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2024
AULA 04
Os princípios da Dinâmica
Sumário
Introdução 3
1. Os princípios da Dinâmica 3
1.7. O Peso 𝑷 10
2. Força elástica 34
2.3. Dinamômetro 38
Introdução
Nessa aula iniciaremos o estudo da Dinâmica da partícula. Estudaremos conceitos os Princípios da
Dinâmica, os tipos de forças e como resolver questões envolvendo bloquinhos.
Este assunto é muito abordado na EN não apenas em questões propriamente ditas, mas de forma
interdisciplinar.
Faremos o estudo da Mecânica Newtoniana apenas. É muito importante que você tenha todos os
conceitos bem enraizados e treine com muitas questões, sem sair do foco dos nossos vestibulares.
@proftoniburgatto
1. Os princípios da Dinâmica
No estudo da Cinemática nosso objetivo era descrever os tipos de movimentos, sem nos
preocuparmos com os agentes causadores das mudanças no movimento. A partir de agora, estudaremos
os movimentos com foco naquilo que os produzem ou modificam.
Ele enunciou a lei dos corpos, enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial.
Mais tarde, o inglês Isaac Newton (1642-1727) formalizou as ideias introduzidas por Galileu e as publicou
em sua obra principal obra Philosophie Naturalis Principia Mathematica.
O sucesso da Mecânica Newtoniana reinou por cerca de 200 anos. Somente no início do século XX
surgiram novos ramos da Física: Mecânica Quântica e Mecânica Relativística.
As leis propostas por Newton precisavam de alguns ajustes para corpos com velocidades muito
altas, próximas a velocidade da luz dando início a Mecânica Relativística e para estudos de fenômenos
atômicos necessitamos recorrer as leis da Mecânica Quântica.
O conceito de massa vai muito além da medida de quantidade de matéria. Atualmente este
conceito está “errado". A massa de um corpo é uma propriedade da energia nele contida (Baierlein, 1991).
Essa definição não era ainda conhecida por Newton.
Por fins didáticos, diremos que a massa de um corpo é medida através da comparação desse corpo
com corpos padrão, utilizando balanças de braços iguais como instrumento de medida.
O quilograma padrão é um bloco pequeno composto de platina (90%) e irídio (10%) mantido no
Instituto Internacional de Pesos e Medidas, em Sévres, próximo a Paris.
Na física muitas vezes aparece o submúltiplo grama (símbolo 𝑔) e o múltiplo tonelada (símbolo 𝑡),
na qual estão relacionados da seguinte forma:
1
1𝑔 = 𝑘𝑔 = 10−3 𝑘𝑔
{ 1000
1𝑡 = 1000 𝑘𝑔 = 103 𝑘𝑔
Para Newton, força é o agente causador de deformação. Ela é responsável pela variação de
velocidade do corpo. Dado que velocidade e aceleração são grandezas vetoriais, quando falamos em
variação da velocidade, essa alteração pode ser no módulo, na direção ou no sentido do vetor.
As forças podem ser de contato, como por exemplo quando empurramos um carro, ou de ação a
distância, também chamada de forças de campo, como por exemplo a força com que uma carga elétrica
exerce em outra a uma determinada distância.
Considere um objeto sendo puxado por duas cordas, em uma superfície sem atrito, numa mesa
horizontal, onde podemos representar as forças da seguinte forma:
Se apenas existisse a 𝐹⃗1 o bloco estaria indo para a esquerda com uma aceleração 𝑎⃗1 . Por outro
lado, se existisse apenas 𝐹⃗2 o bloco seria puxado para a direita com uma aceleração 𝑎⃗2 .
Entretanto, as forças atuam ao mesmo tempo no bloco, logo, a soma desses vetores determinará
o vetor resultante e, portanto, a aceleração resultante. Na Figura 2, por construção, o vetor |𝐹⃗2 | > |𝐹⃗1 |,
então, a resultante estará para a direita e a aceleração resultante do bloco também.
Note que se |𝐹⃗2 | = |𝐹⃗1 |, os vetores se anulariam, e o vetor resultante seria o vetor nulo. Assim, o
bloco permaneceria sem aceleração.
Para o caso de 𝑛 forças atuarem em um corpo, podemos determinar a força resultante pela soma
vetorial:
Note que a força resultante não é uma nova força, é simplesmente o resultado da soma vetorial
das forças que já atuam no corpo.
Existem dois tipos de equilíbrios para um ponto material: equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico.
Essa classificação é um pouco perigosa.
Podemos imaginar um exemplo onde temos uma lâmpada pendurada no centro de uma sala. Se
adotarmos um sistema de coordenadas com origem em um dos cantos da sala, temos que a posição da
lâmpada segue invariável em relação a esse referencial, isto é, ele permanece em repouso com o decorrer
do tempo (𝑣⃗ = ⃗0⃗).
Portanto, podemos dizer que a resultante das forças que agem nele é nula e que constitui um
equilíbrio estático.
a) Equilíbrio estável: a tendência do ponto material é voltar à posição inicial. Por exemplo,
uma bola solta dentro de uma cuba esférica:
b) Equilíbrio instável: a tendência do ponto material é afastar-se ainda mais da posição inicial.
Por exemplo, uma bola solta do lado de fora de uma cuba esférica:
Um ponto material está em equilíbrio dinâmico em relação a um dado referencial inercial quando
ele está em um movimento retilíneo e uniforme (MRU).
Nesse caso, temos que a velocidade é constante e diferente de zero (𝑣⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ ⃗0⃗).
Para ilustrar essa situação, vamos analisar o movimento de um objeto deslizando sobre uma mesa
de madeira. Sabemos que devida a superfície da mesa possuir certas imperfeições existem forças
resistivas atuando no corpo.
Por isso, existem forças contrárias atrapalhando o movimento até o momento em que o corpo
para.
Entretanto, podemos repetir o mesmo experimento em uma mesa de gelo, suposta perfeitamente
lisa, onde não existiria nenhuma força resistente. Assim, não existiria força contrária ao movimento e a
velocidade do móvel permaneceria invariável ao longo do tempo, realizando um MRU.
Outro exemplo onde podemos aplicar esse conceito é o lançamento de um foguete. Inicialmente,
gasta-se muito combustível para manter o movimento acelerado do foguete para que ele possa vencer a
atração gravitacional da Terra.
Após esta fase inicial, quando o foguete está no espaço as forças gravitacionais são quase
desprezíveis e o corpo passa a estar livre da ação de forças. Nesse momento, desliga-se os motores
propulsores e móvel passa a descrever um MRU.
Observação: infelizmente, os livros nacionais trazem ela e algumas provas utilizam esses conceitos
nas prova. Dizer que um corpo está em equilíbrio, para um dado referencial, é dizer que a resultante das
forças que agem nele é nula, mas dizer se ele está parado ou em movimento depende do referencial
inercial que está sendo analisado.
Por exemplo, uma caixa em repouso no solo de um vagão que se move em MRU. Para alguém
parado na Terra a caixa está se movendo, mas em equilíbrio “dinâmico”, para alguém dentro do vagão a
caixa está em equilíbrio “estático”. Por isso, vários livros estrangeiros trazem apenas o termo equilíbrio.
Em outras palavras, dizemos que um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, ou ainda,
um corpo em MRU tende a continuar em MRU, por inércia.
Pelo conceito de inércia, o passageiro tende a continuar com sua velocidade de 50 km/h para
frente e, por isso, sente-se lançado para a frente, sendo obrigado a vencer essa inércia aplicando uma
força contrária ao se apoiar em alguma parte do ônibus.
O mesmo efeito ocorre quando o semáforo fica verde e o ônibus começa a aumentar sua
velocidade. Nesse momento, nosso corpo, que estava parado, sente-se atirado para trás, pois, pelo
conceito de inércia nosso corpo tenderia a ficar em repouso.
Se a resultante das forças em uma partícula é nula, então ele permanece em repouso ou em MRU, pelo
princípio da inércia.
Ou ainda:
Uma partícula livre da ação da resultante das forças externas é incapaz de alterar sua própria velocidade
vetorial.
Para melhor compreender a primeira lei, vamos utilizar dois exemplos. O primeiro trata-se de um
carrinho sobre uma pista de gelo. Se consideramos que não existe atrito entre os pneus e a pista de gelo,
então, quando ligamos o carrinho, o móvel fica patinando e não sai do lugar pois não existe força
resultante na direção do movimento capaz de alterar sua velocidade que era nula.
Agora, imagine que o carrinho chegue à pista de gelo com uma velocidade 𝑣⃗ = 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ≠ ⃗0⃗. Ao
tentar qualquer alteração na velocidade do móvel, o motorista não terá êxito, pois não existe atrito entre
os pneus e a superfície, então, não há forças atuando na direção do movimento, isto é, a resultante das
forças nessa direção é nula. Logo, o móvel descreverá um MRU.
Para analisar a primeira lei pelo segundo enunciado, vamos utilizar o exemplo de um bloco girando
em cima de uma mesa perfeitamente lisa, num plano horizontal.
Para essa situação, o módulo da velocidade é constante, característica do MCU, mas a velocidade
está sendo alterada a cada instante de direção. Então, quem altera a velocidade vetorial da partícula? A
resposta é simples: uma força externa aplicada ao fio garante o MCU da partícula.
O que acontece se o fio se romper? Nesse caso, não existiria nenhuma força atuando na partícula
no plano horizontal, logo, a resultante seria nula e a partícula descreveria um MRU na linha da reta
tangente:
Este exemplo mostra claramente que para alterar a velocidade vetorial de um ponto material é
necessária ter a resultante das forças não nula.
De uma forma geral, a segunda lei diz que se a resultante das forças que atua em um corpo for
diferente de zero, então a partícula adquire uma aceleração proporcional a essa força resultante.
𝐹⃗𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎⃗
Essa lei também é conhecida como Lei Fundamental da Dinâmica ou Princípio fundamental da
Dinâmica.
Dado que massa é uma grandeza escalar positiva, podemos concluir que 𝐹⃗𝑅 e 𝑎⃗ sempre possuem
a mesma direção e o mesmo sentido. Se 𝐹⃗𝑅 for nula, então 𝑎⃗ também é nula e recaímos na primeira lei.
No SI, a unidade de força é o newton (N). Ela é definida a partir da segunda lei:
Um newton é a intensidade de força aplicada a um ponto material de massa 1,0 kg que produz uma
aceleração de módulo igual a 1m/s².
𝐹𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎 ⇒ 𝐹𝑅 = (1 𝑘𝑔) ∙ (1𝑚/𝑠 2 ) = 1𝑁
Ou seja:
1𝑁 = 1𝑘𝑔 ∙ 𝑚/𝑠 2
1.7. O Peso ⃗𝑷
⃗⃗
É conhecimento de todos que quando soltamos um objeto próximo a superfície da Terra, este cai
em direção ao solo. Tal fato é explicado pela teoria da Gravitação de Newton. Veremos esse capítulo mais
a frente e detalharemos muito mais o que é a força peso.
Por agora, apenas diremos que a força peso de um corpo é a força de atração gravitacional que a
Terra exerce sobre ele.
Como veremos futuramente, a aceleração da gravidade diminui à medida que nos afastamos do
centro da Terra, radialmente, mostrando que |𝑔⃗| varia com a altitude. Além disso, experimentalmente
sabe-se que |𝑔⃗| aumenta quando vamos do equador para os polos. Em outras palavras, o módulo do
campo gravitacional varia com a latitude.
Todo o detalhamento da força peso e campo gravitacional será feito no capítulo de Gravitação.
Por intermédio de experimentos, pode-se verificar que, ao nível do mar e num local de latitude de
45°, |𝑔⃗| (normal) é:
𝐹⃗𝑅 = 𝑚 ∙ 𝑎⃗
Como nesse caso a força resultante é a força peso e a aceleração é a da gravidade, podemos
escrever que:
𝑃⃗⃗ = 𝑚 ∙ 𝑔⃗
Futuramente, vamos ampliar nossos conceitos de peso e definir o peso de um corpo em relação a
um planeta (ou satélite) como a força de atração exercida pelo planeta sobre o corpo. De imediato,
notamos que a aceleração da gravidade (𝑔⃗) depende do planeta. Apenas é uma característica do corpo.
1)
Um vagão de trem está se locomovendo para a direita em um movimento retilíneo e um pêndulo de massa
𝑚 é preso ao teto do vagão, formando um ângulo 𝜃 com a vertical.
Fechado o triângulo das forças, podemos escrever uma relação entre o módulo da força peso e o
módulo da força resultante:
𝐹𝑅
𝑡𝑔𝜃 =
𝑃
𝑚∙𝑎
𝑡𝑔𝜃 = ∴ 𝑎 = 𝑔 ∙ 𝑡𝑔𝜃
𝑚∙𝑔
Note que a aceleração do veículo não depende da massa do pêndulo. Como a gravidade é suposta
constante no local e conhecida, a aceleração é função apenas do ângulo de inclinação da esfera com a
linha vertical.
2)
Uma partícula de massa 𝑚 é solta em um plano inclinado fixo, onde desce em movimento acelerado. O
ângulo de inclinação do plano com a horizontal vale 𝜃. Desprezando os atritos e a resistência do ar,
determine o módulo da aceleração na direção do movimento.
Comentários:
Vamos considerar os eixos do sistema na direção do movimento da partícula e na direção normal.
A partir disso, vamos decompor nossas forças e aplicar a 2ª lei em cada componente:
Na direção 𝑦:
𝑃𝑐𝑜𝑠𝜃 − 𝑁 = 𝑚. 𝑎𝑦
𝑁 = 𝑃𝑐𝑜𝑠𝜃
Na direção 𝑥:
𝐹𝑅 = 𝑃𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑚 ∙ 𝑎 = 𝑚 ∙ 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃
𝑎 = 𝑔 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃
Notamos que a aceleração na direção do movimento independe da massa do corpo.
Na terceira lei, nosso objetivo é analisar o sentido da força em cada corpo que compõe o sistema.
Considere um homem empurrando um caixote com uma força 𝐹⃗𝐻𝐶 , que vamos chamar de força
de ação.
Por outro lado, o caixote exerce alguma força sobre o homem? A resposta é sim. O caixote aplica
ao homem uma força de mesmo módulo e sentido contrário e a chamamos de força de reação. Dizemos
que:
𝐹⃗𝐻𝐶 = −𝐹⃗𝐶𝐻
Note que as forças de ação e de reação estão em corpos diferentes. O homem aplica uma força ao
caixote, essa forma está no caixote. Da mesma forma, o caixote aplica uma força no homem e essa força
está no homem.
Para toda força de ação existe uma força de reação correspondente, de modo que essas forças possuem
o mesmo módulo, a mesma direção e os sentidos contrários, estando aplicadas em corpos diferentes.
Devido ao fato de estarem aplicadas em corpos diferentes, os pares ação e reação nunca se anulam
mutuamente. Para Newton a reação era instantânea, mas hoje sabemos que a informação viaja à
velocidade da luz, como exemplo, se o sol “sumir” momentaneamente, demoraria o tempo que a luz leva
para percorrer a distância Sol-Terra para a Terra sair pela tangente, mostrando que não seria
instantaneamente como pensava Newton.
1) Força peso: se nas proximidades da Terra um corpo sofre uma força de atração 𝑃⃗⃗, pela
terceira lei dizemos que a Terra também é atraída pelo corpo.
Note que as forças possuem o mesmo módulo. Entretanto, a massa da Terra é muito maior que a
massa dos corpos que analisaremos nos nossos problemas, por isso, a aceleração da Terra será desprezível
em relação à do corpo.
Figura 12: Força de atrito responsável pelo movimento de uma pessoa para frente.
3) Objeto sobre uma mesa: quando colocamos um objeto sobre uma mesa, podemos
decompor a força que age em cada corpo da seguinte forma:
Figura 13: Objeto sobre uma mesa. A figura está fora de escala, apenas para dar ideia da representação das forças.
Inicialmente, notamos que existe uma força peso sobre o objeto e a reação desta força está
próximo ao centro da Terra.
3)
Dois blocos possuem massa 2𝑚 e 𝑚 e é aplicada uma força 𝐹, conforme figura abaixo. Determine o
módulo da força de contato entre os blocos. Despreze os atritos.
Comentários:
Diagrama de forças para cada um dos blocos:
Dado que o conjunto bloco A + bloco B andam juntos, podemos determinar a aceleração do
sistema, para força 𝐹⃗ aplicada:
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
𝐹 = (2𝑚 + 𝑚) ∙ 𝑎
𝐹
∴ 𝑎=
3𝑚
Conhecendo a aceleração, podemos aplicar a 2ª na direção do movimento para cada bloco:
Bloco A:
𝐹 − 𝐹𝐵𝐴 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
𝐹
𝐹 − 𝐹𝐵𝐴 = 2𝑚 ∙
3𝑚
𝐹
∴ 𝐹𝐵𝐴 =
3
Bloco B:
𝐹𝐴𝐵 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝐹
𝐹𝐴𝐵 = 𝑚 ∙
3𝑚
𝐹
∴ 𝐹𝐴𝐵 =
3
Note que o módulo da força que A aplica em B (𝐹⃗𝐴𝐵 ) é igual ao módulo da força que B aplica em A
(𝐹⃗𝐵𝐴 ). Resultado esperado, pois, eles constituem um par ação e reação, conforme a 3ª lei.
Em muitos aparatos físicos, a utilização de cordas e de fios são essenciais para a realização de
determinada tarefa. Vamos estudar a influência dos fios no caso da figura abaixo:
Vamos desconsiderar o atrito entre os blocos e a superfície. Dizemos que o bloco 1 tem massa 𝑚1 ,
bloco 2 tem massa 𝑚2 e o fio massa tem 𝑚𝑓𝑖𝑜 . Nesse conjunto blocos e fio, aplicamos uma força 𝐹⃗
constante para a direita.
