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IME

2024

AULA 04
Hidrostática

Prof. Toni Burgatto


Prof. Toni Burgatto

Sumário
Introdução 3

1. Pressão exercida por um líquido 4

1.2. Propriedades da pressão 6

1.3 Pressão e altura – Teorema de Stevin 8

1.4. Equilíbrio de fluidos imiscíveis: vasos comunicantes 10

1.5. Pressão atmosférica e a experiência de Torricelli 17

1.6. Lei de Pascal 19

1.7. Medidas de pressão 22

1.8. Diagramas e pressão em barragens planas 24

2. Líquidos acelerados 32

2.1. Movimento horizontal com aceleração constante 32

3. Princípio de Arquimedes 37

4. Lista de questões nível 1 48

5. Gabarito sem comentários nível 1 59

6. Lista de questões nível 1 comentada 60

7. Lista de questões nível 2 87

8. Gabarito sem comentários nível 2 107

9. Lista de questões nível 2 comentada 108

10. Lista de questões nível 3 150

11. Gabarito sem comentários nível 3 170

12. Lista de questões nível 3 comentada 172

13. Referências Bibliográficas 189

14. Considerações finais 239

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Introdução
Nesta aula vamos trabalhar os conceitos de pressão, forças advindas da pressão em corpos
diversos, empuxo, equilíbrio de corpos submersos e líquidos em movimento. Este tema costuma ser
cobrado com diversas áreas da física. Destaca-se a união entre hidrostática e estática.

Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do Estratégia
ou se preferir:

@proftoniburgatto

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1. Pressão exercida por um líquido


Um fluido é uma substância líquida ou gasosa que não apresenta forma definida como os sólidos.
Os líquidos diferem dos gases quanto a pressão de superfície.

1.0. Densidade e massa específica


Considere um corpo de massa 𝑚 com uma cavidade em seu interior. O volume total (𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 ) do
corpo é a contribuição preenchida (𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 ) por material e a cavidade (𝑉𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 ).

Figura 1: Corpo com formato qualquer não homogêneo.

Da soma total, temos:

𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 + 𝑉𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Define-se densidade (𝑑) como a razão entre a massa e o volume total do corpo:

𝑚 𝑚
𝑑= =
𝑉𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 + 𝑉𝑐𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Define-se massa específica (𝜌) como a razão entre a massa e o volume de material:

𝑚
𝜌=
𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

As unidades de densidade e de massa específica no SI é o 𝑘𝑔/𝑚3 .

1.1. Definição pressão exercida por uma força


A pressão causada por uma força em uma determinada área é dada por:

𝐹𝑁
𝑃=
𝐴

Em que 𝐹𝑁 representa a força normal à superfície.

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Figura 2: Definição de pressão em uma superfície.

Apenas a componente perpendicular (normal) à área causa pressão. A componente tangencial não
provoca “estresse” na superfície em questão.

01.
A amarelinha é uma brincadeira em que, em alguns momentos, a criança deve se apoiar com os dois pés
no chão e, em outros, com apenas um.
Quando uma criança está equilibrada somente sobre um pé, a pressão exercida por ela sobre o chão,
comparada com a pressão que é exercida quando a criança tem seus dois pés apoiados é
a) quatro vezes maior. b) duas vezes maior.
c) numericamente igual. d) duas vezes menor.
e) quatro vezes menor.
Comentários:
Devemos recorrer ao conceito de pressão para resolvermos essa questão:
|𝐹⃗ |
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
𝐴
Cuidado com as letras usadas para representar as grandezas nessa relação. Não confunda o “P”
usado para fazer referência à pressão com o “P” usado para representar a força peso.
Nessa questão, a força peso da criança é a força a ser estudada. Como a massa da criança e a
aceleração da gravidade são constantes, então, o peso também é.
Se a criança tem somente um dos pés apoiado no chão, a sua área de apoio se reduz à metade,
admitindo que os seus dois pés sejam iguais, logo, a pressão irá se duplicar.
Confira a análise algébrica da situação para os dois pés apoiados no chão:
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑝é𝑠 =
𝐴
E para um pé somente apoiado no chão:

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𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é =
𝐴
2
Vamos repetir a fração do numerador e multiplicar pelo inverso da fração do denominador no caso
da pressão quando só um pé está apoiado no chão.
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 1
𝐴
2
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 2 𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = ∙ = 2∙
1 𝐴 𝐴
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 2 ∙
𝐴
Usando a primeira relação, de quando os dois pés estão no chão:
𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 2 ∙
𝐴
𝑃𝑢𝑚 𝑝é = 2 ∙ 𝑃𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑝é𝑠
Gabarito: B

1.2. Propriedades da pressão

1.2.1. Isotropicidade
A pressão exercida por um líquido em um ponto é a mesma em todas as direções. A figura abaixo
mostra um pequeno elemento cúbico de líquido, em que uma força está atuando em cada face deste
elemento. Como este elemento está em equilíbrio, as forças devem ser todas iguais.

Figura 3: Elemento infinitesimal do líquido.

Se o elemento for um ponto, as forças diametralmente opostas também devem ser iguais. Assim,
todo ponto de um líquido é igualmente comprimido.

1.2.2. Pressão uniforme na mesma horizontal


Para um líquido em repouso (ou movendo-se com velocidade constante ou aceleração puramente
vertical), a pressão em diferentes pontos da mesma horizontal é a mesma.

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Figura 4: Análise das pressões em um ponto do líquido.

Considere o cilindro de líquido mostrado abaixo. A área de seção deste cilindro é 𝑑𝑆. A força em
cada extremidade deste cilindro deve ser igual para que ele esteja em equilíbrio.

𝐹1 = 𝐹2

⇒ 𝑃1 ⋅ 𝑑𝑆 = 𝑃2 ⋅ 𝑑𝑆

⇒ 𝑃1 = 𝑃2

Desta maneira, para um mesmo líquido, as pressões são iguais quando estão a uma mesma altura.

Figura 5: Pressões são iguais na mesma reta horizontal.

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 = 𝑃𝐶 = 𝑃𝐷

1.2.3. Perpendicularidade da pressão


A pressão exercida por um líquido em equilíbrio segue as três propriedades abaixo:

 A força atuando sobre um líquido em repouso é perpendicular à superfície do frasco que o


contém.

 A força exercida por um líquido em qualquer superfície de contato é chamada de impulso


do líquido.

 O impulso exercido por um líquido (em repouso) por unidade de área da superfície, em
contato com o líquido, é chamado de pressão.

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1.3 Pressão e altura – Teorema de Stevin

Considere um recipiente aberto que contém um líquido de densidade 𝜌. A pressão externa é a


pressão atmosférica (𝑃𝑎𝑡𝑚 ). Considere um elemento horizontal infinitesimal de líquido, que está a uma
profundidade 𝑦, conforme ilustra a figura logo abaixo.

Figura 6: Recipiente aberto contendo água em seu interior.

O Teorema de Stevin diz que a pressão em um nível abaixo da interface superior (nível ℎ) é dada
pela pressão atmosférica 𝑃𝑎𝑡𝑚 (no caso do recipiente aberto) somado a pressão exercida pela coluna que
existe de água (𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ):

𝑃 = 𝑃𝐴𝑇𝑀 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Assim, vemos que a pressão aumenta linearmente com a profundidade em relação a superfície do
líquido (ℎ). Para o SI, a aceleração da gravidade 𝑔 é dada em m/s², a profundidade ℎ em metros e a
unidade de densidade (𝜌) é dada em kg/m³. Algumas vezes, a unidade de densidade está em g/cm³. Não
esqueça de fazer a conversão de unidades.

Por exemplo, para o ponto 𝐴, que está a profundidade ℎ𝐴 da interface ar-água, a pressão é dada
por:

𝑃𝐴 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐴

Para o ponto 𝐵, temos:

𝑃𝐵 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐵

Lembre-se sempre de verificar se o recipiente está aberto ou não, pois devemos contabilizar se o
ar atmosférico acima da interface exerce pressão ou não na superfície do líquido.

Agora, vamos calcular a diferença de pressão entre 𝐴 e 𝐵. Pela figura, o ponto 𝐴 está abaixo do
ponto 𝐵, portanto ℎ𝐴 > ℎ𝐵 , isso nos leva a concluir que a pressão no ponto 𝐴 é maior que a pressão no
ponto 𝐵.

Fazendo a diferença de pressão (Δ𝑃), temos:

Δ𝑃 = 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵

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Δ𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐴 − (𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐵 )

Δ𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐴 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐵

Δ𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐴 − 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐵

Δ𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ𝐴 − ℎ𝐵 )

Note que o termo ℎ𝐴 − ℎ𝐵 é justamente a diferença entre os níveis de 𝐴 e de 𝐵. Portanto,


podemos dizer que a diferença de pressão entre esses níveis de A e de B depende apenas da diferença
entre os níveis.

Δ𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ

Esse resultado reforça o fato de que a pressão em uma mesma horizontal em um mesmo líquido
é zero, pois como eles estão no mesmo nível, a diferença de altura é zero, portanto a diferença de pressão
também será nula.

Vale ressaltar as seguintes propriedades:

 A pressão do líquido é a mesma em todos os pontos em uma mesma altura.

 A pressão a uma profundidade ℎ é a soma entre a pressão externa, exercida na superfície


do líquido, e a pressão gerada por todas as camadas de líquido acima.

 A pressão no fundo de um recipiente não depende da forma e nem do tamanho da


superfície de contato.

 A pressão aumenta linearmente com a profundidade.

02. (2019/EEAR)
A superfície de um líquido em repouso em um recipiente é sempre plana e horizontal, pois todos os seus
pontos suportam a mesma pressão. Com base nessa afirmação, responda qual Lei descreve esse
fenômeno físico.
a) Lei de Pascal b) Lei de Stevin
c) Lei de Torricelli d) Lei de Arquimedes
Comentários:
Segundo o teorema de Stevin, em pontos de uma mesma profundidade dentro de um fluido, a
pressão é igual.
Gabarito: B

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03.
Um óleo homogêneo, de densidade igual a 0,8 g/cm³, ocupa um certo volume de um recipiente.
Considerando 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , determine:
a) a pressão hidrostática a 0,5 m de profundidade; e
b) a diferença de pressão entre dois pontos que estão a profundidades de 0,3 m e 50 cm.

Comentários:
a) pela definição de pressão hidrostática, também chamada de pressão efetiva (pressão apenas pela
coluna de líquido), temos:
𝑃 =𝑑⋅𝑔⋅ℎ
Apenas tome cuidado com a densidade. Ela foi apresentada em g/cm³ e para passar para kg/m³ é
só multiplicar por 1000. Então, d = 0,8 g/cm³ = 800 kg/m³. Portanto:
𝑃 = 800 ⋅ 10 ⋅ 0,5 ⇒ 𝑃 = 4000 𝑁/𝑚2
𝑃 = 4000 𝑃𝑎
b) pelo teorema de Stevin, temos:
Δ𝑃 = 𝑑𝑔Δℎ
Δ𝑃 = 800 ⋅ 10 ⋅ (0,5 − 0,3) ⇒ Δ𝑃 = 800 ⋅ 10 ⋅ 0,2
Δ𝑃 = 1600 𝑁/𝑚2
Δ𝑃 = 1600 𝑃𝑎
Gabarito: a) 4000 Pa b) 1600 Pa

1.3.1. Pressão maior que o peso do líquido


Um líquido pode exercer uma pressão maior que o próprio peso de suas colunas de fluido.
Considere um vaso fechado que possui um cilindro maior de área da base 𝑆 e altura total ℎ e um cilindro
mais fino de seção 𝑠, tal que 𝑠 < 𝑆, e altura 𝐻 − ℎ na parte superior. Um líquido de densidade 𝜌 é
colocado até que o recipiente esteja completo.

Figura 7: Vaso com formato não uniforme.

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A força exercida na base do cilindro é dada por:

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 = 𝑃𝐵𝐴𝑆𝐸 ⋅ 𝑆

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 = (𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻) ⋅ 𝑆 (𝐼)

Entretanto, o peso total do líquido é dado por:

𝑀𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ (𝑆 ⋅ ℎ + 𝑠(𝐻 − ℎ)) ⋅ 𝑔 (𝐼𝐼)

Analisando as expressões (I) e (II), percebemos que a força gerada pelo líquido é maior que o seu
próprio peso. Tal fato pode ser melhor verificando fazendo:

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = (𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻) ⋅ 𝑆 − 𝜌 ⋅ (𝑆 ⋅ ℎ + 𝑠(𝐻 − ℎ)) ⋅ 𝑔

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ [𝐻 ⋅ 𝑆 − 𝑠 ⋅ 𝐻 − ℎ ⋅ (𝑆 − 𝑠)]

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ [𝐻 ⋅ (𝑆 − 𝑠) − ℎ ⋅ (𝑆 − 𝑠)]

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐻 − ℎ)(𝑆 − 𝑠)

Como 𝐻 > ℎ e 𝑆 > 𝑠 por construção do problema, então:

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 > 0 ⇒ 𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 > 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜

Para entender a situação, analisaremos outras forças atuantes no sistema, que por vezes passam
despercebidas.

Figura 8: Diagrama de forças no vaso.

A força exercida no fundo do recipiente é dada por:

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 = (𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻) ⋅ 𝑆

A força exercida na face superior é dada por:

𝐹𝑠𝑢𝑝 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐻 − ℎ) ⋅ (𝑆 − 𝑠)

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Fazendo 𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝐹𝑠𝑢𝑝 :

𝐹𝐵𝐴𝑆𝐸 − 𝐹𝑠𝑢𝑝 = 𝑃𝑒𝑠𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ (𝑆 ⋅ ℎ + 𝑠(𝐻 − ℎ)) ⋅ 𝑔

Deste modo, o peso é a diferença entre duas forças.

1.4. Equilíbrio de fluidos imiscíveis: vasos comunicantes

Um vaso comunicante, ou seja, com duas, ou mais, aberturas para a atmosfera e uma parte inferior
na qual um fluido pode se movimentar apresenta algumas propriedades interessantes. Lembre-se que,
para um mesmo fluido, dois pontos a uma mesma profundidade serão isóbaros, ou seja, terão a mesma
pressão, independentemente do formato do tubo.

Figura 9: Linhas com pontos isóbaros em vasos comunicantes.

O experimento fica ainda mais interessante quando unimos dois ou mais fluidos imiscíveis (que
não se misturam) em um tubo em U. Repare o que acontece quando adicionamos óleo em um recipiente
que antes continha somente água em equilíbrio.

Figura 10: Óleo adicionado em um tubo em U em equilíbrio onde antes só existia água.

Na segunda situação, os pontos A e B estão sujeitos à mesma pressão, pois eles estão no mesmo
fluido e no mesmo nível. Isso significa que a coluna de fluido acima deles tem uma pressão equivalente.

Com isso, podemos escrever que:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

Como os tubos são abertos, a pressão nos pontos equivale à soma da pressão atmosférica e a
pressão criada pela coluna de fluido acima de cada um dos pontos.

𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃0 + 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

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Podemos eliminar a pressão atmosférica em ambos os lados dessa equação.

𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃0 + 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

𝑃á𝑔𝑢𝑎 = 𝑃ó𝑙𝑒𝑜

Explicitando a pressão da coluna de um fluido:

𝜌á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 = 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2

Cancelando a aceleração da gravidade nos dois lados da equação:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ1 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ2

Finalmente, chegamos à equação que relaciona os dois pontos isóbaros no interior do tubo
comunicante da figura:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ ℎ1 = 𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ ℎ2

04. (EEAR – 2018)


Em um sistema de vasos comunicantes, são colocados dois líquidos imiscíveis, água com densidade de
1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e óleo com densidade de 0,85 𝑔/𝑐𝑚3. Após os líquidos atingirem o equilíbrio hidrostático,
observa-se, numa das extremidades do vaso, um dos líquidos isolados, que fica a 20 𝑐𝑚 acima do nível de
separação, conforme pode ser observado na figura. Determine o valor de x, em cm, que corresponde à
altura acima do nível de separação e identifique o líquido que atinge a altura x.

a) 8,5; óleo
b) 8,5; água
c) 17,0; óleo
d) 17,0; água

Comentários:
A água tem massa específica maior que o do óleo, portanto, uma coluna de água tem maior peso
do que uma de óleo de mesma altura. Nessa mesma linha de raciocínio, para equilibrar uma coluna maior
de óleo, é necessário uma coluna menor de água. Com isso, podemos concluir que o fluido x é a água.

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Podemos calcular a altura x fazendo uso da relação para fluidos imiscíveis em tubos comunicantes.
Em relação à linha tracejada:
𝜇ó𝑙𝑒𝑜 ∙ ℎó𝑙𝑒𝑜 = 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ ℎá𝑔𝑢𝑎
Sendo essa uma simples relação, podemos substituir os valores fora das unidades padrões do
Sistema Internacional, com o cuidado de nos lembrarmos que as grandezas descobertas seguirão as
unidades equivalentes às fornecidas:
𝑔 𝑔
0,85 ( 3 ) ∙ 20 (𝑐𝑚) = 1,0 ( 3 ) ∙ 𝑥 (𝑐𝑚)
𝑐𝑚 𝑐𝑚
0,85 ∙ 20 = 1,0 ∙ 𝑥
𝑥 = 0,85 ∙ 20
𝑥 = 0,85 ∙ 2 ∙ 10
𝑥 = 8,5 ∙ 2
𝑥 = 17 𝑐𝑚
Gabarito: D

05.
Três líquidos imiscíveis estão em equilíbrio em um tubo em U, como representados na figura abaixo.
Sendo 𝜇1 = 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e 𝜇2 = 6,0 𝑔/𝑐𝑚3, determine a massa específica do fluído 3 𝜇3 , em 𝑔/𝑐𝑚3 .

Comentários:
Para determinar uma relação entre as densidades (para líquidos massa específica é sinônimo de
densidade), devemos pegar pontos isóbaros em um mesmo líquido, portanto vamos pegar os pontos A e
B.

Pelo teorema de Stevin, a pressão no ponto A é dada por:


𝑃𝐴 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 + 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2
E a pressão em B é dada por:
𝑃𝐵 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌3 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ3

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Note que os tubos estão abertos, então devemos lembrar de considerar a pressão atmosférica
local. Como A e B são pontos isóbaros (mesma horizontal), então a pressão em A é igual a pressão em B
(mesmo líquido 2). Portanto:
𝑃𝐴 = 𝑃𝐵
𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 + 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌3 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ3
𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 + 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 = 𝜌3 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ3
Como a aceleração da gravidade está em todos os fatores, podemos cortar a aceleração da
gravidade:
𝜌1 ⋅ ℎ1 + 𝜌2 ⋅ ℎ2 = 𝜌3 ⋅ ℎ3
Substituindo valores, temos:
1,0 ∙ 14 + 6,0 ∙ 4,0 = 𝜇3 ∙ 10
14 + 24 = 𝜇3 ∙ 10
38 = 𝜇3 ∙ 10
38
𝜇3 ∙ 10 = 38 ⇒ 𝜇3 =
10
𝜇3 = 3,8 𝑔/𝑐𝑚3
Como as densidades estão em g/cm³ e as alturas em cm, podemos deixar as unidades da forma
como estão e o resultado será dado em g/cm³.
Gabarito: 𝝁𝟑 = 𝟑, 𝟖 𝒈/𝒄𝒎𝟑

06.
Um tubo em U contém mercúrio em ambos os lados. Uma coluna de 10 cm de glicerina (𝑑 = 1,3 𝑔/𝑐𝑚³)
é introduzida em um dos ramos do tubo. Óleo é colocado no outro ramo do tubo até que a superfície do
óleo e da glicerina fiquem na mesma horizontal. Encontre o comprimento da coluna de óleo. A densidade
do óleo é 0,8 𝑔/𝑐𝑚³ e a do mercúrio é 13,6 𝑔/𝑐𝑚³.
Comentário:

A coluna de óleo será chamada de 𝑥 cm. O comprimento da coluna de glicerina é dado por 10 cm.
𝐷𝐸 = 10 − 𝑥

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Para um mesmo líquido, pontos na mesma horizontal apresentam a mesma pressão.


𝑃𝐵 = 𝑃𝐸
10 ⋅ 𝑑𝑔𝑙𝑖𝑐𝑒𝑟𝑖𝑛𝑎 ⋅ 𝑔 = 𝑥 ⋅ 𝑑ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 + (10 − 𝑥) ⋅ 𝑑𝑀𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 ⋅ 𝑔
10 ⋅ 1,3 ⋅ 𝑔 = 𝑥 ⋅ 0,8 ⋅ 𝑔 + (10 − 𝑥) ⋅ 13,6 ⋅ 𝑔
𝑥 = 9,6 𝑐𝑚
07.
Encontre o ângulo 𝜃. O tubo em Zig-Zag é aberto em N, têm líquidos de densidades 𝜌1 ,𝜌2 e 𝜌3 e está
disposto em um plano vertical. Além disso, a pressão em M é igual a pressão atmosférica.

Comentário:
A pressão nos pontos A e B são dadas por:
𝑃𝐴 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝜌1 ⋅ (𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃) ⋅ 𝑔
𝑃𝐵 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌2 ⋅ ℎ ⋅ 𝑔
Temos a seguinte relação entre as pressões:
𝑃𝐵 = 𝑃𝐴 + 𝜌3 ⋅ (𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃) ⋅ 𝑔
Substituindo, temos:
𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌2 ⋅ ℎ ⋅ 𝑔 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 − 𝜌1 ⋅ 𝑙𝑠𝑒𝑛𝜃 ⋅ 𝑔 + 𝜌3 ⋅ 𝑙𝑠𝑒𝑛𝜃 ⋅ 𝑔
𝜌2 ⋅ ℎ
𝑠𝑒𝑛𝜃 =
(𝜌3 − 𝜌1 ) ⋅ 𝑙

08.
Um tubo circular de seção uniforme é completamente cheio com dois líquidos de densidade 𝜌2 e 𝜌1 . Cada
líquido ocupa um quarto do tubo. Se a linha que delimita a superfície livre dos líquidos forma um ângulo
𝜃 com a horizontal, encontre o valor de 𝜃.

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Comentário:

Primeiramente, iremos calcular a pressão no ponto 1 devido ao líquido de densidade 𝜌1 .


𝑃1 = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1
A pressão no ponto 1 devido ao líquido de densidade 𝜌2 é:
𝑃1 = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 + 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2′
Igualando as duas expressões:
𝜌1 ⋅ ℎ1 = 𝜌1 ⋅ ℎ2 + 𝜌2 ⋅ ℎ2′
Da geometria do problema:
ℎ2′ = 𝑅 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝑅 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃
ℎ2 = 𝑅 ⋅ (1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃)
ℎ1 = 𝑅 ⋅ (1 − 𝑠𝑒𝑛𝜃)
Substituindo:
𝜌1 ⋅ 𝑅 ⋅ (1 − 𝑠𝑒𝑛𝜃) = 𝜌1 ⋅ 𝑅 ⋅ (1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃) + 𝜌2 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝑅 ⋅ 𝜌2 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝜌1 − 𝜌2
𝑡𝑔𝜃 =
𝜌1 + 𝜌2

1.5. Pressão atmosférica e a experiência de Torricelli

A pressão atmosférica influi de maneira decisiva em muitas situações. Um litro de água, por
exemplo, pode ferver em maior ou em menor temperatura, dependendo da altitude do local. Dessa
forma, é muito importante conhecer a pressão atmosférica local.

Buscando conhecer sobre a pressão atmosférica, o cientista italiano Evangelista Torricelli (aluno
de Galileu), propôs um experimento que seria capaz de medir a pressão atmosférica local com certa
precisão.

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Para isso, ele utilizou um tubo preenchido completamente de mercúrio e um recipiente que
também continha mercúrio, como na figura abaixo.

Figura 11: Esquema simplificado do experimento de Torricelli.

Como o tubo era bem milimetrado, então Torricelli conseguia fazer muito bem a leitura da altura
da coluna de mercúrio. Como a substância escolhida é o mercúrio que possui baixa pressão de vapor a
temperatura ambiente, então após estabelecido o equilíbrio do fluido no interior do tubo, na região de
cima do tubo praticamente temos vácuo, ou seja, pressão de gás igual a zero.

Dessa forma, se tomarmos um ponto na superfície livre e um ponto no interior do tubo, mas de
mesmo nível que o ponto na superfície livre dentro do recipiente, esses pontos estão em uma mesma
isobárica, conforme diz o teorema de Stevin. Logo:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝜌𝐻𝑔 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Se o experimento é feito a nível do mar, ou seja, 𝑔 = 9,81 𝑚/𝑠 2 e 0°𝐶, a altura de mercúrio
observado é de aproximadamente 760 mmHg. Como 𝜌𝐻𝑔 = 13,6 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 , então:

𝑘𝑔 𝑚
𝑃𝑎𝑡𝑚 = 13,6 ⋅ 103 3
⋅ 9,81 2 ⋅ 0,760 𝑚
𝑚 𝑠

𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1,01 ⋅ 105 𝑃𝑎

Por praticidade, é comum utilizar a pressão atmosférica olhando diretamente para a coluna de
mercúrio em 𝑐𝑚 ou em 𝑚𝑚. Dessa forma, ao nível do mar e a temperatura de 0°C, é comum dizer que a
pressão atmosférica é aproximadamente 76,0 cmHg ou 760 mmHg.

Se a questão quiser trabalhar com a pressão em Pa e é fornecido as unidades de pressão em


mmHg, por exemplo, basta fazer uma regra de três para converter as unidades. Além disso, por
simplicidade nas contas, muitas questões gostam de dizer que a pressão atmosférica local vale 105 𝑃𝑎.

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Unidade Equivalência

1 𝑁/𝑚2 1 𝑃𝑎

1 𝑎𝑡𝑚 ≅ 1 ∙ 105 𝑃𝑎

1 𝑎𝑡𝑚 760 𝑚𝑚 𝐻𝑔

1 𝑚𝑚 𝐻𝑔 1 𝑇𝑜𝑟𝑟

1 𝑎𝑡𝑚 1,01325 𝐵𝑎𝑟

É comum trazer nas questões que a pressão atmosférica é de 1 ⋅ 105 𝑃𝑎 e chamar 105 𝑃𝑎 de
1 𝑎𝑡𝑚. Além disso, como verificou-se que a pressão atmosférica correspondia a uma coluna de mercúrio
de 760 mm, então também é utilizada a unidade em mmHg. Portanto, 1𝑎𝑡𝑚 é igual a 760 𝑚𝑚𝐻𝑔.

Esse instrumento simples e eficiente é capaz de medir a pressão atmosférica local, ou seja, é um
barômetro.

1.6. Lei de Pascal

O princípio de Pascal diz que:

Qualquer variação de pressão ocorrida num ponto de um fluido em equilíbrio se transmite


integralmente a todos os pontos desse fluido.

Para admitir que o princípio de Pascal é válido é necessário considerar que o líquido é
incompressível e tal fato é sempre considerado nas provas.

De forma mais didática: imagine um tubo em U, no qual um fluido está em equilíbrio, suponha que
exista um êmbolo (como em uma seringa) em cada uma das aberturas desse tubo. A pressão exercida em
uma das aberturas é semelhante à exercida na outra.

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Existem inúmeras aplicações práticas para esse princípio, desde freios e direções hidráulicas a
sistemas elaborados de prensas e balanças, e todas fazem uso da mesma aplicação: obter uma força maior
que a exercida:

Figura 12: Esquema de uma prensa hidráulica simples.

Como a pressão exercida nos dois êmbolos é igual, podemos escrever:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜1 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2

Utilizando a definição de pressão, temos:

𝐹1 𝐹 2
=
𝐴1 𝐴2

Dessa forma, ao fazer uma força em um dos lados (𝐹1 ), a força do outro lado será dada pela razão
entre as áreas.

𝐹1 𝐹 2 𝐴2
= ⇒ 𝐹2 = ⋅𝐹
𝐴1 𝐴2 𝐴1 1

Se 𝐴2 é maior que 𝐴1 , então a razão entre 𝐴2 /𝐴1 é maior que 1, ou seja, você está pegando a força
𝐹1 e multiplicando por algo maior que 1, então você está aumentando a força 𝐹1 . Toda prensa hidráulica
é um multiplicador de força. Como nesse caso do exemplo do elefante.

07.
Um adestrador quer saber o peso de um elefante. Utilizando uma prensa hidráulica, consegue equilibrar
o elefante sobre um pistão de 2000 𝑐𝑚2 de área, exercendo uma força vertical 𝐹 equivalente a 200 𝑁,
de cima para baixo, sobre o outro pistão da prensa, cuja área é igual a 25 𝑐𝑚2 .

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Calcule o peso do elefante.

Comentários:
De acordo com o princípio da prensa hidráulica de Pascal, podemos dizer que:
𝐹1 𝐹 2
=
𝐴1 𝐴2
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹
=
𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝐹
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = ∙ 𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐹 ∙
𝐴𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
Note que a razão entre as áreas é um número apenas, então, as áreas precisam estar na mesma
unidade de medida. No caso elas estão em cm², então posso deixar em cm² mesmo.
Substituindo valores, temos:
2000
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 200 ∙
25
2000
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 200 ∙
25
2000
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 8 ∙
1
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 16000 𝑁
𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑓𝑎𝑛𝑡𝑒 = 1,6 ∙ 104 𝑁
Gabarito: 𝟏, 𝟔 ∙ 𝟏𝟎𝟒 𝑵

08.
Em uma prensa hidráulica, a seção transversal dos ramos é dada por 5 ⋅ 10−4 𝑚² e 10−2 𝑚². Uma força
de 20 N é aplicada no menor ramo.
a) Qual é a pressão produzida no sistema?
b) Qual é a força produzida no ramo maior?
c) Qual é o trabalho realizado pelo operador, se o menor ramo se desloca 0,1 m?

21
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Comentário:
a) Pela definição de pressão, temos:
𝐹1 20 𝑁
𝑃= = = 40000
𝐴1 5 ⋅ 10−4 𝑚2
𝑁
𝑃 = 40000
𝑚2
b) Utilizando a lei de Pascal, temos:
𝐹1 𝐹2 20 𝐹2
= ⇒ −4
= −2
𝐴1 𝐴2 5 ⋅ 10 10
𝐹2 = 400 𝑁
c) O trabalho realizado pela força é dado por:
𝜏 = 𝐹1 ⋅ 𝑑 = 20 ⋅ 0,1 ⇒ 𝜏 = 20 ⋅ 0,1
𝜏 = 2𝐽

1.7. Medidas de pressão

1.7.1. Pressão absoluta e pressão manométrica


A pressão absoluta é a pressão total em um ponto do líquido. A pressão total é a contribuição da
pressão do líquido mais a pressão da atmosfera.

Já a pressão manométrica é a apenas a contribuição do líquido para a pressão (sem a contribuição


atmosférica).

𝑃𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 = 𝑃𝑀𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝑃𝐴𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎

Considere um recipiente com um líquido de densidade 𝜌 e um ponto A, a uma profundidade ℎ0 ,


em seu interior.

Figura 13: Representação da pressão absoluta em um ponto do líquido.

22
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𝑃𝑀𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0

𝑃𝐴𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑃0

𝑃𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 = 𝑃𝐴 = 𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0

Em que:

 A pressão absoluta é sempre positiva e nunca igual a zero.

 A pressão manométrica pode ser positiva, negativa ou nula.

 Uma pressão manométrica negativa diz que a pressão no ponto é menor que a atmosférica.

