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Laboratório de Física

Geral II

Prática III – Osciladores livres,


amortecidos e forçados - Ressonância

Data: 15/08/15
Nomes - Número USP
Mariana Rosa de Oliveira - 8936332
Paulo Pinheiro Lemgruber Jeunon Sousa - 9266330
Gustavo Moreira Pereira – 9312964
1. Objetivos
Estudar o comportamento de um oscilador massa-mola, com relação à amplitude e
frequência das oscilações, em diferentes meios (ar e água). Será estudado também
o fenômeno da ressonância para oscilações forçadas.

2. Método Experimental
Materiais Utilizados:

- Proveta com água; erro: (+/- 10)ml


- Cronometro digital;
- Régua milimetrada; erro: (+/- 0,1)cm
- Frequencimetro
- Equipamento de experimento com sistema massa-mola acoplado e motor elétrico
ligado a uma polia, para provocar oscilações.

Experimento I – Oscilação no Ar

Foi montado um oscilador massa-mola em um suporte. A mola foi alongada


além da posição de equilíbrio, em um ponto de referencia, e logo após foi solta.

Para diminuir a incerteza, foi cronometrado o tempo T de 10 oscilações, isto


é, o tempo que a massa presa à mola demorou para passar 10 vezes pelo ponto de
referencia utilizado. Dessa forma, com o número de oscilações e o tempo total, foi
obtido o tempo por oscilação To (número de oscilações/tempo total)

Esse procedimento foi realizado 5 vezes e as medições do cronometro foram


anotadas na tabela 1.

Com o período de oscilação To foi possível calcular a frequência oscilatória


w0, através da equação 1. Sua incerteza também foi calculada.
2𝜋
𝑤0 = Equação 1
𝑇𝑜

w0 freqüência oscilatória, To período de uma oscilação

Experimento II – Oscilação na água: análise do período de oscilação

Foi montado um oscilador massa-mola em um suporte, mas dessa vez a


massa e a mola foram colocadas dentro de uma proveta com água.

Cuidadosamente foi posicionada a proveta de modo com que o corpo


oscilante ficasse submerso sem encostar em suas extremidades. O corpo com massa
então foi alongado além da sua posição de equilíbrio e logo após solta.

Para diminuir a incerteza, foi cronometrado o tempo T de 7 oscilações, isto é,


o tempo que a massa presa à mola demorou para passar 7 vezes pelo ponto de
referencia utilizado. Dessa forma, com o número de oscilações e o tempo total, foi
obtido o tempo por oscilação (número de oscilações/tempo total).

Esse procedimento foi realizado 5 vezes e as medições do cronometro foram


anotadas na tabela 1.

Com o período de oscilação T1 foi possível calcular a frequência oscilatória


w1, através da equação 1. Sua incerteza também foi calculada.

Com os valores da freqüência oscilatória no ar e da freqüência oscilatória na


água, foi possível calcular o fator de amortecimento γ através da equação 2.

𝛾 2 = 𝑤12 + 𝑤22 Equação 2.

γ fator de amortecimento, w0 frequência oscilatória no ar, w1 frequência


oscilatória na água

Experimento III – Oscilação na água: análise da variação de amplitude

O corpo no sistema massa-mola foi deslocado de sua posição de equilíbrio


até uma amplitude inicial x0, ainda dentro da água, e depois foi solto. Assim foram
medidas as suas amplitudes extremas nos seguintes instantes: 0, T1/2, T1, 3T1/2,
2T1, 5T1/2, 3T1, 7T1/2 e 4T1, onde T1 é o período de uma oscilação.

Tais medidas de comprimento foram feitas com uma régua acoplada ao


equipamento.

Com os valores das amplitudes, foi possível calcular as amplitudes


normalizadas, definida pela equação 3.

𝑥𝑖
| | equação 3
𝑥𝑜

xi amplitudes extremas, x0 amplitude inicial.

Todos os dados foram colocados na tabela 2.