Dessa forma, pela segunda lei de Newton para o sistema como um todo, podemos escrever que:
𝐹 = (𝑚1 + 𝑚2 + 𝑚𝑓𝑖𝑜 ) ∙ 𝑎
A partir dessa equação podemos determinar o valor da aceleração do conjunto. Porém, podemos
analisar as forças que atuam em cada um dos blocos, pelo seguinte diagrama de forças:
𝑁1 = 𝑃1 𝑒 𝑁2 = 𝑃2
𝑇1 = 𝐹𝑟1
𝑇1 = 𝑚1 ∙ 𝑎 (I)
𝐹 − 𝑇2 = 𝑚2 ∙ 𝑎 (II)
𝑇4 − 𝑇3 = 𝑚𝑓𝑖𝑜 ∙ 𝑎 (III)
⃗⃗1 = −𝑇
Por Ação e Reação, podemos afirmar que 𝑇 ⃗⃗3 e 𝑇
⃗⃗4 = −𝑇
⃗⃗2.
Dizemos que um fio é ideal quando sua massa é desprezível, isto é, 𝑚𝑓𝑖𝑜 ≅ 0.
𝑇4 − 𝑇3 ≅ 0 ∙ 𝑎
𝑇4 ≅ 𝑇3
⃗⃗1 = −𝑇
Mas, como 𝑇 ⃗⃗3 e 𝑇
⃗⃗4 = −𝑇
⃗⃗2 , concluímos que, em módulo:
𝑇1 = 𝑇2 = 𝑇
Portanto, quando estamos trabalhando com um fio ideal a tração ao longo do fio é a mesma.
Podemos reescrever nosso diagrama de forças da seguinte forma:
Figura 18. Diagrama de forças para o conjunto estudado, considerando a massa do fio nula.
Dessa forma, podemos determinar o módulo da tração 𝑇 no fio em função da força aplicada:
𝑇1 = 𝑚1 ∙ 𝑎
𝐹
𝑇 = 𝑚1 ∙
𝑚1 + 𝑚2
𝑚1
𝑇= ∙𝐹
𝑚1 + 𝑚2
Nota:
Em muitos livros, autores utilizam a palavra tensão como sinônimo de tração. Não faremos isso aqui,
pois a palavra tensão tem outra definição para nós no estudo das deformações.
Observação: Caso a massa do fio não for desprezível, não podemos considerar o fio na horizontal
como propomos no início. O fio deve ter uma certa curvatura:
4)
Na montagem abaixo, o fio que liga os blocos A e B é inextensível e sua massa é desprezível. A polia gira
sem atrito e seu momento de inércia é desprezível. Os blocos possuem massas 𝑚𝐴 e 𝑚𝐵 e não existe atrito
entre A e a superfície. Em um dado instante, o sistema é abandonado à ação da gravidade.
Comentários:
Inicialmente, vamos desenhar o diagrama de forças em cada bloco:
∴ 𝑁𝐴 = 𝑃𝐴
Na direção horizontal:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎𝐴𝑥 (i)
Bloco B:
Só existe movimento na vertical e dado que o fio é inextensível, o deslocamento sofrido pelo bloco
A na horizontal é o mesmo sofrido por B na vertical. Assim, derivando a posição dos blocos temos que a
velocidade será a mesma também e derivando a velocidade em relação ao tempo, podemos concluir que
as acelerações também serão:
Δ𝑠𝐴𝑥 = Δ𝑠𝐵𝑦 ⇒ 𝑣𝐴𝑥 = 𝑣𝐵𝑦 ⇒ 𝑎𝐴𝑥 = 𝑎𝐵𝑦 = 𝑎 (ii)
Assim, podemos escrever a 2ª lei para o bloco B:
𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎 (iii)
A partir das equações, temos o sistema:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{ ⇒ 𝑃𝐵 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
𝑃𝐵 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
𝑚𝐵
𝑎= ∙𝑔
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
Logo, pela equação (i), temos que a tração é:
𝑇 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
𝑚𝐴 ∙ 𝑚𝐵
𝑇= ∙𝑎
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵
Chamamos de vínculo geométrico toda restrição física imposta pelo sistema dinâmico estudado.
Pode-se criar um vínculo geométrico usando fios, corpo extenso e molas.
Devido às restrições físicas, a cinemática dos corpos fica interligada pelo vínculo estabelecido na
ligação entre os corpos.
Este tópico não é tão cobrado pela AFA, então não fique muito tempo preso a ele. Tenta entender
e pegar os bizus teóricos, mas sem se preocupar exaustivamente com estes temas aprofundados.
Nesse caso, temos que o tamanho do fio permanece o mesmo. Além disso, devemos tomar um
referencial fixo para tomar as posições dos blocos.
Dessa forma, devido ao fato de o fio ser inextensível, podemos escrever que:
Se tomarmos esses dois momentos no instante de tempo 𝑡 e 𝑡 + Δ𝑡, com Δ𝑡 tão pequeno quanto
se queira, podemos escrever que a diferença dos 𝐿 passa a ser um infinitesimal 𝑑𝐿, então:
𝑑𝐿𝐴 + 𝑑𝐿𝐵 = 0
Então, para um intervalo de tempo infinitesimal (𝑑𝑡), temos que a relação das velocidades
instantâneas pode ser dada por:
𝑑𝐿𝐴 𝑑𝐿𝐵
+ =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑣𝐴 + 𝑣𝐵 = 0
𝑑𝑣𝐴 + 𝑑𝑣𝐵 = 0
𝑑𝑣𝐴 𝑑𝑣𝐵
+ =0
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑎𝐴 + 𝑎𝐵 = 0
Portanto, os módulos das acelerações são iguais, mas os sentidos são contrários.
|𝑎𝐴 | = |𝑎𝐵 |
Isto é apenas um processo matemático. A partir de agora, vamos apenas escrever a equação que
rege os deslocamentos dos corpos e, por derivação, saberemos a relação entre as acelerações.
𝐿𝐴 + 𝐿𝐵 = 0
↓ 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎çã𝑜
𝑣𝐴 + 𝑣𝐵 = 0
↓ 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎çã𝑜
𝑎𝐴 + 𝑎𝐵 = 0
Nota: os rigores do Cálculo Diferencial não é o foco do nosso curso, ele será abordado no seu
primeiro ano de faculdade com todo fundamento.
Vamos tomar um caso em que temos uma polia móvel e aplicar os conceitos vistos aqui:
𝐿𝑓𝑖𝑜 = 𝐿𝐴 + 𝜋 ∙ 𝑟 + 𝐿𝐶 + 𝜋 ∙ 𝑅 + 𝐿𝐶 + 𝜋 ∙ 𝑟 + 𝐿𝐵
𝐿𝑓𝑖𝑜 = 𝐿𝐴 + 2𝐿𝐶 + 𝐿𝐵 + 2𝜋 ∙ 𝑟 + 𝜋 ∙ 𝑅
Derivando em relação ao tempo e lembrando que derivada de uma constante é nula, temos as
relações das velocidades:
𝑣𝐴 + 2𝑣𝐶 + 𝑣𝐵 = 0
𝑎𝐴 + 2𝑎𝐶 + 𝑎𝐵 = 0
Os sinais devem ser tomados de acordo com a tendência dos movimentos determinada quando
escrevemos a 2ª lei para cada bloco. Não importa o sentido que você tomou para o corpo, se a aceleração
der um valor negativo, significa apenas que sua convenção de sentido está trocada.
Para ilustrar esse caso, vamos utilizar um problema clássico na Dinâmica na qual uma cunha está
apoiada entre dois blocos. Desconsiderando os possíveis atritos, a cunha desloca-se para baixo e empurra
os blocos na horizontal.
Pela construção do problema, as figuras são indeformáveis, logo o ângulo 𝛼 será constante no
decorrer do movimento. Assim, cria-se uma restrição entre os deslocamentos na vertical e na horizontal.
Em módulo, temos que:
𝑦
𝑡𝑔𝛼 =
𝑥
𝑦 = 𝑥 ∙ 𝑡𝑔𝛼
𝑎𝑦 = 𝑎𝑥 ∙ 𝑡𝑔𝛼
5. (EsPCEx - 2002)
No sistema apresentado na figura abaixo, o fio e as polias são ideais, todos os atritos são desprezíveis e o
módulo da força 𝐹⃗ que atua sobre o bloco 𝐴 vale 550 𝑁. Considerando a aceleração da gravidade igual a
10 𝑚/𝑠 2 e sabendo que as massas de 𝐴 e de 𝐵 valem 20 𝑘𝑔 e 15 𝑘𝑔, respectivamente, a aceleração do
bloco 𝐵, em 𝑚/𝑠 2 , é igual a
a) 10 b) 15 c) 20 d) 25 e) 30
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças, temos:
𝐹 − 𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐴
Para o bloco 𝐵, temos:
2𝑇 − 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵
Do vínculo geométrico da polia móvel, notando que a parte do fio que está presa ao teto não pode
se mover, pois está presa ao teto, então temos uma relação entre os módulos das acelerações na polia
móvel:
𝑎𝐴
𝑎𝐵 =
2
Portanto:
𝐹 − 𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 2𝑎𝐵
{
2𝑇 − 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵
2𝐹 − 2𝑇 = 2 ⋅ 𝑚𝐴 ⋅ 2𝑎𝐵
{
2𝑇 − 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵
2𝐹 − 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 = 4𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐵 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵
Substituindo valores, temos:
2 ⋅ 550 − 15 ⋅ 10 = 4 ⋅ 20 ⋅ 𝑎𝐵 + 15 ⋅ 𝑎𝐵
𝑎𝐵 = 10 𝑚/𝑠 2
Gabarito: A
De acordo com o Princípio da Inércia, se não há força resultante atuando sobre uma partícula, esta
deve ter velocidade vetorial constante.
Vamos relembrar da cinemática que podemos escrever um vetor a partir de outro, isto é, podemos
fazer uma mudança de referencial da seguinte forma:
Figura 23: Representação de dois referenciais no R². Note que a velocidade depende do referencial adotado.
Referencial R:
Referencial R’:
∴ 𝑎⃗𝑚 = 𝑎⃗′𝑚
A esse resultado pode-se aplicar o limite da aceleração média para um intervalo de tempo
tendendo a zero e determinarmos a mesma relação para as acelerações instantâneas, isto é:
𝑎⃗ = 𝑎⃗′
A partir desse resultado, podemos notar que embora as velocidades sejam diferentes (𝑣⃗1′ ≠ 𝑣⃗1 e
𝑣⃗2′ ≠ 𝑣⃗2 ) para cada referencial, a aceleração é rigorosamente (𝑎⃗ = 𝑎⃗′) desde que o referencial tenha
velocidade vetorial constante (𝑣⃗𝑅 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒).
Assim, podemos aplicar a segunda lei para estes referenciais sem violar a primeira lei. Para
referenciais com essa característica chamamos de Referenciais Inerciais.
Afinal, como encontrar esses referenciais? Usualmente, adota-se como inercial um sistema de
referências que está em repouso em relação as estrelas fixas (bem distantes) e, dessa forma, terá um
referencial inercial qualquer outro referencial que se mova em relação a ele quando descrever um MRU.
Diante disso, concluímos que a Terra não é um referencial inercial, já que possui movimento de
rotação e movimento de translação circular em torno do Sol. Contudo, para a maioria das nossas
aplicações, podemos considerar a Terra próximo de um referencial inercial.
Considere nosso jovem Padawan dentro de um vagão de trem se movendo com velocidade 𝒗 para
a direita. Além disso, vamos tomar um observador parado na Terra, nas margens da estrada.
Dentro do vagão existe um caixote C apoiado sobre o piso e em repouso em relação ao vagão.
Além disso, considere que não há atrito entre o caixote e o piso do vagão.
Para o observado nas margens da estrada podemos considerá-lo um referencial inercial R e para
nosso jovem Padawan, dentro do vagão do trem, considere como um referencial R’.
Figura 24: Movimento do caixote observado de um referencial inercial R e um referencial não-inercial R’.
Se em um dado instante a maquinista do trem aplicada uma frenagem no trem e a partir desse
momento o vagão adquiri um movimento uniformemente retardado, com aceleração 𝑎⃗ em relação a R.
Para nosso observador nas margens da estrada, o caixote deverá continuar com velocidade 𝒗.
Entretanto, para nosso jovem Padawan, o caixote, que inicialmente estava em repouso, desliza sobre o
piso do vagão em um movimento acelerado com aceleração 𝑎⃗′ = −𝑎⃗.
𝐹⃗ ′ = 𝑚𝑐𝑎𝑖𝑥𝑜𝑡𝑒 ∙ 𝑎⃗′
Enquanto para o observador nas margens da estrada não existe essa força, pois, o bloco move-se
por inércia.
Este caso estudado aqui representa o Princípio da Equivalência de Einstein. Este princípio
estabelece que equivalência entre o referencial inercial e o referencial não inercial. Vamos exemplificar
este princípio para o caso de um elevador subindo com aceleração 𝑎⃗.
Nosso jovem Padawan agora está dentro de um elevador subindo com aceleração constante de
módulo 𝑎.
Figura 25: Uso de gravidade aparente para resolução de problemas no elevador acelerado.
Podemos dizer que para Padawan no interior do elevador a aceleração da gravidade passa a ser
uma gravidade aparente (𝑔⃗𝑎𝑝 = 𝑔⃗𝐴/𝐸𝑙𝑒𝑣 ), dada pela soma vetorial:
𝑔⃗ = 𝑔⃗𝑎𝑝 + 𝑎⃗
Para nosso caso, se adotarmos uma orientação para baixo, temos que:
𝑔 = 𝑔𝑎𝑝 − 𝑎
𝑔𝑎𝑝 = 𝑔 + 𝑎
Observe que embora denotamos por gravidade aparente, nosso jovem sente realmente a
sensação da gravidade aumentar no interior do elevador. Aquela sensação de alguém pressionando sua
cabeça quando o elevador começa a subir.
Para o caso do elevador acelerado para baixo, é fácil notar que apenas o sentido da aceleração 𝑎⃗
inverteu. Assim, temos que:
𝑔⃗ = 𝑔⃗𝑎𝑝 + 𝑎⃗
𝑔 = 𝑔𝑎𝑝 + 𝑎
𝑔𝑎𝑝 = 𝑔 − 𝑎
Para este problema, vamos considerar um vagão deslocando para a direita e um pêndulo simples
no teto do vagão. A massa da esfera do pêndulo é 𝑚. Considere o fio do pêndulo inextensível e sua massa
desprezível. Dessa forma, temos a seguinte situação:
𝑔⃗𝑎𝑝 = 𝑔⃗ + 𝑎⃗
𝑔𝑎𝑝 = √𝑔2 + 𝑎2
𝑔
𝑔𝑎𝑝 =
𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑇 = 𝑚 ∙ 𝑔𝑎𝑝
𝑔
𝑇 = 𝑚 ∙ √𝑔2 + 𝑎2 𝑜𝑢 𝑇 = 𝑚 ∙
𝑐𝑜𝑠𝜃
Utilizar referenciais não inerciais pode ser bom para alguns exercícios, mas pode ser desvantajoso
para outros. Vamos resolver um exercício clássico utilizando as duas abordagens.
6.
Um carrinho de massa 𝑚𝐶 desloca-se para direita quando é aplicada uma força 𝐹 nesse sentido. Em cima
do carrinho há um bloco de massa 𝑚𝐴 , onde o atrito com a superfície do carrinho é desprezível. Preso ao
bloco A existe um fio inextensível que passa por uma polia ideal e está preso a um terceiro bloco de massa
𝑚𝐵 , como na figura abaixo:
𝑇𝑐𝑜𝑠𝛼 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑔 (ii)
𝑇𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝐹𝑅𝐵 ⇒ 𝑇𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎 (iii)
Elevando (ii) e (iii) cada uma ao quadrado e somando temos que:
𝑇 2 cos2 𝛼 + 𝑇 2 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 = 𝑚𝐵2 (𝑎2 + 𝑔2 )
𝑇 2 (cos2 𝛼 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛼) = 𝑚𝐵2 (𝑎2 + 𝑔2 )
Como cos2 𝛼 + 𝑠𝑒𝑛2 𝛼 = 1, temos que:
𝑇 2 = 𝑚𝐵2 (𝑎2 + 𝑔2 ) (iv)
Substituindo (i) em (iv), temos:
𝑚𝐴2 ∙ 𝑎2 = 𝑚𝐵2 ∙ 𝑎2 + 𝑚𝐵2 ∙ 𝑔2
𝑚𝐵2 ∙ 𝑔2
𝑎2 =
𝑚𝐴2 − 𝑚𝐵2
𝑚𝐵 ∙ 𝑔
𝑎=
√(𝑚𝐴 − 𝑚𝐵 )(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
𝐹 𝑚𝐵 ∙ 𝑔
=
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 √(𝑚𝐴 − 𝑚𝐵 )(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
𝑚𝐵 ∙ (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )
𝐹= ∙𝑔
√(𝑚𝐴 − 𝑚𝐵 )(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
Referencial não inercial:
Inicialmente, calculemos a aceleração do sistema todo, igualmente feito para o referencial inercial:
𝐹 = 𝐹𝑅
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ∙ 𝑎
𝐹
𝑎=
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶
Agora, adotando o referencial no carrinho C (não inercial pois está acelerado), um observador em
cima de C vê o bloco A parado, pois nele surge uma força fictícia 𝐹⃗ ′ dado pela sua massa vezes aceleração
do sistema, mas com sentido contrário ao movimento do sistema:
𝐹
𝐹 ′ = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎 = 𝑚𝐴 ∙
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶
Com isso, escrevemos a condição de equilíbrio para o bloco A:
𝐹
𝑇 = 𝐹 ′ = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎 = 𝑚𝐴 ∙
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶
Aqui já identificamos que a tração no fio é a mesma quando calculado pelo referencial inercial
dada pela equação (i).