1.7.2. Manômetros
Os manômetros são instrumentos usados para a mediação de pressão manométrica de um líquido.
Há dois tipos de manômetro.

a) Manômetro simples:

O manômetro simples consiste em um tubo de vidro vertical atrelado a um compartimento


esférico, conforme a figura logo abaixo. O compartimento esférico é fechado e a parte vertical é aberta à
atmosfera. A pressão no interior do compartimento esférico é medida a partir do tamanho da coluna de
líquido no tubo vertical de vidro, pois:

Figura 14: Vaso comunicante com uma extremidade aberta.

𝑃𝐴 = 𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0
⇒ 𝑃𝐴 − 𝑃0 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0
𝑃𝐴−𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎 = 𝑃𝐴 − 𝑃0 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0

b) Manômetro em U:

É um manômetro construído com dois tubos conectados, formando uma forma em U. Este
manômetro é capaz de medir pressões de gases. Para isso, conectamos um dos ramos desse tubo em U a
um compartimento contendo um gás. O outro ramo é exposto à pressão atmosférica.

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Figura 15: Tubo em U; gás e líquido.

A pressão do gás pode ser medida da seguinte forma:

𝑃𝑔á𝑠 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

1.8. Diagramas e pressão em barragens planas

Um diagrama de pressão é uma representação gráfica da intensidade da pressão sobre uma


superfície. O diagrama de pressões é montado para mostrar como a pressão varia sua intensidade com a
profundidade. O gradiente de pressão é representado por uma sequência de “setas”. Essas “setas”, ou
medidor de intensidade de pressão, são sempre perpendiculares à superfície em que o líquido exerce
pressão.

Uma barragem é um dispositivo civil da engenharia que tem o objetivo de confinar certa
quantidade de fluido. Uma barragem pode apresentar os mais diversos formatos geométricos. Nesta aula,
estudaremos apenas as barragens com perfil simétrico plano e esférico.

1.8.1. Barragem e diagrama


Considere abaixo o perfil do diagrama de pressão em algumas barragens.

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Figura 16: Tipos de barragens.

1.8.2. Força sobre a superfície plana imersa


Considere um chapa de área A imersa em um líquido de densidade 𝜌. A parte superior da chapa
está a uma distância ℎ1 da superfície livre do líquido e a parte inferior está a uma distância ℎ2 . Considere
um elemento infinitesimal de área 𝑑𝑆.

Figura 17: Representação infinitesimal do elemento de uma barragem.

𝑑𝑆 = 𝑏 ⋅ 𝑑ℎ

A pressão a uma profundidade ℎ é dada por:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

A força manométrica (𝑑𝐹) exercida pela água nesse elemento infinitesimal é dada por:

𝑑𝐹 = 𝑃 ⋅ 𝑑𝑆

𝑑𝐹 = (𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ) ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑ℎ

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ℎ2
∫ 𝑑𝐹 = ∫ (𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ) ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑ℎ
ℎ1

Se a dimensão b é constante com a variação da altura:

1
𝐹 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 ⋅ 𝑏 ⋅ (ℎ2 − ℎ1 ) + ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑏 ⋅ (ℎ22 − ℎ12 )
2

1.8.3. Centro de aplicação da força


O centro de força é um ponto no qual podemos aplicar a força produzida pela água de tal maneira
que iremos produzir o mesmo torque que sistema de forças produziria. Desta maneira, temos o momento:
ℎ2
𝐹á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑥 = ∫ 𝐹á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑑ℎ
ℎ1

O valor de 𝑥 fornece a profundidade do ponto de aplicação da força resultante. Outra maneira


para encontrar esse ponto, é a determinação do centro geométrico da figura formada pelos gradientes
de pressão.

Figura 18: Centro geométrico do trapézio.

Para a barragem da Figura 15, o centro de aplicação da força resultante é a coordenada 𝑦 do centro
geométrico do trapézio ABCD.

Um bizu muito forte vem do fato da pressão crescer linearmente com a profundidade. Assim,
podemos tomar o valor médio da pressão e aplicar:

𝑭 = 𝑷𝒎 ⋅ 𝑨

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𝑷𝟏 + 𝑷𝟐
𝑭=( )⋅𝑨
𝟐
Em que 𝑷𝟏 é a pressão na parte superior da barragem e 𝑷𝟐 a pressão na parte inferior da
barragem, sendo 𝑨 a área da barragem vertical.

1.8.4. Tanque retangular


Considere um tanque em forma de paralelepípedo de dimensões (𝑙 𝑥 𝑏 𝑥 𝐻) cheia de um líquido
de densidade 𝜌.

Figura 19: Tanque retangular

(A) Força na base

A pressão é uniforme na base. Deste modo, podemos calcular a força como:

Figura 20: Pressão sobre a base

𝐹𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 𝑃 ⋅ 𝐴𝑟𝑒𝑎

𝐹𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ (𝑙 ⋅ 𝑏)

(B) Força nas paredes laterais

A pressão que atua nas paredes laterais não é uniforme. Entretanto, essa pressão cresce
linearmente com a profundidade h.

27
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Figura 21: Diagrama de pressão nas laterais

A pressão a uma profundidade ℎ é dada por:

𝑃 =𝜌⋅𝑔⋅ℎ

A força que atua no elemento diferencial de área é dada por:

𝑑𝐹 = 𝑃 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑ℎ
𝐻
∫ 𝑑𝐹 = ∫ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑ℎ
0

1
𝐹𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 = ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝐻²
2

Para encontrar o ponto de aplicação da força, utilizamos a expressão da definição do centro de


aplicação da força, temos:
ℎ2
1
𝐹á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑥 = ∫ 𝐹á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑑ℎ e 𝐹𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 = ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝐻²
ℎ1 2
𝐻
1
𝑥= ⋅ [∫ 𝑏 ⋅ ℎ2 ⋅ 𝑑ℎ]
𝐻
(𝑏 ⋅ 𝐻) ⋅ 2 0

2𝐻
𝑥=
3

Assim, o ponto de aplicação está a uma profundidade de dois terços da altura da parede lateral
vertical.

1.8.5. Barragem inclinada


Considere uma barragem retangular de dimensões (𝑎 𝑥 𝑏).

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Figura 22: Gradiente de pressão na barragem inclinada

A força na barragem inclinada pode ser determinada pela pressão média.

𝑃1 + 𝑃2
𝐹= ⋅𝐴
2
𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑙 + 𝑎) ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
𝐹= ⋅ (𝑎 ⋅ 𝑏)
2

1
𝐹𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 = ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑎𝑏 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃(𝑎 + 2𝑙)
2

Quando utilizamos esse método de resolução, a força determinada (𝐹𝑖𝑛𝑐𝑙𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 ) é perpendicular à


superfície da barragem.

29
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1.9. Forças sobre superfície curvas

1.9.1. Tronco de cone


Considere um recipiente fechado com a forma de um tronco de cone de raios 𝑎 e 𝑏 e altura ℎ.
Enchemos completamente esse recipiente com um líquido de densidade 𝜌.

Figura 23: Tronco de cone

Considere o diagrama de forças do líquido sobre as paredes do recipiente:

Figura 25: Forças do líquido no


recipiente

Figura 24: Diagrama do líquido

A líquido aplica uma força normal nas paredes inclinadas e no fundo do recipiente, tal força é
expressa por:

𝐹𝐹𝑈𝑁𝐷𝑂 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ (𝜋𝑎2 )

O peso do líquido é dado por:

𝑊 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔

1
𝑊= ⋅ 𝜋ℎ ⋅ (𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏 2 ) ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔
3

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Em que 𝑊 é o peso do líquido (em inglês, 𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝑤𝑒𝑖𝑔ℎ𝑡). Dessa forma, a força vertical do líquido
(𝐹𝑉 ) sobre as paredes do recipiente pode ser calculada pela segunda lei de Newton na vertical:

𝐹𝑉 = 𝑊 − 𝐹𝐹𝑈𝑁𝐷𝑂

1
𝐹𝑉 = ⋅ 𝜋ℎ𝜌𝑔 ⋅ (𝑏 + 2𝑎) ⋅ (𝑏 − 𝑎)
3

09.
Um recipiente com o formato de uma semiesfera sólida de raio R é colocado dentro de um líquido de
densidade 𝜌.

a) Qual é a força vertical que o líquido faz sobre o recipiente em sua porção curva?
b) Qual é a força vertical que o líquido faz sobre a parte plana do recipiente?
c) Qual é a força horizontal que o líquido faz sobre o recipiente?

Comentário:
a) A força vertical é numericamente igual a peso da água sobre a superfície. Esse peso é dado pelo volume
hachurado.

𝐹𝑉 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝐻𝑎𝑐ℎ𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎
2𝜋𝑅 3 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝜋𝑅 3
𝑉𝐻𝑎𝑐ℎ𝑢𝑟𝑎𝑑𝑎 = 𝜋𝑅 2 ⋅ 𝑅 − =
3 3
𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝜋𝑅 3
𝐹𝑉 =
3
b) Na parte plana, a força vertical é numericamente igual ao peso total da coluna de líquido. Esse peso
corresponde ao volume de um cilindro.

31
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𝐹𝑉 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜
𝐹𝑉 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝜋𝑅³
c) A força horizontal é nula, pois as componentes se cancelam.

2. Líquidos acelerados

2.1. Movimento horizontal com aceleração constante

Considere um líquido de densidade 𝜌 que está dentro de um tanque, com a geometria de um


paralelepípedo, de dimensões (𝑙 𝑥 𝑏 𝑥 𝑐) que se move para a direita com aceleração 𝑎.

Inicialmente, o tanque está em repouso e a altura do líquido é 𝐻, conforme figura abaixo:

Figura 26: Tanque inicialmente em repouso.

Quando o vagão começa a se mover a superfície do líquido se inclina. A inclinação é tal que a
superfície fica perpendicular à “gravidade resultante”.

32
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Figura 27: Tanque acelerado para a direita.

Para o referencial não inercial do tanque, temos a seguinte geometria para o movimento.

Figura 28: Somatória das acelerações

𝑎
𝑡𝑔𝜃 = (𝐼)
𝑔

Para a superfície do líquido, temos:

ℎ 𝑦−𝑥
𝑡𝑔𝜃 = = (𝐼𝐼)
𝑙 𝑙
Igualando as equações (I) e (II):
𝑎 𝑦−𝑥 𝑎
= ⇒𝑦=𝑥+ ⋅𝑙 (𝐼𝐼𝐼)
𝑔 𝑙 𝑔

Da situação inicial (repouso) para a situação de movimento acelerado há conservação do volume


de água.

𝑉𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝑉𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠

𝑦+𝑥
𝐻⋅𝑙⋅𝑐 =( )⋅𝑙⋅𝑐
2
𝑦 = −𝑥 + 2𝐻 (𝐼𝑉)

Igualando as equações (III) e (IV):

33
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𝑎⋅𝑙
𝑥+ = −𝑥 + 2𝐻
𝑔

𝑙
𝑥=𝐻− ⋅𝑎 (𝑉)
2𝑔

𝑙
𝑦=𝐻+ ⋅𝑎 (𝑉𝐼)
2𝑔

Note que quando maior for a aceleração horizontal 𝑎, maior será o valor de 𝑦 e menor será o valor
de 𝑥. Diante disso, podemos trabalhar as condições para que não haja transbordamento e qual o máximo
volume de líquido o tanque pode ter.

2.1.1. Não transbordamento


Para que o líquido não transborde do tanque, quando ele estiver na iminência de transbordar,
temos:

𝑦=𝑏

𝑎𝑚á𝑥 ⋅ 𝑙
𝑏=𝐻+ (𝑉𝐼𝐼)
2𝑔

Então, a máxima aceleração possível para essa condição é de:

2(𝑏 − 𝐻)
𝑎𝑚á𝑥 = ( )⋅𝑔
𝑙

Note que quanto maior a diferença 𝑏 − 𝐻, isto é, a diferença entre a altura da parede vertical do
tanque e a altura do líquido dentro do tanque, maior será a aceleração máxima para que não ocorra
transbordamento, resultado que é bem visível.

Se 𝑏 − 𝐻 é muito pequeno, ou seja, a altura do líquido já está bem próxima do topo do tanque e,
assim, uma pequena aceleração do tanque já seria o suficiente para fazer o fluido transbordar.

O volume máximo de água carregada, para uma dada aceleração 𝑎, é dado por:

𝑎⋅𝑙
𝑉𝑚á𝑥 = 𝐻 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑐 = (𝑏 − )⋅𝑙⋅𝑐
2𝑔

𝑎 ⋅ 𝑐 ⋅ 𝑙²
𝑉𝑚á𝑥 (𝑙) = 𝑏 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑐 − (𝑉𝐼𝐼𝐼)
2𝑔

34
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2.2. Rotação de um líquido

Quanto um líquido sofre uma rotação, sua superfície modifica-se de tal forma que seja
perpendicular à aceleração resultante. Considere um recipiente cilíndrico que gira ao redor do eixo 𝑌,
representado abaixo.

Determinaremos a forma da superfície do líquido, quando ele sofre uma rotação de 𝜔 rad/s. O
nível inicial do líquido (em repouso sem a rotação) é 𝑦0 .

Figura 29: Líquido em rotação.

Considere um pequeno elemento de água na superfície do líquido. Esse elemento sofre ação da
força centrífuga, no referencial não inercial do próprio líquido, e a força peso. Traçando a reta tangente,
a normal e analisando os ângulos congruentes, temos:

35
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𝑚 ⋅ 𝜔2 ⋅ 𝑥 𝜔2 ⋅ 𝑥
𝑡𝑔𝜃 = ⇒ 𝑡𝑔𝜃 =
𝑚⋅𝑔 𝑔

O ângulo 𝜃 é a inclinação da reta tangente à curva dada. Deste modo, adotando como origem do
eixo 𝑥 o centro da base do tanque cilíndrico, temos:

𝑑𝑦
𝑡𝑔𝜃 =
𝑑𝑥
𝑦 𝑥 2 𝑥
𝑑𝑦 𝜔2 ⋅ 𝑥 𝜔 ⋅𝑥 𝜔2
= ⇒ ∫ 𝑑𝑦 = ∫ ⋅ 𝑑𝑥 = ⋅ ∫ 𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑔 𝑦𝑚í𝑛 0 𝑔 𝑔 0

𝜔2 2
𝑦 = 𝑦𝑚í𝑛 + ⋅𝑥
2𝑔

Essa equação representa a curva parabólica da superfície do líquido de acordo com a velocidade
angular 𝜔, ou seja, para cada 𝜔, teremos uma curva parabólica e teremos um 𝑦𝑚á𝑥 e um 𝑦𝑚í𝑛 .

2.2.1. Altura máxima (𝒚𝒎á𝒙 )


A altura máxima na parede do recipiente é dada por:

𝑥=𝑅

𝜔2 ⋅ 𝑅²
𝑦𝑚á𝑥 = + 𝑦𝑚í𝑛 (𝐼)
2𝑔

Da Geometria analítica espacial, sabe-se que o volume do paraboloide de revolução é a metade


do cilindro circunscrito.

Figura 30: Posição mínima da superfície d'água

O volume do paraboloide é dado por:


𝑦𝑚á𝑥 − 𝑦𝑚í𝑛
𝑉= ⋅ 𝜋𝑅²
2

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Também há a conservação de volume do líquido. No início tínhamos o líquido em repouso


ocupando um volume 𝑉0. No final, temos o líquido ocupando um volume 𝑉 + 𝑉′.

𝑉 ′ = 𝜋𝑅 2 ⋅ 𝑦𝑚í𝑛

Deste modo, temos:

𝑉0 = 𝑉 + 𝑉 ′

𝑦𝑚á𝑥 − 𝑦𝑚í𝑛
𝜋𝑅 2 ⋅ 𝑦0 = ⋅ 𝜋𝑅² + 𝜋𝑅 2 ⋅ 𝑦𝑚í𝑛
2
𝑦𝑚á𝑥 − 𝑦𝑚í𝑛
𝑦0 = + 𝑦𝑚í𝑛
2
Usando a relação (I), temos:

𝜔2 ⋅ 𝑅²
𝑦𝑚á𝑥 = 𝑦0 +
4𝑔

Então, 𝑦𝑚í𝑛 é expresso por:

𝜔2 ⋅ 𝑅²
𝑦𝑚í𝑛 = 𝑦0 −
4𝑔

3. Princípio de Arquimedes
Arquimedes inferiu que um corpo, quando submerso em um fluido, perde parte de peso. Isso
decorre do fato de que o fluido tenta expulsar esse corpo, exercendo uma força com direção vertical e
sentido para cima, chamada de força de empuxo.

Essa força é proporcional ao peso do líquido deslocado, como o volume de líquido deslocado é
semelhante ao volume do corpo, é mais intuitivo nos referirmos a esse último na formulação de uma
relação para o empuxo.

Considere um cilindro de volume 𝑉 e área 𝐴 flutuando em líquido de densidade 𝜌. O cilindro está


parcialmente submerso. O volume imerso, porção do corpo que está no interior do líquido, é 𝑉𝑠𝑢𝑏 e o
volume emerso, volume exterior ao líquido é (𝑉 − 𝑉𝑠𝑢𝑏 ).

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Figura 31: Corpo parcialmente submerso

Sobre esse corpo, na porção imersa, atuam forças hidrostáticas, que são forças advinhas da
pressão causada pela água e que são perpendiculares ao contorno de superfície.

Figura 32: Forças advindas da pressão

As forças horizontais sobre o cilindro se anulam. Desta maneira, não há resultante das forças,
advindas da pressão hidrostática, sobre esse corpo na horizontal. Na vertical, encontraremos o módulo
da resultante e chamaremos ela de força de Empuxo.

Para a vertical, temos:

 A pressão na superfície inferior do cilindro é a pressão manométrica do ponto A:

𝑃𝐴 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

 A força resultante, advinda das pressões hidrostáticas, (𝐹ℎ𝑖𝑑 ) que atua na base inferior do
cilindro é dada por:

𝐹ℎ𝑖𝑑 = 𝑃𝐴 ⋅ 𝐴

38
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𝐹ℎ𝑖𝑑 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝐴

⇒ 𝐹ℎ𝑖𝑑 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ ⋅ 𝐴)

𝐹ℎ𝑖𝑑 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑉𝑠𝑢𝑏 )

A expressão encontrada acima é chamada de força de Empuxo. No tópico seguinte, detalharemos


essa força para um corpo genérico que está submerso ou parcialmente submerso.

3.1.O módulo do empuxo newtoniano

Considere um corpo de forma genérica, com volume 𝑉, e densidade volumétrica 𝜎. O corpo está
parcialmente submerso em um líquido de densidade 𝜌.

Figura 33: Atuação do empuxo.

Considere uma porção pequena de área 𝑑𝐴, circulada na figura acima, da superfície deste sólido.

Figura 34: Análise de um elemento infinitesimal.

A pressão manométrica sobre essa porção é dada pela lei de Stevin:

𝑃 =𝜌⋅𝑔⋅ℎ

Deste modo, a força resultante, produzida pela somatória das pressões, na vertical sobre a porção
𝑑𝐴 é dada por:

39
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𝑑𝐹𝑦 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝑑𝐴 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃

Se efetuarmos a soma de todas as forças verticais, atuando em cada pequena porção com a mesma
profundidade, teremos a resultante vertical da força hidrostática para um elemento em uma dada altura.
Somando todas temos:

𝐹𝑦 (ℎ) = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ ⋅ ∑ 𝑑𝐴𝑖 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑖 )


𝑖=1

O termo 𝑑𝐴𝑖 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑖 representa a área projetada na direção vertical do sistema. Assim, trocamos
um corpo de forma genérica por um cilindro de área constante e altura ℎ, de tal forma que o volume
submerso é igual para ambos.

𝑉𝑠𝑢𝑏 = ℎ ⋅ ∑ 𝑑𝐴𝑖 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑖


𝑖=1

Deste modo, a soma de todas contribuições é a força de empuxo sobre o corpo.

𝐹𝑦 (ℎ) = 𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = 𝐸

𝐸 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏

3.1.1. Ponto de aplicação do empuxo


O centro de aplicação do empuxo é chamado de centro de Carena.

O centro de Carena é o centro de gravidade do volume de líquido deslocado por um corpo.

A seguir, temos algumas propriedades para esse ponto. Consideraremos o centro de massa
coincidente com o centro de gravidade do corpo. Então:

 Se o corpo possuir densidade uniforme, o centro de carena é coincidente com o centro de massa
da parte submersa.

 O empuxo sempre é aplicado no centro de carena de um corpo.

 O centro de carena é uma propriedade do fluido deslocado e não da parte submersa do corpo.

 Na maioria das vezes, o centro de carena não é coincidente com o centro de massa do corpo.

40
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 É comum utilizarmos a letra 𝐵 para o centro de carena, pois em inglês este ponto é chamado de
buoyancy.

Figura 35: Representação do centro de Carena

 Não necessariamente o centro de carena 𝐵 está abaixo do centro de massa 𝐺.

10.
Um cilindro de altura 𝐻 e área da base 𝐴 está flutuando em líquido de densidade 𝜌. Três quartos de seu
volume submerso. Se o cilindro possui densidade uniforme, determine o ponto de Carena e o centro de
massa.

Comentário:
O centro de carena é o centro de gravidade do volume de líquido deslocado e, portanto, é a
metade do comprimento submerso.
3𝐻
𝐵 = (0,)
8
O centro de massa está na metade do comprimento total do cilindro e, portanto, temos:
𝐻
𝐺 = (0, )
2

41
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3.2.4. Noções de equilíbrio


Considere um corpo de densidade 𝜎 e massa 𝑚. Ao colocarmos esse corpo em líquido de
densidade 𝜌, o corpo sofre a ação de duas forças: Empuxo e peso.

a) Equilíbrio translacional:

(I) Se 𝝈 > 𝝆:

A força de empuxo é dada por:


𝑚 𝜌 𝜌
𝐸 =𝜌⋅𝑔⋅𝑉 = 𝜌⋅𝑔⋅ = 𝑚 ⋅ 𝑔( ), 𝑐𝑜𝑚 0 < <1
𝜎 𝜎 𝜎
E a força peso por:

𝑃 =𝑚⋅𝑔

Das expressões do peso e do empuxo, podemos afirmar que:

𝑃>𝐸

Desta maneira, o corpo afundará e ficará em equilíbrio estável na vertical. Portanto, nenhum
deslocamento pequeno afetará o equilíbrio desse sistema.

Na horizontal o equilíbrio é indiferente, pois não há ação de nenhuma força de perturbação.

(II) Se 𝝈 < 𝝆:
𝜌
Para esse caso, temos o 𝑃 < 𝐸, pois 𝜎 > 1.

Para qualquer perturbação na vertical, tão pequena quanto se queira, o corpo começa a oscilar
com polo na posição de equilíbrio estável.

Para perturbações horizontais, o corpo continua em equilíbrio indiferente.

(III) Se 𝝈 = 𝝆:

O corpo encontra-se em equilíbrio indiferente para qualquer deslocamento feito.

b) Equilíbrio rotacional:

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Considere um corpo de centro de gravidade 𝐺 e centro de carena 𝐵. O equilíbrio rotacional deste


corpo depende da disposição vertical entre o centro de gravidade e o centro de carena. Para o equilíbrio
rotacional, temos as possíveis configurações:

(I) 𝑩 𝒂𝒄𝒊𝒎𝒂 𝒅𝒆 𝑮:

Sempre que o centro de gravidade estiver abaixo do centro de carena o corpo estará em equilíbrio
estável.

Figura 36: Disposição do centro de carena e centro de massa

(II) 𝑶𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝒔𝒊𝒕𝒖𝒂çõ𝒆𝒔:

Se o centro de gravidade estiver acima do centro de carena podemos avaliar o equilíbrio usando o
conceito de Meta-centro (𝑀).

Considere um corpo o parcialmente submerso da figura abaixo. O centro de carena está abaixo do
centro de gravidade. Faça um deslocamento angular 𝜃 da seguinte forma:

Figura 37: Situação de equilíbrio (Esquerda); Situação de perturbação (Direita)

O centro de carena mudará de posição, pois o volume deslocado de líquido sofreu alteração.
Chamaremos esse novo ponto de carena de 𝐵′.

Trace uma reta passando pelo centro de gravidade e o antigo de carena 𝐵. Trace outra reta vertical
passando agora pelo novo ponto de carena 𝐵′. A intersecção entre essas retas será o Meta-centro 𝑀.

 Se 𝑀 estiver acima do centro de gravidade 𝐺 - equilíbrio estável.

 Se 𝑀 estiver abaixo do centro de gravidade 𝐺 – equilíbrio instável.

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Se 𝑀 coincidir com 𝐺 – equilíbrio indiferente.

11.
Um navio flutua porque
a) seu peso é pequeno quando comparado com seu volume.
b) seu volume é igual ao volume do líquido deslocado.
c) o peso do volume do líquido deslocado é igual ao peso do navio.
d) o peso do navio é menor que o peso do líquido deslocado.
e) o peso do navio é maior que o peso do líquido deslocado.

Comentários:
O navio é capaz de flutuar porque o peso do líquido por ele deslocado é igual ao seu peso. O peso
do líquido deslocado é conhecido como força empuxo.
Gabarito: C

12.
Um objeto de massa 𝑚 e densidade 𝜌 está em equilíbrio, totalmente imerso dentro de um fluido. O
empuxo exercido pelo fluido sobre o objeto
A) tem módulo menor que o do peso do objeto, é vertical e para baixo.
B) tem módulo maior que o do peso do objeto, é vertical e para cima.
C) é nulo.
D) depende da profundidade em que o objeto está mergulhado.
E) tem módulo igual ao do peso do objeto, é vertical e para cima.

Comentários:
O objeto totalmente imerso está sob o efeito de duas forças: o empuxo vertical e para cima e o
peso, vertical e para baixo. Estando esse em equilíbrio, as duas forças citadas deverão ter o mesmo
módulo, como mostrado na figura abaixo.

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Gabarito: E

13.
Um corpo esférico, de volume 500 cm³, está totalmente imerso em um líquido de densidade 0,8 g/cm³.
Se 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , determine o empuxo exercido pelo líquido.

Comentários:
Pela definição de empuxo, sabendo que o corpo está totalmente imerso (𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ),
temos:
𝐸 = 𝑑 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
Transformando as unidades para o SI, temos:
𝑔 𝑘𝑔
𝑑 = 0,8 = 800
𝑐𝑚3 𝑚3
500 0,5
𝑉 = 500 𝑐𝑚3 = 𝑑𝑚3 = 0,5 𝑑𝑚3 = 𝑚3 = 0,0005 𝑚3
1000 1000
Portanto:
𝐸 = 800 ⋅ 10 ⋅ 0,0005
𝐸 =4𝑁
Gabarito: 4 N

14.
Qual é a fração submersa de um iceberg? A densidade da água é 1028 𝑘𝑔/𝑚³ e a densidade do gelo é
917 𝑘𝑔/𝑚³.
Comentário:
O peso do iceberg é igual ao empuxo.
𝑃=𝐸
𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏
𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏
𝑉𝑠𝑢𝑏 𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 917
= =
𝑉 𝜌á𝑔𝑢𝑎 1028

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𝑉𝑠𝑢𝑏
= 0,892
𝑉

15. (ITA – 2018)


Uma esfera sólida e homogênea de volume V e massa específica 𝜌 repousa totalmente imersa na interface
entre dois líquidos imiscíveis. O líquido de cima tem massa específica 𝜌𝐶 e o de baixo, 𝜌𝐵 , tal que 𝜌𝐶 <
𝜌 < 𝜌𝐵 . Determine a fração imersa no líquido superior do volume da esfera.
Comentário:
Para o equilíbrio translacional do sistema:
𝐸=𝑃
𝜌𝐶 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝐶 + 𝜌𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝐵 = (𝜌 ⋅ 𝑉) ⋅ 𝑔
𝜌𝐶 ⋅ 𝑉𝐶 + 𝜌𝐵 ⋅ (𝑉 − 𝑉𝐶 ) = 𝜌 ⋅ 𝑉
𝑉𝐶 𝜌𝐵 − 𝜌
=
𝑉 𝜌𝐵 − 𝜌𝐶

16. (ITA – 2016 - modificada)


Um cubo de peso 𝑃1 , construído com um material cuja densidade é 𝜌1 , dispõe de uma região vazia em seu
interior e, quando inteiramente imerso em um líquido de densidade 𝜌2 , seu peso reduz-se a 𝑃2 . Determine
a expressão do volume da região vazia deste cubo.
Comentário:
A redução do peso é o peso aparente do objeto:
𝐸 = 𝑃1 − 𝑃2
𝜌2 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝑃1 − 𝑃2 (𝐼)
O volume total do cilindro é a soma do volume vazio e do volume efetivo:
𝑉 = 𝑉𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 + 𝑉𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑐ℎ𝑖𝑑𝑜
𝑚
𝑉 = 𝑉𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 +
𝜌1
𝑃1
𝑉 = 𝑉𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 + (𝐼𝐼)
𝜌1 ⋅ 𝑔
Substituindo (I) em (II):
𝑃1
𝜌2 ⋅ (𝑉𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 + ) ⋅ 𝑔 = 𝑃1 − 𝑃2
𝜌1 ⋅ 𝑔
𝑃1 − 𝑃2 𝑃1
𝑉𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜 = −
𝜌2 ⋅ 𝑔 𝜌1 ⋅ 𝑔

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17.
Um vaso contém dois líquidos imiscíveis de densidades 1000 𝑘𝑔/𝑚³ e 1500 𝑘𝑔/𝑚³. Um bloco sólido de
volume 𝑉 = 0,001 𝑚³ e densidade 800 𝑘𝑔/𝑚³ está preso ao fundo do vaso por um fio ideal. O bloco está
parcialmente submerso em ambos os líquidos, com metade do volume em cada livro. Esse sistema está
em um elevador que se move para cima com aceleração 5 𝑚/𝑠². Se a gravidade local vale 10 𝑚/𝑠²,
determine a tensão no fio.

Comentário:
Considere as forças sobre o bloco, no referencial não inercial do vaso.

𝐸𝑎𝑝 = 𝑇 + 𝑃𝑎𝑝
2 3
( ⋅ 𝑉 ⋅ 𝜌2 + ⋅ 𝑉 ⋅ 𝜌1 ) ⋅ (𝑔 + 𝑎) = 𝑇 + 𝑉 ⋅ 𝑑 ⋅ (𝑔 + 𝑎)
5 5
2 3
𝑇 = (𝑔 + 𝑎) ⋅ 𝑉 ⋅ [ ⋅ 𝜌2 + ⋅ 𝜌1 − 𝑑]
5 5
2 3
𝑇 = (10 + 5) ⋅ 0,001 ⋅ [ ⋅ 1500 + ⋅ 1000 − 800]
5 5

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𝑇 = 6𝑁

4. Lista de questões nível 1


(EAM – 2015)
Sabe-se que um mergulhador em uma manobra de exercício está flutuando sobre a água. Ao inspirar
o ar e mantê-lo em seus pulmões, o mesmo eleva-se em relação ao nível da água. Esse fato pode
ser explicado:
a) pelo aumento do peso da água deslocada.
b) pelo aumento do empuxo da água.
c) pela diminuição da densidade do mergulhador.
d) pela diminuição da densidade da água.
e) pela diminuição da massa do mergulhador.
(EAM – 2015)
Observe a tabela a seguir.

