza autorais a fim de solicitar autorização para publicação de
Tatiane Policarpo de Sene conteúdo intelectual de terceiros, de forma a cumprir a legislação
vigente. Caso tenha ocorrido equívoco ou inadequação na
Vivian Maria Senne de Assis atribuição de autoria de alguma obra citada neste documento,
a SEC se compromete a publicar as devidas alterações tão logo
Viviane Leite de Castro Rodrigues seja possível.
O
sucesso de uma rede de ensino se constrói por meio da percepção de que mu-
danças, adequações e considerações são necessárias durante o percurso da prá-
tica educativa, sempre em busca da ética, da cidadania e de resultados positi-
vos. Sendo assim, a revisão de caminhos, a pesquisa constante pelo que é atual e a capacidade
de possibilitar a seus participantes a reestruturação são elementos indispensáveis à formação
de qualidade do estudante.
Levando em consideração a disposição constante de todos os envolvidos no propósito
de eficiência e transformação de vidas por meio da educação, temos a grande satisfação de
apresentar o novo Currículo da Rede de Ensino Municipal de São José dos Campos, conce-
bido a partir da construção coletiva de inúmeros profissionais da educação que atuaram na
adequação da Matriz Curricular do município à BNCC e ao Currículo Paulista.
Desde 2017, professores, orientadores, coordenadores e gestores se debruçaram em re-
flexões, estudos, seminários, palestras, assessorias, consultas e escutas em participação ativa
para a construção do Currículo. Nesse percurso, contamos também com a experiência de nos-
sos profissionais que participaram da redação do Currículo Paulista, base para a composição
deste documento.
O trabalho de excelência realizado buscou manter a clareza dos objetivos pedagógicos e
das metas educacionais a serem alcançadas. Nestas páginas, vocês encontrarão os princípios
da Rede de Ensino Municipal construídos e pautados nas diretrizes legais que fundamentam
os direitos de aprendizagem dos estudantes, considerando as singularidades das etapas e mo-
dalidades de ensino desde a Educação Infantil até a Educação de Jovens e Adultos.
Esperamos que este Currículo cumpra seu propósito e se torne um documento vivo,
presente ativamente na prática de sala de aula, e que os envolvidos possam refletir os conhe-
cimentos aqui descritos de forma positiva nos bairros, no município, no estado, no Brasil e no
mundo, afinal, a escola é agente transformador na constituição dos sujeitos, exercendo papel
fundamental na formação cidadã, o que contribui, desta forma, para o bom desenvolvimento
da sociedade.
Por fim, considerando a soma da construção coletiva que gerou este Currículo, da tra-
jetória de sucesso da Rede de Ensino Municipal de São José dos Campos, bem como da com-
petência e comprometimento de seu corpo docente, temos certeza de que nosso desejo de
atingir resultados de aprendizagem cada vez melhores será alcançado. Essa grandiosa missão
está em suas mãos, Profissional da Educação. A implementação de todo o trabalho que está
neste documento só será possível por meio da sua prática no cotidiano da sala de aula, sendo
fator decisivo na formação e construção de um futuro próspero para nossos estudantes.
Juntos somos mais fortes.
PARTE 1
Introdutório
O currículo é uma práxis antes que um objeto estático emanado
de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens ne-
cessárias das crianças e dos jovens, que tampouco se esgota na parte
explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. É uma prá-
tica, expressão da função socializadora e cultural que determinada
instituição tem, que reagrupa em torno dele uma série de subsistemas
ou práticas diversas, entre as quais se encontra a prática pedagógica
desenvolvida em instituições escolares que comumente chamamos en-
sino. (SACRISTÁN, 2000, p. 15-16).
12
1.1 A cidade de São a Presidente Dutra e Ayrton Senna e pelo tura arrojada, universidades, faculdades e a qual possibilita que a produção do cam-
aeroporto internacional Professor Urbano centros de formação de mão de obra quali- po chegue à mesa da população, sendo um
José dos Campos e
Ernesto Stumpf. A cidade está bem próxi- ficada. O território joseense possui 70% de importante entreposto do Vale do Paraíba;
a Rede de Ensino ma de praias, da região serrana do estado de zona rural, desta porcentagem, boa parte e o Parque Tecnológico (PqTec), criado em
Municipal São Paulo e de variados destinos turísticos está preservada. O distrito de São Francis- 2010, que abriga empresas de negócios,
do Vale do Paraíba. Pode ser considerado co Xavier, localizado na região norte de São centros empresariais, laboratórios multiu-
1.1.1 A cidade no contexto um município de destaque no país devido a José dos Campos, conta com uma Área de suários, escritórios de negócios e universi-
sua relevância econômica, visto que possui Proteção Ambiental (APA) que atrai inúme- dades. É um grande complexo de inovação e
São José dos Campos é considerado sede de importantes empresas em seu terri- ros turistas para a prática de ecoturismo e empreendedorismo do Vale do Paraíba.
o principal município da Região Metropo- tório, abrigando variados polos industriais, esportes de aventura. Também detém vista
litana do Vale do Paraíba, importante tec- Uma cidade que une cultura, tradição,
tecnológicos, educacionais, além de atrair panorâmica das cidades vizinhas, em meio
nopolo de material bélico, metalúrgico e tecnologia e busca o equilíbrio do desenvol-
também investimentos na área de hotelaria, a um relevo composto por morros, serras e
sede do maior complexo aeroespacial da vimento tecnológico e industrial com a na-
comércio e serviços. picos, entre os quais o Pico do Selado, que
América Latina. Localizado entre os estados tureza, mantendo, além de parte de sua área
se sobressai com 2.082 metros de altitude,
de São Paulo e Rio de Janeiro, próximo às O município é constituído por três rural preservada, diversos parques, praças
ponto culminante do município, proporcio-
encostas da Serra do Mar e da Mantiquei- distritos: São José dos Campos, Eugênio de nos bairros e ruas arborizadas. Preserva
nando uma bela vista do Vale do Paraíba e
ra, possui uma área territorial de 1.099,409 Melo e São Francisco Xavier. No núcleo ur- também a cultura local, influenciada pelos
do sul de Minas Gerais. O distrito de Eugê-
km2 e população estimada de 721.944 pes- bano, destaca-se a localização de institutos tradicionais tropeiros do Vale do Paraíba,
nio de Melo está localizado à beira da Rodo-
soas1. Está interligado aos estados e cida- federais de pesquisa científica, empresas e continua a receber bem os migrantes de
via Presidente Dutra. Dois destaques desse
des vizinhas por modernas rodovias como de tecnologia de ponta, prédios de arquite- todas as partes que atuam no crescimento
distrito são a Companhia de Entreposto e
local.
[1] IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades - São José dos Campos. Disponível em: Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP),
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sao-jose-dos-campos/panorama. Acesso em: 21 ago. 2020.
A
origem da cidade remete ao Brasil pelo jesuíta Padre Manuel de Leão, ocorre antes mesmo de se tornar freguesia. clima da cidade em busca da cura para en-
Colônia, final do século XVI, com o deslocamento desse aldeamento para a fermidades respiratórias, como a tubercu-
Transformada em vila em 27 de julho
a interiorização ocasionada pelos região mais alta e segura, na qual hoje se lo- lose pulmonar. Sete sanatórios foram cons-
de 1767, com o nome de São José do Paraí-
bandeirantes, os quais iniciaram o processo caliza a Igreja Matriz de São José dos Cam- truídos, o primeiro deles em 1924, chamado
ba, foram erguidos o pelourinho e a Câma-
de entradas e, com a presença dos jesuítas, pos, na região central. Núcleo este que deu Sanatório Vicentina Aranha, considerado o
ra Municipal, símbolos que caracterizavam
deram início às missões. Há registros dos origem à Aldeia de São José, hoje a cidade. maior do país na época.
a nova condição da região. A emancipação
primeiros núcleos no interior do município.
Em 1759, com a expulsão dos jesuítas política não trouxe grandes benefícios até Em 1935, com o auxílio do governo
Há evidências de que, da pulverização do Brasil, em função das medidas Pombali- meados do século XIX. Em 1864, a Vila foi federal e a transformação do município em
de um grande núcleo, em que hoje se loca- nas, e todas as posses da ordem confiscadas elevada à categoria de cidade e em 1871 re- estância climática e hidromineral, investiu-
liza Guarulhos, cidade que fica a aproxima- por Portugal, Luís Antônio de Souza Bote- cebeu a denominação de São José dos Cam- -se mais em infraestrutura, principalmente
damente 75 km de São José dos Campos, lho Mourão, conhecido como Morgado de pos. No entanto, o município passou a ter na área de saneamento básico, o que no fu-
originaram-se subnúcleos ou aldeamentos, Mateus, assumiu o governo de São Paulo, sinais de crescimento econômico, graças à turo viria a ser um fator com grande poten-
um dos quais administrado por jesuítas e com a incumbência de reerguer a capitania. expressiva produção de algodão, exportado cial para a atração de investimentos desti-
que deu início à Aldeia do Rio Comprido, Com o objetivo de aumentar a arrecadação para a indústria têxtil inglesa. nados ao desenvolvimento industrial. Entre
caracterizada como uma fazenda pecuaris- provincial, uma das primeiras providências 1935 e 1958, a cidade foi administrada por
São José dos Campos ganhou desta-
ta. tomadas foi elevar à categoria de vila diver- prefeitos sanitaristas, nomeados pelo go-
que nacional na chamada fase sanatorial,
sas aldeias, entre elas a Aldeia de São José, verno estadual.
No final do século XVII, comandado quando inúmeros doentes procuravam o
14 15
Com grande potencial para o desen- Percebe-se, por meio dos dados, que o Linha do tempo da Rede de Ensino Municipal
volvimento industrial, São José dos Cam- município vem progredindo ao longo de sua
pos conta com instituições nacionais de história e a educação contribui significativa-
considerável reconhecimento, como: o Ins- mente para o avanço dos índices. Legitima- 1961
tituto Tecnológico Aeroespacial (ITA) des- -se, assim, a importância dos profissionais Foram criadas as primeiras classes
sob a responsabilidade do município
de 1950; o Centro Técnico de Aeronáutica da Rede de Ensino Municipal (REM) de
(CTA), implantado em 1953 e que em 1969 São José dos Campos na continuidade do
se torna o Centro Técnico Aeroespacial, atu- trabalho com afinco, em prol de atingir os
almente denominado Departamento de Ci- objetivos para os quais se propõem, aper- 1974 1975 1977
Foi criada a primeira Foram criadas 09 escolas de Foi implantado o
ência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA)2; feiçoando-se constantemente. Com efeito,
escola de Educação Ensino Fundamental e 02 Plano de Educação
o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais a compreensão do funcionamento da edu- Infantil de Educação Infantil Infantil (PLANEDI)
(INPE), com surgimento no início de 1960. cação do município é aspecto importante
A cidade, nos anos 90 e início do século na prática de um currículo que proporcione
XXI, passa por um importante incremento a continuidade dos processos de ensino e
1984 1982 1980
no setor terciário, tornando-se um centro aprendizagem, resultando no engajamento Foram criadas Foram criadas 01 escola Foram criadas 03
regional de compras e serviços, com aten- dos sujeitos. 08 escolas de de Ensino Fundamental e escolas de Educação
dimento a aproximadamente 2 milhões de Educação Infantil 03 de Educação Infantil Infantil e 02 creches
16 br/2013/pt/perfil_m/sao-jose-dos-campos_sp. Acesso em: 21 ago. 2020. Fonte: INDICAÇÃO CME Nº. 01/00 – Aprovada em 21/12/2000.
17
Lei 6.103/02, de 03/06/2002.
Atualmente, a rede conta com 159 e documentos norteadores estaduais e fe- mático, Psicomotricidade e Ciência e Saúde. Matriz Curricular da rede que definisse um
unidades escolares, sendo que 112 são de derais, nas avaliações externas e nos dados Em 1985, o documento foi reestruturado, alinhamento dos processos de ensino em
Educação Infantil, atendendo a 31.760 es- de aproveitamento e aprendizagem dos alu- passando a ser composto também do Con- todas as unidades, bem como assegurasse a
tudantes. Das escolas da Educação Infan- nos, trabalhando constantemente com foco teúdo Programático a ser desenvolvido com progressão e aprofundamento do aprendi-
til, 46 atendem em período integral de 10 na melhoria da qualidade da educação que o objetivo de assegurar a aprendizagem das zado do estudante.
horas e as demais 66 atendem em período oferece a seus estudantes. crianças. Em 1990, iniciou-se uma nova re-
Nos anos de 2011 e 2012, contando
parcial de 5 horas. No Ensino Fundamen- estruturação no Plano Curricular, passando
com a parceria e consultoria da Organização
tal são 47 escolas, dessas, 43 atendem aos 1.1.3 Histórico da rede e dos a ser dividido em: Linguagem, Psicomotri-
das Nações Unidas para a Educação, a Ciên-
Anos Iniciais e Anos Finais e 04 atendem documentos curriculares cidade, Raciocínio Lógico, Ciências Natu-
cia e a Cultura (UNESCO), esse estudo foi
somente aos Anos Iniciais. Das escolas de de São José dos Campos rais e Ciências Sociais.
ampliado e passou a envolver os professores
Ensino Fundamental, 12 ofertam a jornada
A Rede de Ensino Municipal de São Com um Plano Curricular totalmente da rede. Encontros aconteciam em Horário
ampliada na modalidade ensino integral e
José dos Campos, até 2008, apoiava-se so- reestruturado, em 1992 se apresenta a pro- de Trabalho Coletivo (HTC), unindo Orien-
10, a modalidade de Educação de Jovens e
mente em documentos curriculares federais posta de trabalhar do Infantil I ao Infan- tadores de Ensino da Secretaria Municipal
Adultos, totalizando 37.809 estudantes ma-
e estaduais para definir seu ensino. Poste- til IV as disciplinas de Língua Portuguesa, de Educação e professores de cada compo-
triculados5.
riormente, Educação Infantil e Ensino Fun- Matemática, Educação Artística, Educação nente e etapa do Ensino Fundamental. Na
A Secretaria de Educação e Cidada- damental construíram documentos orien- Física, Estudos Sociais e Ciências Naturais. Educação Infantil, os professores foram
nia é o órgão responsável por gerir, defi- tadores próprios, sempre com o objetivo de divididos por eixos de conhecimento, por
No ano de 1998, iniciaram-se os estu-
nir metas e procedimentos que norteiam o assegurar conteúdos base aos alunos, ade- representatividade das Unidades Escolares.
dos acerca do Referencial Curricular Nacio-
trabalho desenvolvido na Rede de Ensino quando-os às especificidades regionais. Nesses encontros, foi construída a Matriz
nal elaborado pelo Ministério da Educação
Municipal, além de acompanhar e avaliar os Curricular da Rede de Ensino Municipal de
A Educação Infantil, até 1984, apoia- (MEC) para a Educação Infantil, que tinha
resultados. Sempre pautada em diretrizes São José dos Campos de forma coletiva e
va-se em um Plano Curricular, documento por objetivo alinhar ações e referências pe-
colaborativa.
norteador da prática pedagógica organizado dagógicas em todo território nacional, tra-
[5] Dados disponíveis em: http://censobasico.inep.
gov.br. Acesso em: 17 ago. 2020. em: Linguagens, Raciocínio Lógico-Mate- zendo reflexões sobre as faixas etárias de Com a homologação da Base Nacional
creche (0 a 3 anos) e pré-escola (4 a 6 anos), Comum Curricular (BNCC) em 20176, do-
documento que passa a ser fruto de investi- cumento de caráter normativo que define o
Para saber mais: mento da REM. conjunto de competências essenciais à Edu-
cação Básica, a Rede de Ensino Municipal
Em 2009, foi elaborada a Proposta
de São José dos Campos promoveu o “Fó-
Curricular para Berçários, a fim de qualifi-
rum de Educação – Currículo e Inovação”7,
car o atendimento às crianças de zero a três
anos, segmento creche, articulando cuida- [6] BRASIL. Base Nacional Comum Curricular
(BNCC). Educação é a Base. Brasília: MEC/CONSED/
dos e educação. Já o Ensino Fundamental UNDIME, 2018. Disponível em: http://basenacional-
utilizava até 2009 os Guias Curriculares comum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/
Lei de Diretrizes e Bases da Plano Nacional de Educação bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 27 ago. 2020.
Educação (LDBEN n.º 9.394/96) (PNE Lei n.º 13.005/2014) propostos para as disciplinas do núcleo co-
http://portal.mec.gov.br http://pne.mec.gov.br/ [7] A Prefeitura de São José dos Campos, em parce-
mum do ensino do 1º grau (1975) e os Parâ- ria com a Fundação Lemann, realizou entre os dias
metros Curriculares Nacionais de todas as 16 e 20 de outubro de 2017, o Fórum de Educação
“Currículo e Inovação”, com o objetivo de oferecer,
áreas, incluindo temas transversais (1997).
aos profissionais da área da educação e interessa-
dos, a oportunidade de aprimoramento de seus
No ano de 2010, a equipe técnica da conhecimentos e reflexão sobre a Base Nacional
Rede de Ensino Municipal iniciou um es- Comum Curricular e a Matriz Curricular da rede.
As atividades foram divididas em blocos em que
tudo dos guias e parâmetros utilizados até os palestrantes convidados discorreram sobre
então na Educação Infantil e no Ensino a BNCC, e comunicações orais com orientadores
Base Nacional Comum Curricular - Currículo Paulista (2019) Plano Municipal de Educação
BNCC (2017) www.escoladeformacao.sp.gov.br (Lei n.º 9298/2015) pedagógicos da REM para aprofundar o tema por
Fundamental, no intuito de construir uma área de conhecimento.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br www.sjc.sp.gov.br
18 19
a partir de uma versão ainda preliminar da 1.2 Princípios da Rede § 2º Na organização da proposta cur- Nessa concepção de currículo, as
BNCC, iniciando os estudos desse docu- ricular, deve-se assegurar o entendi- aprendizagens necessárias para a formação
de Ensino Municipal mento de currículo como experiências
mento. não são um fim em si mesmas, mas um meio
de São José dos escolares que se desdobram em torno
dialógico e socializador para uma constru-
do conhecimento, permeadas pelas
No início de 2018, de posse da Base
Campos relações sociais, articulando vivên-
ção que leva em conta as culturas dos envol-
Nacional Comum Curricular homologada,
cias e saberes dos estudantes com os vidos no processo de educação. Na mesma
os professores realizaram a análise desse O Currículo da Rede de Ensino Muni-
conhecimentos historicamente acu- perspectiva, Palanch (2016) defende que o
documento, tomando ciência de sua orga- cipal de São José dos Campos compreende
mulados e contribuindo para cons- currículo envolve saberes, conhecimentos
nização e fundamentos, bem como o estu- o estudante em sua integralidade, isto é, um truir as identidades dos educandos escolares e mobiliza relações entre agentes
do das competências gerais propostas. Em sujeito que se constitui a partir do desenvol- (BRASIL, 2013, p. 66). escolares, propiciando uma construção cul-
setembro deste mesmo ano, os professores vimento dos aspectos físico, afetivo, social
tural por meio de uma prática complexa e
participaram de um ciclo formativo, orga- e cognitivo. Considera as características da Conforme destacado nas Diretrizes
promovendo diversos pontos de vista e pro-
nizado pela Secretaria de Educação e Cida- criança, do adolescente, do jovem e do adul- Curriculares Nacionais, fica evidente um
dução de diferentes significados. Logo, o
dania, com pautas formativas voltadas ao to na organização dos tempos, dos espaços conceito de currículo que extrapola a tra-
currículo é um lugar em que tensões se apre-
estudo das versões preliminares do Currí- e dos materiais de cada etapa e modalidade dicional lista de conteúdos de um curso
sentam a partir da multiplicidade de pers-
culo Paulista, com o objetivo de contribuir de ensino, como a importância do brincar, escolar, tratando assim de uma construção
pectivas que emanam de relações sociais,
e participar de consulta pública proposta na a integração dos saberes do cotidiano e das humana em espaços sociais, em que as ex-
culturais, políticas e históricas, as quais se
construção do documento. experiências extraescolares com vistas ao periências e saberes dos educandos se rela-
materializam na prática educativa, regulam
desenvolvimento e aprendizagens do estu- cionam com o acúmulo de conhecimento da
No decorrer de 2019, os professores e emancipam os agentes envolvidos.
dante. humanidade, promovendo a reconstrução
dos diferentes componentes curriculares e
das identidades dos envolvidos na relação. O currículo também possui uma fun-
etapas do Ensino Fundamental formaram
grupos, organizados pelos Orientadores de 1.2.1 Concepção de Currículo O conceito de currículo se modificou
ção política e social, uma vez que busca pro-
Ensino da Secretaria de Educação e Cida- da Rede de Ensino historicamente ao longo dos séculos, bus-
mover a equidade e a qualidade, garantindo
dania, e iniciaram as discussões para a ade- Municipal cando atender às especificidades distintas
o direito dos estudantes à aprendizagem,
prevendo um conjunto de competências e
quação do novo Currículo da rede, conside- de cada local. Na concepção de Pacheco
As Diretrizes Curriculares Nacionais habilidades essenciais para a formação in-
rando as novas diretrizes legais vigentes. Na (2001), o currículo se constrói e se desen-
Gerais para a Educação Básica definem: tegral do sujeito e o exercício da cidadania.
Educação Infantil, o movimento formativo volve de modo interativo, a partir de um
envolveu todas as unidades escolares, abor- Art. 13. O currículo [...] configura-se projeto pensado para um contexto e socie-
Não podemos esquecer que o currícu-
dando as temáticas concepção de criança, como o conjunto de valores e práti- dade bem determinados. Nesse contexto, lo supõe a concretização dos fins so-
direito de aprendizagem e desenvolvimen- cas que proporcionam a produção, a interagem estruturas de ordem política, ciais e culturais, de socialização, que
socialização de significados no espa- social e cultural, que abarcam interesses e se atribui à educação escolarizada,
to, campos de experiência e o papel do pro-
ço social e contribuem intensamente ou de ajuda ao seu desenvolvimento,
fessor, tendo a participação dos professores responsabilidades. Nessa representação, a
para a construção de identidades so- de estímulo e cenário, o reflexo de um
por meio de consulta pública e grupos de perspectiva do currículo é pautada em um
cioculturais dos educandos. modelo educativo determinado, pelo
referência na escrita do Currículo. processo contínuo e passível de alterações
que necessariamente tem de ser um
§ 1º O currículo deve difundir os valo- pelos sujeitos. Pacheco (2001, p. 15) ressal- tema controvertido e ideológico, de
O documento que aqui se apresenta é
res fundamentais do interesse social, ta que: difícil concretização num modelo ou
resultado desse trabalho conjunto e integra-
dos direitos e deveres dos cidadãos, proposição simples. [...] Não devemos
do de todos os profissionais que atuam na do respeito ao bem comum e à ordem [...] o currículo é o centro da atividade esquecer que o currículo não é uma
educação da Rede de Ensino Municipal de democrática, considerando as condi- educacional e assume o papel norma- realidade abstrata à margem do sis-
São José dos Campos. ções de escolaridade dos estudantes tivo de exigências acadêmicas, mas tema educativo em que se desenvolve
em cada estabelecimento, a orienta- não deve estar totalmente previsível e para o qual se planeja. (SACRIS-
ção para o trabalho, a promoção de e calculado. TÁN, 2000, p. 15)
práticas educativas formais e não-
-formais.
20 21
Nesse sentido, o currículo é vivo, mul- Partindo da concepção política e social Assumir a concepção de Educação 1.2.3 Conceito de equidade
tifacetado, plural e integrador, pois é cons- do Currículo, a Rede de Ensino Municipal Integral como proposta formativa deste
A Rede de Ensino Municipal de São
tituído por diferentes dimensões, agentes e de São José dos Campos se apropria de três Currículo também pressupõe a constitui-
José dos Campos possui como um de seus
demandas da sociedade e de seus tempos. conceitos norteadores: Conceito de Educa- ção de políticas públicas e práticas educa-
princípios a equidade, que reconhece e res-
Além disso, constitui-se num documento ção Integral, Conceito de equidade, Concei- tivas inclusivas e emancipatórias pautadas
peita as diferentes características física, in-
norteador e orientador fundamental à prá- to de qualidade. Tais conceitos constituem nos quatro princípios da Educação Integral:
telectual e social do estudante e intervém,
tica pedagógica, já que possibilita uma for- os princípios que devem sustentar toda a equidade, contemporaneidade, inclusão
oportunizando e fortalecendo, independen-
ma concreta de se olhar para o processo de ação educativa, desde as diretrizes definidas e sustentabilidade propostos por Weffort,
te da realidade socioeconômica, cultural,
ensino e de aprendizagem. O currículo não pela Secretaria de Educação e Cidadania até Andrade e Costa (2019).
étnico-racial e geográfica, o direito à apren-
oferece todas as respostas à dinâmica edu- o processo de ensino e de aprendizagem do
dizagem.
cativa, mas aponta caminhos, conceitos, estudante. Equidade ao reconhecer o direito de
procedimentos, valores, orientando a toma- todos de aprender e acessar oportu- O município de São José dos Campos
da de decisões sobre o processo que se dá 1.2.2 Conceito de Educação nidades educativas, diferenciadas e possui dimensões territoriais significativas
nas escolhas do professor ao planejar, de- Integral diversificadas. e, desde o início da sua história, apresenta
senvolver e avaliar sua prática pedagógica. um fluxo migratório e imigratório expressi-
O Currículo da Rede de Ensino Muni- Inclusiva por reconhecer a singula-
Assim: vo em razão das suas diferentes atividades
ridade dos sujeitos, suas múltiplas
cipal de São José dos Campos considera a
identidades e a pertinência de um econômicas. Todo esse contexto contribui
O professor transforma o conteúdo do Educação Integral como princípio formati-
projeto educativo para todos. para marcar a diversidade e as diferenças
currículo de acordo com suas próprias vo, que promove a formação do estudante
concepções epistemológicas e tam-
sociais, econômicas e culturais que consti-
nas dimensões física, intelectual, afetiva, Contemporânea por dialogar com
bém o elabora em conhecimento “pe- tuem as diferentes identidades do estudan-
cultural e social, visando a sua participação as demandas do século XXI, buscan-
dagogicamente elaborado” de algum do formar um sujeito crítico, autôno-
te da rede.
de forma autônoma e crítica consigo mesmo
tipo e nível de formalização enquanto mo e responsável consigo e com o
a formação estritamente pedagógica e com o mundo, exercendo o protagonismo. Considerando o princípio da equida-
mundo.
lhe faça organizar e acondicionar os de, não basta reconhecer as diferentes iden-
A Educação Integral como proposta
conteúdos da matéria, adequando-os Sustentável no sentido de se com- tidades do estudante, é necessário também
para os alunos. (SACRISTÁN, 2000,
formativa não está apenas relacionada ao
prometer com processos educativos considerar suas características, potências,
p. 185) tempo ampliado, uma vez que o tempo a contextualizados, sustentáveis no limites e necessidades, ou seja, sua singu-
mais na escola não necessariamente qua- tempo e espaço, em busca da inte- laridade, para que se possa garantir a igual-
Dentro desta perspectiva, a Rede de lifica a formação do estudante. Ela pressu- gração entre o que se aprende e o
dade educacional, oportunizando o ingres-
Ensino Municipal de São José dos Campos põe que a formação humana é um processo que se pratica.
so, a permanência e o direito de aprender de
compreende o currículo não como um do- multifacetado, complexo, e que o desenvol-
cada um deles.
cumento acabado, mas em constante pro- vimento e as aprendizagens são infinitos, Sustentada nestes princípios, deu-se a
cesso de construção, que explicita e valida pois acontecem o tempo todo ao longo de adequação do Currículo da Rede Municipal Nesse sentido, o currículo é um docu-
os conhecimentos que serão importantes na toda a vida, em todos os espaços, envolven- e, a partir deles, acontecerá a implemen- mento importante para o município, esco-
formação de cada cidadão. Assim, o currícu- do todas as dimensões do ser humano. Nes- tação deste documento. Priorizou-se um la e professores, que vem auxiliar de forma
lo também tem como propósito assegurar a se sentido, pensar um currículo a partir do conjunto de habilidades que os contemplas- eficiente na superação das desigualdades
aprendizagem e o desenvolvimento integral reconhecimento do estudante em todas as se sem deixar de lado as características de sociais, na promoção da equidade e da qua-
de cada estudante da rede, considerando dimensões é fundamental para que, de fato, cada indivíduo e território, tornando-se um lidade, assim como no direito às aprendiza-
seus interesses, necessidades e expectati- possa se desenvolver uma educação para a documento base e norteador que permite ao gens essenciais previstas pela Base Nacional
vas, de modo a desenvolver-se e apropriar- vida, em que o foco é o uso dos conhecimen- professor a constante adequação, conside- Comum Curricular a todos os estudantes
-se de conhecimentos, valores e atitudes tos e não apenas o acúmulo deles, conver- rando as necessidades de cada um dos estu- brasileiros.
que são necessários às demandas da vida gindo com o preconizado pela Base Nacio- dantes e suas comunidades.
contemporânea. nal Comum Curricular (BNCC).
