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Agrupamento de

Escolas
D. António Taipa

Componente Experimental de Física e Química A | 10.º Ano

Relatório N.º 1

Título:
Queda livre: força gravítica e aceleração gravítica.

Data de realização: 18/10/2023

Autores:
11.º C / Turno 1 / Grupo 3
Dinis Pires n. º3
Emanuel Pavão n. º4
Leonor Pacheco n. º11

Domínio em avaliação: Aplicação Prática e ou Experimental


Modalidade: Formativa £ Para Classificação £

Classificação: Data: Professor:

I - INTRODUÇÃO

1.1. Objetivo:
Determinar a aceleração da gravidade num movimento de queda livre e verificar se
depende da massa dos corpos.

1.2. Fundamento Teórico

Quando se deixa cair um corpo de uma determinada altura próxima da superfície


terrestre, em condições em que é possível desprezar a resistência do ar, diz-se que o
mesmo entra em queda livre. O corpo quando se encontra em queda livre a única força
que atua é a força gravítica.
Durante a queda, como a força aplicada tem intensidade constante e sentido do
movimento, o módulo da velocidade do corpo aumenta linearmente com o tempo adquire
um movimento retilíneo uniformemente acelerado em que a componente escalar da
aceleração é dada por:

a = ∆ v = vf-vi
∆ T tf-ti

Esta aceleração, constante, para qualquer corpo em queda, é designada por


aceleração gravítica, g, e ao nível médio das águas do mar, tem um módulo de 9,8 m s -2
aproximadamente 10 m s-2.

A determinação do módulo da velocidade é obtida indiretamente com um digitímetro


associado a uma célula fotoelétrica. O digitímetro começa a contar o tempo quando o
corpo passa pela célula, interrompendo o seu feixe luminoso, e termina a contagem
quando este atravessar o feixe por completo. O digitímetro regista então o intervalo de
tempo, Bt, que um corpo de comprimento, Bx, demora a passar em frente à célula, pelo
que se pode determinar a componente escalar da velocidade nessa posição através da
seguinte expressão:

v = ∆x
∆t

II – DESENVOLVIMENTO

2.1. Materiais e Métodos


2.1.1 - Materiais:
- Digitímetro da marca Ventus ciência experimental;

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- Células fotoelétricas;
- Craveira;
- Suporte universal;
- 2 garras da marca Nahita;
- Esfera de aço;
- Esfera de silicone;
- Superfície de amortecimento.

Tabela das incertezas dos instrumentos:

TABELA DE INCERTEZAS
Material de Alcance/ Menor divisão Tipo de
Incerteza Sensibilidade
medição Capacidade de escala calibração
Craveira 12 cm 0,001 mm ± 0,005 mm 0,005 mm -
Cronómetro
99,999 s 0,01 ms 0,0001 s -
Digital ± 0,0001 s

2.1.2 Métodos:
Procedimento experimental:
1. º: Construiu-se tabelas para o registo dos resultados experimentais;
2. º: Identificou-se e registou-se as características de todos os instrumentos de
medição e as respetivas incertezas de leitura na tabela;
3. º: Mediu-se o diâmetro/comprimento dos corpos e registou-se o valor na tabela;
4. º: Efetuou-se a montagem esquematizada na figura;
5. º: Colocou-se a célula fotoelétrica na posição assinalada de modo que o corpo a
intercete durante o movimento de queda livre;
6. º: Ligou-se uma célula fotoelétrica (B) ao cronómetro digital;
7. º: Largou-se o corpo;
8. º: Registou-se o tempo de passagem do corpo pela célula fotoelétrica na tabela;
9. º: Repetiu-se o ensaio três vezes;
10. º: Efetuou-se o mesmo procedimento para outro corpo de massa diferente;
11. º: Selecionou-se o modo adequado de leitura do tempo no digitímetro;
12. º: Ligou-se as 2 células fotoelétricas ao digitímetro;
13. º: Repetiu-se o procedimento anterior, mas com as duas células fotoelétricas
ligadas;
14. º: Por fim, desligou-se todos os equipamentos, e procedeu-se à arrumação do
material utilizado durante a atividade experimental.