Se um observador está em cima do carrinho C, ele vê o bloco B parado também, como se houvesse
uma força fictícia 𝐹⃗ ′′ dado pelo produto da sua massa pela aceleração do sistema, mas com sentido
contrário ao movimento do sistema:
Onde:
𝐹 ′′ = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎
Pelo teorema de Pitágoras, temos que:
𝑇 2 = 𝐹 ′′2 + (𝑚𝐵 ∙ 𝑔)2
𝑇 2 = 𝑚𝐵2 ∙ 𝑎2 + 𝑚𝐵2 ∙ 𝑔2
Repare que essa última equação é igual a equação (iv) quando resolvemos no referencial inercial.
Ou seja, as equações são rigorosamente as mesmas no final das contas. Dado que estamos diante do
mesmo sistema de equações, o resultado também será o mesmo:
𝑚𝐵 ∙ (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 )
𝐹= ∙𝑔
√(𝑚𝐴 − 𝑚𝐵 )(𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 )
O método como resolver o problema é de sua escolha. Com a prática, você olhará para um
problema e terá ideia de qual método se encaixará melhor para aquela questão. Isso só vem com muita
prática!
2. Força elástica
Em 1676, o físico inglês Robert Hooke estudando a deformação em molas notou que a deformação
obedece a uma lei muito simples, quando a mola é deformada ainda na região elástica.
Segundo Hooke:
Considere uma mola de comprimento natural 𝐿0 , isto é, nesse comprimento a mola está
completamente relaxada, sem sofrer nenhuma deformação. Se for aplicada uma força 𝐹⃗ , temos a seguinte
configuração de forças:
Figura 28: Mola distendida por uma força e o diagrama de forças no bloco.
𝑥 = 𝐿 − 𝐿0
Essa diferença é chamada de deformação da mola. Se 𝑥 não for muito grande, isto é, 𝐿 não muito
maior que 𝐿0 , dizemos que a mola está na sua região perfeitamente elástica (cada mola tem sua região
elástica, pois essa é uma propriedade do material e da geometria da mola). Se a mola está nessas
condições, pode-se aplicar a lei de Hooke da seguinte forma:
𝐹 =𝑘⋅𝑥
Em que 𝑘 é uma constante que depende da mola. Comumente, chama-se 𝑘 de constante elástica
da mola e sua unidade no SI é:
𝑢(𝐹)
𝑢(𝑘) = = 𝑁/𝑚
𝑢(𝑥)
A lei de Hooke é válida para quando fazemos uma elongação ou uma compressão na mola.
Figura 29: Mola comprimida devido à ação de uma força e o diagrama de forças no bloco.
De acordo com essa lei, ao fazermos o gráfico da força em função da deformação plotaremos uma
reta partindo da origem, cujo coeficiente angular é numericamente igual a constante elástica da mola.
Portanto:
𝐹
𝑡𝑔𝛼 𝑁
= 𝑘 =
𝑥
Toda vez que obedecida segue a lei de Hooke, chamamos de deformação elástica.
Outro fator importante no estudo de molas é o par ação e reação. Se uma força 𝐹⃗ é aplicada na
mola, a mola reage com uma força 𝐹⃗𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 (força elástica) aplicada no “agente” que aplica 𝐹⃗ . Pela 3ª lei
de Newton, 𝐹⃗ e 𝐹⃗𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 têm o mesmo módulo, a mesma direção, mas sentidos opostos.
Note que a força elástica sempre tende a trazer o bloco para a posição inicial. Por isso, chamamos
𝐹⃗𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 de força de restauração ou força restauradora, já que ela busca restaurar a posição inicial.
Quando atribuímos o sinal da força elástica, devemos convencionar o sinal positivo para
deslocamento no sentido do eixo e negativo para o sentido oposto. Assim, podemos escrever que:
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = −𝑘 ⋅ 𝑥
Chamamos de mola ideal aquela cuja massa é desprezível e obedeça à lei de Hooke.
Vamos considerar o seguinte sistema constituído de uma mola com uma extremidade livre, onde
aplicamos uma força 𝐹⃗ . Podemos escrever o seguinte diagrama de forças:
Note que 𝐹⃗1 e 𝐹⃗2 constituem um par ação e reação. Logo, temos que:
𝐹⃗1 = −𝐹⃗2
𝐹⃗ + 𝐹⃗2 = ⃗0⃗
Ou seja, o módulo da força aplicada se “distribui” ao longo da mola ideal, semelhante ao fio ideal.
Então:
Exemplo:
No esquema abaixo, determine a deformação da mola para o sistema em equilíbrio, dado que:
𝑚 = 5,0 𝑘𝑔, 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠 2 , 𝑘 = 50 𝑁/𝑚, não há atrito e mola ideal.
Figura 33: Bloco preso a uma mola em um plano inclinado de 30° com relação à horizontal.
𝑁 = 𝑃 ⋅ 𝑐𝑜𝑠(30°)
{
𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) = 𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡
𝑚𝐴 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) = 𝑘 ⋅ 𝑥
𝑚𝐴 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°)
𝑥=
𝑘
1
5 ⋅ 10 ⋅ 2
𝑥= = 0,5 𝑚
50
𝑥 = 50 𝑐𝑚
2.3. Dinamômetro
Trata-se de instrumento utilizado para medir forças. A ideia do aparelho é bem simples e usa
diretamente a lei de Hooke.
Considere uma mola ideal com uma das extremidades fixa. Adapta-se uma escala graduada em
Newton, já que pela lei de Hooke 𝐹 = 𝑘 ⋅ 𝑥, basta conhecermos bem a constante elástica da mola e
facilmente construímos essa escala. O zero da escala é definido quando a mola está no seu comprimento
natural.
Dessa forma, ao aplicarmos uma força desconhecida na extremidade até estabelecer o equilíbrio.
𝐹
Esta força produz uma deformação na mola de 𝑥 = 𝑘 . Então, ao multiplicarmos a deformação pela
constante da mola encontramos a força desconhecida.
Vamos construir um sistema com duas molas ideais, com constantes 𝑘1 e 𝑘2 , em série, como na
figura abaixo. Aplica-se uma força 𝐹⃗ na extremidade livre do conjunto. Denotamos por mola equivalente,
que possui constante elástica 𝑘, aquela que possui a mesma deformação quando submetida a mesma
força 𝐹⃗ .
𝑥 = 𝑥1 + 𝑥2 (𝑒𝑞. 1)
Como visto anteriormente, para molas ideais, a força se “distribui” ao longo das molas. Então, o
módulo da força na mola 1 é igual módulo da força na mola 2 que é igual a 𝐹. Aplicando a lei de Hooke
em cada mola, temos que:
𝐹1 = 𝐹 = 𝑘1 ⋅ 𝑥1
{𝐹2 = 𝐹 = 𝑘2 ⋅ 𝑥2 (𝑠𝑖𝑠𝑡. 1)
𝐹 =𝑘⋅𝑥
Isolando a deformação em cada equação em (𝑠𝑖𝑠𝑡. 1) e substituindo em (𝑒𝑞. 1), temos que:
𝐹 𝐹 𝐹 1 1 1
= + ∴ = +
𝑘 𝑘1 𝑘2 𝑘 𝑘1 𝑘2
1 1 1 1
= + + ⋯+
𝑘 𝑘1 𝑘2 𝑘𝑛
Observação: para o caso de molas em paralelo, a constante da mola equivalente é menor que a
menor das constantes.
Exemplo: uma mola de constante elástica 𝑘 é repartida ao meio. Determine a constante elástica
das partes.
Podemos imaginar que a mola de constante 𝑘 é composição de duas molas em séries. Assim, se
cada mola idêntica tem constante 𝑘1 , a associação delas dará a mola de constante elástica 𝑘. Então:
𝑘1 ⋅ 𝑘1
𝑘=
𝑘1 + 𝑘1
∴ 𝑘1 = 2𝑘
Este resultado mostra que ao cortar uma mola ao meio, sua constante elástica dobra. Ou ainda,
quando reduzimos o tamanho de uma mola aumentamos sua rigidez elástica.
Para o caso de molas em paralelo só existe interesse prático quando as molas são idênticas.
Considere o sistema como na figura abaixo:
Nesse sistema, a força 𝐹⃗ é aplicada no centro de uma haste de massa desprezível que liga cada
extremidade das molas. Denotamos por 𝑘 a constante elástica da mola equivalente, isto é, sob a ação da
mesma força 𝐹⃗ , a mola equivalente deverá sofrer a mesma deformação.
Devido ao fato de as molas serem idênticas e devida a simetria do problema, temos que a força
em cada mola será a metade da força aplicada no centro da haste. Além disso, cada mola sofrerá a mesma
deformação.
Aplicando a lei de Hooke para cada mola e para a mola equivalente, temos que:
𝐹
= 𝑘1 ⋅ 𝑥 (𝑒𝑞. 2)
2
𝐹 = 𝑘 ⋅ 𝑥 (𝑒𝑞. 3)
𝑒𝑞.3
Fazendo 𝑒𝑞.2, temos que:
𝐹 𝑘⋅𝑥
= ∴ 𝑘 = 2 ⋅ 𝑘1
𝐹 𝑘1 ⋅ 𝑥
2
𝑘 = 𝑛 ⋅ 𝑘1
Em muitos projetos, os cálculos levam a molas cuja constante elástica não é comercializada. Assim,
fazer associação de molas torna-se uma saída para encontrar a constante de mola desejada.
7)
O corpo A, de massa 𝑚𝐴 = 1𝑘𝑔, sobe com aceleração constante de 3 𝑚/𝑠 2 . Sabendo-se que o
comprimento inicial da mola é 𝐿0 = 1 𝑚 e a constante elástica da mola é 𝑘 = 26𝑁/𝑚.
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças dos blocos, podemos escrever a 2ª lei para cada corpo:
𝐹 − 𝑃𝐴 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐴
{
𝑃𝐵 − 𝐹 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐵
Se considerarmos que o sistema já entrou em equilíbrio, isto é, a deformação da mola já está
definida, temos que a aceleração de A é igual a de B. Então, podemos somar as equações e encontrar que:
𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 − 𝑚𝐴 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐴 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎𝐴
𝑚𝐴 (𝑎𝐴 + 𝑔)
𝑚𝐵 =
𝑔 − 𝑎𝐴
1(3 + 10)
𝑚𝐵 = ≅ 1,86 𝑘𝑔
10 − 3
Note que não precisamos encontrar a força elástica.
Gabarito: E
8)
O conjunto dos blocos representados na figura está sujeito a uma força vertical para baixo, constante, de
200 𝑁. A constante elástica da mola (de massa desprezível) que une os blocos vale 1000 𝑁/𝑚 e o
movimento do sistema se dá na mesma linha vertical.
Adote 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
Qual é, em cm, a deformação da mola?
Comentários:
9)
Determine a mola equivalente da seguinte associação:
Onde 𝑘2 = 2𝑘1 .
Comentários:
Inicialmente, determinamos as molas equivalentes para cada parte em paralelo:
𝑘2′ = 3𝑘2 = 6𝑘1
𝑘1′ = 2𝑘1
Notamos que 𝑘2′ e 𝑘1′ estão em série, logo:
1 1 1 𝑘1′ ⋅ 𝑘2′
= + ⇒𝑘= ′
𝑘 𝑘1′ 𝑘2′ 𝑘1 + 𝑘2′
(2𝑘1 )(6𝑘1 )
𝑘= ⇒ 𝑘 = 1,5 𝑘1
2𝑘1 + 6𝑘1
Nessas condições, a expressão da força responsável por mover esse bloco a partir do repouso, para
quaisquer valores de 𝜃 e 𝛼 que fazem funcionar corretamente o brinquedo, é dada por
a) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 + 𝛼) b) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼) c) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝛼 d) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃
(EEAR – 2017)
Um trem de 200 toneladas consegue acelerar a 2 𝑚/𝑠² Qual a força, em newtons, exercida pelas
rodas em contato com o trilho para causar tal aceleração
a) 1 ⋅ 105 b) 2 ⋅ 105 c) 3 ⋅ 105 d) 4 ⋅ 105
(EEAR – 2016)
Um carrinho é puxado em um sistema sem atrito por um fio inextensível numa região de aceleração
gravitacional igual a 10 m/s², como mostra a figura.
Sabendo que o carrinho tem massa igual a 200 g, sua aceleração, em m/s², será aproximadamente:
a) 12,6 b) 10 c) 9,6 d) 8
(EEAR – 2016)
O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se de uma Lei da Física para executar tal proeza
que acaba causando um acidente. A lei considerada pelo personagem é:
a) 0,5
b) 1,5
c) 2,0
d) 3,0
(EEAR – 2014)
Em um Laboratório de Física o aluno dispunha de uma régua, uma mola e dois blocos. Um bloco
com massa igual a 10 𝑘𝑔, que o aluno denominou de bloco 𝐴 e outro de valor desconhecido, que
denominou bloco 𝐵. Ele montou o experimento de forma que prendeu o bloco 𝐴 na mola e reparou
que a mola sofreu uma distensão de 5 𝑐𝑚. Retirou o bloco 𝐴 e ao colocar o bloco 𝐵 percebeu que
a mola distendeu 7,5 𝑐𝑚. Com base nestas informações, e admitindo a mola ideal e a aceleração da
gravidade igual a 10 𝑚/𝑠 2 , o aluno concluiu corretamente que o bloco B tem massa igual a ______
kg.
Observação: mola ideal é aquela que obedece a Lei de Hooke.
a) 12,5 b) 15,0 c) 125 d) 150
(EEAR – 2013)
Considere um corpo preso na sua parte superior por um elástico, e apoiado num plano inclinado
(como mostrado na figura abaixo).
À medida que aumentarmos o ângulo de inclinação a do plano, a força que age no elástico aumenta
devido
a) ao crescimento do peso do corpo.
b) ao aumento da quantidade de massa do corpo.
c) à componente do peso do corpo paralela ao plano inclinado tornar-se maior.
d) à componente do peso do corpo, perpendicular ao plano inclinado, aumentar.
(EEAR – 2010)
Um garoto puxa uma corda amarrada a um caixote aplicando uma força de intensidade igual a 10 𝑁,
como está indicado no esquema a seguir. A intensidade, em 𝑁, da componente da força que
contribui apenas para a tentativa do garoto em arrastar o caixote horizontalmente, vale
a) 5
b) 5√2
c) 5√3
d) 10
(EEAR – 2009)
Uma força, de módulo 𝐹, foi decomposta em duas componentes perpendiculares entre si. Verificou-
se que a razão entre os módulos dessas componentes vale √3. O ângulo entre esta força e sua
componente de maior módulo é de:
a) 30° b) 45° c) 60° d) 75°
(EEAR – 2009)
O gráfico a seguir representa a deformação de duas molas, 𝐴 e 𝐵, de mesmo comprimento, quando
submetidas a esforços dentro de seus limites elásticos. Assim sendo, pode-se concluir, corretamente
que, se as molas forem comprimidas igualmente.
(EsPCEx – 2019/modificada)
No plano inclinado abaixo, um bloco homogêneo encontra-se
sob a ação de uma força de intensidade 𝐹 = 4 𝑁, constante e
paralela ao plano. O bloco percorre a distância 𝐴𝐵, que é igual a
1,6 𝑚, ao longo do plano com velocidade constante.
Desprezando-se o atrito, então a massa do bloco é dada por:
Dados: adote a aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ,
𝑠𝑒𝑛 60° = √3/2 e cos 60° = 1/2.
2√3 4√3 6√3
a) 𝑘𝑔 b) 𝑘𝑔 c) 𝑘𝑔
15 15 15
8√3 10√3
d) 𝑘𝑔 e) 𝑘𝑔
15 15
(EsPCEx – 2014)
Uma pessoa de massa igual a 80 𝑘𝑔 está dentro de um elevador sobre uma balança calibrada que
indica o peso em newtons, conforme desenho abaixo. Quando o elevador está acelerado para cima
com uma aceleração constante de intensidade 𝑎 = 2,0 𝑚/𝑠 2 , a pessoa observa que a balança indica
o valor de
Dado: intensidade da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 160 𝑁
b) 640 𝑁
c) 800 𝑁
d) 960 𝑁
e) 1600 𝑁
(EsPCEx – 2010)
Três blocos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 de massas 4 𝑘𝑔, 6 𝑘𝑔 e 8 𝑘𝑔, respectivamente, são dispostos, conforme
representado no desenho abaixo, em um local onde a aceleração da gravidade 𝑔 vale 10 𝑚/𝑠 2 .
Uma partícula “O” descreve um movimento retilíneo uniforme e está sujeito à ação exclusiva das
forças 𝐹⃗1 , 𝐹⃗2 , 𝐹⃗3 e 𝐹⃗4 , conforme o desenho abaixo:
Podemos afirmar que
a) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 = −𝐹⃗4
b) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗2
c) 𝐹⃗1 − 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = −𝐹⃗3
d) 𝐹⃗1 + 𝐹⃗2 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗3
e) 𝐹⃗2 + 𝐹⃗3 + 𝐹⃗4 = 𝐹⃗1
(EsPCEx – 2009)
Um trabalhador utiliza um sistema de roldanas conectadas por cordas para
elevar uma caixa de massa 𝑀 = 60 𝑘𝑔. Aplicando uma força 𝐹⃗ sobre a ponta
livre da corda conforme representado no desenho abaixo, ele mantém a
caixa suspensa e em equilíbrio. Sabendo que as cordas e as roldanas são
ideais e considerando a aceleração da gravidade igual a 10 𝑚/𝑠 2 , o módulo
da força 𝐹⃗ vale
a) 10 𝑁
b) 50 𝑁
c) 75 𝑁
d) 100 𝑁
e) 150 𝑁
(EsPCEx – 2008)
Dois blocos A e B, de massas respectivamente iguais a 8 kg e 6 kg, estão apoiados em uma superfície
horizontal e perfeitamente lisa. Uma força horizontal, constante e de intensidade F = 7 N, é aplicada
no bloco A, conforme a figura abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o diagrama que melhor representa todas as forças que atuam sobre
o bloco, quando ele está passando pelo ponto 2, é:
Obs.: Todas as forças estão representadas no centro de massa do bloco.