22 23
1.2.4 Conceito de qualidade aferição da qualidade.
Educacionais
É proteger e escutar
Primeira infância, inocência e criança, para o novo despertar.
Vamos nos inspirar
Deixa a mente viajar
E o corpo se conectar
Com a história em nossas mãos...
26 27
2.1 Por uma educação potencial se concretize. As Diretrizes Curri- • Transições definindo estraté-
culares Nacionais para a Educação Infantil gias adequadas aos diferentes mo-
infantil com (DCNEI), por exemplo, propõem uma visão mentos de transição vividos pela
qualidade sistêmica para a garantia do bem-estar da criança (casa/instituição, interior
criança, de sua família e dos profissionais da instituição e pré-escola/ensino
A Educação Infantil, como primeira
envolvidos no âmbito escolar e ressaltam fundamental) para a continuidade
etapa da Educação Básica, é o início e o fun-
que as instituições devem cumprir suas fun- de seus processos de aprendiza-
damento do processo educacional. A partir
ções quanto à: gens.
da entrada da criança na instituição de Edu-
cação Infantil, firma-se a primeira situação • Função social: acolher, para cui- • Instâncias colegiadas (Con-
estruturada de socialização fora do vínculo dar e educar, compartilhando e en- selho de Escola e Associação de
familiar e por essa razão é de suma impor- volvendo as famílias nos processos Amigos da Escola) dialogando,
tância compreender que a escola e a família de formação da criança pequena colaborando e cooperando entre
precisam construir uma relação de parceria em sua integralidade. os diferentes setores, conselhos e
e valorizar o educar e o cuidar como indis- serviços.
• Função política: contribuir para
sociáveis ao processo educativo.
que, desde pequena, a criança usu- • Promoção da saúde, bem-es-
[...] as creches e pré-escolas, ao aco- frua de seus direitos sociais e polí- tar e nutrição exigindo relação
lher as vivências e os conhecimentos ticos, tendo em vista a sua forma- de cooperação e corresponsabili-
construídos pelas crianças no am- ção e cidadania. dade de todos os setores envolvidos
biente da família e no contexto de sua com o desenvolvimento integral da
• Função pedagógica: ser um lu-
comunidade, e articulá-los em suas criança, condições estas indispen-
propostas pedagógicas, têm o obje- gar privilegiado de convivência
sáveis ao desenvolvimento infantil.
tivo de ampliar o universo de expe- entre a criança e os adultos; de
riências, conhecimentos, habilidades ampliação de saberes e conheci- A Educação Infantil de São José dos
dessas crianças, diversificando e con- mentos de diferentes naturezas e Campos acredita que uma educação com
solidando novas aprendizagens [...]. linguagens. qualidade garante igualdade com equida-
(BRASIL, 2017, p. 34) de de oportunidades a todas as crianças e
Os Parâmetros Nacionais de Qualida-
pressupõe o engajamento da criança, da fa-
Ao longo das últimas décadas, a etapa de na Educação Infantil (2018), por outro
mília e do professor nos processos de apren-
da Educação Infantil vem se transforman- lado, enfatizam um conjunto de princípios
dizagem, desenvolvimento e ensino, tendo
do e se legitimando como etapa educacional primordiais para a garantia dos processos
como princípio um processo de ensino e Foto: EMEI “Prof.ª Idelena Menezes Trefílio Carvalho”
que tem potencial de oferecer contribuição de aprendizagem e desenvolvimento nesta
aprendizagem holístico9. A Rede de Ensino
efetiva às aprendizagens e ao desenvol- etapa da Educação Básica:
Municipal valoriza o professor como ator
vimento das crianças. As instituições de
• Planejamento e avaliação chave, o qual atua como parceiro, media-
Educação Infantil passaram a ser compre-
constantes das práticas desenvol- dor e criador de estratégias que apoiem as
endidas como espaço de escuta, interação,
vidas nas instituições de Educação aprendizagens da criança.
cuidado e educação da criança, responsá-
Infantil e indispensáveis para os
veis por potencializar e ampliar seu univer-
avanços da criança.
so de experiências, conhecimento de mun-
[9] Holístico: A palavra holismo tem origem na ex-
do e apoiar suas aprendizagens. • Projeto Político Pedagógico pressão grega holos, que significa todo/ totalidade;
explicitando as concepções e prá- desta forma, a Educação Holística tem a preocupa-
Há documentos que indicam e qua- ção com a formação do cidadão protagonista em
ticas potencializadoras das apren- questões sociais e ambientais no seu entorno. A
lificam quais as características que preci- Educação Holística, ao defender a formação plena
dizagens da criança, fortalecendo
sam ser consideradas no cotidiano e nos do indivíduo em sua relação com o todo que o cer-
a identidade da Educação Infantil. ca, traz um currículo preocupado em romper com
contextos de aprendizagem para que esse a visão de ensino fragmentado.
28 29
2.2 Nossos propósitos • Compreende que a família é a ram a triangulação dos valores da inclusão,
primeira educadora da criança e da diversidade e da sustentabilidade; da
A Rede de Ensino Municipal (REM) compartilha com as Instituições, aprendizagem e do ensino holístico, como
de São José dos Campos desenhou seu Cur- de forma engajada, as estratégias promotores do desenvolvimento integral
rículo baseado nas Diretrizes Curriculares que apoiam suas aprendizagens e e do engajamento de toda Comunidade de
Nacionais para a Educação Infantil, na Base desenvolvimento, em relações mú- Aprendizagem, envolvendo a participação
Nacional Comum Curricular e no Currículo tuas de respeito, responsividade e ativa de todos.
Paulista. Nesse contexto, nosso Currículo aprendizagens.
compartilha e reafirma os princípios e va- Nossos princípios e valores educacio-
• Valoriza o professor como ator nais estão fundamentados nos princípios
lores tratados nesses documentos e, a partir
chave na organização de um coti- indicados pelas Diretrizes Curriculares
deles, organiza um conjunto de propósitos Nacionais para a Educação Infantil (BRA-
diano promotor de direitos, apren-
que explicitam nosso compromisso com SIL, 2010, p. 16)
dizagens e desenvolvimento da
uma Instituição de Educação Infantil que • Éticos: da autonomia, da responsabi-
criança, organizando, intencional-
garante um cotidiano que seja promotor lidade, da solidariedade e do respeito
mente, práticas pedagógicas que ao bem comum, ao meio ambiente e às
dos direitos, das aprendizagens e do desen-
valorizem seus interesses, ideias, diferentes culturas, identidades e singu-
volvimento de todas as crianças. laridades.
necessidades e seu ritmo de desen-
Nossos propósitos nos comprometem volvimento, atuando como apren- • Políticos: dos direitos de cidadania, do
com uma visão de Rede de Ensino que: diz, parceiro, mediador e criador exercício da criticidade e do respeito à
ordem democrática.
de estratégias que apoiem suas
• Compreende e se relaciona com a • Estéticos: da sensibilidade, da criativida-
aprendizagens sempre em parceria
criança como um sujeito de di- de, da ludicidade e da liberdade de ex-
com a comunidade escolar e de seu pressão nas diferentes manifestações
reitos, pleno de potencial, de ini-
entorno. artísticas e culturais.
Foto: NEI “Prof.ª Silvia Helena de Sousa”
ciativa, curioso por conhecer o
mundo, as pessoas, por conhecer • Pauta-se nos princípios da equi- Esses princípios e valores permeiam
a si mesmo, como competente e dade, da aprendizagem e desenvol- todo o cotidiano escolar das nossas insti-
A criança, centro do planejamento protagonista de suas aprendiza- vimento, do ensino holístico e do tuições de Educação Infantil, permitindo à
curricular, é sujeito histórico e de direitos gens. Sendo assim, a criança busca engajamento das crianças, famílias criança viver a vida de maneira mais huma-
que se desenvolve nas interações, rela- e professores como fundamento
ções e práticas cotidianas a ela disponibi-
compreender o mundo, as relações nizada, tendo relações com qualidade e res-
lizadas e por ela estabelecidas com adul- e a si mesma, construindo sentido para uma educação de qualidade, peito, cuidando do seu entorno, das pessoas
tos e crianças de diferentes idades nos e se transformando em cada inte- promovendo práticas educativas e da natureza, promovendo a cultura de paz
grupos e contextos culturais nos quais se inclusivas, que respeitam a diversi-
insere. (BRASIL, 2019, p. 18).
ração com outras pessoas e obje- e de valorização da vida.
tos; é “um ser de pensamentos e dade e promovem a sustentabilida-
de em um contexto de participação Esses são fundamentos essenciais
ideias, de condições físicas, cog-
ativa de todos os membros da Co- para a promoção de uma educação que va-
nitivas, psicológicas e intelectuais
munidade de Aprendizagem. loriza e valida a criança como ser único e
diferentes dos adultos, mas não
integral.
de impotência no exercício social”
(Muzel, 2016, p. 39); é um sujeito 2.3 Nossos princípios
2.3.1 Equidade na Educação
competente, que brinca, interage,
e valores Infantil
imagina, explora, observa, constrói
conhecimentos e experiências a educacionais
A Base Nacional Comum Curricular
partir de sua participação ativa em Para garantir uma Educação Infan- traz o compromisso de reduzir as desigual-
seu desenvolvimento integral. til de qualidade, é importante considerar dades educacionais por meio da promoção
os princípios da equidade, que conside- da equidade e qualidade das aprendizagens.
30 31
Esse compromisso também foi afirmado na A igualdade oferece oportunida- Como promover práticas com prin- pelo valor formativo que possuem em
Constituição Federal de 1988, igualdade de des idênticas para todos, mas não há uma cípio de equidade10: relação à solidariedade, ao respeito e à
valorização da diversidade.
condições em relação às demais crianças preocupação com as necessidades que cada • Ampliar as possibilidades de aprendiza-
para o acesso, permanência e pleno apro- indivíduo apresenta. Na Educação Infantil do, da compreensão de si, do outro e de Os princípios de equidade, evidencia-
mundo a partir da valorização das dife-
veitamento das oportunidades de aprendi- da REM de São José dos Campos, trabalha- dos nessas práticas, afirmam os valores que
rentes culturas.
zagem propiciadas. mos com o conceito da igualdade de opor- • Construir atitudes de respeito e solida- sustentam a nossa prática pedagógica: prá-
tunidades numa visão mais ampliada, o da riedade, fortalecendo a autoestima e os ticas educacionais inclusivas, que respeitam
A Educação Infantil da REM de São vínculos afetivos de todas as crianças,
equidade, que age com justiça e sensibili- a diversidade e promovem a sustentabilida-
José dos Campos acredita que para a pro- combatendo preconceitos que incidem
dade, observando as necessidades de cada sobre as diferentes formas dos seres de.
moção de uma educação com qualidade é
um para que tenham, sim, a igualdade de humanos se constituírem como pesso-
necessário oferecer igualdade de oportuni- as.
oportunidades que atendam às suas expec- 2.3.1.1 Práticas educacionais
dades a todas as crianças, independente- • Ampliar as possibilidades da criança de
tativas, às suas demandas de natureza par- inclusivas: caminhos para
mente de suas origens, diferenças ou diver- cuidar e ser cuidada, de se expressar,
ticular, permitindo que todos possam viver de conviver e brincar em grupo, de ser incluir a todos
sidades, garantindo que todas tenham seu
plenamente. solidária e respeitar todas as formas de
lugar como sujeito potente, cidadão ativo e vida, de valorizar e cuidar dos seres vi-
Ao afirmamos que toda criança é
que suas aprendizagens sejam asseguradas, Para garantirmos uma prática pe- vos e da preservação dos recursos na- potente e tem o direito de aprender, assu-
validando a sua singularidade. Por esse mo- turais. mimos o compromisso de promover uma
dagógica de qualidade, fundamentada na
• Criar contextos que permitam às crian- educação inclusiva, que pressupõe que to-
tivo, ao pensarmos em igualdade de opor- equidade, reconhecemos a diversidade,
ças a expressão de sentimentos, ideias,
tunidades, trazemos sempre em primeiro trazendo oportunidades adequadas para o questionamentos, comprometidos com das as crianças possam ter experiências de
lugar o princípio da equidade. desenvolvimento e aprendizagem de cada a busca do bem-estar coletivo e indivi- aprendizagem de acordo com suas poten-
dual, com a preocupação com o outro e cialidades, sem discriminação e com base
criança.
com a coletividade.
na igualdade de oportunidades dentro do
#PromoteHealthEquity • Garantir uma experiência bem-sucedida
de aprendizagem a todas as crianças, princípio da equidade, independentemente
sem discriminação. de suas condições socioeconômicas, físicas,
• Agir com ética em relação às diferenças intelectuais, de gênero, étnico-raciais, de
e à diversidade, valorizando a capacida-
idade, religiosas, por nascer ou pertencer a
de de cada criança sem recriminá-la ou
fazer juízo de valor. outro território (país, estado, cidade, bair-
• Valorizar o ato criador e a construção ro, comunidades, entre outros).
pelas crianças de respostas singulares,
garantindo-lhes a participação em diver- O termo inclusão era comumente
sificadas experiências. utilizado na educação especial, mas ganhou
• Organizar um cotidiano de situações
uma nova significação em decorrência do
agradáveis, estimulantes, que desafiem
o que cada criança e seu grupo de crian- aprofundamento nos debates e reflexões
ças já sabem, sem ameaçar sua autoes- sobre a dimensão humana e a diversidade,
tima nem promover competitividade.
trazendo um novo cenário e a necessidade
• Possibilitar à criança apropriar-se de di-
de a escola ser espaço privilegiado para que
ferentes linguagens e saberes que circu-
lam em nossa sociedade, selecionados todos, com ou sem deficiência, possam so-
cializar, construir conhecimentos, compar-
[10] Texto adaptado de OLIVEIRA, Z. de M. R. de. tilhar saberes, respeitar e valorizar as dife-
O Currículo na Educação Infantil: O que propõem
renças, cada um à sua maneira. Implica um
as Novas Diretrizes Nacionais? In: SEMINÁRIO NA-
CIONAL: Currículo em movimento – Perspectivas conceito mais amplo, na construção de uma
atuais, 1, nov. 2010. Belo Horizonte. Anais eletrô-
escola de todos e onde todos aprendem;
nicos. Belo Horizonte: 2010, p. 7 e 8. Disponível
em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro- esse é o caminho apontado para uma edu-
Fonte: Robert Wood Johnson Foundation, Visualizing Health Equity: One Size Does Not Fit All Infographic (2017) -2010-pdf/7154-2-2-artigo-mec-acao-pedagogica- cação inclusiva.
-bebe. Acesso em: 14 set. 2019.
32 33
A educação inclusiva pode ser entendi- namentos de respeito e de valorização da gularidade, sem recriminá-la, rotulá-la
da como uma concepção de ensino contem- nossa diversidade. ou fazer juízo de valor.
porânea, que tem como objetivo garantir o • Oferecer objetos e materiais diversifica-
Ações importantes para promover dos às crianças que contemplem as par-
direito de todos à educação. Ela pressupõe o ticularidades dos bebês e das crianças
práticas inclusivas11
reconhecimento da diferença como um va- maiores, as condições específicas das
• Observar e registrar as manifestações crianças com deficiência, transtornos
lor e o direito de cada um ser como é, con-
das crianças nas relações durante o seu globais do desenvolvimento e altas ha-
templando, assim, a vasta gama de diferen- cotidiano escolar. bilidades/superdotação, e as diversida-
ças étnicas, sociais, culturais, intelectuais, • Utilizar dos instrumentos de observa- des sociais, culturais, étnico-raciais e
físicas, sensoriais e de gênero inerentes aos ção para a tomada de decisões de for- linguísticas das crianças, famílias e co-
ma responsável no planejamento, res- munidade regional.
seres humanos. Implica a transformação da
peitando a singularidade, o ritmo e a
cultura, das práticas e das políticas vigentes necessidade de cada criança. Diante das ações referidas, vale res-
na instituição, de modo a garantir o acesso, saltar que, de acordo com Blanco (2004, p.
• Assegurar para todas as crianças con-
a participação e a aprendizagem de todos, dições para que se sintam confortáveis 293):
sem exceção (MENDES, 2016). durante a sua jornada na instituição.
• Organizar propostas, materiais, tempos [...] Responder à diversidade signifi-
Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Barboza Pedroza” É fundamental que o professor evi- e espaços adequados à criança, a fim de ca romper com o esquema tradicio-
dencie — por meio de seus olhares, falas, que elimine qualquer tipo de barreira nal em que todas as crianças fazem
gestos — a potência infantil, pois as crianças que a impeça de acessar o conhecimen- a mesma coisa, na mesma hora, da
to e de se relacionar com o outro e com
precisam se sentir reconhecidas, levando mesma forma e com os mesmos ma-
o ambiente em que está inserida.
em consideração até mesmo suas pequenas teriais.
• Abolir todos os procedimentos que
conquistas, quando a criança sente que ela não reconheçam a atividade criadora e
é aceita do seu jeito próprio que é, que pode o protagonismo da criança pequena e 2.3.1.2 Práticas educacionais que
que promovem atividades mecânicas e respeitam a diversidade:
agir segundo seu próprio ritmo de desenvol-
não significativas para as crianças.
vimento, passa a ter confiança em si mesma reconhecimento e
• Oferecer oportunidade para que a valorização das diferenças
e é incentivada a avançar (FALKI, 2010). criança, no processo de elaborar senti- em um mundo plural
dos pessoais, se aproprie de elementos
Para superarmos então as desigualda- significativos de sua cultura, não como Assim como o Brasil possui uma di-
des, é necessário reconhecer as diferenças e verdades absolutas, mas como elabora-
versidade cultural, São José dos Campos
acolhê-las, entendendo toda criança como ções dinâmicas e provisórias.
também é uma cidade plural, com famílias
única, capaz e competente, estabelecendo • Criar condições para que as crianças
participem de diversas formas de agru- oriundas de diferentes regiões, com cultu-
com ela relações de vínculos genuínos que pamento (grupos de mesma idade e ras diversas, crenças, religiosidades pró-
nos permitem conhecer profundamente grupos de diferentes idades), formados prias e cada uma com sua história de vida.
seus gostos, seus gestos, suas curiosidades, com base em critérios estritamente pe-
dagógicos, respeitando o desenvolvi- E é essa diversidade que traz a identidade
Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Barboza Pedroza” suas necessidades, estabelecendo uma rela- mento físico, social e linguístico de cada da nossa cidade, do nosso povo, e a criança
ção recíproca e de qualidade, promotora de criança. e sua família, ao adentrar na escola, trazem
condições de equiparação de oportunidades • Agir com ética, respeitando o jeito pró- toda essa experiência de vida.
e de práticas inclusivas. prio da criança se envolver com o mun-
do, seu ritmo para aprender e sua sin- Falar de equidade na diversidade im-
A Educação Infantil de São José dos plica tomarmos uma postura sensível à ri-
[11] Texto adaptado de OLIVEIRA, Z. de M. R. de.
Campos tem papel importante na consti- O Currículo na Educação Infantil: O que propõem queza cultural e histórica de cada família,
tuição de uma sociedade livre e plural, com as Novas Diretrizes Nacionais? In: SEMINÁRIO NA-
CIONAL: Currículo em movimento – Perspectivas suas formas de ser e se envolver com o mun-
espaços e propostas em que as práticas do atuais, 1, nov. 2010. Belo Horizonte. Anais eletrô- do, aproveitando e valorizando essa sabedo-
respeito às diferenças são vivenciadas pelas nicos. Belo Horizonte: 2010. Disponível em: http://
portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/ ria no cotidiano da Instituição de Educação
crianças no cotidiano, favorecendo relacio- 7154-2-2-artigo-mec-acao-pedagogica-bebe. Aces- Infantil.
so em: 14 set. 2019.
34 35
• A identificação da diversidade cultu- de uma visão de mundo pautada no respei-
ral das famílias e da comunidade, suas to a todas as formas de vida, numa relação
crenças e manifestações, para o enri-
quecimento das experiências com a empreendedora na resolução de problemas,
criança, dentro e fora da instituição. pensando no bem-estar coletivo e numa
• A valorização da diversidade das cultu- cultura de paz.
ras das diferentes crianças e de suas
famílias, por meio de brinquedos, livros, Desta forma, nossas Instituições de
imagens e narrativas que promovam a
Educação Infantil tornam-se espaços pri-
construção, por elas, de uma relação
positiva com seus grupos de pertenci- vilegiados para a sustentabilidade na pers-
mento. pectiva da valorização da vida. É no cotidia-
• A apropriação, pela criança, das contri- no que nossas crianças vão desenvolvendo
buições histórico-culturais dos povos os valores do cuidado com o outro, com o
indígenas, afrodescendentes, asiáticos,
europeus e de outros países da Améri- ambiente e com a vida. Ao garantirmos o
ca. acolhimento, o cuidado, o respeito, a escu-
• O combate ao racismo e às discrimina- ta e a criação de vínculo, nossas crianças
ções de gênero, socioeconômicas, étni- vão vivendo dentro de uma cultura de paz
co-raciais e religiosas.
e solidariedade, em que as relações positi-
• O acesso da criança a espaços culturais
diversificados e a práticas culturais da vas com o outro tornam-se um grande valor
comunidade, tais como apresentações para todos. Práticas de cuidar do entorno,
Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Barboza Pedroza” musicais, teatrais, fotográficas e plásti- das plantas, dos animais do jardim, o res-
cas; visitas a bibliotecas, brinquedote-
Ao vivenciar, na Instituição de Educa- cas, museus, monumentos, equipamen- peito e o encantamento com a natureza, o
tos públicos, parques, jardins. cuidado consigo e com o outro promovem
ção Infantil, práticas que valorizam os sabe-
res da criança e da comunidade, articulan- • A atenção cuidadosa e exigente às pos- relações sustentáveis no aspecto afetivo e
síveis formas de violação da dignidade social, transformando não só as crianças,
do-os com o patrimônio cultural, é possível da criança.
à criança construir uma imagem positiva de mas todos os envolvidos nesse processo.
si, afirmando sua própria história, sua sin- 2.3.1.3 Práticas educacionais Foto: NEI “Bairro dos Freitas”
gularidade e atribuir novos sentidos à sua
que promovem a Algumas ações que podem contri-
sustentabilidade:
experiência, produzindo cultura. buir para atitudes sustentáveis de
caminhos para a
valorização da vida valorização da vida:
Para que possamos efetivar ações • Brincar na areia, participar de piqueni- • Participar de ações de cuidado com o
de valorização da diversidade nas Nossas crianças, desde muito cedo, ques à sombra das árvores, pendurar- meio ambiente, como a reciclagem, se-
Instituições de Educação Infantil, entram em contato com o meio ambiente, -se nelas, encantar-se com o canto dos parando o lixo orgânico do reciclável;
com as diferentes formas de vida, com as pássaros ou com a beleza das flores, to- reutilizando os materiais para a elabo-
devemos organizar as propostas, mar banho de chuva, cultivar uma horta, ração de brinquedos; dando novos des-
espaços e materiais que assegu- múltiplas maneiras de lidar e cuidar do seu criar uma escultura a partir de um galho tinos ao seu uso e reduzindo o consu-
rem12: entorno, com as interações e relações recí- e descobrir como a vida se desenvolve. mo.
procas com o seu grupo social. Por esse mo- • Ser acolhido e ver sua família sendo • Explorar diferentes materiais da nature-
• A garantia de espaços e tempos para acolhida nos momentos de entrada, saí- za e artesanais.
participação; o diálogo e a escuta coti- tivo, valorizamos, nas práticas da Educação
da e no cotidiano escolar. • Selecionar e utilizar materiais susten-
diana das famílias; o respeito e a valo- Infantil, as ações sustentáveis. Essas ações
rização das diferentes formas em que • Observar a ação do adulto e participar táveis para a organização dos espaços,
trazem um conceito muito mais ampliado de ações de uso consciente dos mate- construção de materiais, elaboração de
elas se organizam.
de sustentabilidade, para além da dimen- riais, como apagar a luz ao sair do am- murais, decoração para eventos e de-
são ambiental, validando a relação positiva biente, fechar a torneira após o uso, mais propostas do cotidiano.
[12] Texto adaptado de BRASIL. Ministério da Edu- utilizar papéis de forma consciente, co- • Participar de pesquisas, de conversas
cação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes entre o ser humano com a natureza e com locar alimentos no prato de forma mo- sobre a alimentação saudável, tornando
curriculares nacionais para a educação infantil. ele mesmo, contribuindo para a construção derada, entre outras ações.
Brasília: MEC/SEB, BRASIL (2010), p. 89-94. um hábito de vida.