2.2. Resultados

2.2.1 Registo de dados:

Tabela de registo de dados

Diâmetro da esfera A / mm Diâmetro da esfera B / mm

20 (± 0,005) 18 (± 0,005)
Fig 1. Tabela de registo de dados

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2.2.2 Tratamentos de dados:

Esfera A Esfera B
Intervalo de Tempo de interrupção Intervalo de Tempo de interrupção
Velocidade Velocidade
do feixe do feixe
Δt1 / ms ⍙t1 / ms v / m s-1 Δt / ms ⍙t / ms v / m s-1

7,161 4,309
7,363 2,72 4,340 4,15
7,434 4,311
7,494 4,394
Fig 2. Tabela de tratamentos de dados de uma célula fotoelétrica

Esfera A Esfera B
Tempo de queda até à fotocélula Aceleração Tempo de queda até à fotocélula Aceleração
Δt1 / ms ⍙t1 / ms a / m s-2 Δt / ms ⍙t / ms a / m s-2

246,26 237,21
241,27 10,96 237,52 27,47
241,76 237,5
241,78 237,86
Fig 3. Tabela de tratamentos de dados de duas células fotoelétricas

1) v = d 5) am1 = 2,72 = 11,27 ms-2


∆t 241,27 x 10-3
2) v1 = 20,0 x 10-3 = 2,72 ms-1 6) am2 = 4,15 = 17,47 ms-2
7,363 237,52 x 10-3
3) v2 = 18,0 x 10-3 = 4,15 ms-1 7) Erro(%) = gtabelado – gexperimental
4,340 gverdadeiro
8) Erro(%) esfera A= 11,27 – 9,80 x 100 = 15%
4) am = vB – vA 9,80
∆T 9) Erro(%) esfera B= 17,47 – 9,80 x 100 = 78,3%
9,80

III – CONCLUSÃO E CRÍTICA

Com a realização desta atividade experimental, pretendia-se determinar a aceleração da gravidade


num movimento de queda livre e verificar se depende da massa dos corpos. Para isso, mediu-se a
aceleração da gravidade usando o conceito de aceleração média. Tendo em conta este processo da
determinação de duas velocidades, também devemos estar conscientes da diferença entre velocidade
média e velocidade. Assim sendo, são medidas as velocidades médias, que serão tanto mais
próximas das velocidades, que se fazem corresponder a um dado instante, quanto menor for o
intervalo de tempo.
Ao utilizar-se uma esfera, é necessário ter o cuidado de que seja o diâmetro total da
esfera a cortar o feixe de luz da célula fotoelétrica. Se o diâmetro da esfera não estiver
alinhado com o feixe de luz, o feixe é interrompido por um tempo menor do que o que

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seria se tivéssemos o diâmetro alinhado.
Após a realização da atividade experimental, podemos concluir que os resultados obtidos
no erro percentual na esfera B, tem uma percentagem de erro de 78,3%, enquanto que na
esfera A há uma baixa percentagem de erro de 14,8%. Esta grande diferença de
percentagem pode dever-se a erros sistemáticos que resultam de fatores ligados às
limitações dos aparelhos de medida, como a escala inadequada ou má calibração do
aparelho, das técnicas utilizadas como o posicionamento continuamente incorreto do
aparelho de leitura. Isto afeta sempre os resultados, por excesso ou por defeito, e os
mesmos podem ser eliminados, através da ação corretiva adequada. Os erros acidentais
também estão em causa, pois resultam de fatores como um movimento inadequado ou do
aparelho no momento da leitura, ou por outros fatores externos (ambientais ou não) que
perturbam o ato de medição, e afetam os resultados, ora por excesso ora por defeito. Os
mesmos são difíceis de eliminar já que desconhecemos as suas causas. Os efeitos
podem ser minimizados ao efetuar várias medições da mesma grandeza e ao tomar o
valor mais provável da medição, a média dos valores obtidos nas diferentes leituras. Se
realizarmos a experiência nas mesmas condições, mas com massas diferentes, a massa
não influencia o resultado.
O grupo considera que todos os elementos trabalharam de forma atenta, esforçada,
rigorosa e equilibrada de forma a permitir o bom funcionamento do grupo e do relatório,
consideramos ainda que a conclusão foi a maior dificuldade que tivemos. Esta atividade
contribuiu para a consolidação de conhecimentos do ano passado e de métodos de
cálculo da velocidade e aceleração.

Questões pós-laboratoriais:
1. Complete a tabela de dados determinando, para cada esfera:
a) o tempo mais provável da passagem da esfera pela célula 2 e o módulo da
velocidade nessa posição;

Esfera A Esfera B
Intervalo de Tempo de interrupção Intervalo de Tempo de interrupção
Velocidade Velocidade
do feixe do feixe
Δt1 / ms ⍙t1 / ms v / m s-1 Δt / ms ⍙t / ms v / m s-1

7,161 4,309
7,363 2,72 4,34 4,15
7,434 4,311
7,494 4,394

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b) o tempo de queda mais provável entre as duas células e o módulo da aceleração
média do movimento.

