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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL 1

Profa. Luciana Magalhães Rebelo Alencar

PRÁTICA 7 – Movimento de projétil

Discente: Américo Pinheiro Neto

SÃO LUIS – MA

2022
Introdução

O movimento parabólico é caracterizado por dois movimentos simultâneos em


direções perpendiculares, mais especificamente um deles um Movimento Retilíneo
Uniforme e outro um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Essas
circunstâncias foram nomeadas por Galileu como movimento composto em sua obra
Duas Novas Ciências, onde também demonstrou que um projétil num lançamento
oblíquo se desloca segundo uma parábola. Tal lançamento se enquadra no
movimento parabólico pois, desprezando o atrito do ar e demais efeitos não inerciais
da Terra, o objeto se desloca verticalmente acelerado pela ação da gravidade local,
e, horizontalmente se desloca seguindo velocidade constante.[1]

Imagem 1: Movimento parabólico de um projétil

Nesse caso, o objeto é lançado com uma velocidade inicial (v0) e está sob a ação da
força da gravidade (g).
Geralmente, a velocidade vertical é indicado por V com y subscrito, enquanto a
horizontal é V com x subscrito. Isso porque quando ilustramos o lançamento oblíquo,
utilizamos dois eixos (x e y) para indicar os dois movimentos realizados.
A posição inicial (s0) indica o local onde tem início o lançamento. Já a posição final
indica o local onde o objeto cessa o movimento parabólico.
Além disso, é importante notar que após lançado ele segue na direção vertical até
atingir uma altura máxima e daí, tende a descer, também na vertical.
Como o lançamento oblíquo de um corpo produz um movimento parabólico, podemos
analisar separadamente suas componentes: vertical e horizontal.
Velocidade vertical em função do tempo:
(1) Vy=Voy +/- gt
O + ou - na fórmula depende da direção do movimento, negativo na subida, pois é a
direção contrária a aceleração da gravidade.
O corpo lançado faz um ângulo teta (teta) em relação à horizontal e com isto podemos
decompor o vetor velocidade em uma componente horizontal Vx e uma componente
vertical Vy.
Altura máxima em função do ângulo:
(2) h=Vo2sen2 ø/2
Alcance máximo:
(3) A=sen2ø/g

Objetivos
• Determinar como cada parâmetro (altura inicial, ângulo inicial, velocidade
inicial, massa, diâmetro e altitude) afeta a trajetória de um objeto, com e sem
resistência ao ar.
• Prever como a variação das condições iniciais afeta o caminho do projétil, e
explicar sua a previsão.
• Estimar onde um objeto irá pousar, dadas suas condições iniciais.
• Determinar que o movimento x e y de um projétil são independentes.
• Investigar as variáveis que afetam a força de arrasto.
• Descrever o efeito que a força de arrasto tem na velocidade e aceleração.
• Discutir o movimento do projétil usando vocabulário comum (como: ângulo de
lançamento, velocidade inicial, altura inicial, intervalo, tempo).

Materiais e métodos

Foi utilizado um software com todas as esquematizações necessárias para lançar


projéteis e analisar sua trajetória.

➢ Pré laboratório
• Escolheu-se a variável da resistência do ar para criar o experimento
• No software foi ultizado a bola de canhão e observou-se que o objeto percorreu
uma trajetória menor, os vetores mostraram que o resultado disso foram por conta
de forças Fdx e Fdy, forças de arrasto, que atuavam no sentido contrário à
trajetória e à força gravitacional.
• O arrasto, que é a força que o ar exerce sobre o objeto influenciando sua trajetória.
É uma força de fricção que age em direção paralela e perpendicular à superfície
do objeto.
• Os vetores tem a sua direção levemente alterada, sendo mais visível no vetor de
aceleração.
• Observa-se que os pontos preto ficam mais próximos á medida que o objeto atinge
o ápice de sua trajetória devido ao fato da velocidade do mesmo começar a
diminuir.

➢ Atividade
Usando o software, na aba “Lab", ajustou-se o canhão para a altura de 0 metros e
o ângulo para 60°, usando para todos os lançamentos. Também foram ativadas a
resistência do ar, então para cada objeto foi feito um lançamento, anotando as
características desses objetos em uma tabela e os valores de distância, altura,
tempo e velocidades para cada um.
Utilizando a equação 2, encontrou-se os valores das velocidades iniciais de cada
objeto em sua trajetória e, utilizando a equação 1 calculou-se a velocidade final.

Resultados e discussões
Os valores encontrados foram organizados na tabela a seguir:

Tabela 1
Pode-se observar que o movimento parabólico é caracterizado por dois movimentos
simultâneos em direções perpendiculares, mais especificamente um deles um
Movimento Retilíneo Uniforme e outro um Movimento Retilíneo Uniformemente
Variado, que em condições inerciais, atuam de forma independente.
Notou-se que, desprezando o atrito do ar e demais efeitos não inerciais da Terra, o
objeto se desloca verticalmente acelerado pela ação da gravidade local, e,
horizontalmente se desloca seguindo velocidade constante, ou seja, os movimentos x
e y dos objetos são independentes.
Através da equação 1, foi possível fazer uma análise completa da velocidade dos
objetos e também descobrir onde eles irão cair através do alcance, que está
relacionado na equação, além de também ser possível fazer prever como as
variações das condições iniciais afetam a trajetória. Por exemplo:
Analisando um projétil é disparado a partir do solo com uma velocidade inicial Vo,
formando um ângulo ø com o solo, em um local com aceleração da gravidade
constante g temos as fórmulas:
• A = Vo2 sen (2ø)/ g (1)
• ΔT = 2Vo sen ø/ g (2)
• ΔT = A sec ø/ Vo (3)
No topo do voo só existirá a componente horizontal da velocidade, que durante toda
a trajetória mantém-se constante, desde que os atritos com o ar sejam desprezíveis.
Essa componente Vx é tal que:
• Vx = Vo cos ø
A gravidade atuará, na primeira metade do movimento, como força antimovimento no
eixo y referente ao movimento. Logo após o ponto mais alto do voo, a gravidade
começa a atuar como força a favor do movimento (em y), e Vy começa a aumentar.
Pela fórmula do alcance, é possível notar que ele será máximo quando o ângulo de
lançamento for de 45°, pois:
A = V02 sen (2 × 45°)/ g
A = V02 sen (90°)/ g
Como sen 90° = 1
A = V02/ g (5)
Qualquer outro valor para ø, resultaria em um seno menor que 1.

Conclusão

Em suma, foi possível compreender muito bem os fundamentos que regem os


movimentos de projéteis , sendo possível determinar como cada parâmetro afeta a
trajetória do lançamento e prever essas alterações.
Também foi possível entender como os movimentos x e y são independentes e
investigar as variáveis que afetam a força de arrasto. Com todos os objetivos
concluídos o experimento foi finalizado com sucesso.
Referências
[1] Wikipedia, Lançamento de projétil, Disponível em:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_parab%C3%B3lico. Acesso em: 4 de
dezembro de 2022.
[2] Todamatéria, Lançamento oblíquo, Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/lancamento-obliquo/. Acesso em 4 de dezembro de
2022.
[3] Phet, Software utilizado, Disponível em:
https://phet.colorado.edu/sims/html/projectile-motion/latest/projectile-
motion_pt_BR.html.

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