Você está na página 1de 84

SEMANA 9

Força de atrito; Dinâmica de o movimento circular.

FORÇA DE ATRITO EXEMPLO 1


(UFRRJ) Dois carros de corrida são projetados de forma a
Você já percebeu que, mesmo a baixas velocidades, aumentar o atrito entre os pneus e a pista. Os projetos são
correr dentro da água é muito mais difícil do que sobre o chão idênticos, exceto que num deles os pneus são mais largos e no
seco? Ou ainda, que quando andamos de bicicleta em alta
outro há um aerofólio. Nessas condições podemos dizer que
velocidade nós sentimos uma maior resistência por parte do ar do
que quando estamos mais lentos?
a) em ambos os projetos, o atrito será aumentado em relação
E sobre mover objetos: já percebeu que colocar uma ao projeto original.
caixa em movimento é mais difícil do que empurrá-la quando ela b) em ambos os projetos, o atrito será diminuído em relação ao
já está em movimento? Essas forças de resistência são projeto original.
extremamente comuns e importantes em nossas vidas, elas são c) o atrito será maior no carro com aerofólio.
denominadas forças de atrito. A todo o momento estamos em d) o atrito será maior no carro com pneus mais largos.
contato tais forças: quando caminhamos, corremos, pulamos,
e) nenhum dos projetos alterará o atrito.
nadamos, quando empurramos ou puxamos objetos, etc.
RESOLUÇÃO: LETRA C
O estudo das forças de atrito é empírico, ou seja,
realizado através de muita observação e experimentação. As
Como já foi dito, a largura dos pneus simplesmente
características que apresentaremos a seguir são evidências
experimentais e muitos resultados são aproximações. Para que as diminui a pressão sobre a superfície e não aumentam o atrito.
ideias sejam compreendidas da melhor forma vamos realizar uma Entretanto, o aerofólio fará com que o carro exerça uma maior
experiência simples. Trataremos, de forma mais aprofundada, força sobre o chão, ou seja, a força normal será maior. Com isso, o
exclusivamente, a força de atrito que surge entre superfície secas! aerofólio aumenta a força de atrito, e também aumenta a
estabilidade do mesmo.

EXERCÍCIOS - FORÇA DE ATRITO

1. Um motorista conduzia seu automóvel de massa 2


000 kg que trafegava em linha reta, com
Matematicamente, a força de atrito pode ser
velocidade constante de 72 km/h, quando avistou
calculada como a seguir.
uma carreta atravessada na pista. Transcorreu 1 s
F at = 𝝁𝝁 . N
entre o momento em que o motorista avistou a
carreta e o momento em que acionou o sistema
de freios para iniciar a frenagem, com
O termo 𝝁𝝁 é uma constante que depende do par desaceleração constante igual a 10 m/s2 . Antes
de superfícies envolvidas e é denominado coeficiente de de o automóvel iniciar a frenagem, pode-se
atrito. Quando a força de atrito for do tipo estática o afirmar que a intensidade da resultante das forças
coeficiente será representado por 𝝁𝝁 e e quando a força de
R
horizontais que atuavam sobre ele era
atrito for dinâmica (ou cinética) representado por 𝝁𝝁 c . O R
a) nula, pois não havia forças atuando sobre o
coeficiente de atrito não possui unidade de medida, pois é automóvel.
o resultado da divisão da intensidade entre duas forças. O b) nula, pois a força aplicada pelo motor e a força
gráfico a seguir mostra o comportamento, de atrito resultante atuavam em sentidos opostos
aproximadamente, das forças de atrito estático e cinética. com intensidades iguais.
c) maior do que zero, pois a força aplicada pelo
motor e a força de atrito resultante atuavam em
sentidos opostos, sendo a força aplicada pelo
motor a de maior intensidade.
d) maior do que zero, pois a força aplicada pelo
motor e a força de atrito resultante atuavam no
mesmo sentido com intensidades iguais.
e) menor do que zero, pois a força aplicada pelo
motor e a força de atrito resultante atuavam em
sentidos opostos, sendo a força de atrito a de
maior intensidade.

PARTICULARES DE MEDICINA
2. (UNIMONTES) Uma caixa, que estava em repouso, sofre a 4. O bloco da figura, de massa 5 Kg, move-se com
ação de uma força variável de módulo F, inicialmente nula. velocidade constante de 1,0 m/s num plano
Após 2 segundos, a caixa passa a se mover com velocidade
constante. Assinale o gráfico que melhor representa o horizontal, sob a ação da força F, constante e
módulo da força de atrito F a , entre o fundo da caixa e o piso, horizontal.
em função do tempo.

a)
Se o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano
vale 0,20, e a aceleração da gravidade, 10m/s2 ,
então o módulo da força F, em Newtons, vale:
a) 25
b) b) 20
c) 15
d) 10
e) 5
c)
5. Analise as afirmativas seguintes e indique aquelas
que estão corretas:
I. Em um determinado instante, um corpo pode
d) ter aceleração igual a zero e a resultante das
forças que atuam sobre ele ser diferente de zero.
3. (FATEC) Durante a preparação das salas para o concurso da II. Se um corpo, em um certo instante, possui
Fatec, os organizadores arrastavam mesas e carteiras para velocidade, estará atuando, necessariamente,
que tudo ficasse pronto. Vesti começou a observar Bular sobre o corpo, uma força resultante de mesma
empurrar uma mesa. Ele notou que a colega aplicava uma direção e mesmo sentido da velocidade.
força de intensidade F AP sobre a mesa e a mesa não
começava a se movimentar instantaneamente, demorando
III. Se um bloco está em repouso sobre uma mesa
um certo intervalo de tempo para isso. Vesti deduziu então horizontal, sobre ele estão atuando,
que isso ocorria devido à força de atrito de intensidade F AT necessariamente, três forças: seu peso, a reação
entre o chão e os pés da mesa. Lembrando das aulas de normal da mesa e a força de atrito estático.
Física, recordou-se de três conceitos: atrito estático, atrito
dinâmico (ou cinético) e iminência de movimento.
a) apenas I e III
b) apenas I e II
c) apenas II e III
d) todas
e) nenhuma

6. (PUC-RS) Sobre uma gota de chuva atuam, principalmente,


duas forças: o peso e a força de resistência do ar, ambas com
direções verticais, mas com sentidos opostos. A partir de uma
Considerando a situação descrita e esses três conceitos, determinada altura h em relação ao solo, estando a gota com
podemos concluir corretamente que, no gráfico esquemático velocidade v, essas duas forças passam a ter o mesmo
representado, os pontos (I), (II) e (III) correspondem, módulo. Considerando a aceleração da gravidade constante,
respectivamente, a situações de é correto afirmar que

(I) (II) (III) a) o módulo da força devido à resistência do ar não se


iminência de atrito atrito altera desde o início da sua queda.
a) b) o módulo do peso da gota varia durante a sua queda.
movimento dinâmico estático
atrito iminência de atrito c) durante a queda, a aceleração da gota aumenta.
b) d) a velocidade com que a gota atinge o solo é v.
dinâmico movimento estático
e) a partir da altura h até o solo, a velocidade da gota vai
atrito atrito iminência de
c) diminuir.
dinâmico estático movimento
atrito iminência de atrito 7. (FATEC) O bloco da figura, de massa 5 Kg, move-se com
d)
estático movimento dinâmico velocidade constante de 1,0 m/s num plano horizontal, sob a
iminência de atrito atrito ação da força F, constante e horizontal.
e)
movimento estático dinâmico

PARTICULARES DE MEDICINA
12. Um corpo atirado horizontalmente, com velocidade de
10m/s, sobre uma superfície horizontal, desliza 20m até
parar. Adotando g=10m/s² , o coeficiente de atrito cinético
entre o corpo e a superfície é
Se o coeficiente de atrito entre o bloco e o plano vale 0,20, e a) 0,13
a aceleração da gravidade, 10m/s2, então o módulo da b) 0,25
força F, em Newtons, vale: c) 0,40
d) 0,50
a) 25 e) 0,75
b) 20
c) 15 13. Um corpo de massa 4,0kg está sobre uma superfície
d) 10 horizontal com a qual tem coeficiente de atrito dinâmico
e) 5 0,25. Aplica-se nele uma força F constante, que forma com a
horizontal um ângulo de 53°, conforme a figura. Se o módulo
de F é 20N e a aceleração local da gravidade é 10m/s², pode-
8. (UNIFOR) Um bloco de massa 20 kg é puxado se concluir que a aceleração do movimento do corpo é, em
horizontalmente por um barbante. O coeficiente de atrito m/s²,
entre o bloco e o plano horizontal de apoio é 0,25. Adota-se g
= 10 m/s2. Sabendo que o bloco tem aceleração de módulo
igual a 2,0 m/s2, concluímos que a força de tração no
barbante tem intensidade igual a:

a) 40N
b) 50N
c) 60N
d) 70N
e) 90N
a) 2,0
9. Um bloco é arremessado sobre um plano horizontal com uma b) 1,5
velocidade de 5 m/s. Sabendo-se que a massa do bloco é de c) 0,75
10 kg e que o coeficiente de atrito cinético entre o mesmo e d) 0,50
o plano é 0,2, pode-se afirmar que o tempo que ele demorar e) 0,25
para parar, em segundos, é:
a) 5,0 14. Nessa figura, está representado um bloco de 2,0kg sendo
b) 2,5 pressionado contra a parede por uma força F. O coeficiente
c) 2,0 de atrito estático entre esses corpos vale 0,5, e o cinético
d) 1,5 vale 0,3. Considere g=10m/s² . A força mínima F que pode ser
e) 4,0 aplicada ao bloco para que ele não deslize na parede é

10. (ENEM) Uma pessoa necessita da força de atrito em seus pés


para se deslocar sobre uma superfície. Logo, uma pessoa que
sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de
atrito exercida pelo chão em seus pés. Em relação ao
movimento dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da
a) 10N.
força de atrito mencionada no texto?
b) 20N.
c) 30N.
a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do
d) 40N.
movimento.
e) 50N.
b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
c) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.
15. Uma corrente com 12 elos iguais está sobre uma mesa. O
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.
coeficiente de atrito estático entre a corrente e a mesa é
e) Vertical e sentido para cima.
0,50. O número máximo de elos que podem ficar pendurados
sem que a corrente escorregue é
11. Uma locomotiva de massa M está ligada a uma vagão de
a) 0
massa 2M/3, ambos sobre trilhos horizontais e retilíneos. O
b) 2
coeficiente de atrito estático entre as rodas da locomotiva e
c) 4
os trilhos é µ, e todas as demais fontes de atritos podem ser
d) 6
desprezadas. Ao se por a locomotiva em movimento, sem
e) 8
que suas rodas patinem sobre os trilhos, a máxima
aceleração que ela pode imprimir ao sistema formado por ela
16. Dois blocos idênticos, A e B, se deslocam sobre uma mesa
e pelo vagão vale:
plana sob ação de uma força de 10N, aplicada em A,
a) 3µg/5
conforme ilustrado na figura.
b) 2µg/3
c) µg
d) 3µg/2
e) 5µg/3
Se o movimento é uniformemente acelerado, e considerando que
o coeficiente de atrito cinético entre os blocos e a mesa é µ = 0,5,
a força que A exerce sobre B é:
PARTICULARES DE MEDICINA
a) 20N.
b) 15N.
c) 10N.
d) 5N.
e) 2,5N.

17. No sistema representado a seguir, o corpo A, de massa 3,0kg


está em movimento uniforme. A massa do corpo B é de 10kg.
a) 0,1.
O coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo B e o plano
b) 0,2.
sobre o qual se apóia vale
c) 0,3.
Adote g=10m/s²
d) 0,4.
e) 0,5

DINÂMICA DO MCU

Até esse ponto de nosso estudo nos concentramos


a) 0,15 quase que totalmente no caso especial de móveis em trajetórias
b) 0,30 retilíneas. Entretanto, sabemos que, na prática, a maioria dos
c) 0,50 nossos movimentos ocorre numa trajetória que descreve algum
d) 0,60 tipo de curva. Iremos aplicar as leis de Newton ao importante caso
e) 0,70 em que os móveis estão em trajetória curvilínea e, em especial,
em trajetória circular.
18. Um corpo de peso 10N é puxado plano acima, com
velocidade constante, por uma força F paralela ao plano Quando estudamos as leis de Newton aprendemos que
inclinado de 53° com a horizontal. o papel da força é o de produzir algum tipo de variação no vetor
Adote: cos53°= 0,60; sen53°= 0,80; g=10m/s²; coeficiente de atrito velocidade do corpo, ou seja, em última análise, é o agente
dinâmico µ=0,20. causador de uma variação no módulo da velocidade (aceleração
A intensidade da força F é, em newtons, tangencial), ou na direção da velocidade (aceleração centrípeta),
ou em todas as características da velocidade simultaneamente.
Isso nos leva a concluir algo muito importante: em todo
movimento curvilíneo a força resultante será sempre diferente de
zero. Isso porque, no mínimo, haverá variação na direção e no
sentido da velocidade do corpo.

A figura a seguir ilustra uma partícula de massa m que


a) 12 realiza uma curva de raio R.
b) 11,2
c) 10
d) 9,2
e) 8,0

19. A superfície de contato do bloco A apresenta com o plano


inclinado os coeficientes de atrito estático 0,70 e cinético
0,50. A massa do bloco é de 20kg e g=10m/s². A mínima força
que se deve aplicar no bloco para que ele inicie movimento
tem intensidade, em newtons:

A força F t (no eixo tangencial) é denominada força


a) 22 resultante tangencial e F C (no eixo radial) força resultante
b) 44 centrípeta. Para que a partícula efetue a curva é necessário que a
c) 74 sua direção de movimento seja desviada. Quem realiza esse
d) 94 desvio da partícula é exatamente a força resultante centrípeta.
e) 122
Assim como no caso dos movimentos retilíneos, também
20. No sistema a seguir, o fio e a polia são ideais. Ao se utilizaremos a 2ª lei de Newton para calcularmos a força
abandonarem os blocos, A vai do ponto M para o N em 1,5s. resultante centrípeta. Nesse caso, a diferença será que a
O coeficiente de atrito cinético entre o bloco A e a superfície aceleração utilizada será a aceleração centrípeta. Como sabemos
de apoio é: Dados: Massa do bloco A = 8 kg Massa do bloco B 𝑉𝑉 2
a ctp = , onde V é o módulo da velocidade da partícula e R é o
= 2 kg g = 10m/s² 𝑅𝑅
raio da curva descrita. Assim, teremos, em módulo:

FR = m . a

F c = m . a ctp
PARTICULARES DE MEDICINA
Quem já teve a oportunidade de andar de montanha
Fc = m .
𝐕𝐕 𝟐𝟐 russa já deve ter percebido que a sensação que se tem quando se
𝐑𝐑 passa numa superfície mais alta (convexa) não é a mesma de
quando se passa por uma superfície mais baixa (côncava).
EXEMPLO 2
(PUC-RJ) Um carro de massa m = 1000 kg realiza uma curva de raio
R = 20 m com uma velocidade angular 𝜔𝜔 = 10 rad/s. Calcule, em N,
a força centrípeta atuando no carro.

RESOLUÇÃO:

V2
Como F c = m . e v = 𝜔𝜔 . 𝑅𝑅, teremos que
R
A sensação de “aumento ou diminuição de peso”, como
(𝜔𝜔 . 𝑅𝑅)2
já foi estudante anteriormente, depende de quão intensa seja a
Fc = m . força normal aplicada pela superfície a qual estamos em contato.
R
Vamos analisar os dois casos gerais: superfície côncava e convexa.
F c = m . 𝜔𝜔 2 . R
P

SUPERFÍCIE CONVEXA
F c = 1000 . (10)² . 20
A figura a seguir ilustra um móvel passando por uma
F c = 2 x 105 N. superfície convexa (um carro passando por uma lombada, por
exemplo) com velocidade escalar V.

O PÊNDULO SIMPLES

A figura a seguir ilustra três pontos da trajetória de um


pêndulo simples com uma massa m em sua extremidade e cujo fio
possui comprimento L. O diagrama seguinte mostra as forças que atuam na
partícula no ponto mais alto da superfície.

Os pontos A e C são os locais onde o pêndulo inverte seu Como a força resultante centrípeta aponta para o centro
sentido de movimento, ou seja, V = 0. O ponto B é o ponto mais da curva, o módulo da força peso precisa ser maior do que a força
baixo da trajetória. Como o pêndulo está oscilando, ele estará normal nesse ponto. Caso contrário, a partícula não realizaria a
constantemente em trajetória curva. Isso significa dizer que em trajetória descrita.
nenhum ponto da trajetória do pêndulo a força resultante será P>N
nula. A figura a seguir ilustra as forças que atuam em cada um ���⃗ �⃗ − 𝐍𝐍
𝐅𝐅𝐂𝐂 = 𝐏𝐏 ��⃗
desses pontos. Desprezaremos qualquer tipo de atrito.

SUPERFÍCIE CÔNCAVA

A figura a seguir ilustra um móvel passando por uma


superfície CÔNCAVA (o ponto mais baixo de uma montanha russa,
por exemplo) com velocidade escalar V.

É importante que fiquemos atentos à proporção dos


vetores da força tração. A força resultante não será nula em
nenhum ponto, pois, se assim acontecesse, não haveria um Assim como no caso anterior, a força resultante
agente causador da trajetória descrita. É muito comum para os centrípeta aponta para o centro da curva no ponto em questão.
estudantes iniciantes associarem ao ponto mais baixo da Entretanto, a força que estará agora no sentido do centro será a
trajetória (no nosso caso o ponto B) força resultante nula, porém, força normal. Assim, teremos que N > P. Analisemos o diagrama
isso não está correto! de forças abaixo.

T C ≠ P.

SUPERFÍCIES CÔNCAVAS E CONVEXAS

PARTICULARES DE MEDICINA
Vetorialmente, teremos que a força resultante 4. Um artista de circo, agarrado a uma longa corda suspensa do
centrípeta será dada por: alto, balança como um pêndulo vertical, fazendo com que o
centro de gravidade do seu corpo percorra um arco de
���⃗ ��⃗ − 𝐏𝐏
𝐅𝐅𝐂𝐂 = 𝐍𝐍 �⃗ circunferência. Saindo da uma posição P1, à direita do
público que o assiste, o artista passa pelo ponto mais baixo,
É importante que fique claro para o estudante que essas P0, e pára na posição oposta P2, à esquerda do público.
equações não precisam ser memorizadas. Estamos apenas Se compararmos as intensidades da força de tensão que a
apresentando uma visão geral dos principais casos. O principal a corda exerce sobre o artista quando ele se encontra nos
ser apreendido é que não poderemos fazer nenhuma análise da pontos P1, P0 e P2 verificaremos que a tensão é:
dinâmica do movimento circular (assim como nenhum outro) sem
que tenhamos feito antes um diagrama de forças do sistema.

EXERCÍCIOS - DINÂMICA DO MCU

1. Um avião de brinquedo é posto para girar num plano


horizontal preso a um fio de comprimento 4,0 m. Sabe-se a) maior em P1.
que o fio suporta uma força tração horizontal máxima de b) maior em P0.
valor 20 N. Sabendo que a massa do avião é 0,8 kg, a máxima c) menor em P0.
velocidade que pode ter o avião, sem que ocorra o d) maior em P2.
rompimento do fio, é: e) igual em todos os pontos da trajetória.
5. (PUC-SP) A figura representa em plano vertical um trecho
dos trilhos de uma montanha russa na qual um carrinho está
prestes a realizar uma curva.

a) 10 m/s
b) 8 m/s
c) 5 m/s
d) 12 m/s
e) 16 m/s
Despreze atritos, considere a massa total dos ocupantes e do
2. Um carro de massa M percorre uma curva plana horizontal carrinho igual a 500 kg e a máxima velocidade com que o
com raio de curvatura R. O coeficiente de atrito entre os carrinho consegue realizar a curva sem perder contato com
os trilhos igual a 36 km/h. O raio da curva, considerada
pneus do carro e o asfalto vale µ . A aceleração da gravidade
circular, é, em metros, igual a: (g = 10m/s2)
no local é g. A velocidade máxima v com que o carro pode
percorrer a curva sem derrapar:
a) 3,6
b) 18
c) 1,0
d) 6,0
e) 10

6. Uma partícula de massa m descreve uma trajetória circular


com movimento uniforme, no sentido horário, como mostra
a figura. Qual dos seguintes conjuntos de vetores MELHOR
representa a força resultante F atuando na partícula, a
velocidade v e a aceleração a da partícula, no ponto P
indicado na figura?

a) é diretamente proporcional à massa M.


b) é inversamente proporcional à massa M.
c) é diretamente proporcional ao raio R.
d) independe do coeficiente de atrito µ.
e) independe da massa M.

3. (FCM-PB) Um carro de corrida consegui fazer uma curva de


raio 100 metros, sem derrapagem, a uma velocidade de 180
km/h . Qual o coeficiente de atrito estático entre os pneus do
carro e o asfalto da pista? Considere a aceleração da
gravidade como sendo 10 m/s2.

a) 32,4
b) 3,24
c) 25
d) 2,5
e) 0,25
PARTICULARES DE MEDICINA
10. Um automóvel de massa 800 kg, dirigido por um motorista
de massa igual a 60 kg, passa pela parte mais baixa de uma
depressão de raio = 20 m com velocidade escalar de 72 km/h.
Nesse momento, a intensidade da força de reação que a pista
aplica no veículo é

7. Daniel está brincando com um carrinho, que corre por uma Adote g = 10 m/s² .
pista composta de dois trechos retilíneos – P e R – e dois
trechos em forma de semicírculos – Q e S –, como a) 231 512 N.
representado nesta figura: b) 215 360 N.
c) 1 800 N.
d) 25 800 N.
e) 24 000 N.

11. Um objeto percorre uma circunferência em movimento


circular uniforme. A força resultante sobre esse objeto
O carrinho passa pelos trechos P e Q, mantendo o módulo de sua a) é nula, porque não há aceleração.
velocidade constante. Em seguida, ele passa pelos trechos R e S, b) é dirigida para o centro.
aumentando sua velocidade. Com base nessas informações, é c) é tangente à velocidade do objeto.
CORRETO afirmar que a resultante das forças sobre o carrinho d) tem sentido contrário ao da velocidade.
a) é nula no trecho Q e não é nula no trecho R.
b) é nula no trecho P e não é nula no trecho Q. 12. Durante uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, um
c) é nula nos trechos P e Q. dos aviões descreve a trajetória circular representada nesta
d) não é nula em nenhum dos trechos marcados. figura:

8. Quando um carro se desloca numa estrada horizontal, seu


peso P é anulado pela reação normal N exercida pela estrada.
Quando esse carro passa no alto de uma lombada, sem
perder o contato com a pista, como mostra a figura, seu peso
será representado por P’, e a reação normal da pista sobre
ele, por N’.

Ao passar pelo ponto mais baixo da trajetória, a força que o


assento do avião exerce sobre o piloto é
Com relação aos módulos dessas forças, pode-se afirmar que a) igual ao peso do piloto.
b) maior que o peso do piloto.
c) menor que o peso do piloto.
d) nula.

13. O diagrama mostra um objeto movendo-se no sentido anti-


horário, em uma trajetória circular horizontal. Assinale o
diagrama que MELHOR representa a direção e o sentido da
9. Em uma das missões científicas do Programa Apolo, os velocidade do objeto e a direção e o sentido da força
astronautas determinaram o período de oscilação de um centrípeta sobre ele.
pêndulo simples na superfície da Lua. As figuras das
alternativas a seguir reproduzem a oscilação desse pêndulo
desde um dos pontos mais altos de sua trajetória (M) até um
outro ponto (N). Em qual das alternativas a seguir está
CORRETAMENTE representada a resultante R de todas as
forças que atuam sobre a massa do pêndulo simples quando
esta passa pelo ponto N?

14. O trem rápido francês, conhecido como TGV (Train à Grande


Vitesse), viaja de Paris para o sul com uma velocidade média
PARTICULARES DE MEDICINA
de cruzeiro v = 216 km/h. A aceleração experimentada pelos
passageiros, por razões de conforto e segurança, está
limitada a 0,05 g. Qual é, então, o menor raio que uma curva
pode ter nesta ferrovia? (g = 10m/s² )
a) 7,2 km
b) 93 km
c) 72 km
d) 9,3 km
e) Não existe raio mínimo.

15. Do ponto de vista de um certo observador inercial, um corpo


executa movimento circular uniforme sob a ação exclusiva de Assinale a alternativa que representa CORRETAMENTE as direções
duas forças. Analise as seguintes afirmações a respeito dessa e sentidos das forças resultantes que atuam, nesse instante, nos
situação: meninos A, B e C, respectivamente:
I. Uma dessas forças necessariamente é centrípeta.
II. Pode acontecer que nenhuma dessas forças seja
centrípeta.
III. A resultante dessas forças é centrípeta.
Quais estão CORRETAS?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e III
e) Apenas II e III

16. Um automóvel de 1 720 kg entra em uma curva de raio r = 19. Curvas com ligeiras inclinações em circuitos automobilísticos
200 m, a 108 km/h. Sabendo que o coeficiente de atrito entre são indicadas para aumentar a segurança do carro a altas
os pneus do automóvel e a rodovia é igual a 0,3, considere as velocidades, como, por exemplo, no Talladega
afirmações: Superspeedway, um circuito utilizado para corridas
I. O automóvel está a uma velocidade segura para fazer a curva. promovidas pela NASCAR (National Association for Stoc Car
II. O automóvel irá derrapar radialmente para fora da curva. Auto Racing). Considere um carro como sendo um ponto
III. A força centrípeta do automóvel excede a força de atrito. material percorrendo uma pista circular, de centro C,
IV. A força de atrito é o produto da força normal do automóvel e o inclinada de um ângulo e com raio R, constantes, como
coeficiente de atrito. mostra a figura, que apresenta a frente do carro em um dos
trechos da pista.
Baseado nas afirmações anteriores, responda:
a) Apenas I está correta.
b) As afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Estão corretas I, III e IV.
e) Estão corretas II, III e IV.

17. O eixo de um trecho de rodovia está contido num plano


vertical e apresenta-se em perfil, conforme indica a figura. O
raio de curvatura dos pontos A e B são iguais, e o trecho que
contém o ponto C é horizontal. Um automóvel percorre a Se a velocidade do carro tem módulo constante, é CORRETO
rodovia com velocidade escalar constante. Sendo N A , N B e N C afirmar que o carro
a reação normal da rodovia sobre o carro nos pontos A, B e a) não possui aceleração vetorial.
C, respectivamente, podemos dizer que b) possui aceleração com módulo variável, direção radial e no
sentido para o ponto C.
c) possui aceleração com módulo variável e tangente à trajetória
circular.
d) possui aceleração com módulo constante, direção radial e no
sentido para o ponto C.
e) possui aceleração com módulo constante e tangente à
trajetória circular.

20. Observe o fenômeno indicado na tirinha adiante.

18. Uma roda gigante gira com velocidade angular constante,


levando três meninos A, B e C, que, em um determinado
instante, encontram-se nas posições ilustradas na figura a
seguir.

PARTICULARES DE MEDICINA
A força que atua sobre o peso e produz o deslocamento vertical
da garrafa é a força
a) de inércia.
b) Gravitacional.
c) de empuxo.
d) centrípeta.
e) elástica.

GABARITO
FORÇA DE ATRITO
01 02 03 04 05
B B D D E
06 07 08 09 10
D D E B C
11 12 13 14 15
A B B D C
16 17 18 19 20
D B D A B
DINÂMICA DO MCU
1 2 3 4 5
C E D C C
6 7 8 9 10
D B D B D
11 12 13 14 15
B B B A E
16 17 18 19 20
E B A D D

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 10

Trabalho e Energia

TRABALHO E ENERGIA representadas, apenas a força de módulo F pode produzir algum


tipo de variação no módulo da velocidade do corpo. Vamos então
A ideia de energia já nos é bastante familiar. A todo o estudar a relação entre essa força e a mudança no módulo da
momento, de uma forma ou de outra, nos utilizamos de várias velocidade do corpo.
nomenclaturas que nos remetem à energia. Sabemos que
precisamos nos alimentar regularmente para que o nosso corpo A figura a seguir ilustra o nosso corpo de massa m em
possa adquirir energia para realizar as atividades diárias. Sabemos dois instantes distintos onde, no intervalo de tempo considerado,
que é necessário abastecer os automóveis, seja qual for o tipo de ele se deslocou de uma distância d. Estamos assumindo que ele
combustível, pra que o motor possa funcionar. Para que os nossos possuía velocidade inicial V 0 e ao final do deslocamento atingiu
aparelhos eletrônicos funcionem algum elemento precisa fornecer velocidade V.
energia ao mesmo.

Apesar de esse conceito estar tão vivamente presente


em nossa vida, fisicamente falando, não é um conceito fácil de ser
definido. Quando estudamos energia, na verdade o que fazemos é
descrever as formas como a energia se apresenta. Energia
associada ao movimento, energia associada à certa altura, energia
associada à cargas elétricas que interagem, etc.

O presente capítulo tem por objetivo iniciar essa saga


em busca de descrevermos da forma mais ampla possível o
Como a única força que pode produzir variações no
conceito de energia. Nosso primeiro passo será desenvolver um
módulo da velocidade da partícula é a força F�⃗ e esta possui
conceito chave muito importante: o conceito de trabalho!
módulo constante, podemos utilizar as equações do movimento
uniformemente variado e a segunda lei de Newton para
O CONCEITO DE TRABALHO
encontrarmos alguma relação entre as velocidades e a força de
módulo F. Assim, teremos:
A palavra trabalho possui um sentido muito particular
em nosso dia-a-dia. Normalmente utilizamos a palavra trabalho no
FR = m . a
contexto de realizar algum tipo de tarefa ou a grandes esforços
físicos. Por exemplo, se alguém nos pede para ficarmos de pé
F=m.a
segurando uma caixa muito pesada por certo intervalo de tempo
nós dizemos ao final: “nossa, isso deu muito trabalho”. 𝐅𝐅
Fisicamente falando, o conceito de trabalho diferente bastante do a=
𝐦𝐦
que nós normalmente associamos a esse termo em nossa vida
diária. É extremamente importante que essa diferença fique clara Da equação de Torricellii: V2 = V 0 2 + 2 . a .∆𝐒𝐒, teremos:
na mente do caro estudante.
V2 = V 0 2 + 2 . a .∆S
Para que possamos desenvolver o conceito de trabalho
𝐅𝐅
da forma mais intuitiva possível, vamos analisar uma situação V2 = V 0 2 + 2 .( ).d
𝐦𝐦
muito simples: um objeto de massa m em trajetória retilínea e
horizontal da esquerda para direita sujeito a uma força �F⃗ de m . V² = m . V 0 2 + 2Fd
módulo constante, à força peso (𝑃𝑃�⃗) e à força normal (𝑁𝑁
�⃗ ),
conforme mostra o esquema abaixo.
𝐦𝐦 . 𝐯𝐯 𝟐𝟐 𝐦𝐦 . 𝐯𝐯𝟎𝟎 𝟐𝟐
F.d = 𝟐𝟐
- 𝟐𝟐

Chegamos a um ponto muito importante de nosso


estudo. A equação que acabamos de deduzir é um teorema muito
importante da mecânica denominado teorema da energia
m . v2
cinética. O termo ( ) é denominado energia cinética (E CIN ) e
2
Como cada uma dessas forças afeta o módulo da o termo (F . d) é trabalho (𝜏𝜏) realizado pela força constante F.
velocidade desse corpo? Para que o módulo da velocidade sofra Assim, de forma geral, teremos
variações é necessário que haja uma força resultante na mesma
direção do movimento, seja no mesmo sentido (“empurrão”) ou
no sentido contrário (“puxão”). Assim, das três forças
PARTICULARES DE MEDICINA
TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA Esse teorema nos possibilita elaborar uma definição muito simples
de trabalho: uma força realiza trabalho quando for capaz de
O trabalho (𝝉𝝉) total (somatório de todos os trabalhos realizados) é produzir variações no módulo da velocidade de um corpo. De uma
igual à variação de energia cinética sofrida pelo corpo. outra maneira, podemos dizer que uma força realiza trabalho
sobre um corpo quando for capaz de produzir variações em sua
𝝉𝝉 TOTAL = ∆E CIN
R energia cinética. Assim, poderíamos também dizer que energia, de
forma geral, representa uma capacidade de realizar trabalho.
Como o 𝝉𝝉 é o produto de uma força por uma distância,
em unidades do sistema internacional (SI) o trabalho (ou qualquer No exemplo que utilizamos a força que realizava
outra forma de energia) será dado por N . m que é abreviado pelo trabalho era constante e estava aplicada na mesma direção da
nome joule (J). velocidade. De forma geral, para uma força constante, temos:

EXEMPLO 1

Uma partícula de massa 10 Kg está realizando um movimento


retilíneo uniformemente variado regido ela seguinte equação
horária:
𝛕𝛕 F = F . d . 𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜𝐜 𝛉𝛉
V = 2 + 0,5 t (SI).
Onde θ é o ângulo entre a direção do deslocamento e a
Calcule, em J, a energia cinética da partícula no instante t = 4 s. direção da força. O trabalho é uma grandeza algébrica que pode
possuir sinal positivo ou negativo. Trabalho com sinal positivo
RESOLUÇÃO: (trabalho motor) informa que a força está injetando energia no
corpo. Já trabalho com sinal algébrico negativo (trabalho
Em t = 4 s a velocidade escalar da partícula será dada por: resistente) indica que a força está dissipando energia do corpo.

V(4) = 2 + 0,5 . (4) TRABALHO DA FORÇA PESO


V(4) = 4 m/s.
No exemplo que utilizamos para introduzir o conceito de
Assim, como m = 10 Kg, teremos: trabalho bem como para construir o teorema da energia cinética a
força peso não realizava trabalho por estar perpendicular ao
m . v2 movimento do corpo (movimento horizontal). Entretanto, quando
E cin =
2
10 . 42
tratamos de situações em que há movimentos verticais a força
E cin = realiza trabalho!
2
E cin = 80 J.
Intuitivamente podemos ter uma ideia de quando o
EXEMPLO 2 trabalho da força peso é motor e quando é resistente. Façamos
um exercício mental simples. O que é mais confortável: subir ou
(UFPE) (ADAPTADA) Um carrinho com massa 1,0 Kg, lançado sobre descer 3 lances de escada?
uma superfície plana com velocidade inicial de 8,0 m/s, se move
em linha reta, até parar. Calcule, em J, o trabalho total realizado Certamente o caro leitor deve respondido descer, não é
sobre o corpo. mesmo? Isso é fácil de entender. Sabemos que a força peso é a
força de interação com a terra (no nosso caso) que nos puxa
RESOLUÇÃO: sempre verticalmente para baixo, independente de onde
estejamos. Assim, quando subimos uma escada estamos nos
Apesar de não conhecermos exatamente as forças que atuam deslocando contra a força peso (trabalho resistente) e quando
sobre o corpo, o trabalho pode ser calculado através do teorema descemos uma escada estamos nos deslocando a favor da força
da energia cinética. Assim, como V = 0, V 0 = 8,0 m/s e m = 1,0 Kg: peso (trabalho motor).