36 37
• Participar de ações que promovam a si mesmo como um ser singular, reconhe- As evidências científicas nos mostram O Currículo Paulista considera a
cultura de paz em situações do cotidia- ce-se também no outro, constituindo-se na que os processos de desenvolvimento e Educação Integral como a base da
no envolvendo afeto e respeito, relações formação dos estudantes do Esta-
estáveis; nos momentos de cuidado, ser sua subjetividade e na coletividade. Neste aprendizagem infantil ocorrem a partir das
do, independente da rede de ensino
acolhido, ajudar o colega, brincar com sentido, podemos afirmar que a educação experiências vividas, sempre em contexto
diferentes crianças em diferentes locais. que frequentam e da jornada que
holística na REM tem como premissa pro- de relação, em um primeiro momento com cumprem. Dessa maneira, afirma o
• Pensar em ações para a resolução de pósitos, valores e princípios que fomentam seus pais ou responsáveis, estendendo-se
problemas surgidos no seu entorno, compromisso com o desenvolvimen-
pensando no bem-estar de todos, como humanização, que (re)conecta com o eu, o para as interações com outros adultos que to dos estudantes em suas dimensões
campanhas contra o mosquito trans- outro, o nós e o planeta, especialmente com compartilham de seu cuidado e educação. intelectual, física, socioemocional e
missor da dengue, cuidados no trânsito, a natureza. cultural, elencando as competências
limpeza do ambiente escolar, das pra- As crianças experienciam e apren- e as habilidades essenciais para sua
ças, ruas e do entorno, cuidado dos ani-
Falar da primeira infância é falar so- dem no mundo através dos relaciona- atuação na sociedade contemporânea
mais de rua, entre outras.
bre um período crucial da vida de qualquer mentos socioafetivos, e estes, por sua e seus cenários complexos, multiface-
tados e incertos. (SÃO PAULO, 2019,
2.3.2 Aprendizagem e ensino sujeito. Pesquisas da neurociência compro- vez, influenciam todos os aspectos do
desenvolvimento infantil. Além dis- p. 28)
holístico vam que, nesse período da vida das crianças,
so, ela também se beneficia de suas
elas têm enorme potencial para aprender. O
próprias ações em relação às pessoas Para que o pleno potencial de desen-
[...] a BNCC afirma, de maneira ex- desenvolvimento cerebral, base fundamen-
com que convive e aos objetos que uti- volvimento da criança seja atingido, é im-
plícita, o seu compromisso com a tal para as aprendizagens ao longo de toda liza em seu cotidiano e nas brincadei-
educação integral. Reconhece, portante considerar uma abordagem holís-
a vida, inicia-se ainda na gestação e segue ras. (SANTOS, D. D.; PORTO, J. A.;
assim, que a Educação Básica deve tica para o ensino e para a aprendizagem na
evoluindo após o nascimento, a partir das LERNER, R., 2014, p. 5)
visar à formação e ao desenvolvi- primeira infância, reconhecendo a criança
mento humano global, o que implica experiências vivenciadas. Quanto mais po-
como ser integral. Nesse contexto, alguns
compreender a complexidade e a não sitivas, plurais e permeadas de afeto e sen-
âmbitos de desenvolvimento para a faixa
linearidade desse desenvolvimento, tido forem as experiências que a criança
etária do 0 aos 5 anos e 11 meses se tornam
rompendo com visões reducionistas vive nesse momento de sua vida, mais serão
que privilegiam ou a dimensão inte- essenciais, são eles:
potencializadoras de seu pleno desenvolvi-
lectual (cognitiva) ou a dimensão afe-
mento. • Afetivos/socioemocionais –
tiva. Significa, ainda, assumir uma
visão plural, singular e integral da
que se dão por meio dos vínculos e
A aprendizagem holística potenciali-
criança, do adolescente, do jovem e do interações.
za e vem ao encontro do modo como bebê
adulto — considerando-os como sujei-
e criança aprendem, envolvendo todos os • Físicos – que garantem o conhe-
tos de aprendizagem — e promover
seus sentidos, rompendo com a fragmenta- cimento do próprio corpo e do
uma educação voltada ao seu acolhi-
mento, reconhecimento e desenvolvi- ção do saber. aprimoramento da consciência
mento pleno, nas suas singularidades corporal.
São muitas as aprendizagens e as con-
e diversidades. (BRASIL, 2017, p. 14)
quistas que a criança tem em seus primeiros • Cognitivos – que estão intima-
O Currículo da Rede de Ensino Muni- anos de vida, sendo este um período mar- mente ligados à linguagem e à co-
cipal de São José dos Campos, em harmonia cado pelo potencial de desenvolvimento de municação.
com a BNCC e Currículo Paulista, apresenta muitas habilidades que são a base para a
• Sensoriais – que se apresentam
a abordagem da Educação Integral como um sua formação. Nos três primeiros anos de
por meio das experimentações.
princípio, e, na etapa da Educação Infantil, vida, o cérebro da criança chega a alcançar
o faz numa perspectiva holística. Assim, 80% do tamanho do cérebro de um adulto Desse modo, para que esses âmbitos
com essa escolha, priorizamos a formação e muitas das habilidades mentais que irá sejam efetivados no cotidiano, o professor
integral de cada bebê ou criança, respeitan- desenvolver ao longo de toda sua vida são tem papel fundamental, pois é ele quem ar-
Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Barboza
do a unidade, a singularidade, a totalidade formadas nesse período. Pedroza” ticula, amplia, equilibra as competências e
de cada um. Desse modo, ao reconhecer a
38 39
os contextos de aprendizagem da criança, 2.3.3 Engajamento das 2.3.3.1 Criança engajada
visando à garantia da qualidade. crianças, famílias A criança é sujeito inteiro, pleno de
e professores e a potencialidades, curiosidades, saberes, de-
[...] A qualidade da relação que o edu- participação ativa sejos e interesses que se revelam na forma
cador é capaz de estabelecer com a nos processos de holística com que ela descobre o mundo a
criança influencia a qualidade do de-
aprendizagem, sua volta, traduzindo-se no encantamento
senvolvimento da criança. Como re-
fere Portugal (1998, p. 178), “a creche
desenvolvimento e de suas manifestações, em suas capacidades
poderá fazer com que a criança seja ensino criadoras e no exercício do seu protagonis-
mais assertiva e socialmente mais mo frente às condições que lhe são oportu-
interativa, mas as consequências de- A boa relação entre as famílias e/ou
responsáveis e as instituições de Edu-
nizadas. Assim, o engajamento da criança,
pendem da qualidade e consistência
cação Infantil é essencial para poten- no cotidiano das Instituições de Educação
dos cuidados substitutos fornecidos
à criança”. Neste sentido, as relações cializar a aprendizagem e o desen- Infantil, revela-se nas ações e reações que
estabelecidas com a criança deverão volvimento das crianças, bem como ela manifesta por meio de iniciativas e co-
ser relações autênticas e de confiança, a prática do diálogo e o comparti- nexões que estabelece com o outro e com o
que vão ao encontro do ser humano lhamento de responsabilidades. (SÃO Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Barboza Pedroza”
meio, pois exprimem o quanto está automo-
que ali existe. [...] (DIAS, I. S.; COR- PAULO, 2019, p. 68)
tivada e envolvida durante as vivências que
REIA, S.; MARCELINO, 2013, p. 15)
Compreendemos os processos de de- lhe são disponibilizadas no contexto em que
senvolvimento, aprendizagem e ensino nas está inserida.
O professor, ao planejar — consi-
derando a criança como competente para Instituições de Educação Infantil como pro-
cessos que implicam o engajamento e o pro- 2.3.3.2 Família engajada
aprender, plena de potencial e de iniciativa
pessoal—, modifica seu fazer a partir do que tagonismo compartilhado, em que a tríade A família engajada participa ativa-
acompanha, documenta e de como propõe “família, criança e professor” responsabili- mente da vida escolar de seus filhos e con-
os contextos de aprendizagens, inspirando, zam-se pelas conquistas e sucessos em fa- tribui efetivamente para que a criança se
assim, novos contextos e narrativas. Quan- vor da aprendizagem e desenvolvimento da sinta segura e protagonista de sua apren-
do o professor acredita e empodera a crian- criança, numa relação de interdependência dizagem. Quando famílias e professores
ça como sujeito central de seu processo de na qual cada um exerce um papel intrans- constroem vínculos de respeito e confiança
aprendizagem e desenvolvimento, permite ferível. e apoiam-se mutuamente na organização de
que ela adquira o controle de suas aprendiza- contextos de aprendizagens, criam possibi-
gens, produza cultura e amplie seu universo CRIANÇA lidades para que as experiências e aprendi-
de experiências, conhecimentos e habilida- zagens tenham sentido e significado para as
des. Além disso, ele amplia oportunidades crianças.
para que a criança desenvolva valores como
As Instituições de Educação Infantil
a paz, a solidariedade, a sustentabilidade,
podem potencializar o engajamento das fa- Foto: EMEI “Prof.ª Ângela de Castro Fernandes Lopes”
a inclusão, a equidade, dentre outros que Participação ativa
nos processos de mílias a partir de ações, como:
podemos ver implícitos e explícitos nas dez
competências gerais da BNCC, lembrando aprendizagem, • Acolhimento às diferentes formas
desenvolvimento
que, na Educação Infantil, suas dez compe- de organização familiar.
e ensino
tências se consubstanciam nos seis direitos • Respeito às opiniões e aspirações
de aprendizagem e desenvolvimento. da família.
FAMÍLIA • Escuta ativa e empática.
PROFESSOR
• Reuniões coletivas.
40 41
• Atendimentos individualizados. “O papel do professor centraliza-se
na provocação de oportunidades de
• Eventos diversos.
descobertas, através de uma espécie
• Participação nos conselhos de es- de facilitação alerta e inspirada e de
cola e associação de amigos da es- estimulação do diálogo, de ação con-
cola. junta e da co-construção do conhe-
cimento pela criança.” (EDWARDS;
• Propostas em parcerias com a fa- GANDINI; FORMAN, 2016, p. 153)
mília para que compartilhe a cul-
tura de infância: brincar, jogar, ou- É importante que o professor este-
vir e contar histórias, recitar uma ja disponível e sensível às demandas que
poesia, pintar, desenhar, modelar, a criança traz e como traz, a fim de apoiar,
plantar e colher, pesquisar e desco- promover, guiar e ajudar a criança a desco-
brir, dentre outras possibilidades brir respostas sobre o mundo que a cerca e
junto à criança. também a fazer perguntas. Nesse sentido, o
professor revela seu engajamento quando:
2.3.3.3 Professor engajado
• Apresenta-se como referência à
O professor engajado em potenciali- criança.
zar a aprendizagem e desenvolvimento das
• Estabelece vínculo estável e seguro
crianças cria condições necessárias para
com a criança.
que avancem em seu processo de aprendi-
zagem por meio de uma abordagem de en- • Antecipa situações significativas
sino que dialogue com suas iniciativas, que de aprendizagem.
provoque, instigue, encoraje e aguce seus • Organiza, previamente, contextos
interesses e curiosidades; permitindo o en- de aprendizagem que fomentam as
cantamento das tentativas, das hipóteses, iniciativas da criança.
dos erros, dos acertos, das descobertas, das
• Imprime sua intencionalidade pe-
confirmações que perpassam seu processo
dagógica nas situações cotidianas.
de aprendizagem e desenvolvimento.
• Observa, escuta e considera as ini-
ciativas da criança.
• Cria condições oportunas para que
a criança amplie e aprofunde suas
experiências.
• Age de modo disponível e respon-
sivo junto à criança.
• Apresenta disposição às mudan-
ças.
• Aproveita também as situações
improváveis, inesperadas, mas
que despertam a ação e reação da
criança.
Princípios e
tia destes, a partir de reflexões e ações pau-
• Princípio dos direitos de aprendizagem
e desenvolvimento. tadas em nossos propósitos — uma imagem
de criança rica e plena de potencial, prota-
• Princípio do protagonismo.
Fundamentos
gonista de sua aprendizagem, que apren-
• Princípio da singularidade.
de por meio das diferentes linguagens, em
• Princípio da potencialidade. contextos reais de interações, brincadeiras,
Pedagógicos
• Princípio da relação. investigações e promotores de experiências
com sentido e significado.
• Princípio da unidade.
PARTE 4
Princípios e
Fundamentos
de uma
Comunidade de
Aprendizagem
60 61
EQUIPE GESTORA 4.1 Criação e de educar, pois respeita os saberes de todos
os envolvidos, valoriza as culturas plurais,
convivência em
dialoga com a diversidade das famílias e
uma Comunidade de da comunidade. Essa parceria comparti-
Aprendizagem lha a responsabilidade com a formação da
PARCEIROS criança, traz segurança e amplia as possi-
COMUNITÁRIOS PROFESSOR A educação das crianças nessa faixa bilidades de êxito nos momentos de toma-
etária é uma tarefa tão difícil e com-
da de decisão. As ações da Comunidade de
plexa. As enormes responsabilidades
Aprendizagem podem fortalecer as relações
dessa tarefa não podem ser supe-
radas isoladamente pela família ou entre seus membros, garantindo os direi-
pela escola. (EDWARDS, et al., 2016, tos de aprendizagem e desenvolvimento da
p. 129) criança, por meio de diferentes contextos de
interação e diálogo.
Família, comunidade e Instituição de
Educação Infantil são responsáveis pelo de- Contextos de interação e diálogo
senvolvimento integral da criança de zero a promotores de uma Comunidade
cinco anos e onze meses. Frente a essa cor- de Aprendizagem:
CRIANÇA responsabilidade, justifica-se a busca por
Encontro com as famílias - professor,
práticas que, de fato, estreitam as relações profissionais e famílias se reúnem para
e o acompanhamento partilhado do desen- uma explanação dialógica sobre os acon-
volvimento da criança, favorecendo a cons- tecimentos do grupo, propostas realiza-
das, apresentações dos trabalhos, avalia-
trução de uma relação fundamentada em ções de experiências educacionais.
ações colaborativas e integradas. Atuar de Encontros temáticos - são iniciadas pe-
FAMÍLIA PROFISSIONAIS forma colaborativa, promovendo as apren- las famílias, professores, equipe gestora
Fonte: Esquema elaborado pelas Orientadoras de Ensino da Educação Infantil da REM (2020). dizagens e o desenvolvimento pleno da ou profissionais e estão abertos a todos
aqueles que estão conectados com a Ins-
criança, implica mapear as potencialidades, tituição de Educação Infantil e que se in-
necessidades e problemas da Instituição de teressam pela discussão ou ampliação do
Educação Infantil, bem como seus poten- conhecimento sobre um assunto especí-
É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. fico.
ciais e possíveis parceiros por meio do es-
Provérbio africano Encontros em grupos pequenos - profes-
tabelecimento de práticas de aprendizagem
sor, profissionais e um pequeno grupo de
dialógica, aberta a novas ideias e disposta famílias se reúnem para melhor atender
a unir forças na transformação do seu pro- às necessidades das famílias ou das crian-
A Comunidade de Aprendizagem constitui-se na par- ças.
cesso pedagógico. Nesse sentido, uma Co-
ticipação conjunta, em que todos ensinam e aprendem — criança, munidade de Aprendizagem promove forte Conversas individuais - solicitadas pela
família, professor, equipe gestora, demais profissionais da Insti- família ou sugerida pela equipe gestora,
interação e comunicação entre criança, pro- professores ou profissionais para tratar
tuição de Educação Infantil e parceiros comunitários — em prol fessor, família, equipe gestora, profissionais de questões particulares relacionadas a
da aprendizagem e desenvolvimento integral da criança. da Instituição de Educação Infantil e par- uma família ou criança.
ceiros comunitários, cria-se sentimento de Encontros com participação das crian-
ças - nesses encontros, as crianças são
pertença, desenvolve-se senso de solidarie-
protagonistas e narram para as famílias
dade e de participação social. as aprendizagens e as experiências viven-
ciadas.
Estreitar vínculos com a família en-
Encontro com especialistas - esses en-
volvendo todos os atores da Comunidade de contros assumem a forma de uma pales-
Aprendizagem implica uma nova maneira tra ou mesa de discussão e podem envol-
62 63
ver muitas instituições. Eles são pensados do na Educação Infantil, a Comunidade de que a circunda, que ela demonstra sua capa- criança, seus interesses, hábitos e neces-
para ampliar o conhecimento de todos Aprendizagem refere-se à união de diferen- cidade para compreender o mundo em que sidades. Desta forma, o diálogo empáti-
acerca de problemas ou questões de inte-
resse comum. tes atores em prol de um objetivo comum vive e as relações que presencia. Por meio co entre família e Instituição de Educação
Sessões de trabalho - são oportunidades que é o desenvolvimento integral da crian- das brincadeiras, ela explicita sua cultura, Infantil fortalece vínculos de confiança e
de contribuir de maneira concreta para a ça de 0 a 5 anos e onze meses. Fazem parte seus anseios e desejos. estabelece uma relação de parceria. A coo-
melhoria da instituição. desta comunidade: criança, família, profes- peração, a troca de experiências e conheci-
A primeira infância deve ser vista
Oficinas - encontros em que as famílias, sor, equipe gestora, demais profissionais da mentos contribuem para pensar em estra-
crianças e profissionais da Instituição de como um período intenso e precioso de po-
instituição e parceiros comunitários. A se- tégias que potencializem a aprendizagem e
Educação Infantil confeccionam brinque- tencial humano, com o qual toda a comu-
dos ou materiais com forte potencial edu- guir, evidenciamos o papel de cada um nes- desenvolvimento da criança.
nidade deve estar comprometida, auxilian-
cacional. sa comunidade.
do a educação da criança. O propósito da
Eventos - são propostas em que a criança,
a família, os profissionais da Instituição de Educação Infantil é contribuir com o desen-
Educação Infantil e, por vezes, alguns par- 4.2.1 A criança como aprendiz volvimento integral de cada criança e isso
ceiros, reúnem-se e interagem em práti- depende, não somente dos profissionais
cas que valorizam a cultura da infância, as Todas as crianças buscam realizar
manifestações artísticas e do patrimônio sua identidade e se fazerem ouvidas
da Instituição de Educação Infantil, mas
histórico cultural. dentro daquele contexto específico. também do estabelecimento de parceria
Outras possibilidades de encontros - O seu contexto específico é a fonte de de excelência entre toda a Comunidade de
passeios, piqueniques, utilização de espa- sua individualidade; é nele que elas Aprendizagem.
ços de cultura, esporte e lazer do entorno se expressam por meio do diálogo e
e da cidade com parceiros comunitários. Propiciar interações positivas com
da interação com o grupo, chamando
Encontro com famílias de crianças re- adultos próximos para servir de par- diferentes pares e adultos, em diferentes
cém-matriculadas - de modo a garantir ceiros, recursos e guias. (EDWARDS, contextos, contribui para que a criança pos-
que seja um processo de acolhimento, de
2016, p. 155-156) sa atribuir sentidos e significados coletivos
construção de vínculos estáveis e segu-
ros, para a criança e para a família. para o mundo, constituindo-se como sujeito
Foto: CEDIN “Prof.ª Maria Aparecida Segolin de
produtor de cultura. Compreender seus mo- Rezende”
Algumas propostas apresentadas an- dos de aprender, de se relacionar, de partici-
teriormente são adaptações das sugestões par, é fundamental para envolver a criança A família promove ações que for-
do livro “As cem linguagens da criança” de forma ativa, como elemento imprescin- talecem a Comunidade de Apren-
(EDWARDS et al., 2016, p. 132-135) e outras dível na Comunidade de Aprendizagem. dizagem quando:
propostas são realizadas pelas Instituições
• Acompanha a criança durante o período
de Educação Infantil do nosso município.
4.2.2 O papel da família de adaptação, respeitando seu tempo e
É importante ressaltar que o investimen- seu ritmo.
to para consolidar uma Comunidade de As relações cooperativas e colabo- • Alinha estratégias com os profissionais
Aprendizagem precisa ser contínuo e requer rativas entre gestores, profissionais da instituição quando há necessidade
diversidade de estratégias, que atendam aos e famílias, de maneira sensível, res- específica da criança.
interesses, necessidades e aspirações dos peitosa e de comunicação recíproca, • Compartilha o cuidado da criança com
diferentes atores envolvidos. contribui com as crianças, reforça os profissionais, mantendo-os informa-
seu sentimento de pertencimento, sua dos sobre aspectos importantes de seu
Foto: EMEI “Prof.ª Zeli de Toledo Dias” desenvolvimento.
segurança e consequentemente sua
4.2 Os diferentes atores Cada criança é única e se caracteriza
aprendizagem e desenvolvimento. • Participa da elaboração, execução e
(BRASIL, 2018, p. 55)
de uma Comunidade pelo modo de sentir e pensar o mundo de
avaliação do Projeto Político Pedagógico
da instituição; bem como de reuniões,
de Aprendizagem um jeito muito próprio. É por meio das in- A família exerce importante papel na encontros, eventos e documentação em
terações que estabelece, desde bebê, com as que sejam evidenciados o cuidar, edu-
Comunidade de Aprendizagem, uma vez
Na perspectiva do trabalho realiza- car e as brincadeiras em contextos de
pessoas que lhe são próximas e com o meio que é ela quem mais conhece a história da interação e investigação.
64 65
• Envolve-se nos programas institucionais • Relaciona-se com a família de forma res- A articulação e diálogo da equipe ges- práticas cotidianas que asseguram à criança
e com os projetos específicos da turma, peitosa, por meio de um diálogo aberto tora com a criança, a família, os profissio- ações de cuidado e educação.
compartilhando saberes e experiências, e empático para melhor atender às ne-
ampliando aspectos culturais e sociais, cessidades da criança. nais da Instituição de Educação Infantil e
enriquecendo as experiências cotidia- os parceiros da comunidade se pautam em
nas da criança. • Compartilha com a equipe gestora, pro-
fissionais que atuam junto à criança e mecanismos legais e institucionais, conside-
parceiros comunitários, as caracterís- rando a participação de todos nas decisões
4.2.3 O papel do professor ticas e necessidades das crianças e de que têm impacto no coletivo, na elaboração
suas famílias, assim como seus conhe-
No exercício de sua prática pedagó- cimentos e pesquisas de práticas peda- e execução do Projeto Político Pedagógico,
gica, o professor se comunica com todos os gógicas coerentes com as concepções nas avaliações das ações da instituição e na
membros da Comunidade de Aprendiza- e diretrizes que orientam o trabalho na mediação dos conflitos presentes nas rela-
Educação Infantil.
gem, em diferentes situações e com diferen- ções interpessoais.
tes propósitos; sendo assim, desempenha
papel fundamental para o êxito das ações 4.2.4 O papel da equipe A equipe gestora promove ações
em prol da criança. gestora que fortalecem a Comunidade de
Foto: EMEI “José Madureira Lebrão”
Aprendizagem quando:
A gestão democrática da proposta
curricular deve contar na sua elabo- • Encaminha suas ações, considerando as
premissas da Cultura de Paz. Os profissionais da instituição de
ração, acompanhamento e avaliação
Educação Infantil exercem papel
tendo em vista o Projeto Político Peda- • Estabelece relações a partir do acolhi-
gógico da unidade educacional, com a mento e de uma escuta empática, que ativo na Comunidade de Aprendi-
participação coletiva de professoras e reconhece a importância do bem co- zagem quando:
professores, demais profissionais da mum em detrimento de interesses indi-
viduais. • Compreendem “a importância de suas
instituição, famílias, comunidade e ações em favor da criança, zelando e
das crianças, sempre que possível e à • Valoriza o diálogo, a cooperação e o res- contribuindo efetivamente com a quali-
sua maneira. (BRASIL, 2010, p. 86) peito às diferenças, compreendendo a dade do atendimento prestado” (Currí-
diversidade como um aspecto positivo culo Paulista, 2019, p. 55-56).
e necessário.
• Consideram a singularidade da criança.
• Realiza encaminhamentos que contri-
Foto: NEI “Prof.ª Silvia Helena de Sousa” buam para garantia da aprendizagem • Conhecem as especificidades da faixa
e desenvolvimento da criança, assim etária atendida.
como para a melhoria da qualidade da
O professor promove ações que • Constroem vínculos seguros e estáveis.
Educação Infantil.
fortalecem a Comunidade de
• Estabelecem relação empática com as
Aprendizagem quando: famílias, respeitando suas diferentes
4.2.5 O papel dos profissionais constituições e hábitos.
• Age de modo atento e consciente aos
da Instituição de • Envolvem-se nas formações oferecidas
interesses que surgem da criança, cor-
relacionando-os aos objetivos de apren- Educação Infantil pela Instituição de Educação Infantil e
dizagem e desenvolvimento, conferindo pela Secretaria de Educação e Cidada-
sentido pedagógico às suas próprias in- Os profissionais que atuam direta- nia, fortalecendo o compromisso com
Foto: EMEI “Prof.ª Ana Lúcia de Castro Micheleto”
tervenções. mente com a criança e aqueles com os quais as práticas cotidianas coerentes com a
concepção pedagógica.
• Estabelece vínculo seguro e estável com No exercício da gestão democrática ela interage ao longo do cotidiano — respon-
a criança, apoiando suas aprendizagens na Instituição de Educação Infantil, a equi- sáveis pela limpeza, pela alimentação, pela • Mantém relação de parceria com os
e desenvolvimento de maneira saudá- professores e equipe gestora, qualifi-
pe gestora se articula por meio de diferentes segurança, pela secretaria — fazem parte da
vel, atuando de forma complementar à cando o trabalho junto à criança.
família. estratégias e se envolve com todos os atores Comunidade de Aprendizagem. Esses pro-
• Participam da elaboração, execução e
que fazem parte da Comunidade de Apren- fissionais se constituem como educadores
• Compartilha com a criança a gestão do avaliação do Projeto Político Pedagógi-
planejamento e as ações do cotidiano. dizagem, nas ações individuais e coletivas dentro da Instituição de Educação Infan- co.
da Instituição de Educação Infantil. til, uma vez que são corresponsáveis pelas
66 67
4.2.6 O papel dos parceiros como o Conselho de Escola, ampliando A prática intersetorial cria uma voz
sua participação em processos de refle-
comunitários xão, planejamento e de ação na Institui-
mais unificada e poderosa para ga-
rantir que os direitos e necessidades
ção de Educação Infantil.
Os parceiros comunitários são todos das crianças de 0 a 5 anos sejam aten-
aqueles que estão próximos, no entorno da • Maior valorização dos espaços públi- didos, com o envolvimento de parce-
cos de uma comunidade possibilitando rias familiares, sociais e comunitá-
Instituição de Educação Infantil, — forman-
à criança momentos de experiências rias. Essa prática convida aqueles
do o que chamamos de território educati- compartilhadas entre si, com os profis-
que trabalham em diferentes tipos de
vo — sendo potenciais colabores que estão sionais e com as famílias, em diferentes
ambientes intencionalmente organiza- serviços a engajar-se em discussões, a
dentro e fora da escola. refletir e a definir a qualidade de ser-
dos para que a criança explore, interaja
e brinque. viço de acordo com valores, missão,
visão, capacidade, natureza e cultura
• O diálogo com os serviços destinados à
próprias, contribuindo para que cada
infância, promovendo ações interseto-
riais, que ampliam e qualificam as estra- profissional possa aprender sobre
tégias para a identificação, acolhimen- esses aspectos, a fim de trabalhar no
to, atendimento, notificação, cuidados sentido de apoiar as famílias e pro-
e proteção da criança em situação de porcionar uma transição e comuni-
violência, bem como para a orientação cação cotidianas, quando crianças e
às famílias, independente de raça/etnia,
suas famílias utilizam esses diferentes
sexo, diversidade cultural, religiosa e
orientação sexual. serviços. (BRASIL, 2018, p. 58)
Foto: EMEI “Prof.ª Zilda Costa de Oliveira”
• Igualdade de tratamento às pessoas Como fruto desse projeto em nos-
com deficiências, dentre outras pecu-
liaridades, primando pela integração na sa rede, os membros da Comunidade de
Ambientes ricos em natureza, incluin-
Rede de Proteção e Cuidados Infanto-ju- Aprendizagem sabem da importância da
do as escolas com pátios e áreas ver- venis. observação, do cuidado e da intervenção
des, as praças e parques e os espaços
livres e abertos para o brincar, que precoce atuando:
A criança que acessa o serviço de
ajudam na promoção da saúde física
saúde é a mesma que acessa a creche ou a • Em parceria com o CRAS – Centro
e mental para o e no desenvolvimen-
pré-escola. Desse modo, o projeto “O cui- de Referência de Assistência So-
to de habilidades cognitivas, sociais,
motoras e emocionais. [...] Os territó- dado com a Primeira Infância” é uma cial, próximo à Unidade Escolar.
rios educativos são, portanto, cons- prática intersetorial consolidada em nosso
• Preenchendo o formulário SINAN
tituídos por comunidades formadas município, que nasceu da parceria entre a
— Sistema de Informação de Agra-
por atores que estão dentro e fora da Secretaria de Educação e Cidadania (SEC)
vos de Notificação;
escola. (BARROS, 2018, p. 19 e 31) e a Secretaria de Saúde (SS), visando à sen-
sibilização, capacitação e responsabilização • Comunicando os seguintes órgãos:
Fazer arranjos e combinados territo- Unidade Básica de Saúde (UBS),
dos profissionais da área de Educação In-
riais é uma maneira de ampliar o raio de Centro de Referência Especializa-
fantil e Saúde para o reconhecimento das
ação, movimento e aprendizado da criança, do de Assistência Social (CREAS),
vulnerabilidades e dos sinais de alerta e
fortalecendo a constituição e convivência da Conselho Tutelar e Vigilância Epi-
“sintomas” de violência contra a criança na
Comunidade de Aprendizagem. demiológica.
primeira infância e, a partir dessa premissa,
desencadear ações para desenvolvimento
Uma Comunidade de Aprendiza-
integral, cuidados em saúde e proteção so-
gem que envolve seus parceiros
cial da criança.
comunitários garante:
70 71
5.1 Uma abordagem Tais campos apoiam o planejamento ações dentro da Instituição de Educação In- volvimento, que são construídas a partir das
de contextos de aprendizagem organizados fantil. A proposta dessa organização deve experiências.
curricular por
em torno de interações, brincadeiras e in- romper com a ideia de um planejamento por
campos de vestigações que favoreçam as possibilidades área de conhecimento, reconhecendo que o
Vejamos um exemplo:
experiências de a criança se expressar, explorar, relacio- saber é construído de forma integrada. Campo de experiências “O eu, o outro e o nós”
tural e cultural, acerca das relações e, nesse Perceber que suas ações têm
desenvolvimento processo, construir sua identidade. aprendizagem e Bebês efeitos nas outras crianças e nos
adultos.