Assinale a opção que apresenta a Escola de Aprendizes-Marinheiros que sofre a menor e a maior
pressão atmosférica, respectivamente.
a) EAMSC e EAMES b) EAMPE e EAMSC c) EAMPE e EAMCE
d) EAMSC e EAMCE e) EAMES e EAMCE
(EAM – 2014)
Observe a figura a seguir.

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Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo. Durante construção de
um navio, são pintadas linhas horizontais a uma certa distância de sua parte inferior (chamadas de
calado) a fim de demarcar o limite do nível da água. Um navio possui duas dessas marcas como
mostra a figura acima. Sabendo que esse navio é utilizado tanto nos rios quanto nos oceanos e que
os oceanos são mais densos que as águas dos rios, é correto afirmar que a linha ______ representa
o limite do nível da água ____________.
a) 1 / nos rios e nos oceanos b) 1 / somente nos rios
c) 2 / somente nos oceanos d) 2 / nos rios e nos oceanos
e) 2 / somente nos rios
(EAM – 2014)
Considere que a fim de explorar a biodiversidade aquática em um naufrágio, um mergulhador está
a 24 metros de profundidade. Desta forma, dentre os princípios abaixo, qual descreve o aumento
da pressão a que esse mergulhador está submetido em razão do aumento da profundidade que ele
alcança?
a) Pascal. b) Stevin. c) Einstein. d) Arquimedes. e Newton.
(EAM – 2013)
Assinale a opção que apresenta o princípio da Ciência que explica o funcionamento do sifão.
a) De Pascal. b) Da inércia. c) De Arquimedes.
d) Da ação e reação. e) Dos vasos comunicantes.
(Simulado – Colégio Naval)
Misturam-se dois líquidos A e B. Se considerarmos que o volume final é praticamente a soma dos
volumes, a densidade da mistura é igual a:
Considere que:
−𝑉𝐴 = 120 𝑐𝑚3 e 𝑑𝐴 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚3.
−𝑉𝐵 = 200 𝑐𝑚3 e 𝑑𝐵 = 0,6 𝑔/𝑐𝑚3 .
a) 0,855 𝑔/𝑐𝑚3 b) 0,755 𝑔/𝑐𝑚3 c) 0,455 𝑔/𝑐𝑚3
d) 0,565 𝑔/𝑐𝑚3 e) 0,675 𝑔/𝑐𝑚3
(EAM – 2017)
Um cinegrafista, desejando filmar a fauna marítima de uma certa localidade, mergulhou até uma
profundidade de 30 metros e lá permaneceu por cerca de 15 minutos. Qual foi a máxima pressão
suportada pelo cinegrafista?

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Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ; 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3; 𝑝𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2


a) 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 b) 2 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 c) 3 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
d) 4 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 e) 5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(EAM – 2012)
Numa aula de Física, o professor afirmou que a densidade do ar ao nível do mar era de 1,2 𝑘𝑔/𝑚3.
A seguir, ele propôs, como atividade, que os alunos calculassem a massa de ar contida na sala de
aula. Se a sala apresenta um volume de 240 𝑚3 de ar, qual deve ser a massa desse fluido contida
no local?
a) 112 kg b) 176 kg c) 226 kg d) 288 kg e) 316 kg
(EAM – 2005)
Os ventos são massas de ar que se movimentam, naturalmente, ao longo da superfície terrestre.
Seu sentido de deslocamento dá-se
a) sempre da maior pressão para a menor pressão.
b) sempre da menor pressão para a maior pressão.
c) da maior para a menor pressão de dia, invertendo à noite.
d) da menor para a maior pressão de dia, invertendo à noite.
e) independentemente da pressão e dependendo apenas da hora do dia.
(Simulado - EAM)
Durante a gravação de um filme, um cinegrafista mergulha 25 metros e permanece por lá cerca de
30 minutos para as filmagens. Sabendo que o cinegrafista tomou as devidas precauções e instruções
de mergulho, podemos dizer que a maior pressão que o cinegrafista ficou submetido é igual a:
Considere: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
a) 1,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 b) 2,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 c) 2,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
d) 3,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 e) 3,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(EAM – 2022)
Há uma regra prática utilizada pelos Mergulhadores da Marinha que diz que a cada 10m de
profundidade na água a pressão aumenta em uma atmosfera. Um Suboficial Mergulhador (SO-MG)
com bastante experiência na profissão realiza um mergulho no fundo do mar a 40m de
profundidade. Determine a pressão total sobre o fundo do mar e marque a opção correta.
(A) 4atm (B) 5atm (C) 6atm (D) 7atm (E) 8atm
(Simulado CN)
Um decanter para vinhos é um objeto utilizado para separar impurezas (sedimentos do vinho), com
a finalidade de tornar a bebida mais apreciável. A figura abaixo representa um decanter e três
pontos, A, B e C, conforme indicados.

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A relação entre as pressões 𝑝𝐴 , 𝑝𝐵 e 𝑝𝐶 , exercidas pelo vinho respectivamente nos pontos A, B e C,


deve ser descrita por:
(A) 𝑝𝐴 > 𝑝𝐵 > 𝑝𝐶 (B) 𝑝𝐴 < 𝑝𝐵 < 𝑝𝐶 (C) 𝑝𝐴 > 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶
(D) 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶 > 𝑝𝐴 (E) 𝑝𝐴 = 𝑝𝐵 > 𝑝𝐶
(EAM – 2012)
"Todo corpo mergulhado num líquido (ou em outro fluido, como ar ou outro líquido) recebe um
empuxo que tem intensidade (módulo) igual ao peso do volume de líquido deslocado por ele ao
mergulhar".
(CRUZ, Daniel. Tudo é Ciência: 9o ano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 111.)
Observe a figura abaixo.

Trata-se de uma manobra de imersão de um submarino. Considere 𝐸1 , 𝐸2 e 𝐸3 as intensidades dos


empuxos sobre o submarino nas posições 1, 2 e 3, respectivamente. Marque a opção que descreve
a relação correta entre as intensidades desses empuxos.
a) 𝐸1 = 𝐸2 = 𝐸3 b) 𝐸1 > 𝐸2 > 𝐸3 c) 𝐸1 < 𝐸2 < 𝐸3
d) 𝐸1 > 𝐸2 = 𝐸3 e) 𝐸1 < 𝐸2 = 𝐸3
(EAM – 2011)
Durante uma feira de ciências um aluno utilizou um recipiente contendo água, uma mola presa ao
fundo e um corpo M preso à mola, conforme mostrado na figura.

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Assim que pode explicar o seu experimento, o aluno propôs duas situações nas quais media o
comprimento da mola e, a seguir, perguntava aos espectadores o porquê de, na situação II, a mola
ter aumentado de tamanho. Dentre as respostas ouvidas pelo aluno, a que foi considerada correta
é:
a) o peso real do corpo M diminui devido à ação da água.
b) a força exercida pela mola aumentou por causa da água.
c) a força da água mudou a massa do corpo.
d) o empuxo, produzido pela água, ajudou a empurrar o corpo.
e) a gravidade na água é menor que no ar.
(EAM – 2018)

Na figura acima, o Helicóptero SH-16 (Seahawk) é uma poderosa arma de guerra antissubmarina da
Marinha do Brasil (MB) capaz de detectar, com o seu sonar de imersão, submarinos que estejam
ocultos em profundidades que não ultrapassem os 500 metros. A MB, ao tomar conhecimento da
existência de um submarino inimigo em águas jurisdicionais brasileiras envia um desses helicópteros
do Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino a fim de tentar detectá-lo. Considere o
helicóptero sobre a superfície da água e na mesma vertical do submarino, que se encontra submerso
tentando ocultar-se a uma profundidade tal que não haja risco algum a sua estrutura em virtude da
pressão externa. Sendo assim, marque a opção que fornece a profundidade máxima a que poderá
estar o submarino antes que comece a colapsar (implodir) e informe se o helicóptero terá chance
ou não em detectá-lo.
Dados: 𝑝𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 1 𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 ; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ; 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 103 𝑘𝑔/𝑚3; pressão
máxima suportada pelo submarino = 2,6 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 .
a) 150 m e terá chance de detectá-lo.
b) 250 m e terá chance de detectá-lo.

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c) 350 m e terá chance de detectá-lo.


d) 450 m e terá chance de detectá-lo.
e) 550 m e não terá chance de detectá-lo.
(Colégio Naval – 2015)
Fossas abissais ou oceânicas são áreas deprimidas e profundas do piso submarino. A maior delas é
a depressão Challenger, na Fossa das Marians, com 11.033 metros de profundidade e temperatura
da água variando entre 0°C e 2°C. De acordo com o texto, pode-se dizer que a pressão total sofrida
por um corpo que esteja a uma altura de 33 m acima do solo dessa depressão é de:
Dados: 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3 , 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
A) 1,1001 ⋅ 108 𝑁/𝑚2 B) 11,01 ⋅ 108 𝑁/𝑚2 C) 1101,0 ⋅ 108 𝑁/𝑚2
𝑁 𝑁
D) 11,01 ⋅ 105 𝑚2 E) 110 ⋅ 108 𝑚2
(EAM – 2016)
Observe a figura abaixo.

O esquema acima representa um dispositivo que utiliza o Princípio de Pascal como base para o seu
funcionamento. O embolo "A" tem 30 𝑐𝑚2 de área e o embolo "B”, um valor que corresponde ao
quíntuplo da área do êmbolo "A". Considerando que a gravidade local seja igual a 10 𝑚/𝑠 2, é
correto afirmar que a força "F” vale
a) 240 N b) 120 N c) 60 N d) 30 N e) 24 N
(EAM – 2010)
Um navio mercante, ao deixar o Rio Amazonas e adentrar pelo oceano Atlântico, precisou aumentar
o seu lastro (massa extra colocada no navio) para não comprometer a sua segurança na navegação
oceânica. É correto afirmar que tal providência foi necessária, pois houve um aumento
a) do empuxo sobre o navio.
b) da força peso do navio.
c) do volume do navio.
d) da velocidade do navio.
e) da densidade da água.
(EAM – 2007)
Na época dos descobrimentos, os navios eram construídos de madeira. Quando surgiram os
primeiros navios de aço, há mais de cem anos, havia marinheiros que se recusavam a entrar nesses
navios porque achavam que afundariam. É possível um navio de aço flutuar porque
a) a sua massa é maior que a massa da água deslocada.

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b) o seu peso é igual ao empuxo que ele recebe.


c) a sua massa é menor que a massa da água deslocada.
d) a massa do navio é igual ao empuxo que ele recebe.
e) a massa do navio e o seu peso são iguais.
(EAM – 2006)
Os pedreiros utilizam uma mangueira transparente, contendo água no seu interior, para
determinarem o nível dos pisos. O funcionamento desse equipamento baseia-se no Princípio
a) da terceira Lei de Newton. b) da inércia. c) de Arquimedes.
d) de Pascal. e) dos vasos comunicantes.
(Simulado – EAM)
Durante um mergulho, um jovem marinheiro atingiu a profundidade de 30 metros e por lá ficou
cerca de 15 minutos. Em seguida retornou a superfície do lago, nadando lentamente. Nesse
mergulho, a máxima pressão exercida sobre o marinheiro foi de:
Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 105 𝑃𝑎.
a) 3 ⋅ 105 𝑃𝑎 b) 4 ⋅ 105 𝑃𝑎 c) 5 ⋅ 105 𝑃𝑎
d) 6 ⋅ 105 𝑃𝑎 e) 2 ⋅ 105 𝑃𝑎
(CN – 2022)
Uma criança observa uma prancha de isopor de dimensões 10 cm X 40 cm X 85 cm, boiando na
superfície do mar, e decide entrar na água para brincar em cima da prancha. Desprezando o peso
do isopor, determine a maior massa que o referido isopor pode sustentar sem afundar, em kg, e
assinale a opção correta.
Dado: Massa específica da água = 1,0 kg/L.
a) 3,4 b) 6,8 c) 34 d) 68 e) 340
(EAM – 2022)
Ao tentar trazer uma boia para dentro do navio, o militar que a puxava percebeu tarde demais que
o nó que unia o cabo a boia estava frouxo e não conseguiu impedir que esta caísse no mar. O militar
percebe, olhando do navio, que um terço da superfície da boia estava fora do líquido. Marque a
densidade aproximada do corpo em relação ao líquido:
(A) 0,23 (B) 0,33 (C) 0,43 (D) 0,53 (E) 0,66
(Inédita – Prof. Toni)
Sobre um plano horizontal apoiam-se 2 cubos de madeira idênticos, cada um com peso 𝑃. Sobre
eles apoia-se um terceiro cubo, idêntico aos dois primeiros, como na figura abaixo.

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A pressão média exercida sobre o plano horizontal pelos blocos é dada por:
Considere que a face de cada cubo possui área 𝑆.
𝑃 𝑃 𝑃 3𝑃 2𝑃
(A) 𝑆 (B) 3𝑆 (C) 2𝑆 (D) 2𝑆 (E) 3𝑆
(Simulado CN)
Um corpo maciço sólido flutua num líquido de densidade igual a 2,1 g/cm³, de tal forma que um
terço do seu volume permanece fora do líquido. Se o volume do corpo é de 10 cm³, então a massa
do corpo é de:
(A) 14 g (B) 21 g (C) 7 g (D) 24 g (E) 9 g
(Simulado CN)
Observe a figura abaixo:

A figura acima representa um líquido de densidade 𝑑 e dois pontos, A e B, cuja diferença entre os
níveis é de ℎ. Sobre a diferença de pressão 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 , pode-se afirmar que:
(A) dependerá da pressão atmosférica no local.
(B) é calculada por 𝑑𝑔ℎ.
(C) é calculada por 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑑𝑔ℎ.
(D) quanto maior a diferença de nível ℎ, menor será a diferença de pressão.
(E) independe da altura ℎ.
(Simulado EAM)
Define-se peso aparente como sendo o peso de um corpo menos o empuxo que um líquido exerce,
quando o corpo está totalmente submerso. Um bloco de chumbo de massa específica 8 g/cm³, com
volume de 10 cm³, está totalmente mergulhado em água (𝑑𝐻2 𝑂 = 103 𝑘𝑔/𝑚3). Sabendo que a
aceleração da gravidade no local é de 10 m/s², o peso aparente do bloco de chumbo, em newtons,
é de:
(A) 0,5 (B) 0,6 (C) 0,7 (D) 0,45 (E) 0,3
(Simulado EAM)
Analise a figura abaixo.

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Dois vasos comunicantes estão em equilíbrio, contendo mercúrio (𝑑𝐻𝑔 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚³) e um certo
óleo de densidade desconhecida. Experimentalmente, verifica-se que ao colocar a coluna de 34 cm
de óleo no tubo a direita, é obtido uma coluna de mercúrio de 2 cm no tubo a esquerda, conforme
indicado na figura.
Dessa maneira, a densidade do óleo, em g/cm³, é de:
(A) 0,6 (B) 0,7 (C) 0,8 (D) 0,9 (E) 1,0
(Simulado CN)
Um jovem cientista mergulha um balão de borracha no interior de um aquário com água e decide
afundar cada vez mais o balão. Ele percebe que a temperatura do balão permanece praticamente
constante. Podemos afirmar que à medida que ele afunda o balão, o volume do balão:

(A) aumenta devido ao aumento da pressão hidrostática.


(B) aumenta devido à diminuição da pressão hidrostática.
(C) permanece inalterado.
(D) diminui devido à diminuição da pressão hidrostática.
(E) diminui devido ao aumento da pressão hidrostática.
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)

Ao aplicar uma força de 200 N, nota-se que o embolo B desloca 10 cm com velocidade praticamente
constante. Assim, podemos dizer que o deslocamento do embolo do lado A corresponderá a:

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Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 2,5 𝑐𝑚 b) 3,0 𝑐𝑚 c) 4,0 𝑐𝑚 d) 4, 5 𝑐𝑚 e) 5,0 𝑐𝑚
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)
Uma criança brinca um pote plástico de 200 gramas, flutuando o pote sobre a superfície de uma
piscina. Em um dado momento, ela coloca 𝑛 moedas de 10 gramas cada dentro do pote e percebe
que o volume submerso é de 300 ml. A criança nota que o pote continua flutuando. Dessa forma, o
número de moedas que ela inseriu é igual a:
Considere a densidade da água igual a 0,9 g/cm³ e o pote total tenha um volume de 1000 ml.
a) 2 moeda b) 3 moedas c) 4 moedas
d) 5 moedas e) 7 moedas
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)
Um corpo cilíndrico maciço, de secção reta 𝑆 e altura ℎ, flutua verticalmente em um reservatório
com água. Se a parte emersa corresponde a 3ℎ/8, então a densidade do corpo é de:
Considere a densidade da água igual 1 g/cm³.
(A) 0,750 𝑔/𝑐𝑚3 (B) 0,625 𝑔/𝑐𝑚3 (C) 0,500 𝑔/𝑐𝑚3
(D) 0,450 𝑔/𝑐𝑚3 (E) 0,375 𝑔/𝑐𝑚3
(2018/EEAR)
Um operário produz placas de cimento para serem utilizadas como calçamento de jardins. Para a
produção destas placas utiliza-se uma forma metálica de dimensões 20 cm x 10 cm e altura
desprezível. Uma prensa hidráulica aplica sobre essa área uma pressão de 40 𝑘𝑃𝑎 visando
compactar uma massa constituída de cimento, areia e água. A empresa resolveu reduzir as
dimensões para 20 cm x 5 cm, mas mantendo a mesma força aplicada, logo o novo valor da pressão
utilizada na produção das placas é de _______𝑘𝑃𝑎.
a) 20 b) 40 c) 80 d) 160
(2018/EEAR)
O valor da pressão registrada na superfície de um lago é de 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2, que corresponde a 1 𝑎𝑡𝑚.
Um mergulhador se encontra, neste lago, a uma profundidade na qual ele constata uma pressão de
3 𝑎𝑡𝑚. Sabendo que a densidade da água do lago vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e o módulo da aceleração da
gravidade no local vale 10,0 𝑚/𝑠 2, a qual profundidade, em metros, em relação à superfície, esse
mergulhador se encontra?
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40
(2018/ESPCEX/AMAN)
Quatro objetos esféricos A, B, C e D, sendo respectivamente suas massas 𝑚𝐴 , 𝑚𝐵 , 𝑚𝐶 e 𝑚𝐷 , tendo
as seguintes relações 𝑚𝐴 > 𝑚𝐵 e 𝑚𝐵 = 𝑚𝐶 = 𝑚𝐷 , são lançados dentro de uma piscina contendo
um líquido de densidade homogênea. Após algum tempo, os objetos ficam em equilíbrio estático.
Os objetos A e D mantêm metade de seus volumes submersos e os objetos C e B ficam totalmente
submersos conforme o desenho abaixo.

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AULA 04 – Hidrostática
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Desenho ilustrativo fora de escala


Sendo 𝑉𝐴 , 𝑉𝐵 , 𝑉𝐶 e 𝑉𝐷 os volumes dos objetos A, B, C e D, respectivamente, podemos afirmar que
a) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 = 𝑉𝐵 b) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 > 𝑉𝐵
c) 𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 d) 𝑉𝐴 < 𝑉𝐷 = 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶
e) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 < 𝑉𝐶 < 𝑉𝐵
(Inédita – Prof. Toni)
Um cientista deseja medir a pressão no fundo de um oceano. Para isso, ele possui um aparelho
emissor e detector de som. O aparelho é colocado na superfície da água e emite um som que é
recebido 1,2 s depois. Sabe-se que a velocidade do som na água é de 400 m/s. Dessa forma, a
pressão no fundo do oceano é de:
Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠², 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
(A) 25 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (B) 27 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (C) 32 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(D) 36 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (E) 49 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(CN – 2023)
Considere um flutuante em forma de paralelepípedo como da figura abaixo, feito de material com
densidade 7,0x10³ kg/m³ e dimensões indicadas na figura. No interior desse flutuante há uma
cavidade com ar e volume Vcav que o permite flutuar. Qual deve ser a razão entre o volume da
cavidade e o volume total do flutuante para que ele flutue com metade do volume imerso? Despreze
o peso do ar.
Dados: gravidade = g e densidade da água 1,0x10³ kg/m³.

(A) 1/2 (B) 3/4 (C) 6/7 (D) 13/14 (E) 1

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5. Gabarito sem comentários nível 1


1) C 20) E

2) B 21) B

3) E 22) C

4) B 23) E

5) E 24) D

6) E 25) A

7) D 26) B

8) D 27) C

9) A 28) C

10) E 29) E

11) B 30) A

12) D 31) E

13) E 32) B

14) D 33) C

15) B 34) B

16) A 35) D

17) A 36) A

18) A e E 37) D

19) B

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6. Lista de questões nível 1 comentada


(EAM – 2015)
Sabe-se que um mergulhador em uma manobra de exercício está flutuando sobre a água. Ao inspirar
o ar e mantê-lo em seus pulmões, o mesmo eleva-se em relação ao nível da água. Esse fato pode
ser explicado:
a) pelo aumento do peso da água deslocada.
b) pelo aumento do empuxo da água.
c) pela diminuição da densidade do mergulhador.
d) pela diminuição da densidade da água.
e) pela diminuição da massa do mergulhador.

Comentários:

Quando o mergulhador está flutuando sobre a água, ele enche o ar de pulmões para diminuir a
sua densidade, pois ele aumenta o volume oco (volume de ar dentro dos seus pulmões).

Gabarito: C
(EAM – 2015)
Observe a tabela a seguir.

Assinale a opção que apresenta a Escola de Aprendizes-Marinheiros que sofre a menor e a maior
pressão atmosférica, respectivamente.
a) EAMSC e EAMES b) EAMPE e EAMSC c) EAMPE e EAMCE
d) EAMSC e EAMCE e) EAMES e EAMCE

Comentários:

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Quanto maior a altitude, menor será a pressão atmosférica. Portanto, a escola que apresenta a
menor pressão atmosférica é EAMPE. Por outro lado, quanto menor a altitude, maior será a pressão
atmosférica. Logo, a escola que apresenta a maior pressão atmosférica é EAMSC.

Lembre-se que a pressão atmosférica está relacionada com a coluna de ar que está acima do ponto
estudado e a pressão exercida por essa coluna pode ser calculada pelo Teorema de Stevin, como visto em
teoria.

Gabarito: B
(EAM – 2014)
Observe a figura a seguir.

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da sentença abaixo. Durante construção de
um navio, são pintadas linhas horizontais a uma certa distância de sua parte inferior (chamadas de
calado) a fim de demarcar o limite do nível da água. Um navio possui duas dessas marcas como
mostra a figura acima. Sabendo que esse navio é utilizado tanto nos rios quanto nos oceanos e que
os oceanos são mais densos que as águas dos rios, é correto afirmar que a linha ______ representa
o limite do nível da água ____________.
a) 1 / nos rios e nos oceanos b) 1 / somente nos rios
c) 2 / somente nos oceanos d) 2 / nos rios e nos oceanos
e) 2 / somente nos rios

Comentários:

Se os oceanos são mais densos que as águas dos rios, então é necessário um volume submerso
menor para que o empuxo equilíbrio com o peso da embarcação. Lembrando que o empuxo é calculado
por:

𝐸 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Na condição de equilíbrio, sabemos que:

𝑃𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝐸

𝑃𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Então, para as águas do rio é esperada a linha 2 e para as águas dos oceanos é esperada a linha 1.

Portanto, apenas a letra E está correta.

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Gabarito: E
(EAM – 2014)
Considere que a fim de explorar a biodiversidade aquática em um naufrágio, um mergulhador está
a 24 metros de profundidade. Desta forma, dentre os princípios abaixo, qual descreve o aumento
da pressão a que esse mergulhador está submetido em razão do aumento da profundidade que ele
alcança?
a) Pascal. b) Stevin. c) Einstein. d) Arquimedes. e Newton.

Comentários:

A pressão aumenta com a profundidade, de acordo com o teorema de Stevin:

𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Gabarito: B
(EAM – 2013)
Assinale a opção que apresenta o princípio da Ciência que explica o funcionamento do sifão.
a) De Pascal. b) Da inércia. c) De Arquimedes.
d) Da ação e reação. e) Dos vasos comunicantes.

Comentários:

O princípio que explica o funcionamento do sifão é o princípio dos vasos comunicantes, que está
apoiado no teorema de Stevin, conforme visto em teoria.

Gabarito: E
(Simulado – Colégio Naval)
Misturam-se dois líquidos A e B. Se considerarmos que o volume final é praticamente a soma dos
volumes, a densidade da mistura é igual a:
Considere que:
−𝑉𝐴 = 120 𝑐𝑚3 e 𝑑𝐴 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚3.
−𝑉𝐵 = 200 𝑐𝑚3 e 𝑑𝐵 = 0,6 𝑔/𝑐𝑚3 .
a) 0,855 𝑔/𝑐𝑚3 b) 0,755 𝑔/𝑐𝑚3 c) 0,455 𝑔/𝑐𝑚3
d) 0,565 𝑔/𝑐𝑚3 e) 0,675 𝑔/𝑐𝑚3

Comentários:

A massa total da mistura é dada pela soma das massas:

𝑚 = 𝑚𝐴 + 𝑚𝐵

𝑚 = 𝑑𝐴 ⋅ 𝑉𝐴 + 𝑑𝐵 ⋅ 𝑉𝐵

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𝑚 = 0,8 ⋅ 120 + 0,6 ⋅ 200

𝑚 = 216 𝑔

Portanto:
𝑚
𝑑=
𝑉
216
𝑑=
120 + 200

𝑑 = 0,675 𝑔/𝑐𝑚3

Gabarito: E
(EAM – 2017)
Um cinegrafista, desejando filmar a fauna marítima de uma certa localidade, mergulhou até uma
profundidade de 30 metros e lá permaneceu por cerca de 15 minutos. Qual foi a máxima pressão
suportada pelo cinegrafista?
Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ; 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3; 𝑝𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
a) 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 b) 2 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 c) 3 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
d) 4 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 e) 5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Comentários:

A maior pressão suportada pelo cinegrafista ocorre quando ele está na maior profundidade. Pelo
teorema de Stevin, sabemos que:

𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑝 = 1 ⋅ 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ 30

𝑝 = 1 ⋅ 105 + 3 ⋅ 105

𝑝 = 4 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Gabarito: D
(EAM – 2012)
Numa aula de Física, o professor afirmou que a densidade do ar ao nível do mar era de 1,2 𝑘𝑔/𝑚3.
A seguir, ele propôs, como atividade, que os alunos calculassem a massa de ar contida na sala de
aula. Se a sala apresenta um volume de 240 𝑚3 de ar, qual deve ser a massa desse fluido contida
no local?
a) 112 kg b) 176 kg c) 226 kg d) 288 kg e) 316 kg

Comentários:

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Pela definição de densidade, temos que:


𝑚
𝑑=
𝑉
Portanto:
𝑚
1,2 =
240
𝑚 = 1,2 ⋅ 240

𝑚 = 288 𝑘𝑔

Gabarito: D
(EAM – 2005)
Os ventos são massas de ar que se movimentam, naturalmente, ao longo da superfície terrestre.
Seu sentido de deslocamento dá-se
a) sempre da maior pressão para a menor pressão.
b) sempre da menor pressão para a maior pressão.
c) da maior para a menor pressão de dia, invertendo à noite.
d) da menor para a maior pressão de dia, invertendo à noite.
e) independentemente da pressão e dependendo apenas da hora do dia.

Comentários:

O deslocamento das massas de ar depende da diferença de pressão e o vento se desloca no sentido


de maior pressão para menor pressão.

Gabarito: A
(Simulado - EAM)
Durante a gravação de um filme, um cinegrafista mergulha 25 metros e permanece por lá cerca de
30 minutos para as filmagens. Sabendo que o cinegrafista tomou as devidas precauções e instruções
de mergulho, podemos dizer que a maior pressão que o cinegrafista ficou submetido é igual a:
Considere: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
a) 1,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 b) 2,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 c) 2,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
d) 3,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 e) 3,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Comentários:

Quando o cinegrafista está submerso, ele está sujeito a pressão atmosférica e a pressão devida a
coluna de água em cima dele, coluna que é dada pelo teorema de Stevin. Portanto, a pressão máxima
suportada por ele ocorre quando ele está na maior profundidade em relação a superfície da água. Então:

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𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑑 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ 25

𝑃 = 105 + 25 ⋅ 104

𝑃 = 105 + 2,5 ⋅ 105

𝑃 = 3,5 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Gabarito: E
(EAM – 2022)
Há uma regra prática utilizada pelos Mergulhadores da Marinha que diz que a cada 10m de
profundidade na água a pressão aumenta em uma atmosfera. Um Suboficial Mergulhador (SO-MG)
com bastante experiência na profissão realiza um mergulho no fundo do mar a 40m de
profundidade. Determine a pressão total sobre o fundo do mar e marque a opção correta.
(A) 4atm (B) 5atm (C) 6atm (D) 7atm (E) 8atm

Comentários:

Como mencionado no enunciado, se a cada 10 metros a pressão aumenta em 1 atm, então após
mergulhar uma profundidade 40 m, a pressão aumenta em 4 atm. Além disso, você deve lembrar que
existe a pressão atmosférica de 1 atm na superfície da água devido ao ar atmosférico. Então, a pressão
total no mergulhador é de 5 atm.

Gabarito: B
(Simulado CN)
Um decanter para vinhos é um objeto utilizado para separar impurezas (sedimentos do vinho), com
a finalidade de tornar a bebida mais apreciável. A figura abaixo representa um decanter e três
pontos, A, B e C, conforme indicados.

A relação entre as pressões 𝑝𝐴 , 𝑝𝐵 e 𝑝𝐶 , exercidas pelo vinho respectivamente nos pontos A, B e C,


deve ser descrita por:
(A) 𝑝𝐴 > 𝑝𝐵 > 𝑝𝐶 (B) 𝑝𝐴 < 𝑝𝐵 < 𝑝𝐶 (C) 𝑝𝐴 > 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶
(D) 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶 > 𝑝𝐴 (E) 𝑝𝐴 = 𝑝𝐵 > 𝑝𝐶

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Comentários:

Como B e C está na mesma horizontal, mesmo nível, então 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶 . Por outro lado, A está em um
nível mais próximo da interface ar-líquido, ou seja, a coluna de líquido é menor. Portanto, a pressão de
líquido em A é menor. Dessa forma, 𝑝𝐵 = 𝑝𝐶 > 𝑝𝐴 .

Gabarito: D
(EAM – 2012)
"Todo corpo mergulhado num líquido (ou em outro fluido, como ar ou outro líquido) recebe um
empuxo que tem intensidade (módulo) igual ao peso do volume de líquido deslocado por ele ao
mergulhar".
(CRUZ, Daniel. Tudo é Ciência: 9o ano. 2. ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 111.)
Observe a figura abaixo.

Trata-se de uma manobra de imersão de um submarino. Considere 𝐸1 , 𝐸2 e 𝐸3 as intensidades dos


empuxos sobre o submarino nas posições 1, 2 e 3, respectivamente. Marque a opção que descreve
a relação correta entre as intensidades desses empuxos.
a) 𝐸1 = 𝐸2 = 𝐸3 b) 𝐸1 > 𝐸2 > 𝐸3 c) 𝐸1 < 𝐸2 < 𝐸3
d) 𝐸1 > 𝐸2 = 𝐸3 e) 𝐸1 < 𝐸2 = 𝐸3

Comentários:

Quando o submarino está totalmente submerso, o seu empuxo não muda, pois:

𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Portanto na situação 2 e 3 o empuxo será rigorosamente o mesmo. Na situação 1, o volume


submerso é apenas uma parte do volume total do submarino, portanto é esperado que o empuxo seja
menor. Logo:

𝐸1 < 𝐸2 = 𝐸3

Gabarito: E
(EAM – 2011)

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Durante uma feira de ciências um aluno utilizou um recipiente contendo água, uma mola presa ao
fundo e um corpo M preso à mola, conforme mostrado na figura.