𝜏𝜏 TOTAL = ∆E CIN
R Como dentro de alguns limites de altitudes a força peso
𝜏𝜏 TOTAL =
m . v2
-
m . v0 2 praticamente é constante, podemos calcular o trabalho da força
2 2
R

1,0 . 8,02
peso pela expressão vista anteriormente.
𝜏𝜏 TOTAL = -
2
R

𝝉𝝉 TOTAL = - 32 J.
R

O sinal negativo nos indica que o trabalho foi resistente, ou seja,


houve dissipação de energia do corpo.

PARTICULARES DE MEDICINA
𝑐𝑐 p = ± 𝑃𝑃 . 𝑑𝑑
R

𝝉𝝉 p = ± 𝒎𝒎 . 𝒈𝒈 . 𝑯𝑯
R

Onde o trabalho da força peso será negativo (resistente)


quando o corpo estiver subindo e positivo (motor) quando estiver
descendo. Um fato importante e não tão intuitivo assim é que o
trabalho da força peso não depende da forma da trajetória
descrita. A área em destaque, como é um retângulo, pode ser
Quando o trabalho de uma força não depende da forma calculada através da expressão: A = Base x Altura, onde Base = d e
da trajetória descrita, ou seja, apenas do ponto de partida e do Altura = F. Assim:
ponto de chegada, a força é denominada força conservativa. Na
natureza conhecemos apenas três forças com essa característica: A = Base x Altura
força gravitacional (peso), força elástica e força elétrica. A figura a A=dxF
seguir mostra um corpo de massa m que percorrerá
verticalmente uma altura H através de três caminhos diferentes: Área = F x d = Trabalho realizado pela força F.
A, B e C. O trabalho realizado pela força peso será o mesmo para
os três caminhos. Assim, de forma geral, podemos resumir uma
importante propriedade gráfica:

𝝉𝝉𝑨𝑨𝑷𝑷 = 𝝉𝝉𝑩𝑩 𝑪𝑪
𝑷𝑷 = 𝝉𝝉𝑷𝑷

A área (A) descrita pelo gráfico da força x deslocamento


representa numericamente o trabalho realizado pela força nesse
EXEMPLO 3 deslocamento, seja ela constante ou não.

Um bloco de massa igual a 5,5 Kg é levantado a uma altura de 8 m. EXEMPLO 4


Calcule o trabalho realizado pela força peso sabendo que a
gravidade no local é 10m/s2.
(UNIFESP) (ADAPTADA) A figura representa o gráfico do
módulo F de uma força que atua sobre um corpo em
RESOLUÇÃO: função do seu deslocamento x.

Como o corpo está subindo, ou seja, se deslocando contra a força


peso, o trabalho da força peso será negativo. Assim:

τ p = − m .g .H
R

τ p = − 5,5 . 10 . 8
R

𝛕𝛕 p = − 𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒𝟒 𝐉𝐉.
R

TRABALHO DE UMA FORÇA VARIÁVEL

Até esse ponto de nosso estudo abordamos apenas o


trabalho de forças constantes. A própria dedução do teorema da
Sabe-se que a força atua sempre na mesma direção e
energia cinética teve como ponto de partida a hipótese de que
sentido do deslocamento. Calcule, em J, o trabalho
que a força fosse constante para que pudéssemos utilizar as realizado pela por essa força durante todo o deslocamento.
equações do movimento uniformemente variado. Assim, a
expressão 𝑭𝑭 . 𝒅𝒅 . 𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄𝒄 só será váida caso a força seja constante. RESOLUÇÃO:
Então, caso a força não possua módulo constante, como
calcularemos o módulo do trabalho realizado pela mesma? Como a força possui módulo variável, o seu trabalho será
Vejamos o gráfico a seguir que ilustra o valor de uma força F calculado através da área descrita pela curva.
constante em função da distância percorrida.

PARTICULARES DE MEDICINA
ENERGIA MECÂNICA E SUA CONSERVAÇÃO

Chamamos de energia mecânica o somatório de


todas as modalidades de energia de um sistema mecânico
(𝐸𝐸𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 ), onde:

𝐸𝐸𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 + 𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶é𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡

Como a figura em destaque é um triângulo teremos que: A energia cinética, como já foi visto, está associada ao
estado de movimento de um corpo. Já a energia potencial, está
Base x Altura associada à posição de um corpo com relação a um determinado
τ = Área =
2 ponto do espaço. Energias potenciais só podem ser associadas a
1,0 x 10 forças ditas conservativas, ou seja, à forças cujo trabalho só
τ=
2 dependem do ponto inicial e do ponto final (não dependem da
𝛕𝛕 = 𝟓𝟓, 𝟎𝟎 𝐉𝐉. força da trajetória.

As únicas forças na natureza que admitem energia


TRABALHO DA FORÇA ELÁSTICA potencial são: a força gravitacional, a força elástica e a força
eletrostática! No presente capítulo estudaremos apenas as duas
A força elástica é um desses casos em que a força é primeiras.
do tipo variável. A lei de Hooke (F el = K . X) nos mostra que
a força elástica varia linearmente com a deformação da
ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL
mola, ou seja, o trabalho realizado pela força elástica não
pode ser calculado simplesmente multiplicando o valor da
força por seu respectivo deslocamento. Assim, nos
utilizaremos da propriedade gráfica para deduzir uma
expressão para o trabalho da força elástica.

𝐆𝐆
𝐄𝐄𝐩𝐩𝐩𝐩𝐩𝐩 = 𝐦𝐦 . 𝐠𝐠 . 𝐡𝐡
𝐊𝐊 . (𝐗𝐗)²
𝛕𝛕𝐅𝐅𝐞𝐞𝐞𝐞 =
𝟐𝟐
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA

EXEMPLO 5

Uma mola cuja constante elástica vale 20 N/m está


comprimida, incialmente, de 10 cm. Calcule, em J, o
trabalho realizado pela mola até o momento em que atinge
seu estado relaxado.

RESOLUÇÃO:

Como X = 10 cm = 0,1 m e K = 20 N/m, teremos que:

K . (X)²
τFel =
2

20 . (0,1)² 𝐄𝐄
𝐊𝐊𝐗𝐗 𝟐𝟐
τFel = 𝐄𝐄𝐩𝐩𝐩𝐩𝐩𝐩 =
2 𝟐𝟐
𝛕𝛕𝐅𝐅𝐞𝐞𝐞𝐞 = 0,1 J.

PARTICULARES DE MEDICINA
A conservação da energia mecânica ocorrerá sempre
que não houver mudança em seu conteúdo total, ou seja, o
sistema não dissipa nem recebe energia. Em outras palavras, o
somatório de todas as energias terá o mesmo valor para qualquer
instante observado.

𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢𝐢 𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟𝐟
𝐄𝐄𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎 = 𝐄𝐄𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎𝒎
a) 17,4 Joules
b) 8,7 Joules
c) 4,4 Joules
EXERCÍCIOS – TRABALHO E ENERGIA d) 34,8 Joules
e) 2,2 Joules

1. (Uerj) Uma pessoa empurrou um carro por uma distância de 5. (UECE) Uma massa m se desloca em linha reta do ponto A ao
26 m, aplicando uma força F de mesma direção e sentido do ponto B, retornando em seguida ao ponto de partida. Sobre
deslocamento desse carro. O gráfico abaixo representa a ela atuam três forças: uma de atrito, com módulo constante;
variação da intensidade de F, em newtons, em função do outra, com módulo, direção e sentido constantes; e uma
deslocamento d, em metros. terceira não especificada. Sobre o trabalho realizado pelas
duas primeiras forças entre os pontos inicial e final da
trajetória, pode-se afirmar corretamente que é

a) nulo para a força de atrito e não nulo para a outra força.


b) não nulo para a força de atrito e nulo para a outra força.
c) nulo para as duas forças.
d) não nulo para as duas forças.

6. (Unicamp) As eclusas permitem que as embarcações façam a


Desprezando o atrito, o trabalho total, em joules, realizado
transposição dos desníveis causados pelas barragens. Além
por F, equivale a:
de ser uma monumental obra de engenharia hidráulica, a
a) 117
eclusa tem um funcionamento simples e econômico. Ela nada
b) 130
mais é do que um elevador de águas que serve para subir e
c) 143
descer as embarcações. A eclusa de Barra Bonita, no rio
d) 156
Tietê, tem um desnível de aproximadamente 25 m. Qual é o
aumento da energia potencial gravitacional quando uma
2. (UESPI) Um bloco de 2 Kg é puxado com velocidade
embarcação de massa 4 m 1,2 10 kg = ⋅ é elevada na eclusa?
constante por uma distância de 4 m em um piso horizontal
a) 4,8 102 J
por uma corda que exerce uma força de 7 N fazendo um
b) 1,2 105 J
ângulo de 60º acima da horizontal. Sabendo que Cos(60º) =
c) 3,0 105 J
0,5 e sen (60º) = 0,86 o trabalho executado pela corda sobre
d) 3,0 106 J
o bloco é de:
7. (UEFS) Com base nos conhecimentos sobre Mecânica e
a) 14,0 J.
considerando-se que os conceitos de trabalho e energia são
b) 24,0 J.
importantes tanto na Física quanto na vida cotidiana, é
c) 28,0 J.
correto afirmar:
d) 48,1 J.
e) 56,0 J.
a) Apenas as forças conservativas podem realizar trabalho.
b) O trabalho é igual à área sob a curva força versus tempo.
3. Uma pessoa sobe um lance de escada, com velocidade
c) A força gravitacional não pode realizar trabalho porque
constante, em 1,0 min. Se a mesma pessoa subisse o mesmo
ela atua à certa distância.
lance, também com velocidade constante em 2,0 min, ela
d) Uma força que é sempre perpendicular à velocidade de
realizaria um trabalho
uma partícula nunca realiza trabalho sobre a partícula.
a) duas vezes maior que o primeiro.
e) O trabalho realizado por uma força conservativa é igual
b) duas vezes menor que o primeiro.
ao aumento na energia potencial associada àquela força.
c) quatro vezes maior que o primeiro.
d) quatro vezes menor que o primeiro.
8. (PUC-MG) Um objeto se move em linha reta. A força F sobre
e) igual ao primeiro
ele, paralela ao seu deslocamento, varia com a distância d
percorrida pelo objeto conforme representado no gráfico. O
4. (FPS) Uma caixa é deslocada na direção horizontal por uma
trabalho realizado por essa força durante um deslocamento
força constante cujo módulo vale 4,0 N. A força é aplicada
de 12 m é, em Joules:
em uma direção que está a θ = 30º da direção horizontal,
conforme indica a figura abaixo. A caixa é deslocada da
posição A até a posição B, realizando um deslocamento d =
5,0 metros. Considere que sen(30º) = 0.5; cos(30º) = 0.87. O
trabalho realizado pela força aplicada para mover a caixa será
de aproximadamente:

a) 19
b) 13
PARTICULARES DE MEDICINA
c) 21 a) A energia mecânica mantém-se constante, já que a
d) 26 velocidade escalar não varia e, portanto, a energia cinética é
constante.
9. Arlindo é um trabalhador dedicado. Passa grande parte do b) A energia cinética aumenta, pois a energia potencial
tempo de seu dia subindo e descendo escadas, pois trabalha gravitacional diminui e quando uma se reduz, a outra cresce.
fazendo manutenção em edifícios, muitas vezes no alto. c) A energia potencial gravitacional mantém-se constante, já
que há apenas forças conservativas agindo sobre o carro.
d) A energia mecânica diminui, pois a energia cinética se
mantém constante, mas a energia potencial gravitacional
diminui.
e) A energia cinética mantém-se constante, já que não há
trabalho realizado sobre o carro.

12. Um corpo de massa 2,0kg é arrastado sobre uma superfície


horizontal com velocidade constante de 5,0m/s, durante 10s.
Sobre esse movimento são feitas as afirmações:
I. o trabalho realizado pela força peso do corpo é nulo.
II. o trabalho realizado pela força de atrito é nulo.
III. o trabalho realizado pela força resultante é nulo.
Considere que, ao realizar um de seus serviços, ele tenha Dessas afirmações, SOMENTE
subido uma escada com velocidade escalar constante. Nesse a) I e III são corretas.
movimento, pode-se afirmar que, em relação ao nível b) I e II são corretas.
horizontal do solo, o centro de massa do corpo de Arlindo c) III é correta.
a) perdeu energia cinética. d) II é correta.
b) ganhou energia cinética. e) I é correta
c) perdeu energia potencial gravitacional.
d) ganhou energia potencial gravitacional. 13. (IFBA) Um corpo é abandonado do alto de um plano
e) perdeu energia mecânica. inclinado, conforme a figura abaixo. Considerando as
superfícies polidas ideais, a resistência do ar nula e 10
10. (UEMG) Uma pessoa arrasta uma caixa sobre uma superfície m/s2 como a aceleração da gravidade local, determine o valor
sem atrito de duas maneiras distintas, conforme mostram as aproximado da velocidade com que o corpo atinge o solo:
figuras (a) e (b). Nas duas situações, o módulo da força
exercida pela pessoa é igual e se mantém constante ao longo
de um mesmo deslocamento.

a) v = 84 m/s
b) v = 45 m/s
c) v = 25 m/s
d) v = 10 m/s
e) v = 5 m/s

14. (Acafe – SC) Após uma cirurgia no ombro comumente o


médico indica exercícios fisioterápicos para o fortalecimento
 dos músculos. Esses, por sua vez, podem ser realizados com
Considerando a força F , é correto afirmar que auxílio de alguns equipamentos, como bolas, pesos e
elásticos. Considere um exercício realizado com a ajuda do
a) o trabalho realizado em (a) é igual ao trabalho realizado elástico em que o paciente deve puxá-lo até seu corpo e
em (b). depois soltá-lo lentamente. A figura abaixo ilustra a posição
b) o trabalho realizado em (a) é maior do que o trabalho do paciente. Considerando o exposto, assinale a alternativa
realizado em (b). correta que completa as lacunas das frases a seguir.
c) o trabalho realizado em (a) é menor do que o trabalho Quando o paciente puxa o elástico, fornece energia para ele,
realizado em (b). que a armazena na forma de ___________. A força aplicada
d) não se pode comparar os trabalhos, porque não se pelo elástico na mão do paciente é uma força __________ e
conhece o valor da força. __________.
a) energia potencial elástica - constante - conservativa.
11. Um automóvel, em movimento uniforme, anda por uma b) energia potencial gravitacional - constante - não
estrada plana, quando começa a descer uma ladeira, na qual conservativa.
o motorista faz com que o carro se mantenha sempre com c) energia potencial elástica - variável - conservativa.
velocidade escalar constante. d) energia potencial gravitacional - variável - não
conservativa.
Durante a descida, o que ocorre com as energias potencial,
cinética e mecânica do carro? 15. (CFT) Um carrinho é lançado sobre os trilhos de uma
montanha russa, no ponto A, com uma velocidade inicial V0
conforme mostra a figura.
PARTICULARES DE MEDICINA
Considere que, no trajeto de B para C, o golfinho perdeu 20% da
energia cinética que tinha ao chegar ao ponto B, devido à
resistência imposta pela água ao seu movimento. Desprezando a
resistência do ar sobre o golfinho fora da água, a velocidade da
água do mar e adotando g = 10 m/s², é correto afirmar que o
módulo da quantidade de movimento adquirida pelo golfinho no
ponto B, em kg.m/s, é igual a
a) 1.800.
b) 2.000.
c) 1.600.
d) 1.000.
As alturas h 1 , h 2 e h 3 valem, respectivamente, 16,2 m, 3,4 m e) 800.
e 9,8 m. Para o carrinho atingir o ponto C, desprezando o
atrito, o menor valor de V 0 , em m/s, deverá ser igual a 19. Desprezando-se a massa do motorista, assinale a alternativa
que apresenta, em joules, a variação da energia cinética
a) 10. desse automóvel, do início da frenagem até o momento de
b) 14. sua parada.
c) 18.
d) 20.
Lembre-se de que: em que E C é dada em joules, m em
quilogramas e v em metros por segundo.
16. No solo da floresta amazônica, são encontradas partículas
a) + 4,0 . 105
ricas em fósforo, trazidas pelos ventos, com velocidade
b) + 3,0 . 105
constante de 0,1m/s, desde o deserto do Saara. Admita que
c) + 0,5 . 105
uma das partículas contenha 2,0% em massa de fósforo, o
d) - 4,0 . 105
que equivale a 1,2.1015 átomos desse elemento químico. A
e) - 2,0 . 105
energia cinética de uma dessas partículas, em joules, ao ser
trazida pelos ventos, equivale a:
20. Um elevador de 500 kg deve subir uma carga de 2,5
(Dado: M P = 31g)
toneladas a uma altura de 20 metros, em um tempo inferior
a) 0,75 . 10−10
a 25 segundos. Qual deve ser a potência média mínima do
b) 1,55 . 10−11 motor do elevador, em kW?
c) 2,30 . 10−12 Dado: g = 10 m/s²
d) 3,10 . 10-13 a) 20
b) 16
17. Músculos artificiais feitos de nanotubos de carbono c) 24
embebidos em cera de parafina podem suportar até d) 38
duzentas vezes mais peso que um músculo natural do mesmo e) 15
tamanho. Considere uma fibra de músculo artificial de 1mm 21. Uma análise criteriosa do desempenho de Usain Bolt na
de comprimento, suspensa verticalmente por uma de suas quebra do recorde mundial dos 100 metros rasos mostrou
extremidades e com uma massa de 50 gramas pendurada, que, apesar de ser o último dos corredores a reagir ao tiro e
em repouso, em sua outra extremidade. O trabalho realizado iniciar a corrida, seus primeiros 30 metros foram os mais
pela fibra sobre a massa, ao se contrair 10%, erguendo a velozes já feitos em um recorde mundial, cruzando essa
massa até uma nova posição de repouso, é Se necessário, marca em 3,78 segundos. Até se colocar com o corpo reto,
utilize g = 10 m/s². foram 13 passadas, mostrando sua potência durante a
a) 5 . 10-3 J aceleração, o momento mais importante da corrida. Ao final
b) 5 . 10-4 J desse percurso, Bolt havia atingido a velocidade máxima de
c) 5 . 10-5 J 12 m/s.
d) 5 . 10-6 J Disponível em: http://esporte.uol.com.br. Acesso em: 5 ago. 2012
(adaptado)
18. Ótimos nadadores, os golfinhos conseguem saltar até 5m Supondo que a massa desse corredor seja igual a 90 kg, o trabalho
acima do nível da água do mar. Considere que um golfinho de total realizado nas 13 primeiras passadas é mais próximo de
100 kg, inicialmente em repouso no ponto A, situado 3m a) 5,4 10² J.
abaixo da linha da água do mar, acione suas nadadeiras e b) 6,5 103 J.
atinja, no ponto B, determinada velocidade, quando inicia o c) 8,6 103 J.
seu movimento ascendente e seu centro de massa descreve a d) 1,3 104 J.
trajetória indicada na figura pela linha tracejada. Ao sair da e) 3,2 104 J.
água, seu centro de massa alcança o ponto C, a uma altura de
5m acima da linha da água, com módulo da velocidade igual a 22. Um carro solar é um veículo que utiliza apenas a energia
4√10 m / s, conforme a figura. solar para a sua locomoção. Tipicamente, o carro contém um
painel fotovoltaico que converte a energia do Sol em energia
elétrica que, por sua vez, alimenta um motor elétrico. A
imagem mostra o carro solar Tokai Challenger, desenvolvido
na Universidade de Tokai, no Japão, e que venceu o World
Solar Challenge de 2009, uma corrida internacional de carros
solares, tendo atingido uma velocidade média acima de 100
km/h.

PARTICULARES DE MEDICINA
25. No sistema cardiovascular de um ser humano, o coração
funciona como uma bomba, com potência média de 10 W,
responsável pela circulação sanguínea. Se uma pessoa fizer
uma dieta alimentar de 2500 kcal diárias, a porcentagem
dessa energia utilizada para manter sua circulação sanguínea
será, aproximadamente, igual a
Note e adote: 1 cal = 4 J.
a) 1%
b) 4%
c) 9%
Considere uma região plana onde a insolação (energia solar por
d) 20%
unidade de tempo e de área que chega à superfície da Terra) seja
e) 25%
de 1.000 W/m² , que o carro solar possua massa de 200 kg e seja
construído de forma que o painel fotovoltaico em seu topo tenha
26. Em uma competição de salto em distância, um atleta de 70
uma área de 9,0 m² e rendimento de 30%.
kg tem, imediatamente antes do salto, uma velocidade na
Desprezando as forças de resistência do ar, o tempo que esse
direção horizontal de módulo 10 m/s. Ao saltar, o atleta usa
carro solar levaria, a partir do repouso, para atingir a velocidade
seus músculos para empurrar o chão na direção vertical,
de 108 km h é um valor mais próximo de
produzindo uma energia de 500 J, sendo 70% desse valor na
a) 1,0 s.
forma de energia cinética. Imediatamente após se separar do
b) 4,0 s.
chão, o módulo da velocidade do atleta é mais próximo de
c) 10 s.
a) 10,0 m/s
d) 33 s.
b) 10,5 m/s
e) 300 s.
c) 12,2 m/s
d) 13,2 m/s
23. Para irrigar sua plantação, um produtor rural construiu um
e) 13,8 m/s
reservatório a 20 metros de altura a partir da barragem de
onde será bombeada a água. Para alimentar o motor elétrico
27. A altura do Morro da Urca é de 220 m e a altura do Pão de
das bombas, ele instalou um painel fotovoltaico. A potência
Açúcar é de cerca de 400 m, ambas em relação ao solo. A
do painel varia de acordo com a incidência solar, chegando a
variação da energia potencial gravitacional do bondinho com
um valor de pico de 80 W ao meio-dia. Porém, entre as 11
passageiros de massa total M = 5.000 kg, no segundo trecho
horas e 30 minutos e as 12 horas e 30 minutos, disponibiliza
do passeio, é
uma potência média de 50 W. Considere a aceleração da
(Use g = 10 m/s²)
gravidade igual a 2 10 m s e uma eficiência de transferência
a) 11.106 J.
energética de 100%.
b) 20.106 J.
Qual é o volume de água, em litros, bombeado para o reservatório
c) 31.106 J.
no intervalo de tempo citado?
d) 9.106 J.
a) 150
b) 250
28. A figura ilustra um brinquedo oferecido por alguns parques,
c) 450
conhecido por tirolesa, no qual uma pessoa desce de
d) 900
determinada altura segurando-se em uma roldana apoiada
e) 1.440
numa corda tensionada. Em determinado ponto do percurso,
a pessoa se solta e cai na água de um lago.
24. A figura abaixo mostra, de forma simplificada, o sistema de
freios a disco de um automóvel. Ao se pressionar o pedal do
freio, este empurra o êmbolo de um primeiro pistão que, por
sua vez, através do óleo do circuito hidráulico, empurra um
segundo pistão. O segundo pistão pressiona uma pastilha de
freio contra um disco metálico preso à roda, fazendo com
que ela diminua sua velocidade angular.

Considere que uma pessoa de 50 kg parta do repouso no ponto A


e desça até o ponto B segurando-se na roldana, e que nesse
trajeto tenha havido perda de 36% da energia mecânica do
sistema, devido ao atrito entre a roldana e a corda. No ponto B ela
se solta, atingindo o ponto C na superfície da água. Em seu
movimento, o centro de massa da pessoa sofre o desnível vertical
de 5 m mostrado na figura.
Desprezando a resistência do ar e a massa da roldana, e adotando
Qual o trabalho executado pela força de atrito entre o pneu e o g = 10 m/s², pode-se afirmar que a pessoa atinge o ponto C com
solo para parar um carro de massa m = 1.000 kg, inicialmente a v = uma velocidade, em m/s, de módulo igual a
72 km/h, sabendo que os pneus travam no instante da frenagem, a) 8.
deixando de girar, e o carro desliza durante todo o tempo de b) 10.
frenagem? c) 6.
a) 3,6 104 J. d) 12.
b) 2,0 105 J. e) 4.
c) 4,0 105 J.
d) 2,6 106 J.
PARTICULARES DE MEDICINA
29. Um aerogerador, que converte energia eólica em elétrica,
tem uma hélice como a representada na figura abaixo. A
massa do sistema que gira é M = 50, e a distância do eixo ao
ponto P, chamada de raio de giração, é R = 10 m. A energia
cinética do gerador com a hélice em movimento é dada por

, sendo VP o módulo da velocidade do ponto P. Se o


período de rotação da hélice é igual a 2 s, qual é a energia
cinética do gerador?
Considere π = 3. Uma pessoa de 80,0kg sobe 60 degraus dessa escada em 120s
num local onde a aceleração da gravidade é de 10,0m/s².
Desprezando eventuais perdas por atrito, o trabalho realizado ao
subir esses 60 degraus e a potência média durante a subida são,
respectivamente.
a) 7,20kJ e 60,0W.
b) 0,720kJ e 6,00W.
c) 14,4kJe 60,0W.
d) 1,44kJ e 12,0W.
e) 14,4kJ e 120W.
a) 6,250 105 J.
b) 2,250 107 J. 34. Qual o trabalho, em joules, desenvolvido por uma força
c) 5,625 107 J. constante que foi aplicada em um corpo de massa igual a 10
d) 9,000 107 J. kg e que altera a velocidade desse corpo de 10 m/s para 20
m/s?
30. Com o auxílio de uma roldana fixa, uma corda e uma a) 500
prancha, arranjadas segundo as representações b) 1.000
esquemáticas das figuras A, B e C, uma caixa que pesa 50N é c) 1.500
elevada, com velocidade constante, a uma altura de 4,0m. d) 2.000
e) 25.000

35. Uma sala com equipamentos hospitalares deve ser mantida


em determinada temperatura e, para isso, foi solicitada a
instalação de um condicionador de ar com potência de
10.000 Btu/h. Sabendo-se que 1 Btu corresponde a 1.055 J, a
O trabalho realizado em cada arranjo vale, respectivamente, W A , potência desse aparelho é de, aproximadamente,
W B e W C . Desprezando qualquer atrito existente no sistema, a a) 1,8 kW.
relação entre W A , W B e W C é b) 2,9 kW.
c) 6,8 kW.
d) 9,5 kW.
e) 10,6 kW.

36. Observe as figuras seguintes:

31. . O gráfico representa a elongação de uma mola, em função


da tensão exercida sobre ela. O trabalho da tensão para
distender a mola de 0 a 2m é, em J,
a) 200 As figuras A, B e C representam três situações em que se aplica a
b) 100 um mesmo corpo, uma mesma força F que produz um mesmo
c) 50 deslocamento, sem atritos. Com relação aos trabalhos (W)
d) 24 realizados em A, B e C, podemos afirmar que:
e) 12,5 a) W A =W B
b) W A =W C
32. A figura representa um bloco sendo tracionado por uma c) W A >W C
força de 100N sobre a superfície horizontal, com atrito d) W B >W C
desprezível. Para deslocar o bloco a uma distância de 10m e) W C >W B
em 10s, é empregada uma potência de:
37. O resgate de trabalhadores presos em uma mina subterrânea
no norte foi realizado através de uma cápsula introduzida
numa perfuração do solo até o local em que encontravam os
mineiros, a uma profundidade da ordem de 600 m. Um
a) 1 W motor com potência total aproximadamente igual a 200,0 kW
b) 10 W puxava a cápsula de 250 kg contendo um mineiro de cada
c) 100 W vez.
d) 1000 W
e) 10000 W

33. Com base na figura a seguir, que representa uma parte dos
degraus de uma escada, com suas medidas.
PARTICULARES DE MEDICINA
GABARITO
01 02 03 04 05
D A E A B
06 07 08 09 10
D D A D C
11 12 13 14 15
D A D C C
16 17 18 19 20
B C B D C
Considere que para o resgate de um mineiro de 70 kg de massa a 21 22 23 24 25
cápsula gastou 10 minutos para completar o percurso e suponha B D D B C
que a aceleração da gravidade local é 9,8 m/s². Não se 26 27 28 29 30
computando a potência necessária para compensar as perdas por B D A B A
atrito, a potência efetivamente fornecida pelo motor para içar a 31 32 33 34 35
cápsula foi de B C A C B
a) 686 W. 36 37 38 39 40
E C E B D
b) 2.450 W.
c) 3.136 W.
d) 18.816 W.
e) 41.160 W.

38. Um corpo de massa igual a 3kg desloca-se sobre um plano


inclinado, conforme a figura. Sabe-se que AB = 8m. O
trabalho realizado pela força gravitacional, quando o corpo
vai de B até A, supondo g = 10m/s², é de:

a) 1200 J.
b) 600 J.
c) 300 J.
d) 150 J.
e) 120 J.

39. Um móvel descreve um M.C.U., sob uma resultante


centrípeta de 15 N. Se o raio da trajetória descrita vale 100
m, qual é, em joules, a energia cinética do móvel?
a) 75
b) 750
c) 0,75
d) 7500
e) 1500

40. Um corpo de massa m e velocidade V possui energia cinética


EC. Se o módulo da velocidade aumentar 20%, o
correspondente aumento ∆E C da energia cinética será de:
a) 10 %
b) 20 %
c) 40 %
d) 44 %
e) 144%

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 11

TERMODINÂMICA

TERMODINÂMICA A seguir temos as principais transformações gasosas


representadas graficamente.
Faremos agora o estudo de uma das áreas mais
importantes da física, a Termodinâmica. De forma geral, podemos • Isobárica: PRESSÃO CONSTANTE!
dizer que a termodinâmica estuda as trocas de energia que
ocorrem entre um sistema e sua vizinhança: através de calor e (ou)
trabalho. Apesar de a termodinâmica poder ser utilizada de forma
geral, nosso foco de aplicação será num sistema muito especial
conhecido como gases ideais. Então, ante de adentramos às leis da
termodinâmica, propriamente dita, vamos fazer uma breve revisão
sobre os chamados gases ideais.

GASES IDEAIS

De forma geral, trabalhamos basicamente com três


estados de agregação da matéria: sólido, líquido e gasoso. O que
denominaremos gás ideal não são todos os estados gasosos, mas
sim, estados onde o sistema possui características especiais bem
determinadas. Os gases ideias, como o próprio nome sugere, é uma
idealização, uma simplificação para que possamos, inicialmente, • Isovolumétrica: VOLUME CONSTANTE!
fazer um estudo do estado gasoso com uma “simplificação”
matemática maior.

A seguir elencaremos as principais características gerais


que fazem com que um gás seja dito ideal. Fique atento! • Isotérmica: TEMPERATURA CONSTANTE!

I. São compostos por partículas pontuais que possuem


movimento caótico e em alta velocidade;
II. O único tipo de interação que ocorre entre as moléculas são
nas eventuais colisões, que serão perfeitamente elásticas
(conservação da energia);

Para que um gás real tenha um comportamento próximo ao


de um gás ideal ele precisa estar a baixas pressões e a altas
temperaturas! Um gás ideal é caracterizado matematicamente por
três grandezas de estado: PRESSÃO, VOLUME e TEMPERATURA.
Essas grandezas se relacionam pela famosa equação de Clapeyron.

• Adiabática:
P .V = n . R . T
Não há troca de calor com vizinhança.

Onde:

P = pressão da amostra gasosa;


V = volume da amostra gasosa;
n = número de mols da amostra gasosa;
R = constante universal dos gases;
T = temperatura ABSOLUTA da amostra gasosa.

PARTICULARES DE MEDICINA
EXEMPLO 1 Essa afirmação nos diz, basicamente, que se a energia
interna de um gás ideal aumenta, ele esquentou, se ela diminui ele
resfriou, se ela não variou, sua temperatura se manteve constante!
Se dois mols de um gás, à temperatura de 27°C, ocupam um volume
igual a 57,4 litros, qual é, aproximadamente, a pressão desse gás?
(Adote R = 0,082 atm.L/mol.K). EXEMPLO 2

RESOLUÇÃO: (UFRS) Qual é a variação de energia interna de um gás ideal sobre


a qual é realizado um trabalho de 80 J, durante uma compressão
Do enunciado: adiabática?

V = 57, 4 L RESOLUÇÃO:
N = 2 mols
T = 27 °C = 300 K Do fato da transformação ser adiabática, teremos que Q = 0. E
como o trabalho é realizado sobre o gás: τ = −80 J. Assim, da
Assim, aplicando a equação de Clapeyron, teremos: primeira ei da termodinâmica:

PV = NRT ∆U = Q – τ
P . 57,4 = 2 . 0,082 . 300
∆U = 0 − (−80)
P ≅ 𝟎𝟎, 𝟖𝟖𝟖𝟖 𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂𝒂.
∆𝐔𝐔 = +𝟖𝟖𝟖𝟖 𝐉𝐉

PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA


TRABALHO EM TRANFORMAÇÕES GASOSAS
A primeira lei da termodinâmica nada mais é do que o
princípio da conservação da energia que leva em consideração o A figura a seguir ilustra um gás ideal dentro de um
calor como uma forma de contribuição energética. Em outras cilindro que possui um êmbolo móvel.
palavras, é a “versão térmica” do princípio da conservação da
energia. Matematicamente, a primeira lei da termodinâmica pode
ser enunciada como se segue.

EM PALAVRAS:

“Variação de Energia Interna = Calor – Trabalho”

EM SÍMBOLOS:

∆𝐔𝐔 = 𝐐𝐐 − 𝛕𝛕

O termo energia interna (U) representa o conteúdo


energético total do sistema em estudo. É importante ficarmos Supondo que a passagem da situação inicial para a
atentos a alguns detalhes da equação acima! A primeira lei nos situação final ocorra de forma lenta o suficiente para que a
fornece uma forma de calcular a mudança da energia de um pressão possa ser considerada praticamente constante,
sistema (variação), ou seja, o que foi recebido ou cedido, e não o poderemos utilizar a definição de trabalho vista em
seu conteúdo efetivo. Outro ponto importante sobre essa equação mecânica e a definição de pressão para chegarmos a uma
são as convenções de sinais para as grandezas. Vejamos!
expressão específica para trabalho em transformações
Q (+) : o sistema recebe energia na forma de calor;
gasosas. Atenção!
Q (-) : o sistema libera energia na forma de calor;
Trabalho:
τ (+) : trabalho realizado pelo sistema; 𝛕𝛕 = 𝐅𝐅 . 𝐃𝐃 (para F constante)
τ (+) : trabalho realizado sobre sistema;
Pressão:
Como as partículas de um gás ideal só interagem através
𝐅𝐅
de colisões elásticas, ou seja, não se atraem nem se repele, a única P=
𝐀𝐀
forma de energia de um sistema gasoso ideal será do tipo: cinética
de translação. Assim, como essa energia está relacionada F=P.A
diretamente com a grandeza que conhecemos por temperatura,
podemos enunciar uma característica muito importante sobre a Assim teremos:
energia interna para um gás ideal. 𝛕𝛕 = 𝐅𝐅 . 𝐃𝐃 = (𝐏𝐏 . 𝐀𝐀). 𝑫𝑫

A energia interna de um gás ideal é função exclusiva de sua Como (A.D) representa a variação de volume sofrida
temperatura!
pelo gás, a expressão final será:
O que essa afirmação nos diz na prática?
𝝉𝝉𝑮𝑮Á𝑺𝑺 = 𝐏𝐏 . 𝚫𝚫𝚫𝚫
PARTICULARES DE MEDICINA
Podemos resumir dizendo que a primeira lei da
O sinal algébrico do trabalho será dado pela variação de termodinâmica nos fala sobre a conservação da energia em uma
volume do gás, ou seja, numa expansão (ΔV +) o trabalho é transformação e a segunda lei nos fala sobre as reais chances
positivo e numa compressão (ΔV −) o trabalho é negativo. (probabilidade) de aquilo ocorrer ou não. A segunda lei da
Importante perceber que só haverá trabalho numa transformação termodinâmica pode ser enunciada de várias maneiras,
gasosa quando houver variação de volume, ou seja, em toda colocaremos a seguir apenas o conhecido como enunciado de
transformação isovolumétrica o trabalho será sempre nulo! Kelvin:

A expressão deduzida acima só poderá ser utilizada É impossível realizar um processo cujo único efeito seja remover
quando a pressão do gás for constante, ou seja, em transformações calor de um reservatório térmico e produzir quantidade
isobáricas. Para qualquer outro caso nos utilizaremos da equivalente de trabalho.
propriedade gráfica (análoga à propriedade vista em trabalho de
uma força variada vista em mecânica).
MÁQUINAS TÉRMICAS

Máquinas térmicas são dispositivos que convertem


energia na forma de calor espontaneamente em trabalho
mecânico. A figura a seguir ilustra o esquema geral de uma máquina
térmica.

