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PROJETO DE

VIDA

1 Ano ensino Médio

PROFESSORA :Rita de Cássia Torres Filgueira


Rocha
DINAMICA DO ESPELHO

CAIXA DE PRESENTE : Em uma caixa de presente colocar um espelho falar para


os alunos que ganhou um presente muito interessante e muito
importante, no quadro vai estar escrito alguns valores sobre o companheirismo
,justo ,estudioso ,atencioso, humilde, organizado, e etc.Você vai ler uma
característica e vai dar para o aluno , em seguida oaluno vai fazer o mesmo para seu
colega e e falar porque está dando aquela caixa de presente aí o aluno vai ver dentro
do presente e não vai contar para o colega o que tem na caixa.

SEMANA 1

HABILIDADE(S):Reconhecer a si próprio como ser único com qualidades e potenciais a


desenvolver.

TEMA: QUEM SOU EU?

ATIVIDADES

1 - Para iniciar a construção do seu Portfólio/Caderno de Projeto de Vida e para que


você possa se conhecer um pouco mais, anote, reflita e responda às seguintes perguntas:
-Eu sou?
-Meu desejo é?
-Eu nasci em?
-Meus pais são?
-Minhas características físicas são?

-Meus compromissos são?


-Eu faço o quê? Por que faço? O que eu faço, aproxima as pessoas?
-Eu sou feliz quando?
-Como anda a minha relação comigo mesmo?
-Como andam meus relacionamentos?
-Quais são as qualidades das pessoas com quem mantenho amizade?
2– Depois das imensas descobertas e das escritas tão valorosas sobre você, leia o
texto a seguir e anote em seu portfólio o que lhe chamou mais atenção.
VISUALIZANDO NOVOS CAMINHOS
Quando alguém pretende construir uma casa, um engenheiro é contratado para planejar
tudo que será necessário fazer antes de começar as obras. A partir do projeto, ele terá
uma noção do material ne- cessário e de quantos trabalhadores serão contratados para a
construção ocorrer no tempo determi- nado. Se não houvesse um planejamento prévio,
provavelmente, os trabalhadores não saberiam como
2 – Leia a letra da música Caçador de mim, de Sérgio Magrão e Luiz Carlos
Sá.
Caçador de Mim
Por tanto amor Por tanta emoção
A vida me fez assim Doce ou atroz Manso ou feroz
Eu, caçador de mim Preso a canções Entregue a paixões Que nunca tiveram fim Vou
me encontrar Longe do meu lugar

Eu, caçador de mim


Nada a temer senão o correr da luta Nada a fazer senão esquecer o medo Abrir o peito
à força, numa procura Fugir às armadilhas da mata escura Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim Vou descobrir O
que me faz sentir Eu, caçador de mim
3 – Elabore no seu portfólio um pequeno texto dissertativo sobre quem é você,
quais são os seus desejos e tudo que faz sentido para você. Essa é uma pergunta
necessária e que vai dar início ao seu Projeto de Vida. Reflita bastante e responda à
pergunta para você mesmo: Quem sou eu?
PROJETO DE VIDA
DINAMICA DO ESPELHO

CAIXA DE PRESENTE :
Em uma caixa de presente colocar um espelho falar para os alunos
que ganhou um presente muito interessante e muito importante, no quadro vai estar
escrito alguns valores sobre o companheirismo ,justo
,estudioso ,atencioso, humilde, organizado, e etc.Você vai ler uma característica e vai
dar para o aluno , em seguida oaluno vai fazer o mesmo para seu colega e e falar
porque está dando aquela caixa de presente aí o aluno vai ver dentro do presente e não
vai contar para o colega o que tem na caixa.

SEMANA 1

HABILIDADE(S):Reconhecer a si próprio como ser único com qualidades e potenciais a desenvolver.

TEMA: QUEM SOU EU?

ATIVIDADES
1 - Para iniciar a construção do seu Portfólio/Caderno de Projeto de Vida e para que você possa seconhecer um pouco
mais, anote, reflita e responda às seguintes perguntas:
-Eu sou?
-Meu desejo é?
-Eu nasci em?
-Meus pais são?
-Minhas características físicas são?
-Meus compromissos são?
-Eu faço o quê? Por que faço? O que eu faço, aproxima as pessoas?
-Eu sou feliz quando?
-Como anda a minha relação comigo mesmo?
-Como andam meus relacionamentos?
-Quais são as qualidades das pessoas com quem mantenho amizade?
VISUALIZ ANDO NOVOS CAMINHO
2– Depois das S
imensas Quando alguém pretende construir uma
descobertas e casa, um engenheiro é
das escritas tão contratado para planejar tudo que será necessário fazer antes
valorosas sobre de começar as obras. A partir do projeto, ele
terá uma noção do material ne- cessário e
você, leia o texto a de quantos trabalhadores serão contratados para a
seguir e anote em construção ocorrer no tempo determi-nado. Se não
seu houvesse um planejamento prévio, provavelmente, os
portfólio o que trabalhadores não saberiam como
lhe chamou mais
atenção.
desempenh ausência de planejamento sobre o que realmente
ar queremos. Um Projeto de Vida é um plano colocado
ordenadam em papel para que possamos visualizar melhor os
ente suas caminhos que devemos seguir para alcançar nossos
funções. objetivos. Desse modo, necessitamos saber claramente
Inclusive quais são eles eter em mente também quais são os
seria muito nossos valores, pois são eles que nortearão nossas
complicado escolhas. Isso é fundamental para viver em harmonia
prever os com o que realmente nosso coração pede, pois, na
recursos ausência de um Projeto de Vida, corremos o risco de
ne- ficar sem direção. Dessa forma, conhecer-se, saber o
cessários que avida realmente significa para você e conhecer
para a obra. seus valores são de fundamental importância no pla-
arA casa, nejamento do seu Projeto de Vida. É através dele que
provavelme você poderá se desenvolver melhor e realizar os seus
nte, nunca sonhos. Lembre-se: nada é estático, e você precisa
seria estar em constante evolução.
construída
ou, se
fosse, com
certeza,
nãoiria
satisfazer 2– Leia a letra da música Caçador de mim, de
os desejos Sérgio Magrão e Luiz Carlos Sá.
de seu
dono. Na Caçador de Mim
vida, ocorre
algo Por tanto amor Por tanta emoção
similar. A vida me fez assimDoce ou atroz Manso ou feroz
Possuímos Eu, caçador de mim Preso a canções Entregue a
muitas
metas e paixões Que nunca tiveram fimVou me encontrar Longe
planos os do meu lugar
quais
pretendemo
s realizar.
Temos a
opção de
escolher o
nosso
caminho.
Entretanto,
inúmeras
vezes
escolhemos
rotas que
nos afastam
de nosso
objetivo
maior ou
ficamos
confusos
em relação
ao rumo a
ser seguido
pela
Eu, caçador de Nada a fazer senão esquecer o
mim Nada medo Abrir o peito à força, numa
a procura Fugir às armadilhas da
temer mata escura Longe se vai
senão Sonhando demais
o Mas onde se chega
correr assim Vou descobrir
da O que me faz sentir
luta Eu, caçador de mim
3 – Elabore no seu portfólio um pequeno texto dissertativo sobre quem é você, quais são os seus
desejos e tudo que faz sentido para você. Essa é uma pergunta necessária e que vai dar início ao seu
Projeto de Vida. Reflita bastante e responda à pergunta para você mesmo: Quem sou eu?

SEMANA 3

HABILIDADE(S):Construir e valorar positivamente os conceitos acerca de si próprio.

TEMA: ESPELHO, ESPELHO MEU... COMO EU ME VEJO?

ATIVIDADES
1 – Biografia é a história da vida de uma pessoa. A palavra tem origem nos termos gregos bios,
quesignifica “vida”, e graphein, que significa “escrever”. Sabendo, então, que uma biografia é a descrição
dos fatos particulares da vida de uma pessoa e sua trajetória, escreva a sua autobiografia no
seuportfólio, incluindo as seguintes informações:
a) Data de nascimento:
b) Local onde nasceu e vive atualmente:
c) Onde estudou:
d) Algumas habilidades específicas:
e) Um pensamento em que realmente acredite:
f) Algo sobre a sua família:
g) Com uma palavra, o que quer ser.

O título desta aula é Espelho, espelho meu... como eu me vejo? Você consegue responder esta
per- gunta? Como se enxerga quando se olha no espelho? Estas perguntas são essenciais para o
desen- volvimento do autoconhecimento. É preciso perceber a imagem que você cria de você
mesmo. O que enxerga no espelho nem sempre é o que as outras pessoas enxergam, e tudo bem.
Muitas vezes as pessoas possuem uma imagem distorcida de si próprias, mas é necessário
ressignificar o que você vê de si mesmo, principalmente para não esquecer o quanto você é
importante e saber que o responsável pelo seu Projeto de Vida é você!

Faça um auto Retrato


2 – Leia o texto abaixo e responda o que se pede:
3
O que é Forense?
Forense é um termo relativo aos tribunais ou ao Direito. Na maior parte das vezes, o termo é
de imedia-to relacionado com o desvendamento de crimes. Contudo, existem outras
aplicações do termo, comose verifica na expressão “expediente forense”, que designa o
horário de funcionamento dos tribunais.Ciência Forense é a aplicação de um conjunto de
técnicas científicas para responder a questões rela-cionadas ao Direito, podendo se aplicar a
crimes ou atos civis. O esclarecimento de crimes é a funçãode destaque da prática forense.
Através da análise dos vestígios deixados na cena do crime, os peritos, especialistas nas mais
diversas áreas, conseguem chegar a um criminoso. Algumas das áreas científi-cas que estão
relacionadas à Ciência Forense são a Antropologia, Biologia, Computação,
Matemática,Química, e várias outras áreas ligadas à Medicina, como por exemplo, a
Psicologia Forense.

Trata-se de um retrato falado de 7 mulheres, feito por um artista forense que trabalha no FBI. O
agente do FBI faz dois retratos de cada mulher, o primeiro com a própria pessoa se descrevendo e
o segundo com outra pessoa descrevendo a mesma mulher. O vídeo retrata as diferentes formas
de como eu me vejo e como as pessoas me vêem.
a) Depois de todas as informações acima, desenhe o seu autoretrato. É importante ter em
mente que a imagem que a pessoa tem de si mesma pode ser, ou não, exata. Você já
parou para pen- sar que todo ser humano tem um eu e uma autoimagem? Para fazer seu
autorretrato, siga as seguintes orientações: pegue uma foto recente sua ou fique na
frente do espelho e desenhe em seu portfólio a sua face com as suas características
físicas, de acordo com o que você enxerga de si próprio:

1º passo: faça linhas básicas que definem o contorno do rosto e maxilar;


2º passo: defina as sobrancelhas e o corte e tipo do cabelo;
3º passo: depois os lábios, o nariz, os olhos e as orelhas;
4º passo: em seguida, coloque detalhes importantes como barba, pintas, rugas, óculos, etc.
5º passo: por último, busque perguntas precisas, como: estatura, peso, cor e personalidade e
descreva o seu autoretrato. Escreva o que você acha da pessoa que desenhou.

Vale a pena VER: “CSI: Las Vegas” é o título de uma série americana de investigação criminal que,
no Brasil e em outros países, popularizou o trabalho dos cientistas forenses, os peritos que
desvendam os mais variados crimes e conduzem à identificação do culpado.

O que escreveu anteriormente sobre você é o “COMO VOCÊ SE VÊ”, a partir de como se desenhou. Isso
faz sentido para você? O fato é que nem sempre as pessoas prestam a devida atenção em si
mesmas e se não é possível enxergar-se como realmente é, não é possível ser feliz, seguir um
caminho rumo ao sonho que possui.

4 – Para ajudar você neste processo de autoconhecimento, converse com algumas pessoas com quem
convive e procure saber o que elas enxergam de você. Escreva no seu portfólio a sua análise
depois de comparar o que você enxerga de si mesmo e o que as pessoas enxergam de você.

