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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA DEPARTAMENTO


DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL – FÍSICA EXPERIMENTAL I

FÍSICA EXPERIMENTAL I – RELATÓRIO 07:


MOMENTO DE INÉRCIA DE UM DISCO

GABRIELLE DE LIMA SILVA


JÚLIA COSTA GALVÃO

NATAL/RN
2023.1
GABRIELLE DE LIMA SILVA
JÚLIA COSTA GALVÃO

FÍSICA EXPERIMENTAL I – RELATÓRIO 07:


MOMENTO DE INÉRCIA DE UM DISCO

Relatório de experimento físico


realizado em aula da disciplina de
Física experimental I.

Professor: Marco Antônio Morales.

NATAL/RN
2023.1

2
SUMÁRIO

1 OBJETIVO 4
2 MATERIAL SUGERIDO PARA PRÁTICA 4
3 ROTEIRO DOS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 4
4 RESULTADOS E CONCLUSÕES 5
REFERÊNCIAS 7

3
1 OBJETIVOS
O experimento “momento de inércia de um disco” tem como objetivo a determinação do
momento de inércia de um disco, a aplicação do conceito de conservação de energia numa
situação real e trabalhar com o conceito de modelos para descrever uma situação real.

2 MATERIAL SUGERIDO PARA PRÁTICA


Os materiais que foram usados para realização desse experimento são:
- Disco de R (raio) = 12,25cm e corpo de prova de massa M = 1317g;
- Sistema de aquisição do fabricante (Phywe);
- Sensor de movimento;
- Polia – sistema para medidas intermitentes e aquisição de dados;
- Suporte para massas auxiliares;
- Massas auxiliares m = 10g;
- Conexões elétricas;
- Computador;
- Planilha eletrônica.

3 ROTEIRO DOS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS


Na situação experimental proposta na presente atividade temos um pequeno cilindro de
raio 𝑟 = 2,24 cm, concêntrico ao disco e ligado a este. Em torno desse cilindro enrola-se
um fio inextensível cuja extremidade está presa ao suporte de massas auxiliares, porta
peso, que apresenta uma massa 𝑚 = 10 g. O fio também passa por uma polia conectada a
um sensor de movimento. O aparato é montado de forma a permitir que o suporte de
massas auxiliares caia de uma altura ℎ. Durante este trajeto a tração do fio fará o disco 𝑀
girar. Ao término da altura ℎ o suporte de massas auxiliares atingirá uma velocidade final
𝑣1, no instante em que se desprende do disco. A aquisição de dados será encerrada quando
o disco 𝑀 para de girar devido à sua inércia a rotação.
Os dados dos experimentos foram obtidos através do programa Measure. Dessa forma,
ao soltar o porta-peso também pressionamos o campo “Start measurement”, o corpo m
finalmente se desprenderá do disco e o disco M continuará a girar até parar. Assim que o
disco M parar de girar, encerramos a aquisição de dados pressionando “Stop
measurement”.

4
4 RESULTADOS E CONCLUSÕES DO EXPERIMENTO
QUESTÃO 1: Apresentar o gráfico obtido a partir da queda do corpo, o qual é divido em
duas partes. A primeira região corresponde ao intervalo de tempo Δ𝑡1 durante o qual o
fio se desenrola e o porta-peso percorre uma distância ℎ. Nesta região, o deslocamento da
massa 𝑚 é realizado sob aceleração constante. A outra região do gráfico se inicia no
instante em que o fio se desprende, isto é, em 𝑡1, e termina quando o disco 𝑀 para de
girar, ou seja, em 𝑡2.

GRÁFICO DA QUEDA DE UM CORPO m


0,8
0,7
0,6
Deslocameto (m)

0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (s)

Gráfico 01: Deslocamento em função do tempo para o porta-peso de massa m.

QUESTÃO 2: Determinar os parâmetros de ℎ, 𝑡1 , 𝑡2 𝑒 𝑣1


ℎ (m) 𝑡1 (s) 𝑡2 (s) 𝛥𝑡1 (𝑠) 𝛥𝑡2 (𝑠) 𝑣1 (𝑚/𝑠)
0,691 17,92 98,70 17,92 80,78 0,0736
Tabela 01: Parâmetros obtidos através do gráfico da posição em função do tempo para o porta-peso de
massa – m = 10,0g.

QUESTÃO 3: Determinar o momento de inércia do disco usado no experimento


1
𝐼𝑔 = 𝑀𝑅 2 = 0,009882
2
QUESTÃO 4: Deduzir a expressão 𝐼𝑆𝐴 em função exclusivamente de 𝑚, 𝑟, 𝑔, ℎ 𝑒 𝑣1 (𝑣𝐴 )
2
𝑚(2𝑔ℎ−𝑣𝐴 )
𝐼𝑆𝐴 = 𝑣 = 0,012809
( 𝐴 )2
𝑟

QUESTÃO 5: Deduzir a expressão 𝐼𝐶𝐴 em função exclusivamente de


𝑚, 𝑟, 𝑔, ℎ 𝑒 𝑣1 (𝑣𝐴 ), 𝛥𝑡1 𝑒 𝛥𝑡2 – a variável 𝑝 não deve estar na função
2
𝑚(2𝑔ℎ−𝑣𝐴 )
𝐼𝐶𝐴 = 𝑉 𝛥𝑡 = 0,010483
( 𝐴 )2 [1+ 1 ]
𝑟 𝛥𝑡2

5
QUESTÃO 6: Calcular o momento de inércia sem atrito, com atrito e o desvio relativo
percentual de ambos em relação ao valor teórico de 𝐼𝑔

Desvio Relativo
Momento de inércia Valores (kg.m2)
Percentual %
𝐼𝑆𝐴 0,012809 29,62
𝐼𝐶𝐴 0,010483 6,09
𝐼𝑔 0,009882 -
Tabela 02: Valores dos momentos de inércia e dos desvios relativos percentuais obtidos.

QUESTÃO 7: Qual a relação entre os valores de 𝐼𝑆𝐴 e 𝐼𝐶𝐴 e qual a importância do atrito neste
caso?

Observando as equações obtidas, podemos notar que o valor de 𝐼sa (sem atrito) é maior
do que o valor de Ica (com atrito), isso ocorre, pois, ao considerar o atrito entre o disco e
o eixo de rotação, parte da energia cinética de rotação é convertida em energia interna do
disco e do eixo, o que resulta em um valor menor para o momento de inércia em relação
ao caso sem atrito. A presença do atrito é importante para obter uma medida mais precisa
e próxima do valor teórico do momento de inércia.
QUESTÃO 8: Ao considerar a tabela 2, os resultados encontrados são coerentes?
Os resultados encontrados são coerentes, pois valores experimentais de 𝐼sa e Ica estão
próximos do valor teórico.
QUESTÃO 9: Calcular a média dos momentos de inércia experimentais e seu desvio
padrão.
Média = 0,011646 kg.m²
Desvio padrão = 0,001163 kg.m²

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REFERÊNCIAS
Fundamentos da Física 1 - 8a ed, D. Halliday, R. Resnick and J. Walker. Rio de Janeiro,
Livros Técnicos e Científicos Editora, 2009.
Física I – 12ª ed, Young e Freedman. São Paulo, Addison Wesley, 2008.
Curso de Física Básica – 4ª ed. H. Moyses Nussenzveig. São Paulo, Edgard Blücher,
2002.

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