Você está na página 1de 20

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO

Faculdade de Engenharia
Campus Várzea Grande

Movimento de um Projétil

Bianca Magalhães Malucelli


Igor Fernando Miranda
José Viana Júnior
Joyce Tamires de Souza Viana
Luiza Helena dos Santos Bach

Relatório para avaliação semestral da


disciplina de Física experimental I
ministrada pelo professor Dr. Thiago
Miranda Tunes.

Cuiabá
08/07/2022
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
1.1. Movimento de um Projétil.....................................................................................3
2.MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................4
2.1. Materiais utilizados...............................................................................................4
2.2. Procedimento Experimental - Parte 1...................................................................5
2.3. Procedimento Experimental - Parte 2……………………...………………………...5
3.ANÁLISE DE DADOS...............................................................................................5
3.1. Análise de dados parte 1………………………………………………………………6
3.2. Análise de dados parte 2…………………………………………………………….10
4.CONCLUSÃO.........................................................................................................12
ANEXO......................................................................................................................15
REFERÊNCIAS.........................................................................................................20

2
1. INTRODUÇÃO
Nessa prática experimental iremos estudar o movimento de um corpo (projétil)
lançado com uma velocidade inicial que segue uma trajetória determinada pela aceleração
da gravidade. A partir de diversas equações podemos determinar a altura máxima do
projétil, o alcance horizontal, o tempo de voo e outras informações sobre o movimento.

1.1. Movimento de um Projétil


Ao lançar um projétil, é possível observar que a sua trajetória é uma parábola. Em
particular, se o arremesso for feito horizontalmente a partir de uma determinada altura em
relação à superfície, a trajetória é inclinada para baixo logo após o lançamento. Galileu
Galilei foi o primeiro cientista a responder qual seria a curva descrita por este projétil e
sugeriu que o movimento poderia ser descrito através da composição de dois movimentos:
Um Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) na componente x e um Movimento Retilíneo
Uniformemente Acelerado (MRUA) na componente y, sujeito à aceleração da gravidade,
análogo ao movimento de queda livre. (Lima, 2019)
Diante de tais premissas, consideremos o lançamento de um projétil de massa m por
um canhão inclinado de um ângulo θ, conforme mostra a Imagem 01. O projétil é lançado
do repouso, sobre a superfície da Terra, a partir da origem de um sistema de coordenadas
xy. O projétil abandona o canhão com uma velocidade inicial 𝑣0. A partir daí, o projétil

descreve uma trajetória curvilínea até atingir o solo a uma distância x = R, denominada de
alcance. Além disso, desprezamos os efeitos da resistência do ar e da curvatura da terra.

Imagem 01: Na ausência da resistência do ar, o movimento do projétil é dado pela


combinação do movimento horizontal e do movimento vertical

3
Fonte: Adaptado do Roteiro do experimento.
Objeto de estudo deste experimento, o movimento deste projétil nos
fornecerá ao longo deste trabalho, diversas informações bem como discussões sobre seu
comportamento.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Materiais utilizados

● Ferramenta QtiPlot;
● Simulador Movimento do Projétil desenvolvido pela University of Colorado
Boulder.

Imagem 2: Tela inicial do simulador.

Fonte: https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html

Imagem 3: Simulador ajustado com as definições do roteiro.

Fonte: https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html

4
2.2. Procedimento Experimental - Parte 1

1. Para este procedimento, utilizamos a plataforma de simulação online do experimento


Movimento de um projétil, disponível no link
https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/projectile-motion.
2. Configuramos a velocidade inicial para 16m/s e o alvo para 21,0m;
3. Ajustamos as opções do projétil para bola de futebol e atribuímos a este uma massa
de 0,50kg e diâmetro de 0,50m;
4. Adotamos a gravidade por 9,81m/s² e desprezamos a resistência do ar;
5. Realizamos algumas simulações a fim de encontrarmos o ângulo que fizesse com
que a bola de futebol caísse exatamente sobre o alvo (21,0m);
6. Conseguimos o valor de 63º;
7. Com esse valor em mãos, utilizamos uma ferramenta de lupa da própria plataforma
e encontramos as posições x e y do projétil, bem como o tempo em que o projétil
está nesta posição;
8. Com a ajuda do simulador, anotamos também a altura máxima que o projétil
alcança, sendo de 𝑦𝑚á𝑥 = 10, 36 𝑚;

9. A partir dos dados e dos valores encontrados, foram elaborados tabelas, gráficos (x
versus t) e ajuste linear para um maior detalhamento do experimento e
posteriormente foram realizadas as análises e discussões.