A) B) C)
D) E)
(EsPCEx – 2002)
Na figura abaixo, as massas 𝐴 e 𝐵 são iguais a 2 𝑘𝑔, cada uma, e estão ligadas por um fio e uma
roldana ideais. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis e que a aceleração da gravidade é
igual a 10 𝑚/𝑠 2 , podemos afirmar que a tração no fio ideal, em newtons, é de
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 40
(EsPCEx – 2001)
Um bloco A de peso P encontra-se em repouso preso a uma mola ideal de constante elástica K sobre
um plano inclinado perfeitamente liso conforme a figura abaixo. Nesta situação, o alongamento da
mola será de:
a) 𝑃 ⋅ cos 𝜃 /𝐾
b) 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃/𝐾
c) 𝑃 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃/𝐾
d) 𝑃/(𝐾 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃)
e) 𝑃/(𝐾 ⋅ cos 𝜃)
(EsPCEx – 2001)
Uma bola de 0,5 𝑘𝑔 encontra-se sobre um plano horizontal perfeitamente liso e está submetida à
ação de três forças horizontais que passam pelo seu centro de massa, conforme a figura abaixo.
Dados: |𝐹⃗1 | = 6 𝑁, |𝐹⃗1 | > |𝐹⃗2 | e |𝐹⃗3 | = 3 𝑁. Despreze a resistência do ar.
Sabendo que a bola adquire uma aceleração resultante de módulo 10 𝑚/𝑠 2 , podemos concluir que
a intensidade da força 𝐹⃗2 é:
a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N e) 5 N
(EsPCEx – 2000)
Um sistema de fios e polias ideais, conforme a figura abaixo, é usado em uma farmácia para levar
medicamentos do depósito para a loja. A aceleração da gravidade vale 10 𝑚/𝑠 2 , e o atrito com o ar
é desprezível. O módulo da força 𝐹⃗ que o farmacêutico deve aplicar ao sistema para que os
medicamentos de massa 800 𝑔 subam com velocidade constante deve ser de
a) 4 𝑁
b) 8 𝑁
c) 8 ⋅ 10 𝑁
d) 4 ⋅ 103 𝑁
e) 8 ⋅ 103 𝑁
(EsPCEx – 2000)
Dois blocos de massa 𝑚1 = 10,0 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 2,0 𝑘𝑔 interligados por uma mola ideal de constante
elástica 50 𝑁/𝑚 são colocados em repouso sobre uma superfície plana, horizontal e sem atrito.
Logo após terem sido afastados e soltos simultaneamente ao longo do plano horizontal, os corpos
de massa 𝑚1 e 𝑚2 , adquirem as acelerações 𝑎⃗1 e 𝑎⃗2 respectivamente Desprezando o atrito do ar, o
valor da razão 𝑎1 /𝑎2 é
a) 0,2
b) 0,6
c) 1,0
d) 4,2
e) 5,0
(CN – 2009)
Observe a figura a seguir.
Suponha que a força exercida pelo homem mostrado na figura acima seja integralmente usada para
movimento um corpo, de massa 15 𝑘𝑔, através de um piso horizontal perfeitamente liso,
deslocando-o de uma posição inicial 𝑠0 = 20 𝑚, a partir do repouso e com aceleração constante,
durante 4 s. Nessas condições pode-se afirmar que, ao final desse intervalo de tempo, a posição
final e a velocidade do corpo valem, respectivamente,
a) 100 m e 100 km/h b) 100 m e 108 km/h c) 100 m e 144 km/h
d) 120 m e 108 km/h e) 120 m e 144 km/h
(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.
Desprezando as forças de atrito, sabendo que fio e polia são ideais, a intensidade da força normal
de contato horizontal entre A e C, em newtons, é igual a:
Considere: 𝑚𝐴 = 10 𝑘𝑔, 𝑚𝐵 = 50 𝑘𝑔, 𝑚𝐶 = 40 𝑘𝑔 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
(A) 35 (B) 45 (C) 50 (D) 55 (E) 65
2. D 16. E
3. C 17. A
4. A 18. C
5. D 19. A
6. B 20. C
7. B 21. C
8. C 22. B
9. A 23. C
10. A 24. A
11. B 25. A
12. A 26. C
13. D 27. C
14. B
Nessas condições, a expressão da força responsável por mover esse bloco a partir do repouso, para
quaisquer valores de 𝜃 e 𝛼 que fazem funcionar corretamente o brinquedo, é dada por
a) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 + 𝛼) b) 𝑃𝑠𝑒𝑛(𝜃 − 𝛼) c) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝛼 d) 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças no bloco 𝐵, temos:
Sabendo que o carrinho tem massa igual a 200 g, sua aceleração, em m/s², será aproximadamente:
a) 12,6 b) 10 c) 9,6 d) 8
Comentários:
Escrevendo o diagrama de forças nos corpos, temos:
5 ⋅ 10
𝑎=
5 + 0,2
𝑎 ≅ 9,6 𝑚/𝑠 2
Gabarito: C
(EEAR – 2016)
O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se de uma Lei da Física para executar tal proeza
que acaba causando um acidente. A lei considerada pelo personagem é:
Portanto:
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝑃𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜
𝑘 ⋅ Δ𝑥 = 𝑚 ⋅ 𝑔
Substituindo valores, temos:
20
𝑘⋅ = 10 ⋅ 10
100
𝑘 = 500 𝑁/𝑚
Gabarito: D
(EEAR – 2014)
Na figura a seguir o bloco 𝐴, de massa igual a 6 𝑘𝑔, está apoiado sobre um plano inclinado sem
atrito. Este plano inclinado forma com a horizontal um ângulo de 30°. Desconsiderando os atritos,
admitindo que as massas do fio e da polia sejam desprezíveis e que o fio seja inextensível, qual deve
ser o valor da massa, em 𝑘𝑔, do bloco 𝐵 para que o bloco 𝐴 desça o plano inclinado com uma
aceleração constante de 2 𝑚/𝑠 2 .
Dado: aceleração da gravidade local = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 0,5
b) 1,5
c) 2,0
d) 3,0
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças, temos:
𝑇 − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 2)
Somando (1) com (2), vem:
𝑃𝐴 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(30°) − 𝑃𝐵 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎 + 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎
Substituindo valores podemos encontrar o valor de 𝑚𝐵 :
1
6 ⋅ 10 ⋅ − 𝑚𝐵 ⋅ 10 = 6 ⋅ 2 + 𝑚𝐵 ⋅ 2
2
30 − 12 = 12 ⋅ 𝑚𝐵
18
𝑚𝐵 = = 1,5 𝑘𝑔
12
Gabarito: B
(EEAR – 2014)
Em um Laboratório de Física o aluno dispunha de uma régua, uma mola e dois blocos. Um bloco
com massa igual a 10 𝑘𝑔, que o aluno denominou de bloco 𝐴 e outro de valor desconhecido, que
denominou bloco 𝐵. Ele montou o experimento de forma que prendeu o bloco 𝐴 na mola e reparou
que a mola sofreu uma distensão de 5 𝑐𝑚. Retirou o bloco 𝐴 e ao colocar o bloco 𝐵 percebeu que
a mola distendeu 7,5 𝑐𝑚. Com base nestas informações, e admitindo a mola ideal e a aceleração da
gravidade igual a 10 𝑚/𝑠 2 , o aluno concluiu corretamente que o bloco B tem massa igual a ______
kg.
Observação: mola ideal é aquela que obedece a Lei de Hooke.
a) 12,5 b) 15,0 c) 125 d) 150
Comentários:
Considerando que ele pendeu os blocos à mola na direção vertical, então a partir da
distensão da mola provocada pelo bloco A podemos determinar a constante da mola:
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠1 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑔
𝑘 ⋅ Δ𝑥𝐴 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑔
5
𝑘⋅
= 10 ⋅ 10
100
104
𝑘= 𝑁/𝑚
5
Quando ele repete o procedimento para 𝐵, como já conhecemos a constante elástica da
mola, podemos determinar a massa desconhecida de 𝐵:
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠2 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔
𝑘 ⋅ Δ𝑥𝐵 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔
104 7,5
⋅ = 𝑚𝐵 ⋅ 10
5 100
𝑚𝐵 = 15 𝑘𝑔
Gabarito: B
(EEAR – 2013)
Considere um corpo preso na sua parte superior por um elástico, e apoiado num plano inclinado
(como mostrado na figura abaixo).
À medida que aumentarmos o ângulo de inclinação a do plano, a força que age no elástico aumenta
devido
a) ao crescimento do peso do corpo.
b) ao aumento da quantidade de massa do corpo.
c) à componente do peso do corpo paralela ao plano inclinado tornar-se maior.
d) à componente do peso do corpo, perpendicular ao plano inclinado, aumentar.
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças no corpo, temos:
Um garoto puxa uma corda amarrada a um caixote aplicando uma força de intensidade igual a 10 𝑁,
como está indicado no esquema a seguir. A intensidade, em 𝑁, da componente da força que
contribui apenas para a tentativa do garoto em arrastar o caixote horizontalmente, vale
a) 5
b) 5√2
c) 5√3
d) 10
Comentários:
Decompondo a força 𝐹 e escrevendo as demais forças, temos:
𝑘𝐴 > 𝑘𝐵
Assim, se as molas forem comprimidas de uma mesma distensão, como a força é dada pela
Lei de Hooke 𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝑘 ⋅ 𝑥, então a mola 𝐴 proporcionará uma força de maior intensidade:
𝑘𝐴 > 𝑘𝐵 (𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑖𝑛𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑝𝑜𝑟 Δ𝑥)
𝑘𝐴 ⋅ Δ𝑥 > 𝑘𝐵 ⋅ Δ𝑥
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 𝐴 > 𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠𝐵
Assim, o corpo 𝐴 lança um bloco de massa 𝑚 com maior força do que 𝐵.
Gabarito: B
(EEAR – 2007)
Um carro desloca-se ao lado de um caminhão, na mesma direção, no mesmo sentido e com mesma
velocidade em relação ao solo, por alguns instantes. Neste intervalo de tempo, a velocidade relativa
entre carro e caminhão é___________________. Em um instante posterior, a inclinação de um
pêndulo dependurado na cabine do caminhão, quando este é freado repentinamente, é explicada
pelo motorista do carro a partir da _______________de Newton.
a) nula; 1ª lei b) nula; 3ª lei c) positiva; 1ª lei d) positiva; 3ª lei
Comentários:
Quando o carro se desloca ao lado do caminhão com a mesma velocidade, em módulo, a
velocidade relativa entre eles é nula. Ao frear o caminhão, a tendência do pêndulo era continuar
o seu movimento. Entretanto, como o pêndulo está preso ao teto da cabine do caminhão, nós
observamos que o pêndulo sofre uma inclinação em relação à vertical, conforme previsto pela
primeira lei de Newton, o princípio da Inércia.
Gabarito: A
(EsPCEx – 2019)
O sistema de polias, sendo uma fixa e três móveis, encontra-se em
equilíbrio estático, conforme mostra o desenho. A constante elástica
da mola, ideal, de peso desprezível, é igual a 50 𝑁/𝑐𝑚 e a força 𝐹⃗ na
extremidade da corda é de intensidade igual a 100 𝑁. Os fios e as
polias, iguais, são ideais. O valor do peso do corpo 𝑋 e a deformação
sofrida pela mola são, respectivamente,
a) 800 N e 16 cm
b) 400 N e 8 cm
c) 600 N e 7 cm
d) 800 N e 8 cm
e) 950 N e 10 cm
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças no sistema temos:
Comentários:
Escrevendo o diagrama de forças no bloco, temos:
𝐹 − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°) = 𝑚 ⋅ 𝑎
Como ele está subindo com velocidade constante, então 𝑎 = 0. Portanto:
𝐹 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°)
√3
4 = 𝑚 ⋅ 10 ⋅
2
4 4 √3
𝑚= = 𝑘𝑔
5 √3 15
Gabarito: B
(EsPCEx – 2014)
Uma pessoa de massa igual a 80 𝑘𝑔 está dentro de um elevador sobre uma balança calibrada que
indica o peso em newtons, conforme desenho abaixo. Quando o elevador está acelerado para cima
com uma aceleração constante de intensidade 𝑎 = 2,0 𝑚/𝑠 2 , a pessoa observa que a balança indica
o valor de
Dado: intensidade da aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2
a) 160 𝑁
b) 640 𝑁
c) 800 𝑁
d) 960 𝑁
e) 1600 𝑁
Comentários:
Quando o elevador está subindo com aceleração 𝑎, devemos ter que:
𝑁−𝑃 =𝑚⋅𝑎
𝑁 =𝑚⋅𝑔+𝑚⋅𝑎
𝑁 = 𝑚 (𝑎 + 𝑔 )
𝑁 = 80(2 + 10)
𝑁 = 960 𝑁
Gabarito: D
(EsPCEx – 2010)
Três blocos 𝐴, 𝐵 e 𝐶 de massas 4 𝑘𝑔, 6 𝑘𝑔 e 8 𝑘𝑔, respectivamente, são dispostos, conforme
representado no desenho abaixo, em um local onde a aceleração da gravidade 𝑔 vale 10 𝑚/𝑠 2 .
𝐹 − 𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎
𝑇 − (𝑚 𝐵 + 𝑚 𝐶 ) ⋅ 𝑔 = (𝑚 𝐵 + 𝑚 𝐶 ) ⋅ 𝑎
Somando as equações, temos:
𝐹 − (𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑔 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶 ) ⋅ 𝑎
Comentários:
De acordo com o diagrama de forças, temos:
8𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 = 0
𝑀⋅𝑔
𝐹=
8
60 ⋅ 10
𝐹=
8
𝐹 = 75 𝑁
Gabarito: C
(EsPCEx – 2008)
Dois blocos A e B, de massas respectivamente iguais a 8 kg e 6 kg, estão apoiados em uma superfície
horizontal e perfeitamente lisa. Uma força horizontal, constante e de intensidade F = 7 N, é aplicada
no bloco A, conforme a figura abaixo.
𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑎
7 = (8 + 6) ⋅ 𝑎
𝑎 = 0,5 𝑚/𝑠 2
Gabarito: A
(EsPCEx – 2005)
Um bloco parte da posição 1 e desloca-se em movimento retilíneo uniformemente variado sobre
uma superfície horizontal com atrito até parar na posição 3, conforme a figura abaixo.
Desprezando a resistência do ar, o diagrama que melhor representa todas as forças que atuam sobre
o bloco, quando ele está passando pelo ponto 2, é:
Obs.: Todas as forças estão representadas no centro de massa do bloco.
A) B) C)
D) E)
Comentários:
Se o bloco está realizando um MRUV e para no ponto 3, ele precisa realizar um movimento
retardado, isto é, velocidade contrária a aceleração. Se ele está se movendo de 1 para 3, então a
aceleração deve estar no sentido oposto, na direção horizontal. Portanto, já descartamos as
alternativas a), b) e d), que possuem força resultante para a direita, ou seja, aceleração para a
direita.
A diferença entre as letras c) e e) é justamente a força de contato entre a superfície e o
bloco que não está escrita na letra e). Portanto, a alternativa correta é a letra c).
Gabarito: C
(EsPCEx – 2002)
Na figura abaixo, as massas 𝐴 e 𝐵 são iguais a 2 𝑘𝑔, cada uma, e estão ligadas por um fio e uma
roldana ideais. Sabendo que todos os atritos são desprezíveis e que a aceleração da gravidade é
igual a 10 𝑚/𝑠 2 , podemos afirmar que a tração no fio ideal, em newtons, é de
a) 2
b) 5
c) 10
d) 20
e) 40
Comentários:
Pelo diagrama de forças, temos:
𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 1)
𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 2)
Substituindo a aceleração na equação 1, temos:
𝑇
𝑚𝐵 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚𝐵 ⋅
𝑚𝐴
𝑇
2 ⋅ 10 − 𝑇 = 2 ⋅
2
𝑇 = 10 𝑁
Gabarito: C
(EsPCEx – 2001)
Um bloco A de peso P encontra-se em repouso preso a uma mola ideal de constante elástica K sobre
um plano inclinado perfeitamente liso conforme a figura abaixo. Nesta situação, o alongamento da
mola será de:
a) 𝑃 ⋅ cos 𝜃 /𝐾
b) 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃/𝐾
c) 𝑃 ⋅ 𝑡𝑔 𝜃/𝐾
d) 𝑃/(𝐾 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃)
e) 𝑃/(𝐾 ⋅ cos 𝜃)
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças no bloco 𝐴, temos:
Sabendo que a bola adquire uma aceleração resultante de módulo 10 𝑚/𝑠 2 , podemos concluir que
a intensidade da força 𝐹⃗2 é:
a) 4 N b) 3 N c) 2 N d) 1 N e) 5 N
Comentários:
A força resultante sobre a bola é dada por:
𝐹𝑅 = 𝑚 ⋅ 𝑎
𝐹𝑅 = 0,5 ⋅ 10
𝐹𝑅 = 5 𝑁
Dada a disposição dos vetores, temos:
2𝐹 − 𝑀 ⋅ 𝑔 = 0
2𝐹 − 0,8 ⋅ 10 = 0
𝐹 =4𝑁
Gabarito: A
(EsPCEx – 2000)
Dois blocos de massa 𝑚1 = 10,0 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 2,0 𝑘𝑔 interligados por uma mola ideal de constante
elástica 50 𝑁/𝑚 são colocados em repouso sobre uma superfície plana, horizontal e sem atrito.