O trabalho realizado em transformações com pressão variável será


numericamente igual à área abaixo a curva no diagrama pressão x
volume.
Normalmente a quantidade de energia fornecida pela
fonte quente é denotada por 𝑸𝑸𝒒𝒒 , a liberada para a fonte fria por 𝑸𝑸𝒇𝒇
EXEMPLO 3 e a o trabalho efetivo realizado pela máquina por 𝝉𝝉. O esquema da
máquina juntamente com o princípio da conservação da energia
Em um processo a pressão constante de 2,0 .105 N/m², um gás nos permite escrever a relação abaixo.
aumenta seu volume de 8.10-6 m3 para 13.10-6 m3.Calcule o
trabalho realizado pelo gás.
𝑸𝑸𝒒𝒒 = 𝑸𝑸𝒇𝒇 + 𝝉𝝉
RESOLUÇÃO:

A variação de volume no processo descrito será 𝚫𝚫𝚫𝚫 = 5 x 10-6 m³. Denotando 𝜼𝜼 por rendimento da máquina térmica,
Como a pressão é constante e igual a 2,0 .105 N/m², teremos: teremos que 𝜼𝜼, em função das quantidades de calores envolvidas,
dado por:
𝝉𝝉𝑮𝑮Á𝑺𝑺 = 𝐏𝐏 . 𝚫𝚫𝚫𝚫
𝑸𝑸𝒇𝒇
𝜼𝜼 = 𝟏𝟏 −
𝝉𝝉𝑮𝑮Á𝑺𝑺 = (2,0 . 105 ) . (5,0 . 10−6 ) 𝑸𝑸𝒒𝒒

𝝉𝝉𝑮𝑮Á𝑺𝑺 = 𝟏𝟏 𝐉𝐉 Uma das consequências da segunda lei da termodinâmica


é que nenhuma máquina térmica, operando em ciclos, será capaz
de ter rendimento 100 %. Inclusive, essa seria outra maneira de
enunciar a segunda lei da termodinâmica.
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA
EXEMPLO 4
A primeira lei da termodinâmica nos fala sobre a
conservação da energia e não, necessariamente, na possibilidade
de um evento ter grandes chances de ocorrer ou não. Para melhor Uma máquina térmica cíclica recebe 5000 J de calor de uma fonte
nos fazermos entendidos façamos um exercício mental! quente e realiza trabalho de 3500 J. Calcule o rendimento dessa
máquina térmica.
Imaginemos que uma peça de ferro esteja a 80 ° C ao lado
de uma pedra de gelo a 0° C, ambos dentro de um calorímetro. Caso RESOLUÇÃO:
disséssemos que a pedra de gelo liberou 10 calorias de energia e
essa energia é totalmente recebida pelo pedaço de ferro, não seria Como 𝑸𝑸𝒒𝒒 = 𝑸𝑸𝒇𝒇 + 𝝉𝝉, teremos:
estranho de imaginar? Porém, nessa situação hipotética a
conservação da energia é mantida. A estranheza vem do fato de 5000 = Q f + 3500
sabermos que o “normal” é calor sair do corpo de maior Q f = 1500 J.
temperatura para o de menor temperatura. É aí que entra a Assim,
chamada segunda lei da termodinâmica!
PARTICULARES DE MEDICINA
Qf pesquisa. Um balão com 2,00 L de capacidade, ao se elevar do
η=1−
Qq solo contém 0,40 g de hélio à temperatura de 17 °C. Nessas
condições, a pressão exercida pelo gás no interior do balão é,
1500 aproximadamente:
η=1− a) 0,07 atm
5000
b) 1,12 atm
𝜼𝜼 = 𝟎𝟎, 𝟕𝟕 (ou 70%) c) 1,19 atm
d) 2,37 atm
e) 4,76 atm
O CICLO DE CARNOT
2. (FPS) Um balão contendo gás hélio está na temperatura
ambiente (T = 20ºC ≈ 293K) e na pressão atmosférica (P = 1,0
O engenheiro francês Sadi Carnot deduziu atm ≈ 10+5 Pascal). O balão contém 2 mols deste gás nobre.
matematicamente uma sequência de transformações que Assuma que o gás hélio comporta-se como um gás ideal e que
produziria o maior rendimento possível para uma máquina a constante universal dos gases perfeitos vale: R = 8,31
térmica. Essa sequência de etapas é conhecida hoje como (J/mol⋅K). Determine o volume aproximado ocupado pelo gás
ciclo de Carnot e está representado a seguir. no interior do balão.

a) 0,50 m3
b) 5,00 m3
c) 2,50 m3
d) 10,00 m3
e) 0,05 m3

3. (FEI) Numa transformação de um gás perfeito, os estados final


e inicial acusaram a mesma energia interna. Certamente:
a) a transformação foi cíclica.
b) a transformação isométrica.
c) não houve troca de calor entre o gás e o ambiente.
d) são iguais as temperaturas dos estados inicial e final.
e) não houve troca de trabalho entre o gás e o meio.

4. (Ufrs) Enquanto se expande, um gás recebe o calor Q=100J e


realiza o trabalho W=70J. Ao final do processo, podemos
afirmar que a energia interna do gás
a) aumentou 170 J.
É importante salientar dois pontos muito b) aumentou 100 J.
c) aumentou 30 J.
importantes sobre a sequência proposta por Carnot. Em
d) diminuiu 70 J.
primeiro lugar, apesar de fornecer um rendimento máximo, e) diminuiu 30 J.
esse rendimento é teórico e, ainda sim, inferior a 100%. Ele
serve como referência para que não se tente construir 5. Um motor só poderá realizar trabalho se receber uma
máquinas com rendimentos que nunca seriam alcançados n quantidade de energia de outro sistema. No caso, a energia
prática! armazenada no combustível é, em parte, liberada durante a
Em segundo lugar, Carnot provou combustão para que o aparelho possa funcionar. Quando o
matematicamente que o rendimento de sua máquina pode motor funciona, parte da energia convertida ou transformada
ser feito através de informações de temperatura, ao invés de na combustão não pode ser utilizada para a realização de
trabalho. Isso significa dizer que há vazamento da energia em
calor. Assim, a seguinte relação pode ser utilizada para
outra forma.
cálculos de rendimento na máquina de Carnot: CARVALHO, A. X. Z. Física Térmica. Belo Horizonte: Pax, 2009
(adaptado).
𝑄𝑄𝑓𝑓 𝑇𝑇𝑓𝑓 De acordo com o texto, as transformações de energia que
=
𝑄𝑄𝑞𝑞 𝑇𝑇𝑞𝑞 ocorrem durante o funcionamento do motor são decorrentes
de a
a) liberação de calor dentro do motor ser impossível.
b) realização de trabalho pelo motor ser incontrolável.
Muita ATENÇÃO!
c) conversão integral de calor em trabalho ser impossível.
d) transformação de energia térmica em cinética ser
impossível.
Rendimento Real < Rendimento de Carnot < 100% e) utilização de energia potencial do combustível ser
incontrolável.

6. (UEFS) A primeira lei da termodinâmica para sistemas


EXERCÍCIOS fechados foi originalmente comprovada pela observação
empírica, no entanto é hoje considerada como a definição de
calor através da lei da conservação da energia e da definição
1. (UFF) O hélio, depois do hidrogênio, é o gás mais leve que de trabalho em termos de mudanças nos parâmetros externos
existe. Dentre suas diversas aplicações, é utilizado para encher de um sistema. Com base nos conhecimentos sobre a
balões que transportam à atmosfera instrumentos de Termodinâmica, é correto afirmar:
PARTICULARES DE MEDICINA
b) Qualquer máquina térmica necessita apenas de uma fonte
a) A energia interna de uma amostra de um gás ideal é quente;
função da pressão e da temperatura absoluta. c) Calor e trabalho não são grandezas homogêneas;
b) Ao receber uma quantidade de calor Q igual a 48,0J, um d) Qualquer máquina térmica retira calor de uma fonte quente
gás realiza um trabalho igual a 16,0J, tendo uma variação e rejeita parte desse calor para uma fonte fria;
da energia interna do sistema igual 64,0J. e) Somente com uma fonte fria, mantida sempre a 0°C, seria
c) A energia interna, o trabalho realizado e a quantidade de possível a uma certa máquina térmica converter
calor recebida ou cedida independem do processo que integralmente calor em trabalho.
leva o sistema do estado inicial A até um estado final B.
d) Quando se fornece a um sistema certa quantidade de 11. Uma máquina térmica de Carnot tem sua fonte quente a uma
energia Q, esta energia pode ser usada apenas para o temperatura de 227 °C, enquanto a sua fonte fria opera a 27
sistema realizar trabalho. °C. O rendimento dessa máquina é igual a:
e) Nos processos cíclicos, a energia interna não varia, pois a) 16%
volume, pressão e temperatura são iguais no estado b) 88%
inicial e final. c) 40 %
d) 25%
e) 50 %
7. Sobre um sistema, realiza-se um trabalho de 3000 J e, em
resposta, ele fornece 1000cal de calor durante o mesmo 12. De acordo com as leis da termodinâmica, uma máquina
intervalo de tempo. A variação de energia interna do sistema, térmica real:
durante esse processo, é, aproximadamente: (considere 1,0
cal = 4,0J) a) pode atingir rendimentos superiores aos das máquinas
a) –1000J de Carnot.
b) +2000J b) nunca poderá ter um rendimento superior ao rendimento
c) –4000J de uma máquina de Carnot.
d) +4000J c) tem rendimento igual a 100 %.
e) +7000J d) tem um rendimento que depende exclusivamente das
temperaturas das fontes quente e fria.
8. (URCA) Um conceito amplo de calor se refere a forma de e) pode ter rendimentos superiores a 100 %.
transferência de energia não mecânica entre sistema e
vizinhança, ou seja, uma forma de transferência de energia 13. Determine o trabalho realizado por uma máquina de Carnot
entre sistema e vizinhança não relacionada a trabalho que recebe 2000 J de calor de uma fonte quente e trabalha
mecânico, podendo ser decorrente de diferença de sob as temperaturas de 400 K e 700 K.
temperatura entre sistema e vizinhança ou mesmo advinda de
radiação solar etc. Podemos dizer que se um sistema a) 1000 J
termodinâmico libera para a vizinhança, num certo processo, b) 780 J
uma quantidade de calor cujo valor absoluto é 7 joules e c) 800 J
realiza um trabalho de 3joules então, de acordo com a d) 860 J
primeira lei da termodinâmica, a variação de energia interna e) 560 J
do sistema, é:

a) 10 J 14. Uma máquina térmica que trabalha entre as temperaturas


b) –10 J 27°C e 327°C possui 80% do rendimento ideal para uma
c) 4J máquina térmica. Se essa máquina recebe 1000 J da fonte
d) –4 J quente, qual é o trabalho realizado por ela?
e) 2J
a) 400 J
9. Sobre os gases monoatômicos e ideais que passam por um b) 500 J
processo de transformação isobárica, podemos c) 350 J
afirmar corretamente que: d) 600 J
e) 250 J
a) Toda a quantidade de calor (Q) cedida ao sistema será
transformada em trabalho mecânico.
b) A quantidade de calor (Q) cedida ao sistema é 15. (AFA) Com relação às máquinas térmicas e a Segunda Lei da
diretamente proporcional à sua variação de temperatura. Termodinâmica, analise as proposições a seguir.
c) A energia interna do gás (U) permanece constante.
d) A variação de energia interna(ΔU) é inversamente I. Máquinas térmicas são dispositivos usados para
proporcional à variação volumétrica (ΔV). converter energia mecânica em energia térmica com
e) A temperatura do gás varia, mas não há trocas de calor consequente realização de trabalho.
entre o sistema e o meio externo. II. O enunciado da Segunda Lei da Termodinâmica, proposto
por Clausius, afirma que o calor não passa
10. O 2° princípio da Termodinâmica pode ser enunciado da espontaneamente de um corpo frio para um corpo mais
seguinte forma: "É impossível construir uma máquina térmica quente, a não ser forçado por um agente externo, como
operando em ciclos, cujo único efeito seja retirar calor de uma é o caso do refrigerador.
fonte e convertê-lo integralmente em trabalho." Por extensão, III. É possível construir uma máquina térmica que, operando
esse princípio nos leva a concluir que: em transformações cíclicas, tenha como único efeito
a) Sempre se pode construir máquinas térmicas cujo transformar completamente em trabalho a energia
rendimento seja 100%; térmica de uma fonte quente.

PARTICULARES DE MEDICINA
IV. Nenhuma máquina térmica operando entre duas
temperaturas fixadas pode ter rendimento maior que a 20. Uma máquina térmica que opera segundo o ciclo de Carnot
máquina ideal de Carnot, operando entre essas mesmas recebe 800 J de calor de sua fonte quente, que funciona em
temperaturas. uma temperatura de 500 K. Considerando que a fonte fria
dessa máquina encontre-se a 200 K, a quantidade de calor
São corretas apenas: dissipada para a fonte fria por essa máquina corresponde a:

a) I e II a) 320 J
b) II e III
c) I, III e IV
b) 300 J
d) II e IV

c) 700 J
16. (Uerj-RJ) O gás natural proveniente da bacia petrolífera de
Campos é constituído basicamente por gás metano (CH4). Se d) 1000 J
o volume consumido por uma residência for de 30m3 de
CH 4 (g), à temperatura de 27°C e pressão de 1 atmosfera, a e) 600 J
massa consumida desse gás, em kg, será de: Dado: R = 0,082
atm.L.mol-1 .K-1 ; H = 1; C = 12
a) 13,60
b) 15,82 21. Para o estudo da relação entre pressão e volume dos gases, o
c) 19,51 ar pode ser aprisionado em uma seringa hipodérmica com a
d) 22,40 ponta vedada. Pesos de massas conhecidas são então
colocados sobre o êmbolo da seringa e os correspondentes
17. Quando são colocados 12 mols de um gás em um recipiente volumes do gás são anotados. Com base nessas informações,
com êmbolo que mantém a pressão igual a da atmosfera, aponte a única hipótese que é fisicamente consistente para
inicialmente ocupando 2 m³. Ao empurrar-se o êmbolo, o descrever a relação entre pressão e volume do gás na seringa.
volume ocupado passa a ser 1 m³. Considerando a pressão
atmosférica igual a 1. 105 N/m², qual é o trabalho realizado sob a) P + V = constante
o gás?
b) P – V = constante
a) 100.000 J.
b) 10.000 J.
c) P = constante
c) -10.000 J.
d) -100.000 J.
e) 0 J. d) V = constante · P

18. Você já se perguntou como funciona a geladeira? De que e) P · V = constante


maneira ela consegue diminuir a temperatura dos alimentos?
Pelo menos sabe, do ponto de vista físico, explicar o que 22. Certa massa de gás perfeito, contida em um recipiente de
acontece? A geladeira é uma máquina térmica fria, que volume 2 litros, tem temperatura de –73°C, sob pressão de 38
transforma trabalho em calor. Como máquina térmica, ela cm de Hg. Essa massa gasosa é totalmente transferida para
respeita um ciclo de transformações (duas isobáricas e duas outro recipiente, de volume 1 litro. Para que a pressão do gás
adiabáticas), como mostra a figura abaixo. nesse recipiente seja de 1,5 atm, devemos elevar sua
temperatura de:

a) 50 °C

b) 250 °C

c) 100 °C

Identifique em qual transformação a temperatura do gás d) 300 °C


atinge o seu menor valor. Assinale a alternativa CORRETA.
a) Transformação IV – expansão isobárica. 23. Um gás, contido em um cilindro, à pressão atmosférica, ocupa
b) Transformação I – compressão adiabática. um volume V0, à temperatura ambiente T0 (em kelvin). O
c) Transformação II – compressão isobárica. cilindro contém um pistão, de massa desprezível, que pode
d) Transformação III – expansão adiabática. mover-se sem atrito e que pode até, em seu limite máximo,
e) Transformação III – compressão adiabática. duplicar o volume inicial do gás. Esse gás é aquecido, fazendo
19. (FEI) Numa transformação de um gás perfeito, os estados final com que o pistão seja empurrado ao máximo e também com
e inicial acusaram a mesma energia interna. Certamente: que a temperatura do gás atinja quatro vezes T 0 . Na situação
final, a pressão do gás no cilindro deverá ser:
a) a transformação foi cíclica.
b) a transformação isométrica.
c) não houve troca de calor entre o gás e o ambiente.
d) são iguais as temperaturas dos estados inicial e final.
e) não houve troca de trabalho entre o gás e o meio.
PARTICULARES DE MEDICINA
c) 91

d) 171

e) 112

27. Um gás perfeito apresenta, inicialmente, temperatura de 27


a) metade da pressão atmosférica. °C e pressão de 2 atm. Ao sofrer uma transformação
isovolumétrica, sua pressão se eleva para 5 atm, passando,
b) igual à pressão atmosférica. então, sua temperatura, a ser:

c) duas vezes a pressão atmosférica. a) 54 °C

d) três vezes a pressão atmosférica. b) 477 °C

e) quatro vezes a pressão atmosférica. c) 76,5 °C

24. Uma certa quantidade de gás ideal ocupa um volume V 0 d) 750 °C


quando sua temperatura é T 0 e sua pressão é P 0 . Expande-se,
então, o gás, isotermicamente, até duplicar o seu volume. A e) 270 °C
seguir, mantendo o seu volume constante, sua pressão é
restabelecida ao valor original P 0 . Qual a temperatura final do
28. -Um gás ideal exerce pressão de 2 atm a 27°C. O gás sofre uma
gás neste último estado de equilíbrio térmico?
transformação isobárica na qual seu volume sofre um
aumento de 20%. Supondo não haver alteração na massa do
A) T 0 /4 gás, sua temperatura passou a ser, em °C:

B) T 0 /2 a) 32

C) T 0 b) 100

D) 2T 0 c) 54

E) 4T 0 d) 120

25. A figura abaixo é descrita por duas isotermas correspondentes e) 87


a uma mesma massa de gás ideal. Determine o valor da razão
T 2 /T 1 entre as temperaturas absolutas T 2 e T 1
29. Um recipiente com êmbolo contém em seu interior uma
quantidade fixa de gás ideal. O sistema é submetido a um
processo termodinâmico, no qual o volume do gás é reduzido
à metade e a temperatura absoluta aumentada por um fator
1,5. Neste processo, a pressão do gás:

a) aumenta por um fator 3.

b) aumenta por um fator 3/2.


a) 3
c) permanece constante.
b) 6/5
d) diminui por um fator 3/2.
c) 10
e) diminui por um fator 3.
d) 30/12
30. Quando o balão do capitão Stevens começou sua ascensão,
26. Um gás ideal ocupa um volume V, sob pressão de 1,2 atm e tinha, no solo, à pressão de 1 atm, 75.000 m3 de hélio. A 22 km
temperatura T, em graus Celsius. Dobrando-se o valor da de altura, o volume do hélio era de 1.500.000 m3. Se
temperatura em graus Celsius e mantendo-se constante o pudéssemos desprezar a variação de temperatura, a pressão
volume, observa-se que a pressão aumenta para 1,5 atm. (em atm) a esta altura valeria:
Logo, o valor de T, em graus Celsius, é:
A) 1/20
a) 68
B) 1
b) 143
PARTICULARES DE MEDICINA
C) 1/5 c) não sofrerá alteração.
d) dependendo do gás, aumentará ou diminuirá.
D) 20 e) é diretamente proporcional ao volume ocupado pelo gás.

36. No interior de um recipiente cilíndrico rígido, certa quantidade


E) 1/2
de um gás ideal sofre, por meio de um pistão, uma compressão
isobárica, representada no diagrama. Sabendo-se que o
31. Um gás perfeito tem volume de 300 cm3 a certa pressão e êmbolo se desloca 20 cm, o módulo do trabalho realizado no
temperatura. Duplicando simultaneamente a pressão e a processo e a intensidade da força F que o gás exerce sobre o
temperatura absoluta do gás, o seu volume é de: pistão valem, respectivamente:

A) 300 cm3

B) 900 cm3

C) 450 cm3
A) 30 J e 600 N
B) 30 J e 120 N
D) 1.200 cm3
C) 40 J e 120 N
D) 120 J e 600 N
E) 600 cm3 E) 60 J e 600 N

32. Com base no gráfico, que representa uma transformação


isovolumétrica de um gás ideal, podemos afirmar que, no 37. Certa quantidade de gás é aquecida de dois modos e, devido a
estado B, a temperatura é de: isto, sua temperatura aumenta na mesma quantidade, a partir
da mesma temperatura inicial. Faz-se esse aquecimento, uma
vez mantendo constante o volume do gás e outra, mantendo
a pressão constante. Baseandose nessas informações, é
possível concluir que:
a) nos dois casos, forneceu-se a mesma quantidade de calor ao gás.
b) no segundo aquecimento, não houve realização de trabalho.
c) no segundo aquecimento, todo o calor fornecido ao gás foi
transformado em energia interna.
d) o aumento da energia interna do gás foi o mesmo nos dois casos.
A) 273 K e) o trabalho realizado no primeiro caso foi maior que no segundo.
B) 293 K
C) 313 K 38. Uma certa massa de gás ideal é submetida ao processo A → B
D) 586 K → C indicado no diagrama pV. Sendo T a temperatura absoluta
E) 595 K do gás no estado A, a temperatura absoluta no estado C é:

33. Um gás ideal sofre uma transformação na qual a temperatura


se eleva de 127 °C para 327 °C. Sabendo-se que durante o
processo a pressão se manteve constante, podemos afirmar
que o volume final do gás:
a) independe do volume inicial.
b) é de 300 litros.
c) dobrou.
d) é igual ao volume inicial, pois o volume não varia durante o
processo isobárico. a) T
e) é igual à metade do volume inicial, pois o volume e a pressão são b) 2T
proporcionais, de acordo com a lei de Boyle. c) 4T
d) T/2
34. Uma amostra de gás perfeito ocupa volume V, exercendo e) T/4
pressão P, quando a temperatura T. Se numa transformação,
a pressão for duplicada e a temperatura reduzida à metade, o 39. O diagrama pV mostra a evolução de uma massa de gás ideal,
novo volume ocupado pelo gás será igual a: desde um estado I, passando por um estado II e chegando,
a) V/4 finalmente, a um estado III. Essa evolução foi realizada muito
b) 2V lentamente, de tal forma que, em todos os estados
c) V/3 intermediários entre I e III, pode-se considerar que o gás
d) 4V esteve em equilíbrio termodinâmico. Sejam T1, T2, T3 as
e) V temperaturas absolutas do gás, quando, respectivamente, nos
estados I, II e III. Assim, pode-se afirmar que:
35. Sabe-se que um gás mantido num recipiente fechado exerce
determinada pressão, conseqüência do choque das moléculas
gasosas contra as paredes do recipiente. Se diminuirmos o
volume do recipiente e mantivermos constante a
temperatura, a pressão do gás:
a) aumentará.
b) diminuirá.
PARTICULARES DE MEDICINA
A) T 1 = T 2 = T 3
B) T 1 > T 2 = T 3
C) T 1 > T 2 > T 3
D) T 1 < T 2 < T 3
E) T 1 < T 2 = T 3

40. Uma amostra de gás ideal sofre as transformações mostradas


no diagrama pressão x volume, ilustrado a seguir. Observe-o
bem e analise as afirmativas abaixo, apontando a opção
correta:

a) A transformação AB é isobárica e a transformação BC, isométrica.


b) O trabalho feito pelo gás no ciclo ABCA é positivo.
c) Na etapa AB, o gás sofreu compressão, e na etapa BC, sofreu
expansão.
d) O trabalho realizado sobre o gás na etapa CA foi de 8 J.
e) A transformação CA é isotérmica.

GABARITO
01 02 03 04 05
C E D C C
06 07 08 09 10
E A B B D
11 12 13 14 15
C B D A D
16 17 18 19 20
C D D D A
21 22 23 24 25
E C C D D
26 27 28 29 30
C B E A A
31 32 33 34 35
A D C A A
36 37 38 39 40
D D B B D

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 12

ELETRODINÂMICA

ELETRODINÂMICA Assim, ao ligarmos um fio entre os terminais de uma


bateria faremos com que os elétrons do condutor metálico sejam
Vivemos numa época onde praticamente tudo, direta ou atraídos pelo polo positivo da bateria, bem como repelido pelo
indiretamente, se utiliza da eletricidade: computadores, polo negativo. A figura a seguir mostra de forma esquemática essa
eletrodomésticos, celulares, etc. Por onde quer que andemos ela ideia.
está presente. Nos capítulos anteriores nós estudamos a parte da
eletricidade que trata das cargas elétricas em repouso: a
eletrostática. Iniciaremos agora uma parte empolgante, cheia de
aplicações que estão extremamente presentes em nosso
cotidiano. A partir desse capítulo trataremos das cargas elétricas
em movimento, porém, não um movimento qualquer, um
movimento ordenado. Esse estudo será denominado
eletrodinâmica.

No fim das contas estaremos interessados em analisar


os principais aspectos de um circuito elétrico. Um circuito elétrico Conceitualmente já sabemos o que é uma corrente
nada mais é do que, de forma geral, uma fonte de energia (uma elétrica, mas como calcular o seu valor? A figura a seguir mostra
pilha, por exemplo), fios condutores e algum elemento que utilize uma seção transversal de um fio condutor onde se estabeleceu
essa energia (uma lâmpada, por exemplo), tudo isso disposto num uma ddp entre as suas extremidades.
caminho fechado (circuito). Na prática, dificilmente nos
depararemos diretamente com o circuito elétrico propriamente
dito, eles estão dentro dos aparelhos eletrônicos que utilizamos.
Porém, o entendimento básico de alguns elementos gerais nos
fará compreender de maneira satisfatória o funcionamento geral
de muitos equipamentos.

CORRENTE ELÉTRICA

Como foi dito, estudaremos as cargas elétricas em


movimento. Se pudéssemos observar, por exemplo, os elétrons
livres em um condutor metálico veríamos que eles estão em
movimento aleatório, caótico. A figura a seguir ilustra essa ideia. Seja Q a quantidade de carga elétrica que atravessou a
seção reta do fio em um intervalo de tempo ∆𝑡𝑡, a intensidade de
corrente elétrica média (i) que flui por esse fio será definida
como:
𝐐𝐐
𝐢𝐢 =
∆𝐭𝐭
Entretanto, corrente elétrica é um movimento
ordenado de portadores de cargas elétricas. Mas como As unidades de medida da intensidade de corrente
𝐶𝐶
poderíamos produzir “um caminho preferencial” para esses elétrica (ou simplesmente corrente elétrica) no SI será dada por .
𝑠𝑠
elétrons? Ou em outras palavras, como ordenar esse movimento? A razão C/s é denominada de ampère (A). É importante que
Sabemos que cargas de sinais opostos se atraem e de mesmo sinal fiquemos atentos ao fato de que a corrente elétrica não informa a
se repelem, assim, se pudermos fazer com que uma extremidade quantidade de portadores de cargas elétricas que passam por
do fio se ligue a uma região positiva e a outra a uma região segundo, mas sim a quantidade de carga elétrica que estes
negativa conseguiremos ordenar um fluxo para os elétrons, transportam. Fique atento!
produziremos um caminho preferencial! Formalmente esse
procedimento é denominado: produzir uma diferença de
potencial (ddp).
EXEMPLO 1

É possível produzir uma ddp de diversas maneiras, (UFOP) (Adaptada) Em uma tarde de tempestade, numa região
entretanto, a maneira na qual estamos interessados é através de desprovida de pára-raios, a antena de uma casa recebe uma carga
baterias (ou geradores). Uma pilha, tão utilizada em nosso dia-a- que faz fluir uma corrente de 1,2 x 104 A, em um intervalo de
dia, é um exemplo de bateria. Na pilha a diferença de potencial tempo de 25 x 10-6 s. Qual a carga total transferida para a antena?
produzida entre uma extremidade e outra é o resultado de
reações químicas. A figura a seguir mostra o símbolo de uma RESOLUÇÃO:
bateria em um circuito elétrico.
Como i = 1,2 x 104 e ∆𝑡𝑡 = 25 x 10-6 s, teremos que:

Q
i=
∆t
Q
1,2 x 104 =
25 x 10−6

Q = 0,30 C.
PARTICULARES DE MEDICINA
Chegamos a um ponto importante do nosso
estudo sobre a corrente elétrica. Conceituamos corrente
elétrica e aprendemos como calcular sua intensidade,
porém, falta definir seu sentido. Sabemos que quem
movimenta as cargas elétricas nos metais são os elétrons,
ou seja, no circuito eles tendem a sair do polo negativo
para o polo positivo. Esse é o sentido real. Entretanto, por
questões históricas, adotaremos um sentido convencional.

Na corrente elétrica convencional os portadores de cargas Calcule, em C, a carga elétrica que fluiu no circuito durante esse
elétricas fluem do polo positivo para o polo negativo do pulso.
circuito. Essa convenção será válida daqui por diante.
Quando estivermos estudando o eletromagnetismo RESOLUÇÃO:
veremos que essa convenção não fere os fenômenos que
realmente ocorrem na prática. Fique atento. Como a corrente elétrica não é constante a quantidade de carga
elétrica que ela transporta não pode ser calculada diretamente
Q
pela expressão i = . Assim, utilizaremos a propriedade gráfica
∆t
vista anteriormente. A figura a seguir mostra a área do triângulo
descrito e seus respectivos elementos.

Quando o sentido da corrente elétrica não altera o


seu sentido ela denominada corrente contínua. Quando a
intensidade da corrente permanece constante ela é
denominada corrente constante. Um caso que nos
interessa em particular é quando a corrente é contínua e
constante

O gráfico da intensidade da corrente elétrica em função


do tempo nos fornece uma propriedade importantíssima. Assim, teremos que:
Consideremos, por simplicidade, o caso a seguir de uma corrente 𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵𝐵 𝑥𝑥 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴
contínua e constante. Q = área =
2

(3 𝑥𝑥 10−3 ) 𝑥𝑥 4
Q=
2

Q = 6 x 10-3 C = 6 𝝁𝝁𝝁𝝁.

POTÊNCIA ELÉTRICA

Antes de estudarmos os principais componentes


dos circuitos elétricos é importante que recapitulemos a
ideia de potência. Em mecânica, vimos que a potência é
uma grandeza que descreve a taxa com que um tipo de
A área descrita no gráfico da intensidade de corrente energia é convertido em outra no decorrer do tempo. Em
elétrica em função do tempo representa numericamente a eletrodinâmica o princípio é o mesmo.
quantidade de carga elétrica que flui nesse intervalo de
tempo. Potência elétrica é a taxa temporal com a qual a
energia elétrica é convertida em outra forma. Da mecânica
sabemos que:

𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸
Pot =
EXEMPLO 2 ∆𝑡𝑡

Assim, como o trabalho da força elétrica (energia)


(UNIFOR) Um circuito eletrônico foi submetido a um pulso de
é dado por 𝜏𝜏 = q . U, substituindo na definição da mecânica,
corrente indicada no gráfico.
teremos:
𝜏𝜏
Pot =
∆𝑡𝑡

PARTICULARES DE MEDICINA
q .U
Pot =
∆𝑡𝑡

q
Sendo i = , teremos, finalmente,
∆𝑡𝑡

Pot = i . U

Da mesma forma que na mecânica, a unidade de


medida da potência será o watt (W). Essa equação nos
permite calcular a potência elétrica para qualquer aparelho.
Quando falamos de energia elétrica é muito comum
utilizarmos uma unidade de medida conhecida como
quilowatt-hora (KW.h). O consumo descrito nas contas de
energia que recebemos em nossas casas não vem em joules A unidade de medida no SI para a resistência será
ou calorias, mas sim, em KW.h. volt/ampère (V/A) que é denominado de “ôhm” (Ω).

EXEMPLO 3 LEIS DE ÔHM

O chuveiro elétrico de uma residência possui potência elétrica


equivalente a 5000 W. Sabendo que nessa casa moram cinco • 1ª lei de Ohm
pessoas e que cada uma toma dois banhos diários de 15 min,
determine o consumo de energia elétrica mensal em KWh A diferença de potencial entre dois pontos de um resistor
correspondente ao chuveiro. (U) é proporcional à corrente elétrica que é estabelecida
nele (i). Em outras palavras, a resistência de um “resistor
RESOLUÇÃO:
ôhmico” é constante.
Primeiramente, faz-se necessário saber quanto tempo o chuveiro
é utilizado por mês. Há um total de 10 banhos por dia com
duração de 15 min cada, logo, são 150 min por dia e 4500 min por
mês (150 x 30 = 4500). Sabendo que 60 min são 1h, deve-se dividir
o tempo total por 60 para se ter o valor em horas:

Δt = 4500 ÷ 60 = 75 h

Conhecendo a potência do chuveiro, podemos determinar a


energia consumida pela seguinte equação:
• 2ª lei de Ohm
E = P.Δt
A resistência elétrica R é uma propriedade que depende
A potência do chuveiro deve ser dividida por 1000 para ser de fatores geométricos (comprimento e área transversal do
transformada em KW, logo, temos: corpo, mas também depende de uma grandeza chamada
de resistividade.
E = 5. 75 = 375 KWh

RESISTORES
R – resistência elétrica (Ω)
Resistor é um elemento de circuitos elétricos que ρ – resistividade (Ω.m)
tem como principal função converter energia elétrica em L – comprimento (m)
energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou A – área transversal (m²)
como dissipadores de eletricidade.

SÍMBOLO NO CIRCUITO ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES

É muito comum, na prática, precisarmos de um


resistor com determinada resistência específica e, no
entanto, só possuirmos resistores com outras resistências.
Para contornar esse problema utilizando os resistores que
A resistência (R), de forma geral, pode ser vista possuímos em mãos faz-se o que se conhece por
como o número que nos informará o “grau de oposição” associação de resistores. A seguir mostramos os dois
que um resistor possui à passage de corrente elétrica. A principais tipos gerais.
seguir temos a definição matematica desa grandeza.