2.3. Procedimento Experimental - Parte 2

1. Utilizando os ângulos de inclinação 45º, 50º, 55º, 60º, 65º, 70º, 75º e 80º ,
medimos o alcance horizontal para os mesmos e anotamos os dados;
2. Com os dados supracitados, plotamos um gráfico de R em função de sin( 2𝜃)
e traça a curva que melhor se ajustasse a esses pontos;
3. Obtivemos os coeficientes linear e angular e suas respectivas incertezas;
4. A partir dos dados obtidos anteriormente calculamos a velocidade de disparo
e sua incerteza.

3. ANÁLISE DE DADOS

Vai ser analisado os valores obtidos pelo ajuste linear com os parâmetros e dados do
simulador.

5
3.1. Análise de dados da parte 1
Na primeira parte, vai ser analisado o movimento do projétil com variações de altura,
distância e tempo nos mesmos parâmetros adotados no procedimento experimental. Para
obtermos as componentes das velocidades e a gravidade por meio do ajuste linear.
A Tabela 1 contém os dados obtidos na simulação de lançamento de um projétil para um
alcance de 21 m com o ângulo descoberto de 63º.

Tabela 1: Dados coletados da plataforma de simulação para o movimento de um


projétil.
Tempo ( t ± δt) s (x ± δx)m y ± δy)m y/t(m/s) δy/t(m/s)

(0, 40 ± 0, 01) (2, 91 ± 0, 01) (4, 92 ± 0, 01) 12,3 0,3

(0, 70 ± 0, 01) (5, 08 ± 0, 01) (7, 58 ± 0, 01) 10,8 0,2

(0, 90 ± 0, 01) (6, 54 ± 0, 01) (8, 56 ± 0, 01) 9,8 0,1

(1, 20 ± 0, 01) (8, 72 ± 0, 01) (10, 04 ± 0, 01) 8,4 0,1

(1, 45 ± 0, 01) (10, 56 ± 0, 01) (10, 36 ± 0, 01) 7,1 0,1

(1, 80 ± 0, 01) (13, 07 ± 0, 01) (9, 77 ± 0, 01) 7,26 0,04

(2, 20 ± 0, 01) (15, 98 ± 0, 01) (7, 62 ± 0, 01) 9,46 0,02

(2, 60 ± 0, 01) (18, 89 ± 0, 01) (3, 91 ± 0, 01) 1,50 0,01

(2, 80 ± 0, 01) (20, 34 ± 0, 01) (1, 46 ± 0, 01) 0,521 0,004

Fonte: Autoral (valores obtidos disponíveis no Anexo)

Para descobrir a velocidade no eixo x, é plotado o Gráfico 1. Que está em


Movimento Retilíneo Uniforme, portanto, é uma função linear.

6
Fonte: Autoral

Observamos que o resultado do coeficiente angular “a” é:


𝑎 = 7, 26334
𝑏 = 0, 0044438
Comparando com equação da reta 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 e com a equação do MRU 𝑥 = 𝑥0 + 𝑣𝑜𝑥 · 𝑡 ,

podemos concluir que:


𝑎 = 𝑣0𝑥

Portanto,

𝑣0𝑥 = 7, 26334 𝑚/𝑠

Usando os dados da Tabela 1, juntamente com a equação da expressão da posição em


função do tempo ao longo de y é:

𝑔 2
𝑦 = 𝑣0𝑦 · 𝑡 − 2
𝑡

dividindo por t fica a equação linearizada:,


𝑦 𝑔
𝑡
= 𝑣0𝑦 − 2
𝑡
𝑦
Plotando no programa Qtiplot como o eixo das ordenadas sendo
𝑡
, temos o ajuste
linear no Gráfico 2.