SEMANA 4
Habilidades socioemocionais: Responsabilidade, perseverança, autodeterminação,
autoconhecimento.

TEMA: QUE LUGARES EU OCUPO?

ATIVIDADES

Você já parou para pensar sobre quais são os lugares que ocupa? Ou quantos
lugares existem no mun- do? Ou mesmo, quantos lugares você deseja conhecer ou
estar um dia? Estas perguntas são muitonecessárias para o Projeto de Vida de
qualquer pessoa. Pensando no processo de autoconhecimentoque você vem
realizando, outro ponto fundamental nesta jornada é saber quais são os lugares
que vocêocupa no mundo.

1 – Leio o texto “Família e escola” e responda o que se pede:

Família e Escola
“Comparados a outros seres, somos um animal frágil: possuímos reduzida força física, não temos
muita velocidade de deslocamento, nossa pele é pouco resistente ao clima e agressões, não
nadamos bem e não voamos, não resistimos mais do que alguns dias sem água e alimento, nossa
infância é muito de- morada e temos de ser cuidados por longo tempo. Ora, vivemos em um
planeta que oferece condições de vida muito especializadas; um animal como nós não teria chance
nas regiões polares, nas desérti- cas, nas florestas equatoriais, nas de inverno inclemente, nos
oceanos, etc. [...]
O que vai nos diferenciar, de fato, é que só o animal humano é capaz de ação transformadora
conscien- te, ou seja, é capaz de agir intencionalmente (e não apenas instintivamente ou por
reflexo condiciona- do) em busca de uma mudança no ambiente que o favoreça. Essa ação
transformadora consciente é exclusiva do ser humano e a chamamos trabalho ou práxis; é
consequência de um agir intencional que tem por finalidade a alteração da realidade de modo a
moldá-la às nossas carências e inventar o am- biente humano. [...]
Se o trabalho é o instrumento, qual é o nome do efeito de sua realização? Nós o denominamos
Cultura (conjunto dos resultados da ação do humano sobre o mundo por intermédio do trabalho). [...]
[...] Em suma, o Homem não nasce humano e, sim, torna-se humano na vida social e histórica, no
inte- rior da Cultura. [...]
[...] Um dos produtos ideais da cultura são os valores, por nós criados para o existir humano, pois,
quan- do os inventamos, estruturamos uma hierarquia para as coisas e acontecimentos, de modo a
estabele- cer uma ordem na qual tudo se localize e encontre seu lugar apropriado.
[...] O principal canal de conservação e inovação dos valores e conhecimentos são as instituições
so- ciais como a família e a Igreja, o mercado profissional, a mídia, a escola etc.[...] ao contrário
dos outros seres vivos, nós os humanos, dependemos profundamente de processos educativos
para nossa sobre- vivência (não carregamos em nosso equipamento genético instruções suficientes
para a produção da existência) e, desse prisma, a Educação é instrumento basilar para nós.
No entanto, a Educação pode ser compreendida em duas categorias centrais: educação vivencial e
espontânea, o “vivendo e aprendendo” (dado que estar vivo é uma contínua situação de
ensino/aprendi- zado), e educação intencional ou proposital, deliberada e organizada em locais
predeterminados e com instrumentos específicos (representada pela Escola e, cada vez mais, pela
mídia). ”
CORTELA, M. S. A Escola e o Conhecimento. Ed. São Paulo: Cortez, 1998. p. 33 a 49.

Conforme o texto apresentado, a espécie humana enfrenta muitas dificuldades de adaptação e


sobre- vivência, mas se serve de sua inteligência para criar maneiras de compensar suas
fraquezas. Conside- rando sua leitura e reflexão, responda em seu portfólio as perguntas que
seguem abaixo:
a) Já nascemos seres sociais? Por quê?

b) Segundo o texto, somos seres frágeis. Por que ele afirma isso?

c) O que nos diferencia dos outros seres vivos?

d) Segundo o texto, qual a importância da educação para o ser humano? Argumente se você
está de acordo ou não com o que aborda o texto?
2 – Se possível, escute a música Até quando? do cantor e compositor, Gabriel, o Pensador. (Link:
https://www.youtube.com/watch?v=atXuxbc7zZk). Fique atento em relação às críticas abordadas
na letra da música. Essa música foi lançada em 2001 com o objetivo de despertar a coragem das
pessoas pela luta dos seus direitos, além de provocar a mudança de postura diante dos desafios
sociais. E caso não seja possível ouvir, segue a letra da música:

Até quando? Soltou o deputado


Não adianta olhar pro
E absolveu os PMs de Vigário!
céu Com muita fé e
A polícia só existe pra manter você na lei Lei do silêncio,
pouca luta lei do mais fraco
Levanta aí que você tem muito protesto pra Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro
fazer E muita greve, você pode, você deve, saco A programação existe pra manter você na
pode crer Não adianta olhar pro chão frente Na frente da TV, que é pra te entreter
Virar a cara pra não ver Que é pra você não ver que o programado é você!
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero
so- freu não quer dizer que você tenha que sofrer! trabalhar
Até quando você vai ficar usando O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude
rédea?! Rindo da própria tragédia estudar
Até quando você vai ficar usando E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que
rédea?! Pobre, rico ou classe média eu saiba falar
Até quando você vai levar cascudo Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
mudo? Muda, muda essa postura Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de
tan- to ralar
Até quando você vai ficar mudo?
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra
Muda que o medo é um modo de fazer censura
raciocinar
Até quando você vai levando? (Porrada!
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no
Porrada!!) Até quando vai ficar sem fazer nada?
mes- mo lugar?
Até quando você vai levando? (Porrada!
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra
Porrada!!) Até quando vai ser saco de pancada?
dar! Escola! Esmola! Favela, cadeia!
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
Sem terra, enterra!
O seu filho sem escola, seu velho tá sem
Sem renda, sem renda! Não! Não!!
dente Cê tenta ser contente e não vê que é
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
revoltante Você tá sem emprego e a sua filha
A gente muda o mundo na mudança da mente
tá gestante Você se faz de surdo, não vê que
E quando a mente muda a gente anda pra frente
é absurdo Você que é inocente foi preso em
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
flagrante!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude
É tudo flagrante! É tudo nem doença sem cura
flagrante!! A polícia Na mudança de postura a gente fica mais
Matou o estudante seguro Na mudança do presente a gente
Falou que era molda o futuro!
bandido Chamou de Até quando você vai ficar levando porrada, até quando
traficante! A justiça vai ficar sem fazer nada
Prendeu o pé-rapado Até quando você vai ficar de saco de pancada? Até quando?

PENSADOR, Gabriel o - Até Quando? - SME (em nome de Sony BMG Music Entertainment). Disponível em: https://www.youtube.com/
watch? atXuxbc7zZk. Acesso em: fevereiro de 2021.
Após ouvir (ou ler) a música, conforme o trecho destacado a seguir, responda em seu portfólio:

“Muda que quando a gente muda o mundo muda com a


gente A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na
gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem
cura Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”

a) Você acredita que as pessoas, quando se unem em prol de alguma causa, conseguem
mudar uma realidade? Se sim, você conhece algum exemplo?
b) Se você fosse defender uma causa social, qual seria? Por quê?
c) Você desenvolve algum tipo de trabalho voluntário? Se sim, qual?

SEMANA 5

TEMA: DE ONDE EU VENHO?

HABILIDADE(S):Conhecer a realidade na qual se insere, expressando a própria história pessoal.

ATIVIDADES

De onde você vem? Na última semana você pensou os lugares que fazem parte da vida e
como a con- vivência em sociedade pode contribuir com o Projeto de Vida das pessoas. Mas
para além dos lugaresque as pessoas ocupam, existe a relação com os lugares de onde elas
vieram. Que “lugar” seria esse?A história pessoal deve ser um componente importante do
Projeto de Vida. Antes mesmo de você pen-sar para onde quer ir e o que quer ser, é
importante saber de onde vem, o que gostaria de superar ou criar para o futuro. A sua casa,
seus pais, sua família e sua vida cotidiana, por meio de uma rede de relações sociais e
afetivas, integram o primeiro momento de conhecimento sobre o mundo. Pois, é noprocesso
de relações diversificadas que é possível interiorizar valores e construir formas próprias
deperceber e estar no mundo, se constituindo enquanto sujeito.

1 - Leia a crônica de Clarice Lispector e responda o que se pede em seu portfólio:


PERTENCER
Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança
quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não
importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como
se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma
freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei
bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito
pobre. Só tenho um corpo e uma alma. É preciso mais do que isso. Com o tempo, sobretudo os
últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como é. É uma espécie toda nova de “solidão
de não pertencer” que começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de
associa- ções? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por
exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu
pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se
tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente
nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações
patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com
papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas
vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer
para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa. Quase consigo me
visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e, no entanto, premente sensação de
precisar pertencer. Por moti- vos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e
fiquei apenas: nascida.
No entanto, fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e,
por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma
doen- ça. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe.
E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como
se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me
perdoaram por eu ter nascido em vão e tê -los traído na grande esperança.
Mas eu não me perdoo. Queria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar
minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a
alguém essa es- pécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da
fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco
não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está
no de- serto e bebe sôfrego o último gole de água de um cantil. E depois a sede volta e é no
deserto mesmo que caminho!
LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. p.110 – 478

a) Por que Clarice Lispector se sentia deserdada da vida?


b) Para Clarice Lispector, o que significa pertencer?
c) “Nasceu e ficou simplesmente nascida”, “Não recebeu a marca do pertencer”. Que marca é
essa a que Clarice se refere?
d) Assim como Clarice Lispector, que histórias você tem sobre a sua origem?
e) O que você sabe acerca das expectativas dos seus pais sobre você, antes mesmo do seu
nascimento?
Depois de sua reflexão é importante que você entenda sobre nascer com uma missão, um legado
ou uma função familiar pré-estabelecida e o que se pode fazer para superar esse legado e traçar a
própria história. Cada pessoa possui sua história de vida e ela começa a ser construída antes
mesmo do nasci- mento. Para isso, a crônica de Clarice Lispector, mostra a profundidade da
trajetória da personagem, seus sentimentos e as transformações pelas quais passou. Você precisa
respeitar a própria história por aquilo que ela tem de diferente e que através dela podem criar
confiança no mundo e em si mesmo. Já para a vida futura, é importante criar vínculos seguros e
saudáveis com a própria história.

2 – Continuando o caminho do autoconhecimento, faça o registro em seu portfólio sobre o seu


passado, pois isso evita que aprendizados se percam pelo caminho. Ler anotações antigas pode ser
muito valioso para que você entenda o seu contexto de vida. Saber de onde vem é tão necessário
quanto saber para onde vai. Assim, organize suas histórias de vida, redimensione o valor de cada
uma delas e das pessoas que lhe fazem bem. A busca pelo significado de cada uma dessas coisas
pode até ser difícil de definir, mas o que importa é o diálogo que você faz consigo mesmo, essa
será a sua melhor tradução. Coloque os nomes das pessoas da sua família na árvore abaixo e depois
escreva o que essas pessoas representam para você. Depois responda às questões abaixo:

a) Na família, além do nome, o que mais é herdado?


b) Quais as capacidades que você tem vindas de sua origem?
c) Em sua opinião, qual foi o legado mais importante que sua família deixou para você?
d) O que você gostaria de deixar como legado para a sua família?
Então, estudante, o que achou da semana? Este momento é muito importante para você entender
o seu passado para conseguir se projetar melhor no futuro. O passado, o presente e o futuro se
relacionam, uma vez que, por meio da memória podemos olhar o passado e pensar sobre ele de
acordo com a ideia que temos de nós mesmos, no presente e com isso, mudar o nosso futuro.

SEMANA 6
Habilidades Socioemocionais: Autorreflexão, autoconfiança e autoestima.

TEMA: MINHAS FONTES DE SENTIDO E SIGNIFICADO DA VIDA.

• o LOGOS (pensamento, razão, a ciência);


• o PATHOS (afetividade, relação do homem consigo mesmo e com os outros);
• o EROS (impulsos, corporeidade) e;
• o MYTHUS (relação do homem com a vida e a morte, com o bem e o mal).