Os campos de experiências devem desenvolvimento Demonstrar atitudes de cuidado
Por meio de suas experiências, a Crianças
ser trabalhados de forma integrada, nos e solidariedade na interação com
criança tem a oportunidade de construir co- Os objetivos de aprendizagem e de- bem pequenas
crianças e adultos.
diferentes contextos de aprendizagem, in- nhecimentos importantes para sua apren- senvolvimento são noções, procedimentos, Demonstrar empatia pelos ou-
tencionalmente planejados, com vistas às dizagem e seu desenvolvimento, sendo valores, atitudes e afetos que precisam ser tros, percebendo que as pessoas
Crianças
experiências e aprendizagens potenciais a têm diferentes sentimentos, ne-
respeitada na especificidade de seu jeito de garantidos na Educação Infantil, fase esta pequenas
cessidades e maneiras de pen-
serem vividas e construídas pela criança. agir, pensar e sentir. Para isso, é imprescin- em que o ritmo de desenvolvimento da sar e agir.
Para cada campo de experiências, é indica- dível que ela possa participar de contextos criança se dá de forma singular, o que justi- Fonte: BRASIL (2017, p. 43).14
do um conjunto de objetivos de aprendiza- de interação com adultos, outras crianças e fica a importância de pensarmos em perío-
gem e desenvolvimento que compreende as Para que o professor planeje contex-
ambientes, de forma a investigar, confron- dos e não em faixas etárias para essa etapa.
noções, procedimentos, valores, atitudes e tos de aprendizagem, considerando a am-
tar e reorganizar ideias que irão suscitar o Desse modo, os objetivos de aprendizagem
afetos a serem aprendidos e desenvolvidos pliação e o aprofundamento dos conheci-
conhecimento. e desenvolvimento encontram-se sequen-
ao longo da Educação Infantil. mentos da criança, é importante que:
cialmente organizados para cada campo de
O foco não está no conteúdo, e sim • Observe primeiramente a criança
experiências, em três grupos etários, respei-
A experiência é individual e marcante, em situações do cotidiano, próximas às prá- no cotidiano;
o centro do processo educativo deve es-
tando as especificidades por período, rela-
ticas sociais que são significativas. A partir
tar no fazer e agir das crianças, a partir de cionados às possibilidades de aprendizagem • Analise como a cultura, a ciência, a
contextos que a instiguem a dar significa- dessas situações, as vivências são transfor-
e aos marcos do desenvolvimento infantil. arte e a tecnologia podem ampliar
dos às próprias experiências. madas em experiências, que se entrelaçam
as vivências e as experiências da
aos saberes da criança e aos conhecimentos Os objetivos de aprendizagem e de-
criança, contribuindo para apren-
sistematizados e geram aprendizagem e de- senvolvimento estão divididos da seguinte
5.2 Campos de senvolvimento. maneira:
dizagens que promovam o seu de-
senvolvimento integral;
experiências Não se trata de uma pedagogia não
• Bebês (zero a 1 ano e 6 meses).
• Organize o planejamento, consi-
A Base Nacional Comum Curricular diretiva, que supõe que o que as crian- • Crianças bem pequenas (1 ano e 7 derando a continuidade das ex-
ças precisam aprender já nasce com meses a 3 anos e 11 meses).
define cinco campos de experiências, sendo periências, por meio de contextos
elas, que é inato a elas. Também não é
eles: • Crianças pequenas (4 anos a 5 anos de aprendizagem que propiciem o
o contrário, uma pedagogia diretiva,
que percebe a criança como vazia, tá- e 11 meses). aprofundamento e a ampliação das
• O eu, o outro e o nós;
bula rasa, cabendo ao adulto “preen- aprendizagens nos diferentes gru-
• Corpo, gestos e movimentos; A progressão da aprendizagem13 da
chê-la” com os saberes já adquiridos pos etários, garantindo que pos-
criança está implícita nessa distribuição de
• Traços, sons, cores e formas; por ele. (FOCHI, 2016, p. 5) sam explorar, rever suas hipóteses
grupos etários, os objetivos estão relacio-
e aprender sobre o mundo, sobre
• Escuta, fala, pensamento e imagi- A escolha do arranjo curricular orga- nados à ampliação e aprofundamento das
as relações e sobre si mesma;
nação; nizado por campos de experiências envolve aprendizagens e das conquistas de desen-
a concepção e posicionamento, ao pensar [14] Quadro elaborado pelas Orientadoras de En-
• Espaços, tempos, quantidades, re- [13] Na seção 5.5 deste Currículo, é possível ob- sino da Educação Infantil da REM com adaptação
lações e transformações. no planejamento e na intencionalidade das servar os quadros de progressão de todos os Obje- das informações apresentadas na BNCC (BRASIL,
tivos de aprendizagem e desenvolvimento. 2017, p. 45).
72 73
• Propicie contextos de experiências (FINCO; BARBOSA; FARIA, 2015, p. as diferentes, com outros pontos de O processo pedagógico no campo de
provocadoras de investigação pela 192, grifo das autoras) vista. Conforme vivem suas primei- experiências “O eu, o outro e o nós” busca
criança; ras experiências sociais (na família, promover vivências de interação com os
na instituição escolar, na coletivida-
• Observe quais os interesses, curio- 5.4 Aprendizagens e de), constroem percepções e questio-
pares e adultos, a partir das quais a criança
sidades, necessidades e desafios contextos namentos sobre si e sobre os outros,
constrói um modo próprio de agir e pensar
para criança, a fim de que possa in- diferenciando-se e, simultaneamente, e vai descobrindo que existem outros mo-
Os contextos de aprendizagens a se- identificando-se como seres indivi- dos de vida e pessoas diferentes. Ao mesmo
tervir de forma desafiadora, inten-
rem propostos intencionalmente pelo pro- duais e sociais. Ao mesmo tempo que tempo em que vive suas primeiras experi-
cional e direta na zona de desen-
fessor precisam articular: participam de relações sociais e de ências sociais, desenvolve autonomia, senso
volvimento proximal (ZDP), com
cuidados pessoais, as crianças cons- de autocuidado e aprende a se relacionar
o propósito de que ela ultrapasse a • A singularidade da criança, que
troem sua autonomia e senso de auto-
zona real de seu desenvolvimento, envolve seus saberes e experiên-
cuidado, de reciprocidade e de inter-
amplie os seus interesses e avance cias, interesses e curiosidades, dependência com o meio. Por sua vez,
em seu aprendizado. suas necessidades e seu ritmo de na Educação Infantil, é preciso criar
desenvolvimento. oportunidades para que as crianças
Tomando como base a teoria vigot- entrem em contato com outros grupos
skyana15 de desenvolvimento, pode- • Os conhecimentos a serem
sociais e culturais, outros modos de
mos pensar que uma atividade desa- construídos, considerando nosso vida, diferentes atitudes, técnicas e ri-
fiadora para as crianças não é aquela patrimônio cultural, social, artísti- tuais de cuidados pessoais e do grupo,
que está circunscrita a uma fase de co, científico e tecnológico. costumes, celebrações e narrativas.
desenvolvimento, faixa etária ou con- Nessas experiências, elas podem am-
dição, ou seja, de sua zona real de de- • As experiências importantes de
pliar o modo de perceber a si mesmas
senvolvimento, mas sim em uma zona serem vividas nesse momento de e ao outro, valorizar sua identidade,
“próxima” de desenvolvimento. São suas vidas. respeitar os outros e reconhecer as
atividades que oferecem às crianças diferenças que nos constituem como
Nos campos de experiências, estas
problemas que não sejam nem tão fá- seres humanos. (BRASIL, 2017, p. 40)
ceis que elas não tenham mais nada a estão explicitadas juntamente às aprendi-
aprender, e nem tão difíceis que não zagens reveladas nos objetivos de apren- A criança, por meio da interação com
tenham condições de resolvê-los por dizagem e desenvolvimento, com as múl- seus pares e adultos, constrói modos de
meio de seus recursos ou com ajuda tiplas linguagens presentes nos direitos de Foto: EMEI “Prof.ª Idelena Menezes Trefílio Carvalho”
pensar, sentir e agir, tem percepções sobre
de um parceiro um pouco mais expe- aprendizagem e desenvolvimento e com as si e sobre o outro, diferencia-se e, ao mesmo
riente. (OLIVEIRA, 2014, p. 53) positivamente com os colegas.
práticas sociais e culturais significativas à tempo, identifica-se como ser individual e
Nesse sentido, podemos dizer que criança16. coletivo, elabora movimentos cooperativos Aprender a conviver, valorizando e
permeados por atitudes de atenção e co- respeitando culturas, costumes, religiões,
[...] não é a idade que determina sabe-
5.4.1 Campo de experiências municação, que repercutem no desenvolvi- modos de comer, de vestir, de falar, dife-
res e conhecimentos a serem aprendi-
dos. É o percurso histórico da experi-
“O eu, o outro e o nós” mento integral, na construção da identidade rentes do seu, implica situações nas quais
ência no mundo e com o mundo, na É na interação com os pares e com pessoal e na sociabilidade que caracteriza o a criança possa conhecer diferentes formas
temporalidade das interações com as adultos que as crianças vão cons- ser humano. É na interação que o conjun- de arranjos familiares, comentar e refletir
coisas e com os outros, que emerge tituindo um modo próprio de agir, to de atitudes e práticas de atenção pessoal sobre as experiências de seus colegas, res-
a compreensão de distintos mundos. sentir e pensar e vão descobrindo que vivenciadas ou observadas pela criança po- peitando-as, valorizando-as e, ao mesmo
existem outros modos de vida, pesso- dem ser imitadas, confrontadas e recriadas
[15] Levando-se em consideração as diferentes tempo, fortalecendo sua autoestima ao inte-
formas de escrita do nome do estudioso russo em novas interações e brincadeiras, propi- ragir no cotidiano com brinquedos, imagens
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) – Vygot- [16] Na seção 5.6 deste Currículo, é possível ob-
sky, Vigotsky, Vygotski, Vigotskii, Vigotski, entre servar os quadros organizados por grupos etários, ciando o desenvolvimento e aprimoramen- e narrativas que promovam a construção de
outras –, a forma usual, neste documento, será indicando: Objetivos de aprendizagem e desenvolvi- to de habilidades e conhecimentos para cui- uma relação positiva com seus grupos de
Vigotski, com exceção das citações ou referências, mento; Contextos que favorecem as aprendizagens e
as quais serão escritas conforme a grafia do texto Ações intencionais do professor que favorecem essas dar de si e do outro. pertencimento.
de origem. aprendizagens.
74 75
Direitos de aprendizagem e desen- meio das diferentes linguagens, como
volvimento no campo de experiên- a música, a dança, o teatro, as brinca-
cias: “O eu, o outro e o nós” deiras de faz de conta, elas se comuni-
cam e se expressam no entrelaçamen-
CONVIVER com crianças e adultos em pe- to entre corpo, emoção e linguagem.
quenos grupos, reconhecendo e respei- As crianças conhecem e reconhecem
tando as diferentes identidades e perten- as sensações e funções de seu cor-
cimento étnico-racial, de gênero e religião
po e, com seus gestos e movimentos,
de seus parceiros.
identificam suas potencialidades e
BRINCAR com diferentes parceiros, de- seus limites, desenvolvendo, ao mes-
senvolvendo sua imaginação e solidarie- mo tempo, a consciência sobre o que
dade.
é seguro e o que pode ser um risco à
EXPLORAR diferentes formas de interagir sua integridade física. Na Educação
com parceiros diversos em situações va- Infantil, o corpo das crianças ganha
riadas, ampliando sua noção de mundo e centralidade, pois ele é o partícipe
sua sensibilidade em relação aos outros. privilegiado das práticas pedagógi-
Foto: EMEI “Profª Idelena Menezes Trefílio Carvalho”
ETÁRIOS
GRUPOS
CONVIVER com crianças e adultos em si- BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS
imagens, ilustrações, cores, formas e textu- (zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses)
tuações comunicativas cotidianas, consti-
ras. tuindo modos de pensar, imaginar, sentir,
narrar, dialogar e conhecer. (EI01EO01) Perceber que suas (EI02EO01) Demonstrar e valori- (EI03EO01) Demonstrar empatia
O B JE T IV O S D E AP R EN DIZ AG E M E DE SE N V O L V IME N T O • P R O G R E S S Ã O
A presença constante da linguagem ações têm efeitos nas outras zar atitudes de cuidado, coopera- pelos outros, percebendo que as
crianças e nos adultos, ao parti- ção e solidariedade na interação pessoas têm diferentes sentimen-
escrita e sua marcante influência nas so- BRINCAR com parlendas, trava-línguas,
cipar das situações de interação. com crianças e adultos. tos, necessidades e maneiras de
adivinhas, memória, rodas, brincadeiras pensar e agir.
ciedades contemporâneas criam condições (EI01EO02) Perceber as possibili- (EI02EO02) Demonstrar imagem
cantadas, jogos e textos de imagens, es-
para a criança observar e reproduzir práti- critos e outros, ampliando o repertório dades e os limites de seu corpo positiva de si e confiança em sua (EI03EO02) Agir de maneira in-
das manifestações culturais da tradição nas brincadeiras e interações das capacidade para enfrentar dificul- dependente, com confiança em
cas cotidianas de uso da escrita. Escrever o quais participa. dades e desafios, identificando, suas capacidades, reconhecendo
local e de outras culturas, enriquecendo
próprio nome é uma importante aprendiza- cada vez mais, suas possibilida- suas conquistas e limitações.
sua linguagem oral, corporal, musical, (EI01EO03) Interagir com seus
gem para a criança, pois é uma marca de sua des de modo a agir para ampliá-
dramática, escrita, entre outras. pares, crianças de outras faixas (EI03EO03) Ampliar as relações
-las.
identidade, presente nos seus pertences, etárias e com adultos, ao explorar interpessoais, desenvolvendo ati-
PARTICIPAR de rodas de conversa, de re- espaços, materiais, objetos, brin- (EI02EO03) Compartilhar os obje- tudes de participação, coopera-
nas suas produções e em contextos signifi- latos de experiências, de contação e leitu- quedos. tos, os temas, as personagens e ção e solidariedade, em brincadei-
cativos. No cotidiano da Instituição de Edu- ra de histórias e poesias, de construção os espaços com crianças da mes- ras e em momentos de interação.
(EI01EO04) Expressar necessida-
ma faixa etária, de faixas etárias
cação Infantil, a criança tem a oportunida- de narrativas, da elaboração, descrição e des, desejos e emoções, por meio (EI03EO04) Comunicar suas
diferentes e adultos.
representação de papéis no faz de conta, de gestos, balbucios, palavras, ideias, sentimentos, preferências
de de perceber as semelhanças e diferenças
84 85
5.5.2 Corpo, gestos e movimentos 5.5.3 Traços, sons, cores e formas
ETÁRIOS
GRUPOS
GRUPOS
BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS
(zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses) (zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses)
(EI01CG01) Movimentar as partes (EI02CG01) Apropriar-se de ges- (EI03CG01) Criar com o corpo (EI01TS01) Explorar sons produ- (EI02TS01) Criar sons com mate- (EI03TS01) Utilizar sons produ-
O BJ ET I V OS D E A P RE ND IZ AG E M E DE SE N V O L V IME N T O • P R O G R E S S Ã O
do corpo para exprimir corporal- tos e movimentos de sua cultura formas diversificadas de expres- zidos com o próprio corpo e com riais, objetos, instrumentos musi- zidos por materiais, objetos e
mente emoções, necessidades e no cuidado de si e nos jogos e são de sentimentos, sensações e objetos de uso cotidiano, experi- cais e com o próprio corpo, para instrumentos musicais e pelo
desejos, manifestando suas in- brincadeiras. emoções, tanto nas situações do mentando diferentes sons. acompanhar diversos ritmos de próprio corpo, durante brincadei-
tenções comunicativas. cotidiano quanto em brincadeiras, música. ras de faz de conta, encenações,
(EI02CG02) Deslocar seu corpo (EI01TS02) Traçar marcas grá-
dança, teatro, música. criações musicais, festas.
(EI01CG02) Experimentar as pos- no espaço, orientando-se por no- ficas, em diferentes suportes, (EI02TS02) Utilizar materiais
sibilidades corporais, nas brinca- ções, como em frente, atrás, no (EI03CG02) Demonstrar controle usando instrumentos riscantes e variados com possibilidades de (EI03TS02) Expressar-se livre-
IN FA N TIL
deiras e interações, em ambien- alto, embaixo, dentro, fora, entre e adequação do uso de seu corpo tintas. manipulação (argila, massa de mente por meio de desenho,
tes acolhedores e desafiantes. outros, aperfeiçoando seus recur- em brincadeiras e jogos, escuta modelar), explorando cores, tex- pintura, colagem, dobradura e
(EI01TS03) Explorar diferentes
sos de deslocamento e ajustando e reconto de histórias, atividades turas, superfícies, planos, formas escultura, criando produções bidi-
(EI01CG03) Imitar gestos e movi- fontes sonoras e materiais para
suas habilidades motoras, ao se artísticas, entre outras possibili- e volumes, ao criar objetos tridi- mensionais e tridimensionais.
mentos de outras crianças, adul- acompanhar brincadeiras canta-
envolver em brincadeiras e ativi- dades. mensionais.
tos e animais em interações e das, canções, músicas e melo- (EI03TS03) Reconhecer as quali-
dades de diferentes naturezas.
brincadeiras. (EI03CG03) Criar movimentos, dias. (EI02TS03) Utilizar diferentes fon- dades do som (intensidade, dura-
(EI02CG03) Explorar formas de gestos, olhares e mímicas em tes sonoras, disponíveis no am- ção, altura e timbre), utilizando-as
(EI01CG04) Participar do cuidado (EI01TS04) Conhecer diferentes
E DU C AÇ ÃO
deslocamento no espaço (pular, brincadeiras, jogos e atividades biente, em brincadeiras cantadas, em suas produções sonoras e ao
do seu corpo e da promoção do manifestações artísticas de sua
saltar, dançar), combinando mo- artísticas, como dança, teatro canções, músicas e melodias, ouvir músicas e sons.
seu bem-estar nas atividades co- comunidade e de outras culturas.
vimentos e seguindo orientações. e música, (re)inventando jogos apreciando, descobrindo sons e
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
(EI01CG06) Conhecer diversas e autônoma nos cuidados essen- respeito e valorização pelas dife-
(EI02CG05) Desenvolver progres-
brincadeiras da cultura infantil. ciais, de acordo com suas neces- rentes manifestações artísticas
sivamente as habilidades ma-
sidades. de sua comunidade e de outras
CURRÍCU L O
86 87
5.5.4 Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 5.5.5 Escuta, fala, pensamento e imaginação
ETÁRIOS
GRUPOS
GRUPOS
BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS BEBÊS CRIANÇAS BEM PEQUENAS CRIANÇAS PEQUENAS
(zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses) (zero a 1 ano e 6 meses) (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses) (4 anos a 5 anos e 11 meses)
(EI01ET01) Explorar e descobrir as (EI02ET01) Explorar e descrever (EI03ET01) Estabelecer relações de (EI01EF01) Reconhecer quando (EI02EF01) Dialogar com crianças e (EI03EF01) Expressar ideias, de-
O BJ ET I V OS D E A P RE ND IZ AG E M E DE SE N V O L V IME N T O • P R O G R E S S Ã O
propriedades de objetos e mate- semelhanças e diferenças entre as comparação entre objetos, observando é chamado por seu nome e re- adultos, expressando seus desejos, ne- sejos e sentimentos sobre suas
riais (odor, cor, sabor, temperatura) características e propriedades dos suas propriedades e registrando dados conhecer os nomes de pessoas cessidades, sentimentos, preferências, vivências, por meio da linguagem
por meio da brincadeira. objetos (textura, massa, tamanho), relativos a tamanhos, pesos, volumes e com quem convive nas atividades saberes, vivências, dúvidas e opiniões, oral e escrita (escrita espontânea),
(EI01ET02) Explorar relações de expressando sensações e desco- temperaturas. cotidianas. ampliando gradativamente suas possi- de fotos, desenhos e outras formas
causa e efeito (transbordar, tingir, bertas ao longo do processo de (EI03ET02) Observar e descrever bilidades de comunicação e expressão. de expressão, ampliando gradati-
(EI01EF02) Demonstrar interesse
misturar, mover e remover, entre observação. mudanças em diferentes materiais, vamente suas possibilidades de
ao ouvir a leitura de poemas e a (EI02EF02) Identificar e criar diferentes
IN FA N TIL
outras) na interação com o mundo (EI02ET02) Observar, relatar e des- resultantes de ações sobre eles, em comunicação e expressão.
físico. apresentação de músicas. sons e reconhecer rimas e aliterações
crever incidentes do cotidiano e fe- experimentos envolvendo fenômenos em cantigas de roda e textos poéticos. (EI03EF02) Inventar brincadei-
(EI01ET03) Explorar o ambiente nômenos naturais (luz solar, vento, naturais e artificiais. (EI01EF03) Demonstrar interesse
ras cantadas, poemas e canções,
pela ação e observação, manipu- chuva, entre outros), levantando hi- ao ouvir histórias lidas ou conta- (EI02EF03) Demonstrar interesse e
(EI03ET03) Identificar e selecionar fon- criando rimas, aliterações e ritmos.
lando, experimentando e fazendo póteses sobre tais acontecimentos das, observando ilustrações e os atenção ao ouvir a leitura de histórias
descobertas durante as situações tes de informações, para responder a
e fenômenos. movimentos de leitura do adulto- e outros textos, diferenciando escrita (EI03EF03) Escolher e folhear li-
de interações e brincadeiras. questões sobre a natureza, seus fenô-
-leitor (modo de segurar o porta- de ilustrações, e acompanhando, com vros, procurando orientar-se por te-
(EI02ET03) Compartilhar, com ou- menos, sua conservação, utilizando,
(EI01ET04) Manipular, experimen- dor e de virar as páginas). orientação do adulto-leitor, a direção mas e ilustrações e tentando identi-
tras crianças, situações de cuidado com ou sem ajuda dos professores,
E DU C AÇ ÃO
tar, arrumar e explorar o espaço, da leitura (de cima para baixo, da es- ficar palavras conhecidas por meio
de plantas e animais, participando diferentes instrumentos para coleta. (EI01EF04) Reconhecer elemen-
mediante experiências de desloca- querda para a direita). de indícios fornecidos pelos textos.
de pesquisas e experiências, nos (EI03ET04) Registrar observações, ma- tos das ilustrações de histórias,
mentos de si e dos objetos durante
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
balanços, escorregadores, entre (EI03ET06) Relatar fatos importantes mes ou peças teatrais assistidos, entre escrito, tendo o professor como
outros). outros), expressando-se por meio mentos, gestos, balbucios, fala e
sobre seu nascimento e desenvolvi- outros. escriba.
de vocabulário adequado. outras formas de expressão.
(EI01ET07) Explorar recursos tec- mento, a história dos seus familiares (EI02EF06) Criar e contar histórias (EI03EF06) Produzir suas próprias
nológicos e midiáticos, manifestan- (EI02ET06) Identificar relações e da sua comunidade, observando a (EI01EF07) Conhecer e manipular
oralmente, com base em imagens ou histórias orais e escritas (escrita
do interesse e curiosidade temporais e utilizar conceitos bá- cronologia, o local e quem participou materiais impressos e audiovisu-
temas sugeridos, utilizando de termos espontânea), em situações com
sicos de tempo (agora, antes, du- desses acontecimentos. ais em diferentes portadores (li-
próprios dos textos literários. função social significativa.
rante, depois, ontem, hoje, amanhã, (EI03ET07) Relacionar números às vro, revista, gibi, jornal, cartaz, CD,
lento, rápido, depressa, devagar), suas respectivas quantidades e iden- tablet, entre outros). (EI02EF07) Manusear diferentes porta- (EI03EF07) Levantar hipóteses so-
ampliando o vocabulário adequado tificar o antes, o depois e o entre em dores textuais (livro, revista, gibi, jornal, bre gêneros textuais veiculados em
(EI01EF08) Participar de situa-
ao conceito em uso. uma sequência, utilizando a linguagem cartaz, CD, tablet, entre outros), inclusi- portadores conhecidos, recorrendo
ções de escuta de textos em dife-
(EI02ET07) Contar oralmente ob- matemática para construir relações, ve em suas brincadeiras, demonstran- a estratégias de observação gráfica
rentes gêneros textuais (poemas,
jetos, pessoas, livros, entre outros, realizar descobertas e enriquecer a co- do reconhecer seus usos sociais. e/ou de leitura.
fábulas, contos, receitas, quadri-
em contextos diversos. municação em situações de brincadei- nhos, anúncios, entre outros). (EI02EF08) Manipular textos e par- (EI03EF08) Selecionar livros e tex-
(EI02ET08) Registrar, com nú- ras e interações. ticipar de situações de escuta para tos de gêneros conhecidos para a
(EI01EF09) Conhecer e manipular
meros, a quantidade de crianças (EI03ET08) Expressar medidas (peso, ampliar seu contato com diferentes leitura de um adulto e/ou para sua
diferentes instrumentos e supor-
(meninas e meninos, presentes e altura, entre outras), construindo gráfi- gêneros textuais (parlendas, histórias própria leitura (partindo de seu re-
tes de escrita.
ausentes) e a quantidade de obje- cos e tabelas básicos, utilizando unida- de aventura, tirinhas, cartazes de sala, pertório sobre esses textos, como
tos da mesma natureza (bonecas, des de medidas convencionais ou não cardápios, notícias, entre outros), am- a recuperação pela memória, pela
bolas, livros, entre outros). convencionais. pliando suas experiências com a língua leitura das ilustrações, etc.).
(EI02ET09) Fazer uso de alguns (EI03ET09) Valorizar e conhecer o uso escrita.
(EI03EF09) Levantar hipóteses
recursos tecnológicos e midiáti- de alguns recursos tecnológicos e mi- (EI02EF09) Manusear diferentes ins- em relação à linguagem escrita,
cos como ferramentas que apoiam diáticos, selecionando-os, de forma trumentos e suportes de escrita para realizando registros de palavras e
suas investigações. intencional, como ferramentas que desenhar, traçar letras e outros sinais textos, por meio de escrita espon-
apoiem suas investigações, represen- gráficos, escrevendo, mesmo que de tânea.
tações e/ou narrativas. forma não convencional.