Assim que pode explicar o seu experimento, o aluno propôs duas situações nas quais media o
comprimento da mola e, a seguir, perguntava aos espectadores o porquê de, na situação II, a mola
ter aumentado de tamanho. Dentre as respostas ouvidas pelo aluno, a que foi considerada correta
é:
a) o peso real do corpo M diminui devido à ação da água.
b) a força exercida pela mola aumentou por causa da água.
c) a força da água mudou a massa do corpo.
d) o empuxo, produzido pela água, ajudou a empurrar o corpo.
e) a gravidade na água é menor que no ar.

Comentários:

Na segunda situação, o corpo está totalmente submerso no líquido, portanto, deve haver uma
força de empuxo vertical e para cima no corpo e isso faz com que a mola se deforme.

Gabarito: D
(EAM – 2018)

Na figura acima, o Helicóptero SH-16 (Seahawk) é uma poderosa arma de guerra antissubmarina da
Marinha do Brasil (MB) capaz de detectar, com o seu sonar de imersão, submarinos que estejam
ocultos em profundidades que não ultrapassem os 500 metros. A MB, ao tomar conhecimento da
existência de um submarino inimigo em águas jurisdicionais brasileiras envia um desses helicópteros
do Primeiro Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino a fim de tentar detectá-lo. Considere o
helicóptero sobre a superfície da água e na mesma vertical do submarino, que se encontra submerso

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tentando ocultar-se a uma profundidade tal que não haja risco algum a sua estrutura em virtude da
pressão externa. Sendo assim, marque a opção que fornece a profundidade máxima a que poderá
estar o submarino antes que comece a colapsar (implodir) e informe se o helicóptero terá chance
ou não em detectá-lo.
Dados: 𝑝𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 1 𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 ; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 ; 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 103 𝑘𝑔/𝑚3; pressão
máxima suportada pelo submarino = 2,6 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 .
a) 150 m e terá chance de detectá-lo.
b) 250 m e terá chance de detectá-lo.
c) 350 m e terá chance de detectá-lo.
d) 450 m e terá chance de detectá-lo.
e) 550 m e não terá chance de detectá-lo.

Comentários:

A pressão sofrida pelo submarino pode ser determinada pelo teorema de Stevin:

𝑝 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Em que:

- 𝑝𝑎𝑡𝑚 é a pressão externa logo acima da superfície do líquido.

- 𝜌𝑙 é a densidade da água.

- ℎ é a profundidade do submarino em relação à superfície da água.

Então a maior profundidade que o submarino pode estar é justamente quando ele estiver
submetido a maior pressão possível. Portanto:

𝑝𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

2,6 ⋅ 106 = 1 ⋅ 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ ℎ𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

260 ⋅ 104 = 10 ⋅ 104 + 104 ⋅ ℎ𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

Como todos os termos da equação possuem o termo 104 , então podemos dividir a equação inteira
por 104 , isto é, podemos cortar o termo 104 . Logo, a equação logo acima fica assim:

260 = 10 + ℎ𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

ℎ𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 250 𝑚

Como o submarino pode ficar no máximo a 250 metros de profundidade e o helicóptero pode
detectar submarinos até a profundidade de 500 metros, então o submarino será detectado.

Gabarito: B
(Colégio Naval – 2015)

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Fossas abissais ou oceânicas são áreas deprimidas e profundas do piso submarino. A maior delas é
a depressão Challenger, na Fossa das Marians, com 11.033 metros de profundidade e temperatura
da água variando entre 0°C e 2°C. De acordo com o texto, pode-se dizer que a pressão total sofrida
por um corpo que esteja a uma altura de 33 m acima do solo dessa depressão é de:
Dados: 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3 , 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1,0 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
A) 1,1001 ⋅ 108 𝑁/𝑚2 B) 11,01 ⋅ 108 𝑁/𝑚2 C) 1101,0 ⋅ 108 𝑁/𝑚2
𝑁 𝑁
D) 11,01 ⋅ 105 𝑚2 E) 110 ⋅ 108 𝑚2

Comentários:

Se o corpo está a 33 metros acima do solo e o solo está a 11033 metros de profundidade, então o
corpo está a uma profundidade de 11000 metros. Portanto, a pressão nesse ponto, de acordo com o
princípio de Stevin, é de:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑑 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1000 ⋅ 10 ⋅ 11.000

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ 11 ⋅ 103 = 1 ⋅ 105 + 11 ⋅ 107

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 1,1 ⋅ 108

𝑃 = 0,001 ⋅ 108 + 1,1 ⋅ 108

𝑃 = 1,1001 ⋅ 108 𝑁/𝑚2

Gabarito: A
(EAM – 2016)
Observe a figura abaixo.

O esquema acima representa um dispositivo que utiliza o Princípio de Pascal como base para o seu
funcionamento. O embolo "A" tem 30 𝑐𝑚2 de área e o embolo "B”, um valor que corresponde ao
quíntuplo da área do êmbolo "A". Considerando que a gravidade local seja igual a 10 𝑚/𝑠 2, é
correto afirmar que a força "F” vale
a) 240 N b) 120 N c) 60 N d) 30 N e) 24 N

Comentários:

De acordo com o enunciado, a área do êmbolo B é o quíntuplo da área do êmbolo A, portanto,


podemos escrever que:

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𝐴𝐵 = 5𝐴𝐴

Além disso, se a massa do corpo que está sobre o êmbolo B é de 120 kg, a força sobre o êmbolo B
é de:

𝑃 =𝑚⋅𝑔

𝑃 = 120 ⋅ 10

𝑃 = 1200 𝑁

Para encontrar a força em A, devemos aplicar o Princípio de Pascal:

𝐹𝐴 𝐹𝐵
=
𝐴𝐴 𝐴𝐵

𝐹𝐴 𝑃
=
𝐴𝐴 5𝐴𝐴

𝑃
𝐹𝐴 = 𝐴𝐴 ⋅
5𝐴𝐴

𝑃
𝐹𝐴 =
5
1200
𝐹𝐴 =
5

𝐹𝐴 = 240 𝑁

Gabarito: A
(EAM – 2010)
Um navio mercante, ao deixar o Rio Amazonas e adentrar pelo oceano Atlântico, precisou aumentar
o seu lastro (massa extra colocada no navio) para não comprometer a sua segurança na navegação
oceânica. É correto afirmar que tal providência foi necessária, pois houve um aumento
a) do empuxo sobre o navio.
b) da força peso do navio.
c) do volume do navio.
d) da velocidade do navio.
e) da densidade da água.

Comentários:

Quando o navio está em água, parte do seu volume está submersa em água e parte está fora da
água. Para a condição de equilíbrio do navio, devemos ter que o peso total do navio deve ser igual ao
empuxo que ele recebe do líquido. Matematicamente, a gente diz que:

70
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𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝐸

𝑚𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑚𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Entretanto, a densidade da água do rio é diferente da densidade da água do mar. A densidade da


água do mar é maior que a densidade da água do rio. Como ao passar do rio para a água do mar a massa
do navio não mudou, então se a densidade da água aumentou, então o volume submerso tem que
diminui, ou seja, o navio afundará menos na água salgada, o que pode causar uma instabilidade na
embarcação. Por isso a massa extra é adicionada, para aumentar o volume submerso. Clássico exemplo
de aumento de densidade da água do mar é o caso do mar morto, onde a concentração de sal é tão
grande, sendo muito difícil um corpo afundar.

Como o empuxo é calculado por:

𝐸 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

Se a densidade do líquido aumentou (agora a embarcação está no mar) e o volume submerso


permaneceu o mesmo, então o empuxo aumenta. Levando o navio a diminuir seu volume submerso.
Portanto, a letra A e a letra E estão corretas.

Gabarito: A e E
(EAM – 2007)
Na época dos descobrimentos, os navios eram construídos de madeira. Quando surgiram os
primeiros navios de aço, há mais de cem anos, havia marinheiros que se recusavam a entrar nesses
navios porque achavam que afundariam. É possível um navio de aço flutuar porque
a) a sua massa é maior que a massa da água deslocada.
b) o seu peso é igual ao empuxo que ele recebe.
c) a sua massa é menor que a massa da água deslocada.
d) a massa do navio é igual ao empuxo que ele recebe.
e) a massa do navio e o seu peso são iguais.

Comentários:

Quando o navio está em água, parte do seu volume está submersa em água e parte está fora da
água. Para a condição de equilíbrio do navio, devemos ter que o peso total do navio deve ser igual ao
empuxo que ele recebe do líquido. Matematicamente, a gente diz que:

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝐸

𝑚𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑚𝑛𝑎𝑣𝑖𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

Gabarito: B

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(EAM – 2006)
Os pedreiros utilizam uma mangueira transparente, contendo água no seu interior, para
determinarem o nível dos pisos. O funcionamento desse equipamento baseia-se no Princípio
a) da terceira Lei de Newton. b) da inércia. c) de Arquimedes.
d) de Pascal. e) dos vasos comunicantes.

Comentários:

O princípio de utilizado pelos pedreiros em obras é o princípio de vasos comunicantes, que está
fundamentado no teorema de Stevin. Basicamente, o pedreiro coloca água dentro de uma mangueira,
sem deixar bolhas de ar dentro da mangueira e dobra ela formando uma espécie de U (como nos vasos
comunicantes) quando vai verificar dois pontos distintos.

A altura onde a interface ar-água marcar nas duas extremidades da mangueira deverá estar a uma
mesma altura, pois são pontos isóbaros de um mesmo líquido, que estão sujeitos apenas a pressão
atmosférica. A pressão atmosférica em um cômodo pode ser considerada praticamente constante.

Gabarito: E
(Simulado – EAM)
Durante um mergulho, um jovem marinheiro atingiu a profundidade de 30 metros e por lá ficou
cerca de 15 minutos. Em seguida retornou a superfície do lago, nadando lentamente. Nesse
mergulho, a máxima pressão exercida sobre o marinheiro foi de:
Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 , 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚𝑜𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 = 105 𝑃𝑎.
a) 3 ⋅ 105 𝑃𝑎 b) 4 ⋅ 105 𝑃𝑎 c) 5 ⋅ 105 𝑃𝑎
d) 6 ⋅ 105 𝑃𝑎 e) 2 ⋅ 105 𝑃𝑎

Comentários:

A máxima pressão sofrida pelo mergulhador é quando ele atinge a profundidade de 30 metros e
essa pressão é calculada pelo princípio de Stevin:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑜𝑚𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑎 + 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ

Substituindo valores, temos:

𝑃 = 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ 30

𝑃 = 105 + 3 ⋅ 105

𝑃 = 4 ⋅ 105 𝑃𝑎

Gabarito: B
(CN – 2022)

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Uma criança observa uma prancha de isopor de dimensões 10 cm X 40 cm X 85 cm, boiando na


superfície do mar, e decide entrar na água para brincar em cima da prancha. Desprezando o peso
do isopor, determine a maior massa que o referido isopor pode sustentar sem afundar, em kg, e
assinale a opção correta.
Dado: Massa específica da água = 1,0 kg/L.
a) 3,4 b) 6,8 c) 34 d) 68 e) 340

Comentários:

Para a condição da máxima massa suportada pela prancha, ela está totalmente submersa,
tangenciando a superfície da água na face superior. Como o peso da prancha é desprezível, então:

𝐸𝑙í𝑞 = 𝑃𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑔

𝑚 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

𝑚 = 103 ⋅ 0,1 ⋅ 0,4 ⋅ 0,85

𝑚 = 34 𝑘𝑔

Observação: não se esqueça de transformar as unidades para o SI. Então, centímetros vira metros
e 1 kg/L vira 10³ kg/m³.

Gabarito: C
(EAM – 2022)
Ao tentar trazer uma boia para dentro do navio, o militar que a puxava percebeu tarde demais que
o nó que unia o cabo a boia estava frouxo e não conseguiu impedir que esta caísse no mar. O militar
percebe, olhando do navio, que um terço da superfície da boia estava fora do líquido. Marque a
densidade aproximada do corpo em relação ao líquido:
(A) 0,23 (B) 0,33 (C) 0,43 (D) 0,53 (E) 0,66

Comentários:

A questão apresenta dois problemas. O primeiro está no fato de empuxo não ser um assunto
especificado com clareza no edital. O segundo problema está no fato do enunciado utilizar o termo
superfície ao invés de utilizar volume. Se um corpo flutua, então o empuxo do liquido é igual ao peso do
corpo. Se considerarmos que o volume para fora é de 1/3 do volume total (V), então o volume submerso
é de 2/3V. Assim, para o equilíbrio do corpo flutuando, temos:

𝐸=𝑃

𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑀 ⋅ 𝑔

2
𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉 = 𝜌 ⋅ 𝑉
3

73
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𝜌 2
= ≅ 0,66
𝜌𝑙𝑖𝑞 3

Gabarito: E
(Inédita – Prof. Toni)
Sobre um plano horizontal apoiam-se 2 cubos de madeira idênticos, cada um com peso 𝑃. Sobre
eles apoia-se um terceiro cubo, idêntico aos dois primeiros, como na figura abaixo.

A pressão média exercida sobre o plano horizontal pelos blocos é dada por:
Considere que a face de cada cubo possui área 𝑆.
𝑃 𝑃 𝑃 3𝑃 2𝑃
(A) 𝑆 (B) 3𝑆 (C) 2𝑆 (D) 2𝑆 (E) 3𝑆

Comentários:

Representando os 3 blocos como um só, temos um corpo de 3𝑃. Entretanto, apenas em contato
com o solo temos duas faces (dos dois cubos na parte de baixo).

Como temos um bloco só (formado pelos três cubos), então a força de contato desse super bloco
com a superfície de horizontal é a nossa normal (𝑁) e, dado que o sistema está parado na vertical, então
𝑁 = 3𝑃.

Assim, por definição de pressão média temos:

𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
Á𝑟𝑒𝑎

3𝑃
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 =
2𝑆

Gabarito: D
(Simulado CN)
Um corpo maciço sólido flutua num líquido de densidade igual a 2,1 g/cm³, de tal forma que um
terço do seu volume permanece fora do líquido. Se o volume do corpo é de 10 cm³, então a massa
do corpo é de:
(A) 14 g (B) 21 g (C) 7 g (D) 24 g (E) 9 g

Comentários:

74
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2
Se o corpo possui um volume 𝑉, então o volume submerso é 3 𝑉. Para o equilíbrio do corpo
flutuando, temos:

𝑃=𝐸

𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑚 = 𝜌𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

2
𝑚 = 2,1 ⋅ ⋅ 10
3

𝑚 = 14 𝑔

Gabarito: A
(Simulado CN)
Observe a figura abaixo:

A figura acima representa um líquido de densidade 𝑑 e dois pontos, A e B, cuja diferença entre os
níveis é de ℎ. Sobre a diferença de pressão 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 , pode-se afirmar que:
(A) dependerá da pressão atmosférica no local.
(B) é calculada por 𝑑𝑔ℎ.
(C) é calculada por 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑑𝑔ℎ.
(D) quanto maior a diferença de nível ℎ, menor será a diferença de pressão.
(E) independe da altura ℎ.

Comentários:

Pelo teorema de Stevin, a diferença entre as pressões é dada por:

𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = 𝑑𝑔ℎ

Quanto maior for a diferença entre os níveis ℎ, maior será a diferença de pressão.

Gabarito: B
(Simulado EAM)

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Define-se peso aparente como sendo o peso de um corpo menos o empuxo que um líquido exerce,
quando o corpo está totalmente submerso. Um bloco de chumbo de massa específica 8 g/cm³, com
volume de 10 cm³, está totalmente mergulhado em água (𝑑𝐻2 𝑂 = 103 𝑘𝑔/𝑚3). Sabendo que a
aceleração da gravidade no local é de 10 m/s², o peso aparente do bloco de chumbo, em newtons,
é de:
(A) 0,5 (B) 0,6 (C) 0,7 (D) 0,45 (E) 0,3

Comentários:

Pelo conceito de massa especifica, temos:


𝑚
𝜌=
𝑉
𝑚 =𝜌⋅𝑉
𝑔
𝑚𝑃𝑏 = 8 10 𝑐𝑚3
𝑐𝑚3
𝑚𝑃𝑏 = 80 𝑔 = 80 ⋅ 10−3 𝑘𝑔

Pela definição de peso aparente, temos:

𝑃𝑎𝑝 = 𝑃 − 𝐸

𝑃𝑎𝑝 = 𝑚 ⋅ 𝑔 − 𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔

𝑃𝑎𝑝 = 80 ⋅ 10−3 ⋅ 10 − 103 ⋅ ⏟


10 ⋅ 10−6 ⋅ 10
𝑐𝑚3 →𝑚3

𝑃𝑎𝑝 = 0,8 − 0,1

∴ 𝑃𝑎𝑝 = 0,7 𝑁

Gabarito: C
(Simulado EAM)
Analise a figura abaixo.

Dois vasos comunicantes estão em equilíbrio, contendo mercúrio (𝑑𝐻𝑔 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚³) e um certo
óleo de densidade desconhecida. Experimentalmente, verifica-se que ao colocar a coluna de 34 cm

76
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de óleo no tubo a direita, é obtido uma coluna de mercúrio de 2 cm no tubo a esquerda, conforme
indicado na figura.
Dessa maneira, a densidade do óleo, em g/cm³, é de:
(A) 0,6 (B) 0,7 (C) 0,8 (D) 0,9 (E) 1,0

Comentários:

Tomando pontos de mesma pressão, temos:

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵

𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝐻𝑔 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐻𝑔 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎó𝑙𝑒𝑜

𝜌𝐻𝑔 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ𝐻𝑔 = 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎó𝑙𝑒𝑜

𝜌𝐻𝑔 ⋅ ℎ𝐻𝑔 = 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ ℎó𝑙𝑒𝑜

ℎ𝐻𝑔
𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 𝜌𝐻𝑔 ⋅
ℎó𝑙𝑒𝑜

2
𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 13,6 ⋅
34

∴ 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚³

Gabarito: C
(Simulado CN)
Um jovem cientista mergulha um balão de borracha no interior de um aquário com água e decide
afundar cada vez mais o balão. Ele percebe que a temperatura do balão permanece praticamente
constante. Podemos afirmar que à medida que ele afunda o balão, o volume do balão:

(A) aumenta devido ao aumento da pressão hidrostática.

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(B) aumenta devido à diminuição da pressão hidrostática.


(C) permanece inalterado.
(D) diminui devido à diminuição da pressão hidrostática.
(E) diminui devido ao aumento da pressão hidrostática.

Comentários:

À medida que o jovem afunda o balão, então a pressão hidrostática sobre as paredes do balão
aumenta conforme diz o teorema de Stevin (𝜌𝑔Δℎ). Assim, a pressão externa a superfície do balão se
torna maior que a pressão interna do gás no interior do balão e, devido ao fato do balão ser de borracha,
então o balão diminui seu volume.

Gabarito: E
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)

Ao aplicar uma força de 200 N, nota-se que o embolo B desloca 10 cm com velocidade praticamente
constante. Assim, podemos dizer que o deslocamento do embolo do lado A corresponderá a:
Considere 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 .
a) 2,5 𝑐𝑚 b) 3,0 𝑐𝑚 c) 4,0 𝑐𝑚 d) 4, 5 𝑐𝑚 e) 5,0 𝑐𝑚

Comentários:

Pelo princípio de Pascal, tomando o líquido incompressível, temos:

𝐹𝐴 𝐹𝐵
=
𝐴𝐴 𝐴𝐵

80 ⋅ 10 200
=
𝐴𝐴 𝐴𝐵

𝐴𝐴 = 4𝐴𝐵

Dado que o volume deslocado do lado direito deve ser igual ao volume deslocado no lado
esquerdo, temos:

ℎ𝐴 ⋅ 𝐴𝐴 = ℎ𝐵 ⋅ 𝐴𝐵

ℎ𝐴 ⋅ 4 ⋅ 𝐴𝐵 = ℎ𝐵 ⋅ 𝐴𝐵

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ℎ𝐵
ℎ𝐴 =
4
10
ℎ𝐴 =
4

ℎ𝐴 = 2,5 𝑐𝑚

Gabarito: A
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)
Uma criança brinca um pote plástico de 200 gramas, flutuando o pote sobre a superfície de uma
piscina. Em um dado momento, ela coloca 𝑛 moedas de 10 gramas cada dentro do pote e percebe
que o volume submerso é de 300 ml. A criança nota que o pote continua flutuando. Dessa forma, o
número de moedas que ela inseriu é igual a:
Considere a densidade da água igual a 0,9 g/cm³ e o pote total tenha um volume de 1000 ml.
a) 2 moeda b) 3 moedas c) 4 moedas
d) 5 moedas e) 7 moedas

Comentários:

Na condição de equilíbrio, devemos ter que o empuxo da água é igual ao peso total no pote.
Portanto:

𝐸 = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 = (𝑚𝑝𝑜𝑡𝑒 + 𝑛 ⋅ 𝑚𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠 ) ⋅ 𝑔

𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 = 𝑚𝑝𝑜𝑡𝑒 + 𝑛 ⋅ 𝑚𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠


𝑔
0,9 ⋅ 300 𝑐𝑚3 = 200 + 𝑛 ⋅ 10
𝑐𝑚3
270 = 200 + 𝑛 ⋅ 10

𝑛 = 7 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎𝑠

Gabarito: E
(Inédita – Prof. Toni Burgatto)
Um corpo cilíndrico maciço, de secção reta 𝑆 e altura ℎ, flutua verticalmente em um reservatório
com água. Se a parte emersa corresponde a 3ℎ/8, então a densidade do corpo é de:
Considere a densidade da água igual 1 g/cm³.
(A) 0,750 𝑔/𝑐𝑚3 (B) 0,625 𝑔/𝑐𝑚3 (C) 0,500 𝑔/𝑐𝑚3
(D) 0,450 𝑔/𝑐𝑚3 (E) 0,375 𝑔/𝑐𝑚3

Comentários:

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Se o corpo flutua verticalmente em água, então o empuxo da água deve ser igual ao peso do corpo.

𝐸=𝑃

𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑔

Por definição de densidade, temos:


𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ⇒ 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜

𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑆 ⋅ ℎ

Se 3ℎ/8 do corpo está emerso, então o volume submerso é de:

5ℎ
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑆 ⋅
8
Portanto:

5ℎ
𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑆 ⋅ = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑆 ⋅ ℎ
8
5
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ⋅𝜌
8 á𝑔𝑢𝑎
5
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ⋅1
8

𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,625 𝑔/𝑐𝑚3

Gabarito: B
(2018/EEAR)
Um operário produz placas de cimento para serem utilizadas como calçamento de jardins. Para a
produção destas placas utiliza-se uma forma metálica de dimensões 20 cm x 10 cm e altura
desprezível. Uma prensa hidráulica aplica sobre essa área uma pressão de 40 𝑘𝑃𝑎 visando
compactar uma massa constituída de cimento, areia e água. A empresa resolveu reduzir as
dimensões para 20 cm x 5 cm, mas mantendo a mesma força aplicada, logo o novo valor da pressão
utilizada na produção das placas é de _______𝑘𝑃𝑎.
a) 20 b) 40 c) 80 d) 160

Comentários

Da definição de pressão, temos:

80
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|𝐹⃗ | Pressão exercida


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = por uma força
𝐴
perpendicular

𝑁 [𝐹] = 𝑁 [𝐴] = 𝑚2
[𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜] = = 𝑃𝑎
𝑚2

Passando a área 𝐴 para o outro lado da igualdade, fazendo uma multiplicação:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴 = 𝐹

Invertendo essa relação:

𝐹 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 ∙ 𝐴

Como a força se mantém igual nos dois casos:

𝐹1 = 𝐹2

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜1 ∙ 𝐴1 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 𝐴2

Lembre-se que a área de uma chapa retângulo se dá pelo produto entre seu comprimento e
largura:

40 𝑘𝑃𝑎 ∙ 20 ∙ 10 𝑐𝑚2 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5 𝑐𝑚2

Desenvolvendo essa relação:

40 ∙ 20 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5

40 ∙ 20 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 20 ∙ 5

40 ∙ 10 = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 5

Invertendo a igualdade:

81
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𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 ∙ 5 = 40 ∙ 10

40 ∙ 10 40 ∙ 10 8 ∙ 10
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜2 = = = = 80 𝑘𝑃𝑎
5 5 1

Gabarito: C
(2018/EEAR)
O valor da pressão registrada na superfície de um lago é de 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2, que corresponde a 1 𝑎𝑡𝑚.
Um mergulhador se encontra, neste lago, a uma profundidade na qual ele constata uma pressão de
3 𝑎𝑡𝑚. Sabendo que a densidade da água do lago vale 1,0 𝑔/𝑐𝑚3 e o módulo da aceleração da
gravidade no local vale 10,0 𝑚/𝑠 2, a qual profundidade, em metros, em relação à superfície, esse
mergulhador se encontra?
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40

Comentários:

Da relação que nos permite calcular a pressão no interior de um fluido, temos:

𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ ℎ Pressão exercida por um


fluido

[𝑃𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝑃𝑎 [𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ] = 𝐾𝑔/𝑚3 [𝑔] = 10 𝑚/𝑠 2 [ℎ] = 𝑚

Como o lago é aberto, temos influência da pressão atmosférica. Dito isso, podemos escrever a
pressão no seu interior como a soma da pressão atmosférica e a pressão produzida pela coluna de fluido:

𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑃0 + 𝑃á𝑔𝑢𝑎

𝑃𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑃0 + 𝜇á𝑔𝑢𝑎 ∙ 𝑔 ∙ ℎ

A massa específica precisa ser convertida:

𝜇á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3 = 1 ∙ 103 𝑘𝑔/𝑚3

Se 1 𝑎𝑡𝑚 corresponde a 1 ∙ 105 𝑁/𝑚2 , então, 3 𝑎𝑡𝑚 correspondem a 3 ∙ 105 𝑁/𝑚2 .


Substituindo-se essa e as outras informações, temos:

3 ∙ 105 = 1 ∙ 105 + 1 ∙ 103 ∙ 10 ∙ ℎ

3 ∙ 105 = 1 ∙ 105 + 1 ∙ 104 ∙ ℎ

2 ∙ 105 = 1 ∙ 104 ∙ ℎ

3 ∙ 105 − 1 ∙ 105 = 1 ∙ 104 ∙ ℎ

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Invertendo essa equação:

1 ∙ 104 ∙ ℎ = 2 ∙ 105

2 ∙ 105
ℎ= = 2 ∙ 101 = 20 𝑚
1 ∙ 104

Gabarito: B
(2018/ESPCEX/AMAN)
Quatro objetos esféricos A, B, C e D, sendo respectivamente suas massas 𝑚𝐴 , 𝑚𝐵 , 𝑚𝐶 e 𝑚𝐷 , tendo
as seguintes relações 𝑚𝐴 > 𝑚𝐵 e 𝑚𝐵 = 𝑚𝐶 = 𝑚𝐷 , são lançados dentro de uma piscina contendo
um líquido de densidade homogênea. Após algum tempo, os objetos ficam em equilíbrio estático.
Os objetos A e D mantêm metade de seus volumes submersos e os objetos C e B ficam totalmente
submersos conforme o desenho abaixo.

Desenho ilustrativo fora de escala


Sendo 𝑉𝐴 , 𝑉𝐵 , 𝑉𝐶 e 𝑉𝐷 os volumes dos objetos A, B, C e D, respectivamente, podemos afirmar que
a) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 = 𝑉𝐵 b) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 > 𝑉𝐶 > 𝑉𝐵
c) 𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 d) 𝑉𝐴 < 𝑉𝐷 = 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶
e) 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 < 𝑉𝐶 < 𝑉𝐵

Comentários:

O enunciado nos afirma que os corpos estão em equilíbrio. As únicas forças verticais agindo sobre
os corpos são a força peso e a força de empuxo, conforme ilustração.

Como os corpos B, C e D têm massas iguais, eles terão pesos iguais e, consequentemente, empuxos
iguais.

𝐸𝐵 = 𝐸𝐶 = 𝐸𝐷

A expressão que descreve a força de empuxo de um corpo é:

𝐸 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑉𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ∙ 𝑔 Força de empuxo exercida em


função da massa específica do fluido

83
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[𝐸] = 𝑁 [𝜇] = 𝑘𝑔/𝑚3 [𝑉] = 𝑚3 [𝑔] = 𝑚/𝑠 2

Dado que B e C estão completamente submersos, e D com metade de seu volume submerso,
podemos escrever:

𝑉𝐷
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐶 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙
2
Simplificando essa expressão, temos:

𝑉𝐷
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐶 = 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙
2
𝑉𝐷
𝑉𝐵 = 𝑉𝐶 =
2
Dobrando todos os termos dessa expressão:

2 ∙ 𝑉𝐵 = 2 ∙ 𝑉𝐶 = 𝑉𝐷

O que nos leva a concluir que:

𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶

Agora devemos comparar A e B. Sabemos que a massa de A é maior que a massa de B, daí:

𝑃𝐴 > 𝑃𝐵

E como o peso e o empuxo de cada corpo tem mesmo módulo:

𝐸𝐴 > 𝐸𝐵

Desenvolvendo a expressão do empuxo, lembrando que a tem metade de seu volume submerso,
ao passo que B tem todo:

𝑉𝐴
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ > 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵
2
Simplificando essa expressão:

𝑉𝐴
𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ > 𝜇𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉𝐵
2
𝑉𝐴
> 𝑉𝐵
2
𝑉𝐴 > 2 ∙ 𝑉𝐵

Como 2 ∙ 𝑉𝐵 = 𝑉𝐷 , podemos concluir que:

84
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𝑉𝐴 > 𝑉𝐷

Finalmente:

𝑉𝐴 > 𝑉𝐷 > 𝑉𝐵 = 𝑉𝐶

Gabarito: D
(Inédita – Prof. Toni)
Um cientista deseja medir a pressão no fundo de um oceano. Para isso, ele possui um aparelho
emissor e detector de som. O aparelho é colocado na superfície da água e emite um som que é
recebido 1,2 s depois. Sabe-se que a velocidade do som na água é de 400 m/s. Dessa forma, a
pressão no fundo do oceano é de:
Dados: 𝑔 = 10 𝑚/𝑠², 𝑑á𝑔𝑢𝑎 = 1 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 e 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 .
(A) 25 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (B) 27 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (C) 32 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(D) 36 ⋅ 105 𝑁/𝑚2 (E) 49 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Comentários:

Se o sinal leva 1,2 segundos para ir até o fundo do oceano, sofrer reflexão e voltar ao aparelho,
então o tempo de ida é de 0,6 s. Assim, a profundidade do oceano é de:

ℎ = 𝑣𝑠𝑜𝑚 ⋅ Δ𝑡

ℎ = 400 ⋅ 0,6

ℎ = 240 𝑚

Aplicando o teorema de Stevin, temos:

𝑃 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝑑 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

𝑃 = 1 ⋅ 105 + 103 ⋅ 10 ⋅ 240

𝑃 = 25 ⋅ 105 𝑁/𝑚2

Gabarito: A
(CN – 2023)
Considere um flutuante em forma de paralelepípedo como da figura abaixo, feito de material com
densidade 7,0x10³ kg/m³ e dimensões indicadas na figura. No interior desse flutuante há uma
cavidade com ar e volume Vcav que o permite flutuar. Qual deve ser a razão entre o volume da
cavidade e o volume total do flutuante para que ele flutue com metade do volume imerso? Despreze
o peso do ar.
Dados: gravidade = g e densidade da água 1,0x10³ kg/m³.