Logo após terem sido afastados e soltos simultaneamente ao longo do plano horizontal, os corpos
de massa 𝑚1 e 𝑚2 , adquirem as acelerações 𝑎⃗1 e 𝑎⃗2 respectivamente Desprezando o atrito do ar, o
valor da razão 𝑎1 /𝑎2 é
a) 0,2
b) 0,6
c) 1,0
d) 4,2
e) 5,0
Comentários:
Quando o sistema é solto, após a mola sofrer uma distensão, a força que atua nos blocos
na horizontal é a força elástica, pois não há atrito entre os blocos e a superfície. Portanto, para
cada um dos blocos, temos:
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝐹𝑅1 = 𝑚2 ⋅ 𝑎2
{
𝐹𝑒𝑙𝑎𝑠 = 𝐹𝑅2 = 𝑚1 ⋅ 𝑎1
Note que no bloco 1, a força elástica está para a esquerda e, no bloco 2, a força elástica
está para a direita. Além disso, como a mola é ideal, tudo se passa como se a força fosse
distribuída na mola. Portanto:
𝑚1 ⋅ 𝑎1 = 𝑚2 ⋅ 𝑎2
Substituindo valores, temos:
10 ⋅ 𝑎1 = 2 ⋅ 𝑎2
𝑎1 2
= = 0,2
𝑎2 10
Gabarito: A
(CN – 2009)
Observe a figura a seguir.
Suponha que a força exercida pelo homem mostrado na figura acima seja integralmente usada para
movimento um corpo, de massa 15 𝑘𝑔, através de um piso horizontal perfeitamente liso,
deslocando-o de uma posição inicial 𝑠0 = 20 𝑚, a partir do repouso e com aceleração constante,
durante 4 s. Nessas condições pode-se afirmar que, ao final desse intervalo de tempo, a posição
final e a velocidade do corpo valem, respectivamente,
a) 100 m e 100 km/h b) 100 m e 108 km/h c) 100 m e 144 km/h
d) 120 m e 108 km/h e) 120 m e 144 km/h
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças no sistema, temos:
Inicialmente, devemos encontrar a força que o homem faz para manter o corpo de 120 kg
em equilíbrio, pois esta força será utilizada para mover um bloco de 15 kg na horizontal,
posteriormente. Para o equilíbrio do sistema formado na figura, temos:
8𝐹 = 120 ⋅ 10
𝐹 = 150 𝑁
Agora temos um novo exercício. Se essa força é a resultante sobre o bloco de 15 kg na
horizontal, então:
𝐹 = 𝐹𝑅
150 = 15 ⋅ 𝑎
𝑎 = 10 𝑚/𝑠 2
A função horária do espaço desse corpo é dada por:
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
2
10 ⋅ 𝑡 2
𝑠 = 20 + 0 ⋅ 𝑡 +
2
2
𝑠 = 20 + 5 ⋅ 𝑡
Para 𝑡 = 4 𝑠, temos:
𝑠(4) = 20 + 5 ⋅ 42
𝑠(4) = 20 + 5 ⋅ 16
𝑠(4) = 100 𝑚
A velocidade do corpo é dada pela função horária:
𝑣 (𝑡 ) = 𝑣0 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑣 (𝑡 ) = 0 + 10 ⋅ 𝑡
𝑣 (𝑡 ) = 10 ⋅ 𝑡
Para 𝑡 = 4 𝑠, vem:
𝑣 (4) = 10 ⋅ 4 = 40 𝑚/𝑠
Em 𝑘𝑚/ℎ a velocidade é de:
40 ⋅ 3,6 = 144 𝑘𝑚/ℎ
Gabarito: C
(Simulado EN)
Analise a figura abaixo.
Desprezando as forças de atrito, sabendo que fio e polia são ideais, a intensidade da força normal
de contato horizontal entre A e C, em newtons, é igual a:
Considere: 𝑚𝐴 = 10 𝑘𝑔, 𝑚𝐵 = 50 𝑘𝑔, 𝑚𝐶 = 40 𝑘𝑔 e 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
(A) 35 (B) 45 (C) 50 (D) 55 (E) 65
Comentários:
Inicialmente, vamos calcular a aceleração do sistema. Perceba que B e C estão conectados por um
fio ideal, então o módulo da aceleração de C é igual ao módulo da aceleração de B. Como A está encostado
em C, então o módulo da aceleração de A é igual ao módulo da aceleração de C. Assim, os três corpos
terão acelerações de mesmo módulo. Portanto, para definir a aceleração do sistema, nós podemos pensar
como se os blocos estivessem unidos.
Portanto:
(𝑚𝐴 + 𝑚𝐶 + 𝑚𝐵 ) ⋅ 𝑎 = 𝑚𝐵 ⋅ 𝑔
𝑚𝐵
𝑎=( )𝑔
𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 + 𝑚𝐶
50
𝑎=( ) ⋅ 10
10 + 50 + 40
𝑎 = 5 𝑚/𝑠 2
𝐶 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎
𝐶 = 10 ⋅ 5
∴ 𝐶 = 50 𝑁
Gabarito: C
1 3
(A) 3 (B) 1 (C) 2 (D) 2
(AFA – 2010)
Um vagão movimenta-se sobre trilhos retos e horizontais obedecendo à equação horária 𝑆 = 20𝑡 −
5𝑡 2 (SI). Um fio ideal tem uma de suas extremidades presa ao teto do vagão e, na outra, existe uma
esfera formando um pêndulo. As figuras que melhor representam as configurações do sistema
vagão-pêndulo de velocidade 𝑣⃗ e aceleração 𝑎⃗, nos instantes 1 s, 2 s e 3 s, são respectivamente
a)
b)
c)
d)
(EN – 2019)
A figura representa o perfil de um plano inclinado de um ângulo 𝜃 no qual estão fixas duas polias
ideais de modo que o trecho de fio 1 é horizontal e o trecho de fio 2 é paralelo ao plano inclinado.
Os fios são ideais e os atritos são desprezíveis. Sabendo-se que os blocos A e B têm o mesmo peso
P, qual deve ser o peso do bloco C para que o sistema permaneça em equilíbrio?
Na figura acima, tem-se um bloco de massa 𝑚 que se encontra sobre um plano inclinado sem atrito.
Esse bloco está ligado à parte superior do plano por um fio ideal. Sendo assim, assinale a opção que
pode representar a variação do módulo das três forças que atuam sobre o bloco em função do
ângulo de inclinação 𝜃.
a) d)
b) e)
c)
(EFOMM – 2018)
A figura que se segue mostra uma plataforma, cuja massa é de 100 kg, com um ângulo de inclinação
de 30° em relação à horizontal, sobre a qual um bloco de 5 kg de massa desliza sem atrito. Também
não há atrito entre a plataforma e o chão, de modo que poderia haver movimento relativo entre o
sistema e o solo. Entretanto, a plataforma é mantida em repouso em relação ao chão por meio de
uma corda horizontal que a prende ao ponto A de uma parede fixa. A tração na referida corda possui
módulo de:
25
a) 𝑁
2
b) 25 𝑁
c) 25√3 𝑁
25
d) 𝑁
4
25
e) 2
√3 𝑁
(EFOMM – 2015)
Duas pessoas tentam desempacar uma mula, usando uma corda longa amarrada no animal. Uma
delas puxa com força 𝐹𝐴 , cuja intensidade é de 200 𝑁, e a outra com força 𝐹𝐵 . Ambas desejam
mover a mula apenas na direção perpendicular à linha horizontal representada na figura dada por
𝐹𝑅 . Considere que os ângulos são os dados na figura, que a mula está no ponto 𝑃 e que essas
pessoas, após um tempo de 0,1 micros século, conseguem finalmente mover o animal na direção
desejada. Pode-se afirmar, em valores aproximados, que a intensidade da força 𝐹𝐵 aplicada e o
tempo em minutos levado para mover o animal são, respectivamente,
a) 230 N e 25 min. b) 230 N e 5 min. c) 348 N e 25 min.
d) 348 N e 5 min. e) 348 N e 15 min.
(EFOMM – 2013)
Na máquina de Atwood representada na figura 𝑀1 = 2,0 𝑘𝑔 e 𝑀2 = 3,0 𝑘𝑔. Assumindo que o fio é
inextensível e tem massa desprezível, assim como a polia, a tração no fio, em newtons, é
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 6,0
b) 9,0
c) 12
d) 18
e) 24
(EFOMM – 2008)
Parte do núcleo de um reator nuclear, de massa 2,3 toneladas, deve ser suspenso por dois cabos
para manutenção, conforme diagrama acima. A razão entre as tensões 𝑇1 e 𝑇2 nos cabos de
sustentação é, aproximadamente,
Dados: 𝑠𝑒𝑛 45° = cos 45° = 0,707, 𝑠𝑒𝑛 60° = 0,866 e cos 60° = 0,5.
a) 0,707 b) 0,810 c) 0,931 d) 1,056 e) 2,441
(EsPCEx – 2015)
Um cilindro maciço e homogêneo de peso igual a 1000 𝑁 encontra-se apoiado, em equilíbrio, sobre
uma estrutura composta de duas peças rígidas e iguais, 𝐷𝐵 e 𝐸𝐴, de pesos desprezíveis, que formam
entre si um ângulo de 90°, e estão unidas por um eixo articulado em 𝐶. As extremidades 𝐴 e 𝐵 estão
apoiadas em um solo plano e horizontal. O eixo divide as peças de tal modo que 𝐷𝐶 = 𝐸𝐶 e 𝐶𝐴 =
𝐶𝐵, conforme a figura abaixo.
Um cabo inextensível e de massa desprezível encontra-se na posição horizontal em relação ao solo,
unindo as extremidades 𝐷 e 𝐸 das duas peças. Desprezando o atrito no eixo articulado e o atrito
das peças com o solo e do cilindro com as peças, a tensão no cabo 𝐷𝐸 é:
Dados: cos 45° = 𝑠𝑒𝑛 45° = √2/2 e 𝑔⃗ é a aceleração da gravidade.
a) 200 𝑁
b) 400 𝑁
c) 500 𝑁
d) 600 𝑁
e) 800 𝑁
(Simulado AFA)
A figura abaixo mostra um bloco de 2 kg preso a uma polia móvel, interligada aos blocos A e C. As
massas de A e de C valem, respectivamente, 2 kg e 6 kg. Se o sistema é abandonado do repouso,
enquanto tempo o bloco A leva para percorrer 5 m sobre o bloco C?
Despreze eventuais forças de atrito.
a) 1 s b) 2 s c) 3 s d) 4 s
(Simulado AFA)
Na figura acima, uma carga de massa 𝑚 está sobre uma superfície lisa de um plano inclinado com
ângulo 𝜃. A carga está conectada a uma polia móvel, a qual está ligada a uma polia fixa. Essa polia
fixa é puxada em uma de suas extremidades por uma força constante horizontal 𝐹. Assumindo que
todas as cordas de conexão e todas as polias são ideais, sobre o movimento da carga, é válido afirmar
que:
𝐹
(A) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑔, a carga estará em equilíbrio.
2𝐹
(B) Se 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑚𝑔, a carga estará em equilíbrio.
2𝐹
(C) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 < 𝑚𝑔, a carga subirá o plano.
𝐹
(D) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 > 𝑚𝑔: a carga descerá o plano.
(Simulado EFOMM)
Um bloco de 20 kg está em repouso preso a uma mola e uma polia móvel, conforme figura abaixo.
Sabendo que a mola tem constante elástica de 50 N/cm e ela está comprimida de 3 cm, então o peso
da polia móvel é igual a:
(A) 50 N (B) 100 N (C) 150 N (D) 200 N (E) 250 N
(Simulado EN)
Dois blocos iguais de mesma massa 𝑚 estão ligados por uma corda ideal, como na figura acima.
Após o sistema ser abandonado do repouso, a distância percorrida por A até que ele pare pela
primeira vez é de:
Considere que:
- 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
- cos(53°) = 0,6.
a) 1 𝑚 b) 1,125 𝑚 c) 1,25 𝑚 d) 1,5 𝑚 e) 1,75 𝑚
(Simulado EN)
Um sistema mecânico é formado pelos blocos de massa 𝑚1 e 𝑚2 , conforme figura abaixo. As polias
e as cordas são ideais. A aceleração do bloco 𝑚1 é igual a:
(Simulado EN)
Em uma extremidade livre de um corda, uma pessoa desloca o ponto de 6 cm para baixo. As molas
e as polias são ideais.
Chamando de Δ𝑥1 a deformação da mola 1 e Δ𝑥2 a deformação da mola 2, então os valores de Δ𝑥1
e Δ𝑥2 , valem, respectivamente.
Considere que 𝑘1 = 4𝑘2 , em que 𝑘1 é a constante elástica da mola na vertical e 𝑘2 é a constante
elástica da mola na horizontal.
(A) 1,5 cm e 1,5 cm (B) 3 cm e 1,5 cm (C) 1,5 cm e 3 cm
(D) 3 cm e 3 cm (E) 2 cm e 2 cm
(Simulado EN)
Na situação referente à figura acima, um bloco de 80 𝑔 está sendo puxado por uma força constante
𝐹 = 1 𝑁. Se o fio é inextensível, o plano horizontal é liso, e a polia é ideal, com que aceleração estará
𝑚
movendo-se o bloco no instante em que saltar do plano? Considere 𝑔 = 10 𝑠2
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
(A) 7,5 (B) 10 (C) 5 (D) 12,5 (E) 2,5
𝑠2 𝑠2 𝑠2 𝑠2 𝑠2
(Simulado AFA)
Um corpo é abandonado do ponto O, descendo um plano inclinado sem atrito, conforme figura
abaixo. Para que o corpo desça o plano inclinado no menor intervalo de tempo possível, o valor de
𝐻 é igual a:
os corpos são liberados do repouso, determine o intervalo de tempo em que a distância entre os
corpos será mínima.
2. A 13. B
3. A 14. D
4. D 15. C
5. E 16. A
6. D 17. B
7. E 18. D
8. A 19. B
9. C 20. A
10. B 21. B
11. C
1 3
(A) 3 (B) 1 (C) 2 (D) 2
Comentários:
Bloco B:
𝑚𝑔 − 𝑇𝐵 = 𝑚𝑎 → 𝑇𝐵 = 𝑚(𝑔 − 𝑎)
Bloco C:
𝑚𝑔 − 𝑇𝑐 = 𝑚𝑎 → 𝑇𝐶 = 𝑚(𝑔 − 𝑎)
Bloco A:
𝑇𝐵 + 𝑇𝐶 = 𝑚𝑎
2𝑔
2𝑚(𝑔 − 𝑎) = 𝑚𝑎 → 𝑎 =
3
𝑚𝑔
𝑇𝐵 =
3
Bloco B:
Bloco A:
𝑇𝐵′ = 𝑚𝑎′
𝑚(𝑔 − 𝑎′ ) = 𝑚𝑎′
𝑔
𝑎′ =
2
𝑚𝑔
𝑇𝐵′ =
2
Consequentemente:
𝑇𝐵′ 3
=
𝑇𝐵 2
Gabarito: C
(AFA – 2010)
Um vagão movimenta-se sobre trilhos retos e horizontais obedecendo à equação horária 𝑆 = 20𝑡 −
5𝑡 2 (SI). Um fio ideal tem uma de suas extremidades presa ao teto do vagão e, na outra, existe uma
esfera formando um pêndulo. As figuras que melhor representam as configurações do sistema
vagão-pêndulo de velocidade 𝑣⃗ e aceleração 𝑎⃗, nos instantes 1 s, 2 s e 3 s, são respectivamente
a)
b)
c)
d)
Comentários:
Dada a equação horária do espaço, podemos determinar a função horária da velocidade por
comparação:
𝑆 = 20𝑡 − 5𝑡 2 𝑎
{ 𝑎𝑡 2 → 𝑆0 = 0, 𝑣0 = 20 𝑚/𝑠, = −5 𝑜𝑢 𝑎 = −10 𝑚/𝑠 2
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 2
2
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡
𝑣 = 20 − 10𝑡
𝑡 = 1 𝑠 → 𝑣(1) = 20 − 10 ⋅ 1 = 10 𝑚/𝑠
{ 𝑡 = 2 𝑠 → 𝑣(2) = 20 − 10 ⋅ 2 = 0
𝑡 = 3 → 𝑣(3) = 20 − 10 ⋅ 3 = −10 𝑚/𝑠
Se o corpo possui uma função horária dada por uma função são do segundo grau, sabendo que ele
está descrevendo um movimento uniformemente variado, com aceleração igual a −10 𝑚/𝑠 2 . Portanto,
a aceleração sempre terá o mesmo sentido.
Se o vagão está em um movimento uniformemente variado, devemos notar que o pêndulo não
pode permanecer na vertical, pois não haveria uma componente horizontal, que seria responsável pelo
movimento uniformemente variado da massa pendular. Logo, a letra b) está errada, já que a massa
pendular permanece na vertical.
Gabarito: A
(EN – 2019)
A figura representa o perfil de um plano inclinado de um ângulo 𝜃 no qual estão fixas duas polias
ideais de modo que o trecho de fio 1 é horizontal e o trecho de fio 2 é paralelo ao plano inclinado.
Os fios são ideais e os atritos são desprezíveis. Sabendo-se que os blocos A e B têm o mesmo peso
P, qual deve ser o peso do bloco C para que o sistema permaneça em equilíbrio?
Comentários:
𝑇2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) + 𝑁 = 𝑃𝐴 ⋅ cos(𝜃)
Na direção tangente:
𝑃𝐵 = 𝑇2 e 𝑃𝐶 = 𝑇1
Se 𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 = 𝑃, vem:
𝑇2 = 𝑃
𝑃𝐶 = 𝑃(cos(𝜃) + 𝑠𝑒𝑛(𝜃))
Gabarito: A
(EN – 2016)
Analise a figura abaixo.
Na figura acima, tem-se um bloco de massa 𝑚 que se encontra sobre um plano inclinado sem atrito.
Esse bloco está ligado à parte superior do plano por um fio ideal. Sendo assim, assinale a opção que
pode representar a variação do módulo das três forças que atuam sobre o bloco em função do
ângulo de inclinação 𝜃.
a) d)
b) e)
c)
Comentários:
𝑁 = 𝑃 ⋅ 𝑐𝑜𝑠(𝜃) e 𝑇 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Devemos notar que a força peso é constante, já que ela é o produto da massa e a aceleração da
gravidade.