Com as informações coletadas foi possível construir o gráfico 1, amplitude


normalizada pelo tempo, em papel monolog, e a partir do gráfico 1 foi possível
determinar o valor da constante de amortecimento γ e sua incerteza.

Experimento IV – Oscilação Forçada no Ar

Com o equipamento massa-mola já montado em laboratório, o motor do


sistema foi ligado com uma freqüência de rotação Ω baixa. Foi medida a amplitude
máxima de oscilação x0 do corpo com a régua acoplada ao equipamento.
Esse processo foi repetido mudando a frequência de rotação Ω do motor,
dessa maneira obtivemos diferentes valores de amplitudes x0. Os dados foram
colocados na tabela 3.
Com os valores da tabela, foi possível construir o gráfico 2, de amplitude
máxima e frequência de rotação Ω.
A partir do gráfico determinamos o possível valor da freqüência de
ressonância Ωr.

Experimento V – Oscilação Forçada na água

Com o equipamento massa-mola já montado em laboratório, o motor do


sistema foi ligado com uma freqüência de rotação Ω baixa, mas agora com a massa
oscilante emersa em uma proveta com água. Foi medida a amplitude máxima de
oscilação xo do corpo com a régua acoplada ao equipamento.
Esse processo foi repetido mudando a freqüência de rotação Ω do motor,
dessa maneira obtivemos diferentes valores de amplitudes xo
Os dados obtidos foram colocados na tabela 3. Com os valores da tabela, foi
possível construir o gráfico 3 (na mesma folha do gráfico 1) de amplitude máxima e
freqüência de rotação Ω.

3. Resultados e Discussão

Experimento I e II

Tabela 1 – períodos de oscilação no ar e na água


10 períodos/10 - oscilação no AR (s) 7 períodos/7 - oscilação na ÀGUA (s)

T1 = 14,61/10 = 1,461 T1 = 10,41/7 = 1,487

T2 = 14,71/10 = 1,471 T2 = 10,55/7 = 1,507

T3 = 14,58/10 = 1,458 T3 = 10,44/7 = 1,491

T4 = 14,61/10 = 1,461 T4 = 10,28/7 = 1,468

T5 = 14,68/10 = 1,468 T5 = 10,37/7 = 1,481

Oscilação no ar: (∑ Ti)/5 = 1,4638(s);

Desvio oscilação no ar: (∑|Ti – 1,4638|)/5 = 0,01(s)

 (Período oscilação no ar To +/- erro) = (1,46 +/- 0,01)(s)

Oscilação na água: (∑ Ti)/5 = 1,5016(s);

Desvio oscilação na água: (∑|Ti – 1,5016|)/5 = 0,02(s)

 (Período oscilação na água To +/- erro) = (1,48 +/- 0,01)(s)


Com os períodos de oscilação foi possível calcular a frequência de oscilação
em ambos os meios através da equação 1. Os erros foram calculados através da
propagação de incertezas de uma divisão.

Frequência de oscilação no ar w0: (4,30 +/- 0,03)(rad/s)

Frequência de oscilação na água w1: (4,25 +/- 0,03)(rad/s)

Comparando os valores de frequência de oscilação w0 e w1 podemos


observar que os valores de w0 e w1 são distintos, w1 < w0, pois tratam-se de
frequências de oscilações em diferentes meios, w0 no ar e w1 na água.

O fator de amortecimento foi calculado através da equação 2.


1
Fator de amortecimento γ = (4,32 − 4,252 )2 = 0,65 rad/s

A incerteza de γ foi calculada através da propagação de erros da potencia e


da subtração.