85
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(A) 1/2 (B) 3/4 (C) 6/7 (D) 13/14 (E) 1

Comentários:

Para o equilíbrio do corpo, temos:

𝑃𝑒𝑠𝑜 = 𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜

𝑚 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔

𝑚 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏

Como metade do flutuante está submerso, então 𝑉𝑠𝑢𝑏 = 𝑉/2. Além disso, o volume de material é
dado por:

𝑉 = 𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 + 𝑉𝑐𝑎𝑣

𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 = 𝑉 − 𝑉𝑐𝑎𝑣

Pela definição de densidade, a massas de material é dada por:


𝑚
𝜌=
𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

𝑚 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙

Logo:

𝑉
𝜌𝑉𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅
2
𝑉
𝜌(𝑉 − 𝑉𝑐𝑎𝑣 ) = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅
2
Substituindo as densidades fornecidas, temos:

𝑉
7 ⋅ 103 (𝑉 − 𝑉𝑐𝑎𝑣 ) = 103 ⋅
2
𝑉
7(𝑉 − 𝑉𝑐𝑎𝑣 ) =
2

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14𝑉 − 14𝑉𝑐𝑎𝑣 = 𝑉

13𝑉 = 14𝑉𝑐𝑎𝑣

𝑉𝑐𝑎𝑣 13
∴ =
𝑉 14

Gabarito: D

7. Lista de questões nível 2


(EsPCEx – 2008)
A figura abaixo representa um elevador hidráulico. Esse elevador possui dois pistões circulares 1 e
2, de massas desprezíveis, sendo o menor com raio R1 e o maior com raio o R2 = 5R1. O líquido que
movimenta os pistões é homogêneo e incompressível.

Colocamos um corpo de massa M sobre o pistão maior e, para que o conjunto fique em equilíbrio
estático, será necessário colocar sobre o pistão menor um outro corpo cuja massa vale
[A] M/5 [B] M/25 [C] M [D] 5M [E] 25M
(EsPCEx – 2009)
Os astronautas precisam usar roupas apropriadas que exercem pressão sobre o seu corpo, pois no
espaço há vácuo e, sem elas, não sobreviveriam. Para que a roupa exerça a pressão de uma
atmosfera, ou seja, a pressão de 10 Pa sobre o corpo do astronauta, a intensidade da força aplicada
por ela em cada 1 cm² da pele do astronauta, é de
[A] 10⁵ N [B] 10⁴ N [C] 10⁻² N [D] 10⁻³ N [E] 10⁻⁵ N
(EsPCEx – 2010)
Um bloco maciço flutua, em equilíbrio, dentro de um recipiente com água. Observa-se que 2/5 do
volume total do bloco estão dentro do líquido. Desprezando a pressão atmosférica e considerando
a densidade da água igual a 1,0 · 10³ kg/m³, pode-se afirmar que a densidade do bloco vale:
[A] 1,2 · 10² kg/m³ [B] 1,6 · 10² kg/m³ [C] 2,4 · 10² kg/m³

87
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[D] 3,0 · 10² kg/m³ [E] 4,0 · 10² kg/m³


(EsPCEx – 2013)
Um elevador hidráulico de um posto de gasolina é acionado por um pequeno êmbolo de área igual
a 4· 10⁻⁴ m². O automóvel a ser elevado tem peso de 2·10⁴ N e está sobre o êmbolo maior de área
0,16 m². A intensidade mínima da força que deve ser aplicada ao êmbolo menor para conseguir
elevar o automóvel é de
[A] 20 N [B] 40 N [C] 50 N [D] 80 N [E] 120 N
(EsPCEx – 2014)
Um cubo maciço e homogêneo, com 40 cm de aresta, está em equilíbrio estático flutuando em uma
piscina, com parte de seu volume submerso, conforme desenho abaixo.

Sabendo-se que a densidade da água é igual a 1 g/cm³ e a distância entre o fundo do cubo (face
totalmente submersa) e a superfície da água é de 32 cm, então a densidade do cubo é:
[A] 0,20 g/cm³ [B] 0,40 g/cm³ [C] 0,60 g/cm³
[D] 0,70 g/cm³ [E] 0,80 g/cm³
(EsPCEx – 2015)
Pode-se observar, no desenho abaixo, um sistema de três vasos comunicantes cilíndricos F, G e H
distintos, abertos e em repouso sobre um plano horizontal na superfície da Terra. Coloca-se um
líquido homogêneo no interior dos vasos de modo que não haja transbordamento por nenhum
deles. Sendo hF , hG e hH o nível das alturas do líquido em equilíbrio em relação à base nos
respectivos vasos F, G e H, então, a relação entre as alturas em cada vaso que representa este
sistema em equilíbrio estático é:

[A] hF = hG = hH [B] hG > hH > hF [C] hF = hG > hH


[D] hF < hG = hH [E] hF > hH > hG
(EsPCEx – 2017)

88
AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

Um cubo homogêneo de densidade ρ e volume V encontra-se totalmente imerso em um líquido


homogêneo de densidade ρ₀ contido em um recipiente que está fixo a uma superfície horizontal.
Uma mola ideal, de volume desprezível e constante elástica k, tem uma de suas extremidades presa
ao centro geométrico da superfície inferior do cubo, e a outra extremidade presa ao fundo do
recipiente de modo que ela fique posicionada verticalmente.
Um fio ideal vertical está preso ao centro geométrico da superfície superior do cubo e passa por
duas roldanas idênticas e ideais A e B. A roldana A é móvel a roldana B é fixa e estão montadas
conforme o desenho abaixo.
Uma força vertical de intensidade F é aplicada ao eixo central da roldana A fazendo com que a
distensão na mola seja X e o sistema todo fique em equilíbrio estático, com o cubo totalmente
imerso no líquido.

Considerando a intensidade da aceleração da gravidade igual a g, o módulo da força F é:


[A] [Vg(ρ₀ - ρ) + kx] [B] 2[Vg(ρ - ρ₀) - kx] [C] 2[Vg(ρ₀ + ρ) + kx]
[D] [Vg(ρ₀ - ρ) - kx] [E] 2[Vg(ρ - ρ₀) + kx]
(EsPCEx – 2019)
Duas esferas homogêneas A e B, unidas por um fio ideal na posição vertical, encontram-se em
equilíbrio estático completamente imersas em um líquido homogêneo em repouso de densidade 1
kg/dm³, contido em um recipiente apoiado na superfície da Terra, conforme desenho abaixo. As
esferas A e B possuem, respectivamente, as massas mA=1 kg e mB=5 kg.

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AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

Sabendo que a densidade da esfera B é de 2,5 kg/dm³, o volume da esfera A é de Dado: considere a
aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
[A] 2dm³ [B] 3 dm³ [C] 4 dm³
[D] 5 dm³ [E] 6 dm³
(Simulado EsPCEx)
Um bloco em formato de um cilindro reto tem comprimento 2𝑙 e é feito de dois materiais diferentes:
𝑑1 e 𝑑2 . A metade superior do cilindro tem densidade 𝑑1 e a outra 𝑑2 . O bloco flutua em um líquido
desconhecido de densidade 𝑑, com metade da parte superior submersa. Dessa forma, a relação
entre 𝑑 e 𝑑1 é representada por:

𝑑 𝑑 1
[A] 𝑑1 = [B] 𝑑1 = [C] 𝑑1 < 2 𝑑
4 2
1 3
[D] 𝑑1 < 4 𝑑 [E] 𝑑1 < 4 𝑑
(Simulado EsPCEx)
A figura logo a seguir representa dois corpos, A e B, sendo A um bloco de massa 𝑚, ligado por um
fio ideal que passa por uma roldana ideal, conectando ao corpo B. O corpo B é um cilindro
homogêneo de massa 𝑀 que está totalmente submerso em um líquido de densidade 𝑑 e em
equilíbrio. Sabe-se que o ângulo do plano inclinado é 𝜃 e que não existe atrito entre A e o plano
inclinado fixo. Sabendo a massa específica de A é 𝜌 e o volume de 𝐴 é igual ao volume de B, o volume
de B é dado por:

𝑀 𝑀 𝑀
[A] 𝑑+𝜌𝑡𝑔(𝜃) [B] 𝑑+𝜌𝑐𝑜𝑠(𝜃) [C] 𝑑+𝜌𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑀𝑐𝑜𝑠(𝜃) 𝑀𝑠𝑒𝑛(𝜃)
[D] 𝑑+𝜌𝑡𝑔(𝜃) [E] 𝑑𝑐𝑜𝑠(𝜃)+𝜌

(Simulado EsPCEx)

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AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

No embolo menor, de diâmetro igual a 4,00 cm, é aplicada uma força de 16,0 N. Sabe-se que o
diâmetro do embolo maior é 20,0 cm e que a constante elástica da mola é de 80,0 N/cm. Se o líquido
que preenche o recipiente é incompressível, então a deformação da mola, em cm, é igual a:

[A] 4,00 [B] 4,25 [C] 4,50 [D] 4,75 [E] 5,00
(AFA – 2018)
Dois recipientes A e B, contendo o mesmo volume de água, são colocados separadamente sobre
duas balanças I e II, respectivamente, conforme indicado na figura a seguir.
A única diferença entre os recipientes A e B está no fato de que B possui um “ladrão” que permite
que a água escoe para um outro recipiente C, localizado fora das balanças. Em seguida, mergulha-
se, lentamente, sem girar e com velocidade constante, por meio de um fio ideal, em cada recipiente,
um cilindro metálico, maciço, de material não homogêneo, de tal forma que o seu eixo sempre se
mantém na vertical. Os cilindros vão imergindo na água, sem provocar variação de temperatura e
sem encostar nas paredes e nos fundos dos recipientes, de tal forma que os líquidos, nos recipientes
A e B, sempre estarão em equilíbrio hidrostático no momento da leitura nas balanças. O gráfico que
melhor representa a leitura L das balanças I e II, respectivamente, 𝐿𝐼 e 𝐿𝐼𝐼 , em função da altura h
submersa de cada cilindro é

A) B)

C) D)

(AFA – 2016)
Um balão, cheio de um certo gás, que tem volume de 2,0 𝑚3 , é mantido em repouso a uma
determinada altura de uma superfície horizontal, conforme a figura abaixo.
Sabendo-se que a massa total do balão (incluindo o gás) é de 1,6 kg, considerando o ar como uma
camada uniforme de densidade igual a 1,3 kg/𝑚3 , pode-se afirmar que ao liberar o balão, ele
a) ficará em repouso na posição onde está.

91
AULA 04 – Hidrostática
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b) subirá com uma aceleração de 6,25 𝑚/𝑠 2


c) subirá com velocidade constante.
d) descerá com aceleração de 6,25 𝑚/𝑠 2
(AFA – 2014)
Um corpo homogêneo e maciço de massa 𝑀 e coeficiente de dilatação volumétrica constante 𝛾 é
imerso inicialmente em um líquido também homogêneo à temperatura de 00C, e é equilibrado por
uma massa 𝑚1 através de uma balança hidrostática, como mostra a figura abaixo.
Levando o sistema formado pelo corpo imerso e o líquido até uma nova temperatura de equilíbrio
térmico 𝑥, a nova condição de equilíbrio da balança hidrostática é atingida com uma massa igual a
𝑚2 , na ausência de quaisquer resistências.
Nessas condições, o coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido pode ser determinado por
𝑚 −𝑚
2 1 1 𝑀−𝑚 𝑚 −𝑚 1 𝑚−𝑚
a) ( 𝑀−𝑚 ) 𝑥 + (𝑀−𝑚1 ) 𝛾 1
b) ( 𝑀−𝑚 2
) 𝑥 + (𝑀−𝑚2 ) 𝛾
2 2 1 1

𝑀−𝑚1 1 𝑚2 −𝑚1 𝑀−𝑚2 1 𝑚1 −𝑚2


c) (𝑀−𝑚 ) 𝑥 + ( 𝑀−𝑚 ) 𝛾 d) (𝑀−𝑚 ) 𝑥 + ( 𝑀−𝑚 ) 𝛾
2 2 1 1

(AFA – 2007)
Uma balança está em equilíbrio, no ar, tendo bolinhas de ferro num prato e rolhas de cortiça no
outro. Se esta balança for levada para o vácuo, pode-se afirmar que ela
a) penderia para o lado das bolinhas de ferro, pois a densidade do mesmo é maior que a densidade
da cortiça.
b) não penderia para nenhum lado, porque o peso das bolinhas de ferro é igual ao peso das rolhas
de cortiça.
c) penderia para o lado das rolhas de cortiça, pois enquanto estava no ar o empuxo sobre a cortiça
é maior que o empuxo sobre o ferro.
d) não penderia para nenhum lado, porque no vácuo não tem empuxo.
(AFA – 2007)
Duas esferas 𝐴 e 𝐵 de mesmo volume, de materiais diferentes e presas por fios ideais, encontram-
se em equilíbrio no interior de um vaso com água conforme a figura
Considerando-se as forças peso (𝑃𝐴 e 𝑃𝐵 ), empuxo (𝐸𝐴 e 𝐸𝐵 ) e tensão no fio (𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 ) relacionadas
a cada esfera, é INCORRETO afirmar que
a) 𝑃𝐴 > 𝑃𝐵 b) 𝐸𝐴 = 𝐸𝐵
c) 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵 = 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 d) 𝑇𝐴 < 𝑇𝐵
(AFA – 2003)
Um estudante tendo encontrado um líquido estranho em sua casa, tentou descobrir o que era.
Inicialmente observou que esse era miscível em água, cuja densidade ele conhecia (𝑑á𝑔𝑢𝑎 =
1 𝑔/𝑐𝑚3 ), mas imiscível em óleo. Logo depois, colocou em vasos comunicantes, uma coluna de 10
cm de óleo sobre água, obtendo o equilíbrio mostrado na figura 1. Por fim derramou sobre o óleo,
conforme figura 2, uma coluna de 5 cm do líquido estranho, alcançando novamente o equilíbrio.

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AULA 04 – Hidrostática
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Depois de fazer seus cálculos descobriu que a densidade do líquido estranho valia, em 𝑔/𝑐𝑚3 ,
a) 0,30. b) 0,40. c) 0,20. d) 0,50.
(EN – 2021)
A figura abaixo mostra o esquema de uma prensa hidráulica. Uma bomba manual é utilizada para
gerar uma força de intensidade 𝐹1, que é aplicada ao pistão menor, com diâmetro 2 cm, quando
aplicada uma força 𝐹𝑎 na extremidade da alavanca dessa bomba, cujas dimensões estão expressas
na figura acima. Uma mola, com constante de mola 1,5 × 104 𝑁/𝑚, está presa a uma viga, fixa e
rígida, e ao pistão maior, com diâmetro 20 cm. Desprezando o peso dos pistões, qual deve ser o
valor da força aplicada 𝐹𝑎 na alavanca para que a mola sofra uma compressão de 20 cm?

(A) 7,5 N (B) 15 N (C) 30 N (D) 300 N (E) 750 N


(EN – 2021)
Uma esfera, sólida, maciça e homogênea, de raio 2 cm e massa 10 g, está presa por um fio ideal ao
fundo de um recipiente que contém água e óleo, como mostra a figura abaixo. Sabendo que 3/8 do
seu volume está imerso na água e o restante, imerso no óleo, qual a tensão no fio? (Dados: 𝑔 =10
𝑚/𝑠2; 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3; 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 0,9 𝑔/𝑐𝑚3; 𝜋 = 3).

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AULA 04 – Hidrostática
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(A) 0,1 N (B) 0,2 N (C) 0,3 N (D) 0,4 N (E) 0,5 N
(EN – 2019)
Observe as figuras abaixo.

As figuras mostram uma balança de dois pratos em dois instantes diferentes, A figura 1 mostra um
recipiente cheio de água, de densidade 𝑝𝑎 , equilibrado por um peso 𝑃. Na figura 2, um cubo de
aresta a e densidade 𝑝𝑐 , pendurado num fio, é mergulhado inteiramente na água do mesmo
recipiente sem tocar seu fundo. Que massa foi adicionada ao prato da balança (figura 2) para que o
equilíbrio fosse restabelecido?
a) 𝑃𝑐 𝑎3 b) (𝑃𝑐 − 𝑃𝑎 / 2) 𝑎3 c) 𝑃𝑎 𝑎3
d) (𝑝𝑐 + 𝑝𝑎 )𝑎3 e) (𝑝𝑐 − 𝑝𝑎 )𝑎3
(EN – 2019)
Suponha que certa esfera de superfície impermeável possui volume variando inversamente com a
pressão hidrostática do local onde se encontra imersa, ou seja, V(p) = k/p metros cúbicos, com
k = 105 N.m e a pressão p em pascal. Mergulhada na água do mar, a esfera submerge até
lentamente entrar em equilíbrio numa profundidade onde a densidade da água do mar é de
1,05 g/cm3 e a pressão hidrostática igual a 52,5MPa. Sendo assim, qual a massa da esfera, em kg?
a) 2,00 b) 1,05 c) 0,85 d) 0,53 e) 0,25
(EN – 2018)
Analise a figura abaixo.

A figura acima mostra um objeto flutuando na água contida em um vaso sustentado por duas molas
idênticas, de constante elástica desconhecida. Numa situação de equilíbrio, em que esse vaso de
massa desprezível, contém somente a água, as molas ficam comprimidas de 𝑥. Quando o objeto,

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AULA 04 – Hidrostática
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cujo volume é 1/30 do volume da água, é inserido no vaso, as molas passam a ficar comprimidas de
𝑥’. Sabendo que, no equilíbrio, 60% do volume do objeto fica submerso, qual a razão 𝑥’/𝑥?
a) 1,06 b) 1,05 c) 1,04 d) 1,03 e) 1,02
(EN – 2017)
Analise a figura abaixo.

Na figura acima, tem-se a representação de um tubo em “U" que contém dois líquidos imiscíveis, 1
e 2. A densidade do líquido menos denso é d. A figura também exibe duas esferas maciças, A e B,
de mesmo volume, que estão ligadas por um fio ideal tensionado. A esfera A está totalmente imersa
no líquido 1 e a esfera B tem 3/4 de seu volume imerso no líquido 2. Sabendo que as esferas estão
em equilíbrio estático e que a esfera A tem densidade 2d/3, qual a densidade da esfera B?
a) 7d/6 b) 4d/3 c) 3d/2 d) 5d/3 e) 2d
(EN – 2017)
Dois balões meteorológicos são lançados de um helicóptero parado a uma altitude em que a
densidade do ar é ρo = 1,0 kg/m3 . Os balões, de pesos desprezíveis quando vazios, estão cheios
de ar pressurizado tal que as densidades do ar em seus interiores valem ρ1 = 10 kg/m3 (balão de
volume V1 ) e ρ2 = 2,5 kg/m3 (balão de volume V2 ). Desprezando a resistência do ar, se a força
resultante atuando sobre cada balão tiver o mesmo módulo, a razão V2 / V1 , entre os volumes dos
balões, será igual a
a) 7,5 b) 6,0 c) 5,0 d) 2,5 e) 1,0
(EN – 2016)
Um submarino da Marinha Brasileira da classe Tikuna desloca uma massa de água de 1586
toneladas, quando está totalmente submerso, e 1454 toneladas, quando está na superfície da água
do mar. Quando esse submarino está na superfície, os seus tanques de mergulho estão cheios de ar
e quando está submerso, esses tanques possuem água salgada. Qual a quantidade de água salgada,
em m3 , que os tanques de mergulho desse submarino devem conter para que ele se mantenha
flutuando totalmente submerso?
Dados: Densidade da água do mar = 1,03g/cm3 .
Despreze o peso do ar nos tanques de mergulho .
a) 105 b) 128 c) 132 d) 154 e) 178
(EN – 2016)

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AULA 04 – Hidrostática
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Analise a figura abaixo.

A figura acima ilustra dois blocos de mesmo volume, mas de densidades diferentes, que estão em
equilíbrio estático sobre uma plataforma apoiada no ponto A, ponto esse que coincide com o centro
de massa da plataforma. Observe que a distância em relação ao ponto A é 3,0cm para o bloco 1,
cuja densidade é de 1,6g/cm3 , e 4,0cm para o bloco 2. Suponha agora que esse sistema seja
totalmente imerso em um liquido de densidade 1,1g/cm3 . Mantendo o bloco 2 na mesma posição
em relação ao ponto A, a que distância, em cm, do ponto A deve-se colocar o bloco 1 para que o
sistema mantenha o equilíbrio estático?
a) 3,0 b) 2,5 c) 1,8 d) 0,8 e) 0,5
(EN – 2014)
Uma embarcação de massa total m navega em água doce (rio) e também em água salgada (mar).
Em certa viagem, uma carga foi removida da embarcação a fim de manter constante seu volume
submerso, quando da mudança do meio líquido em que navegava. Considere dm e dr as densidades
da água do mar e do rio, respectivamente. Qual a expressão matemática para a massa da carga
removida e o sentido da navegação?
dm −dr dm −dr
a) m( ) , do mar para o rio. b) m( ), do mar para o rio.
dr dm
dr −dm dr −dm
c) m( ), do rio para o mar. d) m ( ), do mar para o rio.
dr dm
dm +dr
e) m( ), do rio para o mar.
dr

(EN – 2015)
Analise o gráfico abaixo.

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AULA 04 – Hidrostática
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Uma pequena esfera é totalmente imersa em meio líquido de densidade PLiq então, liberada a partir
do repouso. A aceleração da esfera é medida para vários líquidos, sendo o resultado apresentado
no gráfico acima. Sabendo que o o volume da esfera é 3,0 x 10−3 m3 , a massa da esfera, em Kg, é
a) 2,0 b) 3,5 c) 4,0 d) 5,5 e) 7,5
(EN – 2012)
Uma balança encontra-se equilibrada tendo, sobre seu prato direito, um recipiente contendo
inicialmente apenas água. Um cubo sólido e uniforme, de volume 5,0 cm3 , peso 0,2 N e pendurado
por um fio fino é, então, lentamente mergulhado na água até que fique totalmente submerso.
Sabendo que o cubo não toca o fundo do recipiente, a balança estará equilibrada se for
acrescentado um contrapeso, em newtons, igual a
Dados: g = 10 m/s2 ; massa especifica da água = 1,0 g/cm3 .
a) zero, pois a balança se mantém equilibrada. b) 0,50, colocado sobre o prato direito.
c) 0,20, colocado sobre o prato esquerdo. d) 0,15, colocado sobre o prato direito.
e) 0,050, colocado sobre o prato esquerdo.
(EN – 2012)
Uma esfera, de peso P newtons e massa específica μ, está presa ao fundo de um recipiente por meio
de um fio ligado a um dinamômetro D, de massas desprezíveis. A esfera encontra-se totalmente
submersa em água de massa específica μagua = 2μ, conforme a figura. Nessas condições, a leitura
do dinamômetro em função do peso P é dada por

a) P/4 b) P/2 c) 2P/3 d) P e) 2P


(EN – 2011)
Duas esferas carregadas (consideradas cargas elétricas pontuais) possuem massas desprezíveis. A
de cima possui carga elétrica q i = + 3,0µC e a de baixo possui carga elétrica q = − 4,0 µC. As
duas esferas estão presas a fios ideais; um dos fios está preso ao teto e o outro preso a um cilindro
maciço de massa específica igual a 8,0g/cm3 e volume igual a 1, 5.10−4 m3 . O cilindro está
parcialmente imerso em água (massa específica igual a 1,0 g/ cm3 ) e em equilíbrio, de acordo com
a figura abaixo. A distância entre as esferas é de 10 cm e o meio entre elas tem comportamento de
vácuo. O volume imerso do cilindro em relação ao seu volume total, em porcentagem,
é Dados: ⃗⃗⃗⃗⃗
|g| = 10m/s 2 e K 0 = 9,0 . 109 N . m2 /C2

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AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

a) 70% b) 74% c) 78% d) 80% e) 82%


(EN – 2011)
O sistema hidráulico da figura abaixo consiste em dois êmbolos, de massas desprezíveis, de áreas
A1 e A2 , fechando completamente as aberturas de um tubo em U cilíndrico. O óleo no interior do
tubo está contaminado com certa quantidade de álcool etílico, formando assim uma pequena
coluna de altura h logo abaixo do embolo de área A2 = 5A1 . Considere os líquidos incompressíveis.
Para que os embolos estejam à mesma altura H, um pequeno bloco de massa m = 30 gramas foi
colocado sobre o embolo de área maior. O volume, em litros, de álcool etílico no interior do tubo é
Dados: 𝜇á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = 0, 80g/cm3 ; µóleo = 0, 90 g/ cm3 .

a) 0,20 b) 0,30 c) 0,50 d) 1,0 e) 1,5


(EN – 2010)
A densidade absoluta (ou massa específica) Po do cilindro sólido de altura 𝐇 e área das bases 𝐀 é
tal que, quando em equilíbrio no fluido de densidade absoluta 𝐩, flutua mantendo a base superior
a uma altura 𝐡 acima da superfície livre do líquido, como mostra a figura abaixo. Sabendo que, para
ficar submerso, a densidade absoluta do cilindro deve ser 25% maior que Po , podemos afirmar que
a razão h/H é igual a

a) 4 ⁄ 5 b) 1 ⁄ 4 c) 1 ⁄ 5 d) 1 ⁄ 8 e) 1 ⁄ 10
(EN – 2009)

98
AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

Dois vasos cilíndricos idênticos C1 e C2 flutuam na água em posição vertical, conforme indica a
figura. O vaso C1 contém um líquido de massa específica Ρ1 e o vaso C2 , um líquido de massa
específica Ρ2 . O gráfico mostra como h varia com x, onde h é a altura submersa de cada vaso e x é
a altura da coluna de líquido dentro de cada vaso. Sendo assim, qual a razão Ρ1 / Ρ2 ?

√3 2 √3 √2 1
a) b) 3 c) d) e) 3
2 3 3

(EFOMM – 2021)
Considere um corpo cúbico de lado 20 cm, massa de 20 g e uniformemente carregado, localizado
nas proximidades da superfície terrestre. Não despreze o ar, e considere sua densidade igual a 1,2
kg/m3. Se na região existe um campo elétrico uniforme voltado para cima de modulo 52 N/C. Qual
deve ser a carga para que o corpo fique suspenso em equilíbrio no ar? Dado 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠²
(A) 1,0 mC (B) 2,0 mC (C) 4,0 mC (D) 6,0 mC (E) 8,0 mC
(EFOMM – 2021)
Um balão de volume 𝑉 = 50 𝑙 está cheio de gás hélio e amarrado por uma corda de massa
desprezível a um pequeno objeto de massa 𝑚. Esse balão encontra-se em um ambiente onde a
temperatura é de 27°C e a pressão vale 1 atm. Considerando-se que a pressão no interior do balão
seja de 2 atm e que o gás está em equilíbrio térmico com o exterior, qual deve ser o menor valore
da massa 𝑚, para que o balão permaneça em repouso? (Dados: Massa molar do ar = 29 g/mol;
massa
molar do gás Hélio = 4,0 g/mol; constante universal dos gases R=0,082 atm.l/mol.K; considere a
massa do material que reveste o balão desprezível e todos os gases envolvidos no problema gases
ideais.)
(A) 16 g (B) 22 g (C) 29 g (D) 37 g (E) 43 g
(EFOMM – 2021)
A figura mostra um recipiente que contém gás (porção à esquerda) em equilíbrio com um fluido de
densidade 104 𝑘𝑔/𝑚3 (porção à direita). As alturas ocupadas pelo fluido nas colunas do recipiente
são h1 = 10 cm e h2 = 30 cm. A coluna da direita está em contato com a atmosfera

99
AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

Sabendo-se que a aceleração da gravidade é de 10 m/s², podemos afirmar que a diferença entre o
valor da pressão do gás no compartimento e o valor da pressão atmosférica é de
(A) 2,1 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 (B) 2,0 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 (C) 1,2 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(D) 3,0 ⋅ 104 𝑁/𝑚2 (E) 2,0 ⋅ 104 𝑁/𝑚2
(EFOMM – 2020)
Uma esfera de densidade 𝜌𝑒𝑠𝑓 está próxima à superfície de um lago calmo e totalmente submersa
quando é solta, demorando 4,0 s para atingir a profundidade de h = 40,0 m. Suponha que a
densidade do lago seja 𝜌𝐻2 𝑂 = 10³ 𝑘𝑔/𝑚³. Qual é, então, a densidade da esfera? Considere g = 10,0
m/s².
a) 0,5 x 10³ Kg/m³ b) 1,0 x 10³ Kg/m³ c) 2,0 x 10³ Kg/m³
d) 4,0 x 10³ Kg/m³ e) 8,0 x 10³ Kg/m³
(EFOMM – 2019)
Um mergulhador entra em um grande tanque cheio de água, com densidade 𝜌 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 , tendo
em uma das mãos um balão cheio de ar. A massa molar do ar contido no balão é de 𝑀 =
29,0 𝑥10−3 𝐾𝑔/𝑚𝑜𝑙. Considere que a temperatura da água é 282 K e o balão permanece em
equilíbrio térmico com a água. Considerando que o tanque está ao nível do mar, a que profundidade
a densidade do ar do balão é de 1,5 𝑘𝑔/𝑚3 ?
a) 1,0 m b) 1,5 m c) 2,0 m d) 2,5 m e) 3,0 m
(EFOMM – 2018)
Em um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, com densidade ρ1 = 0,4 g/cm³ e ρ2 = 1,0 g/cm³,
é mergulhado um corpo de densidade ρc = 0,6 g/cm³, que flutua na superfície que separa os dois
líquidos (conforme apresentado na figura). O volume de 10,0 cm³ do corpo está imerso no fluido de
maior densidade. Determine o volume do corpo, em cm³, que está imerso no fluido de menor
densidade.

a) 5,0 b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0 e) 25,0


(EFOMM – 2017)
O tipo de manômetro mais simples é o de tubo aberto, conforme a figura abaixo. Uma das
extremidades do tubo está conectada ao recipiente que contém um gás a uma pressão pgás, e a
outra extremidade está aberta para a atmosfera. O líquido dentro do tubo em forma de U é o
mercúrio, cuja densidade é 13,6 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 . Considere as alturas h1 = 5,0 cm e h2 = 8,0 cm. Qual
é o valor da pressão manométrica do gás em pascal?
Dado: g = 10 m/s².