Para 𝜃 = 0°, a normal é igual ao peso e a tração deve ser nula. Assim, eliminamos as letras a) e b).
Como as funções seno e cosseno não são lineares, podemos descartar a letra e). Quando 𝜃 = 45°, temos
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = cos(𝜃) = √2/2 ≅ 0,7. Portanto, a normal e a tração são aproximadamente 70% do peso, como
na letra d).
Gabarito: D
(EFOMM – 2018)
A figura que se segue mostra uma plataforma, cuja massa é de 100 kg, com um ângulo de inclinação
de 30° em relação à horizontal, sobre a qual um bloco de 5 kg de massa desliza sem atrito. Também
não há atrito entre a plataforma e o chão, de modo que poderia haver movimento relativo entre o
sistema e o solo. Entretanto, a plataforma é mantida em repouso em relação ao chão por meio de
uma corda horizontal que a prende ao ponto A de uma parede fixa. A tração na referida corda possui
módulo de:
25
a) 𝑁
2
b) 25 𝑁
c) 25√3 𝑁
25
d) 𝑁
4
25
e) 2
√3 𝑁
Comentários:
Olhando apenas para 𝑚, podemos determinar o módulo de 𝑁𝑀𝑚 , que é para ação-reação de 𝑁𝑚𝑀 :
𝑁𝑚𝑀 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 𝜃
Conforme visto no exemplo do plano inclinado. Assim, para que o corpo de massa 𝑀 permaneça
em equilíbrio na direção 𝑥, devemos ter que:
𝑇 = 𝑁𝑀𝑚 𝑥
𝑇 = 𝑁𝑀𝑚 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑇 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 𝜃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
√3 1
𝑇 = 5 ⋅ 10 ⋅ ⋅
2 2
25√3
𝑇= 𝑁
2
Gabarito: E
(EFOMM – 2015)
Duas pessoas tentam desempacar uma mula, usando uma corda longa amarrada no animal. Uma
delas puxa com força 𝐹𝐴 , cuja intensidade é de 200 𝑁, e a outra com força 𝐹𝐵 . Ambas desejam
mover a mula apenas na direção perpendicular à linha horizontal representada na figura dada por
𝐹𝑅 . Considere que os ângulos são os dados na figura, que a mula está no ponto 𝑃 e que essas
pessoas, após um tempo de 0,1 micros século, conseguem finalmente mover o animal na direção
desejada. Pode-se afirmar, em valores aproximados, que a intensidade da força 𝐹𝐵 aplicada e o
tempo em minutos levado para mover o animal são, respectivamente,
a) 230 N e 25 min. b) 230 N e 5 min. c) 348 N e 25 min.
d) 348 N e 5 min. e) 348 N e 15 min.
Comentários:
Em 𝑥, temos:
1
200 ⋅ 0,87 = 𝐹𝐵 ⋅
2
𝐹𝐵 = 348 𝑁
Gabarito: D
(EFOMM – 2013)
Na máquina de Atwood representada na figura 𝑀1 = 2,0 𝑘𝑔 e 𝑀2 = 3,0 𝑘𝑔. Assumindo que o fio é
inextensível e tem massa desprezível, assim como a polia, a tração no fio, em newtons, é
Dado: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 6,0
b) 9,0
c) 12
d) 18
e) 24
Comentários:
𝑀2 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑀2 ⋅ 𝑎
𝑇 − 𝑀1 ⋅ 𝑔 = 𝑀1 ⋅ 𝑎
30 − 𝑇 3
=
𝑇 − 20 2
2 ⋅ 30 − 2𝑇 = 3𝑇 − 3 ⋅ 20
5𝑇 = 60 + 60
𝑇 = 24 𝑁
Gabarito: E
(EFOMM – 2008)
Parte do núcleo de um reator nuclear, de massa 2,3 toneladas, deve ser suspenso por dois cabos
para manutenção, conforme diagrama acima. A razão entre as tensões 𝑇1 e 𝑇2 nos cabos de
sustentação é, aproximadamente,
Dados: 𝑠𝑒𝑛 45° = cos 45° = 0,707, 𝑠𝑒𝑛 60° = 0,866 e cos 60° = 0,5.
a) 0,707 b) 0,810 c) 0,931 d) 1,056 e) 2,441
Comentários:
- Na direção 𝑦:
𝑇1 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(45°) + 𝑇2 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(60°) = 𝑃
- Na direção 𝑥:
𝑇1 ⋅ cos(45°) = 𝑇2 ⋅ cos(60°)
Logo:
𝑇1 √2 𝑇2
=
2 2
𝑇1 1 √2
= = ≅ 0,7
𝑇2 √2 2
Gabarito: A
(EsPCEx – 2015)
Um cilindro maciço e homogêneo de peso igual a 1000 𝑁 encontra-se apoiado, em equilíbrio, sobre
uma estrutura composta de duas peças rígidas e iguais, 𝐷𝐵 e 𝐸𝐴, de pesos desprezíveis, que formam
entre si um ângulo de 90°, e estão unidas por um eixo articulado em 𝐶. As extremidades 𝐴 e 𝐵 estão
apoiadas em um solo plano e horizontal. O eixo divide as peças de tal modo que 𝐷𝐶 = 𝐸𝐶 e 𝐶𝐴 =
𝐶𝐵, conforme a figura abaixo.
Um cabo inextensível e de massa desprezível encontra-se na posição horizontal em relação ao solo,
unindo as extremidades 𝐷 e 𝐸 das duas peças. Desprezando o atrito no eixo articulado e o atrito
das peças com o solo e do cilindro com as peças, a tensão no cabo 𝐷𝐸 é:
Dados: cos 45° = 𝑠𝑒𝑛 45° = √2/2 e 𝑔⃗ é a aceleração da gravidade.
a) 200 𝑁
b) 400 𝑁
c) 500 𝑁
d) 600 𝑁
e) 800 𝑁
Comentários:
a) Na direção 𝑥:
√2 √2
𝑁𝐶𝐸 ⋅ = 𝑁𝐷𝐶 ⋅
2 2
𝑁𝐶𝐸 = 𝑁𝐷𝐶
b) Na direção 𝑦:
√2 √2
𝑁⋅ +𝑁⋅ = 𝑃 ⇒ 𝑁 ⋅ √2 = 𝑃
2 2
𝑃
𝑁=
√2
Na estrutura, temos:
𝑁 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 45° = 𝑇
𝑃 √2
𝑇= ⋅
√2 2
𝑃 1000
𝑇= ⇒𝑇=
2 2
𝑇 = 500 𝑁
Gabarito: C
(Simulado AFA)
A figura abaixo mostra um bloco de 2 kg preso a uma polia móvel, interligada aos blocos A e C. As
massas de A e de C valem, respectivamente, 2 kg e 6 kg. Se o sistema é abandonado do repouso,
enquanto tempo o bloco A leva para percorrer 5 m sobre o bloco C?
Despreze eventuais forças de atrito.
a) 1 s b) 2 s c) 3 s d) 4 s
Comentários:
Para o bloco A, apenas existe tração na direção horizontal, então:
𝑇 = 𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐴
𝑇
𝑎𝐴 = (𝑒𝑞. 1)
2
Para o bloco C, apenas a tração 𝑇 é a força na direção horizontal, então:
𝑇 = 𝑚𝐶 ⋅ 𝑎𝐶
𝑇
𝑎𝐶 = (𝑒𝑞. 2)
6
Isolando a polia móvel, temos:
𝑎𝐴 = 3,75 𝑚/𝑠 2
𝑎𝐵 = 2,5 𝑚/𝑠 2
𝑎𝐶 = 1,25 𝑚/𝑠 2
Agora, devemos analisar o movimento acelerado de A e de C, que deve se mover na mesma
direção de A. Esquematicamente, temos:
Na figura acima, uma carga de massa 𝑚 está sobre uma superfície lisa de um plano inclinado com
ângulo 𝜃. A carga está conectada a uma polia móvel, a qual está ligada a uma polia fixa. Essa polia
fixa é puxada em uma de suas extremidades por uma força constante horizontal 𝐹. Assumindo que
todas as cordas de conexão e todas as polias são ideais, sobre o movimento da carga, é válido afirmar
que:
𝐹
(A) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑔, a carga estará em equilíbrio.
2𝐹
(B) Se 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑚𝑔, a carga estará em equilíbrio.
2𝐹
(C) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 < 𝑚𝑔, a carga subirá o plano.
𝐹
(D) Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 > 𝑚𝑔: a carga descerá o plano.
Comentários:
Note que como as polias são ideais, conclui-se que a tração no fio que puxa a carga é 2𝐹.
Assim, na direção do plano, temos:
𝑚𝑎 = 2𝐹 − 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃
Daí, temos:
2𝐹
Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 = : a carga estará em equilíbrio.
𝑚𝑔
2𝐹
Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 > : a carga descerá o plano.
𝑚𝑔
2𝐹
Se 𝑠𝑒𝑛𝜃 < : a carga subirá o plano.
𝑚𝑔
Gabarito: C
(Simulado EFOMM)
Um bloco de 20 kg está em repouso preso a uma mola e uma polia móvel, conforme figura abaixo.
Sabendo que a mola tem constante elástica de 50 N/cm e ela está comprimida de 3 cm, então o peso
da polia móvel é igual a:
(A) 50 N (B) 100 N (C) 150 N (D) 200 N (E) 250 N
Comentários:
Fazendo o diagrama de corpo livre, temos:
Em que 𝐹𝐸 é a força elástica e 𝑊𝑃𝐹 é o peso da polia. O módulo da força elástica 𝐹𝐸 é dado
por:
𝐹𝐸 = 𝑘 ⋅ Δ𝑥
𝐹𝐸 = 50 ⋅ 3 = 150 𝑁
Analisando o bloco de 5 kg, temos:
2𝑇 = 𝐹𝐸 + 50
2𝑇 = 150 + 50
𝑇 = 100 𝑁
Agora, olhando para o bloco de 20 kg mais a polia móvel, temos:
2𝑇 + 𝐹𝐸 = 200 + 𝑊𝑃𝐹
200 + 150 = 200 + 𝑊𝑃𝐹
𝑊𝑃𝐹 = 150 𝑁
Gabarito: C
(Simulado EN)
Dois blocos iguais de mesma massa 𝑚 estão ligados por uma corda ideal, como na figura acima.
Após o sistema ser abandonado do repouso, a distância percorrida por A até que ele pare pela
primeira vez é de:
Considere que:
- 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
- cos(53°) = 0,6.
a) 1 𝑚 b) 1,125 𝑚 c) 1,25 𝑚 d) 1,5 𝑚 e) 1,75 𝑚
Comentários:
Para o sistema em questão, sabendo que a força peso do bloco no plano inclinado, na
direção do plano é 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(53°), podemos escrever que:
𝑇 − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°) = 𝑚 ⋅ 𝑎 (𝑒𝑞. 1)
Como o fio é inextensível, o deslocamento de A tem que ser igual ao deslocamento de B,
em outras palavras, a aceleração de A é igual a aceleração de B. Logo, para o bloco B temos:
𝑚 ⋅ 𝑔 − 𝑇 = 𝑚 ⋅ 𝑎(𝑒𝑞. 2)
Somando as duas equações, temos:
𝑚 ⋅ 𝑔 − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 0,8 = 2𝑚 ⋅ 𝑎
𝑎 = 0,1𝑔 = 1 𝑚/𝑠 2
Assim, a velocidade dos blocos após B chegar ao chão (percorrer a distância de 1 m) é de:
𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑑
𝑣 2 = 02 + 2 ⋅ 1 ⋅ 1
𝑣 = √2 𝑚/𝑠
Após o bloco B chegar ao solo, o fio fica frouxo e o bloco A começa a subir o plano sem a
ação da tração no fio. Portanto, a única força que atua em A é a componente da força peso para
baixo do plano inclinado. Assim, o bloco A descreverá um movimento retardado, cuja aceleração
é dada por:
𝐹𝑅 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°)
𝑚 ⋅ 𝑎′ = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 0,8
𝑎′ = 8 𝑚/𝑠 2
Portanto, a distância percorrida por A nessa nova fase de movimento é de:
𝑣𝑓2 = 𝑣 2 + 2 ⋅ 𝑎′ ⋅ 𝑑 ′
2
0 = √2 + 2 ⋅ (⏟
−8) ⋅ 𝑑′
𝑚𝑜𝑣.𝑟𝑒𝑡𝑎𝑟𝑑𝑎𝑑𝑜
𝑑 ′ = 0,125 𝑚
Logo, a distância total percorrida por A é de:
Δ𝑆𝐴 = 1 + 0,125 = 1,125 𝑚
Gabarito: B
(Simulado EN)
Um sistema mecânico é formado pelos blocos de massa 𝑚1 e 𝑚2 , conforme figura abaixo. As polias
e as cordas são ideais. A aceleração do bloco 𝑚1 é igual a:
Comentários:
Fazendo o diagrama de forças, supondo a massa 𝑚1 maior que 𝑚2 de tal forma que a
massa 𝑚1 desce o plano inclinado, temos:
Pelo vínculo geométricos, sabemos que 𝑎1 = 2𝑎2 . Aplicando a segunda lei para o bloco 1,
vem:
𝑚1 𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑇 = 𝑚1 𝑎1 (𝑒𝑞. 1)
Para o bloco 2, temos:
2𝑇 − 𝑚2 𝑔 = 𝑚2 𝑎2 (𝑒𝑞. 2)
Substituindo a tração de 1 em 2, temos:
2(𝑚1 𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑚1 𝑎1 ) − 𝑚2 𝑔 = 𝑚2 𝑎2
Substituindo a aceleração 2, temos:
𝑚2 𝑎1
2𝑚1 𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 2𝑚1 𝑎1 − 𝑚2 𝑔 =
2
4𝑚1 + 𝑚2
𝑔(2𝑚1 𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑚2 ) = ( ) 𝑎1
2
2(2𝑚1 𝑠𝑒𝑛(𝜃) − 𝑚2 )
𝑎1 = 𝑔
4𝑚1 + 𝑚2
Gabarito: D
(Simulado EN)
Em uma extremidade livre de um corda, uma pessoa desloca o ponto de 6 cm para baixo. As molas
e as polias são ideais.
Chamando de Δ𝑥1 a deformação da mola 1 e Δ𝑥2 a deformação da mola 2, então os valores de Δ𝑥1
e Δ𝑥2 , valem, respectivamente.
Considere que 𝑘1 = 4𝑘2 , em que 𝑘1 é a constante elástica da mola na vertical e 𝑘2 é a constante
elástica da mola na horizontal.
(A) 1,5 cm e 1,5 cm (B) 3 cm e 1,5 cm (C) 1,5 cm e 3 cm
(D) 3 cm e 3 cm (E) 2 cm e 2 cm
Comentários:
Pela disposição das molas, temos a posição inicial e a posição final do sistema:
Na mola 1, temos:
2𝑇 = 𝑘1 ⋅ Δ𝑥1
Na mola 2, temos:
𝑇 = 𝑘2 ⋅ Δ𝑥2
Dividindo as equações logo acima, temos:
2𝑇 (𝑘1 ⋅ Δ𝑥1 )
=
𝑇 (𝑘2 ⋅ Δ𝑥2 )
4𝑘2 ⋅ Δ𝑥1
2=
𝑘2 ⋅ Δ𝑥2
Δ𝑥2 = 2Δ𝑥1 (𝑒𝑞. 2)
Substituindo 2 em 1, vem:
𝑑 = 2Δ𝑥1 + 2Δ𝑥1
𝑑 6
Δ𝑥1 = =
4 4
Δ𝑥1 = 1,5 𝑐𝑚
E:
Δ𝑥2 = 2Δ𝑥1 = 3 𝑐𝑚
Gabarito: C
(Simulado EN)
Na situação referente à figura acima, um bloco de 80 𝑔 está sendo puxado por uma força constante
𝐹 = 1 𝑁. Se o fio é inextensível, o plano horizontal é liso, e a polia é ideal, com que aceleração estará
𝑚
movendo-se o bloco no instante em que saltar do plano? Considere 𝑔 = 10 𝑠2
𝑚 𝑚 𝑚 𝑚 𝑚
(A) 7,5 (B) 10 (C) 5 (D) 12,5 (E) 2,5
𝑠2 𝑠2 𝑠2 𝑠2 𝑠2
Comentários:
O instante pedido é aquele em que o bloco “salta” do plano horizontal, isto é, perde o
contato com o mesmo (𝑁 = 0). Assim, sendo 𝜃 o ângulo que o fio faz com a horizontal nesse
instante, temos:
𝐹𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝑔 (𝑣𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙)
𝑚𝑔
𝑠𝑒𝑛𝜃 = = 0,8
𝐹
Como cos2 𝜃 + 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 = 1, segue que 𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0,6.
Além disso:
𝐹𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝑚𝑎 (ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 )
𝐹𝑐𝑜𝑠𝜃 𝑚
𝑎= = 7,5 2
𝑚 𝑠
Gabarito: A
(Simulado AFA)
Um corpo é abandonado do ponto O, descendo um plano inclinado sem atrito, conforme figura
abaixo. Para que o corpo desça o plano inclinado no menor intervalo de tempo possível, o valor de
𝐻 é igual a:
Comentários:
Fazendo a decomposição de forças no bloco, sabemos que na direção do plano inclinado ele desce
com aceleração 𝑔𝑠𝑒𝑛(𝛼). Assim, o deslocamento no plano inclinado é dado por:
1
Δ𝑥 = ⋅ 𝑔𝑠𝑒𝑛(𝛼) ⋅ 𝑡 2
2
1 𝐻
√𝐻 2 + 𝐿2 = ⋅𝑔⋅ ⋅ 𝑡2
2 2
√𝐻 + 𝐿2
2(𝐻 2 + 𝐿2 )
𝑡=√
𝑔𝐻
Agora, vamos completar quadrado no numerador, para ficar uma expressão em H mais fácil de
analisar.