7
Fonte: Autoral.

Observamos que o resultado do coeficiente angular “a” e do coeficiente linear “b”


são:
𝑎= − 5, 23208
𝑏 = 15, 15599

Portanto, comparando a expressão acima com a equação da reta:


𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑔
𝑎 =− 2

𝑏 = 𝑣0𝑦

Portanto, temos

𝑣0𝑦 = 15, 15599 𝑚/𝑠

E temos a gravidade como:


𝑔 =− 2𝑎
Sendo assim,
𝑔 =− 2(− 5, 23208)
2
𝑔 = 10, 46416 𝑚/𝑠

Propagando a incerteza da gravidade

σ𝑔 =
( ∂𝑔
∂𝑎
· (σ𝑎)
) = (
4Π · σ𝑎
2
)
2

8
2
σg=4Π · σ𝑎

Pelo Gráfico 2, temos que a incerteza do coeficiente angular é :

σa= 0, 01769886
Portanto,
2
σg= 4Π · 0, 01769886
2
σg≈ 0, 698723 𝑚/𝑠
2
σg= 0, 7 𝑚/𝑠

2
A gravidade, com os dados obtidos, é 𝑔 = (10, 5 ± 0, 7) 𝑚/𝑠 .
Sabendo as componentes 𝑣𝑜𝑥 e 𝑣0𝑦, a partir dos ajustes lineares do Gráficos 1 e 2,

respectivamente, temos que 𝑣0𝑥 = 7, 26334 𝑚/𝑠 e 𝑣0𝑦 = 15, 15599 𝑚/𝑠 , podemos então

encontrar o módulo da velocidade


2 2 2
𝑣0 = 𝑣0𝑥 + 𝑣0𝑦
2 2 2
𝑣0 = (7, 26334) + (15, 15599)

𝑣0 = 282, 4601408

Temos que a velocidade é

𝑣𝑜 = 16, 80655 𝑚/𝑠

A propagação da incerteza da velocidade é δ𝑣𝑜 = 0, 2 𝑚/𝑠, de acordo com os cálculos feitos

no Anexo. Portanto, 𝑣 = (16, 8 ± 0, 2) 𝑚/𝑠.


0

Diante dos valores obtidos, iremos calcular a altura máxima atingida pelo projétil
2
𝑉𝑜𝑦
𝑦𝑚á𝑥 = 2𝑔

2
(15,15599)
𝑦𝑚á𝑥 = 2(10,46416)

𝑦𝑚á𝑥 ≈ 10, 9756 𝑚

9
Sendo a altura máxima obtida no simulador de 10, 36 𝑚, temos uma diferença de 0,6156 m.
A incerteza da altura máxima é de 0,910174 m, de acordo com os cálculos no Anexo.
Portanto a altura máxima 𝑦𝑚á𝑥 = (11, 0 ± 0, 9) 𝑚.
Calculando a incerteza relativa percentual da velocidade, altura máxima e da gravidade
temos:

є% = ( ) · 100%
δ𝑥
𝑥

є%𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒|1 = ( ) · 100% = 1, 19%


0,2
16,8

=( ) · 100% = 8, 18%
0,9
є%𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑀á𝑥 11,0

=( ) · 100% = 6, 67%
0,7
є%𝐺𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 10,5

Calculando a discrepância relativa de cada caso, comparados com os parâmetros adotados


no simulador, temos que

|𝑥𝑚𝑒𝑑−𝑥𝑟𝑒𝑓|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑥𝑟𝑒𝑓
|16,8 − 16|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒|1 = 16
= 0, 05
| 11−10,36|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑀á𝑥 = 10,36
= 0, 06
|10,5−9,81|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝐺𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 9,81
= 0, 07

3.2. Análise de dados da parte 2


Nesta parte será analisado a alcance R variando o ângulo 𝜽. E obter a velocidade
inicial por meio do ajuste linear.
A Tabela 2 contém a variação de R em função de 𝜽, o valor de sen(2𝜽) e suas respectivas
incertezas
Tabela 2: Dados coletados do alcance horizontal (R) para diferentes valores de
ângulos.
(𝜽 ± 𝜹𝜽)(graus) [𝒔𝒊𝒏(𝟐𝜽) ± 𝜹𝒔𝒊𝒏𝟐𝜽] (𝑹 ± 𝜹𝑹)m