100
AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

a) 4,01 ⋅ 103 b) 4,08 ⋅ 103 c) 40,87 ⋅ 102


d) 4,9 ⋅ 104 e) 48,2 ⋅ 102
(EFOMM – 2017)
Considere uma bolinha de gude de volume igual a 10 cm3 e densidade 2,5 g/cm3 presa a um fio
inextensível de comprimento 12 cm, com volume e massa desprezíveis. Esse conjunto é colocado
no interior de um recipiente com água. Num instante t0, a bolinha de gude é abandonada de uma
posição (1) cuja direção faz um ângulo 𝜃 = 40° com a vertical conforme mostra a figura a seguir. O
módulo da tração no fio, quando a bolinha passa pela posição mais baixa (2) a primeira vez, vale
0,25 N. Determine a energia cinética nessa posição anterior.
Dados: págua = 1000 kg/m3; e g = 10m/s2.

a) 0,0006 J b) 0,006 J c) 0,06 J d) 0,6 J e) 6,0 J


(EFOMM – 2017)
O esquema a seguir mostra duas esferas presas por um fio fino aos braços de uma balança. A esfera
2 tem massa m2 = 2,0 g, volume V2 = 1,2 cm³ e encontra-se totalmente mergulhada em um
recipiente com água. Considerando a balança em equilíbrio, qual é o valor da massa m1 da esfera
1, em gramas?
Dados: págua = 1000 kg/m³; e g = 10 m/s².

a) 0,02 b) 0,08 c) 0,2 d) 0,8 e) 0,82


(EFOMM – 2016)
Um tubo em forma de U, aberto nas duas extremidades, possui um diâmetro pequeno e constante.
Dentro do tubo há dois líquidos A e B, incompressíveis, imiscíveis, e em equilíbrio. As alturas das

101
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colunas dos líquidos, acima da superfície de separação, são HA = 35,0 cm e HB = 50,0 cm. Se a
densidade de A vale ρA = 1,4 g/cm3, a densidade do líquido B, em g/cm3 , vale

a) 0,980 b) 1,00 c) 1,02 d) 1,08 e) 1,24


(EFOMM – 2016)
Uma pessoa de massa corporal igual a 100 kg, quando imersa em ar na temperatura de 20°C e à
pressão atmosférica (1 atm), recebe uma força de empuxo igual a 0,900N. Já ao mergulhar em
determinado lago, permanecendo imóvel, a mesma pessoa consegue flutuar completamente
submersa. A densidade relativa desse lago, em relação à densidade da água (4°C), é
Dados: densidade do ar (1atm, 20°C) = 1,20 kg/m³ e densidade da água (4°C) = 1,00 g/cm³.
a) 1,50 b) 1,45 c) 1,33 d) 1,20 e) 1,00
(EFOMM – 2015)
Uma boia encarnada homogênea flutua em um lago de água doce, considerada pura, com metade
de seu volume submerso. Quando transferida para uma determinada região de água salgada, a
mesma boia passa a flutuar com 48% de seu volume submerso. Qual é, então, a salinidade dessa
água? Considere a densidade da água pura como 1,000 kg/L e que a adição de sal não altera o
volume da solução.
a) 35 g/L. b) 42 g/L. c) 48 g/L. d) 52 g/L. e) 63 g/L.
(EFOMM – 2015)

Um sistema de transferência de água por meio de tubulações localizadas embaixo dos tanques
estabilizou com diferença de nível entre os dois tanques, conforme a figura abaixo. O tanque
número 1 é aberto para a atmosfera e o tanque número dois não.
Considere a densidade da água 𝜌 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 , a pressão atmosférica 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑃𝑎 e
aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . Nessa condição, um manômetro instalado no tanque #2, na
posição indicada na figura, deverá marcar o seguinte valor de pressão:

102
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a) 1,0 𝑥 105 𝑃𝑎. b) 1,2 𝑥 105 𝑃𝑎. c) 0,5 𝑥 105 𝑃𝑎.


d) 0,2 𝑥 105 𝑃𝑎. e) 0,1 𝑥 105 𝑃𝑎.
(EFOMM – 2014)
Um recipiente com óleo e água está conectado a um tubo em forma de U, como mostrado na figura.
São dados: ρágua = 1000 kg/m³ ; ρóleo = 750 kg/m³ ; ρHg = 13600 kg/m³ e g = 10 m/s². A pressão
manométrica no ponto P, indicado na figura, é igual a

a) -2200 Pa. b) -3200 Pa. c) -4200 Pa. d) -5200 Pa. e) -6200 Pa.
(EFOMM – 2014)

Uma barra com peso de 20N, cuja massa não é uniformemente distribuída, está em equilíbrio dentro
de um recipiente com água, como mostrado na figura dada. O apoio apenas oferece reação na
vertical. O volume da barra é igual a 500 cm³. Considerando g = 10 m/s², a massa específica da água
igual a 10³ kg/m³ e que o centro de gravidade da barra está a 30 cm da extremidade apoiada, o
comprimento da barra é igual a
a) 2,0 m. b) 2,1 m. c) 2,2 m. d) 2,3 m. e) 2,4 m.
(EFOMM – 2013)
Uma pessoa de massa corporal igual a 75,0 kg flutua completamente submersa em um lago de
densidade absoluta 1,50 x 103 kg/m3. Ao sair do lago, essa mesma pessoa estará imersa em ar na
temperatura de 20oC, à pressão atmosférica (1 atm), e sofrerá uma força de empuxo, em newtons,
de
Dado: densidade do ar (1 atm, 20oC) = 1,20 kg/m3
a) 1,50 b) 1,20 c) 1,00 d) 0,80 e) 0,60
(EFOMM – 2013)

103
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Uma pequena bolha de gás metano se formou no fundo do mar, a 10,0 m de profundidade, e sobe
aumentando seu volume à temperatura constante de 20,0oC. Pouco antes de se desintegrar na
superfície, à pressão atmosférica, a densidade da bolha era de 0,600 kg/m3. Considere o metano
um gás ideal e despreze os efeitos de tensão superficial. A densidade da bolha, em kg/m3, logo após
se formar, é de aproximadamente
Dados: 1 atm ≈ 1,00×105 N/m2;
densidade da água do mar ≈ 1,03×103 kg/m3.
a) 1,80 b) 1,22 c) 1,00 d) 0,960 e) 0,600
(EFOMM – 2012)
Na figura, temos a representação de uma prensa hidráulica em equilíbrio, com seus êmbolos
nivelados. A carga P tem peso de módulo 220 newtons e está apoiada sobre um êmbolo de área
igual a 100 cm2. A carga Q está apoiada no outro êmbolo cuja área é de 50,0 cm2. Sendo g=10,0
m/s2, a massa, em gramas, da carga Q, é:

a) 1,10 ⋅ 10³ b) 2,20 ⋅ 10³ c) 1,10 ⋅ 104


d) 2,20 ⋅ 105 e) 1,10 ⋅ 105
(EFOMM – 2012)
Um iceberg com densidade uniforme tem sua secção reta na forma de um triângulo isósceles, sendo
a base maior (lado flutuante) paralela à superfície da água do mar, e medindo o dobro da altura H
(ver figura). Considerando a massa específica do gelo igual a 90% da massa específica da água do
h
mar, a razão H, é:

3 10 9 1 1
a) b) 11 c) 10 d) e) 10
√10 √10

(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

104
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A figura acima mostra um bloco de madeira preso a uma mola que tem sua outra extremidade presa
ao fundo de um tanque cheio d'água. Estando o sistema em equilíbrio estático, verifica-se que a
força que a mola faz sobre o fundo do tanque é de 2,0N, vertical para cima. Considere que a massa
e o volume da mola são desprezíveis. Agora, suponha que toda água seja retirada lentamente do
tanque, e que ao final, o bloco permaneça em repouso sobre a mola. Com base nos dados
apresentados, qual o módulo e o sentido da força vertical que a mola fará sobre o fundo do tanque?
Dados: Págua= 1,0 . 103 𝑘𝑔/𝑚3 ; Pmadeira= 0, 8 . 103 𝑘𝑔/𝑚3 ; g = 10𝑚/𝑠 2 .
a) 12 N, para cima. b) 10N, para baixo. c) 10N, para cima.
d) 8N, para baixo. e) 8N, para cima.
(EFOMM – 2008)
Deseja-se projetar um elevador hidráulico para um navio “Roll on – Roll off” (transporte - veículos),
capaz de elevar veículos de massa até 3 toneladas, a 3,90 m de altura, utilizando-se canalizações de
diâmetros 20 mm e 200 mm. A força (em N) necessária a ser aplicada pelo sistema hidráulico, capaz
de cumprir essas condições máximas operacionais é de, aproximadamente
(dado g = 10 𝑚/𝑠 2 ),
a) 200 b) 220 c) 270 d) 300 e) 410
(EFOMM – 2007 - ADAPTADA)
Um navio cargueiro da DOCENAVE (Vale do Rio Doce Navegação) está atracado no porto de Santos,
onde receberá uma carga de minério de ferro, que levará até Singapura. Um Capitão-de- Longo-
Curso (CLC), que comanda o navio, sabe que terá que fundeá-lo (ancorar) no meio da viagem para
reabastecimento, em uma região onde se encontra um navio afundado, a uma profundidade de 3,56
m em relação à quilha (parte mais inferior do casco) do navio cargueiro descarregado (em lastro). O
CLC, sabendo que a massa específica da água daquela região vale 1,05 𝑘𝑔/𝑚3, que a área para
carregamento é 4400 m², e que o navio tem forma aproximada de um paralelepípedo, calcula a
carga máxima, em toneladas, que poderá levar. Com base nas informações, pode-se concluir que
ele encontrou, aproximadamente,
a) 16,45 b) 23,67 c) 30,44 d) 45,56 e) 56,78
(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)
Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,
com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. O empuxo (em N) sobre ele é aproximadamente
a) 11750 b) 12210 c) 13390
d) 14750 e) 19340
(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)

105
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Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,


com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. A espessura da chapa de ferro que forma o cilindro é, em mm, aproximadamente
a) 12,3 b) 23,1 c) 27,4 d) 37,4 e) 39,8
(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)
Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,
com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. A massa (em kg) de ferro gasta para fabricar o cilindro é (dado g = 9,81 m/s2)
a) 1180 b) 1220 c) 1330 d) 1480 e) 1940
(EFOMM – 2005)
A figura abaixo refere-se a uma balsa flutuando em águas tranquilas, submersa de 80 cm.
Um caminhão de 4 toneladas é colocado em cima da balsa. O empuxo atuante na balsa e a altura
submetida são, respectivamente:

a) 340000 N e 100 cm b) 360000 N e 90 cm c) 360000 N e 85 cm


d) 400000 N e 84 cm e) 400000 N e 88 cm

106
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8. Gabarito sem comentários nível 2


1) B 21) A 41) B

2) D 22) E 42) B

3) E 23) S/A 43) D

4) C 24) B 44) A

5) E 25) C 45) C

6) A 26) D 46) B

7) E 27) B 47) D

8) C 28) E 48) C

9) E 29) E 49) E

10) C 30) D 50) E

11) E 31) D 51) B

12) A 32) B 52) C

13) B 33) C 53) A

14) C 34) E 54) D

15) C 35) B 55) D

16) D 36) E 56) A

17) C 37) E 57) E

18) A 38) C 58) D

19) B 39) C 59) E

20) C 40) D 60) B

107
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9. Lista de questões nível 2 comentada


(EsPCEx – 2008)
A figura abaixo representa um elevador hidráulico. Esse elevador possui dois pistões circulares 1 e
2, de massas desprezíveis, sendo o menor com raio R1 e o maior com raio o R2 = 5R1. O líquido que
movimenta os pistões é homogêneo e incompressível.

Colocamos um corpo de massa M sobre o pistão maior e, para que o conjunto fique em equilíbrio
estático, será necessário colocar sobre o pistão menor um outro corpo cuja massa vale
[A] M/5 [B] M/25 [C] M [D] 5M [E] 25M

Comentários:

Pelo princípio de Pascal, temos:

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

𝑚𝑔 𝑀𝑔
2 =
𝜋𝑅1 𝜋𝑅22

𝑅1 2
𝑚=( ) 𝑀
𝑅2

𝑅1 2
𝑚=( ) 𝑀
5𝑅1

𝑀
𝑚=
25

Gabarito: B
(EsPCEx – 2009)

108
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Os astronautas precisam usar roupas apropriadas que exercem pressão sobre o seu corpo, pois no
espaço há vácuo e, sem elas, não sobreviveriam. Para que a roupa exerça a pressão de uma
atmosfera, ou seja, a pressão de 10 Pa sobre o corpo do astronauta, a intensidade da força aplicada
por ela em cada 1 cm² da pele do astronauta, é de
[A] 10⁵ N [B] 10⁴ N [C] 10⁻² N [D] 10⁻³ N [E] 10⁻⁵ N

Comentários:

Utilizando o conceito de pressão exercida por uma força, vem:

𝐹
𝑃=
𝐴
𝐹
10 =
1 ⋅ 10−4

𝐹 = 10−3 𝑁

Observação: não se esqueça que 1 𝑐𝑚2 = 10−4 𝑚². Além disso, Pa = N/m².

Gabarito: D
(EsPCEx – 2010)
Um bloco maciço flutua, em equilíbrio, dentro de um recipiente com água. Observa-se que 2/5 do
volume total do bloco estão dentro do líquido. Desprezando a pressão atmosférica e considerando
a densidade da água igual a 1,0 · 10³ kg/m³, pode-se afirmar que a densidade do bloco vale:
[A] 1,2 · 10² kg/m³ [B] 1,6 · 10² kg/m³ [C] 2,4 · 10² kg/m³
[D] 3,0 · 10² kg/m³ [E] 4,0 · 10² kg/m³

Comentários:

Para o corpo que está flutuando, a intensidade do empuxo deve ser igual a intensidade do peso.
Logo:

𝐸 = 𝑃𝑒𝑠𝑜

𝜌𝑙í𝑞 𝑉𝑠𝑢𝑏 𝑔 = 𝑚𝑔

2
𝜌𝑙í𝑞 ⋅ 𝑉 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑉
5
2
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌
5 𝑙í𝑞
2
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ⋅ 103
5
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,4 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3

109
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𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 4 ⋅ 102 𝑘𝑔/𝑚3

Gabarito: E
(EsPCEx – 2013)
Um elevador hidráulico de um posto de gasolina é acionado por um pequeno êmbolo de área igual
a 4· 10⁻⁴ m². O automóvel a ser elevado tem peso de 2·10⁴ N e está sobre o êmbolo maior de área
0,16 m². A intensidade mínima da força que deve ser aplicada ao êmbolo menor para conseguir
elevar o automóvel é de
[A] 20 N [B] 40 N [C] 50 N [D] 80 N [E] 120 N

Comentários:

Aplicando o princípio de Pascal, temos:

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

𝐹1 2 ⋅ 104
=
4 ⋅ 10−4 0,16

𝐹1 = 50 𝑁

Gabarito: C
(EsPCEx – 2014)
Um cubo maciço e homogêneo, com 40 cm de aresta, está em equilíbrio estático flutuando em uma
piscina, com parte de seu volume submerso, conforme desenho abaixo.

Sabendo-se que a densidade da água é igual a 1 g/cm³ e a distância entre o fundo do cubo (face
totalmente submersa) e a superfície da água é de 32 cm, então a densidade do cubo é:
[A] 0,20 g/cm³ [B] 0,40 g/cm³ [C] 0,60 g/cm³
[D] 0,70 g/cm³ [E] 0,80 g/cm³

Comentários:

Para o cubo flutuando em água, temos que a intensidade do empuxo é igual a intensidade do peso.
Portanto:

110
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𝐸 = 𝑃𝑒𝑠𝑜

𝜌𝑙í𝑞 𝑉𝑠𝑢𝑏 𝑔 = 𝑚𝑔

𝜌𝑙í𝑞 ⋅ ℎ ⋅ 𝑎2 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑎3

Em que ℎ é a profundidade do corpo que está submerso. Lembre-se que a área da base do cubo é
2
𝑎 . Logo:

𝜌𝑙í𝑞 ⋅ ℎ ⋅ 𝑎2 = 𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 ⋅ 𝑎3


𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅
𝑎
Como vamos fazer a razão ℎ/𝑎, se ℎ e 𝑎 estiverem já em cm, então não precisa converter unidades
para metros. Logo:

32
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 𝜌𝑙í𝑞 ⋅
40
𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,8 ⋅ 𝜌𝑙í𝑞𝑑

𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,8 ⋅ 1 𝑔/𝑐𝑚³

𝜌𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚³

Gabarito: E
(EsPCEx – 2015)
Pode-se observar, no desenho abaixo, um sistema de três vasos comunicantes cilíndricos F, G e H
distintos, abertos e em repouso sobre um plano horizontal na superfície da Terra. Coloca-se um
líquido homogêneo no interior dos vasos de modo que não haja transbordamento por nenhum
deles. Sendo hF , hG e hH o nível das alturas do líquido em equilíbrio em relação à base nos
respectivos vasos F, G e H, então, a relação entre as alturas em cada vaso que representa este
sistema em equilíbrio estático é:

[A] hF = hG = hH [B] hG > hH > hF [C] hF = hG > hH


[D] hF < hG = hH [E] hF > hH > hG

Comentários:

111
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Pelo teorema de Stevin (pontos de um mesmo líquido que estão na mesma horizontal, tem a
mesma pressão), as alturas devem ser iguais.

Gabarito: A
(EsPCEx – 2017)
Um cubo homogêneo de densidade ρ e volume V encontra-se totalmente imerso em um líquido
homogêneo de densidade ρ₀ contido em um recipiente que está fixo a uma superfície horizontal.
Uma mola ideal, de volume desprezível e constante elástica k, tem uma de suas extremidades presa
ao centro geométrico da superfície inferior do cubo, e a outra extremidade presa ao fundo do
recipiente de modo que ela fique posicionada verticalmente.
Um fio ideal vertical está preso ao centro geométrico da superfície superior do cubo e passa por
duas roldanas idênticas e ideais A e B. A roldana A é móvel a roldana B é fixa e estão montadas
conforme o desenho abaixo.
Uma força vertical de intensidade F é aplicada ao eixo central da roldana A fazendo com que a
distensão na mola seja X e o sistema todo fique em equilíbrio estático, com o cubo totalmente
imerso no líquido.

Considerando a intensidade da aceleração da gravidade igual a g, o módulo da força F é:


[A] [Vg(ρ₀ - ρ) + kx] [B] 2[Vg(ρ - ρ₀) - kx] [C] 2[Vg(ρ₀ + ρ) + kx]
[D] [Vg(ρ₀ - ρ) - kx] [E] 2[Vg(ρ - ρ₀) + kx]

Comentários:

Note que a mola está distendida (tamanho final é maior que o tamanho inicial), então a mola puxa
o corpo na vertical e para baixo. Fazendo o diagrama de forças, vem:

112
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Para o equilíbrio do bloco, temos:

𝐹
𝐸+ = 𝑘𝑥 + 𝜌𝑉𝑔
2
𝐹
𝜌0 𝑉𝑔 + = 𝑘𝑥 + 𝜌𝑉𝑔
2
𝐹
= 𝑘𝑥 + 𝑉𝑔(𝜌 − 𝜌0 )
2

𝐹 = 2(𝑘𝑥 + (𝜌 − 𝜌0 )𝑉𝑔

Gabarito: E
(EsPCEx – 2019)
Duas esferas homogêneas A e B, unidas por um fio ideal na posição vertical, encontram-se em
equilíbrio estático completamente imersas em um líquido homogêneo em repouso de densidade 1
kg/dm³, contido em um recipiente apoiado na superfície da Terra, conforme desenho abaixo. As
esferas A e B possuem, respectivamente, as massas mA=1 kg e mB=5 kg.

113
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Sabendo que a densidade da esfera B é de 2,5 kg/dm³, o volume da esfera A é de Dado: considere a
aceleração da gravidade igual a 10 m/s².
[A] 2dm³ [B] 3 dm³ [C] 4 dm³
[D] 5 dm³ [E] 6 dm³

Comentários:

Fazendo o diagrama de forças em cada corpo, temos:

Para o corpo A:

𝐸𝐴 = 𝑃𝐴 + 𝑇

𝜌𝑉𝐴 𝑔 = 𝑚𝐴 𝑔 + 𝑇

10 + 𝑇 = 𝑉𝐴 ⋅ 1 ⋅ 10

10𝑉𝐴 = 10 + 𝑇 (𝑒𝑞. 1)

Para o corpo B:

𝐸𝐵 + 𝑇 = 𝑃𝐵

𝜌𝑉𝐵 𝑔 + 𝑇 = 5 ⋅ 10

114
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1 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 10 + 𝑇 = 50

Note que o volume de B é extraído pela densidade de B:


𝑚𝐵
𝑑𝐵 =
𝑉𝐵

5
2,5 =
𝑉𝐵

𝑉𝐵 = 2 𝑑𝑚3

Portanto:

2 ⋅ 10 + 𝑇 = 50

𝑇 = 30 𝑁

Substituindo em 1, temos:

10𝑉𝐴 = 10 + 30

10𝑉𝐴 = 40

𝑉𝐴 = 4 𝑑𝑚3

Gabarito: C
(Simulado EsPCEx)
Um bloco em formato de um cilindro reto tem comprimento 2𝑙 e é feito de dois materiais diferentes:
𝑑1 e 𝑑2 . A metade superior do cilindro tem densidade 𝑑1 e a outra 𝑑2 . O bloco flutua em um líquido
desconhecido de densidade 𝑑, com metade da parte superior submersa. Dessa forma, a relação
entre 𝑑 e 𝑑1 é representada por:

𝑑 𝑑 1
[A] 𝑑1 = [B] 𝑑1 = [C] 𝑑1 < 2 𝑑
4 2
1 3
[D] 𝑑1 < 4 𝑑 [E] 𝑑1 < 4 𝑑

Comentários:

Para o equilíbrio do corpo, temos:

115
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𝐸 = 𝑃1 + 𝑃2

3𝑙
𝑑⋅𝐴⋅ ⋅ 𝑔 = 𝐴 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑑1 ⋅ 𝑔 + 𝐴 ⋅ 𝑙 ⋅ 𝑑2 ⋅ 𝑔
2
3𝑑
𝑑2 = − 𝑑1
2
Como o bloco de densidade 𝑑2 fica por baixo, então 𝑑2 > 𝑑1. Logo:

3𝑑
− 𝑑1 > 𝑑1
2
3𝑑
> 2𝑑1
2
3𝑑
> 𝑑1
4

3
∴ 𝑑1 < 𝑑
4

Gabarito: E
(Simulado EsPCEx)
A figura logo a seguir representa dois corpos, A e B, sendo A um bloco de massa 𝑚, ligado por um
fio ideal que passa por uma roldana ideal, conectando ao corpo B. O corpo B é um cilindro
homogêneo de massa 𝑀 que está totalmente submerso em um líquido de densidade 𝑑 e em
equilíbrio. Sabe-se que o ângulo do plano inclinado é 𝜃 e que não existe atrito entre A e o plano
inclinado fixo. Sabendo a massa específica de A é 𝜌 e o volume de 𝐴 é igual ao volume de B, o volume
de B é dado por:

𝑀 𝑀 𝑀
[A] 𝑑+𝜌𝑡𝑔(𝜃) [B] 𝑑+𝜌𝑐𝑜𝑠(𝜃) [C] 𝑑+𝜌𝑠𝑒𝑛(𝜃)
𝑀𝑐𝑜𝑠(𝜃) 𝑀𝑠𝑒𝑛(𝜃)
[D] 𝑑+𝜌𝑡𝑔(𝜃) [E] 𝑑𝑐𝑜𝑠(𝜃)+𝜌

Comentários:

Fazendo o diagrama de corpo livre nos corpos, temos:

116
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Na direção normal ao plano inclinado, temos:

𝑁 = 𝑚𝑔𝑐𝑜𝑠(𝜃)

Na direção tangente ao plano inclinado, vem:

𝑇 = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃)

Para o corpo B na vertical, temos:

𝐸 + 𝑇 = 𝑀𝑔

𝐸 + 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑀𝑔

𝑑 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 + 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑀𝑔

𝑑 ⋅ 𝑉 + 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑒𝑛(𝜃) = 𝑀

𝑉(𝑑 + 𝜌𝑠𝑒𝑛(𝜃)) = 𝑀

𝑀
𝑉=
𝑑 + 𝜌𝑠𝑒𝑛(𝜃)

Gabarito: C
(Simulado EsPCEx)
No embolo menor, de diâmetro igual a 4,00 cm, é aplicada uma força de 16,0 N. Sabe-se que o
diâmetro do embolo maior é 20,0 cm e que a constante elástica da mola é de 80,0 N/cm. Se o líquido
que preenche o recipiente é incompressível, então a deformação da mola, em cm, é igual a:

[A] 4,00 [B] 4,25 [C] 4,50 [D] 4,75 [E] 5,00

117
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Comentários:

Pelo princípio de Pascal, temos:

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

𝐴2
𝐹2 = 𝐹1 ( )
𝐴1

𝜋𝑟22
𝐹2 = 16 ⋅
𝜋𝑟12

10 2
𝐹2 = 16 ⋅ ( )
2

𝐹2 = 16 ⋅ 52 𝑁

Mas 𝐹2 é a força que está comprimindo a mola. Logo:

𝐹2 = 𝑘Δ𝑥

16 ⋅ 25 = 80 ⋅ Δ𝑥

Δ𝑥 = 5 𝑐𝑚

Gabarito: E
(AFA – 2018)
Dois recipientes A e B, contendo o mesmo volume de água, são colocados separadamente sobre
duas balanças I e II, respectivamente, conforme indicado na figura a seguir.
A única diferença entre os recipientes A e B está no fato de que B possui um “ladrão” que permite
que a água escoe para um outro recipiente C, localizado fora das balanças. Em seguida, mergulha-
se, lentamente, sem girar e com velocidade constante, por meio de um fio ideal, em cada recipiente,
um cilindro metálico, maciço, de material não homogêneo, de tal forma que o seu eixo sempre se
mantém na vertical. Os cilindros vão imergindo na água, sem provocar variação de temperatura e
sem encostar nas paredes e nos fundos dos recipientes, de tal forma que os líquidos, nos recipientes
A e B, sempre estarão em equilíbrio hidrostático no momento da leitura nas balanças. O gráfico que
melhor representa a leitura L das balanças I e II, respectivamente, 𝐿𝐼 e 𝐿𝐼𝐼 , em função da altura h
submersa de cada cilindro é

A) B)

118
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C) D)

Comentários:

A força de empuxo equivale ao peso de água deslocado.

No primeiro caso temos a leitura da balança sendo composta pelo peso da água, somado ao peso
de água deslocado pelo cilindro, que vale 𝑔𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝐴ℎ, ou seja, é uma reta.

Já no segundo caso, a leitura é constante, pois o ganho em força de empuxo é idêntico à perda em
força peso da água que escoa pelo ladrão (lembre-se que a força de empuxo equivale ao peso de água
deslocado, logo o peso da água que escoa pelo ladrão e a força de empuxo do cilindro são iguais).

Gabarito: A
(AFA – 2016)
Um balão, cheio de um certo gás, que tem volume de 2,0 𝑚3 , é mantido em repouso a uma
determinada altura de uma superfície horizontal, conforme a figura abaixo.
Sabendo-se que a massa total do balão (incluindo o gás) é de 1,6 kg, considerando o ar como uma
camada uniforme de densidade igual a 1,3 kg/𝑚3 , pode-se afirmar que ao liberar o balão, ele
a) ficará em repouso na posição onde está.
b) subirá com uma aceleração de 6,25 𝑚/𝑠 2
c) subirá com velocidade constante.
d) descerá com aceleração de 6,25 𝑚/𝑠 2

Comentários:

A densidade do balão vale:

1,6
𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 = = 0,8 𝑘𝑔/𝑚3
2
Como o balão é mais leve que o ar, ele subirá e terá uma aceleração.

Para calcularmos essa aceleração temos que calcular a força de empuxo:

𝐹𝑒 = 𝑉𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝜌𝑎𝑟 𝑔

Já o peso do balão vale:

𝑃 = 𝑉𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝑔

119
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A força resultante agindo no balão vale:

𝐹 = 𝐹𝑒 − 𝑃 = 𝑉𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝑔(𝜌𝑎𝑟 − 𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 )

𝐹 = 𝑚𝑎 = 𝑉𝑏𝑎𝑙ã𝑜 𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 ⋅ 𝑎

Igualando as duas expressões:

𝜌𝑎𝑟 − 𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 0,5


𝑎= ⋅𝑔= ⋅ 10 = 6,25 𝑚/𝑠 2
𝜌𝑏𝑎𝑙ã𝑜 0,8

Gabarito: B
(AFA – 2014)
Um corpo homogêneo e maciço de massa 𝑀 e coeficiente de dilatação volumétrica constante 𝛾 é
imerso inicialmente em um líquido também homogêneo à temperatura de 00C, e é equilibrado por
uma massa 𝑚1 através de uma balança hidrostática, como mostra a figura abaixo.
Levando o sistema formado pelo corpo imerso e o líquido até uma nova temperatura de equilíbrio
térmico 𝑥, a nova condição de equilíbrio da balança hidrostática é atingida com uma massa igual a
𝑚2 , na ausência de quaisquer resistências.
Nessas condições, o coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido pode ser determinado por
𝑚 −𝑚
2 1 1 𝑀−𝑚 𝑚 −𝑚 1 𝑚−𝑚
a) ( 𝑀−𝑚 ) 𝑥 + (𝑀−𝑚1 ) 𝛾 1
b) ( 𝑀−𝑚 2
) 𝑥 + (𝑀−𝑚2 ) 𝛾
2 2 1 1

𝑀−𝑚1 1 𝑚2 −𝑚1 𝑀−𝑚2 1 𝑚1 −𝑚2


c) (𝑀−𝑚 ) 𝑥 + ( 𝑀−𝑚 ) 𝛾 d) (𝑀−𝑚 ) 𝑥 + ( 𝑀−𝑚 ) 𝛾
2 2 1 1

Comentários:

Questão bem complexa.

O volume inicial da esfera é V.

O volume final da esfera vale:

𝑉 ⋅ (1 + 𝛾𝑥)
A força de empuxo inicial da esfera vale

𝐹𝑒 = 𝑉 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔

Logo o peso que a balança marca vale:

𝑚1 𝑔 = 𝑀𝑔 − 𝐹𝑒 = 𝑀𝑔 − 𝑉 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔

De onde obtemos que:

𝑉 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 = (𝑀 − 𝑚1 )𝑔 (𝐼)

A força de empuxo final da esfera vale:

𝐹𝑒′ = 𝑉 ′ ⋅ 𝜌𝑙 ′ ⋅ 𝑔

120
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Sendo 𝛾𝑙 o coeficiente de dilatação volumétrica do líquido, temos que:

𝑉𝑙′ = 𝑉𝑙 ⋅ (1 + 𝛾𝑙 𝑥)

Como a densidade é inversamente proporcional:


𝜌𝑙
𝜌𝑙′ =
1 + 𝛾𝑙 𝑥

Logo:
𝜌𝑙
𝐹𝑒 ′ = 𝑉 ⋅ (1 + 𝛾𝑥) ⋅ ⋅𝑔
1 + 𝛾𝑙 𝑥

Logo o peso que a balança marca vale:


𝜌𝑙
𝑚2 𝑔 = 𝑀𝑔 − 𝐹𝑒 ′ = 𝑀𝑔 − 𝑉 ⋅ (1 + 𝛾𝑥) ⋅ ⋅𝑔
1 + 𝛾𝑙 𝑥

De forma que:

1 + 𝛾𝑙 𝑥
𝑉 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 = (𝑀 − 𝑚2 )𝑔 ⋅ ( ) (𝐼𝐼)
1 + 𝛾𝑥

Ou seja:

1 + 𝛾𝑙 𝑥
(𝑀 − 𝑚1 )𝑔 = (𝑀 − 𝑚2 )𝑔 ⋅ ( )
1 + 𝛾𝑥

(𝑀 − 𝑚1 )
1 + 𝛾𝑙 𝑥 = (1 + 𝛾𝑥)
(𝑀 − 𝑚2 )

(𝑀 − 𝑚1 ) (𝑀 − 𝑚1 ) + (𝑀 − 𝑚1 )𝛾𝑥 − (𝑀 − 𝑚2 )𝛾𝑥
𝛾𝑙 𝑥 = (1 + 𝛾𝑥) − 1 =
(𝑀 − 𝑚2 ) 𝑀 − 𝑚2

𝑀 − 𝑚1 (𝑚2 − 𝑚1 )𝛾𝑥
𝛾𝑙 𝑥 = ( )+
𝑀 − 𝑚2 𝑀 − 𝑚2

𝑀 − 𝑚1 1 (𝑚2 − 𝑚1 )
𝛾𝑙 = ( )⋅ + ⋅𝛾
𝑀 − 𝑚2 𝑥 (𝑀 − 𝑚2 )

Gabarito: C
(AFA – 2007)
Uma balança está em equilíbrio, no ar, tendo bolinhas de ferro num prato e rolhas de cortiça no
outro. Se esta balança for levada para o vácuo, pode-se afirmar que ela
a) penderia para o lado das bolinhas de ferro, pois a densidade do mesmo é maior que a densidade
da cortiça.