88 89
GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: O EU, O OUTRO E O NÓS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que
desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens
(EI01EO01) Perceber que • Convivência, em contextos de grandes • Comunicar-se afetivamente com os (EI01CG01) Movimentar • Brincadeiras com sua imagem proje- • Oportunizar situações em que os be-
suas ações têm efeitos nas e pequenos grupos, nos quais possam bebês, nos momentos de cuidados in- as partes do corpo para tada, observação e criação de seus bês possam expressar sentimentos,
outras crianças e nos adul- compartilhar brinquedos, materiais e dividuais, como nas trocas de fraldas, próprios gestos e imitação dos ges- desejos e saberes, por meio de dife-
nos banhos, alimentação, entre outros, exprimir corporalmente
tos, ao participar das situa- outros objetos. tos dos colegas e dos adultos. rentes linguagens, escutando, aco-
oferecendo um ambiente planejado, emoções, necessidades e
ções de interação. • Participação cotidiana de contextos desejos, manifestando suas lhendo e interpretando as diversas
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
seguro, aconchegante e diversificado. • Participação, a seu modo, de contex- manifestações.
nos quais possam experimentar sa- intenções comunicativas.
(EI01EO02) Perceber as pos- bores, cheiros e fazer escolhas de ali- • Oportunizar situações em que os tos em que se relacionem com espe-
bebês possam expressar seus senti- lho, sombra, filmagens, entre outras • Oportunizar desafios aos bebês, em
IN FA N TIL
• Participação de momentos de alimen- suas potencialidades e sentimento de crianças, adultos e animais brincar.
materiais, objetos, brinque- pertença ao seu grupo de convívio. em interações e brincadei-
tação, descanso, banho, entre outras • Expressão de seus gostos, prefe-
dos. ras. rências, desejos e necessidades por • Comunicar-se e agir afetivamente no
ações, de forma aconchegante, segu- • Organizar o ambiente e o cotidiano, ob-
ra e significativa, individualmente ou servando oportunidades desafiadoras, meio do corpo, gestos e movimentos contato com os bebês, em momen-
(EI01EO04) Expressar neces- interagindo e partilhando descobertas (EI01CG04) Participar do e serem acolhidos em sua comuni- tos de atenção e cuidados pessoais,
instigantes e potentes, para acolher os
sidades, desejos e emoções, com seus pares. bebês, dispondo os materiais de modo cuidado do seu corpo e da cação. acolhendo e atribuindo significado
por meio de gestos, balbu- que permitam a interação e os experi- promoção do seu bem-estar as suas necessidades e desejos.
cios, palavras, entre outros. • Exploração de ambientes organizados • Convivência, em contextos de ali-
e interação com os pares, adultos, mentem de diferentes formas. nas atividades cotidianas.
mentação, nos quais interagem com • Ampliar o repertório de danças e
brinquedos e materiais. • Favorecer um ambiente seguro, que seus colegas e adultos e têm a opor- brincadeiras culturais, organizando
(EI01EO05) Reconhecer seu (EI01CG05) Utilizar os movi-
DA
apoie a construção de vínculos, intera- tunidade de experimentar novos ali- materiais e espaços para que os be-
ET Á R IOS
corpo e expressar suas sen- • Participação de contextos nos quais
tenham a oportunidade de ampliar e ções, movimentos e comunicação. mentos de preensão, encai- mentos, sabores e odores. bês vivenciem explorações corporais
sações em momentos de ali- xe e lançamento, ampliando
desenvolver movimentos corporais • Dispor materiais e planejar contextos diversas.
mentação, higiene, brincadei-
CURRÍCU L O
com autonomia, de modo que con- suas possibilidades de ma- • Brincadeiras, em diferentes momen-
ra e descanso, participando em que os bebês sejam convidados a nuseio de diferentes mate-
quistem, gradativamente, novas pos- compartilhar e interagir. tos do cotidiano e em contextos, de • Selecionar músicas e materiais que
de modo ativo e progressivo sibilidades corporais. riais e objetos. procurar e achar objetos escondidos, possam sugerir aos bebês a criação
nos contextos de aprendiza- • Atentar-se para que os espaços, ma- de esconder-se e ser encontrado. e/ou imitação de movimentos com
gens cotidianos. • Exploração de brinquedos e materiais, teriais, objetos, brinquedos, propostas determinadas caraterísticas, consi-
estruturados ou não, em contextos de (EI01CG06) Conhecer diver-
e formas de comunicação, atendam e sas brincadeiras da cultura • Exploração de materiais com textu- derando as variações dos movimen-
GRU POS
(EI01EO06) Interagir com brincadeiras individuais e/ou coleti- respeitem as especificidades do grupo. ras e temperaturas diversas (elemen- tos corporais aos quais a brincadeira
vas. infantil. tos da natureza, massas variadas, te- convida.
seus pares, com crianças de • Revelar-se, afetivamente, quando os
diversas faixas etárias e com • Convivência cotidiana com seus pares cidos, entre outros) que possibilitem
bebês demandam ajuda (pelo choro, diferentes sensações. • Oportunizar que os bebês vivenciem
adultos, ampliando o conhe- ou crianças de outra faixa etária, ten- pedindo colo, ficando em silêncio),
do a oportunidade de construir novas e explorem sensações corporais, a
cimento de si e do outro no apoiando-os a construírem entendi- • Investigação de diferentes formas partir do toque, cafuné, massagem
convívio social. possibilidades de ser e estar com o mentos sobre as emoções.
outro. de deslocar-se e explorar superfí- e outros movimentos, por meio da
• Praticar escuta atenta e apoiar as ma- cies de diversas texturas, como: em interação consigo mesmo e com o
• Investigação de diferentes possibilida- nifestações dos bebês acerca de vivên- contextos organizados com colchão, outro.
des de expressão, tais como: danças, cias e brincadeiras. tecido, tapete sensorial, grama, lixa,
mímicas, fantoches, entre outras. plástico bolha, bolinhas de gel, entre • Planejar o ambiente e acompanhar
• Apoiar os bebês na identificação de outras. os bebês atentamente, dando tempo
• Participação, a seu modo, de contex- elementos que provoquem estranheza
tos de escuta de histórias lidas ou e transmitindo segurança para que
ou medo, ajudando-os a encontrar for- • Participação, a seu modo, de brinca- eles experimentem, ousem, voltem
contadas pelo professor e de canções mas de superá-los.
diversas. deiras cantadas e outras tradicionais aos movimentos já conhecidos, ex-
• Auxiliar os bebês a reconhecerem e de sua cultura que fazem parte do perimentem outros e criem possibi-
• Interação com brinquedos, imagens, expressarem sensações, como sede, repertório infantil. lidades diversas com objetos, atuan-
narrativas em contextos de pequeno e fome, dor, frio. do com confiança.
grande grupo. • Exploração de gestos, balbucios,
• Dispor brinquedos, imagens, narrativas expressões, movimentos corporais,
• Participação da organização de espa- que apoiem os bebês na construção de sons e ritmos em contextos de brin-
ços e de brincadeiras diversas. relações positivas com o grupo. cadeiras cantadas.
90 91
GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que
desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens
• Exploração de diferentes possibili- • Oportunizar aos bebês a vivência de (EI01TS01) Explorar sons produ- • Participação de contextos de brinca- • Organizar contextos nos espaços in-
dades e gestos (lançar, pegar, empi- percursos motores, para que explo- zidos com o próprio corpo e com deiras musicais (cantigas, acalantos, ternos e externos, com jogos de imi-
lhar, montar, amassar, encaixar), com rem movimentos de engatinhar, pas- objetos de uso cotidiano, experi- brincos, músicas instrumentais de di- tação, histórias e canções do reper-
materiais de diversas formas, pesos, sar por baixo, por cima, entre outros, mentando diferentes sons. ferentes culturas e histórias sonoriza- tório infantil e de diferentes culturas.
texturas e tamanhos (caixas, objetos utilizando materiais, como: túneis de das).
• Observar as diferentes formas de
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
sonoros, materiais gráficos, tecidos, tecido, pneus em diferentes posições, (EI01TS02) Traçar marcas grá- • Investigação de possibilidades de ex- expressões sonoras que os bebês
elementos da natureza, entre outros). caixas grandes, mesas colocadas em ficas, em diferentes suportes, pressões sonoras produzidas pelo pró- produzem com a própria voz e seu
posições estratégicas, almofadas, col- usando instrumentos riscantes e prio corpo. corpo, ampliando suas vivências ex-
IN FA N TIL
das diversas possibilidades de seu como: caixas, objetos sonoros, mate- manifestações artísticas de sua sons onomatopeicos, entre outros);
corpo, tais como: engatinhar, arrastar, materiais não estruturados (latas, cai- vestigação sonora que realizam com
riais gráficos e plásticos, tecidos, ele- comunidade e de outras culturas. eles e promovendo a sua ampliação.
andar, correr, saltar, rolar, entre outras. mentos da natureza, entre outros, in- xas, garrafas plásticas) e instrumentos
centivando que os bebês explorem as musicais (sinos, tambor, pandeiro, flau- • Oferecer diferentes possibilidades de
diversas possibilidades de manipula- ta, coquinhos, chocalhos, entre outros). exploração ou de produção de sons
ção que a interação com eles permite. • Exploração das qualidades sonoras relacionados ao ambiente, à nature-
(timbre, intensidade, duração e altura), za, aos instrumentos musicais, ma-
• Organizar materiais em caixas ou ces- na interação com objetos sonoros e teriais não estruturados, favorecendo
tos que possibilitem aos bebês fazer instrumentos musicais. a continuidade de suas experiências.
escolhas intencionais e, nessa inte-
ração com os objetos, discriminá-los • Exploração de materiais variados, tais • Instigar a curiosidade dos bebês na
DA
ET Á R IOS
nos momentos de brincadeira e na produção de sons, enriquecendo e
hora de guardá-los. naturais, riscantes, entre outros. ampliando suas ações e interações
• Participação, a seu modo, de contex- nos momentos de brincadeiras can-
CURRÍCU L O
• Garantir higiene e segurança dos ob- tos em que possam experimentar sen- tadas.
jetos, atuando com presença atenta, sações diversas com diferentes tipos
de modo a promover formas seguras de misturas (farinha de trigo, gelatina • Organizar contextos nos quais os
de os bebês se relacionarem com os em pó, amido de milho, entre outros) e bebês possam interagir com as ma-
materiais. diversas texturas comestíveis (líquida nifestações culturais e artísticas, am-
ou sólida - macarrão cozido, sagu, gelo pliando seus gostos e preferências,
GRU POS
• Organizar a presença de objetos e contando com a participação ativa da
cenários marcados pela cultura nas colorido).
comunidade de aprendizagem.
brincadeiras de faz de conta e/ou uti- • Exploração de tintas e materiais na-
lizados por adultos em seu cotidiano turais de diferentes texturas, pesos, • Planejar contextos em que os bebês
(vestimentas, bolsas, acessórios, te- tamanhos, formas (folhas, sementes, explorem riscantes e tintas em supor-
lefones, panelas, potes, embalagens). flores, terra, entre outros) e instrumen- tes variados, de tamanhos e texturas
tos riscantes (gizão, trincha, brocha, diversas em superfícies, como: pare-
• Propiciar a interação entre a mesma e vassourinha, etc.). de, chão, mesa, grades, entre outros,
as diferentes faixas etárias, apoiando apoiando sua investigação, favore-
os bebês a imitarem gestos e movi- • Participação de situações de livre es-
colha de brincadeiras ou diversão com cendo a percepção de suas sensa-
mentos das crianças maiores na ex- ções, a partir das vivências corporais.
ploração dos espaços, vivenciando canções relacionadas a narrativas, fes-
novos desafios. tas e outros acontecimentos típicos de • Oportunizar a exploração de diferen-
sua cultura. tes tipos de misturas (farinha de trigo,
• Expressão por meio da dança, do mo- gelatina em pó, amido de milho, entre
vimento corporal, da manipulação de outros), diversas texturas comestí-
objetos sonoros, entre outras formas veis (sólidas ou líquidas, como ma-
de expressão, por meio das múltiplas carrão cozido, sagu, gelo colorido),
linguagens. apoiando a investigação de diversas
• Convivência, no cotidiano, com dife- sensações táteis.
rentes manifestações artísticas e cul- • Encorajar os bebês a se expressarem
turais, envolvendo as múltiplas lingua- nas propostas que envolvam as múl-
gens. tiplas linguagens.
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GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que favorecem essas Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que favorecem essas
desenvolvimento aprendizagens dos bebês aprendizagens desenvolvimento aprendizagens dos bebês aprendizagens
(EI01ET01) Explorar e desco- • Brincadeiras com materiais • Oportunizar contextos em que os bebês possam brincar • Exploração, livremente, de • Organizar os materiais, atentando-se à variedade e
brir as propriedades de ob- diversos, tais como: água, com materiais de possibilidades transformadoras, tais materiais e investigação de quantidade suficiente, considerando sua intencionalida-
jetos e materiais (odor, cor, areia, melecas, madeira, te- como: água, areia, terra, pastas, massas e objetos pos- suas características e pos- de e as especificidades da faixa etária, cuidando, inclu-
sabor, temperatura) por meio cidos com diferentes cores síveis de serem amassados, transportados, entre outras sibilidades de manuseio, por sive, da segurança dos bebês, já que muitos materiais
e transparências, texturas, características. exemplo: de esvaziar, encher, poderão ser levados à boca.
da brincadeira. transbordar, mover e remover,
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
condimentos, frutos e outras • Observar atentamente como se dá a relação de explora- • Acolher e apoiar as hipóteses e investigações dos be-
(EI01ET02) Explorar relações materialidades. ção e investigação dos bebês com diferentes materiais, misturar, transferir, produzir bês, chamando a atenção deles por meio de gestos,
de causa e efeito (transbor- • Exploração e investigação ajudando-os a atribuírem significado a essas sensações. sons, rolar, entre outras ações oralidade, toque e participação, nomeando as suas sen-
IN FA N TIL
que estabeleçam relações de sações e, a partir dessa interação, perceber quais ma-
dar, tingir, misturar, mover e das diferentes propriedades • Organizar cuidadosamente os espaços, para que pro- causa e efeito.
remover, entre outras) na in- e sensações (temperatura, movam a exploração livre e ampliação da percepção teriais serão mantidos e/ou ampliados para garantia da
teração com o mundo físico. odores, sabores, texturas, co- espacial dos bebês, ao deslocarem-se enfrentando, por • Brincadeiras com movimen- continuidade da experiência.
res) e transformações produ- exemplo, desafios de subir, descer, pular, passar por tos a seu modo, conforme as • Disponibilizar materiais não estruturados: caixas, potes,
(EI01ET03) Explorar o am- zidas por materiais diversos. cima, por baixo, rodear, equilibrar-se, explorar caminhos variações e características da tecidos de diferentes texturas, blocos de madeira, ob-
biente pela ação e observa- • Exploração das possibilida- para chegar a algum lugar, procurar objetos e pessoas melodia das canções, lenta ou jetos empilháveis, incentivando investigações sobre as
rápida, como em acalantos
ção, manipulando, experimen- des em diferentes planos (pa- que estão escondidos em lugares diversos. e brincos da cultura infantil
relações de causa e efeito.
tando e fazendo descobertas rede, teto e chão) ao interagir, • Promover contextos em que os bebês explorem e inves- • Disponibilizar materiais em variadas inclinações e solos
durante as situações de inte- (“Nana, neném”, “Serra, serra,
por exemplo, com tapetes, tiguem, no cotidiano e nos diferentes espaços da Insti- (grama, areia, terra, piso), favorecendo a investigação
E DU C AÇ ÃO
riais diversos e variados, para • Vivência de diferentes sensa- propriedades diversas dos materiais, tais como: cor, for-
ET Á R IOS
• Oferecer recipientes de diferentes tamanhos e formas,
comparar as diferenças e se- ções nos momentos de cui- ma, volume, temperatura, consistência, luminosidade, que possibilitem ações diversificadas, tais como: en-
melhanças entre eles, durante dados pessoais em relação possibilidades de interação com outros materiais, cui- cher, esvaziar, transbordar, mover, entre outras.
CURRÍCU L O
as interações e a brincadeira. aos odores (cheiro do sabo- dando da organização, como dispondo os objetos em • Organizar os ambientes seguros e desafiadores, consi-
nete, fralda), à temperatura caixas, sacos, tapetes, agrupados por suas caracterís- derando a singularidade e o ritmo do bebê.
(EI01ET06) Vivenciar dife- (lenço umedecido, água) à ticas. • Brincar, com os bebês, de acalantos e brincos da cultura
rentes ritmos, velocidades e textura (do sabonete, da toa- • Oportunizar contextos nos quais os bebês façam esco- infantil, selecionando os que favoreçam a percepção de
fluxos nas interações e brin- lha), entre outros. lhas dos materiais que irão explorar, provocando expe-
diferentes ritmos, como: “Nana, neném”, “Serra, serra,
cadeiras (em danças, balan- • Exploração corporal das pos- riências investigativas de relações de agrupamentos,
GRU POS
semelhanças, diferenças e quantificação ao guardá-los. serrador”, entre outros.
ços, escorregadores, entre sibilidades dos espaços e • Selecionar previamente objetos sonoros que permitam
outros). materiais, planejados com di- • Organizar os contextos de alimentação, de forma rica, produzir diferentes sons (chocalhos, molhos de chaves,
ferentes desafios, como: cir- investigativa e provocadora, cuidando da oferta de di- pau de chuva, entre outros).
(EI01ET07) Explorar recursos cuito (subindo, descendo, en- ferentes tipos de alimentos, a forma de apresentá-los,
tecnológicos e midiáticos, gatinhando, escorregando), atentando-se à estética da mesa, do recipiente, do corte, • Selecionar músicas de diferentes ritmos e organizar
manifestando interesse e materiais (entrando e saindo, da disposição desses alimentos no espaço, para que os contextos que favoreçam a percepção dos bebês em
curiosidade. empilhando e derrubando, bebês sintam-se convidados a experimentar e descobrir relação aos eventos sonoros, como som e silêncio, con-
levantando e abaixando, pu- novos sabores e possam participar ativamente de sua vidando-os, ainda, para acompanhar corporalmente can-
xando e empurrando, rolando alimentação. tos em que são alterados o ritmo e o timbre dos sons.
e desenrolando, tampando e • Observar as expressões dos bebês, nos contextos de • Oportunizar diferentes contextos nos quais os bebês
destampando, colocando e alimentação, apoiando-os na construção de significa- possam brincar e explorar, a seu modo, materiais ou
retirando), entre outras. dos acerca dos sentidos que estão experimentando e brinquedos tecnológicos e midiáticos, por exemplo: blo-
cos de madeiras como telefones; imagens projetadas
• Exploração e investigação ampliando. na parede, no chão ou no teto, compondo cenários para
de ritmos e velocidades ao • Criar contextos em que os bebês experimentem alimen- suas brincadeiras; usar lupas para brincadeiras no par-
vivenciar situações em que tos, materiais, cheiros, variedades sonoras, luminosas, que, entre outros recursos.
experimentem e testem a apoiando o estabelecimento de relações e ampliando
relação de seu movimento e suas experiências visuais, auditivas, gustativas e olfa-
o dos objetos em diferentes tivas, como durante a troca e o banho, nomeando suas
inclinações e solos (grama, sensações em relação: aos odores, a sua entrada na
areia, terra, piso). água, ao momento em que sentem o sabonete passar
pelo corpo, à ocasião em que são envolvidos com a to-
alha, entre outros.
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GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES) GRUPO ETÁRIO: BEBÊS (ZERO A 1 ANO E 6 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que
desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens desenvolvimento aprendizagens dos bebês favorecem essas aprendizagens
(EI01EF01) Reconhecer quan- • Brincadeira e interação em situações • Comunicar-se com os bebês e junto • Brincadeira cotidiana com os mate- • Assegurar a participação dos bebês
do é chamado por seu nome e que envolvam seu nome e o nome a eles com outras crianças, família e riais utilizados nas contações e lei- em teatros e eventos culturais na ins-
reconhecer os nomes de pes- de adultos de seu grupo de convívio, funcionários chamando-os pelo nome turas de histórias, como: adereços, tituição, acolhendo e respeitando suas
soas com quem convive nas como em brincadeiras, canções, jo- em situações cotidianas (acolhida, ali- livros, fantoches, máscaras, objetos, manifestações (gestos, palmas, choros,
atividades cotidianas. gos e outros momentos do cotidiano. mentações brincadeiras, entre outros). tecidos, entre outros. entre outros), assistindo ou atuando,
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
apoiados por adultos e outras crianças.
(EI01EF02) Demonstrar in- • Brincadeira com outros bebês, crian- • Proporcionar contextos nos quais os • Participação de brincadeiras, agin-
bebês possam brincar e interagir com • Garantir ambientes organizados com
teresse ao ouvir a leitura de ças e adultos, com ou sem objetos. do com liberdade de movimentos e
IN FA N TIL
o seu nome e de seus colegas, como: livros (de diferentes formatos, texturas
poemas e a apresentação de explorando, com regularidade, ins- e materiais) e elementos utilizados na
• Expressão corporal e/ou verbal (por identificação de quem está no grupo, a trumentos (gizão, rolinho, esponja)
músicas. meio de sons, balbucios, entre ou- partir de fotos, brincadeiras com canti- contação (adereços, livros, fantoches,
e materiais (melecas, elementos e máscaras, objetos, tecidos, entre ou-
tros) em diferentes contextos. gas, de esconder e achar, entre outros. tintas naturais).
(EI01EF03) Demonstrar inte- tros), assegurando que os bebês pos-
resse ao ouvir histórias lidas • Participação, de forma ativa, de si- • Comunicar-se afetivamente com os • Investigação de marcas produzidas sam fazer suas escolhas, interagindo e
ou contadas, observando tuações cotidianas promotoras de bebês em situações cotidianas, inte- em diferentes suportes, tais como: o explorando materiais relacionados aos
ilustrações e os movimen- interação com adultos e crianças, ragindo e verbalizando as ações, ao próprio corpo, o chão, as paredes e contextos de leitura e contação viven-
tos de leitura do adulto-leitor comunicando-se em contextos de realizar sua higiene pessoal, alimentá- os materiais tridimensionais. ciados por eles.
-los, brincar, contar uma história, entre
E DU C AÇ ÃO
(modo de segurar o portador alimentação, banho, troca, brincadei- • Promover o momento diário de leitura
ras, entre outros. outros. literária ou contação de histórias, de
e de virar as páginas).
• Participação de jogos rítmicos, escu- • Acolher as manifestações dos bebês e modo que seja um convite à participa-
(EI01EF04) Reconhecer ele- ta, contação de história, imitando e incentivá-los a comunicar suas vonta- ção dos bebês, selecionando previa-
mentos das ilustrações de explorando sons variados. des e necessidades oralmente, oportu- mente recursos visuais e lúdicos, como
histórias, apontando-os, a nizando que protagonizem a conversa, adereços ou objetos específicos e livros
pedido do adulto-leitor, na • Participação de contextos de escuta dando tempo para eles interagirem e com diferentes ilustrações.
interação com os recursos de histórias e apreciação de ilustra- manifestarem suas respostas de ma- • Preparar um ambiente aconchegante
disponíveis. ções dos livros. neira verbal e não verbal. para os bebês ouvirem histórias, dis-
pondo de tapetes, almofadas, tecidos,
DA
ET Á R IOS
(EI01EF05) Imitar as varia- ou contação de diferentes gêneros li- tanto na sala quanto na área externa,
ções de entonação e gestos apontamento de objetos ou outras em cabana ou embaixo de uma árvore,
situações que o contexto propõe, terários (contos de repetição, contos
realizados pelos adultos, ao entre outros.
CURRÍCU L O
GRU POS
cios, fala e outras formas de cios, entre outros). petidas aos bebês, acolhendo e va-
lorizando suas diferentes formas de materiais utilizados nas histórias.
expressão.
• Brincadeira com livros impressos (de expressão e suas preferências, favore- • Ler diariamente livros/textos, atuando
(EI01EF07) Conhecer e ma- diferentes formatos, texturas e ma- cendo a apropriação de um repertório como bom modelo de leitor, utilizando
teriais), exploração e manuseio de de narrações conhecidas. elementos expressivos para apresentar
nipular materiais impressos
suas páginas, apreciando. a narrativa, lendo de forma fiel ao texto,
e audiovisuais em diferentes • Assegurar a repetição de uma mesma mantendo as características e marcas
portadores (livro, revista, gibi, • Investigação de imagens e ilustra- marcação no momento da história, do texto escrito, cuidando da entonação
jornal, cartaz, CD, tablet, entre ções. com alguns "rituais", tais como: varia- da voz, da característica da narrativa, do
outros). ção da luminosidade, a presença de ritmo da leitura, das expressões e sele-
• Expressão de suas percepções em uma caixa ou baú, adereços ou objetos cionando com antecedência a história
(EI01EF08) Participar de situ- situações cotidianas. específicos, entre outros. que será partilhada com os bebês.
ações de escuta de textos de • Planejar recursos visuais e lúdicos
diferentes gêneros textuais • Participação cotidiana de escuta de • Garantir que os textos e livros seleciona-
diferentes gêneros textuais, como: com diferentes ilustrações para o mo- dos tenham uma variedade de gêneros
(poemas, fábulas, contos, re- mento da história, assegurando que a textuais e sejam de qualidade textual e
ceitas, quadrinhos, anúncios, contos de repetição, contos musica-
dos e textos poéticos, entre outros. apresentação do livro seja um convite gráfica, considerando, para a criação do
entre outros). para a participação do bebê. acervo, a literatura local, as histórias co-
• Exploração de situações de imitação • Planejar ações e/ou projetos para que nhecidas pelos bebês e suas famílias.
(EI01EF09) Conhecer e mani- das variações de entonação e de ges-
pular diferentes instrumentos os bebês e a família leiam juntos, tais • Promover contextos significativos e
tos realizados pelo adulto em contex- como: empréstimos, trocas de livros
e suportes de escrita. tos de leitura ou canto. lúdicos, nos quais os bebês sejam con-
semanais, entre outros. vidados a explorar instrumentos que
deixam marcas.
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5.6.2 Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses)
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: O EU, O OUTRO E O NÓS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
(EI02EO02) Demonstrar imagem nos grupos, nas quais vivenciam ex- grupos, apoiando a construção de (EI02CG02) Deslocar seu cor- arrastar, subir, descer, agachar, adentrar, sair, corpo com crescente domínio
positiva de si e confiança em sua periências com diferentes parceiros. ações pessoais e compartilhadas. po no espaço, orientando-se entre outros, em contextos de brincadeiras. dos seus movimentos.
capacidade para enfrentar difi- por noções como em frente, • Brincadeira com jogos que envolvam marca-
IN FA N TIL
• Exercício da autonomia para se ves- • Comunicar, de forma clara, em relação • Oportunizar, no cotidiano, diver-
culdades e desafios, identifican- à organização física e social do am- atrás, no alto, embaixo, den- ções no ambiente, explorando diferentes per- sas brincadeiras e interações
tirem e se despirem.
do suas possibilidades, de modo biente, visando fortalecer a autonomia tro, fora, entre outras, aper- cursos motores e noções, como: perto, longe, com diferentes manifestações
a agir para ampliá-las. • Participação de contextos de brin- e colaboração das crianças. feiçoando seus recursos de em cima, embaixo, frente e atrás. culturais.
cadeiras e faz de conta, nos quais deslocamento e ajustando • Experimentação de diferentes movimentos, por
• Apoiar as crianças nas propostas co- • Proporcionar brincadeiras regio-
(EI02EO03) Compartilhar os ob- possam escolher suas fantasias e
letivas e favorecer a reflexão sobre suas habilidades motoras, ao meio da observação e imitação de seus pares,
jetos, os temas, as personagens vivenciar, a seu modo, diferentes se envolver em brincadeiras e criando sua própria coreografia ao som de mú- nais, tradicionais, de outras cul-
e os espaços com crianças da papéis de personagens de histórias eventual quebra de regras decididas sicas de gêneros diversos. turas, outros tempos e daquelas
coletivamente. atividades de diferentes natu- já conhecidas pelas crianças e
mesma faixa etária, de faixas conhecidas. • Participação, em diferentes contextos, de jogos
rezas. seus familiares.