Esfera A Esfera B
Tempo de queda até à fotocélula Aceleração Tempo de queda até à fotocélula Aceleração
Δt1 / ms ⍙t1 / ms a / m s-2 Δt / ms ⍙t / ms a / m s-2

246,26 237,21
241,27 10,96 237,52 27,47
241,76 237,5
241,78 237,86

2. Identifique as medições diretas e as medições indiretas.

As medições diretas são as obtidas com a craveira (diâmetro da esfera) e com o


cronómetro digital (tempo de passagem da esfera em frente à célula fotoelétrica 2, e o
tempo que a esfera demorou a percorrer a distância da célula fotoelétrica 1 à 2). As
medições indiretas são a velocidade e a aceleração.

3. Identifique erros experimentais que possam ter ocorrido.

Os erros experimentais que poderão ter sido cometidos foram: as esferas poderão não ter
velocidade nula na posição da primeira célula fotoelétrica, pois existe alguma dificuldade
em colocá-la tão perto sem que o cronómetro inicie a contagem do tempo; as esferas
poderão também não interromper o feixe exatamente com o seu diâmetro.

4. Compare os resultados obtidos para os módulos da aceleração média das duas


esferas, tendo em conta possíveis erros experimentais. Que conclui?

Os valores obtidos para a aceleração gravítica com as duas esferas são muito próximos.
Com ambas as esferas obteve-se um valor maior do que o da aceleração da gravidade.
As diferenças poderão resultar de erros experimentais.

5. Determine o erro percentual associado à medição do módulo da aceleração


média de cada esfera, supondo o valor tabelado de 9,8 m s-2. Em qual das esferas foi
mais exato o valor obtido?

Erro percentual na medida da aceleração da gravidade:

Esfera de maior raio: 11,27 – 9,80 = 15%


9,80
Esfera de menor raio: 17,47 – 9,80 = 78,3%
9,80

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O valor foi mais exato na esfera com maior diâmetro.

6. Identifique, justificando, que erro será introduzido na medição do módulo da


velocidade e, consequentemente, na medição da aceleração média, se a esfera não
cortar o feixe luminoso da célula fotoelétrica pelo seu diâmetro.

∆ t queda = 223,7 + 225,2 + 220,5 = 223,1 ms


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Os desvios de cada medida em relação ao valor mais provável são:

d1 = 223,7 – 223,1= 0,6 ms


d2 = 225,2 – 223,1= 2,1 ms
d3 = 220,5 – 223,1= -2,6 ms

Tomando o módulo do máximo desvio com incerteza de medida, calculamos o erro


percentual:

Erro percentual= 2,6 x 100 = 1,2%


223,1

∆ t queda = 223,1 +/- 1,2%

As precisões de cada um dos aparelhos de medida utilizados foram diferentes. Por isso,
as medições efetuadas não têm o mesmo número de algarismos significativos. O
arredondamento da medida com mais algarismos significativos, ficando ambas com o
mesmo número de algarismos significativos, conduz a valores de medidas iguais. Logo,
têm igual exatidão.

7. Outro grupo de alunos obteve os dados da tabela seguinte.

a) Apresente a medida do tempo de queda entre as células na unidade SI, tendo em


conta a incerteza relativa percentual.

A esfera de maior raio tinha uma massa mais de duas vezes maior do que a mais
pequena.
Porém, os valores encontrados para as acelerações das duas esferas são muito
próximos, sendo que as diferenças verificadas resultarão de erros e de incertezas nas
medidas efetuadas. Então, pode concluir-se que a aceleração de queda livre não depende
da massa. Logo, os amigos teriam a mesma aceleração de queda

b) Complete a tabela. Compare, quanto à exatidão, o valor encontrado por este


grupo para a aceleração média e o valor obtido por si.

Diâmetro da Δt de passagem na célula 2 / Δtqueda entre as duas


v / m s-1 a / m s-2
esfera / mm ms células / ms

8,4 223,7
19,27

8,9 8,6 225,2 223,1 2,2 10

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8,5 220,5

8. Responda à questão inicial.


Sim, visto que a única força a ser exercida nos corpos é a força gravitacional e por isso a
aceleração será a aceleração gravitacional.

BIBLIOGRAFIA/Webgrafia

Ventura, Graça, et. al. - “11F” Física e Química A, Física A do 11.º ano de escolaridade,
1.ª edição, Leya: Texto editora, 2022. ISBN: 978-972-47-5710-0

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