ATIVIDADES

Você já se perguntou qual o sentido da vida para você? Na verdade, existem vários e diferentes
sentidos que as pessoas dão à vida. Você já parou para pensar nos valores que possui e dá às
coisas e pessoas que fazem parte da sua vida? Sobre isso, você acha comum a valorização das
pessoas a partir do que elas possuem e não do que elas são?
Os valores e princípios que orientam a relação humana, tais como afeto e respeito pelo outro, algumas
vezes são deixados de lado, causando o que Antônio Carlos Gomes da Costa (1940 – 2011) (veja quem
foi esse educador na sessão para “Para Saber Mais”) chama de “crise de uma época.” Ao mesmo tempo
em que se vive essa crise na relação humana, existem pessoas que buscam outro sentido para as
suas vidas, ativando a dimensão transcendental que ressignifica a própria natureza humana.
Sobre a transcendentalidade é importante dizer que nesta aula, esse tema não será abordado do
ponto de vista de religião alguma. A transcendentalidade tratada aqui, diz respeito à natureza
humana de cada pessoa, a consciência de si mesmo e a busca de sentido da vida.

A importância de refletir sobre a dimensão transcendente da vida perpassa, portanto, pela busca
de sentido existencial. É buscar no interior de si mesmo, o que significa a forma de ser e estar no
mundo. Sobre isso, você já pensou sobre o que dá SIGNIFICADO e SENTIDO à sua existência neste
mundo? Para algumas pessoas, por exemplo, fazer o bem e ser solidário é o que mais dá sentido à
vida.

1 - Sendo assim, escreva no seu Portfólio sobre o sentido da vida para você. Depois, que tal
conversarsobre o conteúdo dessa aula com alguém da sua casa? Procure saber dessa pessoa escolhida
por você, qual o sentido que ela atribui a própria vida.

2 – Considerando o que escreveu na questão anterior, você acha que age de acordo com o que fazsentido para
você? A pergunta parece descabida? Hum... Será? Nesses tempos de Skype, WhatsApp,Facebook e
Instagram, nem tudo sobre o que as pessoas falam e fazem, pode ter um real sentidopara elas, não é
verdade? Existe uma grande possibilidade das suas atitudes estarem seguindo tendências que não
condizem com o que elas são. Você já pensou nisso? Escreva em seu portfólio oque pensa sobre isso.

3 – Seguindo o raciocínio da questão anterior, pense na importância que você deu aos principais
acontecimentos que ocorreram na sua vida. Pensar sobre isso ajudará você a descobrir também, o que é
importante para você e qual é sua fonte de significado da vida.

SEMANA 7

TEMA: EU E OS MEUS TALENTOS NO PALCO DA VIDA.

Habilidades Socioemocionais: Autoconfiança, autoconceito e autoestima.

ATIVIDADES
Cada pessoa possui características que gosta e outras que sabe que precisa melhorar. Todo ser
huma-no deve refletir sobre o que sabe e o que gostaria de saber. É a partir das características
de algo, quevocê passa a conhecer melhor, por exemplo, quando faz uma pesquisa na internet
sobre um país, cons-tam todas as características desse país: número de habitantes, idioma
falado, sua capital, informações sobre a cultura, sua bandeira. Com isso você passa a conhecer
um pouco mais sobre ele. Da mesmaforma acontece com as pessoas. Quando alguém
pergunta quem é você, logo aparecem informaçõesimportantes sobre a sua personalidade,
seus gostos, a sua história de vida, suas habilidades e outras in-formações que você demonstra
para que as outras pessoas saibam quem você é de verdade. Essa com-paração serve para
você compreender a importância do autoconhecimento para o desenvolvimento
do seu Projeto de Vida. Quais são os seus talentos? Quais são as suas habilidades? O que você
deseja desenvolver? São perguntas como essas que vão ajudá-lo a se conhecer melhor e atuar
diante da vidade maneira positiva, bem como valorizar os seus conhecimentos e habilidades.

1 - Que tal você construir a sua bandeira pessoal? Assim como um país tem a sua bandeira, você deveráter a sua, como
uma representação daquilo que você considera imprescindível para a realização doseu Projeto de Vida. Leia as instruções
antes de começar a preencher os quadrantes da bandeira quesegue na sequência. Vai ser bem divertido!

Instruções para preenchimento de cada quadrante da bandeira:


• “Sei”: sobre o que você sabe fazer hoje. Ex: Dançar, costurar, cozinhar e escrever poemas.

• “Não quero”: preencha essa parte com o que você não tem interesse em desenvolver, pois considera que isso
não influenciará no seu Projeto de Vida. Ex: Dirigir e falar em público;

• “Quero”: preencher com o que deseja dominar. Ex: Saber escrever um livro, ser organizado,saber planejar
e entender de educação financeira.

• “Não sei”: preencher esse quadrante com o que você quer desenvolver e que considera impor-tante para a realização do
seu Projeto de Vida. Ex: Ser empático (se colocar no lugar do outro), trabalhar em grupo e fazer trabalhos manuais.

SEMANA 8
TEMA: MINHAS VIRTUDES E AQUILO QUE NÃO É LEGAL, MAS QUE EU POSSO MELHORAR.
Habilidades Socioemocionais: Autorreflexão, autoconceito e autoconfiança.

ATIVIDADES

Os valores são fruto das trocas de afeto com as pessoas com quem convivemos. Sobre isso,
temos como exemplo, o que acontece com uma criança recém-nascida. Ela está sempre sob os
cuidados per-manentes (alimentação, banho, carinho etc.) de alguém que cuida dela. E assim,
existe uma grande possibilidade de que a criança projete sentimentos positivos sobre tal
pessoa, que geralmente é cha- mada de mãe. Sabia que a construção de valores se dá desde o
nosso nascimento? E à medida que nos desenvolvemos, desde a infância, alguns valores serão
mais intensos, é o que chamamos de valores centrais, enquanto outros valores terão menor
intensidade, o que chamamos de valores periféricosde nossa identidade.
Mas, os valores não são rígidos e podem mudar durante a vida. Um bom exemplo é que uma
pessoapode mudar seus valores aos 50 anos de idade depois de se tornar avó ou aos 25 anos
depois de um primeiro emprego. Isso significa que os valores dependem da intensidade dos
sentimentos morais quedesenvolvemos.
O mesmo valor pode ser central (quanto mais se gosta/intenso) ou periférico (quanto menos se
gosta/periférico) na identidade de cada pessoa, e isso depende das pessoas envolvidas e das
situações, ouseja, a identidade de uma mesma pessoa pode variar de acordo com os contextos e
as experiências decada um. Vamos exemplificar melhor:
• Há pessoas que consideram mais importante ter dinheiro ou usar uma roupa de grife
famosa doque ser justo ou honesto;
• Há pessoas que consideram importante ser íntegro; assim, é improvável, por exemplo,
que elasse neguem a pagar uma dívida. Se elas agem contra esse valor, sentem-se
envergonhadas. Isso porque o valor central dessa pessoa é a honestidade;
• Há pessoas que entendem a honestidade como um valor periférico; o fato de ficarem,
por exem- plo, devendo R $0,50 centavos na farmácia, não as deixa incomodadas.

É importante compreender que quanto mais se gosta de algo, mais isso é central na vida dessa
pes-soa, assim podemos citar mais um exemplo: há pessoas que adoram futebol e por isso
deixam de estarcom algumas pessoas ou fazer outras coisas, para assistir a uma partida. Isso,
portanto, é central naidentidade dessa pessoa.
Ainda explicando sobre valores centrais e periféricos, digamos que alguém pode ser
honesto, por exemplo, em relação aos amigos (meio interpessoal) ou absolutamente
desonesto em relação ao go-verno, ao não pagar impostos (meio sociocultural).

1. Partindo das explicações anteriores, responda:


a) É muito importante que você defina o seu próprio conceito de valor. O que é Valor para você?
b) De acordo com o seu próprio conceito de valor, analise as imagens abaixo e descreva uma
situação provável para cada uma delas e as sensações que elas despertam em você.
c) Para cada uma das imagens relacione alguns valores que você acha que estão envolvidos
nas descrições que fez sobre elas:

• Valores relacionados à Imagem 1:

• Valores relacionados à Imagem 2:

• Valores relacionados à Imagem 3:

• Valores relacionados à Imagem 4:

2 – Reflita sobre os valores centrais que você possui de acordo com as seguintes dimensões:
• Dimensão intrapessoal (você com você mesmo):

• Dimensão interpessoal (você com as pessoas):

• Dimensão sociocultural (você com a sociedade):


3 – Agora, depois de todas as reflexões que você realizou sobre valores, descreva os seus valores
em ordem de importância para você. No degrau 4, o de mais importância até chegar ao degrau 1, de
menor importância.

SEMANA 10

TEMA: EU, MEUS AMIGOS E O MUNDO. – PARTE 1.

Habilidades socioemocionais: Solidariedade, Empatia e Gentileza.

ATIVIDADES

Alguns laços de amizade são muito leves, passageiros, voláteis como borboletas: pessoas que cruza- mos na
rua e nos dizem bom dia, gente no ônibus em cuja companhia presenciamos uma cena e sorri- mos ou nos
indignamos, gente na fila do supermercado com quem trocamos algumas palavras.
Existem também os amigos de verdade. E grandes amigos. E melhores amigos. E o melhor amigo.Com
isso, o relacionamento é íntimo, e as duas pessoas envolvidas partilham uma identidade. O que asduas pessoas
se sobrepõem, e elas se influenciam mutuamente o tempo todo. Com isso, se modificam.
Elas se tornam nós, que não é só uma soma de você. É algo novo e muito maior. Tudo começa na in- fância.
Quando criança, se tem o pé no presente, e isso nos permite abastecer-se daquilo que, no fu- turo, vai servir
de base para nossos julgamentos e decisões. As primeiras lições vêm dos adultos. Com exemplos e palavras,
eles mostram e ensinam que é bom ser gentil e respeitoso com os outros, e que é preciso seguir algumas
regras para estar junto com outras pessoas em harmonia e com prazer.

Tudo começa com pequenas lições como estas:


• Dizer “obrigado” e “por favor”;
• Falar sem gritar e sem choramingar;
• Pedir para entrar na brincadeira;
• O que fazer quando espirrar ou tossir;
• Cumprimentar os outros;
• Deixar alguém passar na sua frente;
• Pedir desculpas quando esbarra em alguém;
• Não bater nos outros;
• Não pôr a culpa nos outros;
• Não apontar as falhas dos outros;
• Esperar sua vez;
• Não interromper quem está falando;
• Experimentar coisas novas (pratos, brincadeiras, lugares etc.);
• Observar as reações e expressões dos outros.

Já na adolescência, expressar-se e conhecer o que os outros expressam, ajuda a construir reflexões acerca da
visão de futuro. O que “os outros” (os companheiros) pensam e fazem ganha um peso novo, pois a necessidade de
se situar na sociedade humana é grande quando somos adolescentes. Talvez apalavra AMIGO seja a mais
importante para você nesta idade, e são muitos os que se avaliam pelo nú- mero de amigos que têm.
Agora, você está na fase da vida em que pode examinar suas experiências de criança e adolescente àluz de
novos conhecimentos, e isso ajuda a encontrar um jeito pessoal de se situar no mundo e nele in-terferir. Você
já sabe que os laços de amizade criam uma aliança com base no futuro, e não na origem.E sabe que, para se
situar e intervir no mundo, precisa da companhia e da ajuda dos amigos, que sãoos parceiros escolhidos por
você, com quem compartilha sua trajetória pelo planeta Terra. SER AMIGOexige de você certas atitudes,
comportamentos, modos de agir, escolhas.

1– Sabendo disso, escreva uma carta de gratidão pela amizade de um (a) amigo (a), para depois
entregá-la a essa pessoa. A carta, portanto, é um agradecimento por sua colaboração com sua vida
até aqui.