121
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b) não penderia para nenhum lado, porque o peso das bolinhas de ferro é igual ao peso das rolhas
de cortiça.
c) penderia para o lado das rolhas de cortiça, pois enquanto estava no ar o empuxo sobre a cortiça
é maior que o empuxo sobre o ferro.
d) não penderia para nenhum lado, porque no vácuo não tem empuxo.

Comentários:

No ar:

𝑁 + 𝐹𝑒𝐹 = 𝑃𝐹

𝑁 + 𝑉𝐹 𝜌𝑎𝑟 𝑔 = 𝑉𝐹 𝜌𝐹 𝑔 → 𝑁 = 𝑉𝐹 (𝜌𝐹 − 𝜌𝑎𝑟 )𝑔

Da mesma forma:

𝑁 = 𝑉𝐶 (𝜌𝐶 − 𝜌𝑎𝑟 )𝑔

𝑉𝐹 (𝜌𝐶 − 𝜌𝑎𝑟 )
𝑉𝐹 (𝜌𝐹 − 𝜌𝑎𝑟 )𝑔 = 𝑉𝐶 (𝜌𝐶 − 𝜌𝑎𝑟 )𝑔 → =
𝑉𝐶 (𝜌𝐹 − 𝜌𝑎𝑟 )

Já no vácuo:

𝑁𝐹 = 𝑉𝐹 𝜌𝐹 𝑔

𝑁𝐶 = 𝑉𝐶 𝜌𝐶 𝑔
𝜌
𝑁𝐹 (𝜌𝐶 − 𝜌𝑎𝑟 ) 𝜌𝐹 (1 − 𝜌𝑎𝑟 )
𝐶
= ⋅( )= 𝜌
𝑁𝐶 (𝜌𝐹 − 𝜌𝑎𝑟 ) 𝜌𝐶 𝑎𝑟
(1 − 𝜌 )
𝐹

𝜌𝑎𝑟 𝜌𝑎𝑟 𝑁
Como 𝜌𝐹 > 𝜌𝐶 → > → 𝑁𝐹 < 1
𝜌𝐶 𝜌𝐹 𝐶

Logo a balança pende para a cortiça.

Gabarito: C
(AFA – 2007)
Duas esferas 𝐴 e 𝐵 de mesmo volume, de materiais diferentes e presas por fios ideais, encontram-
se em equilíbrio no interior de um vaso com água conforme a figura
Considerando-se as forças peso (𝑃𝐴 e 𝑃𝐵 ), empuxo (𝐸𝐴 e 𝐸𝐵 ) e tensão no fio (𝑇𝐴 e 𝑇𝐵 ) relacionadas
a cada esfera, é INCORRETO afirmar que
a) 𝑃𝐴 > 𝑃𝐵 b) 𝐸𝐴 = 𝐸𝐵
c) 𝑇𝐴 + 𝑇𝐵 = 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 d) 𝑇𝐴 < 𝑇𝐵

Comentários:

122
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Lembrando a definição de empuxo, temos:

𝐸𝐴 = 𝐸𝐵 = 𝑉𝜌𝑙 𝑔

Além disso, como A afunda e B flutua:

𝜌𝐴 > 𝜌𝑙 > 𝜌𝐵

𝑃𝐴 = 𝑉𝜌𝐴 𝑔

𝑃𝐵 = 𝑉𝜌𝐵 𝑔

Logo:

𝑃𝐴 > 𝑃𝐵

Além disso:

𝑇𝐴 = 𝑃𝐴 − 𝐸𝐴

𝑇𝐵 = 𝐸𝐵 − 𝑃𝐵

E portanto:

𝑇𝐴 + 𝑇𝐵 = 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵

Logo a única alternativa que não é necessariamente verdadeira é a D. Veja que se tivermos a
densidade de A muito alta e a densidade de B próximo da densidade do líquido teríamos TA infinito
e TB zero.

Gabarito: D
(AFA – 2003)
Um estudante tendo encontrado um líquido estranho em sua casa, tentou descobrir o que era.
Inicialmente observou que esse era miscível em água, cuja densidade ele conhecia (𝑑á𝑔𝑢𝑎 =
1 𝑔/𝑐𝑚3 ), mas imiscível em óleo. Logo depois, colocou em vasos comunicantes, uma coluna de 10
cm de óleo sobre água, obtendo o equilíbrio mostrado na figura 1. Por fim derramou sobre o óleo,
conforme figura 2, uma coluna de 5 cm do líquido estranho, alcançando novamente o equilíbrio.

123
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Depois de fazer seus cálculos descobriu que a densidade do líquido estranho valia, em 𝑔/𝑐𝑚3 ,
a) 0,30. b) 0,40. c) 0,20. d) 0,50.

Comentários:

Na primeira figura, 10cm de óleo equivale a 20-15 = 5cm de água, logo a densidade do óleo é
metade da água.

Já na segunda, a altura da coluna de água da esquerda é h, como o volume de água não muda:

35 = ℎ + 20,5 → ℎ = 14,5 𝑐𝑚

Logo a diferença entre os níveis de água na segunda figura é 6 cm.

Dessa forma 6cm de água equivale a 10cm de óleo + 5cm do líquido. Como 10cm de óleo = 5 cm
de água, 5 cm do líquido é 1 cm de água, e a densidade do líquido vale 0,2g/cm 3

Gabarito: C
(EN – 2021)
A figura abaixo mostra o esquema de uma prensa hidráulica. Uma bomba manual é utilizada para
gerar uma força de intensidade 𝐹1, que é aplicada ao pistão menor, com diâmetro 2 cm, quando
aplicada uma força 𝐹𝑎 na extremidade da alavanca dessa bomba, cujas dimensões estão expressas
na figura acima. Uma mola, com constante de mola 1,5 × 104 𝑁/𝑚, está presa a uma viga, fixa e
rígida, e ao pistão maior, com diâmetro 20 cm. Desprezando o peso dos pistões, qual deve ser o
valor da força aplicada 𝐹𝑎 na alavanca para que a mola sofra uma compressão de 20 cm?

(A) 7,5 N (B) 15 N (C) 30 N (D) 300 N (E) 750 N

Comentários:

Considerando que os pistões estão na mesma altura, a pressão em ambos os pistões deve
ser a mesma e o torque na articulação deve ser nulo (equilíbrio). Então:

𝐹𝑎 ⋅ 0,4 = 𝐹1 ⋅ 0,1

124
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𝐹1 = 4𝐹𝑎

Pelo princípio de Pascal, temos:

𝐹1 𝐹2
2 =
𝜋𝑅1 𝜋𝑅22

𝑅2 2
𝐹2 = ( ) ⋅ 𝐹1
𝑅1

20 2
𝐹2 = ( ) ⋅ 4𝐹𝑎
2
𝐹2 = 400𝐹𝑎

No equilíbrio do pistão de área maior, temos:

𝐹2 = 𝑘 ⋅ 𝑥

400𝐹𝑎 = 1,5 ⋅ 104 ⋅ 0,2

𝐹𝑎 = 7,5 𝑁

Gabarito: A
(EN – 2021)
Uma esfera, sólida, maciça e homogênea, de raio 2 cm e massa 10 g, está presa por um fio ideal ao
fundo de um recipiente que contém água e óleo, como mostra a figura abaixo. Sabendo que 3/8 do
seu volume está imerso na água e o restante, imerso no óleo, qual a tensão no fio? (Dados: 𝑔 =10
𝑚/𝑠2; 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 1 𝑔/𝑐𝑚3; 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 0,9 𝑔/𝑐𝑚3; 𝜋 = 3).

(A) 0,1 N (B) 0,2 N (C) 0,3 N (D) 0,4 N (E) 0,5 N

Comentários:

Fazendo a condição de equilíbrio, temos:

𝑇 + 𝑃 = 𝐸ó𝑙𝑒𝑜 + 𝐸á𝑔𝑢𝑎

Note que para o fio estar esticado, a tração no fio deve estar para baixo. Então:

125
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5 4 3 4
𝑇 + 0,01 ⋅ 10 = ⋅ ( 𝜋 ⋅ 0,023 ) ⋅ 900 ⋅ 10 + ⋅ ( ⋅ 𝜋 ⋅ 0,023 ) ⋅ 1000 ⋅ 10
8 3 8 3

𝑇 = 0,2 𝑁

Gabarito: B
(EN – 2019)
Observe as figuras abaixo.

As figuras mostram uma balança de dois pratos em dois instantes diferentes, A figura 1 mostra um
recipiente cheio de água, de densidade 𝑝𝑎 , equilibrado por um peso 𝑃. Na figura 2, um cubo de
aresta a e densidade 𝑝𝑐 , pendurado num fio, é mergulhado inteiramente na água do mesmo
recipiente sem tocar seu fundo. Que massa foi adicionada ao prato da balança (figura 2) para que o
equilíbrio fosse restabelecido?
a) 𝑃𝑐 𝑎3 b) (𝑃𝑐 − 𝑃𝑎 / 2) 𝑎3 c) 𝑃𝑎 𝑎3
d) (𝑝𝑐 + 𝑝𝑎 )𝑎3 e) (𝑝𝑐 − 𝑝𝑎 )𝑎3

Comentários:

Na primeira figura:

𝑃 = 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑔

Na segunda figura:

𝑇 + 𝐹𝑒 = 𝑚𝑐𝑢𝑏𝑜 𝑔 → 𝑇 = 𝑚𝑐𝑢𝑏𝑜 𝑔 − 𝜌𝑎 𝑎3 𝑔

𝑃′ = 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑔 + 𝑚𝑐𝑢𝑏𝑜 𝑔 − 𝑇 = 𝑚á𝑔𝑢𝑎 𝑔 + 𝜌𝑎 𝑎3 𝑔

Logo:

𝑚𝑔 = 𝑃′ − 𝑃 = 𝜌𝑎 𝑎3 𝑔

𝑚 = 𝜌𝑎 𝑎3

Gabarito: C
(EN – 2019)
Suponha que certa esfera de superfície impermeável possui volume variando inversamente com a
pressão hidrostática do local onde se encontra imersa, ou seja, V(p) = k/p metros cúbicos, com

126
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k = 105 N.m e a pressão p em pascal. Mergulhada na água do mar, a esfera submerge até
lentamente entrar em equilíbrio numa profundidade onde a densidade da água do mar é de
1,05 g/cm3 e a pressão hidrostática igual a 52,5MPa. Sendo assim, qual a massa da esfera, em kg?
a) 2,00 b) 1,05 c) 0,85 d) 0,53 e) 0,25

Comentários:

Pela condição de equilíbrio, temos:

𝐹𝑒 = 𝑚𝑔

𝑉𝜌𝑎 𝑔 = 𝑚𝑔

𝑘
𝜌 =𝑚
𝑃 𝑎
105 ⋅ 1050
𝑚= = 2 𝑘𝑔
52,5 ⋅ 106

Gabarito: A
(EN – 2018)
Analise a figura abaixo.

A figura acima mostra um objeto flutuando na água contida em um vaso sustentado por duas molas
idênticas, de constante elástica desconhecida. Numa situação de equilíbrio, em que esse vaso de
massa desprezível, contém somente a água, as molas ficam comprimidas de 𝑥. Quando o objeto,
cujo volume é 1/30 do volume da água, é inserido no vaso, as molas passam a ficar comprimidas de
𝑥’. Sabendo que, no equilíbrio, 60% do volume do objeto fica submerso, qual a razão 𝑥’/𝑥?
a) 1,06 b) 1,05 c) 1,04 d) 1,03 e) 1,02

Comentários:

No equilíbrio:

0,6𝑉𝑜 𝜌𝑎 𝑔 = 𝑉𝑜 𝜌𝑜 𝑔 → 𝜌𝑜 = 0,6𝜌𝑎

𝑘𝑥 = 𝑉𝑎 𝜌𝑎 𝑔

127
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0,6
𝑘𝑥 ′ = 𝑘𝑥 + 𝐹𝑒 = 𝑉𝑎 𝜌𝑎 𝑔 + 0,6𝑉𝑜𝑏𝑗 𝜌𝑎 𝑔 = (1 + ) 𝑉 𝜌 𝑔 = 1,02𝑘𝑥
30 𝑎 𝑎

Gabarito: E
(EN – 2017)
Analise a figura abaixo.

Na figura acima, tem-se a representação de um tubo em “U" que contém dois líquidos imiscíveis, 1
e 2. A densidade do líquido menos denso é d. A figura também exibe duas esferas maciças, A e B,
de mesmo volume, que estão ligadas por um fio ideal tensionado. A esfera A está totalmente imersa
no líquido 1 e a esfera B tem 3/4 de seu volume imerso no líquido 2. Sabendo que as esferas estão
em equilíbrio estático e que a esfera A tem densidade 2d/3, qual a densidade da esfera B?
a) 7d/6 b) 4d/3 c) 3d/2 d) 5d/3 e) 2d

Comentários:

Da figura:

5
3𝑑2 = 5𝑑 → 𝑑2 = 𝑑
3
Pelo equilíbrio em A:

𝑃𝐴 + 𝑇 = 𝐹𝑒𝐴 → 𝑉𝜌𝐴 𝑔 + 𝑇 = 𝑉𝑑𝑔

2 1
𝑉𝑑𝑔 + 𝑇 = 𝑉𝑑𝑔 → 𝑇 = 𝑉𝑑𝑔
3 3
Pelo equilíbrio em B:

1 1 3 7 3 11
𝑇 + 𝐹𝑒𝐵 = 𝑃𝐵 → 𝑉𝑑𝑔 + 𝑉𝑑𝑔 + 𝑉𝑑2 𝑔 = 𝑉𝑑𝐵 𝑔 → 𝑑𝐵 = 𝑑 + 𝑑2 = 𝑑
3 4 4 12 4 6
Gabarito: S/A
(EN – 2017)
Dois balões meteorológicos são lançados de um helicóptero parado a uma altitude em que a
densidade do ar é ρo = 1,0 kg/m3 . Os balões, de pesos desprezíveis quando vazios, estão cheios

128
AULA 04 – Hidrostática
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de ar pressurizado tal que as densidades do ar em seus interiores valem ρ1 = 10 kg/m3 (balão de


volume V1 ) e ρ2 = 2,5 kg/m3 (balão de volume V2 ). Desprezando a resistência do ar, se a força
resultante atuando sobre cada balão tiver o mesmo módulo, a razão V2 / V1 , entre os volumes dos
balões, será igual a
a) 7,5 b) 6,0 c) 5,0 d) 2,5 e) 1,0

Comentários:

Calculando a força resultante no corpo, temos:

𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑃1 − 𝐹𝑒1 = 𝑃2 − 𝐹𝑒2

𝑉1 𝜌1 𝑔 − 𝑉1 𝜌𝑜 𝑔 = 𝑉2 𝜌2 𝑔 − 𝑉2 𝜌𝑜 𝑔

𝑉2 𝜌1 − 𝜌𝑜 9
= = =6
𝑉1 𝜌2 − 𝜌𝑜 1,5

Gabarito: B
(EN – 2016)
Um submarino da Marinha Brasileira da classe Tikuna desloca uma massa de água de 1586
toneladas, quando está totalmente submerso, e 1454 toneladas, quando está na superfície da água
do mar. Quando esse submarino está na superfície, os seus tanques de mergulho estão cheios de ar
e quando está submerso, esses tanques possuem água salgada. Qual a quantidade de água salgada,
em m3 , que os tanques de mergulho desse submarino devem conter para que ele se mantenha
flutuando totalmente submerso?
Dados: Densidade da água do mar = 1,03g/cm3 .
Despreze o peso do ar nos tanques de mergulho .
a) 105 b) 128 c) 132 d) 154 e) 178

Comentários:

Sendo V o volume dos tanques:

𝑚𝑔 = 1454𝜌𝑎 𝑔

Para que o submarino flutue submerso:

𝑚𝑔 + 𝑉𝜌𝑎 𝑔 = 1586𝜌𝑎 𝑔

𝑉𝜌𝑎 𝑔 = 132𝜌𝑎 𝑔

𝑉 = 132𝑚3

Gabarito: C
(EN – 2016)
Analise a figura abaixo.

129
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A figura acima ilustra dois blocos de mesmo volume, mas de densidades diferentes, que estão em
equilíbrio estático sobre uma plataforma apoiada no ponto A, ponto esse que coincide com o centro
de massa da plataforma. Observe que a distância em relação ao ponto A é 3,0cm para o bloco 1,
cuja densidade é de 1,6g/cm3 , e 4,0cm para o bloco 2. Suponha agora que esse sistema seja
totalmente imerso em um liquido de densidade 1,1g/cm3 . Mantendo o bloco 2 na mesma posição
em relação ao ponto A, a que distância, em cm, do ponto A deve-se colocar o bloco 1 para que o
sistema mantenha o equilíbrio estático?
a) 3,0 b) 2,5 c) 1,8 d) 0,8 e) 0,5

Comentários:

No primeiro experimento:

1,6
3𝑉𝜌1 𝑔 = 4𝑉𝜌2 𝑔 → 𝜌2 = 3 ⋅ = 1,2 𝑔/𝑐𝑚3
4
No segundo experimento:

𝑉(𝜌1 − 𝜌𝑙 )𝑔𝑥 = 4𝑉(𝜌2 − 𝜌𝑙 )𝑔

0,1
𝑥 =4⋅ = 0,8 𝑐𝑚
0,5

Gabarito: D
(EN – 2014)
Uma embarcação de massa total m navega em água doce (rio) e também em água salgada (mar).
Em certa viagem, uma carga foi removida da embarcação a fim de manter constante seu volume
submerso, quando da mudança do meio líquido em que navegava. Considere dm e dr as densidades
da água do mar e do rio, respectivamente. Qual a expressão matemática para a massa da carga
removida e o sentido da navegação?
dm −dr dm −dr
a) m( ) , do mar para o rio. b) m( ), do mar para o rio.
dr dm
dr −dm dr −dm
c) m( ), do rio para o mar. d) m ( ), do mar para o rio.
dr dm
dm +dr
e) m( ), do rio para o mar.
dr

Comentários:

Como a densidade da água doce é menor, o navio afunda mais, correto? Para ele afundar menos
teríamos que remover carga. Logo o navio passa do mar para o rio.

130
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Na água do mar:
𝑚
𝑚𝑔 = 𝑉𝑑𝑚 𝑔 → 𝑉 =
𝑑𝑚

No rio:

𝑚𝑑𝑟
(𝑚 − 𝑚′ )𝑔 = 𝑉𝑑𝑟 𝑔−→ 𝑚 − 𝑚′ =
𝑑𝑚

Consequentemente:

𝑚𝑑𝑟 𝑚(𝑑𝑚 − 𝑑𝑟 )
𝑚′ = 𝑚 − =
𝑑𝑚 𝑑𝑚

Gabarito: B
(EN – 2015)
Analise o gráfico abaixo.

Uma pequena esfera é totalmente imersa em meio líquido de densidade PLiq então, liberada a partir
do repouso. A aceleração da esfera é medida para vários líquidos, sendo o resultado apresentado
no gráfico acima. Sabendo que o o volume da esfera é 3,0 x 10−3 m3 , a massa da esfera, em Kg, é
a) 2,0 b) 3,5 c) 4,0 d) 5,5 e) 7,5

Comentários:

Pela segunda lei de Newton para a esfera:

𝑚𝑎 = 𝐹𝑒 − 𝑚𝑔

𝑉𝜌𝑒 𝑎 = 𝑉(𝜌𝑙 − 𝜌𝑒 )𝑔
𝜌𝑙 − 𝜌𝑒
𝑎= 𝑔
𝜌𝑒

131
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Para 𝑎 = 0 → 𝜌𝑙 = 𝜌𝑒 = 2,5 𝑔/𝑐𝑚3 (𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜)

Logo:

𝑚 = 𝑉𝜌𝑒 = 3 ⋅ 10−3 ⋅ 2500 = 7,5 𝑘𝑔

Gabarito: E
(EN – 2012)
Uma balança encontra-se equilibrada tendo, sobre seu prato direito, um recipiente contendo
inicialmente apenas água. Um cubo sólido e uniforme, de volume 5,0 cm3 , peso 0,2 N e pendurado
por um fio fino é, então, lentamente mergulhado na água até que fique totalmente submerso.
Sabendo que o cubo não toca o fundo do recipiente, a balança estará equilibrada se for
acrescentado um contrapeso, em newtons, igual a
Dados: g = 10 m/s2 ; massa especifica da água = 1,0 g/cm3 .
a) zero, pois a balança se mantém equilibrada. b) 0,50, colocado sobre o prato direito.
c) 0,20, colocado sobre o prato esquerdo. d) 0,15, colocado sobre o prato direito.
e) 0,050, colocado sobre o prato esquerdo.

Comentários:

A diferença de entre as normais nas balanças é justamente devido ao empuxo do liquido no corpo.

𝑁 ′ − 𝑁 = 𝐹𝑒 = 𝑉𝜌𝑙 𝑔 = 5 ⋅ 1 ⋅ 10 ⋅ 10−3 = 0,05 𝑁

A massa será sobre o prato esquerdo pois a força de empuxo aumentará a medida

Gabarito: E
(EN – 2012)
Uma esfera, de peso P newtons e massa específica μ, está presa ao fundo de um recipiente por meio
de um fio ligado a um dinamômetro D, de massas desprezíveis. A esfera encontra-se totalmente
submersa em água de massa específica μagua = 2μ, conforme a figura. Nessas condições, a leitura
do dinamômetro em função do peso P é dada por

a) P/4 b) P/2 c) 2P/3 d) P e) 2P

Comentários:

Pela condição de equilíbrio, temos:

132
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𝑇 + 𝑃 = 𝐹𝑒

𝑇 = 𝐹𝑒 − 𝑃 = 𝑉𝜇𝑎𝑔𝑢𝑎 𝑔 − 𝑉𝜇𝑔 = 2𝑉𝜇𝑔 − 𝑉𝜇𝑔 = 𝑉𝜇𝑔 = 𝑃

Gabarito: D
(EN – 2011)
Duas esferas carregadas (consideradas cargas elétricas pontuais) possuem massas desprezíveis. A
de cima possui carga elétrica q i = + 3,0µC e a de baixo possui carga elétrica q = − 4,0 µC. As
duas esferas estão presas a fios ideais; um dos fios está preso ao teto e o outro preso a um cilindro
maciço de massa específica igual a 8,0g/cm3 e volume igual a 1, 5.10−4 m3 . O cilindro está
parcialmente imerso em água (massa específica igual a 1,0 g/ cm3 ) e em equilíbrio, de acordo com
a figura abaixo. A distância entre as esferas é de 10 cm e o meio entre elas tem comportamento de
vácuo. O volume imerso do cilindro em relação ao seu volume total, em porcentagem,
é Dados: ⃗⃗⃗⃗⃗
|g| = 10m/s 2 e K 0 = 9,0 . 109 N . m2 /C2

a) 70% b) 74% c) 78% d) 80% e) 82%

Comentários:

Pela segunda lei de Newton no cilindro:

𝐹𝑒𝑙𝑒 + 𝐹𝑒𝑚𝑝 = 𝑚𝑔

𝑘|𝑞1 ||𝑞2 |
+ 𝑉𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝜌𝑙 𝑔 = 𝑉𝜌𝑐 𝑔
𝑑2
9 ⋅ 109 ⋅ 3 ⋅ 10−6 ⋅ 4 ⋅ 10−6 𝑉𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
−2
+( ) ⋅ 1,5 ⋅ 10−4 ⋅ 1000 ⋅ 10 = 1,5 ⋅ 10−4 ⋅ 8000 ⋅ 10
10 𝑉
𝑉𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
1,5 ( ) = 12 − 10,8
𝑉
𝑉𝑖𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜
( ) = 0,8
𝑉

Gabarito: D
(EN – 2011)
O sistema hidráulico da figura abaixo consiste em dois êmbolos, de massas desprezíveis, de áreas
A1 e A2 , fechando completamente as aberturas de um tubo em U cilíndrico. O óleo no interior do

133
AULA 04 – Hidrostática
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tubo está contaminado com certa quantidade de álcool etílico, formando assim uma pequena
coluna de altura h logo abaixo do embolo de área A2 = 5A1 . Considere os líquidos incompressíveis.
Para que os embolos estejam à mesma altura H, um pequeno bloco de massa m = 30 gramas foi
colocado sobre o embolo de área maior. O volume, em litros, de álcool etílico no interior do tubo é
Dados: 𝜇á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 = 0, 80g/cm3 ; µóleo = 0, 90 g/ cm3 .

a) 0,20 b) 0,30 c) 0,50 d) 1,0 e) 1,5

Comentários:

Pela lei de Stevin, temos:


𝑚𝑔
ℎ𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔 = ℎ𝜌á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑔 +
𝐴2

0,03
900ℎ = 800ℎ +
𝐴2

ℎ𝐴2 = 3 ⋅ 10−4 𝑚3 = 𝑉á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙

Gabarito: B
(EN – 2010)
A densidade absoluta (ou massa específica) Po do cilindro sólido de altura 𝐇 e área das bases 𝐀 é
tal que, quando em equilíbrio no fluido de densidade absoluta 𝐩, flutua mantendo a base superior
a uma altura 𝐡 acima da superfície livre do líquido, como mostra a figura abaixo. Sabendo que, para
ficar submerso, a densidade absoluta do cilindro deve ser 25% maior que Po , podemos afirmar que
a razão h/H é igual a

a) 4 ⁄ 5 b) 1 ⁄ 4 c) 1 ⁄ 5 d) 1 ⁄ 8 e) 1 ⁄ 10

Comentários:

Para ele ficar submerso:

134
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𝐴𝐻(1,25𝜌0 )𝑔 = 𝐹𝑒 = 𝐴𝐻𝜌 → 𝜌 = 1,25𝜌0

Na primeira imagem:

𝐻
𝐴𝐻𝜌0 𝑔 = (𝐻 − ℎ)𝐴𝜌𝑔 → 𝐻𝜌0 = (𝐻 − ℎ)1,25𝜌0 → ℎ =
5
Gabarito: C
(EN – 2009)
Dois vasos cilíndricos idênticos C1 e C2 flutuam na água em posição vertical, conforme indica a
figura. O vaso C1 contém um líquido de massa específica Ρ1 e o vaso C2 , um líquido de massa
específica Ρ2 . O gráfico mostra como h varia com x, onde h é a altura submersa de cada vaso e x é
a altura da coluna de líquido dentro de cada vaso. Sendo assim, qual a razão Ρ1 / Ρ2 ?