( 45 ± 1) ( 1 ± 0) ( 26, 1 ± 0, 01)

( 50 ± 1) ( 0, 9 ± 0, 3) ( 25, 7 ± 0, 01)

( 55 ± 1) ( 0, 9 ± 0, 7) ( 24, 52 ± 0, 01)

( 60 ± 1) ( 0, 8 ± 1, 0) ( 22, 6 ± 0, 01)

10
( 65 ± 1) ( 0, 7 ± 1, 3) ( 19, 99 ± 0, 01)

(70 ± 1) ( 0, 6 ± 1, 5) ( 16, 77 ± 0, 01)

( 75 ± 1) ( 0, 5 ± 1, 7) ( 13, 05 ± 0, 01)

( 80 ± 1) ( 0, 3 ± 1, 9) ( 8, 93 ± 0, 01)
Fonte: Autoral (valores obtidos disponíveis no Anexo)

2
𝑉𝑜 𝑠𝑒𝑛2θ
O alcance pode ser medido pela fórmula 𝑅 = 𝑔
, sendo assim, para medir a

velocidade inicial é necessário plotar um gráfico de R x sen(2𝜽), e fazendo um ajuste linear,


como no Gráfico Parte 2, é possível obter seus coeficientes.

Observamos que:
𝑎 = 26, 1069169
σ𝑎 = 0, 01567238

Comparando com a equação da reta 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, vemos que 𝑦 = 𝑅, 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛2θ e


2
𝑉𝑜
𝑎= 𝑔

𝑉𝑜 = 𝑎𝑔
2
Sabendo que 𝑔 = (9, 81 ± 0, 01)𝑚/𝑠 , temos que

11
𝑉𝑜 = (26, 1069169)(9, 81)

𝑉𝑜 = 256, 108846
𝑉𝑜 = 16, 0034 𝑚/𝑠

Propagando a incerteza da velocidade, temos que

∂𝑉𝑜 2 ∂𝑉𝑜 2
δ𝑉𝑜 = ( )
∂𝑎
2
· δ𝑎 + ( )
∂𝑔
· δ𝑔
2

E de acordo com os cálculos no Anexo temos δ𝑉𝑜 = 0, 01.


Assim a incerteza relativa percentual é

є% = ( ) · 100%
δ𝑥
𝑥

є%𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒|2 = ( ) · 100% = 0, 06%


0,01
16

Calculando a discrepância relativa da velocidade 2, comparados com os parâmetros


adotados no simulador, temos que
|𝑥𝑚𝑒𝑑−𝑥𝑟𝑒𝑓|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑥𝑟𝑒𝑓
|16,0034 − 16|
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒|2 = 16
= 0, 002

Temos ao final a velocidade inicial medida pelo método 1 e pelo método 2, respectivamente,
sendo

𝑣0| 1 = (16, 8 ± 0, 2) 𝑚/𝑠

𝑣0 |2 = (16, 00 ± 0, 01) 𝑚/𝑠.

4. CONCLUSÃO
2
𝑉𝑜 𝑠𝑒𝑛2θ
Pela equação 𝑅 = 𝑔
podemos observar que o alcance horizontal (R)

aumenta conforme a angulação sen 2θ também aumenta, assim temos


sen(2*45°)=sen(90°)=1, logo o ângulo que nos dá o maior alcance horizontal é 45°.
Podemos observar também, que se o ângulo θ=90°, temos que o 𝑠𝑒𝑛(2Ө) = 0, portanto o
alcance será zero.