Você sabe o que significa companheirismo? Segundo o novo dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, companheirismo é mostrar ter solidariedade própria de companheiro, coleguismo.
Entretanto, é pos- sível associarmos a palavra a uma série de outros comportamentos para com o
outro, alargando assim esse conceito, ou seja, companheirismo pressupõe apoio, divisão de tarefas,
alegrias e tristezas, em- patia e, principalmente, ter ciência da importância de construir um projeto de
vida que visa fomentar amizades saudáveis ao longo da existência. É construir laços afetivos com
pessoas sem necessaria- mente esperar algo em troca, pois esse é o fundamento básico da
construção de relações positivas e duradouras.
2- Depois de refletir sobre o que é ser uma pessoa companheira, analise as situações que se seguem:

SITUAÇÃO 1
Domingo de jogo, estádio cheio, você entra em campo com seu time diante de sua torcida. A
parti- da já começa disputada com as duas equipes buscando a vitória. Em determinado
momento, você recebe a bola e parte para o gol sendo marcado direto por um jogador do time
adversário, mas, na disputa, seu oponente cai machucado e, sendo também atleta, você percebe
logo que a lesão é grave. Descreva qual seria sua atitude?

SITUAÇÃO 2
Final de ano letivo na escola, você recebeu as notas e... Que bom! Passou de ano, agora é curtir
as férias. Um de seus colegas de turma, bom estudante e com boas notas, se complicou um
pouco e foi parar no temido exame final em uma disciplina que você domina muito bem.
Sabendo de sua habi- lidade com a matéria, esse colega o procura perguntando se você poderia
dar uma ajudinha. Acon- tece que, como já estará de férias, você agendou várias atividades
para o período em que o colega precisava dessa ajuda. E agora, qual seria sua atitude?

3– Quais as atitudes ou posturas que você melhoraria nas suas relações de amizade para ser uma
pessoa mais companheira/solidária?
TEMA: DECISÃO: O QUE PRECISA SER FEITO! – PARTE 1
Habilidades Socioemocionais: Responsabilidade, autoconhecimento,
autodeterminação.

ATIVIDADES

Tomar decisões faz parte do dia a dia de todas as pessoas, desde a hora que acordam até a hora
que vão dormir. Isso faz parte da vida! Fazer escolhas e tomar decisões, muitas vezes, pode gerar
angústia. Angústia tanto por não saber qual será o resultado da escolha feita, quanto pelo próprio
movimento de tomar a decisão. É uma ansiedade criada pela “conversa” entre a razão e a emoção
dentro de cada pes- soa. Mas é preciso ter clareza de que todos são responsáveis pelas suas
escolhas, certo? É preciso, en- tão, administrar com bom senso e equilíbrio tudo o que vai
acontecendo durante a experiência de vida.
Você gosta de fazer escolhas e tomar decisões? Como costuma tomar decisões na sua vida? É
super im- portante refletir sobre as decisões que você já tomou, quais foram os resultados para
entender melhor como é o seu processo decisório e usar desses conhecimentos para tomar
decisões mais fáceis. Esse processo de realizar escolhas faz parte da vida das pessoas desde
pequenas. Quando as pessoas vão se tornando adultas, elas têm mais condições de refletir sobre
as escolhas que realizam. No processo das escolhas e das decisões que fazem parte da vida de
qualquer pessoa, surgem as consequências do que foi escolhido/decidido. Você acha que essa é
uma tarefa fácil? Algumas pessoas possuem dificuldade em fazer escolhas e aceitar as
consequências delas. Por isso, é necessário refletir com cautela antes de sair escolhendo e fazendo
algo por pura emoção. Isso ocorre devido à falta de conhecimento sobre o que se quer diante da
vida, o que exige uma boa dose de autoconhecimento e é o autoconhecimento que vai ajudar você
a entender melhor as relações entre razão x emoção x desejos.

1 – Leia o texto a seguir e responda o que se pede:


Aladim e a lâmpada maravilhosa 2001: Um gênio diferente, um final surpreendente.
Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou sua
aten- ção. Aproximando-se, viu que era uma lâmpada. Estava a olhá-la por vários ângulos quando
viu sob a poeira algo que parecia ser algum escrito. Passou a mão no local e subitamente uma
grande luz branca começou a surgir do bico da lâmpada. Aladim assustou-se e deixou cair a
lâmpada, enquanto uma gran- de forma humana masculina ia se formando no espaço antes vazio.
Em vez de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada. A forma,
algo fantasmagórica, flutuava envolta por uma aura oscilante. Antes que Aladim pudesse sequer
avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme:
—Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo. Recobrando-se, Aladim compreendeu logo
a situação e, sem questionar por que era um só desejo, já ia dizendo algo quando o Gênio
continuou:
—Mas há três condições.
Três condições? Onde já se viu gênio ter condições para atender desejos? Aladim continuou ouvindo.
—Primeira condição: o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente. Aladim já ia
per- guntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou:
—Segunda condição: o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos. Desta
vez, Aladim esperou.
—Terceira condição: o que quer que você deseje, deve ser capaz de continuar desejando para
continuar a ter. Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde
falar:
—Eu quero um milhão de dólares!
—Já se imaginou tendo um milhão de dólares?
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição. Na mesma hora vieram à sua mente
imagens de si mesmo nadando em dinheiro, comprando muitas coisas. Mas ao se imaginar, questionou-
-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com pobres ou outras pessoas. Aí entendeu a segunda
condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido. Aladim então buscou então algum
de- sejo que poderia ter sem conflitos. Pensou, pensou, buscou e por fim disse ao Gênio:
—Senhor Gênio, eu quero uma companheira bela, sábia e carinhosa. Aladim tinha se imaginado
com uma mulher assim e sentiu que aquilo ele queria de verdade, sem qualquer conflito.
O Gênio fez um gesto e de sua mão saiu um feixe de luz esverdeada na direção do coração de
Aladim. Este teve uma alucinação, como um sonho, de viver com uma mulher bela, sábia e
carinhosa por vários anos. E viu-se então enjoado, não a queria mais depois de tanto tempo.
Voltando à realidade, Aladim lembrou-se das cenas e viu que aquele desejo também não poderia
ser atendido. Entristeceu-se, pen- sando que jamais poderia querer e continuar querendo algo sem
conflitos.
Algo aparentemente aconteceu. O rosto de Aladim iluminou-se, e ele se empertigou todo para dizer
ao Gênio que já sabia o que queria.
—Sim? O Gênio foi lacônico. Aladim completou, em um só fôlego:
—Eu desejo que você me dê a capacidade de realizar os desejos que eu imaginar em minha mente, sem
conflitos!
Algo inesperado aconteceu: o Gênio foi se soltando da lâmpada, formaram-se duas pernas
completas no seu corpo e ele desceu devagar até finalmente se apoiar no chão, em frente a
Aladim, que o olhava com um ar interrogador.
—Obrigado, disse o Gênio, sorridente. Estava escrito que eu seria libertado quando alguém pedisse
algo que já tivesse!
VILELA, Virgílio Vasconcelos. Aladim e a lâmpada maravilhosa 2001 - Um gênio diferente, um final surpreendente. Disponível em:
<http://www.possibilidades.com.br/parábolas/aladim2001.asp>. Acesso em: Agosto de 2014

a) Em linhas gerais, qual é a sua interpretação sobre o que aborda esta versão do conto?

b) Sobre a primeira e a segunda condição determinada pelo gênio, qual é a relação que se
pode estabelecer entre: Decisões x Desejos x Conflitos?

c) Como você entende o mecanismo de tomada de decisão que se dá entre os seus


pensamentos e seus sentimentos?
d) Agora, assim como Aladim, imagine que você pode formular um desejo ao gênio da
lâmpada. Qual seria o seu desejo?

e) Tomando como pressuposto que o seu desejo exposto na questão anterior não possa se
rea- lizar nesse dado momento, cite três escolhas distintas que você seja capaz de realizar
nesse mesmo momento:
Opção 1:

Opção 2:

Opção 3:

SEMANA 10

Habilidades Socioemocionais: responsabilidade, autoconhecimento, autodeterminação.

ATIVIDADES

Na semana passada você leu uma nova versão do conto de Aladim e pôde perceber que algumas de- cisões
são baseadas em sonhos e desejos que as pessoas possuem, mas que não são tão claros. Nãoter clareza sobre
o que se quer implica diretamente na dificuldade de fazer escolhas e tomar decisõesimportantes. Antes de
agir, é preciso saber o que se quer, ter certeza do que deseja e vislumbrar oresultado do que se quer! Muitas
vezes o medo de tomar uma decisão é por falta de crença no própriopotencial, ou por não acreditar que seja
possível realizar uma ação, um sonho ou desejo sem maioresproblemas. O fato é que problemas, conflitos,
interferências fatalmente vão ocorrer, mas não devem ser enxergados como impeditivos para a sua realização.
O autoconhecimento é fundamental para você escolher e tomar decisões, não só para saber o que se deseja,
mas principalmente para ter a clareza deque você é o responsável por fazer as coisas acontecerem.
Para Refletir:
(...) Quando as pessoas imaginam que não podem contar com uma opção, elas são forçadas a
mover seu holofote mental para outro lugar – e movê-lo bastante -, muitas vezes pela primeira
vez em muito tempo. (Em contrapartida, quando as pessoas são solicitadas a “pensar em outra
opção”, em geral se limitam, sem muito entusiasmo, a mover o holofote apenas alguns
centímetros, sugerindo apenas uma pequena variação de uma alternativa existente.) O velho
ditado “A necessidade é a invenção” pa- rece se aplicar a esse caso. Enquanto não formos
forçados a nos sair como uma nova opção, prova- velmente nos ateremos às opções que já temos
(...).2 CHIP, Heath. Gente que resolve: Como fazer as melhores escolhas em qualquer momento da
sua vida. Tradução Cristina Yamagami. 1.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 54.
CHIP, Heath. Gente que resolve: Como fazer as melhores escolhas em qualquer momento da sua vida. Tradução Cristina Yamagami.
1.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 54.

1- Ainda quando crianças vamos adquirindo aos poucos a nossa independência. Com alguns anos
de idade se torna cada vez mais fácil comer sozinho, amarrar o cadarço do sapato e até subir sem
ajuda de ninguém naquele brinquedo alto do parque. Essas conquistas acontecem numa
velocidade tão grande que a nossa imaturidade não nos deixa percebê-las. À medida que nos
aproximamos da adolescência passamos a entender que essa independência tem relação com
aquilo que queremos ou necessitamos. Rapidamente lutamos por querer decidir e escolher
livremente tudo que diz respeito a nossa vida. Porém, nem sempre sabemos a melhor maneira e
momento para fazer isso. A respeito disso, pense um pouco sobre:
a) Duas coisas importantes que devemos considerar antes de tomar qualquer decisão:

b) Quatro coisas que, porventura, prejudicam você na clareza das suas decisões:

c) De acordo com o que você respondeu na questão anterior, cinco coisas que poderia fazer
para tomar decisões acertadas em sua vida ou para ser mais confiante em suas escolhas:
2 – Leia o texto a seguir e responda o que se pede:

Texto: Decisões Libertadoras


(...) Muitas das suas decisões não serão certeiras. Você cometerá erros. O presidente John F.
Ken- nedy disse: “Há custos envolvidos em um programa de ação, mas eles são muito menores
do que os riscos e custos de longo prazo envolvidos no conforto da falta de ação”.
Você vai descobrir que decisões são libertadoras. O paradoxo é que algumas pessoas mais
estressa- das do planeta são aquelas que estão paralisadas pela indecisão. (...) Você consegue
visualizar uma cena do filme Coração Valente, em que William Wallace ficaria na frente do seu
bando de guerreiros sujos e esfarrapados, retorcendo as mãos em meio à indecisão, andando
de um lado para o outro, preocupado em decidir se deveria atacar ou não? Você consegue
imaginar o medo que eles senti- riam? RAMSEY, Dave. Líder empreendedor.
Tradução de Ivar Panazzolo Júnior. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2014. p.97.