PARTICULARES DE MEDICINA
• EM SÉRIE EXEMPLO 4

Determine a resistência equivalente entre os terminais A e B da


seguinte associação de resistores:

R AB = R 1 + R 2 + R 3

• EM PARALELO
RESOLUÇÃO:

Resolvendo primeiramente a associação em paralelo:

𝟏𝟏 𝟏𝟏 𝟏𝟏 𝟏𝟏
𝐑𝐑 𝐀𝐀𝐀𝐀
= 𝐑𝐑 + 𝐑𝐑 + 𝐑𝐑
𝟏𝟏 𝟐𝟐 𝟑𝟑
1/Req = 1/4 + 1/4
1/Req = 2/4
Na resolução prática de circuitos, normalmente, as Req = 2Ω
associações são mistas, ou seja, veremos num mesmo circuito
uma mistura de resistores em série e em paralelo. Resolvendo a próxima associação em paralelo:

MEDIDORES ELÉTRICOS

• Amperímetro

É um dispositivo que serve para medir correntes elétricas.


1/Req = 1/2 + 1/4
1/Req = (2 + 1)/4
Características importantes: 1/Req = (3/4)Ω
Req = (4/3) Ω
 O amperímetro deve ser ligado em série com o trecho
do circuito que se quer medir a corrente elétrica. Ao redesenhar o circuito nos deparamos com uma associação em
 Um amperímetro ideal possui resistência interna nula. série.

• Voltímetro

Req total = 4 + 4/3 + 4


Req total = 8 + 4/3
Req total = (24 + 4)/3
Req total = (28/3)
Req total = 9,33 Ω
É um dispositivo que serve para medir ddp (“voltagem”).

Características importantes:

 O voltímetro deve ser ligado em paralelo com o trecho


do circuito que se quer medir a ddp.
 O voltímetro ideal possui resistência interna muito
grande (‘infinita’).

PARTICULARES DE MEDICINA
EXERCÍCIOS bateria. Nesse intervalo de tempo, a carga total (em C)
liberada é:
1. O gráfico representa a intensidade de corrente de elétrica i a) 0,4
em um fio condutor em função do tempo transcorrido t. Qual b) 2,5
a carga elétrica que passa por uma seção transversal do c) 10
condutor nos cinco primeiros segundos? d) 150
e) 600

6. Considere o circuito representado no esquema abaixo, onde


cada resistência vale 10 Ω.

a) 2,0 C
b) 2,5 C
c) 4,0 C
d) 7,0 C
e) 10,0 C

2. O gráfico mostra, em função do tempo t, o valor da corrente


elétrica i através de um condutor.
A resistência equivalente entre os terminais X e Y, em ohms,
é igual a:

a) 10
b) 15
c) 30
d) 40
e) 90

7. (UFRS) No circuito elétrico abaixo, os amperímetros A 1 , A 2 ,


Sendo Q a carga elétrica que circulou no intervalo de tempo A 3 e A 4 , a fonte de tensão e os resistores são todos ideais.
de 0 a 4,0, a carga elétrica que circulou no intervalo de
tempo de 4,0s a 8,0s foi:

a) 0,25 Q
b) 0,40 Q
c) 0,50 Q
d) 2,0 Q
e) 4,0 Q

3. (PUCRJ) Sabemos que a corrente elétrica é produzida pelo


Nessas condições, pode-se afirmar que
movimento de cargas elétricas em certos materiais e que são
a) A 1 e A 2 registram correntes de mesma intensidade.
conhecidos como bons condutores de corrente elétrica. Das
b) A 1 e A 4 registram correntes de mesma intensidade.
afirmações abaixo apenas uma é verdadeira. Assinale-a. c) a corrente em A 1 é mais intensa do que a corrente em A 4 .
a) Em um metal a corrente elétrica é produzida pelo
d) a corrente em A 2 é mais intensa do que a corrente em A 3 .
movimento dos prótons e elétrons de seus átomos. e) a corrente em A 3 é mais intensa do que a corrente em A 4
b) Na passagem de corrente elétrica em um metal, os
elétrons se deslocam para a extremidade onde o potencial
8. (UCPEL) Sejam resistores, com resistências R1 ≠ R2, ligados
elétrico é menor.
em paralelo. Pode-se afirmar que:
c) Na passagem de corrente elétrica em um metal, os
I – a resistência equivalente é menor que qualquer das
elétrons se deslocam no mesmo sentido que os prótons.
resistências.
d) Quando as extremidades de um fio metálico ficam sujeitas
II – o de menor resistência dissipa a maior potência.
a uma diferença de potencial, os elétrons se deslocam para a
III – a corrente que atravessa os resistores são iguais.
extremidade onde a tensão é maior e os íons positivos, em
Está(Estão) correta(s):
mesmo número, para a outra extremidade.
a) I
e) Em um metal, os elétrons são os únicos responsáveis de
b) II
condução de eletricidade.
c) III
d) I e III
4. Os seguintes aparelhos são aplicações práticas do efeito de
e) I e II
aquecimento de um fio devido à corrente elétrica, EXCETO:
9. No circuito da figura a seguir, é CORRETO afirmar que os
resistores:
a) Chuveiro elétrico.
b) Ferro elétrico de passar.
c) Lâmpada de incandescência.
d) Flash de máquina fotográfica.

5. (UFSM) Uma lâmpada permanece acessa durante 5 minutos


pôr efeito de uma corrente de 2 A, fornecida por uma
a) R1, R2 e R5 estão em série.
PARTICULARES DE MEDICINA
b) R1 e R2 estão em série. e) 72
c) R4 e R5 não estão em paralelo.
d) R1 e R3 estão em paralelo. 14. (PUC) O circuito abaixo representa um gerador de resistência
interna desprezível, de força eletromotriz 30 V, duas
10. (FURG) Uma corrente se divide tomando dois caminhos lâmpadas L iguais e um interruptor aberto.
paralelos cuja resistência equivalente vale 10Ω. Sabendo-se
que as intensidades das correntes nos dois caminhos são
respectivamente 16 A e 4 A, a resistência de cada um destes
respectivos caminhos são:
a) 10Ω e 40Ω
b) 25Ω e 100Ω
c) 12,5Ω e 50Ω
d) 10Ω e 20Ω
e) 5Ω e 10Ω

11. Dois resistores, um de 20Ω e outro de resistência R Quando o interruptor é fechado, pode-se afirmar que o valor
desconhecida, estão ligados em série a uma bateria de 6,0V e a) da corrente que passa pelo gerador não se altera.
resistência interna desprezível, como mostra a figura. Se a b) da corrente que passa pelo gerador dobra.
corrente no circuito é 0,1 A, o valor da resistência R, em c) da corrente que passa pelo gerador reduz-se a metade.
ohms, é: d) da tensão aplicada em cada lâmpada passa a ser de 15 V.
e) da tensão aplicada em cada lâmpada passa a ser de 60 V

15. No circuito elétrico representado no esquema abaixo, a


corrente no resistor de 6Ω é de 4A e no de 12Ω é de 2A.

a) 20
b) 30
c) 40
d) 50 Nessas condições, a resistência do resistor R e a tensão U
e) 60 aplicada entre os pontos C e D valem, respectivamente:

12. Entre os pontos A e B é mantida uma tensão U=20V. A a) 6 Ω e 42 V


corrente que atravessa esse trecho tem intensidade b) 2 Ω e 36 V
c) 12 Ω e 18 V
d) 8Ωe5V
e) 9 Ω e 72 V

16. O gráfico representa a intensidade de corrente elétrica i em


a) 2,8 A
função do tempo t em dois condutores, X e Y. Sendo q x e q y
b) 2,0 A
as cargas elétricas que, durante os quatro primeiros
c) 2,5 A
segundos, passam respectivamente por uma seção
d) 3,5 A
transversal dos condutores X e Y, qual a diferença q x - q y ?
e) 4,0 A

13. A corrente elétrica i 1 , indicada no circuito representado no


esquema abaixo, vale 3,0 A.

a) 1 C
b) 2 C
c) 3 C
d) 6 C
e) 8 C

17. Corrente elétrica, em um condutor metálico, é o movimento.


a) desordenado dos portadores de carga elétrica, independente
De acordo com as outras indicações do esquema, a diferença de do campo elétrico aplicado.
potencial entre os pontos X e Y, em volts, vale: b) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos
portadores, num determinado sentido espontâneo,
a) 4,0 c) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos
b) 7,2 portadores, num determinado sentido independente do campo
c) 24 elétrico aplicado.
d) 44

PARTICULARES DE MEDICINA
d) ordenado dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos 22. No último mês, paguei R$ 80,00 pelo consumo de 200 kWh
portadores, num determinado sentido, dependente do campo de energia elétrica. Para calcular o gasto específico com o
elétrico aplicado. chuveiro elétrico de 3000 W de potência, supondo uso diário
e) instantâneo dos portadores de carga elétrica, sendo o fluxo dos de 30 minutos, durante 30 dias, a despesa com a utilização
portadores, num determinado sentido, dependente do campo do chuveiro foi de
elétrico aplicado. a) R$ 4,50
b) R$ 9,00
18. Uma corrente elétrica de intensidade 11,2 μA percorre um c) R$ 32,00
condutor metálico. A carga elementar é e = 1,6 . 10–19 C. d) R$ 18,00
Determine o tipo e o número de partículas carregadas que e) R$ 64,00
atravessam uma seção transversal desse condutor por
segundo. 23. Um chuveiro elétrico, com a chave seletora na posição
a) prótons; 7,0.1013 partículas "verão", funciona com uma resistência elétrica R e dissipa
b) íons do metal; 14,0.1016 partículas uma potência P. Com a mudança da temperatura ambiente,
c) prótons; 7,0.1019 partículas coloca-se o seletor na posição "inverno", passando a
d) elétrons; 7,0.1016 partículas funcionar com resistência elétrica R/2. Ao realizar essa
e) elétrons; 7,0.1013 partículas alteração no chuveiro, verifica-se a corrente
elétrica.....................e a potência dissipada....................... As
19. O gráfico a seguir representa a intensidade de corrente em lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por
um condutor, em função do tempo. Qual é a carga que no a) duplicada; duplica
intervalo de tempo de 0 a 20 segundos atravessa o condutor? b) duplica; quadruplica
c) não modifica; duplica
d) quadruplica; duplica
e) duplica; triplica

24.

a) 200 C
b) 20 C
c) 2 C
d) 0,2 C
e) 0,02 C

20. O gráfico representa a diferença de potencial ∆V entre dois


pontos de um fio, em função da corrente i que passa através
dele. A resistência do fio entre os dois pontos considerados
vale, em Ω,

O consumo mensal de energia elétrica é medido por um


aparelho chamado usualmente de “relógio de luz”. Um dos
modelos de medidores de consumo possui um disco
horizontal de alumínio que gira sob a ação de uma força
a) 0,05 magnética devido ao campo magnético gerado pela corrente
b) 4 elétrica que circula pela residência. Periodicamente a
c) 20 companhia fornecedora de energia elétrica realiza a medição
d) 80 do consumo, gerando a conta mensal. Observe, na conta de
e) 160 luz acima, que o preço do kWh é de R$ 0,44 e que o total
pago foi de R$ 101,64 para o período de 29 dias,
21. Em uma residência, permanecem ligados, durante 2 h, um compreendido entre 26/04 e 25/05. Considere que o
ferro elétrico, com a especificação 1440 W - 120 V, e duas consumo de energia elétrica diário de um secador de cabelo
lâmpadas comuns, com a especificação 60 W - 120 V. Se a tenha sido 400 Wh, e que esse secador tenha funcionado 30
tensão eficaz na rede se mantiver constante e igual a 120 V, a minutos por dia.
corrente que passa no fusível e a energia elétrica consumida Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto
valem, respectivamente: afirmar que a potência do secador de cabelos e seu custo de
a) 16 A e 1,56 kWh. energia elétrica para o referido período foram,
b) 14 A e 1,56 kWh. respectivamente,
c) 13 A e 3,12 kWh. a) 800 W e R$ 5,10.
d) 13 A e 6,24 kWh. b) 400 W e R$ 26,36.
e) 12 A e 3,12 kWh. c) 200 W e R$ 2,55.
d) 800 W e R$ 23,20.
PARTICULARES DE MEDICINA
e) 400 W e R$ 5,10 e) a corrente em A 3 é mais intensa do que a corrente em A 4 .

25. Um estudante que morava em Pelotas, onde a voltagem é 29. A figura representa o circuito elétrico de um chuveiro que
220 V, após concluir seu curso de graduação, mudou-se para pode ser ligado nas posições A, B ou C, fornecendo a mesma
Porto Alegre, onde a voltagem é 110 V. Modificações deverão quantidade de água morna, quente ou muito quente.
ser feitas na resistência do chuveiro – que ele levou na
mudança – para que a potência desse aparelho não se altere.

Quando esse chuveiro estiver ligado em


a) B, tem-se água muito quente;
b) C, tem-se água quente;
c) A, tem-se água morna;
d) B, tem-se água morna;
Com relação à nova resistência do chuveiro e à corrente elétrica
e) A, tem-se água muito quente
que passará através dessa resistência, é correto afirmar que
a) tanto a resistência original quanto a corrente elétrica
30. Três lâmpadas idênticas e de resistência conhecida foram
quadruplicarão.
projetadas e construídas para operar associadas de maneiras
b) a resistência original será reduzida à metade e a corrente
diferentes. Para se ter a maior luminosidade, as lâmpadas
elétrica duplicará.
devem ser associadas da maneira apresentada em:
c) tanto a resistência original como a corrente elétrica duplicarão.
d) a corrente elétrica permanecerá a mesma, não sendo, pois,
necessário modificar a resistência original.
e) a resistência original será reduzida à quarta parte e a corrente
elétrica duplicará.

26. Quando uma corrente i passa pelos resistores R1, R2 e R3 da


figura, as tensões nos seus terminais são, respectivamente,
V1, V2 e V3.
Sabendo-se que V 1 = 6,0 V; R 2 = 3,0 Ω; V 3 =3,OV; e R 3 =2,O Ω,os
valores de R 1 e V 2 são, respectivamente:

a) 4,0 Ω e 4,5 V.
b) 4,5 Ω e 5,0 V.
31. Duas resistências R 1 e R 2 são ligadas a uma bateria de
c) 5,5 Ω e 6,0 V.
resistência interna nula, conforme a figura. Aumentando-se o
d) 5,0 Ω e 5,5 V. valor da resistência R 2 , considere as seguintes afirmativas:
e) 6,5 Ω e 7,0 V I – A resistência total aumenta.
II – A corrente em R1 aumenta.
27. Selecione a alternativa que preenche corretamente as III – A corrente que a bateria fornece diminui.
lacunas no parágrafo abaixo. Para fazer funcionar uma
lâmpada de lanterna, que traz as especificações 0,9W e 6V, Quais afirmativas estão corretas?
dispõe-se, como única fonte de tensão, de uma bateria de a) Nenhuma.
automóvel de 12V. Uma solução para compatibilizar esses b) Apenas I e II.
dois elementos de circuito consiste em ligar a lâmpada à c) Apenas I e III.
bateria (considerada uma fonte ideal) ..... em com um d) Apenas II e III.
resistor cuja resistência elétrica seja no mínimo de ..... . e) I, II e III.
a) paralelo - 4 Ω
b) série - 4 Ω 32. O circuito abaixo consiste de duas lâmpadas A e B idênticas,
c) paralelo - 40 Ω uma chave interruptora S, uma bateria ideal e fios. Ao
d) série - 40 Ω fecharmos a chave S, podemos afirmar que o brilho da
e) paralelo - 80 Ω lâmpada B:

28. No circuito elétrico abaixo, os amperímetros A 1 , A 2 , A 3 e A 4 ,


a fonte de tensão e os resistores são todos ideais. Nessas
condições, pode-se afirmar que

a) diminui, porque a corrente que passa por B diminui.


b) diminui, porque a energia fornecida pela bateria vai ser dividida
com A.
c) não se altera, porque o brilho não depende da corrente.
a) A 1 e A 2 registram correntes de mesma intensidade.
d) não se altera, porque a corrente que passa por B não se altera.
b) A 1 e A 4 registram correntes de mesma intensidade.
e) aumenta, porque a resistência equivalente diminui.
c) a corrente em A 1 é mais intensa do que a corrente em A 4 .
d) a corrente em A 2 é mais intensa do que a corrente em A 3 .
PARTICULARES DE MEDICINA
33. No circuito abaixo, todos os resistores têm resistências
idênticas, de valor 10Ω. A corrente elétrica i, através de R 2 , é
de 500mA. A fonte, os fios e os resistores são todos ideais.

a) 6,0 e 4,5.
b) 6,0 e 1,5.
c) 4,0 e 3,0.
d) 4,0 e 1,0.
e) 2,0 e 1,5.
Selecione a alternativa que indica o valor correto da diferença de
potencial a que está submetido o resistor R 1 . 37. Na época de Natal, muitas pessoas utilizam conjuntos de
a) 5 V. pequenas lâmpadas incandescentes, popularmente
b) 7,5 V. conhecidos por pisca-piscas, para adornarem ambientes. Um
c) 10 V. dos modelos utilizados por certa pessoa possui 4 séries de 25
d) 15 V. lâmpadas cada uma, que são associadas em paralelo entre si,
e) 20 V. conforme esquema.

34. No circuito elétrico abaixo estão associados 4 resistores uma


fonte ideal de 12 volts e uma chave C.

Considerando-se que os valores nominais do fabricante, da


potência total e da tensão elétrica entre os terminais A e B do
A corrente elétrica que percorre o resistor de 1 ohm com a chave pisca-pisca sejam, respectivamente, 22 W e 220 V, a
C aberta e com a chave C fechada, é respectivamente, resistência elétrica de cada lâmpada é:
a) 1,0 A e 1,8 A. a) 88 Ω
b) 1,5 A e 1,8 A. b) 176 Ω
c) 1,0 A e 1,5 A. c) 352 Ω
d) 1,0 A e 2,0 A. d) 460 Ω
e) 2,0 A e 3,0 A. e) 528 Ω

35. Sobre o funcionamento de voltímetros e o funcionamento de 38. Analise o circuito abaixo.


amperímetros, assinale a alternativa correta:
a) A resistência elétrica interna de um voltímetro deve ser muito
pequena para que, quando ligado em paralelo às resistências
elétricas de um circuito, não altere a tensão elétrica que se deseja
medir.
b) A resistência elétrica interna de um voltímetro deve ser muito
alta para que, quando ligado em série às resistências elétricas de
um circuito, não altere a tensão elétrica que se deseja medir. Sabendo-se que a corrente i é igual a 500 mA, o valor da tensão
c) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser fornecida pela bateria, em volts, é:
muito pequena para que, quando ligado em paralelo às a) 10
resistências elétricas de um circuito, não altere a intensidade de b) 27,5
corrente elétrica que se deseja medir. c) 17,5
d) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser d) 20
muito pequena para que, quando ligado em série às resistências e) 50
elétricas de um circuito, não altere a intensidade de corrente
elétrica que se deseja medir. 39. Dado o circuito adiante onde o gerador é ideal, analise as
e) A resistência elétrica interna de um amperímetro deve ser proposições.
muito alta para que, quando ligado em série às resistências
elétricas de um circuito, não altere a intensidade de corrente
elétrica que se deseja medir.

36. Num circuito elétrico, uma fonte de força eletromotriz de 18


V e resistência elétrica de 0,50 Ω, alimenta três resistores, de
resistências 1,0 Ω, 2,0 Ω e 6,0 Ω, conforme representado. As
correntes que percorrem o gerador e o resistor de 6 Ω são,
em ampères, respectivamente:

I. Se a chave C estiver aberta, a corrente no resistor R1 será 2 A.


II. Se a chave C estiver fechada, a corrente no resistor R1 será 1,5
A.
III. A potência dissipada no circuito é maior com a chave fechada.

PARTICULARES DE MEDICINA
Está(ão) correta(s)
a. todas.
b. somente II.
c. somente III.
d. somente I e II.
e. somente I.

40. : Dispositivos eletrônicos que utilizam materiais de baixo


custo, como polímeros semicondutores, têm sido
desenvolvidos para monitorar a concentração de amônia (gás
tóxico e incolor) em granjas avícolas. A polianilina é um
polímero semicondutor que tem o valor de sua resistência
elétria nominal quadruplicado quando exposta a altas
concentrações de amônia. Na ausência de amônia, a
polianilina se comporta como um resistor ôhmico e a sua
resposta elétrica é mostrada no gráfico.

O valor da resistência elétrica da polianilina na presença de altas


concentrações de amônia, em ohm, é igual a:
a) 0,5 × 100
b) 2,0 × 100
c) 2,5 × 105
d) 5,0 × 105
e) 2,0 × 106

GABARITO
01 02 03 04 05
D C E D E
06 07 08 09 10
B B E B C
11 12 13 14 15
C B D B E
16 17 18 19 20
A D E A C
21 22 23 24 25
D D A A E
26 27 28 29 30
A D B E B
31 32 33 34 35
C D D C D
36 37 38 39 40
B C C A E

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 13

HIDROSTÁTICA

HIDROSTÁTICA PRESSÃO

A “fluidostática”, ou como é historicamente conhecida,


hidrostática, estuda os fluidos em equilíbrio. De maneira geral,
fluidos são substâncias que podem escoar, fluir. Os líquidos e os
gases compõe essa categoria. Como os fluidos não possuem forma
definida, o conhecimento da massa dessas substâncias nem
sempre é útil, ou mesmo de fácil medição, para descrevermos
situações físicas. Uma melhor saída é estudarmos o
comportamento macroscópico do sistema através da grandeza
física densidade.
O conceito de pressão está mais presente no nosso
A densidade (d) de um corpo, independentemente do cotidiano do que possamos imaginar. As pontas finas dos pregos,
fato dele ser maciço ou oco, é definida como a razão entre a a prática de amolar uma faca, as alças mais largas das mochilas, o
massa (m) do corpo dividido pelo volume (v) que este ocupa no simples ato de beber um suco com o auxílio de um canudinho, a
espaço. Em símbolos, temos: utilização de um tensiometro (medidor de pressão arterial), entre
outros, são só alguns exemplos da utilização do conceito de
𝐦𝐦 pressão no nosso dia-a-dia.
d=
𝐯𝐯
A pressão P que uma força perpendicular à uma
As unidades de medida da densidade no sistema superfície de área A exerce sobre esta é definida como a razão do
internacional de unidades (SI) são o Kg/m³. módulo da força exercida dividida pela área sobre a qual esta
atua.
EXEMPLO 1

(CFT-MG) (Adaptada) Durante uma aula de laboratório de Física,


um estudante desenhou, em seu caderno, as etapas de um
procedimento utilizado por ele para encontrar a densidade de um
líquido, conforme representado a seguir.

Em símbolos, temos:

𝐅𝐅
P=
𝐀𝐀

As unidades de medida da pressão no sistema


internacional de unidades (SI) são o N/m², que também é
denominado: pascal (Pa).

PRESSÃO HIDROSTÁTICA
Sabendo-se que em ambas as etapas, a balança estava
equilibrada, calcule , em g/cm3, a densidade do líquido.
Quando um avião acaba de decolar a mudança
RESOLUÇÃO: repentina de altitude nos faz sentir certo desconforto no ouvido.
Isso ocorre porque “a coluna de atmosfera” sobre nós agora é
Da figura 1, como o béquer está vazio e a balança permanece em menor, ou seja, a pressão externa ao ouvido diminui. Algo
equilíbrio, podemos deduzir que a massa do béquer vale 40 g. semelhante ocorre com um mergulhador, entretanto, pelo motivo
inverso. A medida que a profundidade vai aumentando a “coluna
m BÉQUER = 40 g de água” fica cada vez maior, ou seja, a pressão exterior vai
aumentando.
Como o béquer possui capacidade de 200 cm³ e está graduado
com 5 marcações, daí deduz-se que cada marcação equivale a um Esses fatos nos levam a esperar que a pressão exercida
volume de 50 cm³. Logo, da figura 2, temos que: por fluidos possua uma relação direta com a altura da coluna de
fluido. Outro ponto importante a ser observado é a dependência
V LÍQUIDO = 100 cm³ direta com a densidade (ou massa específica). Por exemplo, um
paciente que esteja tomando soro sentirá na pele, literalmente, o
Ainda da figura 2, a massa do líquido pode ser calculada como: desconforto que é um líquido mais denso entrando por suas veias.
m LÍQUIDO = 190 - m BÉQUER = 150 g. Assim: A pressão exercida por colunas iguais de líquidos diferentes será
tanto maior quanto maior for a densidade do líquido.
150 g
d LÍQUIDO =
100 cm3 A aceleração da gravidade é outro fator fundamental
nessa análise. Quanto maior for a aceleração da gravidade local
d LÍQUIDO = 1,5 g/cm³.

PARTICULARES DE MEDICINA
maior tende a ser a força com que um fluido pressionará uma Quando um líquido em equilíbrio está em um local
superfície, pois seu peso é maior. aberto à atmosfera precisamos ter o cuidado de perceber que a
pressão total (P T ) em um determinado ponto do interior do
líquido não depende apenas do líquido, mas sim, do líquido e da
atmosfera.

P T = P atm + d . g . H

Matematicamente, o nosso foco será a pressão exercida


por “colunas de líquidos”. Como um líquido é praticamente
incompressível, ou seja, possui volume praticamente constante
quando submetido à variações de pressão, a sua densidade será
praticamente invariável a qualquer profundidade. Logicamente,
estamos desprezando qualquer eventual pequena variação na
densidade que uma mudança de temperatura possa produzir.

Então, a pressão exercida por uma coluna de altura (H)


de um líquido cuja densidade vale (d) e submetido a uma
aceleração da gravidade (g) será dada pela expressão abaixo.

PH = d . g . H TEOREMA DE STEVIN

EXEMPLO 2 A figura abaixo ilustra um líquido em equilíbrio estático


de densidade d dentro de um recipiente aberto à atmosfera. A e B
são dois pontos no interior desse líquido.
(UEPB) É do conhecimento dos técnicos de enfermagem que, para
o soro penetrar na veia de um paciente, o nível do soro deve ficar
acima do nível da via, conforme a figura, devido à pressão
sanguínea sempre superior à pressão atmosférica.

Considerando a aceleração da gravidade g = 10 m/s2, a densidade


Fica fácil de notar pela figura que a pressão (P) no
do soro d = 1,0 g/cm3, a pressão exercida, exclusivamente, pela pontos A e B se compõem de duas parcelas:
coluna de soro na veia do paciente P = 9,0.103 Pa, a altura em que
se encontra o nível do soro do braço do paciente, para que o P = P Atm + P Coluna .
sangue não saia em vez do soro entrar, em metros, é de:
Como a pressão atmosférica local é a mesma para os
a) 0,5 dois pontos, a diferença de pressão entre esses pontos será
b) 0,8
simplesmente a coluna de líquido que há entre eles, pois, toda a
c) 0,7 coluna de líquido que está sobre o ponto A exerce pressão sobre o
d) 0,6
ponto B, entretanto, nem toda a coluna de líquido que está sobre
e) 0,9 B exercerá pressão sobre o ponto A.
RESOLUÇÃO: Esse fato é exatamente o que se denomina Teorema de
Stevin:
Como a pressão exercida pela coluna de soro de altura H vale 9,0 x
103 Pa e a densidade do soro vale 1 g/cm³ = 10³ Kg/m³ teremos: A diferença entre as pressões de dois pontos de um
líquido em equilíbrio estático equivale à pressão da coluna de
P H = d.g.H líquido que há ente eles.
9,0 x 10³ = 10³ . 10 . H ∆P = d . g . ∆H
H = 9,0 x 10-1 m

H = 0,9 m.

PARTICULARES DE MEDICINA
EXEMPLO 3 FREIO HIDRÁULICO

(VUNESP) (Adaptada) O tubo aberto em forma de U da figura


contém dois líquidos não-miscíveis, A e B, em equilíbrio.

ELEVADOR HIDRÁULICO

As alturas das colunas de A e B, medidas em relação à linha de


separação dos dois líquidos, valem 50 cm e 80 cm,
respectivamente. Sabendo que a massa específica de A é 2,0·10 3
kg/m3 , determine a massa específica do líquido B.

RESOLUÇÃO:

A figura a seguir mostra dois pontos ( 1 e 2) que se encontram


numa mesma horizontal do líquido A, ou seja, P 1 = P 2 .

EXEMPLO 4

(UFPE) Uma força vertical de intensidade F, atuando sobre o


êmbolo menor de uma prensa hidráulica, mantém elevado um
peso P = 400 N, como mostra a figura.

A pressão em cada ponto será dada por P Atm + P Coluna . Assim:

P1 = P2

P Atm + d B . g . H B = P Atm + d A . g . H A

dB . g . HB = dA . g . HA

dB . HB = dA . HA
Sabendo que a área do êmbolo maior é 8 vezes a área menor,
determine o valor de F, em newtons.
d B . 80 = 2,0·10 3 . 50
RESOLUÇÃO:
d B = 1,25 . 103 Kg/m³.
Para que o êmbolo maior se mantenha em equilíbrio a pressão no
êmbolo menor (P 1 ) deve ser igual á pressão no êmbolo maior (P 2 ).
Como a área do êmbolo maior é 8 vezes a área do êmbolo menor,
PRINCÍPIO DE PASCAL ou seja, A 2 = 8 A 1 , teremos:

P1 = P2
O Princípio de Pascal estabelece que a alteração
de pressão produzida em um fluido em equilíbrio ESTÁTICO F1 F2
=
transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido e às A1 A2
paredes do seu recipiente.
F P
=
A 8A
Esse princípio possui importantes aplicações práticas
como, por exemplo, o freio hidráulico, o elevador hidráulico, entre F
=
400
outros. As figuras abaixo ilustram alguns desses casos. 1 8

F = 50 N.

PARTICULARES DE MEDICINA
PRESSÃO ATMOSFÉRICA hidrostática variar com a profundidade. Quem primeiro estudou a
força de empuxo foi Arquimedes de Siracusa
Evangelista Torricelli, físico e matemático italiano, (matemático, físico, engenheiro, inventor, e astrônomo grego),
inventou um instrumento para medir a pressão atmosférica por isso a força denominada de empuxo também ser conhecida
denominado barômetro de mercúrio. O barômetro surgiu da como Teorema de Arquimedes. O princípio de Arquimedes
necessidade de resolver um problema prático. Fabricantes de estabelece que
bombas hidráulicas do tentavam levar água à altura de 12 metros
ou mais, mas descobriram que 10 metros, aproximadamente, era Todo corpo imerso (total ou parcialmente) em um fluido sofre
o limite de sucção das bombas. ação de uma força verticalmente para cima, cuja intensidade é
igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo.
Torricelli usou o mercúrio que é 13,6 vezes mais denso
que a água. Com um tubo de 1 m de comprimento cheio com É importante observarmos alguns detalhes. O empuxo é
mercúrio, selado no topo e ao nível do mar, Torricelli coloca o uma força que surge não devido ao peso do corpo imerso no
tubo verticalmente numa base que também continha mercúrio fluido, mas sim do peso do fluido que esse corpo desloca. Sejamos
(veja a figura abaixo). mais claros. Se quisermos colocar um bloco de volume 1 litro
dentro da água será necessário deslocarmos um volume de água
equivalente, pois dois corpos materiais não podem ocupar o
mesmo lugar do espaço simultaneamente. Tendo em vista que o
volume de fluido deslocado é o fator fundamental, podemos
esperar que quanto mais denso um fluido maior o empuxo
exercido pelo mesmo, pois este exercerá uma força de resistência
maior sobre os corpos. Logicamente, o volume também possui o
mesmo efeito: quanto mais fluido espalhado maior o empuxo
recebido. Tendo em vista o princípio de Arquimedes, podemos
deduzir a expressão para o cálculo do empuxo da seguinte
maneira:

Empuxo = Peso do fluido deslocado

E = m FLUIDO . g
Ele percebeu que a coluna de mercúrio se estabilizava Sendo m FLUIDO = d FLUIDO . V,
com, aproximadamente, 760 mm (76 cm = 0,76 m) de mercúrio
(mmHg) acima do nível da base. Sendo a pressão do ar acima do
nível do mercúrio dentro do tubo muito pequena,
E = d FLUIDO . V . g
aproximadamente um “vácuo”, ele deduziu que a coluna de 760
mmHg deveria estar sendo equilibrada pela pressão atmosférica
exterior, ou seja, atribuiu para a pressão atmosférica ao nível do A expressão acima ilustra matematicamente o Teorema
mar (1 atm) a pressão de 760 mmHg. de Arquimedes. O volume V que aparece na equação é o volume
de líquido deslocado, ou em outras palavras, o volume do corpo
1 atm ≅ 760 mmHg = 76 cmHg que está dentro do fluido.

Como o milímetro é uma unidade de comprimento o


termo mmHg também é chamado de torr, ou seja, 1 atm equivale
à 760 torr. Esse valor pode ser facilmente convertido para Pa EXEMPLO 5
(N/m²). Lembrando que a densidade do mercúrio vale
aproximadamente 13,6 x 10³ Kg/m³ e supondo que g ≅ 9,8 m/s², Um corpo possui 40 % do seu volume imerso em um líquido cuja
teremos: densidade vale 10³ Kg/m³. Sabendo que a gravidade local vale 9,8
m/s² e que o corpo possui um volume de 0,5 m³, calcule, em N, o
P H = d. g. H empuxo exercido pelo liquido no corpo.

1 atm ≅ (13,6 x 10³) . (9,8) . (0,76) RESOLUÇÃO:

1 atm ≅ 101 x 10³ Como 40 % do volume estão dentro do líquido, teremos que:
Volume imerso = V = 40% de 0,5 m³
1 atm ≅ 1,01 x 105 Pa
V = 0,2 m³.
EMPUXO
Assim,
Já percebeu que é mais fácil levantar uma pessoa dentro E = d FLUIDO . V . g
d’agua do que fora dela? Normalmente, quando alguém possui
problemas no joelho, recomenda-se que ela evite exercícios físicos E = 10³ . 0,2 . 9,8
de grande impacto, aconselhando que estas pratiquem, por
exemplo, hidroginástica. A força denominada empuxo está por E = 1,96 x 103 N.
trás desses fatos.

O empuxo é uma força vertical e para cima que os


fluidos exercem sempre que um corpo está parcial ou totalmente
imerso nos mesmos. Ela é consequência direta do fato da pressão
PARTICULARES DE MEDICINA
EXERCÍCIOS profundidade, e a pressão do ar no seu interior é de uma
atmosfera. Nesse contexto, pode-se concluir que a diferença
1. Para lubrificar um motor, misturam-se massas iguais de dois da pressão entre o interior e o exterior do submarino é,
óleos miscíveis de densidades d 1 = 0,60g/cm3 e d 2 = 0,85 aproximadamente, de
g/cm3 . A densidade do óleo lubrificante resultante da
mistura é, aproximadamente, em g/cm3 : a) 200 atm
a) 0,72 b) 100 atm
b) 0,65 c) 21 atm
c) 0,70 d) 20 atm
d) 0,75 e) 19 atm
e) 0,82
7. (UPF) Em uma barragem como a da figura, a parede de
2. Quando você toma um refrigerante em um copo com um concreto precisa ter uma espessura maior na base do que no
canudo, o líquido sobe pelo canudo, porque: topo.
a) a pressão atmosférica cresce com a altura, ao longo do
canudo;
b) a pressão no interior da sua boca é menor que a densidade
do ar;
c) a densidade do refrigerante é menor que a densidade do
ar;
d) a pressão em um fluido se transmite integralmente a todos
os pontos do fluido;
e) a pressão hidrostática no copo é a mesma em todos os
pontos de um plano horizontal.