Note que para minimizar 𝑡, nós devemos minimizar o numerador. Como no numerador temos a
soma de dois termos positivos, então para que o tempo seja mínimo, 𝐿 − 𝐻 = 0, ou seja, 𝐻 = 𝐿.
𝐿
𝑡𝑚í𝑛 = 2√
𝑔
Gabarito: B
(Simulado AFA)
A figura abaixo mostra um sistema em equilíbrio. Em um dado instante, uma tesoura corta uma das
cordas que prende o bloco A a uma parede vertical. O módulo da aceleração do bloco A,
imediatamente após ter cortado a corda, em m/s², é de:
Considere: 𝑚𝐴 = 16 𝑘𝑔, 𝑚𝐵 = 6 𝑘𝑔 e sen(37°) = 0,6.
Comentários:
𝑚𝐴 ⋅ 𝑎𝐴 = 𝑇
6 ⋅ 10
16𝑎𝐴 =
3
4
16𝑎𝐴 = 2 ⋅ 4 ⋅ 10
∴ 𝑎𝐴 = 5 𝑚/𝑠 2
Gabarito: D
(Simulado AFA)
Um bloco está sobre um plano inclinado de 37°, conforme a figura abaixo. Sabe-se que a sua massa
é de 20 kg e é aplicada uma força horizontal F de intensidade igual a 250 N. Dessa forma, a
aceleração do bloco, em m/s², é de:
Comentários:
𝐹𝑐𝑜𝑠(𝜃) − 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑚𝑎
250 ⋅ cos(37°)
⏟ − 20 ⋅ 10 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(37°)
⏟ = 20 ⋅ 𝑎
=0,8 =0,6
20𝑎 = 80
∴ 𝑎 = 4 𝑚/𝑠 2
Gabarito: B
(Simulado EFOMM)
Um pintor, cuja massa é de 72 kg, trabalha utilizando uma plataforma e deseja elevar-se. Para isso,
ele começa a puxar a corda de tal forma que a força exercida pela plataforma sobre o pintor tem
intensidade de 400 N. Sabe-se que a platafroma tem uma massa de 12 kg. Adotando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠²,
a aceleração do pinntor, em m/s², é de:
Comentários:
Portanto:
𝐹 = 42𝑎 + 420
Logo:
𝐹 + 400 − 72 ⋅ 10 = 72 ⋅ 𝑎
𝐹 = 72𝑎 + 320
Portanto:
100 = 30𝑎
10
∴ 𝑎= 𝑚/𝑠 2
3
Gabarito: A
(Simulado ITA)
No sistema mostrado na figura abaixo, a massa do bloco vale 2 𝑘𝑔 e da partícula suspensa vale
500 𝑔. O plano inclinado é fixo, a polia e o fio são ideais e não existe nenhum tipo de atrito.
Inicialmente, o bloco está no topo e a partícula a uma distância 𝑑 = 8 𝑚 abaixo dele. Sabendo que
os corpos são liberados do repouso, determine o intervalo de tempo em que a distância entre os
corpos será mínima.
Comentários:
𝐷2 = 3𝑥 2 − 3𝑑𝑥 + 𝑑 2
𝑑
𝑥= = 4𝑚
2
𝑎𝑡 2
𝑥=
2
2𝑡 2
4=
2
𝑡 = 2𝑠
Gabarito: B
a) 60 cm b) 70 cm c) 80 cm d) 90 cm e) 1 m
(ITA – 1982)
O plano inclinado da figura 4 tem massa 𝑀 e sobre ele se apoia um objeto de massa 𝑚. O ângulo de
inclinação é a e não há atrito nem entre o plano inclinado e o objeto, nem entre o plano inclinado e
o apoio horizontal. Aplica-se uma força 𝐹 horizontal ao plano inclinado e constata-se que o sistema
todo se move horizontalmente sem que o objeto deslize em relação ao plano inclinado. Podemos
afirmar que, sendo 𝑔 a aceleração da gravidade local:
a) 𝐹 = 𝑚𝑔
b) 𝐹 = (𝑀 + 𝑚)𝑔
c) F tem que ser infinitamente grande
d) 𝐹 = (𝑀 + 𝑚)𝑔 ∙ 𝑡𝑔𝛼
e) 𝐹 = 𝑀𝑔 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼
(ITA – 1986)
Na figura a seguir, as duas massas 𝑚1 = 1,0 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 2,0 𝑘𝑔, estão ligadas por um fio de massa
desprezível que passa por uma polia também de massa desprezível, e raio R. Inicialmente 𝑚2 , é
colocada em movimento ascendente, gastando 0,20 segundos para percorrer a distância 𝑑 = 1,0 𝑚
indicada.Nessas condições 𝑚2 passará novamente pelo ponto “0” após aproximadamente:
4𝑛𝐻 4𝑛𝐻
d) √(𝑛−2)𝑔 e) √(𝑛−1)𝑔
(Tópicos de Física)
Uma corda homogênea tem secção transversal constante e comprimento total L. A corda encontra-
se inicialmente em repouso, com um trecho de seu comprimento apoiado em uma mesa horizontal
e perfeitamente lisa, conforme indica a figura. Num determinado instante, a corda é abandonada,
adquirindo movimento acelerado. Não considerando a resistência do ar e assumindo para o módulo
da aceleração da gravidade o valor g, aponte a alternativa que apresenta como varia o módulo da
aceleração da corda em função do comprimento pendente x:
𝑥 𝑥 2 𝐿 𝑥 3
a) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 ) b) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 ) c) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝑥) d) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 )
e) Não existem elementos suficientes para determinar a aceleração, pois, não foi informada a
velocidade da corda.
(Física Clássica)
O carrinho da figura desliza no plano horizontal com aceleração 8,0 𝑚/𝑠 2 . O corpo A possui 4,0 𝑘𝑔
de massa e não há atrito entre o corpo e os planos de apoio. Sendo dado 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0,6 e 𝑔 =
10 𝑚/𝑠 2, determine a força horizontal que a a parede vertical exerce no corpo, considerando-o em
repouso em relação ao carrinho.
Na situação esquematizada na figura, o bloco A de massa 𝑚 está apoiado sobre o prisma B de massa
𝑀. O bloco A deverá ser mantido em repouso em relação ao prisma B. Para tanto, utiliza-se um fio
ideal paralelo à face do prisma inclinada de um ângulo 𝜃 em relação à superfície de apoio do sistema,
considerada plana e horizontal. Todos os atritos são desprezíveis e a aceleração da gravidade local
tem módulo 𝑔.
Aplica-se em B uma força constante horizontal 𝐹⃗ e o sistema é acelerado para a esquerda, admitindo
que A permanece em contato com B, determine a máxima intensidade admissível para 𝐹⃗ .
(ITA-SP)
Um homem cuja massa é 70 kg está sentado sobre um andaime pendurado num sistema de
roldanas. Ele se eleva puxando a corda que passa pela roldana fixa, conforme a figura. Considerando
𝑔 = 9,8 𝑚/𝑠 2 , desprezando os atritos, resistências e a massa do andaime e supondo que o homem
se eleva muito lentamente. Calcule a intensidade da força que ele precisa exercer.
Física Clássica
Um atleta cuja massa é 𝑚, está sobre uma balança de molas, a qual está fixa num carrinho que pode
descer uma rampa sem atrito, como na figura.
Dados 𝑔 e 𝑠𝑒𝑛𝜃, determine a marcação da balança, supondo que seu marcador esteja calibrado em
newtons.
(OBF 2016)
Em uma obra é necessário baixar pilhas de entulho usando uma caçamba, uma polia e um cabo. O
material deve deixar o andar superior com velocidade nula e chegar ao térreo, situado 10,0 m
abaixo, também com velocidade nula. Em cada viagem, a caçamba transporta 50,0 kg de material e
o cabo utilizado pode se romper caso for submetido a uma tensão superior a 2000 N. Considere um
esquema que faz a viagem de descida no menor intervalo possível sujeito ainda à condição de
segurança que a tensão no cabo não ultrapasse 70% do seu valor de ruptura. Nesse esquema,
quanto tempo leva cada viagem de descida? (Considere desprezíveis as forças dissipativas e as
massas da polia, da caçamba e do cabo). Dado 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
(Simulado ITA)
Uma esfera de massa 𝑚 é apoiada sobre uma semiesfera, conforme mostra a figura. Sabe-se que o
raio da esfera é metade do raio da semiesfera.
(Simulado CN)
Na figura mostra acima, uma esfera de massa 𝑚 está presa por uma corda e não se move em relação
ao vagão, que desce um plano inclinado perfeitamente liso. Dessa forma, o ângulo 𝛽 é igual a:
a) 37° b) 30° c) 26,5° d) 15° e) 0°
(ITA-2013)
Num certo experimento, três cilindros idênticos encontram-se em contato pleno entre si, apoiados
sobre uma mesa e sob a ação de uma força horizontal 𝐹, constante, aplicada na altura do centro de
massa do cilindro da esquerda, perpendicularmente ao seu eixo, conforme a figura.
Desconsiderando qualquer tipo de atrito, para que os três cilindros permaneçam em contato entre
si, a aceleração 𝑎 provocada pela força deve ser tal que
𝑔 2𝑔 𝑔
a) 3√3 ≤ 𝑎 ≤ 𝑔/√3. b) 3√3 ≤ 𝑎 ≤ 4𝑔/√2. c) 2√3 ≤ 𝑎 ≤ 4𝑔/(3√3).
2𝑔 𝑔
d) 3√2 ≤ 𝑎 ≤ 3𝑔/(4√2). e) 2√3 ≤ 𝑎 ≤ 3𝑔/(4√3).
A figura mostra uma cunha A de massa 𝑀 em repouso sobre uma superfície horizontal lisa. Um
bloco B de massa 𝑚 é abandonado sobre a superfície inclinada em um ângulo 𝜃 com a horizontal.
Sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 𝑔 e desprezando-se os atritos, determine as
acelerações da cunha em relação a terra e do bloco em relação a cunha.
Na figura a seguir, a barra A e massa 𝑚𝐴 está inicialmente em repouso sobre a cunha B de massa
𝑚𝐵 . Sabendo-se que os atritos são desprezíveis e que a aceleração da gravidade vale 𝑔, determine
as acelerações de A e de B.
No sistema representado na figura, não há atritos e o fio é ideal. Sabendo-se que a aceleração da
gravidade vale g e ignorando-se a influência do ar, calcule o intervalo de tempo que o corpo A leva
para atingir a base do corpo B quando abandonado de uma altura h em relação a B. Considere as
massas de A e de B iguais a m e M, respectivamente.
Na figura, após o pêndulo ser abandonado do repouso, sua inclinação α com a vertical permanece
constante. Determine a massa M do bloco e a sua aceleração em função da massa m da esfera, da
aceleração da gravidade g e do ângulo α. Considere o fio e a polia ideais e despreze os atritos.
2) D
3) E
4) B
5) A
6) 2,0 N
7) 𝐹 ≤ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃
8) 229 N
9) 𝑁 = 𝑚 ∙ 𝑔(1 − sen2 𝜃)
10) 1,76 s
11) E
12) E
13) A
𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃𝑐𝑜𝑠𝜃 (𝑚+𝑀)𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃
15) 𝑎𝑚 = e 𝑎𝑀 =
𝑀+𝑚𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝑀+𝑚𝑠𝑒𝑛2 𝜃
𝑚𝐴 𝑔 tg2 𝛼 𝑚𝐴 𝑔 tg 𝛼
16) 𝑚 e𝑚
𝐵 +𝑚𝐴 tg2 𝛼 𝐵 +𝑚𝐴 tg
2𝛼
(5𝑚+𝑀)ℎ
17) √ 2𝑚𝑔
𝑚(1−sen 𝛼)2
18) 𝑀 = e 𝑎 = 𝑔𝑡𝑔(𝛼)
sen 𝛼
a) 60 cm b) 70 cm c) 80 cm d) 90 cm e) 1 m
Comentários:
Pelo diagrama de forças, como no bloco menor não existe força na direção horizontal, apenas na
vertical e inicialmente ele está em repouso, portanto ele permanece com velocidade nula, já que não há
forças atuando na direção horizontal.
Por outro lado, na prancha há uma força resultante na horizontal cujo módulo é igual a 4 N. Assim,
a aceleração da prancha na direção horizontal é dada por:
𝐹 = 𝐹𝑅
4=𝑚⋅𝑎
4 = 10 ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 0,4 𝑚/𝑠 2
Para a condição do problema de quando o bloco irá perder contato com a prancha, temos:
𝑎𝑡 2
Δ𝑠𝑝𝑟𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎 =
2
22
𝐿 − 0,1 = 0,4 ⋅
2
𝐿 = 0,9 𝑚 ∴ 𝐿 = 90 𝑐𝑚
Gabarito: D
(ITA – 1982)
O plano inclinado da figura 4 tem massa 𝑀 e sobre ele se apoia um objeto de massa 𝑚. O ângulo de
inclinação é a e não há atrito nem entre o plano inclinado e o objeto, nem entre o plano inclinado e
o apoio horizontal. Aplica-se uma força 𝐹 horizontal ao plano inclinado e constata-se que o sistema
todo se move horizontalmente sem que o objeto deslize em relação ao plano inclinado. Podemos
afirmar que, sendo 𝑔 a aceleração da gravidade local:
a) 𝐹 = 𝑚𝑔
b) 𝐹 = (𝑀 + 𝑚)𝑔
c) F tem que ser infinitamente grande
d) 𝐹 = (𝑀 + 𝑚)𝑔 ∙ 𝑡𝑔𝛼
e) 𝐹 = 𝑀𝑔 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝛼
Comentários:
Vamos fazer este exercício utilizando o conceito de força fictícia. Aplicando este conceito, temos
o seguinte diagrama de forças no bloco de massa 𝑚:
𝑚∙𝑎
𝑡𝑔𝛼 =
𝑚∙𝑔
𝑎 = 𝑔 ∙ 𝑡𝑔𝛼
Mas, como os dois blocos caminham juntos para a esquerda, podemos escrever a segunda lei de
Newton para o sistema:
𝐹 = 𝐹𝑅
𝐹 = (𝑚 + 𝑀) ∙ 𝑎 ∴ 𝐹 = (𝑚 + 𝑀) ∙ 𝑔 ∙ 𝑡𝑔𝛼
Gabarito: D
(ITA – 1986)
Na figura a seguir, as duas massas 𝑚1 = 1,0 𝑘𝑔 e 𝑚2 = 2,0 𝑘𝑔, estão ligadas por um fio de massa
desprezível que passa por uma polia também de massa desprezível, e raio R. Inicialmente 𝑚2 , é
colocada em movimento ascendente, gastando 0,20 segundos para percorrer a distância 𝑑 = 1,0 𝑚
indicada.Nessas condições 𝑚2 passará novamente pelo ponto “0” após aproximadamente:
Obs: adotar para 𝑔 = 10,0 𝑚 ∙ 𝑠 −2.
Comentários:
A questão menciona que o bloco 2 é colocado em movimento ascendente. Vamos dizer que isso é
feito muito suavemente. Após colocar a massa dois, sabemos que a aceleração do sistema é dada por:
𝑚2 − 𝑚1
𝑎= ∙𝑔
𝑚2 + 𝑚1
Dado o tempo que o bloco levou para percorrer 1 metro, podemos calcular a velocidade inicial,
quando o bloco 2 é colocado no sistema:
𝑎𝑦 ∙ 𝑡 2
Δ𝑦 = 𝑣0 ∙ 𝑡 −
2
𝑔
∙ 0,22
1 = 𝑣0 . 0,2 − 3
2
16
𝑣0 = 𝑚/𝑠
3
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑦 ∙ 𝑡
16 10
0= − ∙𝑡
3 3 𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎
𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 1,6 𝑠
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2𝑡𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎
𝑡𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 3,2 𝑠
Gabarito: E
(ITA-2011)
Um corpo de massa 𝑀, inicialmente em repouso, é erguido por uma corda de massa desprezível até
uma altura 𝐻, onde fica novamente em repouso. Considere que a maior tração que a corda pode
suportar tenha módulo igual a 𝑛𝑀𝑔, em que 𝑛 > 1. Qual deve ser o menor tempo possível para ser
feito o erguimento desse corpo?
2𝐻 2𝑛𝐻 𝑛𝐻
a) √(𝑛−1)𝑔 b) √(𝑛−1)𝑔 c) √
2(𝑛−1)2 𝑔
4𝑛𝐻 4𝑛𝐻
d) √(𝑛−2)𝑔 e) √(𝑛−1)𝑔
Comentários:
Para o corpo ser erguido no menor tempo possível teremos que imprimir a maior aceleração
possível nele, lembrando, porém, que ele deve alcançar o fim do trajeto em repouso, então a força
exercida pela corda deve cessar em algum ponto antes do fim do movimento. Considere a representação
do movimento abaixo:
𝐵 representa o corpo e 𝐴 o ponto onde a corda é puxada. Pela Segunda Lei de Newton:
𝑀𝑎 = 𝑇 − 𝑀𝑔
𝑎𝑚𝑎𝑥 = (𝑛 − 1)𝑔
Quando a força for cessada o corpo terá uma aceleração negativa – 𝑔 da gravidade, chamaremos
esse de trecho 2 do movimento.