Descreva seu ponto de vista sobre:


a) Não decidir nada já é uma decisão?

b) O peso da indecisão é maior que a mais dolorosa das decisões?

c) Quem não toma decisões dificilmente terá o controle da própria vida?

Nas várias situações da vida, nem sempre é possível decidir o melhor e o certo, pois, isso depende
mui- to do equilíbrio emocional, dos valores que são colocados em jogo na situação, da clareza
entre o que as pessoas são e o que querem ser na vida, além das interferências do contexto que
sofrem. É preciso saber que os erros acontecem e existem perdas a todo instante na vida. Desde
pequenos é exigido de todas as pessoas a superação de algumas perdas. A forma como as pessoas
encaram essa questão tem sentido com o quanto elas aprendem a ser humildes e o quanto estão
dispostas a aprender e crescer na vida.
3 – Escreva um texto dissertativo sobre a necessidade de estarmos preparados para errar e perder
quando tomamos decisões.

SEMANA 11

Habilidades socioemocionais: Autodeterminação, autoconhecimento, planejamento.

TEMA: SIM, EU SOU CAPAZ – PARTE

1 ATIVIDADES
Você já falou alguma vez esta frase: Sim, eu sou capaz!? Se nunca falou, você consegue dizer o
porquê? Se já falou, tente relembrar o sentimento que você teve ao falá-la. Se sentir capaz de
realizar algo é o primeiro passo para realizar. Saber suas limitações e capacidades é parte do
processo de autoco- nhecimento e clareza sobre quem se é. Realizar algo é colocar a crença, a
energia e a capacidade para fazer as coisas acontecerem! É muito mais do que acreditar numa
realização possível, é sair do campo da imaginação e passar para o campo da ação. Todas as
pessoas são capazes de realizar algo em suas vidas, basta que saibam o que desejam e trabalhem
para isso.
1. Leia os textos a seguir, reflita e faça anotações de pontos importantes em seu caderno.

Texto 2: Diálogo interior


É no seu mundo interior que se encontra a principal matéria-prima para realizar. Num diálogo
interior, você toma a palavra para dirigir-se a si mesmo: A deliberação interior, o debate consigo
mesmo é um dos recursos mais importantes para mudar a si mesmo, ponderar sobre o curso do
próprio destino. (…)
Como são frequentes as ocasiões em que a pessoa dialoga consigo mesma! Quantas vezes nos en-
contramos diante de uma decisão a tomar e avaliamos, dentro de nós mesmos, os prós e os
contras! Quantas vezes discordamos de nós mesmos, a ponto de sentirmos que um conflito se
instala dentro de nós, e nos leva a discussões incessantes entre “mim” e “eu mesmo”! É assim que
nos transformamos, em consequência desse diálogo interior. O poder de mudança da palavra se
aplica não somente às pessoas a quem nos dirigimos, mas igualmente a nós mesmos como
destinatários particulares de nossa própria palavra.
Esse diálogo interior, essa palavra autodirigida, nunca são tão visíveis quanto no momento de
tomar uma decisão. Há diferentes métodos para fazer isso, é claro. A gente pode, por exemplo, de
uma manei- ra arcaica, entregar-se ao “destino”, ou à interpretação de “sinais” que indicariam que é
melhor ir numa direção e não em outra. Também podemos deixar as coisas acontecerem e seguir a
inclinação que os eventos indicam – o que é uma variante do “fatalismo” e do “arcaísmo”. Podemos
racionalizar tudo isso e fazer de conta que acreditamos em nossa “estrela da sorte, ou ainda dizer a
nós mesmos que, de qual- quer maneira, seja o que for que fizermos, não vai acontecer coisíssima
nenhuma. Mas também pode- mos romper com a passividade, passar para o lado da ação e “tomar a
palavra” em seu
foro interior, escutar as diferentes vozes dentro de nós, ponderar, dizer em silêncio os nossos prós
e contras. Nosso interior é preenchido de palavras, até que a palavra justa alimente a decisão que
é então tomada e se impõe como tal.
BRETON, Philippe. Un opérateur de l’action. Éloge de la parole. Paris: La Découverte, 2003. p. 78 e 79

Texto 3: Pensamento e opinião


As trocas humanas abrem os olhos para novas possibilidades, apoio, necessidade de correções e
adap- tações – com a condição que as pessoas não se agarrem com unhas e dentes a suas
opiniões.
Pode-se dizer que opinião é o pensamento antes do raciocínio. Um material ainda bruto,
desordenado, sem estrutura, um aglomerado de ideias que não passaram pelo crivo da crítica.
(...) Não reivindico a liberdade de opinião. Exprimir certas opiniões em público é, com justiça,
proibido por lei, como no caso das opiniões racistas ou discriminatórias. Mas defendo a liberdade
de raciocinar e argumentar sobre todas as opiniões.
(...) O exercício do pensamento serve para dar precisão ao nosso olhar sobre a realidade. No início,
só temos informações parciais, mais ou menos coerentes. Elas nos permitem formar uma “opinião”.
Mas isso nada mais é do que um jeito de disfarçar nossa falta de entendimento.
(...) Muitas vezes nos “abrigamos” por trás do pensamento da maioria, como se o fato de ser uma
opinião de maioria nos influenciasse. Nós pertencemos à comunidade humana. Essa inserção no
tecido das relações humanas é que torna tão forte a ideia amplamente compartilhada. Ela chega a
cada um por muitos canais diferentes, o que dificulta o exercício da crítica. É assim que nascem e
se espalham os rumores. E aí vem uma espécie de preguiça de refletir e criticar. É tão mais fácil
abrigar-se no confor- mismo das ideias da quase unanimidade... É preciso aprender a não se
contentar com esse “sono” da inteligência. Isso se aprende, principalmente na escola. É preciso
que a escola insista na necessidade de desconfiar da uniformidade, e mais ainda dos movimentos
de multidões pelos quais é tão fácil e ten- tador se deixar levar.
ALBERT, Jacquard. Opinion. Nouvelle petite philosophie. Paris: Stock, 2005. p. 165-168.
Texto 4: Determinação, convicção, persistência
É com uma disposição correta para ir adiante com sabedoria e munido dos dados e recursos
necessá- rios que a realização acontece.
“Determinar” é deixar claros quais são os elementos de uma situação, coisa ou acontecimento. A
pala- vra determinação vem de determinare, “chegar ao fim”, e se usa no sentido de “estabelecer
limites”. Uma pessoa determinada é aquela que chega ao fim do que ela mesma delimitou. A
determinação está ligada ao indivíduo, que é quem escolhe a ação, o projeto que vai realizar e o
resultado que espera alcançar. Os fatores externos também pesam e podem mudar muita coisa,
mas o que faz a grande diferença é a posição do indivíduo.
Quando uma pessoa determina que vai tingir seu cabelo de vermelho, por exemplo, ela considera
que essa é a melhor decisão, porque combina com a cor de sua pele ou está mais de acordo com
seu gosto. Esse tipo de determinação não exige que se pense muito. Outras determinações,
porém, exigem tempo e reflexão cuidadosa antes de serem definidas.
Determinação nãoéesperança ou vontade: éuma escolha deseguir em umadireção. Para
determinar-se, a pessoa precisa ter metas claras, convicção de que irá alcançá-las, disposição para
procurar os re- cursos e fazer os esforços necessários para isso. Quem não tem metas não pode
ser determinado, pois não sabe o que quer alcançar ou onde quer chegar. E mais: quem tem
determinação consegue persistir quando as coisas não saem exatamente como estavam previstas.
Metas, força interior (convicção) e confiança de que o que se deseja será alcançado – a
combinação dessas coisas é que gera determinação. Sem força e confiança, as metas não se
realizam; com força e confiança, mas sem metas, a pessoa fica na intenção e na esperança.

SEMANA 12

TEMA: SIM, EU SOU CAPAZ – PARTE 2

Habilidades socioemocionais: Autodeterminação, autoconhecimento, planejamento.

ATIVIDADES

Você já recebeu algum conselho ou já aconselhou alguém? Como foi para você passar por essa
expe- riência? Por muitas vezes, o que as pessoas precisam é de um conselho, de uma orientação,
ou mesmo de uma palavra de confiança e força para seguir. A expressão “Sim, eu sou capaz”
precisa, cada vez mais, fazer parte do vocabulário das pessoas, pois é fundamental acreditar em si.
Para além da crença no seu próprio potencial, é necessário estar aberto a receber ou oferecer
opiniões que possam contri- buir ainda mais com a ação de cada um.

1 – A partir das reflexões que você vem construindo, tem elementos para fazer uma síntese em forma
de conselhos para realizar. E tem outra fonte importantíssima de referência que merece ser lembrada
e utilizada: os exemplos de pessoas que você conhece (ou de quem ouviu falar) que demonstraram
capacidade de realizar. Pense nessas pessoas e em suas realizações, por mais simples que sejam,
e procure extrair daí mais alguns elementos para escrever seus “10 conselhos para realizar”. Estes
conselhos podem ser escritos como se fosse para você mesmo ou para outra pessoa que necessite
de bons conselhos para que consigam realizar o que desejam. Liste abaixo os seus 10 conselhos:
10 CONSELHOS PARA REALIZAR

1–

2–

3–

4–

5–

6–

7–

8–

9–

10 –
2 - Desenhe um caminho que represente sua vida e uma estrela que brilha para ilustrar suas aspirações.
Desenhe você mesmo nesse caminho. Está longe ou perto da estrela? Trabalhe sua imagem
como você sente, encontrando soluções para os obstáculos. Você pode desenhar ou, se possível,
colar figuras recortadas de revistas e jornais antigos para reforçar o que quer expressar. Escreva ao
redor ou no verso da folha afirmações positivas para si mesmo.
3 – Imagine que você tem 99 anos e vai festejar seu 100° aniversário em um lugar tranquilo;
imagine que você está contente com o caminho que percorreu em sua vida. Escreva alguns
pensamentos que passam pela cabeça desse “você” com quase 100 anos. Termine escrevendo
alguma coisa que poderia fazer hoje para chegar aos 100 anos como imaginou no início do
exercício.

TEMA: OUSE SER VOCÊ MESMO!

Habilidades Socioemocionais: Perseverança, determinação, resiliência.

ATIVIDADES

Você se lembra dos planos para o futuro que fazia durante a infância? É provável que nessa época
os seus planos fossem tomar banho e ir para escola, jogar bola com os amigos e/ou assistir
desenho. Era ser, numa única tarde, muitas coisas, como médico, detetive e policial, sem cobrança
alguma. Agora, sendo esse (a) jovem que você se tornou, quais os seus planos e sonhos? Será que
eles foram guardados numa caixinha ou estão sendo vividos por você?
É provável que alguns sonhos e planos tenham se transformado, mudado ou, simplesmente,
perdido o seu sentido. É natural isso acontecer, pois somos seres humanos em constante
transformação. Você já ouviu falar que o ser humano é inacabado? Pois bem, considere que o ser
humano e a vida podem se transformar. Isso permite assumir parte da responsabilidade na busca
do próprio crescimento pessoal. Você já parou para pensar que nunca é tarde para aprender e na
importância de acreditar mais em você mesmo? É sobre isso que essa aula vai tratar.
1 – Sabendo que o ser humano está em evolução permanente enquanto indivíduo, sociedade e
espécie. Leia a notícia a seguir e responda o que se pede:

Texto 1
Pai e filho desaparecidos há 40 anos são encontrados vivendo em floresta (08 de agosto de
2013).
Ho Van Thanh, 82 anos, fugiu com seu filho após uma explosão que matou o resto de sua
família. Autoridades vietnamitas encontraram nesta quarta-feira um homem e seu filho que
estavam de- saparecidos há 40 anos. Ho Van Thanh, 82 anos, sumiu durante a Guerra do
Vietnã com seu filho bebê, Ho Van Lang, hoje com 41 anos, e os dois viveram desde então em uma
floresta na província de Quang Ngai.
Segundo o site vietnamita TuoiTrenews, eles sobreviveram comendo frutas, mandioca e milho,
que eles plantavam. Os dois usavam apenas tangas feitas a partir de cascas e tinham
construído uma casa em uma árvore.
De acordo com o site, moradores locais que visitaram a floresta alertaram as autoridades sobre
a aparição de dois “selvagens” de gestos estranhos. A polícia então montou um time de busca
e, após cinco horas, encontrou pai e filho dentro de uma pequena cabana em cima de galhos
de uma grande árvore.
Devido ao isolamento, eles falavam apenas poucas palavras da etnia Kor, minoritária no Vietnã.
Eles foram levados para um hospital local, onde receberam tratamento médico.
Após uma investigação, descobriu-se que Thanh vivia uma vida normal na comunidade Tra Kem
Hamlet quando, há 40 anos, uma explosão matou sua mulher e dois outros filhos. Ele então
teria fugido com a criança sobrevivente, se refugiado na mata e evitado contato com outras
pessoas.
Pai e filho desaparecidos há 40 anos são encontrados vivendo em floresta. Disponível em:
<http://noticias.terra.com.br/mundo/ asia/pai-e-filho-desaparecidos-ha-40-anos-sao-encontrados-vivendo-em-
floresta,5a2b724218d50410VgnVCM3000009acceb0aRC
RD.html>. Acesso em abril de 2014.

a) O que você pensa sobre a vida que Ho Van Thanh e Ho Van Lang viveram durante os 40 anos
que passaram desaparecidos?
Para REFLETIR:
Ouse ser você mesmo (a):
-Permita conhecer tudo o que lhe rodeia, sem preconceitos;
-Faça o possível para tornar seus sonhos uma realidade, não tenha medo de fracassar ou de errar;
-Não queira ser a pessoa perfeita. Isso não existe;
-Rodeie-se de pessoas que o (a) motivem, mas não renuncie um tempo de relacionamento com
você mesmo (a);
-Execute os seus planos, assumindo total responsabilidade pela sua felicidade;
-Confie no seu potencial para fazer as coisas acontecerem.

2 - Apesar de debilitado, é surpreendente que Ho Van Thanh sobreviveu por tanto tempo na floresta
e buscou maneiras de cuidar do próprio filho. Durante os 40 anos que viveu na floresta, pai e
filho fabricaram suas próprias roupas e ferramentas, plantavam os próprios alimentos que comiam.
Isso demonstra o quanto eles organizaram sua forma de vida. Contudo, você já parou para
pensar nos diversos desafios que encontraram para sobreviver durante esses anos? Sobre isso,
responda:
a) O que você imagina que eles tiveram que aprender para não morrerem na floresta?

b) Converse com alguém sobre essa história e reforce como tudo o que aprenderam contribui
para a transformação e sobrevivência deles.

c) Como você visualiza a vida de Ho Van Thanh e Ho Van Lang daqui a cinco anos?
3– Agora, sabendo que cada pessoa é um ser em construção, em processo de evolução permanente
enquanto indivíduo, comente a afirmação: “aprender se torna um passo importante para poder
crescer”:

4 - Um desafio: que tal fazer um exercício de se observar diante de um espelho para refletir
sobre quem é você, e lembrar das suas potencialidades? Busque nesse exercício ter uma percepção
melhor sobre si mesmo, sobre suas qualidades e como elas fazem com que você seja uma pessoa
única.

SEMANAS

TEMA: AÇÃO! SOU O SUJEITO DA MINHA PRÓPRIA VIDA. – PARTE 1.

Habilidades Socioemocionais: Otimismo, iniciativa e proatividade.

ATIVIDADES

Ao refletir sobre quem você é hoje, inevitavelmente reflete sobre quem você já foi um dia, não é ver- dade?
É provável que alguns pensamentos que você tinha no passado tenham mudado com o passar do tempo, e
tudo bem, pois como você já sabe, isso faz parte do processo de evolução do ser humano. As mudanças
físicas, emocionais e biológicas são inevitáveis. Tudo pode acontecer de um dia para ooutro, não é mesmo?
Pessoas sofrem acidentes, outras morrem, muitas outras nascem, e assim o cicloda vida vai sendo desenhado.
No meio de todas as transformações que acontecem, existem os sonhose as ações que cada um executa
visando sua realização. Você já pensou o quanto você age de acordocom os seus propósitos de vida? O que o
(a) motiva a continuar agindo de acordo com o seu Projeto deVida? É sobre isso que essa aula irá tratar.
1 - A seguir encontra-se uma reportagem de jornal que aborda a atitude das pessoas por meio
dosseus Projetos de Vida. leia o texto e perceba os propósitos de cada entrevistado sobre o
curso que escolheram fazer.

Texto 1 - Mercado para deficiente visual


O Senac oferece cursos profissionalizantes gratuitos em várias áreas, com apoio da Associação de Ce-gos,
criando oportunidade de emprego ou negócio.
Os deficientes visuais descobriram as mãos como porta de entrada para o mercado de trabalho: a pro- fissão
de massoterapeuta. Uma parceria da Associação Pernambucana de Cegos (Apac) com o Servi-ço Nacional do
Comércio (Senac) oferece cursos gratuitos profissionalizantes em várias áreas, entreelas cuidados pessoais,
para os associados da entidade. Após o treinamento, os participantes do cursoentram num banco de talentos e
podem trabalhar como autônomos, para aliviar o estresse dos traba- lhadores de empresas públicas e privadas.
Outros abrem o próprio negócio e fazem atendimentos emdomicílio, uma forma de garantir uma renda extra.
Antes de perder completamente a visão, Célia de Santana, 48 anos, foi operária numa fábrica. Depois
trabalhou como vendedora. “Quando perdi a visão com 22 anos, eu fiquei desnorteada. Não conseguia trabalho.
Então resolvi estudar e fazer alguns cursos”, conta. Ela aproveitou a oportunidade e se formou em
massoterapia. Tomou gosto pela profissão. Hoje comemora a agenda cheia de clientes: “A gente acorda de
manhã e sabe que vai trabalhar. Para nós deficientes é muito edificante. Tenho clientes todos os dias”.
As mãos milagrosas de Célia aliviam o estresse dos funcionários da Caixa Econômica Federal e do Ban-co do
Brasil. Os dois bancos firmaram convênios com a Associação Pernambucana de Cegos para abrirum espaço
de trabalho para os deficientes visuais. A economista Daiane Borges, 33 anos, gerente pes-soa jurídica da
Caixa, é uma das clientes que relaxa a tensão com a aplicação de shiatsu. “A gente sópercebe a tensão quando
se senta aqui. Nos dias em que eu faço shiatsu fico mais tranquila. Melhora aminha concentração e o meu
rendimento”.
Os deficientes visuais José Soares da Silva Filho, 65 anos, e Paulo Guilherme de Souza, 61 anos, são apo-
sentados e resolveram fazer o curso de massoterapia para ter uma nova profissão. “Hoje eu tenho umnovo
projeto de vida. Quero me formar e abrir o meu próprio espaço de atendimento”, planeja Soares. Paulo também
faz planos. “Estou fora do mercado de trabalho porque existe a discriminação da defi- ciência visual e da
idade. Com o curso posso trabalhar como autônomo”.
Danilo Borba, instrutor do curso de massoterapia do Senac, explica que os deficientes visuais têm um
diferencial no ofício: tato aguçado com maior concentração. Segundo ele, além de aprender as técni- cas de
massagens (shiatsu, reflexologia, sueca, drenagem linfática), os estudantes recebem noções de ergonomia,
biossegurança e ambiente de trabalho. “Muitos saem daqui e montam um negócio e têm uma fonte de renda”.
Coordenador do programa de qualificação da Apac, Daniel Correia diz que estão programados novos cursos
profissionalizantes gratuitos e do Pronatec com o Senac. Entre eles, o de informática básica para os
deficientes visuais. Uma exigência do mercado de trabalho. Mais de 200 deficientes visuais já foram
formados no curso de cuidados pessoais.
FALCÃO, Rosa. Mercado para deficiente visual. Disponível em: < http://publica.impresso.diariodepernambuco.com.br/
page,229,43. html?i=97394&meta_type=da_impresso&id_content=2879036&schema=da_impresso_130686904244>. Acesso em
setembro de 2014.
Texto adaptado.
a) Você concorda que ter um propósito de vida leva as pessoas a entenderem as suas moti-
vações e agirem de acordo com o que querem? Explique o que pensa sobre isso
tomando como exemplo o seu propósito de vida.

b) De acordo com o seu propósito de vida, reflita o quanto você tem que agir na sua direção e
escreva o que pode fazer para manter-se motivado diante do que acredita?

É necessário pensar sobre os objetivos de vida que cada um possui. O desejo de mudar de vida
parte do sonho de cada pessoa. Fazendo uma reflexão mais ampliada acerca do que motiva os
seres humanos a agirem e continuarem algum projeto de vida iniciado, são encontradas várias
possibilidades, porém, algo em comum entre todos é a motivação que leva alguns a continuarem
seus projetos.

Vale a pena ASSISTIR


O filme Um ato de coragem (USA-2002), drama estrelado por duas vezes
vencedor do Oscar, Denzel Washington, conta a história de um pai
que se vê desesperado ao saber que seu filho foi diagnosticado com
uma doen- ça que precisa de transplante - cardiomegalia - mas o
plano de saúde não cobre as despesas hospitalares. A trama chega
ao seu ponto máximo quando John Quincy Archibald (Denzel), decide
tomar o hospital cheio de pacientes como refém, na esperança que
seu filho pudesse ser incluído na lista de transplantes de imediato. É
um filme onde o personagem prin- cipal se vê forçado a agir de
acordo com suas necessidades, sem pensar muito sobre a
repercussão e consequência dos atos.
Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=WKqsiHcTyVc. Acesso
em fevereiro de 2021.

SEMANA
TEMA: AÇÃO! SOU O SUJEITO DA MINHA PRÓPRIA VIDA. – PARTE 2.

Habilidades Socioemocionais: Otimismo, iniciativa e proatividade.

ATIVIDADES

Cada ser humano é responsável por suas atitudes, escolhas e pelas consequências que cada uma
delas traz consigo, certo? Por esse motivo, é necessário ter consciência sobre o agir, o que exige
autoconhe- cimento. Durante o desenvolvimento das aulas de Projeto de Vida, você vem realizando
muitas leituras, atividades e reflexões que permitem que se conheça melhor a cada dia. Ao se
enxergar como o sujeito da sua própria vida, você precisa organizar bem as suas ações, pois são
elas que farão você chegar cada vez mais perto da realização do seu sonho.
Para muitos, escolher o curso da ação e seguir em frente para atingir seus objetivos não é tão
difícil. Contudo, neste caminho, é essencial não deixar se levar pela influência das pessoas. As
vitórias e con- quistas perderão totalmente o brilho se elas forem alcançadas em detrimento do
bem-estar do outro. É importante pensar antes de agir e é primordial saber valorizar o esforço,
independentemente do re- sultado obtido, derrota ou fracasso.
1 – Na sequência você fará a leitura de um trecho do livro “A coragem de ser imperfeito”, de Brené
Brown e da letra da música do duo de noruegueses Nico and Vinz. Se possível, escute a música.

Texto 1:
“Quando passamos uma existência inteira esperando até nos tornarmos à prova de bala ou
perfeitos para entrar no jogo, para entrar na arena da vida, sacrificamos relacionamentos e
oportunidades que podem ser irrecuperáveis, desperdiçamos nosso tempo precioso e viramos as
costas para os talentos, aquelas contribuições exclusivas que só nós mesmos podemos dar.
Ser “perfeito” e “à prova de bala” são conceitos bastante sedutores, mas que não existem na realidade
humana. Devemos respirar fundo e entrar na arena, qualquer que seja ela: um novo relacionamento,
um encontro importante, uma conversa difícil em família ou uma contribuição criativa. Em vez de
nos sen- tarmos à beira do caminho e vivermos de julgamentos e críticas, nós devemos ousar
aparecer e deixar que nos vejam. Isso é uma vulnerabilidade. Isso é a coragem de ser imperfeito. Isso é
viver com ousadia.”
BROWN, Brené. A coragem de ser imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2013. p. 10.