E DU C AÇ ÃO
etárias diferentes e adultos. • Participação de brincadeiras canta- • Promover a participação das crianças simbólicos, reproduzindo gestos, entonações e
das em que se faz necessário can- na organização do tempo, espaços e (EI02CG03) Explorar formas expressões de animais, personagens, adultos e • Proporcionar momentos de apre-
(EI02EO04) Comunicar-se com tar/falar e ouvir os outros. materiais, apoiando a reflexão sobre o de deslocamento no espaço outras crianças, utilizando adereços, fantasias e ciação de diversas danças e tea-
os colegas e os adultos, buscan- cuidado com os objetos e ambientes. posturas corporais. tros, incentivando a investigação
• Participação de situações para to- (pular, saltar, dançar), combi-
do compreendê-los e fazendo-se • Apoiar as crianças na identificação de nando movimentos e seguin- • Brincadeira com diversos jogos de construção, de diferentes possibilidades ex-
mar decisões, negociar pontos de explorando, a seu modo, as propriedades dos pressivas das crianças.
compreender, ampliando suas vista com o grupo para decidirem, elementos que provoquem estranheza do orientações.
possibilidades expressivas e co- ou medo, ajudando-as a encontrar for- diferentes tipos de materiais e experimentando
por exemplo, qual brincadeira irão • Organizar espaços internos e
municativas. realizar, argumentando e justificando mas de expressar seus sentimentos e (EI02CG04) Demonstrar pro- ações, como: encaixar, empilhar, equilibrar, en- externos que favoreçam às crian-
emoções. tre outras.
suas escolhas. gressiva independência no ças movimentar-se, explorando
(EI02EO05) Perceber que as pes- cuidado do seu corpo, encon- • Exploração, em situações cotidianas, de expe- as possibilidades e limites do
DA
ET Á R IOS
soas têm características físicas • Vivência de situações em que pos- respeitando suas expressões e emo- trando soluções para resolver riências que promovam a ampliação e sofis- próprio corpo, por exemplo, na
diferentes, valorizando e respei- sam apoiar seus pares e construir ções, fortalecendo sua autoestima. ticação de suas habilidades manuais, como: criação de circuitos, entre outras
regras básicas de convivência. suas necessidades pessoais segurar, empilhar, encaixar, lançar, amassar,
tando essas diferenças. propostas, utilizando materiais
CURRÍCU L O
• Construir formas de apoio às crianças e pedindo ajuda, quando ne- desmontar, rasgar, picotar, modelar, folhear, pin-
• Participação de situações de escuta cessário. diversos, como: caixas, pneus,
(EI02EO06) Respeitar regras no tocante à autonomia em relação tar, desenhar, entre outros. tecidos, entre outros.
de histórias, de conversa sobre as aos cuidados pessoais.
básicas de convívio social nas emoções e sentimentos que desper- (EI02CG05) Desenvolver pro- • Participação, de forma ativa, de momentos
que envolvam cuidados pessoais, como: calçar • Organizar a presença de obje-
interações e brincadeiras, iden- taram. • Estabelecer combinados que orientem gressivamente as habilidades meias e sapatos, vestir o agasalho, assoar o na- tos e cenários marcados pela
tificando e compreendendo seu as crianças, no momento de “arruma- manuais, adquirindo controle riz, lavar as mãos, entre outras ações de forma cultura em brincadeiras de faz
• Participação, de forma ativa, nas re-
GRU POS
pertencimento nos diversos gru- ção”, a organizar brinquedos e mate- de conta (mobiliário de casinha,
soluções de conflitos do cotidiano. riais, cuidando no ambiente. para desenhar, pintar, rasgar, segura e significativa, seja de modo individual
pos dos quais participa. folhear, entre outros, explo- ou interagindo e partilhando descobertas com carrinhos, fantasia) e/ou utiliza-
• Vivência de situações em que exer- • Apoiar as crianças na resolução de rando materiais, objetos e seus pares. dos por adultos em seu cotidiano
(EI02EO07) Resolver conflitos çam autonomia, protagonismo e re- conflitos, incentivando-as a expor (vestimentas, bolsas, acessórios,
alizem escolhas. brinquedos diversos. • Exploração, em contextos de brincadeiras, de in-
nas interações e brincadeiras, suas opiniões, preferências, desejos, telefone, panelas, potes, embala-
com a orientação do adulto, por pontos de vista e também a ouvir o terações e investigações de materiais, estrutu- gens…).
• Participação, de forma ativa, na or- (EI02CG06) Participar da rados ou não, possibilitando a experimentação
meio do diálogo, utilizando seus ganização dos espaços coletivos. outro. construção de diferentes dos diferentes modos de brincar, criando seus • Proporcionar diversidade de ma-
recursos pessoais, respeitando • Oportunizar contextos em que as brinquedos tradicionais, com próprios brinquedos, entre outros. teriais, estruturados ou não, que
as outras crianças e buscando • Partilha, com o professor e com os
outros colegas, da liderança nas pro- crianças explorem e se expressem por o auxílio de um adulto. • Participação, em situações cotidianas, de diver- possibilitem às crianças explorar
reciprocidade. postas e ações cotidianas. meio das múltiplas linguagens. sas brincadeiras que promovam as interações diferentes objetos e experimen-
• Atuar, com escuta atenta, para acolher com diferentes manifestações culturais. tar diferentes modos de brincar
as manifestações das crianças. com o material.
• Participação, em contextos de construção, a
• Oferecer opções de materiais, a partir seu modo, de diferentes brinquedos tradicionais • Organizar contextos em que as
da escuta e observações, por meio de que façam parte de suas vivências, do seu gru- crianças produzam desenhos e
suas manifestações e brincadeiras, po e de suas famílias. pinturas, por meio de diferentes
respeitando as próprias preferências e • Participação, a seu modo, de contextos nos formas de expressão, como ras-
considerando os interesses e desejos. quais possam ampliar suas possibilidades de gar, folhear, entre outros, explo-
expressão e controle, por meio da produção de rando materiais, objetos e brin-
• Oportunizar contextos em que as quedos diversos.
crianças façam escolhas, ajam com desenhos, pinturas, rasgando, folheando, entre
autonomia e protagonismo. outros, explorando materiais, objetos e brinque-
dos diversos.
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GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
• Interação com as crianças da mes- noros e instrumentos de pequena percussão: lecas), materiais naturais e outras tos, argila com água, receitas culiná-
tambor, guizo, pandeiro, chocalho, entre outros. expressando sensações e materialidades, percebendo suas rias, entre outros.
(EI02TS02) Utilizar materiais ma turma, de outra faixa etária e
• Incentivar a exploração e a criação de sons descobertas ao longo do pro- texturas, temperaturas, cores, pesos,
variados com possibilidades adultos, utilizando objetos, instru- • Estar atento aos contextos cotidianos,
IN FA N TIL
no ambiente, em brincadeiras e discriminação de diferentes sons. pelas crianças, de instrumentos musicais, en- as chuvas, o movimento das nuvens, contato com a natureza, explorando
cantadas, canções, músicas e tre outros. a mudança da luminosidade e tempe- os espaços da instituição de Educa-
(EI02ET03) Compartilhar, ratura do ambiente, percebendo tam- ção Infantil (parque, tanque de areia,
melodias, apreciando, desco- • Construção de diferentes objetos so- • Desafiar as crianças a perceber e discriminar
com outras crianças, situa- bém a mudança da paisagem durante jardins, quadra, solário, entre outros) e
brindo sons e possibilidades noros com os materiais diversos, ex- os sons variados de diferentes fontes sonoras.
ções de cuidado de plantas e após a chuva ou ventania. do entorno (praças, canteiros, jardins,
plorando, experimentando e criando • Criar contextos nos quais as crianças sejam
sonoras, explorando e identi- diferentes sons. e animais, participando de campos, entre outros), apoiando as
ficando elementos da música encorajadas a investigar os elementos da mú- • Brincadeira com diferentes materiais,
sica: timbre, intensidade, duração e altura. pesquisas e experiências, investigações das crianças, disponi-
para se expressar, interagir • Exploração, nos contextos de brin- nos espaços da instituição e vivenciando contextos com vento (ca- bilizando materiais, como lupas, pás,
com os outros e ampliar o seu cadeiras, de elementos da música, • Oportunizar que as crianças assumam a lide- ta-vento, pipa, língua de sogra), luz e binóculos, entre outros.
(timbre, intensidade, duração e altu- rança na exploração e produção intencional de fora dela. sombra (lanterna, celofanes colori-
conhecimento de mundo. • Oportunizar às crianças o cuidado
ra), imitando, criando e improvisando gestos corporais e vocais. dos, tecidos transparentes).
DA
ET Á R IOS
(EIO2TS04) Demonstrar inte- sons produzidos pelo próprio corpo. • Planejar contextos, em diferentes tempos, es- plorar relações espaciais • Investigação dos fenômenos naturais tes, mudas, na interação com peque-
resse, respeito e valorização • Exploração de diversos suportes, paços e materiais (secos e molhados), e instru- (dentro e fora, em cima, em- e do funcionamento ou transforma-
mentos, que ofereçam diversas possibilidades nos animais, apoiando suas investiga-
CURRÍCU L O
pelas diferentes manifesta- materiais e instrumentos que possi- baixo, acima, abaixo, entre e ção de diferentes materiais. ções.
ções artísticas de sua comu- bilitem experimentar, em suas pro- de exploração e criação, envolvendo a modela-
gem, colagem, pintura, entre outros. do lado) e temporais (antes, • Estar atento ao uso de percursos na-
nidade e de outras culturas. duções, cores, texturas, formas e • Participação de ações de cuidado e
• Envolver as crianças, em contextos de resolu- durante e depois), ampliando investigação de plantas e pequenos turais e/ou previamente organizados
volume, combinando diversas moda-
ção de problemas, com objetos tridimensio- seu vocabulário. animais presentes no cotidiano, a com intervenções intencionais nos
(EI02TS05) Produzir marcas lidades como: modelagem, colagem,
nais, oportunizando pesquisas referentes aos partir de seu interesse, levantando trajetos ou circuitos, favorecendo a
gráficas, utilizando diferentes pintura, entre outros. (EI02ET05) Classificar obje- percepção das relações espaciais e
GRU POS
materiais, suportes e proce- • Brincadeira com materiais não es- elementos de ligação (como cola, fitas adesi- hipóteses, realizando observações e
vas, entre outros). tos, considerando determina- descobertas sobre os seres vivos ou temporais.
dimentos, explorando cores, truturados, explorando superfícies, do atributo (tamanho, peso, insetos presentes no cotidiano.
texturas, superfícies, planos, formas e volumes, testando possibi- • Promover contextos de investigação nos quais • Incentivar as crianças a resolverem
as crianças, a seu modo, explorem materiais cor, forma, entre outros), situações cotidianas referentes à di-
formas e volumes. lidades, ao utilizar materiais. expressando-se por meio de • Participação de situações de cuidado reção, sentido, quantidade e tempo,
não estruturados, superfícies, formas e volu- com o meio ambiente (uso consciente
• Investigação e produção de marcas mes, testando possibilidades ao utilizar ele- vocabulário adequado. apoiando-as a comunicar e questionar
da água, da energia elétrica, dos ma- o que observam, emitir opiniões e con-
gráficas, em diferentes suportes mentos de ligação, para criar objetos tridimen- teriais, descarte correto do lixo, reuti-
bidimensionais e tridimensionais, sionais. (EI02ET06) Identificar re- frontar pontos de vista.
lações temporais e utilizar lização de materiais, entre outros) e
experimentando variados riscantes • Propor, em diferentes tempos e espaços, si- preservação da natureza (campanhas • Disponibilizar portadores numéricos,
e instrumentos, explorando cores, tuações nas quais as crianças, a seu modo, conceitos básicos de tempo de conscientização, por exemplo). medidores convencionais, papéis e
texturas, superfícies, planos, formas experimentem diversos riscantes, como cane- (agora, antes, durante, de- lápis em diferentes espaços da Insti-
e volumes. tinha, giz de cera, carvão, tinta, lápis de cor, em pois, ontem, hoje, amanhã, • Exploração dos espaços da Instituição tuição de Educação Infantil e no jogo
• Participação de contextos de livre diversos suportes e superfícies, por exemplo, lento, rápido, depressa, deva- de Educação Infantil, investigando os simbólico, que instiguem as crianças
escolha de brincadeiras, com can- papéis, caixas, embalagens, paredes, azulejos, gar), ampliando o vocabulário percursos que podem ser realizados a investigarem a relação dos números
ções relacionadas às narrativas, fes- entre outros. adequado ao conceito em de um lugar a outro, considerando di- com suas respectivas quantidades,
tas e outros acontecimentos típicos • Promover contextos de investigação em que as uso. ferentes pontos de referências. registrarem com números e quanti-
de sua cultura. crianças produzam e percebam as suas mar- dades, a seu modo, em contextos de
• Investigação das possibilidades dos brincadeira, como em listas de preços,
cas gráficas e de seus colegas. (EI02ET07) Contar oralmente materiais (boiar, afundar, rolar, empi-
• Convivência, no cotidiano, com di- objetos, pessoas, livros, entre calculadoras, balanças, telefone, reló-
ferentes manifestações artísticas e • Envolver a comunidade com as crianças na lhar, entre outras), conforme seus atri-
participação de diferentes manifestações artís- outros, em contextos diver- gio, calendário, agendas e nas brinca-
culturais, envolvendo as múltiplas butos (mais pesado, mais leve, entre deiras de mercadinho, pizzaria, sorve-
linguagens de sua comunidade e de ticas e culturais (musicais e teatrais, contação sos. outros).
de histórias, entre outros). teria, pet shop, entre outras.
outras culturas.
100 101
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO
(EI02ET08) Registrar, com • Participação de situações do cotidia- • Garantir a participação das crianças (EI02EF01) Dialogar com • Brincadeira que promova interação • Oportunizar às crianças contextos reais
números, a quantidade de no nas quais possam acompanhar, na observação e marcação das ações crianças e adultos, expres- com o ambiente, crianças e adultos. de interações comunicativas de qualidade
crianças (meninas e meni- observar e investigar a passagem do que acontecem ao longo de seu co- sando seus desejos, neces- • Expressão de suas preferências, ne- e positivas, de modo que elas interajam
tempo, tais como: contar quantos dias tidiano, incentivando-as ao uso de cessidades e saberes por meio das com seus pares e outras pessoas, nos di-
nos, presentes e ausentes) e faltam para uma situação significativa vocabulários que marquem as ações sidades, sentimentos, prefe- ferentes momentos do cotidiano (parque,
a quantidade de objetos da rências, saberes, vivências, múltiplas linguagens (linguagem oral,
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
à turma; observar o desenvolvimento temporais (agora, antes, durante, gráfica, corporal, musical, visual, entre alimentação, higiene, propostas em sala
mesma natureza (bonecas, e crescimento de plantas cultivadas, depois, hoje, amanhã) e objetos que dúvidas e opiniões, ampliando e em espaço externo), falando sobre suas
bolas, livros, entre outros). gradativamente suas possi- outras).
investigando diferentes maneiras de apoiem a marcação do tempo (calen- experiências pessoais, relatando fatos sig-
IN FA N TIL
marcar essa observação e brincando dário, relógio). bilidades de comunicação e • Participação de conversas e brinca- nificativos, sendo escutadas e acolhidas
(EI02ET09) Fazer uso de al- com calendário, relógio, cronômetro, expressão. deiras em situações cotidianas. naquilo que comunicam, expressando-se
• Oportunizar, em situações cotidianas
guns recursos tecnológicos entre outros marcadores. às crianças, contextos significativos • Expressão oral de seus pensamentos, pelas múltiplas linguagens.
e midiáticos, como ferramen- em que sejam convidadas a contar e (EI02EF02) Identificar e criar opiniões, gostos, experiências e relato • Garantir a escuta e observação atenta para
• Brincadeiras, em situações cotidianas,
tas que apoiam suas investi- nas quais sejam convidadas e instiga- registrar, por exemplo, quantidade de diferentes sons e reconhecer de fatos acontecidos, histórias conhe- identificar os interesses das crianças, du-
gações. das a contar, separar materiais, de materiais necessários a uma determi- rimas e aliterações em canti- cidas. rante seus diálogos, brincadeiras e narrati-
acordo com a quantidade necessária, nada proposta, entre outros. gas de roda e textos poéticos. • Interação com os colegas e adultos, vas, para selecionar e organizar materiais
como: para distribuir o que é de uso • Promover investigações, em contex- em contextos de conversas, expres- que favoreçam a continuidade de suas
coletivo, na execução de receitas, na (EI02EF03) Demonstrar in- investigações e a recuperação de seus sa-
E DU C AÇ ÃO
ponibilizando tempos, espaços e ma- (EI02EF04) Formular e respon- colegas, oportunizando que investiguem o
ET Á R IOS
mo que de forma não convencional, a des da fala, por meio das manifesta-
teriais que favoreçam a continuidade der perguntas sobre fatos da ções da cultura popular, como: músi- que está escrito.
sequência das ações do cotidiano, a
quantidade de materiais para identifi- de suas experiências, por meio de história narrada, identifican- cas, cantigas, textos poéticos, jogos • Organizar contextos nos quais as crianças
CURRÍCU L O
car um pote, as pontuações acumula- boas perguntas. do cenários, personagens e de escolha, entre outras brincadeiras possam brincar com a sonoridade das pala-
das em jogos e brincadeiras, entre ou- • Oportunizar contextos nos quais as principais acontecimentos, e textos memorizados. vras nas canções, textos poéticos, histórias
tros contextos lúdicos e significativos. crianças possam explorar e fazer uso tais como: “quem?”, “o quê?”, com rimas, bem como materiais impres-
• Brincadeira de construção de narrati- sos, incentivando-as que investiguem o que
de recursos tecnológicos para brincar “quando”, “como?”, “onde?”, “o vas comuns, negociando papéis, cená-
• Participação, de forma ativa, de con- e investigar, como usar cilindros para que acontece depois?” e “por está escrito.
textos nos quais exploram e fazem rios, lidando com possíveis conflitos.
observar a natureza ou encontrar in-
GRU POS
uso de recursos tecnológicos e midiá- quê?”. • Assegurar, cotidianamente, a leitura de dife-
formações com o apoio do professor • Exploração de diferentes suportes rentes portadores, em contextos que sejam
ticos para brincar e investigar. em pesquisas na internet. e gêneros textuais, interagindo em
(EI02EF05) Relatar experiên- significativos para as crianças, como o car-
cias e fatos acontecidos, his- ambientes planejados para leitura, taz de uma festa, a placa de identificação
realizando escolhas e manipulando de uma sala, as legendas de fotos no mural,
tórias ouvidas, filmes ou pe- materiais impressos diversos, como
ças teatrais assistidos, entre o bilhete escrito na agenda, entre outros.
livros de diferentes formatos, texturas
outros. e materiais. • Promover momentos de conversas sobre
a leitura de um livro/texto, fazendo media-
(EI02EF06) Criar e contar his- • Participação de contextos de leitura ções que propiciem a reflexão sobre a rela-
tórias oralmente, com base de textos novos e/ou já conhecidos, ção das ilustrações com o texto.
conversando sobre eles, investigando
em imagens ou temas sugeri- o que está escrito e explorando o gê- • Organizar contextos para que as crianças
dos, utilizando de termos pró- nero literário, suas ideias e conexões escutem, explorem e conversem sobre as
prios dos textos literários. com as experiências pessoais, entre histórias lidas, instigando que expressem
outras possibilidades. suas impressões e sentimentos sobre o
(EI02EF07) Manusear diferen- que foi lido.
tes portadores textuais (livros, • Contação e criação de histórias,
apoiando e recuperando seus saberes, • Planejar contextos significativos em que as
revista, gibi, jornal, cartaz, CD, crianças possam participar de situações de
a partir das ilustrações de livros, ima-
tablet, entre outros), inclusi- gens, objetos, fantoches, entre outros. uso real da escrita, por exemplo: na produ-
ve em suas brincadeiras, de- ção de recados e bilhetes para as famílias,
monstrando reconhecer seus • Participação do contexto de leituras de listas, na elaboração de cartazes e con-
usos sociais. literárias de histórias e de diferentes vite, de carta de boas-vindas a um novo co-
gêneros. lega, entre outros.
102 103
5.6.3 Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses)
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS BEM PEQUENAS (1 ANO E 7 MESES A 3 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: O EU, O OUTRO E O NÓS
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
de jogos e brincadeiras, por exemplo, dos, cenários, adereços e resolven-
aventura, tirinhas, cartazes de ao seguir e comunicar as regras de um hipóteses. do problemas. • Incentivar as crianças a expressarem
sala, cardápios, notícias, entre jogo, o passo a passo de uma receita (EI03EO02) Agir de maneira sentimentos e emoções nas situações
• Proporcionar momentos nos quais as crian-
IN FA N TIL
outros), ampliando suas expe- independente, com confiança • Participação de contextos nos quais cotidianas.
culinária, brincar de escritório, banco, ças vivenciem a escrita com significado e possam, coletivamente, elaborar re-
riências com a língua escrita. correio, entre outras possibilidades. sentido, por exemplo: a escrita de seu nome em suas capacidades, reconhe- • Apoiar as crianças a perceberem as
cendo suas conquistas e limita- contos, cartazes, álbuns, entre ou-
• Participação de brincadeiras em que para criação de listas, etiquetas de identifi- tros. reações e sentimentos do outro nas
possam fazer o uso social da escrita, cação de materiais, bilhetes, cartas, entre ções. diferentes situações cotidianas.
(EI02EF09) Manusear diferen-
como nos jogos simbólicos, tendo a outros. • Participação de jogos e brincadeiras
tes instrumentos e suportes (EI03EO03) Ampliar as relações • Apoiar as crianças frente à resolução
oportunidade de, por exemplo, elaborar • Planejar contextos, favorecendo o acesso com regras, encontrando situações
de escrita para desenhar, tra- interpessoais, desenvolvendo nas quais possam testar suas pos- de conflitos, estimulando o cuidado,
çar letras e outros sinais grá- listas de compra, escrever a receita de das crianças a computadores ou tablets, valorizando o diálogo, ajudando-as a
um medicamento, anotar um telefone, apoiando a exploração dos recursos dispo- atitudes de participação, co- sibilidades e construir estratégias
ficos, escrevendo, mesmo que operação e solidariedade, em para jogar. reconhecer a existência do ponto de
entre outras possibilidades. níveis.
E DU C AÇ ÃO
ET Á R IOS
as crianças ouvirem histórias, dispondo de grupos, argumentando sobre a re-
situações significativas do cotidiano, tapetes, almofadas, tecidos, tanto na sala solução de situações de conflitos. possam agir de maneira independen-
como no registro de suas produções, quanto na área externa, em cabana ou em- (EI03EO05) Demonstrar valo- te, com confiança, em suas capacida-
CURRÍCU L O
pertences, brincadeiras, entre outros. baixo de uma árvore, entre outros. rização das características de • Participação, de forma ativa, no pla- des e reconhecendo suas conquistas
seu corpo e respeitar as carac- nejamento de situações coletivas, e limitações.
• Participação de contextos, vivenciando • Garantir uma diversidade de gêneros e tipos na concepção e preparação de ex-
o uso social da escrita para a comunica- terísticas dos outros (crianças • Incentivar a construção de regras de
de textos a serem lidos, explorados e manu- posições e em outros contextos de
ção, tais como: elaborando convite para seados pelas crianças. e adultos) com os quais convi- convívio social.
ve, aproximando-se do cuidado partilhas de descobertas.
a exposição das produções do grupo,
roteiro das propostas do dia, bilhetes • Ler diariamente livros/textos, atuando como e respeito com o outro em situ- • Promover a participação das crianças
GRU POS
bom modelo de leitor, utilizando elementos • Investigação e compartilhamento
para a família, listando produtos a se- ações mediadas pelo professor. de suas tradições familiares, meio na organização do tempo, espaços e
rem comprados, entre outras possibili- expressivos para apresentar a narrativa, de materiais, apoiando a reflexão sobre
forma fiel ao texto, mantendo as caracterís- social, fortalecendo a construção
dades de registros, tendo o professor (EI03EO06) Manifestar inte- de sua identidade cultural. o cuidado com os objetos e ambiente.
como escriba. ticas e marcas do texto escrito, cuidando da resse e respeito por diferentes
entonação da voz, da característica da nar- • Construir formas de apoio à criança
culturas e modos de vida, do • Participação de contextos nos quais no tocante à autonomia em relação
• Participação de contextos sociais reais rativa, do ritmo da leitura, das expressões e tenham a oportunidade de perceber
nos quais produzam escritas espontâ- selecionando, com antecedência, a história passado e do presente, valori- aos cuidados pessoais.
e estabelecer relações entre o modo
neas, de acordo com suas hipóteses, que será partilhada com as crianças. zando as marcas culturais de de vida de seu grupo e de outros.
em situações cotidianas e de brincadei- • Apoiar as crianças nas ações coleti-
seu grupo de origem e de outros vas, favorecendo a reflexão sobre o
ra, como ao escrever: uma cartinha para • Garantir que os textos e livros selecionados
tenham uma variedade de gêneros textuais, grupos. • Brincadeira e investigação de cultu- respeito às regras de convívio.
o colega, um bilhete para o professor, o ra, costumes e brincadeiras de dife-
cartaz de um supermercado, a receita sejam de qualidade textual e gráfica, consi- (EI03EO07) Usar estratégias
derando, para a criação do acervo, a literatu- rentes épocas e povos. • Oportunizar contextos nos quais as
de um bolo, um cartão de aniversário, pautadas no respeito mútuo crianças possam se expressar por di-
carta de boas-vindas a um novo colega, ra local, as histórias conhecidas pelas crian- • Participação, com maior autonomia,
ças e suas famílias. para lidar com conflitos nas ferentes linguagens.
entre outras. das ações de cuidados pessoais.
interações com crianças e adul- • Atuar, com escuta atenta, acolhendo
• Exploração dos recursos digitais dispo- • Promover contextos nos quais faça uso de tos, conhecendo, respeitando e
comportamentos e procedimentos típicos de • Convivência com crianças e adultos, as manifestações das crianças em di-
níveis, investigando possibilidades (ler utilizando regras elementares em grandes e pequenos grupos, res- versas linguagens.
e ouvir histórias, criar marcas gráficas, leitor, por exemplo: acompanhar com o dedo
a parte do texto que está sendo lida, identifi- de convívio social. peitando as diferenças de cada um.
entre outras) em computadores e ta- • Oportunizar contextos em que os
blets. car em um índice o número da página em que • Exploração e participação de dife- ambientes, espaços e materiais favo-
está o texto a ser lido, usar a ilustração como rentes formas de interações com reçam o jogo simbólico e diferentes
indício para lembrar uma passagem do texto, pares e grupos sociais diversos. formas expressivas.
entre outros.
104 105
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: O EU, O OUTRO E O NÓS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
cola. culturais dos grupos. arrastar, subir, descer, agachar, adentrar, sair, com crescente domínio dos seus
(EI02CG02) Deslocar seu entre outros, em contextos de brincadeiras.
• Expressão de suas necessidades, • Incentivar, valorizar e respeitar as dife- corpo no espaço, orientan- movimentos.