12
2
(𝑣0𝑠𝑒𝑛θ)
Da equação 𝑦
𝑚á𝑥
= 2𝑔
, temos que a obtenção da altura máxima é

diretamente proporcional ao quadrado do seno de θ, assim quanto maior o quadrado do


2
seno maior será a altura máxima. Portanto, se θ=90° o (𝑠𝑒𝑛90°) = 1, então a altura
máxima é a maior obtida, do que para outros valores do ângulo.
Podendo dizer então, que para o ângulo de 90°, a altura máxima é a maior em
comparação a qualquer outro ângulo escolhido porém, o alcance é zero e a velocidade na
componente x, sendo 𝑣𝑜𝑥 = 𝑣0 · 𝑐𝑜𝑠 90°, será nula também. Caracterizando como um

lançamento vertical.
Diante dos valores obtidos, foi possível concluir que o valor encontrado para a
velocidade é (16, 8 ± 0, 2)𝑚/𝑠, se comparado ao valor nominal (16, 00 ± 0, 01)𝑚/𝑠 temos
2
uma diferença de (0, 8 ± 0, 2)𝑚/𝑠. A gravidade encontrada foi de 𝑔 = (10, 5 ± 0, 7) 𝑚/𝑠 ,
2
comparado ao valor do simulador de 𝑔 = (9, 81 ± 0, 01)𝑚/𝑠 , tem-se uma diferença de
2
(0, 7 ± 0, 7)𝑚/𝑠 . A altura máxima calculada foi de 𝑦𝑚á𝑥 = (11, 0 ±0, 9)𝑚 enquanto a altura

máxima do simulador foi de 𝑦𝑚á𝑥 = (10, 36±0, 01)𝑚 isso nos dá uma diferença de

(0, 6±0, 9)𝑚. Portanto, os valores encontrados são razoáveis e próximos aos valores de
parâmetros configurados no simulador.
Repara-se que conforme o ângulo aumenta, os valores de seno aumentam enquanto
de cosseno diminuem. Sendo assim, a velocidade na componente y, 𝑣0𝑦 = 𝑣0 · 𝑠𝑒𝑛Θ,

aumenta com o ângulo e a velocidade na componente x, 𝑣𝑜𝑥 = 𝑣0 · 𝑐𝑜𝑠Θ, diminui com o

ângulo. Chegando na conclusão que quanto maior for o ângulo escolhido, mais rapidamente
ele vai aumentar sua altura, mas a distância percorrida terá menor velocidade. Também é
notável, com as variações de ângulo na simulação, que os ângulos maiores que 45° obtêm
a maior altura máxima, porém seu alcance diminui.
Tendo essas considerações em mente, podemos concluir que o ângulo de 45°, que
possui o maior alcance, é um ângulo muito proveitoso em um lançamento horizontal, pois
ele possui o mesmo valor de seno e cosseno. Então, o lançamento terá uma as duas
componentes de velocidade com o mesmo valor.
Ao compararmos os resultados obtidos com a simulação obtivemos as seguintes
discrepâncias:
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 0, 05
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝐺𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 0, 07
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑀á𝑥 = 0, 06

13
Analisando as discrepâncias acima podemos concluir que são resultados acurados
pelos pequenos valores, sendo os resultados compatíveis com os valores de referência
configurados no simulador. As incertezas relativas percentuais são razoavelmente
pequenas, considerando-as precisas. Apenas a altura máxima e a gravidade possuem
valores mais altos mas ainda sim possuindo valores baixos de discrepâncias.
Analisando o cálculo do módulo da velocidade pelos dois métodos, da parte 1 com
os valores de suas componentes e da parte 2 com a fórmula de alcance. Conclui-se, que
levando em consideração os resultados de incertezas relativas percentuais e das
discrepâncias obtidas em cada método, o método da parte 2 é o mais adequado. Pois seu
valor de incerteza relativa percentual é de 0, 06% e discrepância é 0, 002. Sendo assim, são
os menores valores encontrados, tornando o mais preciso e acurado em relação ao outro
cálculo.

14
ANEXO

15
16
17
18
19
REFERÊNCIAS

LIMA, C. Universidade Federal de Juiz de Fora. Lançamento de projéteis. 2019. Disponível


em: https://www.ufjf.br/carlos_lima/files/2019/01/pratica5.pdf. Acesso em 03 de jul de 2022.

PHET. Movimento de Projétil. University of Colorado Boulder. Disponível


em:https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-motion_pt_BR.html.
Acesso em 03 de jul de 2022.

20

Você também pode gostar