Texto 2:
Am I Wrong? - Nico and Vinz4 Estou errado? (Tradução)

Am I wrong for thinking out the box Estou errado por pensar diferente dos
From where I stay? outros De onde eu venho?
Am I wrong for saying that I choose another Eu estou errado por dizer que escolho outro caminho?
way? I ain’t trying to do what everybody else Eu não estou tentando fazer o que todo mundo faz
doing Just cause everybody doing what they all Só porque todos fazem a mesma coisa
do Uma coisa eu sei, irei cair, mas eu vou
If one thing I know, I’ll fall but I’ll grow crescer Eu estou andando por este caminho
I’m walking down this road of mine que é meu Esta estrada que eu chamo de
This road that I call home casa

So am I wrong? Então estou errado?


For thinking that we could be something for Por pensar que poderíamos ser algo de
real? Now am I wrong? verdade? Agora estou errado?
For trying to reach the things that I can’t see? Por tentar alcançar as coisas que eu não posso
But that’s just how I feel ver? Mas isso é apenas o que eu sinto
That’s just how I feel É assim que eu me
That’s just how I feel sinto É assim que eu
Trying to reach the things that I can’t see me sinto
Tentando alcançar as coisas que eu não posso ver
Am I tripping for having a vision?
My prediction: I’ma be on the top of the world Estou viajando por ter uma visão?
Walk your walk and don’t look back Minha previsão: Eu vou estar no topo do
Always do what you decide mundo Siga seu caminho e não olhe para
Don’t let them control your life, that’s just how I feel trás
Fight for yours and don’t let go Sempre faça o que você decidir
Don’t let them compare you, no Não deixe que controlem sua vida, é assim que eu me
Don’t worry, you’re not alone, that’s just how we feel sinto Lute pelos seus e não os deixe ir
Não deixe que te comparem, não
Am I wrong? (Am I wrong?) Não esquenta, você não está só, é assim que nos
For thinking that we could be something for sentimos
real? (Oh yeah yeahyeah)
Now am I wrong? Estou errado? (Estou errado?)
For trying to reach the things that I can’t see? Por pensar que poderíamos ser algo de
verdade? (Oh yeahyeahyeah)
(Oh yeah yeahyeah) Agora estou errado?
But that’s just how I feel Por tentar alcançar as coisas que eu não posso ver?
That’s just how I feel
That’s just how I feel (Oh yeahyeahyeah)
Trying to reach the things that I can’t see Mas isso é apenas o que eu
sinto É assim que eu me sinto
É assim que eu me sinto
Tentando alcançar as coisas que eu não posso ver
If you tell me I’m wrong, wrong Se você me disser que eu estou errado,
I don’t wanna be right, right errado Eu não quero estar certo, certo
If you tell me I’m wrong, wrong Se você me disser que eu estou errado,
I don’t wanna be right errado Eu não quero ter razão
If you tell me I’m wrong, wrong Se você me disser que eu estou errado,
I don’t wanna be right, right errado Eu não quero estar certo, certo
If you tell me I’m wrong, wrong Se você me disser que eu estou errado,
I don’t wanna be right errado Eu não quero ter razão

Am I wrong? Estou errado?


For thinking that we could be something for Por pensar que poderíamos ser algo de
real? Now am I wrong? verdade? Agora estou errado?
For trying to reach the things that I can’t see? Por tentar alcançar as coisas que eu não posso ver? Mas
But that’s just how I feel isso é apenas o que eu sinto
That’s just how I feel É assim que eu me
That’s just how I feel sinto É assim que eu
Trying to reach the things that I can’t see me sinto
Tentando alcançar as coisas que eu não posso
So am I wrong? (Am I wrong?) ver Então estou errado? (Estou errado?)
For thinking that we could be something for Por pensar que poderíamos ser algo de
real? (Oh yeah yeahyeah) verdade? (Oh yeahyeahyeah)
Now am I wrong? (Am I wrong?) Agora estou errado? (Estou errado?)
For trying to reach the things that I can’t see? Por tentar alcançar as coisas que eu não posso
(Oh yeah yeahyeah) ver? (Oh yeahyeahyeah)
But that’s just how I feel Mas isso é apenas o que eu
That’s just how I feel That’s just how I feel sinto É assim que eu me sinto
Trying to reach the things that I can’t É assim que eu me sinto
see Tentando alcançar as coisas que eu não posso ver
W. Larsen; N. Sereba; V.Dery. Am I wrong? (In) Nico and Vinz: Am I wrong.EMI, 2014.Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/nico-
vinz/am-i-wrong-traducao.html#ixzz3AmetlujX>. Acesso em: agosto de 2014.

a) Que relação é possível estabelecer entre a música e o que foi dito no trecho do livro de Bre-
né Brown? Para ajudá-lo (a) a estabelecer as relações, comece verificando se as ideias são
convergentes ou divergentes. Explique e dê exemplos que confirmem sua opinião.

b) Que tipo de pessoa a música descreve e qual o conflito que ela enfrenta? Dê exemplos que
atestam algumas características da pessoa que se pergunta sobre estar ou não errada.
c) Você se identifica com ela, como? Que característica da pessoa da música você tem, ou
gostaria de ter para melhorar nessa questão do agir em busca de seus objetivos?

SEMANA
UNIDADE(S) TEMÁTICA(S):
Competências para o Século XXI.

OBJETO(S) DE CONHECIMENTO:
Autogestão, compromisso e resiliência.

HABILIDADE(S):
Compreender a relação existente entre Projeto de Vida, plenitude e sonhos.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Felicidade, autodesenvolvimento e visão de futuro.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Ciências Humanas e suas Tecnologias: Participação e papel social.
Linguagens, códigos e suas tecnologias: Gêneros textuais, tipos de textos.
Habilidades socioemocionais: Coragem, determinação e perseverança.

TEMA: MANTENHA A ESPERANÇA SEMPRE VIVA.


Habilidades socioemocionais: Coragem, determinação e perseverança.

ATIVIDADES

1 – Leia o texto a seguir e reflita sobre as afirmações na sequência:


A Criança e o sábio

Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe: “Que tamanho tem o
universo?” Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu: “O universo tem
o tamanho do seu mundo.”
Perturbada, ela novamente indagou: “Que tamanho tem o meu mundo?” O pensador respondeu: “Tem
o tamanho dos seus sonhos.”
Se os seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos
serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.
Shakespeare disse que “quando se avistam nuvens, os sábios vestem seus mantos”. Sim! A vida
tem ine- vitáveis tempestades. Quando elas sobrevivem, os sábios preparam seus mantos
invisíveis: protegem sua emoção usando sua inteligência como paredes e os seus sonhos como
teto.
Os sonhos regam a existência com sentido. Se seus sonhos são frágeis, sua comida não terá sabor,
suas primaveras não terão flores, suas manhãs não terão orvalho, sua emoção não terá romances.
A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transforma
milioná- rios em mendigos. A presença de sonhos faz de idosos, jovens, e a ausência de sonhos faz
dos jovens, idosos.
CURY. Augusto Jorge. Nunca desista dos seus sonhos. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. p. 11.

a) Se os nossos sonhos são pequenos, nossas possibilidades de sucesso também são limitadas;
b) Os sonhos são como bússolas que indicam os caminhos que seguiremos e as metas que
queremos alcançar;
c) Desistir dos sonhos é “abrir mão” da felicidade, porque quem não persegue seus objetivos
está condenado a fracassar.

2 - Agora, leia as frases abaixo e complete os seus sentidos de acordo com o seu entendimento:
a) Gente que não tem nenhum sonho...

b) Gente que tem sonhos demais...

c) Gente que não tem sonho próprio...


d) Gente que tem sonho impossível...

e) Gente que tem sonho mas não sabe transformá-lo em Projeto de Vida...

f) Gente que não consegue transformar o Projeto de Vida em realidade...

3 – A felicidade é uma noção que varia de pessoa para pessoa. Ela pode adquirir formas diferentes
para cada um. Contudo, a felicidade perpassa quatro pontos comuns a todos:
• SER (a forma de felicidade em que é suficiente saber-se vivo, sentir-se e simplesmente
existir);
• TER (a felicidade de possuir ou desfrutar de algo);
• FAZER (a felicidade de conceber ou executar alguma coisa);
• PERTENCER (é a felicidade de viver no seio de um espaço, grupo e sentir-se amado).

A respeito da felicidade, qual o seu entendimento pessoal sobre cada um desses pontos?

4 – Como a felicidade não se encontra pronta, mas se constrói pouco a pouco, escreva em seu caderno
um texto dissertativo sobre como ela se relaciona com o seu Projeto de Vida e seus sonhos.
Para REFLETIR
A esperança
A esperança faz você acreditar. O entusiasmo faz você ir à luta e vencer. Não existe um sem o
outro. A esperança sem o entusiasmo ou o entusiasmo sem esperança é igual à planta que não
recebe adubo e nem água: suas folhas murcham e ela um dia morre. Então, é assim: tudo o
que você espera acontecer tem de ser aguardado com fé viva, isto é, com entusiasmo, senão a
esperança vai embora e nada acontece (...).
Sonhe sempre! Acreditem em si mesmos! Deixem que esses belos sentimentos aflorem e
tomem forma! E faça com que seu sonho mude sua realidade para melhor a cada dia de sua
vida! Você verá como você tem a capacidade de mudar um mundo inteiro… Apesar dos nossos
defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não
existem pessoas de sucesso ou pessoas fracassadas. “O que existe são pessoas que lutam pelos
seus sonhos ou desistem deles”.
Embora a esperança não seja um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade,
como alhures, dissera alguém; a verdade é que enquanto houver um sonho há uma esperança
porque a felicidade pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos. Por isso, seja
sempre forte e nunca perca a Esperança!
SOUZA, Eldes Ivan de. BJB News. Disponível em: <https://joaobosquo.blogspot.com/>. Acesso em: out/2013.

TEMA: ESTUDAR...POR QUÊ?


HABILIDADE(S):
Refletir sobre o ato de estudar;Compreender a relação entre o estudo e o Projeto de Vida.

Olá estudante!
Seja bem-vindo ao PET 1 de Estudos Orientados II! Nesse componente curricular, você irá aprender a
importância do estudo para sua vida, o seu perfil de estudante, a organização necessária para estudar
e algumas técnicas de estudo que irão facilitar a sua aprendizagem.
Mas afinal, por que é tão importante estudar? E o que isso tem a ver com o seu Projeto de Vida? É
o que você irá descobrir nesta aula! Vamos lá?
PARA SABER MAIS:
Que tal conhecer uma história na qual o estudo foi o ponto central para a mudança de uma vida
toda? Então se liga na história de vida do João Santos Costa! Ele fez um depoimento emocionante
de como, su- perando todas as dificuldades, se empenhou nos estudos e conseguiu concretizar seu
Projeto de Vida:
Depoimento de João Santos Costa: Quilombola e futuro Médico.

Fonte: Site CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. Disponível em: <http://conaq.
org.br/noticias/depoimento-de-joao-santos-costa-quilombola-e-futuro-medico/>. Acesso em fevereiro de 2021.