• Brincadeiras com diferentes jogos que envol-
IN FA N TIL
emoções, sentimentos, dúvidas, renças e trocas de experiências entre do-se por noções, como: • Oportunizar no cotidiano diversas
hipóteses, descobertas, opiniões e as crianças. vam marcações no ambiente, explorando per-
em frente, atrás, no alto, cursos motores e noções, como: perto, longe, brincadeiras e interações com dife-
oposições, ao seu grupo e adultos, embaixo, dentro, fora, entre rentes manifestações culturais.
por meio de diferentes linguagens. • Planejar contextos nos quais tenham em cima, embaixo, frente e atrás.
a oportunidade de conviver, em gran- outras, aperfeiçoando seus
• Experimentação de diferentes movimentos, por • Proporcionar brincadeiras regionais,
• Participação de situações que fa- des e pequenos grupos, de argumen- recursos de deslocamento e meio da observação e imitação de seus pares, tradicionais, de outras culturas, ou-
voreçam o conhecimento e a cons- tar e negociar. ajustando suas habilidades criando sua própria coreografia, ao som de mú- tros tempos e daquelas já conheci-
trução de sua identidade pessoal e motoras, ao se envolver em sicas de gêneros diversos. das pelas crianças e seus familiares.
cultural. • Atentar-se para que o tempo, espaços, brincadeiras e atividades de
materiais e formas de comunicação, • Participação em diferentes contextos de jogos • Proporcionar momentos de aprecia-
diferentes naturezas.
E DU C AÇ ÃO
atendam e respeitem as especificida- simbólicos, reproduzindo gestos, entonações e ção de diversas danças e teatros,
des do grupo. expressões de animais, personagens, adultos e incentivando a investigação de di-
(EI02CG03) Explorar formas outras crianças, utilizando adereços, fantasias e
de deslocamento no espaço ferentes possibilidades expressivas
posturas corporais. das crianças.
(pular, saltar, dançar), com- • Brincadeiras com diversos jogos de construção,
binando movimentos e se- explorando, a seu modo, as propriedades dos • Organizar espaços internos e exter-
guindo orientações. diferentes tipos de materiais e experimentando nos que favoreçam as crianças a se
ações, como encaixar, empilhar, equilibrar, entre movimentarem, explorando as possi-
(EI02CG04) Demonstrar outras. bilidades e limites do próprio corpo,
progressiva independência como na criação de circuitos, entre
• Exploração, em situações cotidianas, de expe- outras propostas, utilizando mate-
DA
ET Á R IOS
riências que promovam a ampliação e sofis- riais diversos: caixas, pneus, tecidos,
encontrando soluções para ticação de suas habilidades manuais, como entre outros.
resolver suas necessidades segurar, empilhar, encaixar, lançar, amassar,
CURRÍCU L O
pessoais e pedindo ajuda, desmontar, rasgar, picotar, modelar, folhear, pin- • Organizar a presença de objetos e
quando necessário. tar, desenhar, entre outros. cenários marcados pela cultura em
• Participação, de forma ativa, de momentos brincadeiras de faz de conta (mobi-
(EI02CG05) Desenvolver que envolvam cuidados pessoais, como calçar liário de casinha, carrinho, fantasia)
progressivamente as habi- meias e sapatos, vestir o agasalho, assoar o na- e/ou utilizados por adultos em seu
lidades manuais, adquirin- riz, lavar as mãos, entre outras ações, de forma cotidiano (vestimentas, bolsas, aces-
GRU POS
do controle para desenhar, segura e significativa, seja de modo individual sórios, telefones, panelas, potes, em-
ou interagindo e partilhando descobertas com balagens).
pintar, rasgar, folhear, entre
outros, explorando mate- seus pares. • Proporcionar diversidade de mate-
riais, objetos e brinquedos • Exploração, em contextos de brincadeiras, de in- riais, estruturados ou não, que possi-
diversos. terações e investigações de materiais, estrutu- bilitem às crianças explorar diferen-
rados ou não, possibilitando a experimentação tes objetos e experimentar variados
(EI02CG06) Participar da dos diferentes modos de brincar, criando seus modos de brincar com o material.
construção de diferentes próprios brinquedos, entre outros. • Organizar contextos em que as
brinquedos tradicionais, • Participação, em situações cotidianas, de diver- crianças produzam desenhos e pin-
com o auxílio de um adulto. sas brincadeiras que promovam as interações turas, por meio de diferentes formas
com diferentes manifestações culturais. de expressão, como rasgar, folhear,
• Participação, em contexto de construção, a seu entre outros, explorando materiais,
modo, de diferentes brinquedos tradicionais que objetos e brinquedos diversos.
façam parte de suas vivências, do seu grupo e
de suas famílias.
• Participação, a seu modo, de contextos nos
quais possam ampliar suas possibilidades de
expressão e controle, por meio da produção de
desenhos, pinturas, rasgando, folheando, entre
outros, explorando materiais, objetos e brinque-
dos diversos.
106 107
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as aprendizagens Ações intencionais do professor que Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que
desenvolvimento das crianças pequenas favorecem essas aprendizagens desenvolvimento aprendizagens das crianças pequenas favorecem essas aprendizagens
(EI03TS01) Utilizar sons • Participação de contextos de exploração e • Organizar e selecionar instrumentos mu- • Exploração de materialidades e expressão • Organizar contextos de investigação, se-
criação de sons, com objetos sonoros e ins- sicais que possibilitem a investigação e (EI03ET01) Estabelecer re-
produzidos por materiais, lações de comparação entre de percepções em relação a tamanhos, lecionando previamente materiais que
trumentos musicais. exploração de diversos sons. pesos, volumes e temperaturas, como: favoreçam a comparação entre tamanho,
objetos e instrumentos mu- objetos, observando suas
sicais e pelo próprio corpo • Brincadeiras para a percepção da linguagem • Criar contextos nos quais as crianças, a ao manusear ingredientes de uma receita peso, volume e temperatura, ao explorar
musical, aprendendo a ouvir o som e o si- seu modo, explorem e investiguem ins- propriedades e registrando culinária, massas, melecas, materiais não ingredientes de uma receita, brincar com
durante brincadeiras de faz
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
lêncio, reconhecendo a diferença entre eles. trumentos musicais e objetos sonoros, dados relativos a tamanhos, estruturados, entre outros. materiais não estruturados e diferentes
de conta, encenações, cria- e percebam elementos da linguagem pesos, volumes e tempera- materialidades.
ções musicais, festas. • Exploração e produção de sons com o pró-
prio corpo, ampliando as possibilidades de musical. turas. • Brincadeiras em situações de jogo sim-
IN FA N TIL
sição de sequência de sons. desafiadas a resolver problemas, estimar • Oportunizar contextos significativos, desa-
qualidades do som (intensi- ção musical, entre outras. quantidades de materiais e de tempos,
• Exploração da improvisação musical e so- fiadores e em situações do cotidiano, nos
dade, duração, altura e tim- • Incentivar a exploração de sons produ- (EI03ET03) Identificar e envolvendo contextos em que precisam quais as crianças classifiquem materiais e
bre), utilizando-as em suas norização de histórias, expressando-se, saber quantos dias faltam para uma situ-
exercitando sua imaginação e capacidade zidos pelo próprio corpo, em momentos selecionar fontes de infor- objetos, como ao propor a organização do
produções sonoras e ao ou- de brincadeiras, jogos musicais e histó- mações, para responder a ação significativa à turma, quantos mate- ambiente, incentivando-as para agrupá-los
de criação. riais são necessários para que sejam dis-
vir músicas e sons. rias sonorizadas. questões sobre a natureza, por similaridades.
• Investigação, nos elementos da natureza e tribuídos ao grupo, entre outros.
nos objetos da instituição, de diferentes tim- • Oportunizar contextos de apreciação de seus fenômenos, sua con- • Garantir contextos de compartilhamento
(EI03TS04) Analisar apre- canções, explorando os elementos do
bres, compartilhando sua pesquisa sonora. servação, utilizando, com • Participação de contextos em que com- de histórias que envolvam as crianças, sua
sentações de teatro, músi- som (timbre, intensidade, duração e al- família e comunidade, por meio de obje-
• Interação, de forma espontânea, com a mú- ou sem ajuda dos professo- partilhem e conheçam histórias que en-
ca, dança, circo, cinema e tura) e a percepção musical. volvam a si mesmas, outras crianças, tos significativos, fotos, vídeos, relatos de
sica, em brincadeiras que explorem as dife- res, diferentes instrumentos
DA
ET Á R IOS
rentes qualidades do som (timbre, intensida- • Valorizar a improvisação e composição para coleta. suas famílias e comunidade, por meio
ticas de sua comunidade e de sequências de sons criadas pelas da investigação e interação com objetos como avós e bisavós, em contextos de in-
de outras culturas, expres- de, duração e altura). vestigação (brinquedos e brincadeiras de
crianças. significativos, como fotos, vídeos, relatos
CURRÍCU L O
sando sua opinião verbal- • Exploração de diversos riscantes, instru- (EI03ET04) Registrar ob- de familiares e/ou alguém da comunida- antigamente, história da culinária local, en-
mentos, suportes, materiais estruturados • Oportunizar contextos de exploração e
mente ou de outra forma. investigação de materiais diversos (ris- servações, manipulações e de, como avós e bisavós, brinquedos e tre outros).
ou não, em espaços internos e externos, por medidas, usando múltiplas brincadeiras de antigamente, história da
meio de oficinas de percursos, criando pro- cantes, instrumentos, suportes, tesoura, • Assegurar que as crianças participem, de
cola, entre outros) e não estruturados linguagens (desenho, regis- culinária local, entre outros. forma ativa, de situações cotidianas que en-
duções bidimensionais e tridimensionais. tro por números ou escrita
(caixas, tecidos, plástico, entre outros), • Participação, em situações cotidianas, de volvam a distribuição de materiais, apoian-
• Participação, a seu modo, de contextos nos em espaços internos e externos da es- espontânea), em diferentes do suas investigações, por exemplo: quanto
GRU POS
quais possam ampliar suas possibilidades brincadeiras e interações, investigando a
cola, por meio de oficinas de percursos suportes. relação dos números e quantidades com à quantidade de crianças e materiais, incen-
de expressão, por meio da produção de de- (pintura, desenho, colagem, escultura tivando que registrem com números.
senhos de memória, imaginação e observa- a organização do tempo, por exemplo: o
modelagem/construção). que vem antes e o que vem depois. • Disponibilizar às crianças portadores nu-
ção, entre outras possibilidades de expres- (EI03ET05) Classificar obje-
• Criar contextos nos quais as crianças, a tos e figuras de acordo com méricos, medidores convencionais, papéis
são. seu modo, criem produções bidimensio- • Brincadeiras em situações de jogo simbó-
suas semelhanças e dife- e lápis em diferentes espaços da Instituição
• Apreciação de suas próprias produções, dos nais e tridimensionais. lico nas quais investiguem a relação do de Educação Infantil e no jogo simbólico,
colegas e de imagens de manifestações ar- renças, identificando suas número e da quantidade, como: brincar que instiguem a investigar a relação dos nú-
• Organizar momentos em que as crian- formas e características,
tísticas e culturais. ças, a seu modo, produzam desenhos de de comprar e vender com dinheiro de brin- meros com suas respectivas quantidades,
• Expressão de suas ideias e opiniões, por memória, imaginação e observação. em situações de brincadei- quedo, comprar a partir de uma quantida- registrar com números e quantidades, a seu
meio das múltiplas linguagens. ra, observação e explora- de registrada numa lista, entre outros. modo, em contextos de brincadeira, como:
• Organizar contextos de apreciação das
• Participação de diferentes formas da apre- produções das crianças e/ou imagens ção. em listas de preços, calculadoras, balan-
• Participação em situações cotidianas de ças, telefone, relógio, calendário, agendas
ciação e criação de produções artísticas e fotográficas do processo vivenciado. brincadeiras e investigação, nas quais te-
sonoras. (EI03ET06) Relatar fatos e nas brincadeiras de mercadinho, pizzaria,
• Promover contextos para apreciação de nham oportunidade de observar e explo- sorveteria, pet shop, entre outras.
• Participação de manifestações artísticas e suas próprias produções, das que são importantes sobre seu nas- rar materiais e suas características, clas-
culturais da região e de outros lugares. dos colegas e de imagens de manifesta- cimento e desenvolvimento, sificando-os na organização do ambiente, • Oportunizar, em contextos e em situações
• Investigação e criação de formas de expres- ções artísticas e culturais. a história dos seus familia- em coleções, entre outros. cotidianas, experiências que envolvam
sões, utilizando o próprio corpo, objetos e contagem, apoiadas nas investigações da
• Promover contextos que oportunizem res e da sua comunidade, • Conhecimento de sua história, de sua criança, como: quando há a necessidade de
instrumentos musicais, em brincadeiras, as manifestações artísticas e culturais observando a cronologia, o família e dos colegas, em contextos de
encenações, música, dança, entre outros, contar quantos dias faltam para uma situ-
da região e de outros lugares, por meio local e quem participou des- interações no ambiente da instituição, ação significativa da turma, se há cadeiras
envolvidas em diferentes manifestações ar- das múltiplas linguagens (encenações, ses acontecimentos. expressando suas vivências e percepções
tísticas e culturais. suficientes para acomodar a todos no refei-
pintura, escultura, entre outros). dos acontecimentos. tório, entre outros.
108 109
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES) GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESPAÇO, TEMPO, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO
Objetivos de aprendizagem e Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que Objetivos de aprendizagem Contextos que favorecem as Ações intencionais do professor que
desenvolvimento aprendizagens das crianças pequenas favorecem essas aprendizagens e desenvolvimento aprendizagens das crianças pequenas favorecem essas aprendizagens
(EI03ET07) Relacionar nú- • Participação da elaboração de gráficos • Oportunizar às crianças a participação na (EI03EF01) Expressar • Expressão de vivências e sentimen- • Oportunizar momentos nos quais as crianças
e tabelas, representando quantidades, elaboração de gráficos e tabelas para re- tos, por meio de diferentes lingua- sejam convidadas a expressar suas ideias, de-
meros às suas respectivas ideias, desejos e sentimen- sejos e sentimentos, por meio das múltiplas
quantidades e identificar o em situações cotidianas de brincadeira presentar quantidades, como resultados de tos sobre suas vivências, gens, como a verbal, escrita braile,
e investigação. jogos, quantidade de crianças presentes, linguagem de sinais, imagens, escrita, linguagens, por exemplo: desenho, escrita, lin-
antes, o depois e o entre em resultados de processos democráticos de por meio da linguagem guagem verbal, entre outros.
entre outros.
uma sequência, utilizando a • Exploração de diferentes fontes, investi- oral e escrita (escrita es-
• O B J E T IV O S, C O N TE X T OS E AÇÕE S
decisões coletivas por votação, entre ou- • Respeitar a forma de participação das crianças,
linguagem matemática para gando informações, confrontando suas tros. pontânea), de fotos, dese- • Participação de contextos nos quais ao expressar suas ideias, desejos e sentimen-
construir relações, realizar hipóteses e expressando suas percep- nhos e outras formas de produzam, a seu modo, enredos de tos, a partir de uma escuta e observação atenta
• Promover contextos significativos em que
IN FA N TIL
descobertas e enriquecer a ções. expressão, ampliando gra- história e/ou encenações, expres- de suas características e necessidades.
as crianças sejam convidadas a registrar sando-se por meio das múltiplas lin- • Assegurar o contato diário com diferentes por-
comunicação em situações • Expressão e registro de suas obser- suas observações, hipóteses, descobertas dativamente suas possibi-
de brincadeiras e intera- lidades de comunicação e guagens, como filmagens, fotos, de- tadores textuais, em situações de leitura de his-
vações, hipóteses e descobertas, nas e investigações, por meio de diferentes senhos, escrita, teatro, música, entre
ções. situações do cotidiano e em contexto linguagens (fotografia, desenho, filmagem, expressão. tórias, brincadeira de jogo simbólico, em pes-
outras. quisas e investigações, entre outras.
de investigação, por meio diferentes escrita espontânea, entre outros).
(EI03ET08) Expressar medi- linguagens (fotografia, desenho, filma- • Promover situações cotidianas em que as (EI03EF02) Inventar brin- • Participação de situações de recon- • Oportunizar momentos nos quais as crianças
das (peso, altura, entre ou- gem, escrita espontânea, entre outros). crianças participem de cuidados com a na- cadeiras cantadas, poe- to de histórias fictícias ou verídicas possam ser produtoras de textos escritos, ten-
tras), construindo gráficos e • Participação de situações de cuidado tureza e com os seres vivos, como horta, mas e canções, criando ri- como aquelas que se destacam nas do o professor como escriba, garantindo senti-
do e significado a essa produção, por exemplo,
E DU C AÇ ÃO
tabelas básicos, utilizando com o meio ambiente (uso consciente minhocário, entre outros. mas, aliterações e ritmos. manchetes dos jornais, vivenciando
da água, da energia elétrica, dos mate- o personagem da matéria ou da his- como forma de compartilhar saberes construí-
unidades de medidas con- • Assegurar situações cotidianas de contato dos, a fim de registrar hipóteses, descobertas,
riais; descarte correto do lixo, reutiliza- (EI03EF03) Escolher e tória.
vencionais ou não conven- com a natureza, explorando os espaços da dúvidas, para comunicar algo, entre outros.
cionais. ção de materiais, cuidando das plantas Instituição de Educação Infantil (parque, folhear livros, procuran- • Participação de contextos de recon- • Promover situações de escrita significativa,
e da horta, entre outros) e preservação tanque de areia, jardins, quadra, solário, en- do orientar-se por temas tos de histórias conhecidas, exploran-
da natureza (campanhas de conscienti- tre outros) e do entorno (praças, canteiros, e ilustrações e tentando comunicando a função social do gênero e suas
(EI03ET09) Valorizar e co- do desafios, como: mudar o cenário características, por exemplo: combinados para
zação, por exemplo). jardins, campos, entre outros), apoiando as identificar palavras conhe- da história, onde se passam as aven-
nhecer o uso de alguns investigações das crianças, disponibilizan- uso de espaços coletivos, bilhetes, entre outros.
• Participação em situações cotidianas cidas por meio de indícios turas, alterar detalhes que envolvam
recursos tecnológicos e mi- do materiais, como lupas, pás, binóculos, questões temporais, trocar os perso- • Incentivar as crianças, durante a produção de
de investigação, observando e levan- fornecidos pelos textos.
diáticos, selecionando-os, entre outros. nagens principais, decidir, em conjun- textos, que coloquem em jogo seus conheci-
tando suas hipóteses sobre o efeito de
DA
ET Á R IOS
fenômenos naturais (chuva, vento, luz) • Oportunizar contextos de investigação de (EI03EF04) Recontar his- to com seus pares, um novo final para
ferramentas que apoiem fenômenos naturais, em situações cotidia- a história, criar desfechos diferentes. de expressão, por exemplo: um livro de receitas,
e de suas ações, por exemplo: ao aguar tórias ouvidas e planejar uma coletânea das canções preferidas da tur-
suas investigações, repre- as plantas da horta, ao separar o lixo or- nas, como os relacionados às mudanças
CURRÍCU L O
coletivamente roteiros de • Participação, de forma ativa, da cria- ma, regras de um jogo criado pelo grupo, entre
sentações e/ou narrativas. gânico e o reciclável, entre outros. climáticas (dias de chuva, ventanias, entre vídeos e de encenações, ção de rimas e composição de can- outros.
outros).
• Investigação, em situações cotidianas, definindo e descrevendo ções, em brincadeiras e jogos, como • Proporcionar contextos lúdicos, propondo às
nos espaços de natureza da instituição • Convidar as crianças a representar relações os contextos, os persona- rima ou combina. crianças brincadeira com ritmos, rimas e sono-
ou do entorno (jardins, parques, hortas), espaciais nas situações cotidianas e em gens, a estrutura da histó- ridade de trechos/textos conhecidos ou inven-
sendo desafiadas a expressar suas im- brincadeiras, como em mapas com a orga- ria, observando a sequên- • Exploração e investigação das sono- tados, elaborados em grupo ou individualmen-
GRU POS
pressões sobre fenômenos naturais, nização dos espaços da instituição para a ridades das palavras, criando suas te.
mostra cultural, mapa de caça ao tesouro, cia da narrativa.
como mudanças climáticas. próprias rimas, aliterações e ritmos, • Envolver as crianças na organização de espa-
entre outros. divertindo-se com seus inventos.
• Investigação, em contextos de brin- (EI03EF05) Recontar histó- ços de leitura da instituição, como na seleção
• Interagir com as crianças, apoiando suas rias ouvidas para produção dos textos e livros que irão compor o acervo da
cadeiras e situações cotidianas, fenô- investigações por meio de boas perguntas • Investigação da composição das pa-
menos como a mudança do estado da de reconto escrito, tendo o lavras e sons, vivenciando momentos sala.
e disponibilizando materiais que favoreçam
água (líquido, sólido e gasoso), objetos a continuidade de sua experiência (binócu- professor como escriba. de leitura de textos poéticos. • Garantir o direito da criança de escolher os tex-
que boiam e afundam, entre outros. los, lunetas, lupas, livros, acesso à internet, tos e livros que deseja ler em momento de livre
(EI03EF06) Produzir suas • Escolha e opinião sobre os livros e escolha e fora do ambiente escolar.
• Exploração dos espaços da instituição, entre outros) e o registro (máquina fotográ- textos que irão compor o acervo, ma- • Garantir diariamente a leitura literária de varia-
investigando os percursos que podem fica, filmadora, lápis e papel). próprias histórias orais e nifestando suas preferências.
escritas (escrita espontâ- dos gêneros textuais (em diferentes suportes).
ser realizados de um lugar a outro, con- • Oportunizar contextos nos quais as crian-
siderando diferentes pontos de referên- ças possam brincar e explorar recursos nea), em situações com • Participação das situações diárias de • Incentivar que as crianças participem da leitura
cias. tecnológicos e midiáticos, como: câmeras função social significativa. leitura literária realizadas pelo profes- de textos e livros conhecidos, encorajando-as
fotográficas reais ou de faz de conta, pro- sor. a recontarem partes das histórias, fazendo uso
• Participação de contextos nos quais fa- jeção de imagens compondo cenários, ta- (EI03EF07) Levantar hi- de indícios, como a memória, as ilustrações,
zem uso de recursos tecnológicos e mi- blets e computadores, entre outros. • Participação de contextos nos quais, tema, entre outros.
póteses sobre gêneros
diáticos, em situações de brincadeiras, a seu modo, possam fazer uso de es- • Oportunizar momentos nos quais as crianças
investigação e pesquisa. • Organizar contextos provocadores de in- textuais veiculados em tratégias de leitura para reconhecer
vestigações, nos quais os recursos tecno- portadores conhecidos, re- sejam convidadas a relatar oralmente fatos e
palavras de seu repertório estável, acontecimentos lidos em livros/textos ou vivi-
lógicos e midiáticos possam ser utilizados correndo a estratégias de como nome dos colegas, propostas
como fontes para encontrar informações dos na escola e fora dela, garantindo que todas
observação gráfica e/ou do cotidiano, títulos de histórias, entre possam colocar suas opiniões, hipóteses e
ou construir novos conhecimentos. de leitura. outros. ideias acerca do assunto.
110 111
GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS (4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES)
(EI03EF08) Selecionar li- • Participação da produção de texto • Oportunizar momentos nos quais as crianças
oral com destino escrito (as crianças sejam convidadas a recontar histórias conheci-
vros e textos de gêneros das com e sem o apoio dos livros e imagens,
conhecidos para a leitura ditam para o professor escrever), em
situações significativas, como escrita favorecendo que elas possam se atentar à se-
de um adulto e/ou para de diferentes textos de sua preferên- quência narrativa.
sua própria leitura (partin- cia.
do de seu repertório sobre • Proporcionar contextos nos quais as crianças
sejam incentivadas a escrever o próprio nome,
esses textos, como a re- • Exploração de diversos portadores de como para identificar as próprias produções,
IN FA N TIL
cuperação pela memória, textos, investigando suas característi- seus pertences, a organização de grupos, entre
pela leitura das ilustra- cas gráficas. outros.
ções, etc.).
• Expressão, por meio da escrita, de • Garantir uma variedade de recursos para a pro-
forma convencional ou não, em situa- dução escrita da criança com letras móveis,
(EI03EF09) Levantar hipó- ções cotidianas, como o registro para lousa mágica, tablet e outros recursos que fa-
teses em relação à lingua- não esquecer, para comunicar ideias, voreçam que ela possa, durante sua produção e
gem escrita, realizando para expressar preferências pessoais, investigação sobre a escrita, trocar as letras de
registros de palavras e entre outras. lugar, apagar, deletar e começar de novo.
E DU C AÇ ÃO
colocando suas hipóteses em ação, para que elas avancem em seus conhecimen-
em situações significativas. tos.
CURRÍCU L O
112
6.1 Aprender Assim como o brincar, interagir é uma
das formas pelas quais a criança elabora
brincando,
sua compreensão do mundo, o que se dá a
interagindo e partir do momento em que a criança tem a
investigando em oportunidade de agir de forma comparti-
contextos reais lhada. As interações com os adultos devem
estar alicerçadas em condições de vínculo
A criança, desde que nasce, aprende estável e seguro para que a criança realize
sobre o mundo, as relações, as pessoas e so- explorações e descobertas. As interações
PARTE 6
bre si mesma em contextos sociais e cultu- com as outras crianças de igual ou diferen-
rais reais. tes idades favorecem o desenvolvimento de
Promovendo
Os contextos que vão ao encontro dos conhecimentos, confrontos, reformulações,
compromissos da vida real, proporcionam à elaborações e ampliação de suas hipóteses.
criança a reflexão para a tomada de decisão As interações com o espaço e o ambiente,
contextos de
e o apoio para fazer suas escolhas, pautados organizados de forma provocadora, poten-
nas experiências sociais e culturais, poden- cializam as experiências da criança, pois é
do ser encontrados nas brincadeiras, nos jo- no espaço que ela age, movimenta seu pró-
aprendizagem
gos de imitação, no faz de conta, na criação prio corpo e investiga aquilo que desperta
de enredos e nas narrativas. seu olhar e sua curiosidade.
132 133
Aquilo que é documentado pode ser sentido e significado.
visto como uma narrativa das vidas
das crianças, dos professores e dos A documentação pedagógica também
pais – uma narrativa que pode mos- tem o potencial de favorecer o estreitamen-
trar as contribuições da escola para to da relação das famílias com a Instituição
a nossa sociedade [...]. (EDWARDS; de Educação Infantil, oportunizando o com-
GANDINI; FORMAN, 2016, p. 233)
partilhamento das ações do cotidiano, dan-
A documentação pedagógica constitui do visibilidade ao processo e às conquistas
ações de observar, registrar, analisar, refle- de suas aprendizagens e desenvolvimento.
tir e compartilhar interpretações, para revi-
sitar o passado, compreender o presente e 7.1 As diferentes
arquitetar o futuro do trabalho educacional.
É uma prática promotora de autoria, pro-
formas de
tagonismo e respeito aos direitos de apren- documentar
PARTE 7
dizagem e desenvolvimento. Ela caracte- Documentar é o ato de produzir regis-
riza-se como fonte de conhecimento pela tros que permitem conhecer e tornar visíveis
Documentação
criança e pelo professor de seus próprios os processos de experiência e as estratégias
processos de construção de conhecimento utilizadas pela criança para aprender, além
e de crescimento cultural, oportunizando a de propiciar maior compreensão da prática
Pedagógica
autoavaliação e a autorreflexão. educativa e da teoria que a fundamenta.