𝑣 = 𝑎𝑚𝑎𝑥 𝑡1
𝑣 = (𝑛 − 1)𝑔𝑡1 (𝑒𝑞. 1)
𝑣𝑓 = 𝑣0 − 𝑔𝑡 ⇒ 0 = 𝑣 − 𝑔𝑡2
𝑡2 = (𝑛 − 1)𝑡1
𝑡
𝑡 = 𝑡1 + 𝑡2 ⇒ 𝑡1 = (𝑒𝑞. 3)
𝑛
𝑛−1
𝑣= 𝑔𝑡
𝑛
Graficamente:
1𝑛 − 1 2
𝐻= 𝑔𝑡
2 𝑛
2𝐻𝑛
𝑡=√
(𝑛 − 1)𝑔
Gabarito: B
(Tópicos de Física)
Uma corda homogênea tem secção transversal constante e comprimento total L. A corda encontra-
se inicialmente em repouso, com um trecho de seu comprimento apoiado em uma mesa horizontal
e perfeitamente lisa, conforme indica a figura. Num determinado instante, a corda é abandonada,
adquirindo movimento acelerado. Não considerando a resistência do ar e assumindo para o módulo
da aceleração da gravidade o valor g, aponte a alternativa que apresenta como varia o módulo da
aceleração da corda em função do comprimento pendente x:
𝑥 𝑥 2 𝐿 𝑥 3
a) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 ) b) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 ) c) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝑥) d) 𝑎 = 𝑔 ∙ (𝐿 )
e) Não existem elementos suficientes para determinar a aceleração, pois, não foi informada a
velocidade da corda.
Comentários:
Considere as duas partes da corda como sistemas separados. Chamaremos a força entre elas de
𝑇.
Podemos escrever cada massa como uma porcentagem da massa total da corda e seu respectivo
comprimento, quando consideramos sua densidade linear de massa constante:
𝑥 𝐿−𝑥
𝑀𝑥 = ∙ 𝑀 𝑒 𝑀𝐿−𝑥 = ∙𝑀
𝐿 𝐿
(𝐿 − 𝑥)
𝑇= 𝑀𝑎 (𝑒𝑞. 1)
𝐿
Sendo 𝑀 a massa total da corda. Aplicando a Segunda Lei para a parte que está pendurada,
obtemos:
𝑥 𝑥
𝑀𝑔 − 𝑇 = 𝑀𝑎 (𝑒𝑞. 2)
𝐿 𝐿
Gabarito: A
(Física Clássica)
O carrinho da figura desliza no plano horizontal com aceleração 8,0 𝑚/𝑠 2 . O corpo A possui 4,0 𝑘𝑔
de massa e não há atrito entre o corpo e os planos de apoio. Sendo dado 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 0,6 e 𝑔 =
10 𝑚/𝑠 2, determine a força horizontal que a a parede vertical exerce no corpo, considerando-o em
repouso em relação ao carrinho.
Comentários:
Como o corpo está em repouso em relação ao carrinho e se mantém assim, suas acelerações são
as mesmas em ambos os eixos. Usando a Segunda Lei:
Eixo y –
𝑁2 cos 𝜃 = 𝑀𝐴 𝑔
𝑀𝐴 𝑔
𝑁2 =
cos 𝜃
𝑁2 = 50𝑁
Eixo x –
𝑁1 + 𝑁2 sen 𝜃 = 𝑀𝐴 𝑎
𝑁1 + 50 . 0,6 = 32
𝑁1 = 2 𝑁
Gabarito: 2,0 N
Na situação esquematizada na figura, o bloco A de massa 𝑚 está apoiado sobre o prisma B de massa
𝑀. O bloco A deverá ser mantido em repouso em relação ao prisma B. Para tanto, utiliza-se um fio
ideal paralelo à face do prisma inclinada de um ângulo 𝜃 em relação à superfície de apoio do sistema,
considerada plana e horizontal. Todos os atritos são desprezíveis e a aceleração da gravidade local
tem módulo 𝑔.
Aplica-se em B uma força constante horizontal 𝐹⃗ e o sistema é acelerado para a esquerda, admitindo
que A permanece em contato com B, determine a máxima intensidade admissível para 𝐹⃗ .
Comentários:
Na direção perpendicular a 𝐵, temos uma componente do peso agindo e uma dessa força de
Einstein, quando a componente da força de Einstein tiver maior intensidade o bloco A perderá contato
com 𝐵. Na direção perpendicular a B temos:
𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 𝜃 = 𝑚 ⋅ 𝑎 ⋅ sen 𝜃 + 𝑁
𝑁 = 𝑚 ⋅ (𝑔 ⋅ cos 𝜃 − 𝑎 ⋅ sen 𝜃)
𝑁≥0
𝑚 ⋅ (𝑔 ⋅ cos 𝜃 − 𝑎 ⋅ sen 𝜃) ≥ 0
𝑔 ⋅ cos 𝜃 − 𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≥ 0
cos 𝜃
𝑎≤𝑔⋅
𝑠𝑒𝑛 𝜃
𝑎 ≤ 𝑔 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃 (𝑒𝑞. 1)
Perceba que o sistema todo tem a mesma aceleração horizontal 𝑎. Usando a Segunda Lei no
sistema:
𝐹 = (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑎
Usando (1):
𝐹 ≤ (𝑀 + 𝑚) ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝜃
Comentários:
A questão quer dizer que sistema está aproximadamente em equilíbrio durante todo o processo.
Perceba que todos os três braços de cordas que vemos fazem parte da mesma corda, logo todos possuem
a mesma tração 𝑇. Usando a Segunda Lei:
3𝑇 − 𝑚𝑔 = 0
70 . 9,8
𝑇= ≈ 229 𝑁
3
Perceba que o homem puxa um dos braços da corda, e como foi dito anteriormente o sistema está
em equilíbrio, então a força que ele imprime é igual a tração na corda.
Gabarito: 229 N
Física Clássica
Um atleta cuja massa é 𝑚, está sobre uma balança de molas, a qual está fixa num carrinho que pode
descer uma rampa sem atrito, como na figura.
Dados 𝑔 e 𝑠𝑒𝑛𝜃, determine a marcação da balança, supondo que seu marcador esteja calibrado em
newtons.
Comentários:
Perceba que essa situação é similar à do elevador descendo acelerado, devemos apenas decompor
a aceleração da balança (que está na direção do plano) e encontrar a componente vertical, que é 𝑔 sen 𝜃
para baixo, assim a gravidade aparente sentida pelo atleta é:
⇒ 𝑁 = 𝑚𝑔𝑎𝑝𝑎
∴ 𝑁 = 𝑚 ∙ 𝑔(1 − sen2 𝜃)
Comentários:
2° O material sofre uma desasceleração provinda da tensão no cabo, o qual deverá ser 70% da
máxima suportada.
Note que para termos o tempo mínimo o corpo deve passar o máximo de tempo possível no
movimento com aceleração positiva. O limitante disso é a tensão suportada pelo cabo: se o cabo
suportasse maior tensão o trecho dois começaria instantes depois com uma aceleração mais intensa (de
modo que o corpo parasse a tempo).
Graficamente temos:
𝑡 = 𝑡1 + 𝑡2
𝑡1 (𝑎 + 𝑔) 𝑎𝑡
𝑡= ⇒ 𝑡1 =
𝑎 𝑎+𝑔
Sabendo que a distância percorrida em movimento pode ser calculada através da área do gráfico
v x t, temos:
2(𝑎 + 𝑔)𝐻 2 ⋅ 28 ⋅ 10
𝑡=√ ⇒𝑡=√ ≈ 1,76 𝑠
𝑎𝑔 18 ⋅ 10
Gabarito: 1,76 s
(Simulado ITA)
Uma esfera de massa 𝑚 é apoiada sobre uma semiesfera, conforme mostra a figura. Sabe-se que o
raio da esfera é metade do raio da semiesfera.
Comentários:
O sinal de menos na frente de 𝑅2 é só para lembrar que a força de contato 𝑅2 forma um par ação-
reação. Pela figura, vemos que:
𝑥 2𝑟 2
cos(𝜃) = = =
3𝑟 3𝑟 3
Além disso:
(3𝑟)2 = (2𝑟)2 + 𝑦 2
9𝑟 2 = 4𝑟 2 + 𝑦 2
𝑦 = √5𝑟
Portanto:
𝑦 √5𝑟 √5
𝑠𝑒𝑛(𝜃) = = =
3𝑟 3𝑟 3
Pelo diagrama de forças na esfera, para que ela se mantenha em equilíbrio, devemos ter que:
Portanto:
𝑚𝑔
𝑠𝑒𝑛(𝜃) =
𝑅2
√5 𝑚𝑔
=
3 𝑅2
3
𝑅2 = 𝑚𝑔
√5
Portanto:
𝑇 = 𝑅2 ⋅ cos(𝜃)
3 2
𝑇= 𝑚𝑔 ⋅
√5 3
𝑚𝑔
𝑇=
√5
Gabarito: E
(Simulado CN)
Na figura mostra acima, uma esfera de massa 𝑚 está presa por uma corda e não se move em relação
ao vagão, que desce um plano inclinado perfeitamente liso. Dessa forma, o ângulo 𝛽 é igual a:
a) 37° b) 30° c) 26,5° d) 15° e) 0°
Comentários:
Quando todo o sistema está descendo o plano inclinado sem atrito, sabemos que a aceleração de
todo o carrinho é igual a 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°), conforme visto em teoria.
𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛽) + 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(53°) = 𝑚 ⋅ ⏟
𝑎
=𝑔⋅𝑠𝑒𝑛(53°)
𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝛽) = 0
Portanto:
𝛽 = 0°
Gabarito: E
(ITA-2013)
Num certo experimento, três cilindros idênticos encontram-se em contato pleno entre si, apoiados
sobre uma mesa e sob a ação de uma força horizontal 𝐹, constante, aplicada na altura do centro de
massa do cilindro da esquerda, perpendicularmente ao seu eixo, conforme a figura.
Desconsiderando qualquer tipo de atrito, para que os três cilindros permaneçam em contato entre
si, a aceleração 𝑎 provocada pela força deve ser tal que
𝑔 2𝑔 𝑔
a) 3√3 ≤ 𝑎 ≤ 𝑔/√3. b) 3√3 ≤ 𝑎 ≤ 4𝑔/√2. c) 2√3 ≤ 𝑎 ≤ 4𝑔/(3√3).
2𝑔 𝑔
d) 3√2 ≤ 𝑎 ≤ 3𝑔/(4√2). e) 2√3 ≤ 𝑎 ≤ 3𝑔/(4√3).
Comentários:
Seja 𝑁 a normal horizontal entre os cilindros em contato com o solo e 𝑁1 e 𝑁2 as normais entre o
cilindro de cima e o da esquerda e o cilindro de cima e o da direita, respectivamente. Intuitivamente,
esperamos que ao aplicarmos uma força muito alta o cilindro de cima ira rolar para trás e se aplicarmos
uma força insuficiente a estrutura irá se desfazer com o cilindro de cima descendo entre os dois debaixo.
𝑔
𝑎𝑚𝑎𝑥 = 𝑔 tan 30° =
√3
𝐹 = 3𝑚𝑎
Na situação de mínimo, como discutido acima, o cilindro de cima estará na iminência de descer,
assim os cilindros debaixo deixaram de se tocar:
𝑁=0
√3
(𝑁1 + 𝑁2 ) sen 60° = 𝑚𝑔 ⇒ 6𝑚𝑎𝑚𝑖𝑛 ⋅ = 𝑚𝑔
2
𝑔
𝑎𝑚𝑖𝑛 =
3√3
Gabarito: A
Comentários:
Adotaremos um sistema de referência no qual as grandezas direcionas para baixo são positivas.
Sejam 𝑙1, 𝑙2 e 𝑙3 o comprimento dos braços de corda conectados às massas 3𝑚, 5𝑚 e 2𝑚,
respectivamente. Como a corda mantém seu comprimento constante, temos:
𝑙1 + 2𝑙2 + 𝑙3 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
𝑎1 + 2𝑎2 + 𝑎3 = 0
Uma relação entre as acelerações. Usando a Segunda Lei nos três blocos:
𝑇 2𝑇 𝑇
𝑔− + 2 ⋅ (𝑔 − )+𝑔− =0
3𝑚 5𝑚 2𝑚
120
𝑇= 𝑚𝑔
49
Substituindo o valor encontrado nas três equações iniciais, obtemos 9𝑔/49, 1𝑔/49 e −11𝑔/49.
A figura mostra uma cunha A de massa 𝑀 em repouso sobre uma superfície horizontal lisa. Um
bloco B de massa 𝑚 é abandonado sobre a superfície inclinada em um ângulo 𝜃 com a horizontal.
Sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 𝑔 e desprezando-se os atritos, determine as
acelerações da cunha em relação a terra e do bloco em relação a cunha.
Comentários:
𝑁 sen 𝜃 = 𝑀𝑎𝑀
𝑀𝑎𝑀
𝑁= (𝑒𝑞. 2)
sen 𝜃
𝑚𝑔 sen 𝜃 cos 𝜃
𝑎𝑀 =
𝑀 + 𝑚 sen2 𝜃
(𝑀 + 𝑚)𝑔 sen 𝜃
𝑎𝑚 =
𝑀 + 𝑚 sen2 𝜃
𝒎𝒈𝒔𝒆𝒏𝜽𝒄𝒐𝒔𝜽 (𝒎+𝑴)𝒈𝒔𝒆𝒏𝜽
Gabarito: 𝒂𝒎 = e 𝒂𝑴 =
𝑴+𝒎𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜽 𝑴+𝒎𝒔𝒆𝒏𝟐 𝜽
Na figura a seguir, a barra A e massa 𝑚𝐴 está inicialmente em repouso sobre a cunha B de massa
𝑚𝐵 . Sabendo-se que os atritos são desprezíveis e que a aceleração da gravidade vale 𝑔, determine
as acelerações de A e de B.
Comentários:
O movimento dos dois corpos está ligado pelo seguinte vínculo geométrico:
𝑥𝐴 = 𝑥𝐵 tg 𝛼
𝑎𝐴 = 𝑎𝐵 tg 𝛼 (𝑒𝑞. 1)
𝑚𝐴 𝑔 − 𝑁 cos 𝛼 = 𝑚𝐴 𝑎𝐴 (𝑒𝑞. 2)
𝑁 sen 𝛼 = 𝑚𝐵 𝑎𝐵 (𝑒𝑞. 3)
𝑚𝐴 𝑔 tg 2 𝛼
𝑎𝐴 =
𝑚𝐵 + 𝑚𝐴 tg 2 𝛼
𝑚𝐴 𝑔 tg 𝛼
𝑎𝐵 =
𝑚𝐵 + 𝑚𝐴 tg 2 𝛼
𝒎𝑨 ∙𝒈∙𝒕𝒈𝟐 𝜶 𝒎𝑨 ∙𝒈∙𝒕𝒈𝜶
Gabarito: 𝒂𝑨 = 𝒎 𝟐
e 𝒂𝑩 = 𝒎 𝟐
𝑩 +𝒎𝑨 𝒕𝒈 𝜶 𝑩 +𝒎𝑨 ∙𝒕𝒈 𝜶
No sistema representado na figura, não há atritos e o fio é ideal. Sabendo-se que a aceleração da
gravidade vale g e ignorando-se a influência do ar, calcule o intervalo de tempo que o corpo A leva
para atingir a base do corpo B quando abandonado de uma altura h em relação a B. Considere as
massas de A e de B iguais a m e M, respectivamente.
Comentários:
𝑙𝐴 + 2𝑙𝐵 + 𝑙 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡.
𝑎𝐴 + 2𝑎𝐵 = 0
𝑚𝑔 − 𝑇 = 𝑚𝑎𝐴 (𝑒𝑞. 1)
−𝑁 = 𝑚𝑎𝐵 (𝑒𝑞. 2)
𝑁 − 2𝑇 = 𝑀𝑎𝐵 (𝑒𝑞. 3)
4𝑚𝑔
𝑎𝐴 =
5𝑚 + 𝑀
𝑎𝐴 𝑡 2 2𝑚𝑔𝑡 2
ℎ= ⇒ℎ=
2 5𝑚 + 𝑀
(5𝑚 + 𝑀)ℎ
∴𝑡=√
2𝑚𝑔
(𝟓𝒎+𝑴)𝒉
Gabarito: √ .
𝟐𝒎𝒈
Na figura, após o pêndulo ser abandonado do repouso, sua inclinação α com a vertical permanece
constante. Determine a massa M do bloco e a sua aceleração em função da massa m da esfera, da
aceleração da gravidade g e do ângulo α. Considere o fio e a polia ideais e despreze os atritos.
Comentários:
No referencial acelerado de 𝑀 a esfera sofre uma força de Einstein para a direita. Nesse referencial
a esfera se move somente na direção do fio, mostrada na figura.
𝑚𝑔 sen 𝛼 = 𝑚𝑎 cos 𝛼
𝑎 = 𝑔 tg 𝛼
𝑇 − 𝑇 sen 𝛼 = 𝑀𝑎
𝑀𝑔 tg 𝛼
𝑇= (𝑒𝑞. 1)
1 − sen 𝛼
Note que a aceleração radial da esfera deve ser igual a aceleração do bloco, por compartilharem
o mesmo fio. Aplicando a Segunda Lei na esfera na direção radial:
𝑚𝑔 cos 𝛼 + 𝑚𝑎 sen 𝛼 − 𝑇 = 𝑚𝑎
𝑚𝑔 𝑀𝑔 tg 𝛼
− = 𝑚𝑔 tg 𝛼
cos 𝛼 1 − sen 𝛼
𝑀𝑔 tg 𝛼 1 − sen 𝛼
= 𝑚𝑔
1 − sen 𝛼 cos 𝛼
[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.
[6] Camargo, Ivan de. Boulos, Paulo. Geometria analítica: Um tratamento vetorial. 3. Ed. Person Education,
2004, 560p.
É muito importante saber bem as leis de Newton e como aplicá-las. A EN tem cobrado em um nível
bem difícil esse tema. Com nossa teoria e lista de exercícios, acredito que você tem condições para fazer
qualquer questão de Dinâmica I na prova.
Tome nota nos exercícios mais difíceis e faça mais de uma vez, principalmente o exercício do plano
inclinado na qual o plano também se movimenta. Já caíram várias vertentes deste exercício cobrando
assuntos como centro de massa. Por isso, entender esse problema é fundamental na sua preparação.
Eu sei que o caminho para a aprovação é árduo, mas comentarei o maior número de questões da
EN e passarei todos os bizus que precisei para minha aprovação.
Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:
@proftoniburgatto