3. (ENEM) Um dos problemas ambientais vivenciados pela


agricultura hoje em dia é a compactação do solo, devida ao
intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas,
reduzindo a produtividade das culturas.
Isso se justifica principalmente em virtude de que
Uma das formas de prevenir o problema de compactação do
solo é substituir os pneus dos tratores por pneus mais a) na superfície livre da água, atua a pressão atmosférica.
b) existe uma diferença de temperatura na água.
a) largos, reduzindo a pressão sobre o solo. c) o calor específico da água é maior na base.
b) estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo. d) a viscosidade da água aumenta com a profundidade.
c) largos, aumentando a pressão sobre o solo. e) nos líquidos, a pressão aumenta com a profundidade.
d) estreitos, aumentando a pressão sobre o solo.
e) altos, reduzindo a pressão sobre o solo.
8. (USF) Um manual de instruções de um aparelho medidor de
4. (ACAFE-SC) Um prego é colocado entre dois dedos que pressão (esfigmomanômetro) traz as seguintes informações
produzem a mesma força, de modo que a ponta do prego é para o uso correto do aparelho:
pressionada por um dedo e a cabeça do prego pelo outro. O
dedo que pressiona o lado da ponta sente dor em função de: - Sente-se em uma cadeira que tenha encosto.
- Coloque seu braço sobre uma mesa de modo que a
a) a pressão ser inversamente proporcional à área para braçadeira esteja no mesmo nível que seu coração.
uma mesma força. - Coloque os dois pés no chão.
b) a força ser diretamente proporcional à aceleração e
inversamente proporcional à pressão.
c) a pressão ser diretamente proporcional à força para
uma mesma área.
d) a sua área de contato ser menor e, em consequência, a
pressão também.
e) o prego sofre uma pressão igual em ambos os lados,
mas em sentidos opostos.

5. (U. Católica de Salvador-BA) Um recipiente, de paredes


rígidas e forma cúbica, contém gás à pressão de 150N/m2 .
Sabendo-se que cada aresta do recipiente é igual a 10 cm, a Das alternativas a seguir, assinale a que apresenta o princípio
força resultante sobre cada uma das faces do recipiente, em físico que tem relação direta com a posição correta da
newtons, tem intensidade: braçadeira.
a) 1,5 . 10-1
b) 1,5 a) Se um corpo está em equilíbrio sob a ação exclusiva de
c) 1,5 . 10 três forças não paralelas, então elas deverão ser
d) 1,5 . 102 concorrentes.
e) 1,5 . 103 b) Pontos de um mesmo líquido em equilíbrio situados em
um mesmo plano horizontal recebem pressões iguais.
6. (PUC-RS) No oceano a pressão hidrostática aumenta
aproximadamente uma atmosfera a cada 10 m de
profundidade. Um submarino encontra-se a 200 m de
PARTICULARES DE MEDICINA
c) As alturas alcançadas por dois líquidos imiscíveis em um a) Newton
par de vasos comunicantes são inversamente b) Stevin
proporcionais às suas massas específicas. c) Pascal
d) Um líquido confinado transmite integralmente, a todos d) Arquimedes
os seus pontos, os acréscimos de pressão que recebe. e) Eisntein
e) Todo corpo mergulhado em um fluido recebe um
empuxo vertical, de baixo para cima, cuja intensidade é 12. Considere o arranjo da figura a seguir, onde um
igual ao peso do fluido deslocado. líquido está confinado na região delimitada pelos
êmbolos A e B, de áreas a=80cm2 e b=20cm2 ,
9. A figura mostra parte de um aquário no qual a água respectivamente.
encontra-- se arada. Nesse ambiente, o peixe amarelo
movimenta-se do ponto A ao ponto D, segundo a trajetória
ABCD representada pela linha branca.

O sistema está em equilíbrio. Despreze os pesos


dos êmbolos e os atritos. Se m A = 4,0kg, qual o
valor de m B ?
Considerando a densidade da água constante ao longo de a) 4 kg
todo o trajeto, assinale a alternativa que indica corretamente b) 16 kg
o esboço do gráfico de como varia a pressão sobre o peixe
c) 1 kg
amarelo, em função do tempo, nesse deslocamento
d) 8 kg
e) 2 kg

13. (CPS) No início do século XX, a indústria e o comércio da


cidade de São Paulo possibilitaram uma qualidade de vida
melhor para seus habitantes. Um dos hábitos saudáveis,
ligados à higienização bucal, foi a utilização de tubos de pasta
dental e as respectivas escovas de dente. Considerando um
tubo contendo pasta dental de densidade homogênea, uma
pessoa resolve apertá-lo. A pressão exercida sobre a pasta,
dentro do tubo, será:

10. No diagrama mostrado a seguir, x e y representam dois a) maior no fundo do tubo, se apertar no fundo.
líquidos não miscíveis e homogêneos, contidos num sistema b) menor no fundo do tubo, se apertar perto do bico de
de vasos comunicantes em equilíbrio hidrostático. saída.
c) maior no meio do tubo, se apertar no meio.
d) menor no fundo do tubo, se apertar no meio.
e) igual em todos os pontos, qualquer que seja o local
apertado.

14. UNESP) A maioria dos peixes ósseos possui uma estrutura


chamada vesícula gasosa ou bexiga natatória, que tem a
função de ajudar na flutuação do peixe. Um desses peixes
está em repouso na água, com a força peso, aplicado pela
Assinale o valor que mais se aproxima da razão entre as
Terra, e o empuxo, exercido pela água, equilibrando-se,
densidades do líquido y em relação ao líquido x.
como mostra a figura 1.
a) 0,80
b) 0,90
c) 1,25
d) 2,5

11. (CESUPA) Desde a remota Antiguidade, o homem, sabendo


de suas limitações, procurou dispositivos para multiplicar a
força humana. A invenção da RODA foi, sem sombra de
dúvida, um largo passo para isso. Hoje, uma jovem dirigindo
seu CLASSE A, com um leve toque no freio consegue pará-lo,
mesmo que ele venha a 100 km/h. É o FREIO HIDRÁULICO.
Tal dispositivo está fundamentado no PRINCÍPIO de: Desprezando a força exercida pelo movimento das
nadadeiras, considere que, ao aumentar o volume ocupado

PARTICULARES DE MEDICINA
pelos gases na bexiga natatória, sem que a massa do peixe
varie significativamente, o volume do corpo do peixe
também aumente. Assim, o módulo do empuxo supera o da
força peso, e o peixe sobe (figura 2). Na situação descrita, o
módulo do empuxo aumenta, porque

a) é inversamente proporcional à variação do volume do


corpo do peixe.
b) a intensidade da força peso, que age sobre o peixe,
diminui significativamente. Sendo P A e P B os módulos das forças Peso de A e
c) a densidade da água na região ao redor do peixe B, e E A e E B os módulos das forças Empuxo que o
aumenta.
d) depende da densidade do corpo do peixe, que também líquido exerce sobre as esferas quando elas estão
aumenta. totalmente imersas, é correto afirmar que
e) o módulo da força peso da quantidade de água a) P A < P B e E A = E B .
deslocada pelo corpo do peixe aumenta. b) P A < P B e E A < E B .
c) P A > P B e E A > E B .
15. Um regador está em equilíbrio, suspenso por uma
d) P A > P B e E A < E B .
corda presa às suas alças. A figura que melhor
e) P A > P B e E A = E B
representa a distribuição do líquido em seu 18. (PUC-PR) A figura representa uma prensa hidráulica.
interior é:

Determine o módulo da força F aplicada no êmbolo A, para


que o sistema esteja em equilíbrio.

a) 800 N
b) 1600 N
16. (PUC-PR) Algumas pessoas que pretendem fazer um c) 200 N
piquenique param no armazém no pé de uma montanha e d) 3200 N
compram comida, incluindo sacos de salgadinhos. Elas sobem e) 8000 N
a montanha até o local do piquenique. Quando descarregam
o alimento, observam que os sacos de salgadinhos estão
inflados como balões. Por que isso ocorre? 19. (PUC-PR) O empuxo é um fenômeno bastante familiar. Um
exemplo é a facilidade relativa com que você pode se
a) Porque, quando os sacos são levados para cima da levantar de dentro de uma piscina em comparação com
montanha, a pressão atmosférica nos sacos é tentar se levantar de fora da água, ou seja, no ar. De acordo
aumentada. com o princípio de Arquimedes, que define empuxo, marque
b) Porque a diferença entre a pressão do ar dentro dos a proposição correta:
sacos e a pressão reduzida fora deles gera uma força
resultante que empurra o plástico do saco para fora. a) Quando um corpo flutua na água, o empuxo recebido
c) Porque a pressão atmosférica no pé da montanha é pelo corpo é menor que o peso do corpo.
menor que no alto da montanha. b) O princípio de Arquimedes somente é válido para corpos
d) Porque quanto maior a altitude maior a pressão. mergulhados em líquidos e não pode ser aplicado para
e) Porque a diferença entre a pressão do ar dentro dos gases.
sacos e a pressão aumentada fora deles gera uma força c) Um corpo total ou parcialmente imerso em um fluido
resultante que empurra o plástico para dentro. sofre uma força vertical para cima e igual em módulo ao
peso do fluido deslocado.
17. Duas esferas, A e B, maciças e de mesmo volume, d) Se um corpo afunda na água com velocidade constante,
são totalmente imersas num líquido e mantidas o empuxo sobre ele é nulo.
e) Dois objetos de mesmo volume, quando imersos em
em repouso pelos fios mostrados na figura.
líquidos de densidades diferentes, sofrem empuxos
Quando os fios são cortados, a esfera A desce até iguais.
o fundo do recipiente e a esfera B sobe até a
superfície, onde passa a flutuar, parcialmente 20. Em um experimento realizado para determinar a
imersa no líquido. densidade da água de um lago, foram utilizados
alguns materiais conforme ilustrado: um
dinamômetro D com graduação de 0 N a 50 N e
um cubo maciço e homogêneo de 10 cm de aresta
e 3 kg de massa. Inicialmente, foi conferida a
PARTICULARES DE MEDICINA
calibração do dinamômetro, constatando-se a diferentes, P, Q, R e S, sobre uma superfície plana, como na figura
leitura de 30 N quando o cubo era preso ao abaixo.
dinamômetro e suspenso no ar. Ao mergulhar o
cubo na água do lago, até que a metade de seu
volume ficasse submersa, foi registrada a leitura
de 24 N no dinamômetro.

A ordem decrescente da pressão média que cada um dos blocos


exerce sobre a superfície é:
a) S > R > Q = P.
b) S > Q > P > R.
Considerando que a aceleração da gravidade local c) P = Q > S > R.
d) Q > P > S > R.
é de 10 m/s², a densidade da água do lago, em
g/cm³, é 23. A Torre Eiffel, com seus 324 metros de altura, feita com
a) 0,6. treliças de ferro, pesava 7300 toneladas quando terminou
b) 1,2. de ser construída em 1889. Um arquiteto resolve construir
c) 1,5. um protótipo dessa torre em escala 1: 100, usando os
d) 2,4. mesmos materiais (cada dimensão linear em escala de
e) 4,8 1: 100 do monumento real).
Considere que a torre real tenha uma massa Mtorre e exerça na
21. No início do século XVII, Bartolomeu de Gusmão apresentou fundação sobre a qual foi erguida uma pressão Ptorre . O modelo
à corte portuguesa um instrumento que viajava pelos ares,
hoje conhecido por balão. Em sua obra “Manifesto Sumário construído pelo arquiteto terá uma massa Mmodelo e exercerá
para os que ignoram poder-se navegar pelo elemento do ar”, uma pressão Pmodelo .
ele assim explica o princípio em que se baseia: qualquer
lenho, por pequeno que seja, se sustenta facilmente nas
águas, e este mesmo não pode se sustentar no ar, pois é mais
leve do que as águas e mais grave do que os ares,
entendendo-se grave como o que tem peso.

Tomando por base os atuais conhecimentos da Ciência, como se


aplica o mesmo princípio apresentado por Bartolomeu no caso do
balão?
a) O ar no interior do balão, por estar fechado dentro dele, está
sujeito a uma maior pressão do que ar externo, e isso reduz
consideravelmente seu peso, fazendo o balão subir.
b) O ar no interior do balão, por estar aquecido, é mais leve do
que o ar exterior, o que faz que com que uma força externa
maior que o peso do balão atue sobre ele, fazendo-o subir.
c) O ar no interior do balão, por estar sujeito a uma pressão
constante, torna-se mais leve do que o ar externo, e assim uma
força interna atua no balão, fazendo-o subir.
d) O ar no exterior do balão, por estar frio, fica menos denso do
que o ar no seu interior, e isso gera uma força externa no
balão, fazendo-o subir.

22. Um bloco metálico na forma de um paralelepípedo é


constituído de duas metades: uma de ferro (cinza escuro) e
outra de alumínio (cinza claro), como na figura abaixo. Sabe-
se que a densidade do ferro é maior que a do alumínio.
Como a pressão exercida pela torre se compara com a pressão
exercida pelo protótipo? Ou seja, qual é a razão entre as pressões
(Ptorre ) (Pmodelo ) ?
a) 100
b) 101
c) 102
A aresta menor do bloco vale 10 cm; a maior, 40 cm; e a
intermediária, 20 cm. Coloca-se esse bloco em quatro posições d) 104
PARTICULARES DE MEDICINA
e) 106

24.Considere uma situação em que uma pessoa segura um prego


metálico com os dedos, de modo que a ponta desse prego fique
pressionada pelo polegar e a cabeça pelo indicador. Assumindo
que a haste do prego esteja em uma direção normal às superfícies
de contato entre os dedos e o prego, é correto afirmar que
a) a força que atua na ponta do prego é maior que a atuante na
cabeça.
b) a pressão do metal sobre o indicador é maior que sobre o
polegar.
c) a pressão do metal sobre o indicador é menor que sobre o
polegar.
d) a força que atua na ponta do prego é menor que a atuante na Situação I – Um sistema hidráulico de Situação II – Os pedreiros,
cabeça. freios de alguns carros, em condições nivelar dois pontos em uma
adequadas, quando um motorista aciona costumam usar uma mang
25. Há uma regra prática utilizada pelos Mergulhadores da o freio de um carro, este para após transparente, cheia de á
Marinha que diz que a cada 10 m de profundidade na água a alguns segundos, como mostra figura Observe a figura acima, que m
pressão aumenta em uma atmosfera. Um Suboficial Mergulhador acima. como os pedreiros usam
(SO-MG) com bastante experiência na profissão realiza um mangueira com água para ni
mergulho no fundo do mar a 40 m de profundidade. Determine a, os azulejos nas paredes.
pressão total sobre o fundo do mar e marque a opção correta,
a) 4 atm Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, às
b) 5 atm aplicações dos princípios e do experimento formulados por:
c) 6 atm a) Arquimedes (Situação I), Pascal (Situação II) e Arquimedes
d) 7 atm (Situação III)
e) 8 atm b) Pascal (Situação I), Arquimedes (Situação II) e Stevin (Situação
III)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: c) Stevin (Situação I), Torricelli (Situação II) e Pascal (Situação III)
=
Use quando s2 ; sen(30°) 1 2.
necessário: g 10 m= d) Pascal (Situação I), Stevin (Situação II) e Torricelli (Situação III)
e) Stevin (Situação I), Arquimedes (Situação II) e Torricelli
26. Em uma fábrica química, há um grande reservatório com um (Situação III).
líquido desconhecido. Após serem realizadas medidas de pressão
com a profundidade, os dados obtidos resultaram no gráfico 28. Navios usam sistemas para manter o equilíbrio nos quais
abaixo. A partir dessas informações, podemos concluir que a bombeiam água do mar, que nesse caso recebe o nome de água
densidade do líquido desconhecido é aproximadamente: de lastro, para dentro ou para fora de tanques construídos em sua
estrutura. O esquema abaixo representa um corte transversal de
um navio de carga em que N indica o nível de segurança que a
parte submersa do navio deve atingir para que a embarcação não
corra risco de tombar.

a) 8,0 × 103 kg m3 .
b) 2,0 × 103 kg m3 .
c) 0,8 × 103 kg m3 .
d) 0,4 × 103 kg m3 .
e) 8,0 × 102 kg m3 . A fim de retirar a carga da embarcação e manter o nível de água
do mar na posição N do casco do
navio, deve-se
27. Os precursores no estudo da Hidrostática propuseram a) encher com água de lastro o reservatório, de modo a aumentar
princípios que têm uma diversidade de aplicações em inúmeros o peso do navio e diminuir a pressão da água do mar sobre o
“aparelhos” que simplificam as atividades extenuantes e penosas casco da embarcação.
das pessoas, diminuindo muito o esforço físico, como também b) esvaziar a água de lastro do reservatório, de modo a aumentar
encontraram situações que evidenciam os efeitos da pressão o peso do navio e diminuir o empuxo sobre a embarcação.
atmosférica. A seguir, são apresentadas as situações-problema c) manter o mesmo volume de água de lastro do reservatório, de
que ilustram aplicações de alguns dos princípios da Hidrostática. modo a preservar o peso total original do navio e o empuxo
que age sobre ele.

PARTICULARES DE MEDICINA
d) encher com água de lastro o reservatório, de modo a preservar Dado: Considere a densidade da água salgada 1030 kg m3 .
o peso total original do navio e o empuxo que age sobre ele.

29. Um peixe de plástico, que é utilizado como enfeite em um A partir das informações apresentadas, marque a única alternativa
aquário, tem volume de 20 cm3 e massa de 19 g. Quando colocado que corretamente apresenta a área marítima que sofreu um
na água, cuja densidade é 1,0 g/cm3, esse peixe flutua com uma aumento em seu nível nos últimos 10 anos:
porcentagem de seu volume submerso igual a a) 3,4 ⋅ 1014 m2 .
a) 90%.
b) 75%. b) 3,4 ⋅ 1010 m2 .
c) 85%. c) 3,6 ⋅ 1012 m2 .
d) 60%.
e) 95%. d) 3,6 ⋅ 108 m2 .

30. Uma rã de massa m, semelhante à ilustrada na figura abaixo, 32. Um cuteleiro decidiu presentear seu melhor amigo, que é
encontra-se no interior de uma meia esfera de plástico, cujo grande admirador de ninjas e de samurais, com uma espada
diâmetro é igual a 6,00 cm e que está flutuando com todo seu especial, jamais feita antes. Para confeccionar a espada, ele
volume abaixo da superfície de uma água turva de um lago. A utilizou 210 gramas de prata, cuja densidade é de
massa específica desta água é de 1,00 g cm3 . Considerando- se aproximadamente 10,5 g/cm3, 386 gramas de ouro, cuja
densidade é de aproximadamente 19,3 g/cm3, e 1365 gramas de
que a massa da meia esfera de plástico seja desprezível, que o
 um tipo especial de aço, cuja densidade é 7,8 g/cm3. Ao final do
módulo da aceleração da gravidade local é | g | = 10,0 m s2 , e processo de confecção, o cuteleiro percebeu que o volume da
aproximando-se o valor da constante π por 3, a massa m da rã espada era a soma dos volumes dos materiais utilizados. Para
será finalizar o processo de confecção, o artesão colocou a espada em
uma caixa com um líquido cuja densidade é de 3,04 g/cm3. O que
ocorreu na finalização da fabricação da espada? Determine a
resposta adequada quanto à densidade da espada e ao ocorrido
quando esta foi colocada no referido líquido.
a) A densidade da espada é de 7,60 g/cm3, e ela ficou totalmente
imersa no líquido, pois é mais densa que o líquido.
b) A densidade da espada é de 7,60 g/cm3, e ela flutuou no
líquido, pois é mais densa que o líquido.
c) A densidade da espada é de 9,12 g/cm3, e ela ficou totalmente
imersa no líquido, pois sua densidade é o triplo da densidade
do líquido.
a) 10,8 g d) A densidade da espada é de 9,12 g/cm3, e ela flutuou no
b) 27 g líquido, pois é menos densa que o líquido em três vezes.
c) 54 g e) A densidade da espada é de 37,6 g/cm3, e ela afundou
d) 108 g totalmente no líquido, pois é mais densa que o líquido.
e) 432 g
33. Um submarino tripulado chinês chamado Fendouzhe, ou
31. Leia com atenção e considere as informações apresentadas Lutador em português, chegou a um dos pontos mais profundos
no texto a seguir: dos oceanos, as Fossas das Marianas, no Oceano Pacífico.
O veículo fez 13 mergulhos entre outubro e novembro de 2020, e
[...] em 8 deles superou uma profundidade de 10 mil metros. O mais
A calota polar da Groenlândia perdeu cerca de 3,5 trilhões de profundo foi em 10 de novembro de 2020, quando chegou a
toneladas de gelo em 10 anos, o que provocou um aumento do 10.900 metros abaixo da superfície.
nível do mar de um centímetro e agravou o risco de inundações
em todo o mundo, de acordo com um estudo publicado nesta (https://olhardigital.com.br. Adaptado.)
segunda-feira (1).
Muitas equipes de cientistas estudam a evolução da situação na
Groenlândia, mas o artigo publicado na revista Nature Considere que a aceleração gravitacional seja igual a 10 m/s2, que
Communications é o primeiro a utilizar observações de satélites a densidade média da água do mar seja 1,03 × 103 kg m3 e
da Agência Espacial Europeia, que permitiram constatar que o
que a pressão interna do submarino seja igual à pressão
degelo aumentou 21% em 40 anos.
atmosférica ao nível do mar. Para atingir a profundidade máxima
Desde 2011, a calota perdeu 3,5 trilhões de toneladas de gelo,
a que chegou, a estrutura do submarino deve suportar uma
dois terços dessa quantidade nos verões de 2012 e 2019, de
pressão de, no mínimo e aproximadamente,
acordo com o estudo. A superfície congelada da Groenlândia
cobre uma área de 1,8 milhão de quilômetros quadrados, o que a) 1,13 × 1012 Pa.
faz dela a segunda maior depois da Antártica.
b) 1,06 × 1010 Pa.
[...]
c) 1,13 × 108 Pa.
(Disponível em: https://g1.globo.com/meio-
ambiente/aquecimento-global/noticia/2021/11/01/calota-polar- d) 1,13 × 107 Pa.
da-groenlandia-perde-35- trilhoes-de-toneladas-e-provoca- e) 1,06 × 1014 Pa.
aumento-do-nivel-do-mar-em-1cm.ghtml. Acesso em: 1 nov.
2021. Adaptado.)
34. Na figura a seguir, o sistema de alavanca tem um fator de
aumento de força em dez vezes a força aplicada pelo homem e
que é transmitido para o êmbolo A. Esse sistema é interligado a
PARTICULARES DE MEDICINA
uma prensa B. kg/m3, flutuando na interface entre dois líquidos: água e óleo.

Considerando que 4/5 do volume do bloco estão submersos na


água, cuja densidade é de 1000 kg/m3, a densidade do óleo é, em
kg/m3, de
a) 200.
b) 400.
c) 500.
d) 800.
e) 1900.

37. Um objeto feito de material desconhecido é mergulhado em


um copo completamente cheio de água. Como consequência,
parte da água que havia no copo é derramada, conforme ilustrado
na imagem.
B
Considerando a razão entre as áreas de = 104 , quando o
A
homem aplica uma força de 600N na alavanca, a força exercida na
prensa B é:
a) 6 ⋅ 105 N.
b) 6 ⋅ 106 N.
c) 6 ⋅ 107 N.
d) 6 ⋅ 108 N.
e) 6 ⋅ 109 N.

35. A figura mostra um macaco hidráulico, contendo óleo, e


1 2
constituído de dois êmbolos de áreas A=
1 1,2 × 10 mm e
4 2
A=
2 1,2 × 10 mm . Sobre o êmbolo de área A 2 , é colocado, Sabe-se que o objeto ficou em equilíbrio, como mostrado na
em repouso, um bloco de massa 6,0 × 102 kg. imagem. Se a massa do objeto é igual a mo , então a massa de
água derramada é igual a
mo
a)
4
b) 2mo
c) mo
mo
d)
2
e) 4mo

38. Em um recipiente, misturam-se 500 cm3 de água, cuja


massa específica é 1,0 g cm3 , com 1000 cm3 de álcool, cuja
massa específica é 0,85 g cm3 . Após a homogeneização da
Determine o valor, em newtons, da força aplicada no êmbolo de mistura, uma esfera de densidade 0,72 g cm3 é nela colocada.
área A 1 para que essa estrutura permaneça em equilíbrio. No equilíbrio, a porcentagem do volume da esfera que se
Considere g = 10 m/s2
encontra imerso na água é
a) 6,0 a) 85%.
b) 10
b) 82%.
c) 12 c) 80%.
d) 5,0 d) 78%.
e) 90%.
36. A figura abaixo representa um bloco B de densidade 900
PARTICULARES DE MEDICINA
39. TEXTO I pressão no fundo de ambos os reservatórios?
a) A pressão de fundo no modelo A é duas vezes maior que a do
No cordel intitulado Senhor dos Anéis, de autoria de Gonçalo modelo B.
Ferreira da Silva, lê-se a sextilha: b) A pressão de fundo no modelo A é igual a do modelo B.
c) A pressão de fundo no modelo A é a metade que a do modelo
A distância em relação B.
Ao nosso planeta amado d) A pressão de fundo no modelo A é quatro vezes maior que a do
Pouco menos que a do Sol modelo B.
Ele está distanciado e) A pressão de fundo no modelo A é quatro vezes menor que o
E menos denso que a água do modelo B.
Quando no normal estado

MEDEIROS, A.; AGRA, J. T. M., A astronomia na literatura de


cordel. Física na Escola, n. 1, abr, 2010 (fragmento).

TEXTO II

Distâncias médias dos planetas ao Sol e suas densidades médias

Distância média Densidade


Planetas
ao Sol (u.a.) relativa média
*Mercúrio 0,39 5,6
*Vênus 0,72 5,2
*Terra 1,0 5,5
*Marte 1,5 4,0
**Ceres 2,8 2,1
*Júpiter 5,2 1,3
*Saturno 9,6 0,7
*Urano 19 1,2
*Netuno 30 1,7
**Plutão 40 2,0
**Éris 68 2,5
u.a. = 149.600.000 km, é a unidade astronômica. *Planeta
clássico, **Planeta-anão

Características dos planetas. Disponível em: www.astronoo.com.


Acesso em: 8 nov. 2019 (adaptado).

Considerando os versos da sextilha e as informações da tabela, a


qual planeta o cordel faz referência?
a) Mercúrio.
b) Júpiter.
c) Urano. GABARITO
d) Saturno. 01 02 03 04 05
e) Netuno. C B A A B
06 07 08 09 10
40. Em épocas de seca, os níveis de águas em rios ficam D E B E A
extremamente baixos, o que pode comprometer o abastecimento 11 12 13 14 15
de água pelas concessionárias. Há locais, como em hospitais, que C C E E C
o abastecimento contínuo é de extrema importância e, para tanto, 16 17 18 19 20
é comum a instalação de dispositivo de capitação de água de B E D C B
chuvas para utilizações não nobres. 21 22 23 24 25
B C C C B
Existem diversos modelos de reservatórios, que são instalados de 26 27 28 29 30
acordo com as necessidades do ambiente a qual necessitam deles. E D D E C
31 32 33 34 35
Um hospital, que precisa capitar e armazenar 3,40 m3 de água
A C C C A
está em dúvida entre dois modelos:
36 37 38 39 40
C C C D B
- O modelo A, de base redonda de 1,20 metros de diâmetro e 3,00
metros de altura e material polietileno;
- O modelo B, de base retangular de 1,25 × 0,90 metros e 3,00
metros de altura e material polietileno.

A dúvida do setor de compras do hospital é quanto à resistência


dos dois modelos quanto à pressão causada pela água
armazenada. Qual a relação que podemos obter em função da
PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 14

ONDAS

ONDAS mantivermos essa perturbação o aspecto visto será o da figura


abaixo.
O fenômeno ondulatório é mais comum no nosso dia-a-
dia do que nós possamos imaginar. Quando recebemos uma ligação
no celular, por exemplo, o aparelho recebe uma informação
denominada onda eletromagnética, que por sua vez é convertida
em pulsos elétricos que produzirão no alto falante uma vibração
que chegará aos nossos ouvidos através do ar aos quais
denominamos som.

Num lindo dia ensolarado, quando estamos a caminhar


pela rua, sentimos o calor do sol em nossa pele e os nossos olhos
ficam impressionados com a alta luminosidade. Essas energias, o
calor e a luz, são ondas que se propagam no espaço, penetram
nossa atmosfera e chegam até nós.
A perturbação ou vibração (movimento para cima e para
O conceito de onda em física é de extrema importância baixo) é perpendicular à direção de propagação da onda (horizontal
prática. Para darmos início a esse fascinante fenômeno, e para esquerda). Esse tipo de forma de propagação é denominado
incialmente, iremos o que é uma onda e em seguida estudaremos de onda transversal. Um bom exemplo desse tipo de onda é a luz.
algumas propriedades gerais das mesmas.
Imaginemos agora, no lugar da corda, uma mola
O CONCEITO DE ONDA helicoidal. Se fizermos um movimento de vai e vem na direção da
mola perceberemos o aspecto mostrado na figura abaixo.
Apesar da nomenclatura “onda” nos remeter às ondas do
mar, não seria interessante começarmos o estudo das ondas com
essa analogia, pois, a descrição das ondas que ocorrem no mar é
mais complexa do que aparenta.

Podemos definir uma onda da seguinte maneira:

Uma onda é uma perturbação (ou energia) que se propaga de um


ponto a outro através de um meio (material ou não) sem que este
precise se deslocar. Uma onda transporta energia sem deslocar
matéria.

É importante que fique clara a diferença entre


propagação e deslocamento. Propagação é um termo exclusivo
para ondas, ou seja, energia. A matéria não se propaga, a matéria A perturbação ou vibração (movimento de vai e vem
se desloca. Informações podem chegar a outros pontos sem que se horizontal) ocorre na mesma direção de propagação da onda
saia, necessariamente, do local. Já um corpo material não pode (horizontal e para a direita). Esse tipo de forma de propagação é
chegar a outro local sem se deslocar. denominado de onda longitudinal. Um bom exemplo desse tipo de
onda é o som. As ondas sonoras serão estudadas com mais detalhes
ALGUMAS CLASSIFICAÇÕES IMPORTANTES adiante.

Existem algumas ondas que necessitam de um meio EXEMPLO 1


material para que a propagação de energia ocorra. Por exemplo, o
som necessita de um meio sólido, líquido ou gasoso para existir.
(UFSCAR) A diferença entre ondas mecânicas, como o som, e
Ondas que necessitam de um meio material para se propagar são
eletromagnéticas, como a luz, consiste no fato de que
denominadas ondas mecânicas.
a) a velocidade de propagação, calculada pelo produto do
Um tipo muito especial de ondas denominadas ondas
comprimento de onda pela frequência, só é assim obtida para
eletromagnéticas são capazes de se propagar mesmo em meios
ondas eletromagnéticas.
imateriais, ou seja, no vácuo. Entretanto, é importante que fique
b) as ondas eletromagnéticas podem assumir uma configuração
claro que essa não é a definição de onda eletromagnética, mas sim,
mista de propagação transversal e longitudinal.
apenas uma de suas características. Uma onda eletromagnética são
c) apenas as ondas eletromagnéticas, em especial a luz, sofrem o
campos elétricos e magnéticos viajando no espaço. As ondas
fenômeno denominado difração.
eletromagnéticas serão estudadas em detalhes mais adiante.
d) somente as ondas eletromagnéticas podem propagar-se em
meios materiais ou não materiais.
Podemos classificar as ondas quanto à forma de
e) a interferência é um fenômeno que ocorre apenas com as ondas
propagação das mesmas. Por exemplo, imagine uma corda presa a
eletromagnéticas.
uma parede em uma de suas extremidades. Segurando na outra
extremidade, se aplicarmos um pulso para cima e para baixo na
RESPOSTA: LETRA D
corda, ele irá se repetir por todo comprimento da mesma. Se
PARTICULARES DE MEDICINA
As ondas eletromagnéticas podem se propagar tanto na
matéria quanto fora dela. Basta pensarmos na luz sol: viaja pelo (UFAL) Uma onda produzida numa corda se propaga com
espaço vazio e por nossa atmosfera. As ondas mecânicas, por freqüência de 25 Hz. O gráfico a seguir representa a corda num
definição, necessitam de um meio material para existir. dado instante.

VELOCIDADE DE ONDA

A velocidade de uma onda descreve, basicamente, como


a forma que se repete (comprimento de onda) viaja no espaço no
decorrer do tempo. Para melhor entendermos esse conceito, antes
de tudo, vamos definir alguns parâmetros importantes.

COMPRIMENTO DE ONDA: representado pela legra 𝛌𝛌 (lambda), Calcule, em m/s, a velocidade de propagação dessa onda.
equivale ao comprimento da forma que se repete ao longo da
onda. A figura abaixo representa esse conceito aplicado às ondas RESOLUÇÃO:
transversais e longitudinais.
Como se trata de uma onda transversal, podemos identificar o
comprimento de onda pela distância entre duas cristas sucessivas
ou dois vales sucessivos, por exemplo. Da figura podemos deduzir
que

λ = 20 cm = 0,20 m.
Como f = 25 Hz, teremos que:
V=λ.f
V = 0,20 . 25

V = 5,0 m/s.

As cristas da onda são os pontos mais altos na onda FENÔMENOS ONDULATÓRIOS


transversal e os pontos de compressão na longitudinal. Nesses
pontos a energia potencial da onda é máxima. Os vales são os
Quem nunca brincou com bolhas de sabão quando
pontos mais baixos na onda transversal e os pontos de rarefação na criança? Num dia ensolarado percebemos esse lindo efeito colorido
longitudinal. Nesses pontos a energia potencial é mínima. mostrado na figura acima. O mesmo aspecto colorido pode ser
percebido em manchas de óleo de carro iluminadas pelo sol. Esse
FREQUÊNCIA DA ONDA: representada pela letra f, descreve o efeito é conhecido como iridescência e é decorrente de um
número de vezes que ocorrem os ciclos (comprimentos de onda) importante fenômeno ondulatório que estudaremos nesse
com relação ao tempo. A sua unidade de medida no Sistema capítulo: a interferência! Esse capítulo é um dos mais importantes
Internacional é o hertz (Hz). no estudo das ondas, pois nele trataremos de vários fenômenos
extremamente presentes no nosso dia-a-dia.
AMPLITUDE DA ONDA: representada pela letra A, equivale à
variação máxima da onda em relação ao estado não perturbado do INTERFERÊNCIA
meio. A figura a seguir exemplifica esse conceito através de uma
onda transversal. Quando duas ou mais ondas passam pelo mesmo ponto
do espaço simultaneamente à superposição dessas ondas dar-se o
nome de interferência. Dependendo dos tipos de ondas que se
superponham os efeitos podem ser os mais diversos possíveis. É
importante notarmos um detalhe na definição desse fenômeno.
Como estamos tratando de se passar pelo mesmo ponto do espaço
simultaneamente, esse é um fenômeno exclusivo de ondas. Corpos
materiais não podem ocupar o mesmo lugar no espaço! Isso é
possível com as ondas porque estamos tratando de energia se
propagando, e não de matéria densa propriamente dita.