Copie e cole o endereço no seu navegador da internet para ler a história completa! Se não tiver
acesso, leia o resumo:
Atualmente com 24 anos de idade, sou oriundo da cidade de Simão Dias-Sergipe, nascido e
crescido no povoado Sítio Alto, uma comunidade autodeclarada quilombola, formada por
descendentes de es- cravos e que desde sua criação foi assolada pela pobreza e por precárias
condições de vida e moradia. Desde criança já sabia que para poder melhorar a minha condição
social e a da minha família teria que sair do paradigma que era comum onde eu morava (trabalhar na
roça para prover o sustento) e me aven- turar no mundo da educação e do conhecimento.Confesso
que não foi fácil nascer em uma família gran- de, pobre, que nem conseguia manter minimamente
os filhos com itens básicos como alimentação e vestimenta e ainda conseguir estudar,
principalmente para meus pais, analfabetos que mal conseguem assinar o próprio nome. Chegar na
faculdade então? Uma utopia. Morava em uma comunidade em que poucos haviam chegado ao ensino
médio, quiçá chegar à Universidade Federal. Lembro-me que haviam momentos em que eu não
sabia o que comeria no decorrer do dia, nem o que vestiria para ir estudar, nem se teria sapatos
para calçar, mas eu nem pensava em faltar às aulas e muito menos em usar tais obstáculos como
empecilhos para não buscar conhecimento e mudar de vida!Mesmo estudando ainda assim
trabalhava na lavoura, principalmente no período das férias escolares. Gostava muito de estudar e
de frequentar a escola, porém o que prevalecia no momento era a vontade de sair da labuta
desgas- tante, e mesmo assim louvável, que era a vida na roça. Outro ponto importante era a
necessidade de poder proporcionar uma vida melhor e menos sofrida àquelas pessoas que tanto
fizeram por mim e por meus irmãos: os meus pais.Inicialmente sofri um pouco de resistência em
virtude da situação familiar e das adversidades financeiras da época, mas me destacava cada vez
mais na escola, pois sabia que a única opção para uma ascensão social e financeira era por meio
dos estudos. Não desmereço a vida na lavoura pois foi graças a ela e aos esforços dos meus pais
que cheguei aqui. Eles foram peças fun- damentais para minha vitória! Muitas vezes os presenciei
abdicando de suas refeições para proporcio- narem o desjejum aos inúmeros filhos, para
comprarem materiais escolares e proverem vestimentas, tudo muito simples, mas de coração. Não
foi fácil! Ao contrário de grande parte dos colegas de curso, estudei todo o meu ensino
fundamental e médio em escola pública, com suas deficiências estruturais e
de corpo docente. Porém, o importante é que nessa caminhada tive a sorte de encontrar pessoas
com- prometidas e que honraram a profissão. Agradeço de coração a cada um dos professores que
conheci, que além de compartilharem seus conhecimentos científicos e materiais didáticos,
compartilharam lições de cidadania, comportamento e empatia, e não menos importante, me
prepararam para vida! Sem o apoio de cada um de vocês eu não poderia ter alçado meu voo e não
teria chegado onde che- guei! Estudei, estudei, estudei e os resultados chegaram! Aprovado com
louvor no ensino fundamental e no médio! Até hoje tenho um amor enorme pelos professores e
funcionários das escolas por onde passei. Consegui meu primeiro emprego no último ano do ensino
médio, uma época maravilhosa em minha vida. Vivia a dicotomia entre estudar para o ensino
médio e trabalhar meio turno na Promotoria de Justiça de Simão Dias, estágio remunerado
conseguido por méritos e fruto do meu desempenho acadêmico na escola estadual Dr. Milton
Dortas, lugar onde eu estudava na ocasião. Percebi neste mo- mento que se quisesse realizar o
que tanto almejava teria que me esforçar cada vez mais e mais. Apesar das dificuldades
enfrentadas, como a falta de professores, matérias não dadas, calendário acadêmico atrasado e o
estágio na promotoria, me aventurei no vestibular na tentativa de realizar meu sonho, que era
entrar na universidade. Muitas vezes me questionava se seria possível, se eu era capaz. Recebi
mui- tos comentários desencorajadores, de pessoas próximas inclusive, pelo fato de ser uma
pessoa pobre, vindo da roça, negro e proveniente de escola pública. Consegue cursar medicina?
Muitos consideraram improvável! Mas Deus e o destino foram maravilhosos comigo, proveram
pessoas que me apoiaram e me incentivaram, que acreditaram no meu potencial e que me
instigaram a provar para mim e para os incrédulos que eu conseguiria, e eu consegui! O ápice foi a
aprovação aos 17 anos de idade, em terceiro lugar, no curso de medicina da Universidade Federal
de Sergipe, campus de Lagarto; curso que estou terminando com louvor e colhendo os frutos da
minha dedicação e empenho. A aprovação no vestibular foi “O marco” em minha vida! Muita coisa
estava em jogo, não só o meu futuro, mas também o da minha família. Hoje em dia as coisas estão
um pouco melhores, mas a minha família ainda passa por dificul- dades, já que o sustento ainda é
provido pelo trabalho na roça e por benefícios sociais de distribuição de renda. Sabia que cursar
medicina teria seus custos, mas não me deixei abalar, corri atrás dos meus direitos sociais e me
inscrevi no programa de residência universitária disponibilizado pela UFS e na bolsa permanência
disponibilizada pelo MEC. Tenho o orgulho de dizer que não estressei meus pais com despesas
nesses anos longe de casa, pois sabia que eles não teriam condições de arcar e que eu esta- ria
tirando recursos que poderiam ser utilizados na criação dos meus irmãos. Foram seis longos anos
cheios de experiências agradáveis e desagradáveis, além de quatro greves, pois nada na vida é
fácil. Conheci pessoas fantásticas, professores maravilhosos e assimilei lições importantes. Apanhei
muito, não fisicamente, mas mentalmente. Horas de sono perdidas, matérias infinitas, tutoriais
complexos. Mas tentei sempre extrair o que de bom existia nas adversidades, pois sabia que o mais
difícil era con- seguir passar no vestibular. No pouco que vivi aprendi que quando as dificuldades
baterem na sua porta deixe-as entrar! Nada melhor que os desafios para instigar a evolução
humana. Acredito que se eu não tivesse tantas dificuldades não estaria me graduando em
medicina, curso ainda elitizado e estereoti- pado em nossa sociedade. Mas a vida apenas está
começando, o aprendizado sempre continua e nada é como antes. Consegui suplantar os entraves
proporcionados pela pobreza e pelo preconceito e hoje tenho orgulho de dizer que graças aos
meus esforços e ao apoio de pessoas maravilhosas o negro saiu da “senzala”, o pobre saiu da roça
e o aluno de escola pública está se formando em medicina em uma Universidade Federal.
Espero que este relato sirva de incentivo para aqueles que desejem realizar seus sonhos, por mais
que pareçam impossíveis. Muito obrigado a todos que fizeram parte deste caminho até aqui, sem
vocês e sem Deus eu não conseguiria. “
ATIVIDADES

Para começo de conversa sobre o estudo, reflita e responda a seguinte pergunta em seu caderno:
O que é estudar?

:
Afirmação 1: Estudar ajuda as pessoas a desenvolver habilidades.
Afirmação 2: Estudar ajuda a melhorar a condição social.
Afirmação 3: As pessoas que estudam são mais felizes e vivem mais.
Essas afirmações foram retiradas de um estudo produzido pela Organização para a Cooperação e
De- senvolvimento Econômico – OCDE - realizado em 15 países membros da organização, chamado de
What are the social benefits of education? (Quais são os benefícios sociais da educação?)

Pensando nessas afirmações, que tal aprofundar mais o seu entendimento sobre elas?
Por exemplo: Por que o estudo ajuda as pessoas a desenvolverem habilidades? E quais habilidades
são essas?
Como a condição social de uma pessoa pode ser melhorada por meio do estudo?
Por que as pessoas que estudam são mais felizes e vivem mais? Ter mais conhecimento ajuda a ser
mais feliz? Como?
Para viver por mais tempo, e com mais qualidade, é importante ter mais conhecimento sobre o que?

Coloque o ato de estudar como centro de cada frase e registre em seu caderno como você
relaciona o estudo a cada afirmação:

Afirmação Por quê? Como?

Afirmação 1: Estudar ajuda as pessoas a de-


senvolver habilidades.
Afirmação 2: Estudar ajuda a melhorar a
con- dição social.

Afirmação 3: As pessoas que estudam são


mais felizes e vivem mais.
Fonte: www. freepik.com
SEMANAS

UNIDADE TEMÁTICA:
Estudar...por quê? – Parte 2

OBJETO DE CONHECIMENTO:
Formação do estudante autodidata.

HABILIDADE(S):
Refletir sobre o ato de estudar como subsídio para a realização do Projeto de Vida;
Compreender a relação entre o estudo e o Projeto de Vida.

CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Refletir sobre o estudo como uma porta para a ampliação de conhecimentos atrelado à formação integral
do estudante.

INTERDISCIPLINARIDADE:
Com todos os componentes curriculares, por desenvolver competências e habilidades cognitivas e socio-
emocionais fundamentais para a melhoria da aprendizagem e a incorporação na prática cotidiana do ato
de estudar.

TEMA: ESTUDAR...POR QUÊ? – PARTE 2

HABILIDADE(S):Refletir sobre o ato de estudar como subsídio para a realização do Projeto de Vida; Compreender a
relação entre o estudo e o Projeto de Vida.

ATIVIDADES

Para começar a aula de hoje, leia o texto abaixo, que conta a história de Marilene:

‘Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que passou em concurso do TJ.1


Marilene Lopes trocou renda mensal de R $50 por salário de R $7 mil. ‘Passei um ano com uma só calci-
nha’, lembra hoje a técnica judiciária.
Marilene Lopes ganhava R$ 50,00 pelo trabalho que realizava como catadora de lixo em
Brazlândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília. Em 2001, resolveu usar 25 dias de repouso de
uma cirurgia para estudar com as irmãs, que também se preparavam para a seleção. Apenas
Marilene foi aprovada e hoje
1 MORAIS, Raquel. ‘Venci’, diz ex-catadora de latinhas do DF que passou em concurso do TJ. Disponível em:
<http://g1.globo.com/distrito- federal/noticia/2013/09/venci-diz-ex-catadora-de-latinhas-do-df-que-passou-em-concurso-do-tj.html>.
Acesso em janeiro de 2021.
lembra da vida que tinha antes da seleção. Ela e os filhos não tinham o que comer. Ela usava
sempre a mesma roupa que era lavada durante à noite para na manhã seguinte estar enxuta e poder
vestir. Quan- do foi se inscrever na prova, ela lembra de ter pedido cinco Reais a cada amigo e ter
chegado à agência bancária dez minutos antes do fechamento. Atualmente, com um salário de 7
mil por mês, ela pode dar melhores condições de vida para os seus cinco filhos que segundo ela,
pretendem ingressar na facul- dade de Direito.

Para analisar a história de Marilene, recorde alguns elementos que vimos na aula passada sobre o
estudo:
• Desenvolvimento de habilidades;
• Melhoria da condição social;
• Mais felicidade e longevidade (viver mais).

Você consegue enxergar esses elementos na história de vida de Marilene? Leia o texto novamente,
ago- ra com foco nesses 3 itens e registre em seu caderno:

É possível observar na notícia que Marilene: Sim ou Não? Como?


Desenvolveu novas habilidades a partir do
estudo?

Melhorou sua condição de vida a partir do


estudo?

Melhorou sua qualidade de vida e felicidade a


partir do estudo?

Essa história que você conheceu agora é apenas um exemplo de como o estudo pode ajudar a
realizar o Projeto de Vida. Lembre-se, um Projeto de Vida não é apenas ingressar em uma
universidade e fazer um curso superior. Ele pode seguir muitos caminhos, e cada um tem o seu!
Independente de qual seja o Projeto de Vida de uma pessoa, o estudo sempre pode ajudar a
conhecer melhor as opções para fazer melhores escolhas, assim como ampliar a visão de mundo.
Você conhece outras histórias como essa? Conte aqui quais são elas! Ah, você pode perguntar para
seus familiares, professores e colegas também!

Agora chegou a hora de você pensar no seu Projeto de Vida! Para isso, dê uma olhada na figura abaixo:

Fonte: ICE – INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA EDUCAÇÃO.


Caderno de Formação Metodologias de Êxito. 4ª edição Recife: 2020.

Ela representa a possibilidade de caminhos e escolhas que irão levar à realização do seu sonho. O
lápis representa a sua autoria, ou seja, é você quem planeja, revisa, monitora e executa as ações
do seu Pro- jeto de Vida! E como você vê o estudo nesse caminho? Vamos refletir?
Registre em seu caderno qual o papel do estudo no seu Projeto de Vida. Ele é importante? Quais os
caminhos que ele pode te ajudar a percorrer?
Fonte: www.freepik.com

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