A documentação abraça diferentes Nesse sentido, é necessário conside-
formatos e narra os caminhos percorridos rar aspectos intencionais no ato de docu-
pelos envolvidos no processo pedagógico, mentar, buscando revelar, nos registros,
tornando visíveis o desenvolvimento e as a sensibilidade necessária que considera o
aprendizagens. Envolver a criança e o gru- valor da experiência, do atuar, do pensar,
po, nesse material, também é uma forma do investigar e do aprender das crianças.
de apoiar a construção do conhecimento,
funciona como memória, ajudando na con- Como um primeiro passo para cons-
tinuidade das experiências, na reflexão e na truir essa relação frente à documentação
celebração do que é aprendido, além de pro- pedagógica, o adulto deve assumir postura
mover a construção de saberes comparti- de pesquisador que também aprende e re-
lhados pelos participantes. O professor deve flete enquanto observa as crianças em seus
enxergar a documentação pedagógica como percursos de aprendizagem.
parte integrante de seu trabalho e perceber
Nesse contexto,
que as múltiplas formas de registro pro-
duzidas: promovem o compromisso com [...] compartilhar a documentação
um planejamento curricular centrado nas significa participar de um verdadei-
crianças, como forma de que os direitos de ro ato de democracia, dando suporte
aprendizagem e desenvolvimento, durante à cultura e à visibilidade da infância,
tanto dentro quanto fora da escola
o percurso da faixa etária em que se encon-
[...] (RINALDI, 2014, p.113).
tram, sejam garantidos; apoiam a escuta e
a identificação de suas singularidades, favo- Assim, a documentação partilha his-
recendo contextos em que se aprende com tórias singulares de como a criança se mo-
134 135
vimenta nas construções de suas aprendiza- zagem. O registro em vídeo pode A participação das crianças na organização dos murais
gens e assume aspectos importantes para os acontecer, por exemplo, num mo-
sujeitos da comunidade educativa. mento em que as crianças partilham
hipóteses de alguma investigação,
São diversas as documentações possí-
quando vivenciam a construção de
veis:
conceitos, mesmo que provisórios,
Narrativa escrita - é o registro com seus pares. A filmagem possi-
da trajetória das aprendizagens e bilita perceber a criança de forma
do desenvolvimento, a partir de ob- comunicativa, afetiva e, ao mesmo
servações feitas por meio da escuta tempo, apoia a reflexão sobre a prá-
atenta aos movimentos de apren- tica educativa.
dizagens das crianças, revelando Fotografia – revela as inquietu-
suas conquistas. Essa documenta- des, os receios, os esforços, o pra-
ção permite observar que, mesmo zer, o desejo, os sentimentos e as
em um único grupo e projeto, cada expectativas da criança, por meio
criança percorre caminhos indi- das expressões faciais, dos gestos
viduais, revelando que é vista em e das posturas. Desse modo, a foto
suas especificidades, e que é ga- caracteriza-se como um recurso
rantido seu direito de ser escutada, para ler e interpretar, tornando-se
enquanto realiza diferentes tipos uma linguagem de escuta captura-
de pesquisas e investigações, apro- da pelo olhar daquele que o faz. As
priando-se de saberes distintos, en- fotos podem contar histórias e tor-
fim, revela respeito à criança. nam-se narrativas da criança para
Produção da criança - produ- a criança, da criança para a família,
ções bidimensionais e tridimensio- sendo um convite para que ela reve-
nais concluídas ou em processos de ja a experiência. O professor pode
construção devem vir acompanha- documentar, por exemplo, uma se-
das pelas interpretações do profes- quência fotográfica de uma criança
sor e pelos diálogos e pensamentos construindo uma torre tridimen-
das crianças, sempre que possível, sional com peças de encaixe, para
pois, ao construir, ela se expressa revelar os movimentos e tentativas
por meio de imagens, signos e fan- que ela faz ao vivenciar o desafio de
tasias que são evidências de desen- deixar a forma em pé, a fim de que
volvimento, da expressão de seu eu essa sequência seja instrumento de
e de seu mundo. reflexão e de narrativa de proces-
sos.
Vídeo - caracteriza-se como uma
forma de expressão construída na O envolvimento das crianças na orga-
interação do conjunto de múltiplas nização dos murais traz um novo sentido à
imagens visuais e sonoras, oportu- ação infantil. Ao participar dessa organiza-
Foto: Ao apreciar o mural, a criança notou uma ponta de fita crepe solta ao lado da produção. O objeto
nizando uma compreensão e visão ção, elas se sentem potentes e suas produ- despertou seu interesse e, com determinação, puxou e esticou a fita para arrumá-la, buscou ajeitar por
ampla das experiências infantis ções ganham um valor para si próprias e, um longo tempo, um desafio prazeroso a ser resolvido. Feliz com a sua ação, aplaudiu com gesto de
satisfação. Em seguida, para dar o toque final, alisou a produção com as mãozinhas. Satisfeito com a
para toda comunidade de aprendi- também, a toda a comunidade escolar. conquista, virou-se e saiu ao encontro dos colegas que estavam na oficina.
136 137
Para a prática de documentação peda- recursos de registro pelo professor, mais tação pedagógica expandiu em três funções: A criança, quando envolvida no pro-
gógica, é necessária a previsão de diferentes fontes de informações ele terá como apoio cesso de documentação pedagógica, com-
• A primeira é a função política de
recursos que apoiam a captura das experi- em sua reflexão, possibilitando buscar partilha saberes, aprende com suas ex-
criar um diálogo entre a escola, os
ências e investigações da criança na cons- caminhos para acompanhar o desenvol- periências, ressignifica suas hipóteses,
professores, as famílias/responsá-
trução de suas aprendizagens no cotidiano. vimento da criança, revisitar sua prática desenvolve confiança em si e nos outros,
veis e a comunidade;
Tais recursos podem ser: com a intenção de melhor compreender a reconhece seu valor e o valor de suas apren-
cultura da infância, oferecendo condições • A segunda função diz respeito ao dizagens individuais e coletivas.
• Midiáticos: câmeras digitais, gra-
a fim de entender e transformar o cenário modo como a documentação apoia
vadores, celulares, tablets, note- A participação das crianças na docu-
do cotidiano escolar. A escolha do recurso e sistematiza o acompanhamento
book, entre outros - com o intuito mentação pedagógica deve ser organizada
de registro deve estar ligada: à intenciona- da vida das crianças na escola (suas
de coletar vozes e/ou imagens do pelo professor intencionalmente, a fim de
lidade/foco de observação, ao contexto e às produções, imagens de suas ações,
cotidiano da criança e do adulto valorizar as formas que as crianças encon-
possibilidades de exame das informações. interações sociais e investigações
em suas hipóteses e teorias. tram para se expressar, relacionar-se e per-
O ato de escolher esse recurso depende do científicas), criando memórias da ceber o mundo - múltiplas linguagens. As-
• Instrumentos e ferramentas de que é importante e possível para cada caso, vida individual e coletiva do grupo; sim, a criança percebe que suas produções,
coleta e registro de informações: pois toda opção tem suas potencialidades e
investigações e experiências são acolhidas
pautas de observação, painéis, pro- limitações. • A terceira é a função de constituir
e apreciadas, refletidas e narradas, e essa
duções, instalações, álbuns, mu- material pedagógico para a refle-
narrativa pode acontecer por meio de pai-
rais, cartazes, totens, portfólios, Perguntas que apoiam a reflexão xão sobre o processo educativo.
néis, murais, cartazes, portfólios, álbuns,
material fotográfico, anotações, do professor nos possíveis cami-
Portanto, a forma de compartilhar a totens, materiais fotográficos, entre outros,
entre outros, com o intuito de do- nhos para a documentação peda-
documentação deve ser diversa, conside- revelando as escolhas, os sentidos, as desco-
cumentar o processo da criança e gógica:
rando os interlocutores das narrativas de bertas e os sentimentos, em seus modos de
do grupo em suas experiências em
• Quais descobertas preciso fazer com expressar o cotidiano vivido.
contextos reais de aprendizagem. aprendizagens documentadas (o próprio
este contexto de aprendizagem que vou
observar? professor, a equipe de professores e equipe
As possibilidades presentes na do-
• Das questões que têm despertado mi-
gestora, as famílias ou as próprias crianças), 7.2.2 A participação
cumentação pedagógica são numerosas, é
nha atenção (em contextos anteriores), por meio de relatórios, portfólios, material ativa do professor
mais que uma reunião de textos, anotações,
quais podem ser respondidas ou ressig- fotográfico, produções, textos, entre outros, na documentação
fotos, filmes, entre outros elementos, ca- nificadas neste contexto de aprendiza-
gem que vou observar?
considerando as múltiplas linguagens. pedagógica
racteriza-se por um momento fundamen-
tal do processo, pois testemunha e revela, • Quais crianças estão comunicando a ne- O ato de documentar prevê a relação
de forma concreta, o caminhar construído cessidade de um olhar minucioso? Em 7.2.1 A participação compartilhada entre adultos e crianças de
pela criança e pelo adulto em suas aprendi- quais aspectos? ativa das crianças tal modo, que os adultos utilizam de suas
zagens.
na documentação observações regulares e permanentes, suas
pedagógica anotações, seus registros, percorrendo as
A produção de materiais, painéis, ins- 7.2 Documentações experiências vividas, adicionando a elas re-
A documentação pode ser vista como
talações, vídeos deve se distanciar da ideia
pedagógicas: uma escuta visível: ela garante ouvir flexões e interpretações das crianças, dos
de ser fragmento informativo que desconsi-
dera os processos com a criança e o contexto
possíveis caminhos e ser ouvido pelos outros [...]. Isso ga- contextos de aprendizagem e do cotidiano.
das suas experiências. O adulto, ao escolher para compartilhar rante que a turma e cada criança pos-
sam se observar de um ponto de vista
Portanto, observar, documentar e interpre-
tar são partes inseparáveis de um mesmo
e organizar a documentação, deve revelar e narrativas de externo enquanto estão aprendendo processo.
narrar seus posicionamentos frente ao que
aprendizagens (tanto durante quanto depois do pro-
observa e reflete acerca da criança e de suas cesso). (EDWARDS; GANDINI; FOR-
aprendizagens. Conforme Mello, Barbosa e Faria MAN, 2016, p. 239)
(2017), o caminhar que envolve a documen-
Quanto mais diversa for a escolha de
138 139
O processo de documentação como um ciclo de investigação 7.2.3 A documentação 7.3 A documentação
pedagógica como como apoio à
Organização instrumento de
das observações
e dos materiais formação continuada integração de toda
OBSERVAÇÃO Análise e
interpretação
a comunidade de
Reformulação
das perguntas
das observações
e dos
A documentação [...] é reflexão sobre
o aprendizado do educador, é visua-
aprendizagem
materiais
lização do processo de formação do Conforme a seção 4.1 deste documen-
modo de pensar do educador, busca to, estreitar vínculos com a família, envol-
registrar o processo de construção de
vendo todos os atores da Comunidade de
significados e sentidos para a práti-
Formulação Reformulação
ca, e esse processo é constituído pela
Aprendizagem, implica nova maneira de
de perguntas das perguntas
INTERPRETAÇÃO DOCUMENTAÇÃO interpretação do educador. Por isso, educar, respeitar os saberes de todos os en-
o educador seleciona da sua prática, volvidos, valorizar as culturas plurais, dia-
Planejamento
e respostas
aquelas situações que mais provocam logar com a diversidade das famílias e da
a sua interpretação. A documentação comunidade.
é uma história da autorreflexão e da
Fonte: Gandini e Edwards (2002, p. 162). formação dos conceitos, da teoria do A Comunidade de Aprendizagem é
educador. (MELLO, 2005, p. 118) parte integrante da documentação pedagó-
O percurso da narrativa da documen- Portanto, é de extrema importância
gica, rica fonte de informações, experiên-
tação pedagógica começa com planejar a o entendimento do real sentido e percurso A documentação pedagógica apoia o
cias, investigações sobre as aprendizagens
ação, planejar a observação, registrar, re- da documentação pedagógica pelo profes- professor e seus pares, ao estabelecer um
das crianças e as possibilidades de intera-
fletir e, por fim, elaborar documentações sor. É necessário eximir-se da ideia da pro- espaço-tempo de formação para a reflexão
ção entre escola e família que, em contextos
pedagógicas que integram as observações dução de um arquivo que contenha relatos sobre a prática educativa dos envolvidos nas
significativos de aprendizagem e diálogo,
feitas por diferentes recursos e narram o escritos, produções das crianças para serem relações com as crianças, apurando o olhar
envoltos de prática educativa reflexiva e de-
percurso vivenciado pelas crianças e adul- apresentadas aos pais, mídias com fotogra- para as experiências, cotidiano e contextos
mocrática, qualifica o processo de comuni-
tos, numa dinâmica circular, um movimen- fias dos bons momentos vivenciados. A pro- de aprendizagem, tornando-se instrumento
cação entre muitas vozes: criança, profes-
to de retroalimentação entre escutar, obser- dução da documentação pedagógica é uma de comunicação que possibilita ao profes-
sor, família, equipe gestora e profissionais.
var, interpretar e documentar. ação que propicia ao professor assumir o sor conhecer e compreender as crianças por
compromisso da reflexão sobre o percurso meio de seus sentimentos, interesses, ideias Nesse sentido, a documentação peda-
A documentação pedagógica come-
vivenciado, com o objetivo de aprender com e potencialidade. Ao documentar, o profes- gógica é linguagem que narra e torna visível
ça na formulação de perguntas pelo profes-
a própria prática e fomentar uma cultura sor tem a possibilidade de analisar, refletir e o que acontece no cotidiano de aprendiza-
sor, que direcionam seu olhar para o que
educacional como processo contínuo e não compartilhar interpretações sobre as crian- gens da criança, adultos e suas famílias a
será observado. Após a observação, inicia-
linear que dá suporte ao ensino e à apren- ças e a maneira como aprendem. toda Comunidade de Aprendizagem, para
-se o processo da coleta de materiais e o re-
dizagem. que possam:
gistro em si, e assim o professor organiza os Sendo assim, refletir e considerar a
diferentes recursos para analisar, refletir e O ato de documentar não é apenas do • Acompanhar a aprendizagem e o
documentação pedagógica, nessa perspecti-
fazer suas interpretações, ou seja, construir professor, requer a troca entre pares, par- desenvolvimento da criança.
va de construção coletiva, é defender a visão
novas possibilidades, traçar novas rotas, re- ceiros mais experientes, equipe gestora, que de que o professor se constitui ao aprender, • Qualificar seus entendimentos so-
tomar caminhos para apoiar as crianças em auxiliam no processo de reflexão, bem como a estar e ser com os outros, redimensionan- bre a proposta pedagógica, propi-
suas aprendizagens. Dessa maneira, ele se a existência de tempo e espaço, uma vez que do a relação entre teoria e prática no coti- ciando aumento da confiança na
abre a refletir sobre questões em prol da ga- observar, coletar dados, analisar, organizar diano escolar. escola e influenciando em suas ex-
rantia de que as crianças aprendam, sendo o pensamento, torná-lo público, demandam pectativas.
[18] MELLO, S. A. Pensando a Infância e a Educa-
respeitadas em sua subjetividade, sendo es- que o professor e a escola assumam esse ato ção da Criança de 0 a 10 Anos numa Perspectiva • Compartilhar as responsabilida-
cutadas e vivenciando contextos de apren- como atividade sistemática e processual. Integrada. Documentação Pedagógica: uma práti- des.
ca para a reflexão. In: Congresso Sul Brasileiro de
dizagens ricos e significativos. Educação, EDUCASUL, 2005. Florianópolis, RS. • Intensificar a relação com a escola.
140 141
A Comunidade de Aprendizagem en- e reflete, sobre como apoiar e promover a crianças das demais faixas etárias cantamentos, história, cultura).
volvida e validando a documentação pe- aprendizagem e o desenvolvimento. devem ser consideradas no planeja-
• As interações, as brincadeiras e in-
dagógica compromete-se com a garantia mento do currículo, vendo a criança
Conforme Pinho 19 (2018), entende-se em cada momento como uma pessoa vestigações como meios privilegia-
de uma educação de qualidade, que visa à dos de aprendizagem e desenvolvi-
que planejar antecede a prática e para tal inteira na qual os aspectos motores,
garantia dos direitos de aprendizagem e de- afetivos, cognitivos e linguísticos in- mento.
ação, não existe um modelo único. O plane-
senvolvimento das crianças, dando espaço tegram-se, embora em permanente
jamento tem estruturas diversas que estão • A perspectiva de uma educação
para que elas construam seus significados mudança. Em relação a qualquer ex-
relacionadas com o tempo que se pretende holística, desvinculando-se de prá-
sobre o mundo, sendo respeitadas em sua periência de aprendizagem que seja
organizar e prever. No entanto, diferen- trabalhada pelas crianças, devem ser ticas fragmentadas.
condição de ser criança rica de potenciali-
tes tipos de planejamentos são importan- abolidos os procedimentos que não • A indissociabilidade do cuidar e
dades.
tes para que todas as experiências tenham reconhecem a atividade criadora e o educar.
por trás um objetivo claro. O planejamento protagonismo da criança pequena,
7.4 Planejamento e não é algo rígido e pouco sensível às expe- que promovam atividades mecânicas • As manifestações e tradições cultu-
e não significativas para as crianças. rais da sua comunidade local.
organização para a riências vividas pelas crianças, mas sim um
(BRASIL, 2009, p. 93)20 • A valorização e o cuidado com o
aprendizagem instrumento flexível e imprescindível, que
meio ambiente, no que diz respeito
considera o cotidiano da criança e traça no- Ao planejar, o professor reflete sobre
vos rumos a partir da escuta atenta do pro- à preservação e ao conhecimento
Os professores da Educação Infantil o engajamento da criança, sobre o que é im-
devem priorizar o protagonismo da fessor. da biodiversidade e sustentabilida-
portante que ela aprenda e desenvolva ao
criança. Para tanto, precisam pra- de do nosso planeta.
longo da Educação Infantil, realizando os
ticar a escuta ativa e a mediação do
7.4.1 Por que é importante ajustes necessários, tendo como premissa • O desenvolvimento da autonomia
processo de aprendizagem e desen-
volvimento, fazendo com que as ações
planejar? as experiências e os objetivos de aprendiza- da criança nas ações de cuidado
gem e desenvolvimento dispostos nos cinco pessoal, auto-organização, saúde e
do cotidiano e do imaginário (faz de O cotidiano da criança é marcado por
conta) se abram, intencionalmen- campos de experiências, conforme o Currí- bem-estar.
descobertas, curiosidades, novidades e por
te, como um mapa de possibilidades culo Paulista. • A participação de todas e de cada
educacionais, criando oportunidades,
isso está sempre atenta ao mundo ao seu
criança, antecipando ajustes ne-
situações, propondo experiências que redor, buscando atribuir sentido e significa- Para tanto, o professor deve ser pes-
cessários para atender às singula-
ampliem os horizontes culturais, ar- do a tudo aquilo que vivencia. É no plane- quisador e observador, planejar consi-
ridades e ao coletivo.
tísticos, científicos e tecnológicos das jamento que o professor expressa intencio- derando os interesses e necessidades da
crianças. (SÃO PAULO, 2019, p. 56) nalidade pedagógica em suas propostas, na criança, seus saberes e suas experiências de • Os diferentes agrupamentos, pe-
organização do tempo, espaço e materiais, forma articulada com o conhecimento, em quenos ou grandes grupos.
Os dizeres do Currículo Paulista pro-
prevendo todas as situações do cotidiano, contextos de práticas sociais e culturais que • A família, para que ela esteja en-
vocam a reflexão do professor sobre a orga-
antecipando ações que considerem as espe- sejam significativas a ela, assegurando seu gajada nas experiências da criança
nização de sua prática, forma de planejar,
cificidades etárias, a característica do coleti- desenvolvimento integral. por meio de um planejamento que
garantindo que a brincadeira, a interação e
vo e a singularidade de uma criança, assim antecipe essa participação.
a investigação sejam partes integrantes do Ao planejar, é necessário que o pro-
como promovendo contextos de aprendiza-
cotidiano da criança na Instituição de Edu- fessor considere: • A gestão do tempo, sem perder de
gens marcados pela indissociabilidade do
cação Infantil. Planejar práticas é um im- vista a premissa da experiência e
cuidar e do educar. • A criança como sujeito central do
portante instrumento para tornar o currícu- seus princípios de continuidade,
planejamento (ponderando sabe- significatividade e ludicidade.
lo vivo e essa ação é intencional por parte do As especificidades e os interesses sin-
res, genialidades, curiosidades, en-
professor. gulares e coletivos dos bebês e das • A escolha do espaço dando im-
portância tanto às áreas externas
Ao realizar seu planejamento, o pro- [19] PINHO, F. Por que é importante planejar na [20] BRASIL. Parecer do Conselho Nacional de quanto internas.
fessor toma decisões, imprime suas con- Educação Infantil? Nova Escola, 2018. Disponível Educação/Câmara de Educação Básica Nº 20/2009,
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21 dez. 2020. ário Oficial da União, 09 dez. 2009, seção 1, p. 14. ço é um convite à experiência e que
142 143
ele exerce a função de um sujeito sas experiências das crianças em seu ções propostas nos projetos estimulam as Planejamento semanal: Envolve
ativo nas descobertas das crianças, cotidiano em torno da exploração das crianças a se aproximarem de contextos de a programação pedagógica de desen-
ao mesmo tempo em que apoia o múltiplas linguagens com modalidade aprendizagens em que elas aprendam a fa- volvimento das propostas previstas
trabalho do professor. organizativa do tempo definida pelo zer fazendo, errando, acertando, testando no Planejamento Geral e apoia o pro-
• A seleção de materiais que estejam professor. hipóteses, investigando, refletindo, pesqui- fessor no planejamento dos contextos
coerentes com as faixas etárias e sando, construindo, discutindo pontos de de aprendizagem a serem realizados
Ferraz (apud RIZEK, 2019)21 define
que ampliem a confiança e a parti- vista, intervindo, e assim atuem na constru- no decorrer da semana. Considera em
as diferentes modalidades organizativas do
cipação das crianças nas propostas ção de cultura. sua programação as demandas impre-
tempo:
individuais e coletivas. visíveis, as sugestões das crianças e as
Sequências de Experiências de
Projetos de Investigações: Confi- diversas propostas ligadas ao conví-
• A utilização de projetores, grava- Aprendizagem: Configuram-se
guram-se como um conjunto de pos- vio social, como em momentos de ali-
dores e outros recursos tecnológi- como um conjunto de possíveis ex-
síveis experiências de investigação, a mentação.
cos e de mídias. periências de aprendizagem sequen-
partir de um tema próximo às crian-
ciadas. Favorecem a construção de Para melhor acompanhamento das
ças ou que emerge delas. Esses proje-
7.4.2 Diferentes tempos para tos favorecem:
aprendizagens específicas por meio propostas, é interessante que esse planeja-
planejar de vivências que promovam desafios mento seja registrado em instrumento que
• Experiências de explorações (que progressivos, a aprendizagem, o de- possa ser visualizado toda a semana.
O planejamento do professor envol- se aproximam dos movimentos de senvolvimento de noções e habilida-
ve um conjunto de ações estratégicas para cunho mais científico, baseando- Planejamento de propostas: Cor-
des de resolução de problemas sobre
acompanhar o movimento do tempo, garan- -se na resolução de problemas e na responde à menor unidade do plane-
o meio físico, natural e social e as for-
tir os ritmos, interesses e necessidades das busca de suas confirmações). jamento, ou seja, a proposta. É valio-
mas de comunicação e expressão.
crianças e suas aprendizagens e desenvolvi- so instrumento ao professor, por meio
• Descobertas (trazendo a pesquisa)
mento ao longo de uma jornada (OLIVEI- Unidades de Experiências Signi- do qual ele: organiza suas ideias; re-
e conexões.
RA; MARANHÃO; ABBUD, 2012). Os ins- ficativas: Configuram-se como um aliza levantamento de hipóteses de
trumentos que apoiam o planejamento têm • Aprendizagens sobre o meio físico, conjunto de possíveis experiências seu trabalho em relação ao que espera
estruturas diversas que estão relacionadas natural e cultural. significativas que estruturam o coti- garantir às crianças. As antecipações
com o tempo que se pretende organizar e • Aprendizagens sobre as formas de diano escolar. Favorecem o estabele- feitas pelo professor favorecerão o
prever - um dia, uma semana, alguns me- expressão e comunicação. cimento de uma rotina e experiências conhecimento sobre os participantes
ses, um ano. Conforme Oliveira, Maranhão regulares que promovam relações de de seu grupo, de sua intencionalida-
• O desenvolvimento de habilidades
e Abbud (2012, p. 393), segurança, afeto e vínculos positivos e de de ensino e das variáveis do coti-
e atitudes relacionadas com com-
a aprendizagem e o desenvolvimento diano que influenciam diretamente a
partilhar responsabilidades, atuar
o planejamento do trabalho de um de atitudes, valores e afetos ligados ao aprendizagem e o desenvolvimento
de forma colaborativa e resolver
ano inteiro no acompanhamento de cuidado de si mesmo, às relações so- da criança.
um grupo de crianças envolve pensar conflitos.
ciais e à autoconfiança para aprender.
mudanças das ações, articular dife- O planejamento dos Projetos de In- Segundo Ferraz (apud RIZEK, 2019),
rentes planos que se desdobram no vestigações deve ainda envolver a experi- As modalidades organizativas do tem- o planejamento de proposta envolve:
tempo. po criam formas efetivas de organização das
ência de celebração das conquistas e apren- • Título: indicar a experiência signi-
dizados, orientações para retomada do aprendizagens em estruturas que atendem
Desse modo, é possível organizar o ficativa/investigação e seu contex-
percurso de aprendizagem e planejamento ao tempo, espaços e materiais, além de or-
planejamento em: to a partir da ação da criança.
da celebração. Nessa perspectiva, as situa- ganizarem os contextos de aprendizagens,
de forma que o professor possa buscar a • Espaços e materiais: organizar os
Planejamento geral: Apresenta as
[21] RIZEK, K. Currículo – Fazeres na Educação modalidade que mais atende à intenciona- espaços e materiais com intuito de
ações a serem realizadas ao longo do Infantil. O Impacto da BNCC no Planejamento do
lidade educativa almejada, aos tipos de ex- preparação da proposta, oportuni-
ano e configura-se em uma programa- Professor: refletindo sobre as novas diretrizes
para um bom planejamento. In: Seminário de periências e aprendizagens que se pretende zando contextos de aprendizagem
ção pedagógica que articula as diver- Educação Infantil, 2, 1º ago. 2019. São José dos
garantir às crianças. - brincadeira, interação e investi-
Campos, SP. 60 slides.
144 145
gação -, favorecendo a autonomia trar novas formas de comunicar processos,
das crianças nos diversos ambien- relações e contextos. Essa articulação convi-
tes da Instituição de Educação In- da o professor a construir possibilidades ao
fantil. planejamento, incluir processos de aprendi-
zagem, a partir do movimento de interesses,
• Agrupamento: organizar as crian-
expressões e desejos das crianças.
ças em grande grupo, pequenos
grupos, individualmente. A observação atenta e a escuta sensí-
• Temporalidade: respeitar o tempo vel são fundamentais ao professor, para que
da criança para que possa expres- estabeleça um planejamento que protagoni-
sar suas experiências, hipóteses e za a ação da criança e a considere potente e
descobertas. capaz de levantar hipóteses, formular ideias
acerca do que está a sua volta, considerando
• Conjunto de orientações: propiciar
sua experiência, memória, cultura, práticas
as interações, investigações e des-
sociais e saber.
cobertas.
• Inclusão de todos: prever orienta- Perguntas que apoiam o processo
ções que permitam considerar as de planejamento do professor:
crianças como únicas, com corpos,
• O que me surpreende e encanta?
subjetividades, saberes e ritmos di-
ferentes. • O que surpreende e encanta as crian-
ças?
• Observações do professor: elabora
• Há necessidade específica de aprendi-
conjunto de perguntas guias, que zagens e habilidades, de trabalhar ques-
o auxilie em suas observações e o tões relativas às relações e emoções,
entre outras, no grupo de crianças?
registro do processo de aprendiza-
gem das crianças. • Há necessidade de trabalhar algum as-
pecto da cultura da escola e/ou comu-
• Desdobramentos: apontar outros nidade?
contextos de aprendizagem nos
• Como posso organizar contextos de
quais a experiência/investigação aprendizagem e experiências a partir
possa ter continuidade. desses interesses?
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