A equação a seguir é conhecida como equação


fundamental das ondas.

V= .f

É importante que fique claro para o estudante que essa


equação não descreve como os pontos do meio oscilam no decorrer
do tempo, mas sim, como a forma de onda se propaga no espaço
no decorrer do tempo.
EXEMPLO 2

PARTICULARES DE MEDICINA
DIFRAÇÃO

É muito comum quando estamos em um determinado


cômodo de nossa casa conseguir escutar o barulho de pessoas que
estão em outro cômodo, mesmo que não estejamos vendo essas Poderíamos visualizar o fenômeno da reflexão através de
pessoas, não é mesmo? O mesmo ocorre com o som emitido pela um pulso de onda transversal que se propague através de uma
buzina de um carro. Mesmo que o carro não esteja dentro do nosso corda tensa. Dependendo de como está posta a extremidade
campo de visão, nós já sabemos que ele está em algum lugar oposta à fonte das ondas (fixa ou móvel) podemos observar dois
próximo. comportamentos gerais, vejamos as figuras a seguir.

Reflexão COM Inversão De Fase

Esse é um fato decorrente de uma propriedade das ondas Reflexão SEM Inversão De Fase
muito importante: a difração. Poderíamos definir o fenômeno da
difração como sendo a habilidade que as ondas possuem de
contornar obstáculos. Esse efeito é facilmente percebido com o
som, entretanto, é uma propriedade comum a todas as ondas,
inclusive com a luz.

REFLEXÃO DE ONDAS

O fenômeno da reflexão é extremamente corriqueiro em


nossa vida. Por exemplo, nesse exato momento o estudante só
consegue ler as nossas palavras porque a luz refletida pelo papel
consegue sensibilizar os seus olhos. De forma geral, as coisas e REFRAÇÃO DE ONDAS
pessoas a nossa volta só podem ser vistos porque aos nossos olhos
chegam a luz refletida por elas. De forma geral, quando uma onda consegue sair de
uma meio de propagação e incidir em outro meio, ou seja,
Entretanto, é muito comum associarmos o fenômeno da quando a onda é transmitida, dizemos que ocorreu uma
reflexão apenas à luz, porém, a reflexão é um fenômeno que pode
refração.
ocorrer com qualquer onda, e não apenas com as ondas luminosas.

Também podemos perceber a reflexão com o som. Por


exemplo, quando estamos falando dentro de um banheiro a nossa
voz parece ter um “volume maior” do que quando falamos fora do
banheiro. O que ocorre é que o som que nós emitimos se propaga
em todas as direções e ao incidirem na parede, normalmente algum
tipo de cerâmica (superfície que acentua a reflexão), sofre reflexão,
ou seja, retorna ao meio incial, e ao encontrarem outras ondas que
também foram refletidas, interagem (interferência) e o som é
reforçado (“volume maior”).

PARTICULARES DE MEDICINA
RESSONÂNCIA

Façamos uma experiência simples. Imaginemos três


objetos: uma régua de aço, um lápis de madeira e uma caneta de
plástico. Caso alguém solte esses objetos no chão, dois a dois,
mesmo que estejamos com os olhos vendados, seríamos capazes
de identificar quais objetos foram soltos?

Muito provavelmente não teríamos dificuldade em


identificar os objetos, não é mesmo? A prática de convivência e
manuseio desses objetos já nos fez adquirir uma memória não só
visual desses objetos, mas também sonora. Já temos em nossa
mente o som característico de algo batendo na madeira, em metais
ou em plásticos. Isso só é possível, essa “identidade sonora”,
porque cada objeto tem sua frequência natural de vibração,
frequência tal que depende tanto da forma quanto do material do Efeito do movimento RELATIVO entre fonte e observador:
qual é constituído o objeto.
APROXIMAÇÃO RELATIVA: PERCEPÇÃO de frequência maior do
Um fenômeno interessante ocorre quando ondas com que a REALMENTE emitida.
frequências iguais às naturais incidem nesses sistemas físicos: um
aumento drástico na amplitude de vibração das partículas do AFASTAMENTO RELATIV0: PERCEPÇÃO de frequência menor do
corpo. A esse fenômeno dar-se o nome de ressonância. que a REALMENTE emitida.

Pode parecer distante da nossa realidade cotidiana, mas EXEMPLO 3


esse fenômeno está muito presente em nosso dia-a-dia. Quando
criança, quem nunca brincou em um balanço de parque? Quando (UFG) Uma estação de rádio emite ondas médias na faixa de 1 MHz
temos alguém a nos empurrar, se a pessoa encontrar o impulso com comprimento de onda de 300 m. Essa radiação contorna
certo e no instante certo, o balanço chegará a um ponto cada vez facilmente obstáculos como casas, carros, árvores etc. devido ao
mais alto! Ele acabou de achar a frequência natural de vibração do fenômeno físico da
balanço. Outro exemplo importante de ressonância ocorre quando
estamos mudando de estação num aparelho de rádio. Quando a) difração.
procuramos a estação de rádio de nossa preferência, na verdade, b) refração.
estamos fazendo a frequência natural do circuito elétrico do c) reflexão.
aparelho entrar em ressonância com a onda emitida pela rádio. d) interferência.
e) difusão.
POLARIZAÇÃO
RESOLUÇÃO: LETRA A
A figura a seguir ilustra esquematicamente os planos de
vibração de uma onda eletromagnética que, inicialmente, vibra em Difração é um fenômeno exclusivamente ondulatório. Ocorre
todas as direções. quando uma onda contorna um obstáculo ou atravessa fendas. A
difração é mais acentuada quando as dimensões do obstáculo têm
a mesma ordem de grandeza do comprimento de onda.

EXEMPLO 4

(PUC-SP) Um professor lê o seu jornal sentado no banco de uma


praça e, atento às ondas sonoras, analisa três eventos:

I. O alarme de um carro dispara quando o proprietário abre a


tampa do porta-malas.
II. Uma ambulância se aproxima da praça com a sirene ligada.
III. Um mau motorista, impaciente, após passar pela praça,
Agora vamos fazer com que essa onda atravesse um afasta-se com a buzina permanentemente ligada.
dispositivo que limita a propagação da onda a uma única direção. A
figura a seguir mostra o efeito final desse processo. À essa seleção O professor percebe o efeito Doppler apenas:
de plano de vibração produzida dar-se o nome de polarização. O
dispositivo que seleciona a direção de propagação da onda é a) no evento I, com frequência sonora invariável
denominado polarizador. Enquanto as ondas que estão na mesma b) nos eventos I e II, com diminuição da frequência
direção do polarizador continuam a se propagar, as vibrações nas c) nos eventos I e III, com aumento da frequência
demais direções são bloqueadas. d) nos eventos II e III, com diminuição da frequência em II e
aumento em III
EFEITO DOPPLER e) nos eventos II e III, com aumento da frequência em II e
diminuição em III
Efeito Doppler é um fenômeno físico ondulatório que
ocorre quando existe aproximação ou afastamento relativo entre RESOLUÇÃO: LETRA E
uma fonte de ondas e um observador.
O efeito Doppler somente ocorre quando a fonte de ondas sonoras
está em movimento, o que só acontece nos eventos II e III. Além
PARTICULARES DE MEDICINA
disso, quando a fonte de ondas sonoras aproxima-se, a frequência De forma geral, a velocidade do som é maior em meios
aparenta ser maior, e quando se afasta, a frequência aparenta ser sólidos do que em meios fluidos. Meios sólidos transmitem melhor
menor. pulsos longitudinais.

𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑉𝑉𝑠𝑠ó𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 > 𝑉𝑉𝐿𝐿í𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 > 𝑉𝑉𝑔𝑔𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔𝑔
ONDAS SONORAS
A tabela a seguir mostra a faixa de audibilidade
Comumente quando falamos em ondas sonoras a maioria aproximada para alguns seres vivos, ou seja, o que cada um
de nós se lembra de música, voz, caixas de som, etc., não é mesmo? “entende como sendo som”.
Entretanto, essa é apenas uma face da moeda. As ondas sonoras
são ondas que se estendem por uma faixa muito extensa de
frequência, porém, a parte audível aos ouvidos humanos é o que
chamamos de som.

Cada ser vivo possui sua faixa característica de


audibilidade (“seu som”). O que nos é audível não será,
necessariamente, para um cachorro, por exemplo. Apesar dessa
ideia de som variar de espécie para espécie, as ondas sonoras
possuem características gerais.

As ondas sonoras são ondas mecânicas longitudinais e


tridimensionais. As ondas sonoras também são conhecidas como
ondas de pressão, ou seja, se propagam através de variações de
pressão das moléculas do meio. Assim, as ondas sonoras, sejam
audíveis aos seres humanos ou não, necessitam de um meio
material para que a energia da perturbação longitudinal seja
propagada. A figura a seguir mostra o aspecto geral de uma onda
sonora.
EXEMPLO 5

(UERJ) Uma campainha emite som com freqüência de 1 KHz.


Calcule, em cm, o comprimento de onda dessa onda sonora. DADO:
V SOM NO AR = 340m/s.

RESOLUÇAO:

Como a frequência da onda sonora vale 1 x 103 Hz e a velocidade


da mesma no ar é 340 m/s, temos que:

V = 𝜆𝜆 . 𝑓𝑓
Como as ondas sonoras necessitam de um meio material 340 = 𝜆𝜆 . (1 x 103)
para se propagar, as condições do meio afetarão sensivelmente a 𝜆𝜆 = 0,340 m
velocidade de propagação das mesmas. Um detalhe importante 𝝀𝝀 = 34 cm.
sobre as ondas sonoras é que a sua velocidade, para a maioria dos
casos, não depende da frequência da onda, mas sim, apenas das
condições físicas do meio de propagação. QUALIDADES FISIOLÓGICAS DO SOM

Assim, dentro das condições físicas do meio de


propagação, a velocidade das ondas sonoras é fortemente afetada
pela temperatura e pressão, ou em última análise, da densidade do
meio.

Para os seres humanos a faixa de frequência das ondas


sonoras denominadas som fica, aproximadamente, entre 20 Hz e
20000 Hz. Qualquer valor fora dessa faixa de frequência não nos
será audível. Ondas sonoras com frequências abaixo dos 20 Hz são
denominadas infrassons e ondas sonoras com frequências acima
dos 20000 Hz são denominados ultrassons.

A figura acima mostra o aparelho auditivo humano de


forma simplificada. Antes de falarmos sobre as qualidades
fisiológicas do som precisamos entender um pouco como funciona
o sistema de captação e decodificação do som pelo nosso sistema
auditivo.

PARTICULARES DE MEDICINA
O sistema auditivo humano é composto basicamente por Apesar dos instrumentos emitirem as mesmas notas
3 regiões: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. De forma (mesma frequência) os nossos ouvidos percebem somo sendo dois
resumida, as ondas sonoras chegam pelo ouvido externo (canal emissores diferentes. Isso ocorre porque, apesar vibrarem com a
auditório exterior) e fazem a mebrana timpânica vibrar com a mesma frequência, as ondas possuem formatos diferentes. Para
mesma frequência dessas ondas. Essa vibração será transmitida ao que esse conceito fique mais claro analisemos a figura abaixo.
ouvido médio através dos ossículos: o martelo, a bigorna e o
estribo. Estes por sua vez transmitirão através da janela oval essa
vibração que será enviada ao ouvido interno que transmitirá para o
nosso cérebro um impulso elétrico que produzirá a sensação a qual
denominamos som.

É muito comum no dia-a-dia nós utilizarmos algumas


expressões do tipo “abaixa esse som”, “esse som está muito alto”,
ou ainda “que som grosso”, “que som fino”, não é mesmo? Essas
expressões são algumas qualidades fisiológicas do som. Porém, a
maioria das pessoas utiliza essas expressões de maneira Apesar no número de ciclos por intervalo de tempo
equivocada, assim como quando dizemos que vamos à farmácia (frequência) serem os mesmo para o diapasão, para a flauta, para
“nos pesar”. Para que as ideias fiquem claras, vamos dividir nosso a voz e para o violão, o formato de vibração é diferente. Essas
estudo em três momentos. formas diferentes fazem com que o nosso ouvido perceba
claramente que existem fontes sonoras distintas.
INTENSIDADE DO SOM
EXEMPLO 6
Primeiramente vamos analisar a qualidade denominada
intensidade do som. Quando falamos que um som é fraco ou forte (UEPA) Durante um show musical numa casa de espetáculos, dois
estamos nos referindo à intensidade do mesmo. A classificação de amigos, Antônio e Paulo, conseguem lugares diferentes na
um som em forte ou fraco está diretamente relacionada à energia plateia. Antônio senta-se em uma posição situada a 20 m das caixas
que o mesmo transporta, ou ainda, à amplitude da onda. de som, enquanto Paulo a 60 m das mesmas. Com relação ao som
Normalmente quando estamos distantes de uma fonte sonora produzido por um violão, podemos afirmar que:
escutamos o som mais fraco, não é mesmo? Isso porque quanto
mais longe estivermos da fonte mais distribuída pelo espaço estará a) o som ouvido por Antônio possui timbre diferente do ouvido
a energia emitida pela mesma, ou, em outras palavras, menor será por Paulo.
a sua intensidade. b) o som ouvido por Antônio possui intensidade menor que o
ouvido por Paulo.
ALTURA DO SOM c) o som ouvido por Paulo possui altura maior do que o ouvido
por Antônio.
Outra característica importante é a altura do som. É d) o som ouvido por Antônio possui intensidade maior do que o
muito comum, na prática, nós utilizarmos o termo altura do som ouvido por Paulo.
como sinônimo de “volume”. Na verdade a altura de um som está e) Antônio e Paulo ouvem o som com mesmo timbre, porém com
ligado à frequência da onda sonora. alturas diferentes.

Fisicamente falando, um som alto é aquele que possui RESOLUÇÃO: LETRA D


frequência elevada. Na prática é o que conhecemos por som agudo.
Já um som baixo é aquele que possui frequência baixa. Este, por Como os dois estão escutando o mesmo instrumento eles
sua vez, é percebido na prática como som grave. perceberão o mesmo timbre. Entretanto, para Antônio que esta
mais próximo, o som será mais forte (maior intensidade) do que
A figura a seguir ilustra através de duas ondas senoidais para Paulo que está mais distante.
essa ideia de grave e agudo.

EXERCÍCIOS

1. (UFMG) Um conta gotas situado a uma certa altura acima da


superfície de um lago deixa cair sobre ele uma gota d’água a
cada três segundos. Se as gotas passarem a cair na razão de
uma gota a cada dois segundos, as ondas produzidas na água
terão menor
a) amplitude
b) comprimento de onda
c) frequência
d) timbre
e) velocidade
TIMBRE
2. (PUC-RS) Nossos sentidos percebem de forma distinta
Por fim, temos a característica denominada timbre. características das ondas sonoras, como frequência, timbre e
Quando nós escutamos dois instrumentos diferentes tocarem uma amplitude. Observações em laboratório, com auxílio de um
mesma música em perfeita harmonia, ou mesmo duas pessoas gerador de áudio, permitem verificar o comportamento
cantando uma mesma música em uníssono, distinguiremos sem dessas características em tela de vídeo e confrontá-las com
muita dificuldade que existem dois instrumentos diferentes, ou nossa percepção. Após atenta observação, é correto concluir
duas pessoas diferentes cantando, não é mesmo?
PARTICULARES DE MEDICINA
que as características que determinam a altura do som e a sua
intensidade são, respectivamente, b) I - Difração, II - interferência, III - reflexão, IV - refração,
V – refração
a) frequência e timbre.
b) frequência e amplitude. c) I - Difração, II - difração, III - interferência, IV - refração,
c) amplitude e frequência. V – reflexão
d) amplitude e timbre.
e) timbre e amplitude. d) I - Reflexão, II - refração, III - reflexão, IV - refração, V -
reflexão
3. (Mackenzie)
e) I - Interferência, II - interferência, III - difração, IV -
refração, V - reflexão

6. (UFAL) Normalmente descrevem-se ondas senoidais, mas


pode-se pensar em ondas com outras formas. Pode-se ter
ondas periódicas retangulares como no esquema a seguir.

O gráfico acima representa uma onda que se propaga com


velocidade constante de 200 m / s.
A amplitude (A), o comprimento de onda ( ) λ e a frequência
(f) da onda são, respectivamente,
a) 2,4 cm; 1,0 cm; 40 kHz
b) 2,4 cm; 4,0 cm; 20 kHz O comprimento de onda dessa onda, em unidades da régua
c) 1,2 cm; 2,0 cm; 40 kHz impressa, é um valor mais próximo de
d) 1,2 cm; 2,0 cm; 10 kHz
a) 5,0
4. (UNICASTELO) A maior sensibilidade do sistema auditivo b) 3,5
humano ocorre para ondas sonoras com comprimento de c) 2,5
onda no ar da ordem de 12 cm. Se a velocidade de propagação d) 1,5
do som no ar é igual a 330 m/s, a frequência, em hertz, em que e) 1,0
o sistema auditivo humano apresenta a maior sensibilidade é

a) 4 000. 7. (UNEMAT) Uma onda, qualquer que seja ela, pode ser
b) 1 500. classificada, quanto à sua natureza, basicamente em onda
c) 400. mecânica, onda eletromagnética ou onda de matéria. Com
d) 2 750. relação ao tema é correto dizer.
e) 275. a) As ondas sonoras se propagam no vácuo com velocidade
próxima à velocidade das ondas eletromagnéticas.
5. Considere as situações cotidianas apresentadas abaixo. b) A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas
é da ordem de 300.000 m/s.
I - Quando um avião está voando nas vizinhanças de uma casa, c) As ondas sonoras e as eletromagnéticas são sempre
algumas vezes a imagem da TV sofre pequenos tremores e fica transversais.
ligeiramente fora de foco. d) Numa onda longitudinal, as partículas do meio vibram na
mesma direção em que se dá a propagação da onda.
e) A frequência da onda é um elemento característico da
II - Uma criança faz bolhas de sabão com auxílio de um canudinho,
fonte que a criou, cuja grandeza corresponde ao tempo
soprando água na qual se mistura um pouco de sabão. Quando a
de cada vibração gerada pela fonte.
bolha está crescendo, observa se uma mudança de cor da película
8. (UFRGS) Assinale a alternativa correta sobre características de
da bolha.
fenômenos ondulatórios.

III - Uma pessoa escuta o som que vem de trás do muro. a) Uma nota musical propagando-se no ar é uma onda
estacionária.
IV - Uma piscina cheia de água parece mais rasa quando observada b) O clarão proveniente de uma descarga elétrica é
de fora. composto por ondas transversais.
c) A frequência de uma onda é dependente do meio no qual
V - Uma pessoa vê sua imagem na superfície de um lago. a onda se propaga.
d) Uma onda mecânica transporta energia e matéria.
e) A velocidade de uma onda mecânica não depende do
Assinale a sequência que indica corretamente os conceitos físicos
meio no qual se propaga.
utilizados para explicar cada uma das cinco situações.

9. Observe o espectro de radiação eletromagnética com a porção


a) I - Interferência, II - difração, III - difração, IV -
visível pelo ser humano em destaque. A cor da luz visível ao
interferência, V - difração
ser humano é determinada pela frequência í, em Hertz (Hz).

PARTICULARES DE MEDICINA
No espectro, a unidade de comprimento de onda λ é o metro
(m) e, no destaque, é o nanômetro (nm).

Sabendo que a frequência í é inversamente proporcional ao


comprimento de onda λ, sendo a constante de
proporcionalidade igual à velocidade da luz no vácuo de,
aproximadamente, 3,0.108 m / s, e que 1 nanômetro equivale
a 1.10-9 m, pode-se deduzir que a frequência da cor, no ponto
do destaque indicado pela flecha, em Hz, vale
aproximadamente
a) 6,6 1014 .
b) 2,6 1014 .
c) 4,5 1014 .
d) 1,5 1014 .
e) 0,6 1014 .

10. (UFMG) A figura a seguir mostra parte de duas ondas, I e II,


que se propagam na superfície da água de dois reservatórios
idênticos. Com base nessa figura, pode-se afirmar que

12. (UFRN) Paulo está trabalhando no alto de um barranco e pede


uma ferramenta a Pedro, que está na parte de baixo (figura).

a) a frequência da onda I é menor do que a da onda II, e o


comprimento de onda de I é maior que o de II.
b) as duas ondas têm a mesma amplitude, mas a frequência
de I é menor do que a de II.
c) as duas ondas têm a mesma frequência, e o comprimento
Além do barranco, não existe, nas proximidades, nenhum
de onda é maior na onda I do que na onda II.
outro obstáculo. Do local onde está, Pedro não vê Paulo, mas
d) os valores da amplitude e do comprimento de onda são
escuta-o muito bem porque, ao atingirem a quina do barranco,
maiores na onda I do que na onda II.
as ondas sonoras sofrem:
e) os valores da frequência e do comprimento de onda são
maiores na onda I do que na onda II.
a) convecção
b) reflexão
11. (FGV) A figura mostra dois pulsos que se movimentam em
c) polarização
sentidos contrários, um em direção ao outro sobre a mesma
d) difração
corda, que pode ser considerada ideal.

13. (UFF) Sabe-se que a velocidade de propagação de uma onda


eletromagnética depende do meio em que a mesma se
propaga. Assim sendo, pode-se afirmar que uma onda
eletromagnética na região do visível, ao mudar de um meio
para outro:
No momento em que houver sobreposição total, a disposição
esperada para os pontos da corda estará melhor indicada por: a) tem a velocidade de propagação alterada, bem como a
sua frequência.
b) tem a sua cor alterada, permanecendo com a mesma
frequência.

PARTICULARES DE MEDICINA
c) tem a velocidade de propagação alterada, bem como a
frequência e o comprimento de onda.
d) tem a velocidade de propagação alterada, bem como o
seu comprimento de onda.
e) tem a sua cor inalterada, permanecendo com o mesmo
comprimento de onda.

14. Um homem ocupa uma região entre duas potentes caixas de


som. Com a ajuda de um detector sonoro, ele percebe que em
diferentes posições o som produzido pelas caixas sonoras é
mais ou menos intenso. Marque a alternativa que explica a
constatação do homem.

a) Nas posições onde o som é menos intenso, as ondas sonoras


sofrem interferência construtiva.

b) As diferenças de som não estão relacionadas com as caixas


de som, mas sim com a acústica do ambiente.
Sabendo que a frequência da onda 1 é igual a 8 Hz, é correto
afirmar que a frequência da onda 2, em hertz, é igual a
c) Nas posições onde o som é mais intenso, as ondas sonoras
sofrem interferência destrutiva. a) 14.
b) 16.
d) Nas posições onde o som é menos intenso, as ondas sonoras c) 18.
sofrem difração. d) 12.
e) 10.
e) Nas posições onde o som é mais intenso, as ondas sonoras
sofrem interferência construtiva 18. (G1 - cftsc) Quando um carro com som alto se
afasta ou se aproxima de uma pessoa, percebe-se
15. (UFRS) Quando você anda em um velho ônibus urbano, é fácil uma mudança no som. Isso é devido:
perceber que, dependendo da frequência do giro do motor,
diferentes componentes do ônibus entram em vibração. O
fenômeno físico que está se produzindo nesse caso é
conhecido como:

a) eco
b) dispersão
c) refração
d) ressonância
e) polarização

16. (FCM-PB) A tecnologia 3D voltou a ser assunto nos últimos


a) ao movimento relativo entre a pessoa e o carro
tempos graças à enxurrada de produções no cinema e o
surgimento de diversos dispositivos, de notebooks a celulares, (fonte de som), conhecido como Efeito Doppler.
com essa capacidade. A visão em 3D resulta natural para o b) à mudança na velocidade do som, quando o carro se
homem em função do que o cérebro faz para interpretar o que afasta ou se aproxima da pessoa.
se enxerga: ele alinha automaticamente duas imagens em c) ao movimento de rotação da Terra.
apenas uma e obtém informações quanto à distância, posição
e tamanho dos objetos, gerando a visão em 3D. A tecnologia
d) à umidade relativa do ar.
tenta reproduzir essa ilusão de profundidade nas mais e) ao som percebido que é sempre o mesmo,
diversas telas. O fenômeno físico ondulatório responsável pela independente de movimento entre fonte e a pessoa.
visualização 3D, com os respectivos óculos é:
19. O morcego emite pulsos de curta duração de ondas
a) reflexão ultrassônicas, os quais voltam na forma de ecos após
b) interferência atingirem objetos no ambiente, trazendo informações a
c) polarização respeito das suas dimensões, suas localizações e dos seus
d) difração possíveis movimentos. Isso se dá em razão da sensibilidade do
e) refração morcego em detectar o tempo gasto para os ecos voltarem,
bem como das pequenas variações nas frequências e nas
intensidades dos pulsos ultrassônicos. Essas características lhe
17. (UFTM) Duas ondas, 1 e 2, propagam-se por cordas idênticas e permitem caçar pequenas presas mesmo quando estão em
igualmente tracionadas. A figura representa parte dessas movimento em relação a si. Considere uma situação
cordas. unidimensional em que uma mariposa se afasta, em
movimento retilíneo e uniforme, de um morcego em repouso.

A distância e velocidade da mariposa, na situação descrita, seriam


detectadas pelo sistema de um morcego por quais alterações nas
características dos pulsos ultrassônicos?
PARTICULARES DE MEDICINA
a) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a 23. Para evitar acidentes e oferecer mais segurança
frequência percebida diminuída. nas viagens, locomotivas da RFFSA passam a usar,
a partir de março do ano passado, um sistema
b) Intensidade aumentada, o tempo de retorno diminuído e a
frequência percebida diminuída.
inédito de comunicação via micro-ondas (Zero
Hora, 10/09/93). As micro-ondas, amplamente
c) Intensidade diminuída, o tempo de retorno diminuído e a utilizadas nas telecomunicações, são ondas ...........
frequência percebida aumentada. com frequência ............. do que as ondas
luminosas.
d) Intensidade diminuída, o tempo de retorno aumentado e a As lacunas são corretamente preenchidas,
frequência percebida aumentada. respectivamente, por:
a) mecânicas; maior
e) Intensidade aumentada, o tempo de retorno aumentado e a
frequência percebida aumentada.
b) mecânicas; menor
c) sonoras; maior
20. (UFOP) Considere as afirmações abaixo: d) eletromagnéticas; menor
e) eletromagnética; maior
I. O fenômeno de difração não ocorre para ondas sonoras.
II. O fenômeno de interferência não ocorre para ondas 24. Em qual das alternativas as radiações
sonoras
III. O fenômeno de polarização não ocorre para ondas
eletromagnéticas mencionadas encontram-se em
sonoras ordem crescente de suas frequências?
a) Luz visível, raios X e infravermelho
Se V e F designam verdadeiro e falso, a alternativa que contém b) Raios X, infravermelho e ondas de rádio
a sequência correta é:
c) Raios gama, luz visível e micro-ondas
a) I- V; II- V; III- V d) Raios gama, micro-ondas e raios X
b) I- F; II- F; III- V e) Ondas de rádio, luz visível e raios X
c) I- F; II- V; III- F
d) I- V; II- F; III- F 25. A velocidade de propagação das ondas
e) I- V; II- V; III- F
eletromagnéticas no ar é de aproximadamente 3 .
21. Considere as afirmações abaixo: 108 m/s. Uma emissora de rádio que transmite
I- As ondas luminosas são constituídas pelas oscilações sinais (ondas eletromagnéticas) com frequência de
de um campo elétrico e de um campo magnético. 9,7. 106 Hz pode ser sintonizada em ondas curtas
II- As ondas sonoras precisam de um meio material na faixa (comprimento de onda) de
para se propagar. aproximadamente:
III- As ondas eletromagnéticas não precisam de um a) 19 m.
meio material para se propagar. b) 25 m.
Quais delas são corretas? c) 31 m.
a) apenas I d) 49 m.
b) apenas I e II e) 60 m.
c) apenas I e III
26. As cores azul, verde e vermelho estão na ordem
d) apenas II e III
crescente de seus comprimentos de onda. São
e) I, II e III
cores monocromáticas, produzidas por três
22. Classifique cada exemplo de onda (coluna da diferentes lasers. Qual das alternativas coloca
direita) de acordo com o tipo correspondente essas cores em ordem crescente de suas
(coluna da esquerda). frequências?
a) azul, verde, vermelho
b) azul, vermelho, verde
c) vermelho, verde, azul
A sequência de números que estabelece as associações d) vermelho, azul, verde
correta na coluna da direita, quando lida de cima para e) verde, azul, vermelho
baixo, é:
a) 1 - 2 - 2 27. O esquema a seguir representa, em determinado
b) 1 - 1 - 2 instante, um trecho de uma onda senoidal que se
c) 1 - 2 – 1 propaga numa corda da esquerda para a direita.
d) 2 - 1 –2
e) 2 - 1 – 1

PARTICULARES DE MEDICINA
relação às ondas componentes. Tal mudança se
verifica em relação:
a) ao comprimento de onda.
b) ao período.
Considerando-se os pontos P1, P2, P3 e P4 indicados no c) à amplitude.
esquema, é correto afirmar que, no instante d) à fase.
representado, estão se afastando da posição de e) à frequência.
equilíbrio os pontos
a) P1 e P2 32. Faz-se incidir um trem de ondas planas, de um
b) P1 e P3 único comprimento de onda λ, sobre um obstáculo
c) P1 e P4 com duas fendas, F1 e F2, conforme representa a
d) P2 e P4 figura. O meio à direita e à esquerda das fendas é
e) P3 e P4 o mesmo.

28. Uma onda senoidal se propaga numa corda com


velocidade de 10 m/s. O esquema a seguir mostra
um trecho da corda durante a propagação
ondulatória.

Considerando-se essa situação, pode-se afirmar que


a) logo após passar pelas fendas, as ondas continuam
A frequência dessa onda, em Hz, é igual a sendo planas.
a) 4,0 . 10– 2 b) a frequência das ondas se altera ao passar pelas
b) 2,5 fendas.
c) 4,0 c) logo após passar pelas fendas, a velocidade de
d) 6,0 propagação das ondas diminui.
e) 25 d) as ondas que passam por F1 e F2 continuam se
propagando em linha reta à direita do obstáculo, sem
29. A____________ é o fenômeno pelo qual a luz se encontrarem.
entorna os obstáculos, desviando-se de sua e) as ondas se difratam em F1 e F2, superpondo-se à
trajetória retilínea. A__________ ocorre apenas direita do obstáculo.
em ondas transversais, como a luz. A__________ é
o fenômeno pelo qual a luz é decomposta nas suas
componentes monocromáticas. Selecione a 33. Há algum tempo um repórter de televisão noticiou
alternativa que completas corretamente as uma marcha em algum lugar do Brasil. Em dado
lacunas: momento, citou que os seus integrantes pararam
a) difração, dispersão, absorção. de marchar quando estavam passando sobre uma
b) dispersão, absorção, polarização. ponte, com medo de que pudesse cair. Na ocasião,
c) polarização, dispersão, absorção. o repórter atribuiu tal receio a "crendices
d) difração, polarização, dispersão. populares". Com base nos conceitos da Física, é
e) polarização, absorção, dispersão correto afirmar que os integrantes da marcha
agiram corretamente, pois a ponte poderia cair
30. Duas cordas de violão foram afinadas de modo a devido ao fenômeno da(o):
emitirem a mesma nota musical. Golpeando-se a) Reverberação.
uma delas, observa-se que a outra também oscila, b) Interferência.
embora com menor intensidade. Esse fenômeno é c) Ressonância.
conhecido por: d) Batimento.
a) batimentos. e) Efeito Doppler.
b) interferência.
c) polarização. 34. Das afirmativas:
d) ressonância I – Num determinado meio, as ondas sonoras se
e) amortecimento. propagam com a mesma velocidade independente da
frequência.
31. Quando duas ondas interferem, a onda resultante II – A intensidade do som é a qualidade que está
apresenta sempre, pelo menos, uma mudança em relacionada com a frequência do som.
PARTICULARES DE MEDICINA
III – Para controlar o nível de ruído é necessário limitar d) 1,5 cm – 68 m
a altura do som. e) 0,03 cm – 34 m
Está(ão) correta(s):
a) I 38. Durante uma entrevista na indefectível rede
b) II internacional de notícias CMM o repórter
c) III entrevista um famoso astrônomo sobre a
d) I e II espetacular explosão de uma estrela supernova.
e) I, II e III. Surpreendido pela descrição da magnitude da
explosão, o repórter comenta: “O estrondo deve
35. O ouvido humano distingue no som as seguintes ter sido enorme!”. Conhecendo-se o mecanismo
qualidades: altura, intensidade e timbre. Abaixo, de propagação de ondas sonoras, pode-se
são apresentados três exemplos relacionados a argumentar que o som:
essas qualidades. a) é detectado na Terra por ser uma onda elástica
1 – O barulho do tráfego na cidade é de b) não é detectado na Terra por ser uma onda
aproximadamente 90dB, e o barulho de um avião a jato mecânica
aterrissando é de 140 dB. c) é detectado na Terra por radiotelescópios, por ser
2 – O homem costuma emitir sons entre 100 e 200 Hz, uma onda eletromagnética de baixa frequência.
e a mulher, sons entre 200 e 400 Hz. Dizemos, então, d) é detectado porque a onda eletromagnética
que a voz do homem é mais grave que a da mulher. transforma-se em mecânica ao atingir a Terra
3 – Uma mesma nota musical produz sensações e) não é detectado na Terra por ser uma onda
diferentes quando emitida por um violino e por um eletromagnética
piano.
Observando a ordem dos exemplos, assinale a 39. Assinale a alternativa que preenche corretamente
alternativa que apresenta as qualidades as lacunas do texto abaixo.
correspondentes a cada um deles. O alarme de um automóvel está emitindo som de uma
a) 1 – timbre; 2 – altura; 3 – intensidade determinada frequência. Para um observador que se
b) 1 – altura; 2 – intensidade; 3 – timbre aproxima rapidamente deste automóvel, esse som
c) 1 – intensidade; 2 – timbre; 3 – altura parece ser de ........... frequência. Ao afastar-se, o
d) 1 – timbre; 2 – intensidade; 3 – altura mesmo observador perceberá um som de ...............
e) 1 – intensidade; 2 – altura; 3 – timbre frequência.
a) maior – igual
36. Selecione a alternativa que apresenta as palavras b) maior – menor
que preenchem corretamente as três lacunas nas c) igual – igual
frases seguintes, respectivamente. d) menor – maior
I – Aumentando a amplitude de uma onda sonora, e) igual – menor
aumenta a sua ............... .
II – O som da nota musical de 264 Hz (dó) é mais 40. Considere as afirmações abaixo.
.............. do que o som da nota musical de 396 Hz (sol). I - O eco é um fenômeno causado pela reflexão do som
III – No ar, o som percorre aproximadamente um num anteparo.
quilômetro em cada............... segundos. II - O som grave é um som de baixa frequência.
a) intensidade - grave - três III - Timbre é a qualidade que permite distinguir dois
b) frequência - grave - cinco sons de mesma altura e intensidade emitidos por
c) intensidade - grave - cinco fontes diferentes.
d) frequência - agudo - cinco São corretas as afirmações
e) frequência - agudo – três a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
37. O sonar de um navio emite ultrassom de uma c) I e III, apenas.
frequência 50.000Hz. A velocidade do som na água d) II e III, apenas.
é 1.500 m/s. Se o ultrassom foi refletido por um e) I, II e III.
cardume de peixes e a onda refletida é detectada
no navio 0,2 s após sua emissão, então o
comprimento de onda do ultrassom e a distância
entre o navio e o cardume são, respectivamente,
a) 300 cm – 300 m
b) 30 cm – 300 m
c) 3 cm – 150 m
PARTICULARES DE MEDICINA
GABARITO
01 02 03 04 05
B B D D E
06 07 08 09 10
B D B A A
11 12 13 14 15
C D D E D
16 17 18 19 20
C D A A B
21 22 23 24 25
E A D E C
26 27 28 29 30
C C E D D
31 32 33 34 35
C E C A E
36 37 38 39 40
A C B B E

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 14

IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO

IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO Como a grandeza quantidade de movimento depende da


massa e da velocidade da partícula, devemos ficar atentos ao fato
de que corpos com massas muito diferentes, ou mesmo
velocidades distintas, podem possuir a mesma quantidade de
movimento. A figura a seguir ilustra isso de forma prática!