Incerteza de γ = 0,12 rad/s

 (γ +/- erro de γ) = (0,7 +/- 0,1)(rad/s)

Experimento III

Do experimento II, temos que:

 (Período oscilação na água +/- erro) = (1,48 +/- 0,01)(s)

Tabela 2 – Tempo, amplitude e amplitude normalizada das oscilações


Tempo (s) Amplitude (cm) Amplitude Normalizada
(|xi/x0|)

0 x0 = 17,0 -

T1/2 x1 = - 13,0 0,76

T1 x2 = 11,0 0,65

3T1/2 x3 = - 9,0 0,53

2T1 x4 = 8,0 0,47

5T1/2 x5 = -6,0 0,35

3T1 x6 = 5,5 0,32

7T1/2 x7 = - 5,0 0,29

4T1 x8 = 4,5 0,26


A partir do gráfico foi possível determinar o valor da constante de
amortecimento γ e a sua incerteza.

Pontos A e B experimentais obtidos no gráfico:

A  Ax = T1 B  Bx = 3T1
Ay = ln 1 By = ln 0,32

γ = coeficiente angular da reta

By−Ay ln 0,32−ln1
γ = Bx−Ax = = −0,256
3T1−0

Os erros de γ foram calculados através da propagação de incertezas de uma


divisão. Então, temos que:

 γ +/- erro de γ = (-0,256 +/- 2.10−3 )(Hz)

Considerando o valor o valor γ obtido no item 2.6 e os valores obtidos para


as frequências de Wo e W1 concluímos:

γ = (-0,256 +/- 2*10−3)

w0 = 4,30 +/- 0,03 rad/s

w1 = 4,25 +/- 0,03 rad/s

γ = (𝑤0 − 𝑤1)1/2

γ = (0,7 +/- 0,1) rad/s

Comparando γ1  fator de amortecimento medido e γ  fator de


amortecimento encontrado no gráfico no gráfico, pois:

(0,7 +/- 0,1) ≅ (0.256 = +/- 2*10−3 )(rad/s)

Experimento IV – Oscilação forçada no ar


Tabela 3 – Frequência de rotação e amplitude máxima

Frequência de Rotação Ω(rad/s) Amplitude Máxima x0(cm)

Ω1 = 1,57 8,0
Ω2 = 2,51 9,0

Ω3 = 3,49 17,5

Ω4 = 3,70 28,0

Ω5 = 6,98 10,5

Ω6 = 7,85 5,0

Ω7 = 8,98 2,5

Ω8 = 12,57 2,0

Com os valores da tabela 3 foi construído o gráfico 2, da amplitude


máxima de oscilação pela freqüência de rotação Ω obtidos em uma oscilação
forçada dentro no ar.

Por meio do gráfico 2 encontramos o possível valor da frequência de


ressonância.

Frequência de ressonância Ωr = 4,40 (rad/s)

Experimento V - Oscilação forçada na água


Tabela 4 – Frequência de rotação e amplitude máxima

Frequência de Rotação Ω(rad/s) Amplitude Máxima x0(cm)

Ω1 = 1,65 7,5

Ω2 = 2,51 0,5

Ω3 = 3,31 16,0

Ω4 = 3,69 22,5

Ω5 = 6,28 5,0

Ω6 = 7,85 3,5

Ω7 = 8,98 2,5

Ω8 = 10,57 1,0

Com os valores da tabela 4 foi construído o gráfico 3, da amplitude


máxima de oscilação (mesma folha do gráfico 2) pela freqüência de rotação Ω
obtidos em uma oscilação forçada dentro da água.
Comparando os dois gráficos, feitos nos experimentos IV e V, podemos ver
que a oscilação na água é amortecida, devido a isso, a amplitude de ressonância
atingida na água é menor do que a amplitude de ressonância atingida do ar.

4. Conclusão
Nos primeiros experimentos que dizem respeito a oscilação de um sistema
massa-mola na vertical, podemos observar que em diferentes meios encontramos
freqüências de oscilação distintas, isto se dá devido às forças resistivas no
amortecimento (como por exemplo na água).

A relação entre as freqüências de oscilação e o chamado fator de


amortecimento.

Já no sistema massa-mola cujo experimento injeta uma freqüência externa


(forçada) também observamos diferentes comportamentos na amplitude da freqüência
de ressonância em diferentes meios.

A amplitude máxima de ressonância na água é menor que no ar.

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