IMPULSO DE UMA FORÇA


Até o presente momento, em nosso estudo sobre
mecânica, praticamente só analisamos a dinâmica de uma única O impulso de uma força (𝐼𝐼⃗) é a grandeza vetorial
partícula isoladamente. Entretanto, em muitas situações não é definida como o produto da força 𝐹𝐹⃗ (constante) que atua sobre
possível fazer esse estudo isolado, ou seja, é necessário analisar uma partícula de massa m em um intervalo de tempo ∆𝑡𝑡.
um conjunto de partículas. Para tal estudo introduziremos dois
conceitos importantíssimos da física: quantidade de movimento 𝐈𝐈⃗ = 𝐅𝐅⃗ . ∆𝐭𝐭
(ou momento linear) e impulso de uma força. Esses dois conceitos
se relacionam através de um teorema muito importante: teorema No SI as unidades do impulso serão N x s.
do impulso.
Assim como ocorre com a quantidade de movimento, o
QUANTIDADE DE MOVIMENTO efeito impulsivo de uma força sobre uma partícula depende de
dois fatores simultâneos: força e intervalo de tempo que esta
A quantidade de movimento (𝑄𝑄�⃗ ), ou momento linear, de atua. Assim, forças de intensidades baixas podem ter o mesmo
uma partícula de massa m que se desloca com uma velocidade 𝑣𝑣⃗ é efeito de forças de intensidades altas, basta que para isso o tempo
a grandeza vetorial definida como o produto da massa por sua de atuação seja compensado. A figura a seguir ilustra esse fato de
velocidade. modo prático.

��⃗
𝐐𝐐 = 𝐦𝐦 . 𝐯𝐯�⃗

As unidades de medida no sistema internacional (SI) da


𝑚𝑚
quantidade de movimento são Kg. . Essa ideia geral nos faz ter uma boa noção do princípio
𝑠𝑠
de funcionamento de amortecedores, bem como o do próprio
Como a quantidade de movimento é uma grandeza airbag.
vetorial definida pelo produto de um número sempre positivo
�⃗ e 𝑣𝑣⃗ possuirão sempre a
(massa) por um vetor (velocidade): 𝑄𝑄
mesma direção e sentido.

EXEMPLO 1

Suponha que a velocidade de um objeto obedece a seguinte


equação: v = 16 - 2t. Sendo a massa desse objeto igual a 3 kg,
calcule a quantidade de movimento desse objeto no instante 5 s.

RESOLUÇÃO:

Primeiramente calculemos a velocidade do objeto no instante t =


5 s.
A bolsa de ar quando acionada (airbag) faz com que a
v = 16 - 2t
desaceleração do ocupante do veículo de efetue em um intervalo
v = 16 – 2 (5)
de tempo maior do que ocorreria sem ela. Assim, a força para a
desaceleração do mesmo diminui consideravelmente. A grande
v = 6 m/s.
área de contato do airbag é outro fator importante para essa
redução de impacto, pois a força se distribui numa área maior e
Da definição de quantidade de movimento (em módulo):
com isso há uma redução na pressão sentida pelo passageiro.
Q = m .v
EXEMPLO 2
Q = (3) . (5)
Sobre uma partícula de 8 Kg passa a atuar uma força constante de
Q = 15 Kg. .
𝑚𝑚 intensidade 2,0 x 102 N durante 3 s no mesmo sentido do
𝑠𝑠 movimento. Calcule, em unidades do SI, o módulo do impulso
produzido por essa força.

PARTICULARES DE MEDICINA
RESOLUÇÃO: partículas mantenham suas quantidades de movimento de forma
isolada. Muita atenção com esse aspecto!
Do enunciado temos que F = 2,0 x 102 N e ∆t = 3 s. Assim:
EXEMPLO 3
I = F . ∆t 𝑚𝑚
Um objeto desloca-se com momento linear igual a 50 Kg. ., mas
𝑠𝑠
choca-se com uma parede e gasta 0,02 s para parar. Por meio do
I = (2,0 x 102).(3)
teorema do impulso, determine o valor da força necessária para
parar esse objeto.
I = 6,0 x 10² N.s
RESOLUÇÃO:

A expressão definida acima para o cálculo do impulso só Aplicando o teorema do impulso, temos:
pode ser utilizada para uma força constante. Caso a força seja
variável o impulso será calculado através de uma propriedade I = ΔQ
gráfica: cálculo da área de F x t. Vejamos!
Como I = F.Δt, temos:

F.Δt = ΔQ

A variação da quantidade de movimento do objeto vai de 50


kg.m/s para zero, logo, podemos concluir que ΔQ = 50 Kg.m/s.
Sendo assim, temos:

F . 0,02 = 50

F.2x10 – 2 = 50

A área sob a curda F x t será numericamente igual ao impulso da F = 50


força F no intervalo de tempo considerado. 2x10 – 2

F = 25 x 102
TEOREMA DO IMPULSO
F = 2500 N
O teorema do impulso nos diz que qualquer possível
variação na quantidade de movimento de uma partícula (ou
sistema de partículas) é consequência do impulso total de uma ou COLISÕES MECÂNICAS
mais forças que atuam m um determinado intervalo de tempo.
Formalmente teremos: Uma aplicação imediata dos conceitos de quantidade de
movimento e impulso, e do teorema do impulso é no estudo do
A variação da quantidade de movimento de uma choque entre corpos. Em qualquer choque entre dois ou mais
partícula durante um intervalo de tempo é igual ao impulso da corpos, se considerarmos o sistema composto apenas por eles,
força resultante que atuou na partícula durante esse intervalo de portanto, sem a existência de forças externa ao sistema, haverá
tempo. sempre a conservação da quantidade de movimento. Vejamos os
principais tipos de colisões mecânicas.
𝐈𝐈⃗ R = �����⃗
R ∆𝐐𝐐

De forma geral, podemos ver o teorema do impulso COLISÕES ELÁSTICAS (ou PERFEITAMENTE ELÁSTICAS)
como uma forma mais geral da segunda lei de Newton onde a
ideia de força passa a ser vista do ponto de vista do impulso e a A energia cinética se conserva e os corpos se separam após a
ideia de aceleração do ponto de vista da quantidade de colisão.
movimento. A partir desse teorema podemos definir um princípio
muito importante denominado: princípio da conservação da
quantidade de movimento. COLISÕES PARCIALMENTE ELÁSTICAS

Como o impulso da força resultante é igual à variação da Os corpos se separam após a colisão, mas a energia cinética total
quantidade de movimento (teorema do impulso), para o caso de após a colisão é menor que a energia cinética total antes da
uma força resultante nula, teremos que a variação da quantidade colisão.
de movimento será nula. Esse resultado está ilustrado na equação
a seguir.
COLISÕES INELÁSTICAS (ou ANELÁSTICAS):
��⃗ FINAL = 𝐐𝐐
𝐐𝐐R
��⃗ INICIAL
R

Os corpos ficam unidos após a colisão e a energia cinética total


Sistemas com essa característica são denominados após a colisão é menor que antes da colisão.
sistemas isolados, ou seja, sistemas sobre os quais não existe
força resultante externa atuando. A relação acima nos diz eu a
quantidade de movimento TOTAL do sistema permanece
constante no decorrer do tempo, e não, necessariamente, que as
PARTICULARES DE MEDICINA
EXEMPLO 4
Quando uma pessoa dispara uma arma vemos que ela sofre um EXERCÍCIOS
pequeno recuo. A explicação para tal fenômeno é dada:
1. (ITA) Um automóvel para quase que instantaneamente ao
a) pela conservação da energia. bater frontalmente numa árvore. A proteção oferecida pelo
b) pela conservação da massa. “airbag”, comparativamente ao carro que dele não dispõe,
c) pela conservação da quantidade de movimento do sistema. advém do fato de que a transferência para o carro de parte
d) pelo teorema do impulso. do momentum do motorista se dá em condição de
e) pelo teorema da energia cinética.
a) menor força em maior período de tempo.
RESOLUÇÃO: LETRA C b) menor velocidade, com mesma aceleração.
c) menor energia, numa distância menor.
Como a troca de forças acontece internamente, ou seja, entre os d) menor velocidade e maior desaceleração.
corpos do sistema, (arma e bala), o sistema é mecanicamente e) mesmo tempo, com força menor.
isolado, portanto, a quantidade de movimento deste se conserva.
2. (UFRGS) Quando duas forças de mesma direção e módulos
EXEMPLO 5 diferentes são exercidas sobre um corpo de massa constante,
esse corpo necessariamente:
(FUVEST) Uma partícula se move com velocidade uniforme V ao
a) está iniciando seu movimento.
longo de uma reta e choca-se frontalmente com outra partícula
b) está com o vetor quantidade de movimento linear
idêntica, inicialmente em repouso. Considerando o choque
apontando em sentido contrário ao da força resultante.
elástico e desprezando atritos, podemos afirmar que, após o
c) está diminuindo sua velocidade.
choque:
d) encontra-se em movimento, com a velocidade apontando
no mesmo sentido da força resultante.
a) as duas partículas movem-se no mesmo sentido com
e) apresenta uma variação em sua quantidade de movimento
velocidade V/2.
linear.
b) as duas partículas movem-se em sentidos opostos com
velocidades – V e + V.
3. (UFPEL) Um pescador possui um barco a vela que é utilizado
c) a partícula incidente reverte o sentido do seu movimento,
para passeios turísticos. Em dias sem vento, esse pescador
permanecendo a outra em repouso.
não conseguia realizar seus passeios. Tentando superar tal
d) a partícula incidente fica em repouso e a outra se move com
dificuldade, instalou, na popa do barco, um enorme
velocidade v.
ventilador voltado para a vela, com o objetivo de produzir
e) as duas partículas movem-se em sentidos opostos com
vento artificialmente. Na primeira oportunidade em que
velocidades – v e 2v.
utilizou seu invento, o pescador percebeu que o barco não se
movia como era por ele esperado. O invento não funcionou!
RESOLUÇÃO: LETRA D
A razão para o não funcionamento desse invento é que
a) a força de ação atua na vela e a de reação, no ventilador.
Em um choque perfeitamente elástico com partículas idênticas há
b) a força de ação atua no ventilador e a de reação, na água.
troca de velocidades.
c) ele viola o princípio da conservação da massa.
EXEMPLO 6
d) as forças que estão aplicadas no barco formam um sistema
Dois patinadores de massas iguais a 60,0 kg e 80,0 kg, inicialmente cuja resultante é nula.
em repouso sobre uma pista de gelo lisa e livre de atritos, e) ele não produziu vento com velocidade suficiente para
empurram-se mutuamente. O patinador de 60,0 kg move-se para movimentar o barco.
a esquerda com velocidade de 3,0 m/s após o empurrão. Qual é a
velocidade adquirida pelo segundo patinador? 4. (UFG) Um jogador de hockey no gelo consegue imprimir uma
velocidade de 162 km/h ao puck (disco), cuja massa é de 170
RESOLUÇÃO: g. Considerando-se que o tempo de contato entre o puck e o
stick (o taco) é da ordem de um centésimo de segundo, a
Como a superfície em que se encontram os patinadores é lisa e força impulsiva média, em newton, é de:
livre de forças dissipativas, a quantidade de movimento inicial do
sistema é igual à quantidade de movimento final. Dessa forma: a) 7,65
b) 7,65 x 102
c) 2,75 x 103
d) 7,65 x 103
e) 2,75 x 104

5. (UNEMAT) Considere uma bola de 0,75Kg, que se choca


perpendicularmente com uma parede a uma velocidade de
10m/s, e que, após o choque, retorna na mesma direção e
mesma velocidade em módulo, ou seja, ocorrendo um
choque perfeitamente elástico. Calcule a intensidade da força
atuante na bola, provocada pela parede, supondo que a
interação do choque tenha durado um tempo de 0,04 seg.

a) 250 N
b) 375 N
c) 300 N
d) 435 N
e) 500 N
PARTICULARES DE MEDICINA
6. (UFRGS) Sobre uma partícula, inicialmente em
movimento retilíneo uniforme, é exercida, a partir
de certo instante t, uma força resultante cujo
módulo permanece constante e cuja direção se
mantém sempre perpendicular à direção da
velocidade da partícula
Nessas condições, após o instante t,
a) a energia cinética da partícula não varia.
Despreze qualquer efeito de resistência da água. Após engolir
b) o vetor quantidade de movimento da partícula
o peixe menor, o peixe maior terá uma velocidade de:
permanece constante.
c) o vetor aceleração da partícula permanece a) 0,5m/s, para a esquerda
constante. b) 1,0m/s, para a esquerda
d) o trabalho realizado sobre a partícula é não c) nula
d) 0,5m/s, para a direita
nulo. e) 1,0m/s, para a direita
e) o vetor impulso exercido sobre a partícula é
nulo. 11. Um carrinho de brinquedo de massa 200g é impulsionado
por um balão plástico inflado e acoplado ao carrinho. Ao
7. (PUC-RS) Um sistema é constituído de duas esferas que se liberar-se o balão, permitindo que o mesmo esvazie, o
movem sobre um plano horizontal e colidem entre si num carrinho é impulsionado ao longo de uma trajetória retilínea.
determinado instante. Imediatamente após a colisão, pode- O intervalo de tempo gasto para o balão esvaziar-se é de 0,4s
se afirmar que, referente ao sistema, permaneceu inalterada e a velocidade adquirida pelo carrinho é de 20m/s.
a

a) energia cinética.
b) energia elástica.
c) quantidade de movimento.
d) velocidade.
e) energia mecânica.

8. (UFSM) Dois corpos sofrem um choque perfeitamente


elástico. Considerando o sistema isolado, A intensidade da força média de impulsão em newton é:
a) a) a quantidade de movimento, antes do choque, é maior a) 2,0
que a quantidade de movimento após o choque. b) 2,8
b) a energia cinética, antes do choque, é maior que a energia c) 4,0
cinética após o choque. d) 8,8
c) a quantidade de movimento, antes do choque, é menor e) 10,0
que a quantidade de movimento, após o choque. 12. (UNESP) A figura mostra o gráfico das velocidades de dois
d) a energia cinética, antes do choque, é menor que a energia carrinhos que se movem sem atrito sobre um mesmo par de
cinética após o choque. trilhos horizontais e retilíneos. Em torno do instante 3
e) a quantidade de movimento, antes do choque, é igual à segundos, os carrinhos colidem.
quantidade de movimento após o choque

9. (PUCRS) Um patinador de 80kg de massa está parado sobre


um plano horizontal, segurando em uma das mãos um objeto
de 5,0 kg de massa. Em dado instante, ele joga o objeto para
a sua frente com velocidade horizontal de 16 m/s. Sendo
desprezível as forças de atrito sobre o patinador, pode-se
afirmar que o mesmo
a) permanece imóvel.
b) desloca-se para frente com velocidade de 1,0 m/s.
c) desloca-se para trás com velocidade de 1,0 m/s.
d) desloca-se para frente com velocidade de 8,0 m/s.
e) desloca-se para trás com velocidade de 16,0 m/s
10. (UFPI) Na figura a seguir, o peixe maior, de massa M=5,0kg, Se as massas dos carrinhos 1 e 2 são, respectivamente, m1 e
nada para a direita a uma velocidade v=1,0m/s e o peixe m2, então
menor, de massa m=1,0kg, se aproxima dele a uma
velocidade U=8,0m/s, para a esquerda. a) m1 = 3m2.
b) 3m1 = m2.
c) 3m1 = 5m2.
d) 3m1 = 7m2.
e) 5m1 = 3m2.

13. A esfera A, com velocidade 6,0m/s, colide com a esfera B, em


repouso, como mostra a figura anterior. Após a colisão as
esferas se movimentam com a mesma direção e sentido,
PARTICULARES DE MEDICINA
passando a ser a velocidade da esfera A 4,0m/s e a da esfera 16. (UDESC) O airbag e o cinto de segurança são itens de
B, 6,0m/s. Considerando m A a massa da esfera A e m B a segurança presentes em todos os carros novos fabricados no
massa da esfera B, assinale a razão m A /m B . Brasil. Utilizando os conceitos da Primeira Lei de Newton, de
impulso de uma força e variação da quantidade de
movimento, analise as proposições.

I. O airbag aumenta o impulso da força média atuante


sobre o ocupante do carro na colisão com o painel,
a) 1 aumentando a quantidade de movimento do ocupante.
b) 2 II. O airbag aumenta o tempo da colisão do ocupante do
c) 3 carro com o painel, diminuindo assim a força média
d) 4 atuante sobre ele mesmo na colisão.
e) 5 III. O cinto de segurança impede que o ocupante do carro,
em uma colisão, continue se deslocando com um
14. (FAMEMA) Um brinquedo consiste em um fole acoplado a movimento retilíneo uniforme.
um tubo plástico horizontal que se encaixa na traseira de um IV. O cinto de segurança desacelera o ocupante do carro
carrinho, inicialmente em repouso. Quando uma criança pisa em uma colisão, aumentando a quantidade de
no fole, comprimindo-o até o final, o ar expelido impulsiona o movimento do ocupante.
carrinho.
Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

17. (OSEC) A respeito da quantidade de movimento e da energia


cinética de um corpo de massa constante assinale a opção
Considere que a massa do carrinho seja de 300 g, que o correta:
tempo necessário para que a criança comprima
completamente o fole seja de 0,2 s e que, ao final desse a) Num movimento circular e uniforme, somente a
intervalo de tempo, o carrinho adquira uma velocidade de 8 quantidade de movimento é constante;
m/s. Admitindo desprezíveis todas as forças de resistência ao b) Toda vez que a energia cinética de um móvel for
movimento do carrinho, o módulo da força média (F MÉD ) constante, sua quantidade de movimento também será;
aplicada pelo ar expelido pelo tubo sobre o carrinho, nesse c) Dois corpos iguais que se cruzam a 80km/h, cada um,
intervalo de tempo, é igual a têm a mesma quantidade de movimento e energia
a) 10 N. cinética;
b) 14 N. d) No movimento circular e uniforme, a quantidade de
c) 12 N. movimentos e a energia cinética são ambas constantes;
d) 8 N. e) A quantidade de movimento de um móvel, de massa
e) 16 N. constante, somente será constante (não nula) para
movimentos retilíneos e uniformes.
15. (FURG) Um corpo de massa “m” move-se em linha reta e com
velocidade constante sobre uma superfície sem atrito. No 18. Um objeto de massa 5 kg, movimentando-se a uma
instante t = 0, uma força F, representada no gráfico, passa a velocidade de 10 m/s, choca-se frontalmente com um
atuar sobre o corpo, na mesma direção e sentido do seu segundo objeto de massa 20kg, parado. O primeiro objeto,
movimento. após o choque, recua com um velocidade de 2 m/s.
Desprezando-se o atrito, a velocidade do segundo após o
choque, em m/s, é de:
a) 4
b) 6
c) 3
d) 8
e) 2

19. (PUC-MG) Uma força de 6 N atuando sobre um objeto em


Em relação à velocidade do corpo, podemos afirmar que ela movimento altera sua quantidade de movimento em 3kg .
a) permanece constante no intervalo 0 a t 1 e o movimento m/s. Durante quanto tempo essa força atuou sobre esse
inverte a partir de t1. objeto?
b) permanece constante no intervalo de 0 a t1 e diminui no
intervalo de t1 a t2. a) 1s
c) permanece constante no intervalo de 0 a t1 e cresce no b) 2s
intervalo de t1 a t2. c) 0,25
d) cresce no intervalo de 0 a t1 mas decresce no intervalo d) 0,50
seguinte, chegando ao repouso no instante t2.
e) cresce no intervalo de 0 a t1 e continua a crescer no 20. Quando um próton colide com um nêutron, ambos se unem
intervalo de t1 a t2. formando o deutério. Sabendo que as duas partículas têm
massas iguais e movem-se em sentidos opostos, com
PARTICULARES DE MEDICINA
velocidade de 6.000 km/s, para o próton, e 4.000 km/s, para quantidade de movimento e a velocidade do carrinho têm
o nêutron, qual a velocidade do deutério formado? valores, em unidades do SI, respectivamente, iguais a
a) 1.000 km/s a) 27 e 18
b) 2.000 km/s b) 24 e 18
c) 3.000 km/s c) 18 e 16
d) 5.000 km/s d) 6,0 e 16
e) 10 000 km/s e) 3,0 e 16

27. Batendo com a marreta em um dos extremos da pequena


21. Uma nave espacial de 103 kg se movimenta, livre de gangorra, um disco guiado por uma canaleta e apoiado no
quaisquer forças, com velocidade constante de 1m/s, em outro extremo da gangorra é impelido verticalmente para
relação a um referencial inercial. Necessitando pará-la, o cima.
centro de controle decidiu acionar um dos motores
auxiliares, que fornecerá uma força constante de 200N, na
mesma direção, mas em sentido contrário ao do movimento.
Esse motor deverá ser programado para funcionar durante:
a) 1s.
b) 2s.
c) 4s.
d) 5s.
e) 10s

22. Um bloco de massa 400g é lançado horizontalmente, com O disco sobe paralelamente a uma escala que tem no topo
velocidade de 10m/s, sobre uma superfície horizontal, uma sineta. Quem fizer soar a sineta é forte mesmo! Ao
deslizando até parar por ação do atrito. No Sistema experimentar o brinquedo, uma pessoa desfere um golpe
Internacional de Unidades, o impulso da força de atrito nesse com a marreta, que devido à gangorra, exerce sobre o disco
deslocamento tem módulo uma força resultante variável de acordo com o gráfico a
a) 4,0 seguir.
b) 20
c) 40
d) 4,0.103
e) 2,0.10²

23. Uma esfera de massa 20g atinge uma parede rígida com
velocidade de 4,0m/s e volta na mesma direção com
velocidade de 3,0m/s. O impulso da força exercida pela
parede sobre a esfera, em N.s, é, em módulo, de
a) 0,020 A interação da marreta com a pequena gangorra demora 0,6
b) 0,040 s e eleva o disco de 1 kg até uma altura que, em metros, é
c) 0,10 Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s².
d) 0,14 a) 1,2.
e) 0,70 b) 1,4.
c) 1,6.
24. Em plena feira, enfurecida com a cantada que havia recebido, d) 1,8.
a mocinha, armada com um tomate de 120 g, lança-o em e) 2,0.
direção ao atrevido feirante, atingindo-lhe a cabeça com
velocidade de 6 m/s. Se o choque do tomate foi 28. Um brinquedo consiste em um fole acoplado a um tubo
perfeitamente inelástico e a interação trocada pelo tomate e plástico horizontal que se encaixa na traseira de um carrinho,
a cabeça do rapaz demorou 0,01 s, a intensidade da força inicialmente em repouso. Quando uma criança pisa no fole,
média associada à interação foi de comprimindo-o até o final, o ar expelido impulsiona o
a) 20 N. carrinho.
b) 36 N.
c) 48 N.
d) 72 N.
e) 94 N.

25. Uma bola de futebol de massa igual a 300 g atinge uma trave
da baliza com velocidade de 5,0 m/s e volta na mesma
direção com velocidade idêntica. O módulo do impulso
aplicado pela trave sobre a bola, em N × s, corresponde a:
a) 1,5
b) 2,5
c) 3,0
d) 5,0 Considere que a massa do carrinho seja de 300 g, que o tempo
necessário para que a criança comprima completamente o fole
26. Um carrinho de massa igual a 1,50kg está em movimento seja de 0,2 s e que ao final desse intervalo de tempo o carrinho
retilíneo com velocidade de 2,0m/s quando fica submetido a adquira uma velocidade de 8 m/s. Admitindo desprezíveis todas as
uma força resultante de intensidade 4,0N, na mesma direção forças de resistência ao movimento do carrinho, o módulo da
e sentido do movimento, durante 6,0s. Ao final dos 6,0s, a
PARTICULARES DE MEDICINA
força média (F) aplicada pelo ar expelido pelo tubo sobre o massa do automóvel. Imediatamente após a colisão, os dois
carrinho, nesse intervalo de tempo, é igual a veículos caminham juntos, com velocidade de
a) 10 N. a) 66 km/h.
b) 14 N. b) 68 km/h.
c) 12 N. c) 72 km/h.
d) 8 N. d) 78 km/h.
e) 16 N. e) 81 km/h.

29. Um brinquedo muito simples de construir, e que vai ao 33. Uma esfera de massa 20 g atinge uma parede rígida com
encontro dos ideais de redução, reutilização e reciclagem de velocidade de 4,0 m/s e volta na mesma direção com
lixo, é retratado na figura. velocidade de 3,0 m/s. O impulso da força exercida pela
parede sobre a esfera, em N.s, é, em módulo, de
a) 0,020.
b) 0,040.
c) 0,10.
A brincadeira, em dupla, consiste em mandar o bólido de 100 g, d) 0,14.
feito de garrafas plásticas, um para o outro. Quem recebe o e) 0,70
bólido, mantém suas mãos juntas, tornando os fios paralelos,
enquanto que, aquele que o manda, abre com vigor os braços, 34. Na figura a seguir, o peixe maior, de massa M = 5,0 kg, nada
imprimindo uma força variável, conforme o gráfico. para a direita a uma velocidade v = 1 m/s, e o peixe menor,
de massa m = 1,0 kg, se aproxima dele a uma velocidade u =
8,0 m/s, para a esquerda.

Considere que: - a resistência ao movimento causada pelo ar e o


atrito entre as garrafas com os fios sejam desprezíveis; - o tempo
que o bólido necessita para deslocar-se de um extremo ao outro Despreze qualquer efeito de resistência da água. Após engolir o
do brinquedo seja igual ou superior a 0,60 s. Dessa forma, peixe menor, o peixe maior terá uma velocidade de
iniciando a brincadeira com o bólido em um dos extremos do a) 0,50 m/s, para a esquerda.
brinquedo, com velocidade nula, a velocidade de chegada do b) 1,0 m/s, para a esquerda.
bólido ao outro extremo, em m/s, é de c) nula.
a) 16. d) 0,50 m/s, para a direita.
b) 20. e) 1,0 m/s, para a direita.
c) 24.
d) 28. 35. O gráfico representa a força resultante sobre um carrinho de
e) 32. supermercado de massa total 40 kg, inicialmente em
repouso.
30. Uma esfera se move sobre uma superfície horizontal sem
atrito. Num dado instante, sua energia cinética vale 20 J e sua
quantidade de movimento tem módulo 20 N.s. Nestas
condições, é CORRETO afirmar que sua
a) velocidade vale 1,0 m/s.
b) velocidade vale 5,0 m/s.
c) velocidade vale 10 m/s.
d) massa é de 1,0 kg.
e) massa é de 10 kg.
A intensidade da força constante que produz o mesmo impulso
31. A velocidade de uma bola de tênis, de massa 50 g, num saque que a força representada no gráfico durante o intervalo de tempo
muito rápido, pode chegar a 216 km/h, mantendo-se de 0 a 25 s é, em newtons, igual a
aproximadamente constante durante todo o tempo de voo a) 1,2.
da bola. Supondo que a bola esteja inicialmente em repouso, b) 12.
e que o tempo de contato entre a raquete e a bola seja de c) 15.
0,001 s e sendo g = 10 m/s² , pode-se afirmar que a força d) 20.
média aplicada à bola no saque é equivalente ao peso de e) 21.
uma massa de
a) 150 kg. 36. Um par de carrinhos idênticos, cada um com massa igual a
b) 300 kg. 0,2 kg, move-se sem atrito, da esquerda para a direita, sobre
c) 50 kg. um trilho de ar reto, longo e horizontal. Os carrinhos, que
d) 10 kg estão desacoplados um do outro, têm a mesma velocidade
de 0,8 m/s em relação ao trilho. Em dado instante, o carrinho
32. Um caminhão a 90 km/h colide com a traseira de um traseiro colide com um obstáculo que foi interposto entre os
automóvel que viaja com movimento de mesmo sentido e dois. Em consequência dessa colisão, o carrinho traseiro
velocidade de 54 km/h. A massa do caminhão é o triplo da passa a se mover da direita para a esquerda, mas ainda com
velocidade de módulo igual a 0,8 m/s, enquanto o
PARTICULARES DE MEDICINA
movimento do carrinho dianteiro prossegue inalterado. Em 40. Dois blocos de massas iguais e encostados um no outro se
relação ao trilho, os valores, em kg.m/s, da quantidade de deslocam sobre uma superfície horizontal sem atrito, com
movimento linear do par de carrinhos antes e depois da velocidade constante, conforme figura a seguir:
colisão são, respectivamente,
a) 0,16 e zero.
b) 0,16 e 0,16.
c) 0,16 e 0,32.
d) 0,32 e zero. Entre os dois blocos, existe um explosivo de massa desprezível
e) 0,32 e 0,48 que é detonado, fazendo com que os blocos passem a se
distanciar um em relação ao outro. Em relação a esse fato, é
37. Em um teste de colisão, um automóvel de 1 500 kg colide CORRETO afirmar que
frontalmente com uma parede de tijolos. A velocidade do a) como um bloco está se afastando em relação ao outro, então a
automóvel anterior ao impacto era de 15 m/s. energia cinética total dos dois blocos é nula.
Imediatamente após o impacto, o veículo é jogado no sentido b) a energia cinética dos dois blocos, antes e depois da explosão, é
contrário ao do movimento inicial com velocidade de 3 m/s. a mesma.
Se a colisão teve duração de 0,15 s, a força média exercida c) a quantidade de movimento total dos dois blocos, antes e
sobre o automóvel durante a colisão foi de depois da explosão, é a mesma.
a) 0,5 × 104 N. d) como um bloco está se afastando em relação ao outro, então a
b) 1 × 104 N. quantidade de movimento total dos dois blocos é nula.
c) 3 × 104 N. e) tanto a energia cinética total como a quantidade de movimento
d) 15 × 104 N. total dos dois blocos diminuem após a explosão.
e) 18 × 104 N.

38. O corpo B da figura tem massa m B = 20 kg e pode mover-se


sem atrito sobre uma superfície horizontal. Do topo deste,
como ilustra a figura, abandona-se um corpo A de massa m A
= 10 kg que, após deslizar sem atrito sobre a superfície
ondulada do corpo B, dela se separa, com uma velocidade
horizontal v = 4,0 m/s, a uma altura h abaixo da posição
inicial.

Com base nas leis da Conservação da Energia Mecânica e da


Quantidade de Movimento, podemos afirmar que o valor da
velocidade final do corpo B e a altura h valem, respectivamente,
a) 2,0 m/s e 1,0 m.
b) 2,0 m/s e 0,8 m.
c) 4,0 m/s e 1,2 m.
d) 2,0 m/s e 1,2 m.
e) 4,0 m/s e 0,8 m.

39. Quando uma arma de fogo é disparada, ao contrário do que


se deve esperar, o valor do momento da bala é menor que o
valor do momento da arma que recua.

Essa aparente violação do Princípio da Conservação da


Quantidade de Momento Linear de um sistema pode ser explicada
a) pela expansão dos gases que também entram em movimento
para frente junto com a bala.
b) pela força da gravidade que atua na bala, na direção
perpendicular ao movimento desta.
c) pela maior massa do revólver que reduz a velocidade da bala e,
consequentemente, seu momento linear.
d) pelo efeito da força de resistência do ar sobre a bala quando
esta entra em movimento.
e) pelas forças externas que atuam na bala e que alteram, com o
passar do tempo, seu momento linear.

PARTICULARES DE MEDICINA
SEMANA 15

NOÇÕES GERAIS SOBRE ÓPTICA GEOMÉTRICA

ÓPTICA GEOMÉTRICA A percepção das cores que temos dos objetos depende
não apenas do corpo, mas também da luz que os ilumina. A seguir
A óptica geométrica é a parte da física que faz o estudo temos algumas situações que elucidarão essa ideia de forma mais
dos fenômenos relacionados à luz considerando que a sua prática.
propagação ocorre através de um elemento geométrico
denominado raio de luz. O raio de luz nada mais é do que um
segmento de reta orientado que utilizaremos para representar a
propagação da luz no espaço.

Na prática o que observamos são feixes de luz, ou seja,


um conjunto de raios de luz. Quando os raios de luz que formam o
feixe são paralelos chamaremos de feixe cilíndrico. Quando o
conjunto de raios partirem de um mesmo ponto e forem não
paralelos, chamaremos de feixe cônico divergente. Já quando os
raios não paralelos chegarem ao mesmo ponto, chamaremos de
feixe cônico convergente. A figura a seguir ilustra essas três
situações.

Os emissores de luz, ou simplesmente raios de luz, são


denominados fontes de luz. Quando a fonte emite uma luz
produzida por ela mesma é denominada fonte primária (corpo
luminoso). Já quando a luz emitida vem de outro copo, ou seja,
quando o corpo reflete luz de outras fontes primárias, ela é
denominada fonte secundária (corpo iluminado). O Sol, uma vela
acesa, uma lâmpada ligada são bons exemplos de fontes
primárias. A Lua, um copo, o corpo humano são exemplos de Os locais por onde a luz se propaga são denominados
fontes secundárias. meios ópticos. Quando o meio óptico proporciona uma perfeita
nitidez da imagem ele é chamado de meio transparente. Quando
As fontes de luz podem receber outra classificação a nitidez é parcial será conhecido como meio translúcido. Quando
baseado em seu “poder de iluminação” com relação a um a luz não consegue ser transmitida através do meio ele é
determinado local. Quando a luz ilumina de forma satisfatória um denominado meio opaco. A seguir temos uma ilustração desses
determinado loca ela é dita fonte extensa. Um exemplo seria o Sol casos.
com relação à Terra, ou uma lâmpada comum dentro de um
quarto. Já quando a fonte não ilumina de forma eficiente o local
para qual foi destinado será denominada fonte pontual. Um bom
exemplo seriam as estrelas distantes com relação à Terra, ou
ainda, uma lâmpada de uso caseiro instalada num refletor de um
estádio de futebol.

Quanto às cores que a fonte pode emitir duas


classificações são utilizadas: fonte monocromática e fonte
policromática. Todas essas definições são apenas elementos básicos e
gerais que aparecerão durante todo nosso estudo sobre a óptica
• MONOCROMÁTICA: Reflete uma única cor (frequência); geométrica. Esses conceitos precisam estar claros e naturais na
• POLICROMÁTICA: Reflete várias cores simultaneamente. mente do estudante. Aliado aos conceitos já vistos, teremos três
princípios que nortearão todo o estudo da óptica geométrica.
Vejamos!

PRINCÍPIOS DA ÓPTICA GEOMÉTRICA

A óptica geométrica se baseia em três princípios gerais


que estão expostos a seguir.

PRINCÍPIO DA PROPAGAÇÃO RETILÍNEA DA LUZ

Em meios homogêneos e transparentes a luz se propaga em linha


reta.
PARTICULARES DE MEDICINA
REFLEXÃO DA LUZ
Esse princípio pode ser verificado experimentalmente
através da observação do fenômeno da formação de sombra e A reflexão da luz será o primeiro fenômeno óptico que
penumbra. analisaremos. Sendo a luz uma onda ela obedecerá às mesmas leis
da reflexão já estudadas anteriormente no estudo sobre as ondas.

A reflexão da luz ocorre quando um feixe de luz, ao incidir sobre


uma superfície, retorna ao meio de origem.

LEIS DA REFLEXÃO

PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA DOS RAIOS DE LUZ

Feixes de luz se cruzam no espaço sem que um altere a trajetória


do outro.

1ª Lei: O raio de incidência, a reta normal e o raio refletido são


COPLANARES.

PRINCÍPIO DA REVERSIBILIDADE DOS RAIOS DE LUZ 2ª Lei: O ângulo de incidência (i) é igual ao ângulo de reflexão (r).

A trajetória seguida pelo raio de luz, num sentido, é a mesma


quando o raio troca o sentido do percurso. O estudo da reflexão da luz será feito, basicamente, em
um tipo de instrumento muito especial: os espelhos. Espelhos são
objetos que refletem luz de forma regular. Temos dois tipos
principais:

• ESPELHOS PLANOS: superfícies planas com uma das


faces refletoras;

EXEMPLO 1

(UNITAU) Dois raios de luz, que se propagam em um meio


homogêneo e transparente, interceptam-se em certo ponto. A
partir desse ponto, pode-se afirmar que:

a) os raios luminosos cancelam-se. • ESPELHOS ESFÉRICOS: superfícies esféricas com uma das
b) mudam a direção de propagação. faces refletoras;
c) continuam propagando-se na mesma direção e sentindo que
antes.
d) propagam-se em trajetórias curvas.
e) retornam em sentidos opostos.

RESOLUÇÃO: LETRA C. Quando dois raios de luz propagam-se em


um meio homogêneo e transparente, eles continuam
propagando-se na mesma direção e sentido. Isso ocorre graças ao
princípio da independência dos raios luminosos, que afirma que os
raios de luz são independentes ao interceptarem-se, pois cada um
deles mantém sua trajetória como se os demais não existissem.

PARTICULARES DE MEDICINA
Vejamos algumas características importantes de cada EXEMPLO 2
um desses espelhos.
Com relação às características das imagens formadas pela reflexão
ESPELHOS PLANOS regular da luz por espelhos planos, assinale a alternativa correta:

• Em um espelho plano a distância do objeto ao espelho a) Imagens formadas por espelhos planos podem ser projetadas.
será sempre igual à distância da sua respectiva imagem b) São imagens reais, invertidas na direção horizontal e produzidas
ao espelho. pelo cruzamento de raios de luz.
c) Trata-se de imagens virtuais formadas atrás do espelho e
invertidas horizontalmente.
d) São imagens virtuais e enantiomorfos, ou seja, são invertidas na
direção vertical.
e) São imagens reais, entretanto, não podem ser projetadas.

RESOLUÇÃO: LETRA C. As imagens formadas nos espelhos planos


são imagens virtuais, uma vez que elas se formam, atrás dos
espelhos, pelo cruzamento de dois ou
mais prolongamentos de raios de luz. Uma vez que são
produzidas por prolongamentos de raios de luz, não podem ser
projetadas, pois são virtuais. Além disso, são invertidas na
• A imagem produzida por um espelho plano não modifica horizontal, graças a uma propriedade conhecida como
as dimensões do objeto, apenas a inverte lateralmente enantiomorfismo ou quiralidade.
(enantiomorfismo). EXEMPLO 3

Um espelho esférico conjuga uma imagem virtual, direta e


reduzida de um objeto real. Em relação a esse espelho e à posição
do objeto da imagem, assinale a alternativa correta:

a) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é


posicionado entre seu foco e vértice.
b) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é
posicionado no foco do espelho.
c) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é colocado
no centro de curvatura do espelho.
• Campo de visão:
d) Trata-se de um espelho convexo, quando o objeto é colocado a
qualquer distância de seu vértice.
e) Trata-se de um espelho convexo que conjuga imagens reais.

RESOLUÇÃO: LETRA D. O único espelho capaz de produzir imagens


diretas e invertidas é o espelho convexo, independentemente de
qual seja a distância entre o objeto e o espelho.

REFRAÇÃO DA LUZ
ESPELHOS ESFÉRICOS

• O formato curvo dos espelhos esféricos faz com que a as


imagens produzidas possam mudar o formato e
dimensões com relação ao objeto;

• De forma geral, as principais aplicações práticas dos


espelhos esféricos estão ilustradas a seguir.

A refração da luz ocorre quando esta muda de meio, ou


seja, altera a sua velocidade!

PARTICULARES DE MEDICINA
LEIS DA REFRAÇÃO REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA

1ª Lei: O raio de incidência, a reta normal e o raio refletido são


COPLANARES.

2ª Lei:
MIRAGENS
N 1 . 𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 (𝒊𝒊) = N 2 . 𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔𝒔 (𝒓𝒓)

O número n é denominado índice de refração absoluto


do meio. O índice de refração é um número que traduzirá uma
espécie de “resistência óptica”, ou seja, quanto maior o n menor a
velocidade de propagação da luz no meio e vice-versa.

A grandeza índice de refração absoluto (n) NÃO possui


unidades de medida, ou seja, é adimensional. A tabela a seguir
mostra alguns meios e seus respectivos índices de refração. DISPERSÃO DA LUZ

FIBRA ÓPTICA

A refração da luz está por trás de muitos fenômenos que


observamos em nosso dia-a-dia. A seguir ilustraremos alguns
desses casos.

DIOPTRO PLANO

PARTICULARES DE MEDICINA
EXEMPLO 4 b) Dispersão, refração da luz
(UFRR) Em um experimento, temos uma placa de vidro que é c) Difração, reflexão da luz
atravessada por um feixe de luz. Nesta placa de vidro, em d) Miragens, refração da luz
especial, a velocidade da luz é 2,5 x 108 m/s. Considerando a e) Miragens, absorção da luz.
velocidade da luz no vácuo como sendo igual a 3,0 x 108 m/s,
marque a alternativa que corresponde ao índice de refração do RESOLUÇÃO: LETRA D. A diferença de temperatura nas camadas
vidro neste experimento. de ar próximas ao chão geram alterações no índice de refração do
meio, fazendo com que a luz sofra uma curva e produza uma
a) 7,5 imagem, denominada de miragem.
b) 1,5
c) 1,2
d) 0,83 LENTES ESFÉRICAS
e) 5,5
As lentes esféricas são dioptros esféricos, ou seja, dois
RESOLUÇÃO: LETRA C. O índice de refração é o resultado da razão meios separados por, pelo menos, uma face esférica. As lentes
entre a velocidade da luz no vácuo e a velocidade da luz em um esféricas possuem diversas aplicações, mas talvez a mi comum
meio qualquer. Sendo assim, podemos escrever: sejam os óculos. A figura abaixo mostra os principais tipos de
lentes esféricas com sua nomenclatura baseada no formato
geométrico das mesmas.

EXEMPLO 5
(UEFS) Um raio luminoso incide sobre a superfície de separação
entre o ar e o vidro com um ângulo α = 60° e refrata com um
ângulo β = 30°, como mostra a figura.

Considerando sen30º = cos60º = 0,5; sen60º = cos30º = 0,87; o Na prática, o que nos será mais útil saber é o
índice de refração do ar igual a 1 e o índice de refração do vidro comportamento óptico da lente, ou seja, o que ela de fato faz
igual a n, então o valor de n é igual a quanto a luz passa por ela. Em outras palavras, saber se a lente é
convergente ou divergente.
a) 1,48
b) 1,57
c) 1,63
d) 1,74
e) 1,83

RESOLUÇÃO: LETRA D. Aplicando a lei de Snell para esse caso,


teremos:

O comportamento divergente ou convergente de uma


lente não depende apenas do seu formato geométrico, depende
também d relação entre o índice de refração da lente e do meio
no qual ela está imersa.

EXEMPLO 6 N LENTE > N MEIO N LENTE < N MEIO


Ao observar o asfalto em dias quentes podemos perceber a BORDAS GROSSAS DIVERGENTE CONVERGENTE
formação de imagens que aparentam poças d’água. Marque a BORDAS FINAS CONVERGENTE DIVERGENTE
alternativa que apresenta o nome dado a este evento e o
fenômeno óptico envolvido em sua ocorrência.

a) Miragens, reflexão da luz


PARTICULARES DE MEDICINA
EXEMPLO 7 MIOPIA
(UNAERP) Uma bolha de ar imersa em vidro apresenta o formato
da figura.

Quando três raios de luz paralelos a atingem, observa-se que seu CORREÇÃO: LENTE DIVERGENTE
comportamento óptico é de uma:
DIFICULDADE PARA VER DE LONGE
a) lente convergente.
b) lente divergente.
c) lâmina de faces paralelas. HIPERMETROPIA
d) espelho plano.
e) espelho convexo.

RESOLUÇÃO: LETRA B. A luz propaga-se de um meio com maior


índice de refração (água) para um meio com menor índice de
refração (ar). Nesse caso, a bolha de ar, que tem formato
biconvexo, não será convergente, mas divergente.

Talvez a aplicação mais conhecida e importante das


lentes esféricas seja na correção dos defeitos da visão
CORREÇÃO: LENTE CONVERGENTE
(ametropias). Para a correção de tais defeitos o que nos basta, de
forma geral, para escolher a lente ideal é saber se ela é
convergente ou divergente. Vejamos as principais ametropias. DIFICULDADE PARA VER DE PERTO

ÓPTICA DA VISÃO ASTIGMATISMO

Antes de falarmos dos defeitos da visão, propriamente


dito, precisamos entender, de forma geral, como um olho
saudável (emétrope) precisa funcionar. A figura abaixo mostra um
olho humano com suas principais partes e com uma formação de
imagem para um órgão sadio.

CORREÇÃO: LENTE CILÍNDRICA

“VISÃO BORRADA”
O conjunto cristalino + córnea funciona com uma
espécie de conjunto de lentes para o nosso olho. Esse conjunto
Uma ametropias muito comum é a presbiopia,
pode ser visto como uma lente convergente. A retina funciona
conhecida popularmente por “vista cansada”. Essa ametropia
como uma espécie de “tela” do nosso olho. Quando a imagem se
ocorre devido a uma diculdade de contração do músculo ciliar.
forma fora dessa tela possuiremos alguma ametropia.
Normalmente ocorre com pessoas de idade mais avançada e o
efeito visual dessa doença é o mesmo da hipermetropia, logo,
para a correção da presbiopia também utilizamos lentes
convergentes e o indivíduo possuirá uma dificuldade para “ver de
perto”.
EXEMPLO 8
Pedro é o filho mais novo de Renata. O garoto reclama a alguns
dias de que não consegue enxergar o que sua professora escreve
no quadro-negro, mesmo que ele se sente na primeira carteira. Ao
levar seu filho ao oftalmologista, Renata teve a notícia de que o
garoto tinha dificuldade de enxergar de perto. Assinale a
alternativa que contém o nome do problema de visão e o tipo de
lente que vai ajudar Pedro.
PARTICULARES DE MEDICINA
a) Hipermetropia, lente esférica
b) Presbiopia, lente convergente Disponível em: http://noticias.vrum.com.br. Acesso em: 3
c) Miopia, lente convergente nov. 2010 (adaptado).
d) Hipermetropia, lente convergente
e) Estrabismo, lente cilíndrica Sabe-se que, em um espelho convexo, a imagem formada
está mais próxima do espelho do que este do que este está
RESOLUÇÃO: LETRA D. A dificuldade de enxergar de perto é uma do objeto, o que parece estar em conflito com a informação
característica da hipermetropia, tipo de problema de visão que é apresentada na reportagem. Essa aparente contradição é
corrigido com lentes esféricas convergentes. explicada pelo fato de

a) a imagem projetada na retina do motorista ser menor


EXERCÍCIOS
do que o objeto.
b) a velocidade do automóvel afetar a percepção da
1. Uma pessoa coloca diante de um espelho plano uma placa distância.
onde está escrita a palavra VESTIBULAR, Como a pessoa vê a c) o cérebro humano interpretar como distante uma
imagem desta palavra conjugada no espelho? imagem pequena.
d) o espelho convexo ser capaz de aumentar o campo
visual do motorista.
e) o motorista perceber a luz vinda do espelho com a parte
lateral do olho.

5. Um observador P se encontra em frente a um espelho plano


E. Sendo O um objeto fixo, para que posição deve olhar o
2. Com relação às características das imagens formadas pela observador para ver a imagem de O?
reflexão regular da luz por espelhos planos, assinale a alternativa
correta:

a) Imagens formadas por espelhos planos podem ser projetadas.

b) São imagens reais, invertidas na direção horizontal e produzidas


pelo cruzamento de raios de luz.

c) Trata-se de imagens virtuais formadas atrás do espelho e a) 1


invertidas horizontalmente. b) 2
d) São imagens virtuais e enantiomorfos, ou seja, são invertidas na c) 3
direção vertical. d) 4
e) 5
e) São imagens reais, entretanto, não podem ser projetadas. 6. (UFMG) Nas figuras I, II e III, estão representados fenômenos
físicos que podem ocorrer quando um feixe de luz incide na
3. Um espelho esférico conjuga uma imagem virtual, direta e superfície de separação entre dois meios de índices de
reduzida de um objeto real. Em relação a esse espelho e à posição refração diferentes. Em cada uma delas, estão mostradas
do objeto da imagem, assinale a alternativa correta: estão mostradas as trajetórias desses feixes.

a) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é


posicionado entre seu foco e vértice.

b) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é


posicionado no foco do espelho.
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que
c) Trata-se de um espelho côncavo, quando o objeto é colocado ocorre mudança no módulo da velocidade do feixe de luz
no centro de curvatura do espelho. apenas no(s) fenômeno(s) físico(s) representado(s) em:

d) Trata-se de um espelho convexo, quando o objeto é colocado a a) I


qualquer distância de seu vértice. b) II
c) III
d) I e II
e) Trata-se de um espelho convexo que conjuga imagens reais
e) I e III

4. (ENEM) Os espelhos retrovisores, que deveriam auxiliar os 7. (FEI) – Levando-se em conta o índice de refração e a
motoristas na hora de estacionar ou mudar de pista, muitas velocidade de propagação no vidro, podemos afirmar que:
vezes causam problemas. É que o espelho retrovisor do lado Obs.:
direito, em alguns modelos, distorce a imagem, dando a
impressão de que o veículo está a uma distância maior do
que a real. Este tipo de espelho, chamado convexo, é Vve = velocidade da luz vermelha
utilizado com o objetivo de ampliar o campo visual do
motorista, já que no Brasil se adota a direção do lado
Vam = velocidade da luz amarela
esquerdo e, assim, o espelho da direita fica muito mais
distante dos olhos do condutor.

PARTICULARES DE MEDICINA
Vaz = velocidade da luz azul b) absorção de luz ao longo de uma camada de água é
facilitada enquanto a absorção do som não.
c) refração de luz a uma grande profundidade acontece
com uma intensidade menor que a do som.
d) atenuação da luz nos materiais analisados é distinta da
atenuação de som nestes mesmos materiais.
e) reflexão da luz nas camadas de sedimentos é menos
intensa do que a reflexão do som neste material.

10. (IFSC) Com base nos princípios da óptica geométrica, analise as


afirmativas abaixo.

I. Na reflexão, o raio incidente e o raio refletido estão contidos no


mesmo plano que a reta normal, portanto são congruentes.

II. Quando a luz incide numa fronteira separadora de dois meios,


pode sofrer reflexão, absorção e refração.
a) Vve > Vam < Vaz III. Ao observarmos uma pessoa através de um espelho plano,
também seremos vistos por ela. Este fenômeno é descrito pelo
Princípio da Independência dos Raios Luminosos.
b) Vve < Vam < Vaz
IV. A faixa de frequência de ondas capaz de sensibilizar o olho
humano é denominada de espectro visível.
c) Vve > Vam > Vaz
V. Podemos considerar que a “sombra” de uma nuvem projetada
sobre o solo é do mesmo tamanho da própria nuvem, devido aos
d) Vve = Vam = Vaz
raios solares serem aproximadamente paralelos.

É CORRETO afirmar que


e) Vve < Vam > Vaz
a) apenas II, IV e V são verdadeiras.
8. (FGV) Desde que o homem tomou conhecimento dos b) apenas II e III são verdadeiras.
fenômenos envolvendo luz, teorias foram formuladas sobre
sua natureza. O filósofo grego Aristóteles foi o primeiro a c) apenas III e V são verdadeiras.
tentar explicar o arco-íris, afirmando que sua formação se
d) apenas I, II, III e VI são verdadeiras.
devia a gotículas de água contidas na atmosfera, que
refletiam a luz do Sol e provocavam a variação da cor. e) apenas III e IV são verdadeiras
Também verificou que essa reflexão ocorria para um ângulo
específico, que foi determinado apenas no século XIII. A 11. (UEL) As fibras ópticas são largamente utilizadas nas
formação do arco-íris, a partir da luz do Sol, deve-se ao telecomunicações para a transmissão de dados. Nesses
fenômeno conhecido como: materiais, os sinais são transmitidos de um ponto ao outro
por meio de feixes de luz que se propagam no interior da
a) concentração. fibra, acompanhando sua curvatura. A razão pela qual a luz
b) colorização. pode seguir uma trajetória não retilínea na fibra óptica é
c) dispersão. consequência do fenômeno que ocorre quando da passagem
d) deflexão. de um raio de luz de um meio, de índice de refração maior,
e) franjas. para outro meio, de índice de refração menor. Com base no
texto e nos conhecimento sobre o tema, assinale a
9. (ENEM) Uma equipe de cientistas lançará uma expedição ao alternativa que apresenta os conceitos ópticos necessários
Titanic para criar um detalhado mapa 3D que “vai tirar para o entendimento da propagação “não retilínea” da luz
virtualmente, o Titanic do fundo do mar para o público”. A em fibras ópticas.
expedição ao local, a 4 quilômetros de profundidade no
Oceano Atlântico, está sendo apresentada como a mais a) Difração e foco.
sofisticada expedição científica ao Titanic. Ela utilizará b) Reflexão total e ângulo limite.
tecnologias de imagem e sonar que nunca tinham sido c) Interferência e difração.
aplicadas ao navio, para obter o mais completo inventário de d) Polarização e plano focal.
seu conteúdo. Esta complementação é necessária em razão e) Imagem virtual e foco.
das condições do navio, naufragado há um século.
12. Conforme a figura abaixo, os lados espelhados dos dois
O Estado de São Paulo, Disponível em: http://estadao.com.br. espelhos planos formam entre si um ângulo de 90°. Uma
Acesso em: 27 jul.2010(adaptado) garota posiciona-se no ponto P da figura. Ela verá de si
mesma:
No problema apresentado para gerar imagens através das
camadas de sedimentos depositados no navio, o sonar é mais
adequado, pois a

a) propagação de luz na água ocorre a uma velocidade


maior que a do som neste meio.

PARTICULARES DE MEDICINA
a) espelho côncavo.
b) espelho convexo.
c) prisma.
d) lente divergente.
e) lente convergente

17. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas


do enunciado abaixo, na ordem em que aparecem. Para que
a) 3 imagens. os seguranças possam controlar o movimento dos clientes,
b) 2 imagens. muitos estabelecimentos comerciais instalam espelhos
c) 1 imagem. convexos em pontos estratégicos das lojas. A adoção desse
d) infinitas imagens. procedimento deve-se ao fato de que esses espelhos
e) nenhuma imagem. aumentam o campo de visão do observador. Isto acontece
13. (UFMG) Qual a alternativa que melhor explica porque a porque a imagem de um objeto formada por esses espelhos é
profundidade aparente de uma piscina é menor do que ___________, ___________ e ___________ objeto.
a real? a) virtual - direta - menor que o
b) virtual - invertida - maior que o
a) A luz refletida na superfície da água é perturbada pela c) virtual - invertida - igual ao
luz refletida pelo fundo da piscina d) real - invertida - menor que o
b) A luz refletida pela superfície da água sofre refração no e) real - direta - igual ao
ar.
c) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre reflexão total 18. (IF-GO) Um olho, em condições normais de funcionamento,
na superfície da água. consegue conjugar de um objeto real uma imagem nítida,
d) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre refração ao real, invertida e menor que o objeto sobre a retina. A Figura
passar da água para o ar. 01 mostra a imagem de uma pessoa e as respectivas lentes
e) A luz é refratada ao passar do ar para a água. que serão utilizadas para a confecção de óculos para corrigir
suas ametropias. Na Figura 02, a imagem I é obtida com a
14. (FUVEST) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a baixa utilização correta das lentes de correção, a imagem II e a
altitude uma piscina em cujo fundo se encontra uma pedra. imagem III representam reproduções das visões dos olhos
Podemos afirmar que: sem a utilização das lentes.

a) com a piscina cheia o pássaro poderá ver a pedra


durante um intervalo de tempo maior do que se a
piscina estivesse vazia;
b) com a piscina cheia ou vazia o pássaro poderá ver a
pedra durante o mesmo intervalo de tempo;
c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto estiver
voando sobre a superfície da água;
d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra numa
posição mais profunda do que aquela em que
ela realmente se encontra;
e) o pássaro nunca poderá ver a pedra.

15. O motorista de um carro olha no espelho retrovisor interno e


vê o passageiro do banco traseiro. Se o passageiro olhar para
o mesmo espelho verá o motorista. Este fato se explica pelo:
a) princípio da independência dos raios luminosos. b)
fenômeno de refração que ocorre na superfície do espelho.
c) fenômeno de absorção que ocorro na superfície do
espelho.
d) princípio da propagação retilínea dos raios luminosos.
e) princípio da reversibilidade dos raios luminosos. Disponível em:< http://www.cemahospital.com.br/ametropia-
miopiahipermetropia-astigmatismo/>. Acesso em: 25 out. 2015.
16. (UNESP) Um aquário esférico de paredes finas é mantido
dentro de outro aquário que contém água. Dois raios de luz
Entre as afirmativas abaixo, marque a que representa a relação
atravessam esse sistema da maneira mostrada na figura a
correta.
seguir, que representa uma secção transversal do conjunto.

a) O olho esquerdo sofre de hipermetropia, e o olho direito, de


miopia. A reprodução da visão desses olhos sem correção é
respectivamente as imagens II e III.

b) O olho esquerdo sofre de miopia, e o olho direito, de


hipermetropia. A reprodução da visão desses olhos sem correção
é respectivamente as imagens II e III.
Pode-se concluir que, nessa montagem, o aquário esférico
desempenha a função de:

PARTICULARES DE MEDICINA
c) A imagem III é a reprodução da visão de uma pessoa
hipermétrope sem correção, e a lente que deve ser utilizada para curvatura da córnea, que ocasiona a projeção de imagens sem
sua devida correção é a disposta no olho direito.
nitidez na retina.
d) A lente utilizada para a correção visual do olho esquerdo da
pessoa é divergente, e a imagem vista por ele sem a lente de
correção é a II. Assinale a alternativa correta.

A. Somente as afirmativas I e II são corretas.


e) O olho direito da pessoa sofre de miopia, e a imagem vista por
ele sem a lente de correção é a II. B. Somente as afirmativas I e III são corretas.

C. Somente as afirmativas II e IV são corretas.


19. (PUC-MG) Na formação das imagens na retina da visão
humana, tendo em vista uma pessoa com boa saúde visual, o D. Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
cristalino funciona como uma lente:
E. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
a) convergente, formando imagens reais, invertidas e
diminuídas.
b) convergente, formando imagens reais, direitas e 21. Uma bandeira brasileira, tingida com pigmentos puros e
diminuídas. iluminada com luz monocromática amarela, é vista na(s) cor
c) divergente, formando imagens virtuais, invertidas e (es):
diminuídas.
d) divergente, formando imagens reais, direitas e a) totalmente amarela
diminuídas.
b) verde e amarela
e) divergente, formando imagens reais, invertidas e de
mesmo tamanho. c) azul e branca

d) preta e branca
20. (UEL) A partir da descoberta das lentes, tornou-se possível
e) amarela e preta

corrigir deficiências de visão decorrentes da incapacidade do


22. Dadas as seguintes afirmações:
olho de focalizar as imagens sobre a retina.
I - A luz se propaga em linha reta num meio homogêneo,
transparentes e isótropos.
Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre o tema,
II - Dois feixes luminosos ao se cruzarem apresentam mudanças
considere as afirmativas a seguir: em suas direções de propagação.

III - A velocidade da luz tem um mesmo valor, independente do


meio em que se propaga.
I. Pessoas com hipermetropia têm globos oculares mais longos
Podemos dizer que:
que o normal, o que impede a focalização correta de objetos mais
a) I e II são corretas
próximos. Neste caso, os raios de luz convergem antes da retina. b) I e III são corretas

c) II e III são corretas


II. Em casos de presbiopia, as imagens são formadas depois da
d) somente I é correta
retina, fazendo com que a pessoa afaste os objetos para vê-los e) somente III é correta

melhor. Este problema é corrigido com lentes convergentes.


23. Uma fonte luminosa projeta luz sobre as paredes de uma
sala; um pilar intercepta parte desta luz. A penumbra que se
III. Nos últimos anos, houve significativa diminuição da espessura
observa é devido

das lentes, para um mesmo grau de distúrbio de visão, devido à a) ao fato de não ser pontual a fonte luminosa.

b) ao fato de não se propagar a luz rigorosamente em linha reta.


descoberta de novos materiais com alta transparência e alto
c) aos fenômenos de interferência da luz depois de tangenciar os
índice de refração. bordos do pilar.

d) aos fenômenos de difração.


IV. O problema de astigmatismo, corrigido com lentes
e) à incapacidade do globo ocular em concorrer para uma
diferenciação eficiente entre luz e penumbra.
esferocilíndricas, é uma deficiência causada pela assimetria na

PARTICULARES DE MEDICINA
24. O motorista de um carro olha o espelho retrovisor e vê o 28. Um observador, localizado no ponto P da figura, está olhando
passageiro do banco traseiro. Se o passageiro olhar para o para o espelho plano. Quais os objetos numerados que ele
mesmo espelho verá o motorista. Este fato se explica pelo pode ver refletidos no espelho?

a) princípio da independência dos raios luminosos.

b) fenômeno da refração que ocorre na superfície do espelho.

c) fenômeno da absorção que ocorre na superfície do espelho.

d) princípio da propagação retilínea dos raios luminosos.

e) princípio da reversibilidade dos raios luminosos.


a) Apenas 1.

25. Uma fonte extensa de 20 cm é colocada paralelamente a b) Apenas 1 e 2.


uma parede vertical e à distância de 3,0 m. Entre a fonte e a
c) Apenas 1 e 3.
parede, a 1,0 m da fonte, é colocado um disco opaco de 15
cm de diâmetro, como mostra a figura a seguir. d) Apenas 2 e 3.

e) 1, 2 e 3.

29. Um experiente cientista apóia a ponta de um lápis sobre um


espelho plano e avalia que a imagem refletida da ponta do
lápis dista 8 mm desta. Com base nessa estimativa, a
espessura do vidro é:

a) 16 mm

Os diâmetros da sombra e da penumbra projetadas na parede, em b) 4 mm


cm, valem, respectivamente,
c) 1 mm
a) 5,0 e 75
d) 8 mm
b) 5,0 e 80
e) 2 mm
c) 5,0 e 85

d) 10 e 85
30. Um raio de luz, vertical, incide num espelho plano horizontal.
e) 10 e 90 Se o espelho girar 20º em torno de um eixo horizontal, o raio
refletido se desviará de sua direção original de

a) 0°
26. Quando um homem se aproxima diretamente para um
espelho plano com velocidade de 2,4 m/s, ele: b) 20°

a) se afasta de sua imagem com velocidade de 2,4 m/s. c) 10°

b) se aproxima de sua imagem com velocidade de 2,4 m/s. d) 60°

c) se aproxima de sua imagem com velocidade de 4,8 m/s. e) 40°

d) mantém a velocidade de 1,2 m/s.

e) mantém uma distância constante de sua imagem. 31. O dono de um estabelecimento comercial trabalha de costas
para a entrada de sua loja. Pensando em ter uma visão, a
mais abrangente possível da entrada, ele pendurou um
27. Um diretor de cinema deseja obter uma cena com 15 espelho convexo na parede à sua frente, porque este gera
bailarinas espanholas. Para tanto, ele dispõem de 3 bailarinas uma imagem
e dois espelhos planos. Para a obtenção de tal cena, os a) virtual, direita e maior do que os objetos à volta.
espelhos planos devem ser dispostos formando entre si um
ângulo igual a: b) real, invertida e menor do que os objetos à volta.

a) 60° c) virtual, direita e menor do que os objetos à volta.

b) 90° d) real, invertida e maior do que os objetos à volta.

c) 75° e) real, direita e menor do que os objetos à volta.

d) 72°

e) 45°

PARTICULARES DE MEDICINA
32. Ao ser colocado diante de um espelho, um objeto fica com e) enxergará esse peixe na posição em que o peixe realmente
sua imagem invertida e reduzida. Nesse caso, podemos está, qualquer que seja a posição do peixe.
afirmar que o espelho é

a) côncavo, e o objeto está entre ele e o foco.


36. Um feixe de luz branca atravessa a superfície de separação
b) côncavo, e a imagem é formada entre o foco e o centro de entre o ar e o vidro, apresentando o fenômeno de dispersão,
curvatura. conforme mostra a figura. Sejam n 1 e n 2 os índices de
refração do vidro e, V 1 e V 2 as velocidades de propagação no
c) plano. vidro, respectivamente, para o raio de luz que sofre o maior
d) convexo, e a imagem é formada no foco. desvio (cor 1 na figura) e para o que sofre o menor desvio
(cor 2 na figura). É correto afirmar que:
e) côncavo, e o objeto está exatamente no centro de curvatura.
a) n 1 < n 2 e V 1 < V 2 .

b) n 1 < n 2 e V 1 > V 2 .
33. Um objeto real está colocado a 20 cm do vértice de um
espelho esférico côncavo de distância focal igual a 30 cm. c) n 1 = n 2 e V 1 = V 2 .
Nessa situação, a imagem do objeto está a .........cm do d) n 1 > n 2 e V 1 < V 2 .
vértice do espelho, é ................ e tem um tamanho igual
................... do objeto. e) n 1 > n 2 e V 1 > V 2

Selecione a alternativa que representa os termos que preenchem


corretamente as três lacunas no período acima, respectivamente.
37. Um objeto real com 5 cm de altura é colocado
a) 60 cm – direta – ao triplo perpendicularmente ao eixo principal de uma lente esférica
divergente, cuja distância focal é -10cm, a uma distância de
b) 50 cm – direta – ao dobro 40 cm do centro óptico da lente. Sobre a natureza e o
c) 30 cm – invertida – à metade tamanho da imagem produzida pela lente, podemos afirmar
que é:
d) 60 cm – invertida – à metade
a) Real, direita e mede 5 cm de altura.
e) 50 cm – direta – ao triplo
b) Real, invertida e mede 1 cm de altura.

c) Virtual, direita e mede 1 cm de altura.


34. Um objeto real é colocado sobre o eixo principal de um
espelho esférico côncavo, cuja distância focal mede 10 cm . d) Virtual, invertida e mede 1 cm de altura.
Sabendo-se que a distância do objeto ao espelho é muito e) Virtual, direita e mede 5 cm de altura.
grande, quando comparada com a distância focal, podemos
afirmar que a natureza da imagem e o valor aproximado de
sua distância ao espelho são, respectivamente:
38. Um objeto real está colocado diante de uma lente
a) Real; 10cm. convergente imersa no ar. A imagem desse objeto se forma
no mesmo lado numa posição cuja distância à lente é maior
b) Imaginária; 10cm. do que a distância do objeto à lente. Nessa situação, a
c) Real; 20cm. imagem formada é:

d) Real; 5cm. a) virtual, direita e maior do que o objeto.

e) Imaginária; 5cm. b) virtual, invertida e maior do que o objeto.

c) real, invertida e menor que o objeto.

35. Um observador encontra-se à beira de um pequeno lago de d) real, direita e menor que o objeto.
águas bem limpas, no qual se encontra imerso um peixe. e) real, invertida e maior que o objeto
Podemos afirmar que esse observador

a) não poderia ver esse peixe em hipótese alguma, uma vez que a
água sempre é um meio opaco e, portanto, a luz proveniente do 39. Selecione a alternativa que preenche corretamente as
peixe não pode jamais atingir o olho do observador. lacunas do seguinte texto. Uma pessoa vê nitidamente um
objeto quando a imagem desse objeto se forma sobre a
b) poderá não enxergar esse peixe, dependendo das posições do retina. Em pessoas míopes, a imagem se forma à frente da
peixe e do observador, devido ao fenômeno da reflexão total da retina. Em pessoas hipermétropes, os raios de luminosos são
luz. interceptados pela retina antes de formarem a imagem (diz-
c) enxergará esse peixe acima da posição em que o peixe se, então, que a imagem se forma através da retina).
realmente está qualquer que seja a posição do peixe, devido ao Pessoas míopes devem usar óculos com lentes ............... e pessoas
fenômeno da refração da luz. hipermétropodes devem usar óculos com lentes .........
d) enxergará esse peixe abaixo da posição em que o peixe a) convergente – biconvexas
realmente está, qualquer que seja a posição do peixe, devido ao
fenômeno da refração da luz. b) convergentes – divergentes

PARTICULARES DE MEDICINA
c) plano–convexas – divergentes

d) divergentes – bicôncavas

e) divergentes – convergentes

40. Em relação a fenômenos ópticos e suas aplicações, é correto


afirmar:

A) A refração da luz é o fenômeno pelo qual, ao passar de um


meio para outro, a velocidade da luz permanece a mesma, ainda
que sua direção de propagação sofra uma mudança.

B) A imagem real ou virtual de um objeto, obtida por meio de


espelhos planos ou esféricos, provém da reflexão da luz por esses
espelhos.

C) A imagem formada por um espelho plano é sempre real.

D) As fibras ópticas são aplicações tecnológicas da reflexão total,


fenômeno pelo qual a luz passa de um meio menos refringente
para outro mais refringente.

E) Defeitos de visão como a miopia e a hipermetropia, nos quais a


imagem é formada, no primeiro caso, antes da retina e, no
segundo, depois da retina, são corrigidos com lentes convergentes
e divergentes, respectivamente.

GABARITO
01 02 03 04 05
E C D C A
06 07 08 09 10
E C C D A
11 12 13 14 15
B A D A E
16 17 18 19 20
D A E A E
21 22 23 24 25
E D A E C
26 27 28 29 30
C D E B E
31 32 33 34 35
C B A A C
36 37 38 39 40
D C A E B

PARTICULARES DE MEDICINA

Você também pode gostar