√3 2 √3 √2 1
a) b) 3 c) d) e) 3
2 3 3

Comentários:

Pela primeira condição de equilíbrio, temos:

𝜌1
𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝑔ℎ1 = 𝜌1 𝑔𝑥1 → ℎ1 = ( )𝑥
𝜌á𝑔𝑢𝑎 1

Da mesma forma:

𝜌2
ℎ2 = ( )𝑥
𝜌á𝑔𝑢𝑎 2

O termo em parênteses vale a inclinação do gráfico, dessa forma:

𝜌2 tan 30° 1
= =
𝜌1 tan 60° 3

Gabarito: E
(EFOMM – 2021)
Considere um corpo cúbico de lado 20 cm, massa de 20 g e uniformemente carregado, localizado
nas proximidades da superfície terrestre. Não despreze o ar, e considere sua densidade igual a 1,2

135
AULA 04 – Hidrostática
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kg/m3. Se na região existe um campo elétrico uniforme voltado para cima de modulo 52 N/C. Qual
deve ser a carga para que o corpo fique suspenso em equilíbrio no ar? Dado 𝑔 = 10,0 𝑚/𝑠²
(A) 1,0 mC (B) 2,0 mC (C) 4,0 mC (D) 6,0 mC (E) 8,0 mC

Comentários:

A força de empuxo vale:

𝐸 = 𝜌𝑎𝑟 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 = 1,2 ⋅ 10 ⋅ 0,23 = 0,096 𝑁

A força peso vale:

𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑔 = 0,02 ⋅ 10 = 0,2 𝑁

Logo, a força elétrica, para condição de equilíbrio, vale:

𝐹𝑒𝑙𝑒 = 𝑃 − 𝐸

𝐹𝑒𝑙𝑒 = 0,104 𝑁

𝑞 ⋅ 𝐸𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 = 0,104

𝑞 ⋅ 52 = 0,104

𝑞 = 2 ⋅ 10−3 𝐶

𝑞 = 2 𝑚𝐶

Gabarito: B
(EFOMM – 2021)
Um balão de volume 𝑉 = 50 𝑙 está cheio de gás hélio e amarrado por uma corda de massa
desprezível a um pequeno objeto de massa 𝑚. Esse balão encontra-se em um ambiente onde a
temperatura é de 27°C e a pressão vale 1 atm. Considerando-se que a pressão no interior do balão
seja de 2 atm e que o gás está em equilíbrio térmico com o exterior, qual deve ser o menor valore
da massa 𝑚, para que o balão permaneça em repouso? (Dados: Massa molar do ar = 29 g/mol;
massa
molar do gás Hélio = 4,0 g/mol; constante universal dos gases R=0,082 atm.l/mol.K; considere a
massa do material que reveste o balão desprezível e todos os gases envolvidos no problema gases
ideais.)
(A) 16 g (B) 22 g (C) 29 g (D) 37 g (E) 43 g

Comentários:

Para a condição de equilíbrio, temos:

𝐸𝑎𝑟 = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝜌𝑎𝑟 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑔 + 𝑚𝐻𝑒 ⋅ 𝑔

136
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𝜌𝑎𝑟 ⋅ 𝑉 = 𝑚 + 𝜌𝐻𝑒 ⋅ 𝑉

Mas, a densidade de gás é dada por:

𝑃𝑀
𝜌=
𝑅𝑇
Logo:

𝑃𝑎𝑟 𝑀𝑎𝑟 𝑃𝐻𝑒 𝑀𝐻𝑒


𝑚=( − )⋅𝑉
𝑅𝑇 𝑅𝑇
Substituindo, temos:

1 ⋅ 29 2⋅4
𝑚=( − ) ⋅ 50
0,082 ⋅ (273 + 27) 0,082 ⋅ (273 + 27)

𝑚 ≈ 43 𝑔

Gabarito: E
(EFOMM – 2021)
A figura mostra um recipiente que contém gás (porção à esquerda) em equilíbrio com um fluido de
densidade 104 𝑘𝑔/𝑚3 (porção à direita). As alturas ocupadas pelo fluido nas colunas do recipiente
são h1 = 10 cm e h2 = 30 cm. A coluna da direita está em contato com a atmosfera

Sabendo-se que a aceleração da gravidade é de 10 m/s², podemos afirmar que a diferença entre o
valor da pressão do gás no compartimento e o valor da pressão atmosférica é de
(A) 2,1 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 (B) 2,0 ⋅ 106 𝑁/𝑚2 (C) 1,2 ⋅ 105 𝑁/𝑚2
(D) 3,0 ⋅ 104 𝑁/𝑚2 (E) 2,0 ⋅ 104 𝑁/𝑚2

Comentários:

Pelo teorema de Stevin, tomando na linha da interface entre gás e fluido, temos:

𝑃𝑔á𝑠 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ

𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ = 𝑃𝑔á𝑠 − 𝑃𝑎𝑡𝑚

137
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Substituindo valores, vem:

104 ⋅ 10 ⋅ 0,2 = 𝑃𝑔á𝑠 − 𝑃𝑎𝑡𝑚

𝑃𝑔á𝑠 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 2 ⋅ 104 𝑁/𝑚2

Gabarito: E
(EFOMM – 2020)
Uma esfera de densidade 𝜌𝑒𝑠𝑓 está próxima à superfície de um lago calmo e totalmente submersa
quando é solta, demorando 4,0 s para atingir a profundidade de h = 40,0 m. Suponha que a
densidade do lago seja 𝜌𝐻2 𝑂 = 10³ 𝑘𝑔/𝑚³. Qual é, então, a densidade da esfera? Considere g = 10,0
m/s².
a) 0,5 x 10³ Kg/m³ b) 1,0 x 10³ Kg/m³ c) 2,0 x 10³ Kg/m³
d) 4,0 x 10³ Kg/m³ e) 8,0 x 10³ Kg/m³

Comentários:

Pela segunda lei de Newton na esfera:


𝜌𝑒 − 𝜌𝑙
𝑚𝑎 = 𝑃 − 𝐹𝑒 = 𝑉(𝜌𝑒 − 𝜌𝑙 )𝑔 = 𝑉𝜌𝑒 𝑎 → 𝑎 = 𝑔
𝜌𝑒

𝑎𝑡 2 2𝐻 𝜌𝑙
𝐻= → 𝑎 = 2 = (1 − ) 𝑔
2 𝑡 𝜌𝑒

𝜌𝑙 1000
→ 𝜌𝑒 = = = 2000 𝑘𝑔/𝑚3
2𝐻 80
1 − 2 1 − 160
𝑔𝑡

Gabarito: C
(EFOMM – 2019)
Um mergulhador entra em um grande tanque cheio de água, com densidade 𝜌 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 , tendo
em uma das mãos um balão cheio de ar. A massa molar do ar contido no balão é de 𝑀 =
29,0 𝑥10−3 𝐾𝑔/𝑚𝑜𝑙. Considere que a temperatura da água é 282 K e o balão permanece em
equilíbrio térmico com a água. Considerando que o tanque está ao nível do mar, a que profundidade
a densidade do ar do balão é de 1,5 𝑘𝑔/𝑚3 ?
a) 1,0 m b) 1,5 m c) 2,0 m d) 2,5 m e) 3,0 m

Comentários:

A pressão a uma altura H abaixo da água é:

𝑃 = 𝑃𝑎 + 𝜌𝑙 𝑔𝐻

Pela equação de Clapeyron:

138
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𝜌𝑅𝑇
𝑃𝑉 = 𝑛𝑅𝑇 → 𝑃𝑉𝑀 = 𝑚𝑅𝑇 → 𝑃𝑀 = 𝜌𝑅𝑇 → 𝑃 = = 121𝑘𝑃𝑎
𝑀
𝜌𝑙 𝑔𝐻 = 21000 → 𝐻 = 2,1𝑚

Gabarito: C
(EFOMM – 2018)
Em um recipiente contendo dois líquidos imiscíveis, com densidade ρ1 = 0,4 g/cm³ e ρ2 = 1,0 g/cm³,
é mergulhado um corpo de densidade ρc = 0,6 g/cm³, que flutua na superfície que separa os dois
líquidos (conforme apresentado na figura). O volume de 10,0 cm³ do corpo está imerso no fluido de
maior densidade. Determine o volume do corpo, em cm³, que está imerso no fluido de menor
densidade.

a) 5,0 b) 10,0 c) 15,0 d) 20,0 e) 25,0

Comentários:

Na condição de equilíbrio, temos:

𝐹𝑒1 + 𝐹𝑒2 = 𝑃

𝑉1 𝜌1 𝑔 + (𝑉 − 𝑉1 )𝜌2 𝑔 = 𝑉𝜌𝑐 𝑔

0,4𝑉1 + (𝑉 − 𝑉1 ) = 0,6𝑉

2
𝑉1 = 𝑉
3
1
𝑉2 = 𝑉
3
𝑉1 = 2𝑉2 = 20 𝑐𝑚3

Gabarito: D
(EFOMM – 2017)
O tipo de manômetro mais simples é o de tubo aberto, conforme a figura abaixo. Uma das
extremidades do tubo está conectada ao recipiente que contém um gás a uma pressão pgás, e a
outra extremidade está aberta para a atmosfera. O líquido dentro do tubo em forma de U é o
mercúrio, cuja densidade é 13,6 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3 . Considere as alturas h1 = 5,0 cm e h2 = 8,0 cm. Qual
é o valor da pressão manométrica do gás em pascal?
Dado: g = 10 m/s².

139
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a) 4,01 ⋅ 103 b) 4,08 ⋅ 103 c) 40,87 ⋅ 102


d) 4,9 ⋅ 104 e) 48,2 ⋅ 102

Comentários:

Pela definição de pressão manométrica, temos:

𝑃𝑚𝑎𝑛𝑜𝑚é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎,𝑔á𝑠 = 𝜌𝑔(h2 − ℎ1 ) = 13600 ⋅ 10 ⋅ 3 ⋅ 10−2 = 4,08 ⋅ 103 𝑃𝑎

Gabarito: B
(EFOMM – 2017)
Considere uma bolinha de gude de volume igual a 10 cm3 e densidade 2,5 g/cm3 presa a um fio
inextensível de comprimento 12 cm, com volume e massa desprezíveis. Esse conjunto é colocado
no interior de um recipiente com água. Num instante t0, a bolinha de gude é abandonada de uma
posição (1) cuja direção faz um ângulo 𝜃 = 40° com a vertical conforme mostra a figura a seguir. O
módulo da tração no fio, quando a bolinha passa pela posição mais baixa (2) a primeira vez, vale
0,25 N. Determine a energia cinética nessa posição anterior.
Dados: págua = 1000 kg/m3; e g = 10m/s2.

a) 0,0006 J b) 0,006 J c) 0,06 J d) 0,6 J e) 6,0 J

Comentários:

O peso da bolinha vale:

𝑃 = 𝑉 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 = 10 ⋅ 2,5 ⋅ 10−3 ⋅ 10 = 0,25𝑁

𝐹𝑐 = 𝑇 + 𝐹𝑒 − 𝑃 = 0,25 + 10 ⋅ 1 ⋅ 10−3 ⋅ 10 − 0,25 = 0,1𝑁

140
AULA 04 – Hidrostática
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𝑚𝑣 2 𝑚𝑣 2 𝐹𝑐 𝑅
𝐹𝑐 = → = = 0,006 𝐽
𝑅 2 2
Gabarito: B
(EFOMM – 2017)
O esquema a seguir mostra duas esferas presas por um fio fino aos braços de uma balança. A esfera
2 tem massa m2 = 2,0 g, volume V2 = 1,2 cm³ e encontra-se totalmente mergulhada em um
recipiente com água. Considerando a balança em equilíbrio, qual é o valor da massa m1 da esfera
1, em gramas?
Dados: págua = 1000 kg/m³; e g = 10 m/s².

a) 0,02 b) 0,08 c) 0,2 d) 0,8 e) 0,82

Comentários:

Considerando que os braços da balança tenham o mesmo tamanho:

𝑃1 = 𝑃2 − 𝐹𝑒2

𝑚1 = 𝑚2 − 𝑉2 𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 2 − 1,2 = 0,8𝑔

Gabarito: D
(EFOMM – 2016)
Um tubo em forma de U, aberto nas duas extremidades, possui um diâmetro pequeno e constante.
Dentro do tubo há dois líquidos A e B, incompressíveis, imiscíveis, e em equilíbrio. As alturas das
colunas dos líquidos, acima da superfície de separação, são HA = 35,0 cm e HB = 50,0 cm. Se a
densidade de A vale ρA = 1,4 g/cm3, a densidade do líquido B, em g/cm3 , vale

a) 0,980 b) 1,00 c) 1,02 d) 1,08 e) 1,24

Comentários:

Tomando no nível de referência na interface entre os líquidos, temos:

𝐻𝑎 35
𝜌𝑎 𝐻𝑎 = 𝜌𝑏 𝐻𝑏 → 𝜌𝑏 = 𝜌𝑎 ( ) = 1,4 ⋅ = 0,98 𝑔/𝑐𝑚3
𝐻𝑏 50

141
AULA 04 – Hidrostática
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Gabarito: A
(EFOMM – 2016)
Uma pessoa de massa corporal igual a 100 kg, quando imersa em ar na temperatura de 20°C e à
pressão atmosférica (1 atm), recebe uma força de empuxo igual a 0,900N. Já ao mergulhar em
determinado lago, permanecendo imóvel, a mesma pessoa consegue flutuar completamente
submersa. A densidade relativa desse lago, em relação à densidade da água (4°C), é
Dados: densidade do ar (1atm, 20°C) = 1,20 kg/m³ e densidade da água (4°C) = 1,00 g/cm³.
a) 1,50 b) 1,45 c) 1,33 d) 1,20 e) 1,00

Comentários:

A densidade do lago é a mesma da pessoa:

𝑚 𝑚𝜌𝑎𝑟 𝑔 100 ⋅ 1,2 ⋅ 10


𝐹𝑒 = 𝑉𝜌𝑎𝑟 𝑔 = ( ) 𝜌𝑎𝑟 𝑔 → 𝜌 = = = 1,33 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3
𝜌 𝐹𝑒 0,9

Gabarito: C
(EFOMM – 2015)
Uma boia encarnada homogênea flutua em um lago de água doce, considerada pura, com metade
de seu volume submerso. Quando transferida para uma determinada região de água salgada, a
mesma boia passa a flutuar com 48% de seu volume submerso. Qual é, então, a salinidade dessa
água? Considere a densidade da água pura como 1,000 kg/L e que a adição de sal não altera o
volume da solução.
a) 35 g/L. b) 42 g/L. c) 48 g/L. d) 52 g/L. e) 63 g/L.

Comentários:

Aplicando o equilíbrio nas duas condições, temos:

0,5𝑉𝜌𝑑𝑜𝑐𝑒 𝑔 = 𝑉𝜌𝑔

0,48𝜌𝑠𝑎𝑙𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑔 = 𝑉𝜌𝑔

Igualando os termos, vem:

50
𝜌𝑠𝑎𝑙𝑔𝑎𝑑𝑎 = 𝜌 = 1,042 𝑘𝑔/𝑐𝑚3
48 𝑑𝑜𝑐𝑒
𝑆𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 42 𝑔/𝐿

Gabarito: B
(EFOMM – 2015)

142
AULA 04 – Hidrostática
Prof. Toni Burgatto

Um sistema de transferência de água por meio de tubulações localizadas embaixo dos tanques
estabilizou com diferença de nível entre os dois tanques, conforme a figura abaixo. O tanque
número 1 é aberto para a atmosfera e o tanque número dois não.
Considere a densidade da água 𝜌 = 103 𝑘𝑔/𝑚3 , a pressão atmosférica 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 1 ⋅ 105 𝑃𝑎 e
aceleração da gravidade 𝑔 = 10 𝑚/𝑠 2 . Nessa condição, um manômetro instalado no tanque #2, na
posição indicada na figura, deverá marcar o seguinte valor de pressão:
a) 1,0 𝑥 105 𝑃𝑎. b) 1,2 𝑥 105 𝑃𝑎. c) 0,5 𝑥 105 𝑃𝑎.
d) 0,2 𝑥 105 𝑃𝑎. e) 0,1 𝑥 105 𝑃𝑎.

Comentários:

Faltou falar que o manômetro foi ajustado para a referência da pressão atmosférica (que é o que
geralmente acontece). Nesse caso o manômetro mede a pressão manométrica.

𝑃2 = 𝜌𝑔(ℎ1 − ℎ2 ) = 1000 ⋅ 10 ⋅ 2 = 0,2 ⋅ 105 𝑃𝑎

Gabarito: D
(EFOMM – 2014)
Um recipiente com óleo e água está conectado a um tubo em forma de U, como mostrado na figura.
São dados: ρágua = 1000 kg/m³ ; ρóleo = 750 kg/m³ ; ρHg = 13600 kg/m³ e g = 10 m/s². A pressão
manométrica no ponto P, indicado na figura, é igual a

a) -2200 Pa. b) -3200 Pa. c) -4200 Pa. d) -5200 Pa. e) -6200 Pa.

Comentários:

143
AULA 04 – Hidrostática
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Tomando as pressões nos pontos isóbaros, temos:

𝑃𝑚 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 2𝑔 + 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 3𝑔 = 𝜌𝐻𝑔 ⋅ 0,3𝑔

𝑃𝑚 = 3 ⋅ 13600 − 30 ⋅ 1000 − 20 ⋅ 750 = −4200 𝑃𝑎

Gabarito: C
(EFOMM – 2014)

Uma barra com peso de 20N, cuja massa não é uniformemente distribuída, está em equilíbrio dentro
de um recipiente com água, como mostrado na figura dada. O apoio apenas oferece reação na
vertical. O volume da barra é igual a 500 cm³. Considerando g = 10 m/s², a massa específica da água
igual a 10³ kg/m³ e que o centro de gravidade da barra está a 30 cm da extremidade apoiada, o
comprimento da barra é igual a
a) 2,0 m. b) 2,1 m. c) 2,2 m. d) 2,3 m. e) 2,4 m.

Comentários:

A força de empuxo está no centro geométrico, logo:

𝐿
𝑃 ⋅ 30 = 𝐹𝑒 ⋅
2
𝐿
20 ⋅ 30 = 𝑉 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 ⋅
2
𝐿
20 ⋅ 30 ⋅ 10−2 = 500 ⋅ 10−6 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ → 𝐿 = 2,4𝑚
2
Gabarito: E
(EFOMM – 2013)
Uma pessoa de massa corporal igual a 75,0 kg flutua completamente submersa em um lago de
densidade absoluta 1,50 x 103 kg/m3. Ao sair do lago, essa mesma pessoa estará imersa em ar na
temperatura de 20oC, à pressão atmosférica (1 atm), e sofrerá uma força de empuxo, em newtons,
de
Dado: densidade do ar (1 atm, 20oC) = 1,20 kg/m3
a) 1,50 b) 1,20 c) 1,00 d) 0,80 e) 0,60

144
AULA 04 – Hidrostática
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Comentários:

A densidade da pessoa é a mesma do lago.

𝑚 75
𝐹𝑒 = 𝜌𝑎𝑟 ( ) 𝑔 = 1,2 ⋅ ⋅ 10 = 0,6 𝑁
𝜌𝑙𝑎𝑔𝑜 1500

Gabarito: E
(EFOMM – 2013)
Uma pequena bolha de gás metano se formou no fundo do mar, a 10,0 m de profundidade, e sobe
aumentando seu volume à temperatura constante de 20,0oC. Pouco antes de se desintegrar na
superfície, à pressão atmosférica, a densidade da bolha era de 0,600 kg/m3. Considere o metano
um gás ideal e despreze os efeitos de tensão superficial. A densidade da bolha, em kg/m3, logo após
se formar, é de aproximadamente
Dados: 1 atm ≈ 1,00×105 N/m2;
densidade da água do mar ≈ 1,03×103 kg/m3.
a) 1,80 b) 1,22 c) 1,00 d) 0,960 e) 0,600

Comentários:

Quando a bolha sai à superfície a sua pressão é 1 atm, quando se forma (10 metros abaixo) sua
pressão é aproximadamente 2 atm. Logo a densidade é o dobro.

𝑃𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 𝑃𝑎 + 𝜌𝑔𝐻 = 105 + 1,03 ⋅ 103 ⋅ 10 ⋅ 10 = 2,03 ⋅ 105 𝑃𝑎

𝑃𝑀 𝜌𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑃𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜
𝜌= → = = 2,03 → 𝜌𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜 = 1,218𝑘𝑔/𝑚3
𝑅𝑇 𝜌𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑃𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒

Gabarito: B
(EFOMM – 2012)
Na figura, temos a representação de uma prensa hidráulica em equilíbrio, com seus êmbolos
nivelados. A carga P tem peso de módulo 220 newtons e está apoiada sobre um êmbolo de área
igual a 100 cm2. A carga Q está apoiada no outro êmbolo cuja área é de 50,0 cm2. Sendo g=10,0
m/s2, a massa, em gramas, da carga Q, é:

a) 1,10 ⋅ 10³ b) 2,20 ⋅ 10³ c) 1,10 ⋅ 104


d) 2,20 ⋅ 105 e) 1,10 ⋅ 105

145
AULA 04 – Hidrostática
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Comentários:

Pelo princípio de Pascal, temos:

𝐹𝑃 𝐹𝑄
=
𝐴𝑃 𝐴𝑄

220 𝑚𝑔
= → 𝑚 = 11000 𝑔
100 50
Gabarito: C
(EFOMM – 2012)
Um iceberg com densidade uniforme tem sua secção reta na forma de um triângulo isósceles, sendo
a base maior (lado flutuante) paralela à superfície da água do mar, e medindo o dobro da altura H
(ver figura). Considerando a massa específica do gelo igual a 90% da massa específica da água do
h
mar, a razão H, é:

3 10 9 1 1
a) b) 11 c) 10 d) e) 10
√10 √10

Comentários:

Pela condição de equilíbrio, temos:

𝐹𝑒 = 𝑃

𝑉𝑠 𝜌á𝑔𝑢𝑎 𝑔 = 𝑉𝜌𝑔𝑒𝑙𝑜 𝑔

ℎ2 𝐶𝜌á𝑔𝑢𝑎 = 0,9𝐻 2 𝐶𝜌á𝑔𝑢𝑎

ℎ 2 3𝐻
( ) = 0,9 → ℎ =
𝐻 √10

Gabarito: A
(EFOMM – 2010)
Observe a figura a seguir.

146
AULA 04 – Hidrostática
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A figura acima mostra um bloco de madeira preso a uma mola que tem sua outra extremidade presa
ao fundo de um tanque cheio d'água. Estando o sistema em equilíbrio estático, verifica-se que a
força que a mola faz sobre o fundo do tanque é de 2,0N, vertical para cima. Considere que a massa
e o volume da mola são desprezíveis. Agora, suponha que toda água seja retirada lentamente do
tanque, e que ao final, o bloco permaneça em repouso sobre a mola. Com base nos dados
apresentados, qual o módulo e o sentido da força vertical que a mola fará sobre o fundo do tanque?
Dados: Págua= 1,0 . 103 𝑘𝑔/𝑚3 ; Pmadeira= 0, 8 . 103 𝑘𝑔/𝑚3 ; g = 10𝑚/𝑠 2 .
a) 12 N, para cima. b) 10N, para baixo. c) 10N, para cima.
d) 8N, para baixo. e) 8N, para cima.

Comentários:

Se o bloco está puxando a mola para cima é porque ele é menos denso que a água.

𝐹𝑒 − 𝑃 = 𝐹

𝑉(𝜌𝑎 − 𝜌𝑚 )𝑔 = 𝐹

Quando o tanque se esvazia a força que é aplicada é o peso

𝐹𝜌𝑚 0,8
𝐹 ′ = 𝑃 = 𝑉𝜌𝑚 𝑔 = = 2⋅ = 8𝑁 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜
𝜌𝑎 − 𝜌𝑚 0,2

Gabarito: D
(EFOMM – 2008)
Deseja-se projetar um elevador hidráulico para um navio “Roll on – Roll off” (transporte - veículos),
capaz de elevar veículos de massa até 3 toneladas, a 3,90 m de altura, utilizando-se canalizações de
diâmetros 20 mm e 200 mm. A força (em N) necessária a ser aplicada pelo sistema hidráulico, capaz
de cumprir essas condições máximas operacionais é de, aproximadamente
(dado g = 10 𝑚/𝑠 2 ),
a) 200 b) 220 c) 270 d) 300 e) 410

Comentários:

Pelo princípio de Pascal, temos:

𝐹1 𝐹2
=
𝐴1 𝐴2

147
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𝐹1 𝐹2
2 =
𝜋𝑅1 𝜋𝑅22

20 2
𝐹1 = 30000 ⋅ ( ) = 300𝑁
200

Gabarito: D
(EFOMM – 2007 - ADAPTADA)
Um navio cargueiro da DOCENAVE (Vale do Rio Doce Navegação) está atracado no porto de Santos,
onde receberá uma carga de minério de ferro, que levará até Singapura. Um Capitão-de- Longo-
Curso (CLC), que comanda o navio, sabe que terá que fundeá-lo (ancorar) no meio da viagem para
reabastecimento, em uma região onde se encontra um navio afundado, a uma profundidade de 3,56
m em relação à quilha (parte mais inferior do casco) do navio cargueiro descarregado (em lastro). O
CLC, sabendo que a massa específica da água daquela região vale 1,05 𝑘𝑔/𝑚3, que a área para
carregamento é 4400 m², e que o navio tem forma aproximada de um paralelepípedo, calcula a
carga máxima, em toneladas, que poderá levar. Com base nas informações, pode-se concluir que
ele encontrou, aproximadamente,
a) 16,45 b) 23,67 c) 30,44 d) 45,56 e) 56,78

Comentários:

Difícil uma densidade ser 1,05 𝑘𝑔/𝑚3 hein! Mais leve que o próprio ar? Enfim... foi o valor
mencionado no enunciado. Pela condição de equilíbrio, temos:

𝑃 = 𝐹𝑒

𝑚𝑔 = 𝑉𝜌𝑔 = 𝐴𝐻𝜌𝑔

𝑚 = 𝐴𝐻𝜌 = 4400 ⋅ 3,56 ⋅ 1,05 = 16,45 𝑡𝑜𝑛

Gabarito: A
(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)
Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,
com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. O empuxo (em N) sobre ele é aproximadamente
a) 11750 b) 12210 c) 13390
d) 14750 e) 19340

Comentário:

Essa questão foi anulada por falta de gabarito na versão oficial.

14 𝐻 56
𝐹𝑒 = 𝜋𝑅 2 ( ) 𝜌𝑙 𝑔 = 𝜋 ⋅ 0,42 ⋅ ( ) ⋅ 1031 ⋅ 10 = 19340 𝑁
15 15

Gabarito: E

148
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(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)


Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,
com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. A espessura da chapa de ferro que forma o cilindro é, em mm, aproximadamente
a) 12,3 b) 23,1 c) 27,4 d) 37,4 e) 39,8

Comentários:

Essa questão foi anulada por falta de gabarito na versão oficial.

14 𝐻
𝑃 = 𝜋(𝑅 2 − 𝑅𝑖2 )𝐻𝜌𝑔 = 𝜋𝑅 2 ( ) 𝜌𝑙 𝑔
15

14𝜌𝑙
𝑅𝑖 = 𝑅√1 − = 37,4 𝑐𝑚
15𝜌

Gabarito: D
(EFOMM – 2006 - ADAPTADA)
Um cilindro oco de ferro (densidade = 7,6 kg/cm3 ) de 80 cm de diâmetro e 4 m de altura flutua,
com 1/15 da sua altura fora da água salgada (densidade = 1031 kg/m3 ). Ambas as extremidades
estão fechadas. A massa (em kg) de ferro gasta para fabricar o cilindro é (dado g = 9,81 m/s2)
a) 1180 b) 1220 c) 1330 d) 1480 e) 1940

Comentários:

Essa questão foi anulada falta de gabarito em sua versão oficial.

𝑃 𝐹𝑒
𝑚 = 𝜋(𝑅 2 − 𝑅𝑖2 )𝐻𝜌 = = = 1934 𝑘𝑔
𝑔 𝑔

Gabarito: E
(EFOMM – 2005)
A figura abaixo refere-se a uma balsa flutuando em águas tranquilas, submersa de 80 cm.
Um caminhão de 4 toneladas é colocado em cima da balsa. O empuxo atuante na balsa e a altura
submetida são, respectivamente:

149
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a) 340000 N e 100 cm b) 360000 N e 90 cm c) 360000 N e 85 cm


d) 400000 N e 84 cm e) 400000 N e 88 cm

Comentários:

Pelo equilíbrio, temos:

𝑃 = 𝐴𝐻𝜌𝑙 𝑔 = 40 ⋅ 0,8 ⋅ 1000 ⋅ 10 = 320𝑘𝑁

𝐹𝑒′ = 𝑃 + 𝑚𝑔 = 360𝑘𝑁
𝑚
𝑚𝑔 = 𝐴Δℎ𝜌𝑙 𝑔 → Δℎ =
𝐴𝜌𝑙

4000
Δℎ = = 0,1𝑚
40 ⋅ 1000
Gabarito: B

10. Lista de questões nível 3


(Simulado EsPCEx)
A figura a seguir representa uma barra homogêna de comprimento 𝐿 e densidade 𝜌/2, parcialmente
imersa em um líquido de densidade 𝜌. Dessa forma, o comprimento 𝑥 imersa no líquido é dado por:

√2 √3 √2
[A] (1 − )𝐿 [B] (1 − )𝐿 [C] (1 − )𝐿
2 2 4
√3
[D] (1 − )𝐿 [E] 𝐿/2
4

(ITA - 1986)

150
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Um tubo capilar de comprimento “5a” é fechado em ambas as


extremidades. E contém ar seco que preenche o espaço no tubo
não ocupado por uma coluna de mercúrio de massa específica 𝜌 e
comprimento “a”. Quando o tubo está na posição horizontal, as
colunas de ar seco medem “2 a” cada. Levando- se lentamente o
tubo à posição vertical as colunas de ar têm comprimentos “a” e
“3 a”. Nessas condições, a pressão no tubo capilar quando em
posição horizontal é:
a) 3g 𝜌 a/4 b) 2g 𝜌 a/5 c) 2g 𝜌 a/3 d) 4g 𝜌 a/3 e) 4g 𝜌 a/5
(ITA – 1987)
Um bloco de urânio de peso 10N está suspendo a um dinamômetro e submerso em
mercúrio de massa específica 13,6 x 103 kg/m³, conforme a figura. A leitura no
dinamômetro é 2,9N. Então, a massa específica do urânio é:

a) 5,5 x 103 kg/m³


b) 24 x 103 kg/m³
c) 19 x 103 kg/m³
d) 14 x 103 kg/m³
e) 2,0 x 10-4 kg/m³
(ITA - 1988)
Dois blocos, A e B, homogêneos e de massa específica 3,5
g/cm3 e 6,5 g/cm3, respectivamente, foram colados um no
outro e o conjunto resultante foi colocado no fundo
(rugoso) de um recipiente, como mostra a figura. O bloco
A tem o formato de um paralelepípedo retangular de
altura 2a, largura a e espessura a. O bloco B tem o formato
de um cubo de aresta a. Coloca-se, cuidadosamente, água
no recipiente até uma altura h, de modo que o sistema
constituído pelos blocos A e B permaneça em equilíbrio,
isto é, não tombe. O valor máximo de h é:
a) 0
b) 0,25 a
c) 0,5 a
d) 0,75 a
e) a
(ITA - 1988)
Uma haste homogênea e uniforme de comprimento L, secção reta de área A, e massa específica 𝜌
é livre de girar em torno de um eixo horizontal fixo num ponto P localizado a uma distância d = L/2
abaixo da superfície de um líquido de massa específica 2𝜌 . Na situação de equilíbrio estável, a haste
forma com a vertical um ângulo igual a:

151
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a) 45º
b) 60º
c) 30º
d) 75º
e) 15º
(ITA - 1993)
Os dois vasos comunicantes da figura abaixo são abertos, têm seções retas iguais a S e contêm um
líquido de massa específica . Introduz-se no vaso esquerdo um cilindro maciço e homogêneo de
massa M, seção 𝑆′ < 𝑆 e menos denso que o líquido. O cilindro é introduzido e abandonado de
modo que no equilíbrio seu eixo permaneça vertical. Podemos afirmar que no equilíbrio o nível de
ambos os vasos sobe:
a) 𝑀/[𝜌(𝑆 − 𝑆′)]
b) 𝑀/[𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
c) 𝑀/[2𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
d) 2𝑀/[2𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
e) 𝑀/[2𝜌𝑆]
(ITA - 1993)
Um recipiente, cujas secções retas dos êmbolos valem S1 e S2, está cheio de um líquido de
densidade 𝜌, como mostra a figura. Os êmbolos estão unidos entre si por um arame fino de
comprimento 𝑙. Os extremos do recipiente estão abertos. Despreze o peso dos êmbolos, do arame
e quaisquer atritos. Quanto vale a tensão T no arame?

(ITA - 1997)
Um anel, que parece ser de ouro maciço, tem massa de 28,5 g. O anel desloca 3 cm3 de água quando
submerso. Considere as seguintes afirmações:
I- O anel é de ouro maciço.
II- O anel é oco e o volume da cavidade 1,5 cm3.
III- O anel é oco e o volume da cavidade 3,0 cm3.
IV- O anel é feito de material cuja massa específica é a metade da do ouro.
Das afirmativas mencionadas:
a) Apenas I é falsa.
b) Apenas III é falsa.

152
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c) Apenas I e III são falsas.


d) Apenas II e IV são falsas.
e) Qualquer uma pode ser correta.
(ITA - 1997)
Um recipiente de raio R e eixo vertical contém álcool até uma altura H. Ele possui, à meia altura da
coluna de álcool, um tubo de eixo horizontal cujo diâmetro d é pequeno comparado a altura da
coluna de álcool, como mostra a figura. O tubo é vedado por um êmbolo que impede a saída de
álcool, mas que pode deslizar sem atrito através do tubo. Sendo p a massa específica do álcool, qual
é a magnitude da força F necessária para manter o êmbolo sua posição?

(ITA - 1997)
Um vaso comunicante em forma de U possui duas colunas da mesma altura h = 42,0 cm, preenchidas
com água até a metade. Em seguida, adiciona-se óleo de massa específica igual a 0,80 g/cm3 a uma
das colunas até a coluna estar totalmente preenchida, conforme a figura B. A coluna de óleo terá
comprimento de:
a) 14,0 cm
b) 16,8 cm.
c) 28,0 cm
d) 35,0 cm.
e) 37,8 cm.
(ITA - 1997)
Um tubo vertical de secção S, fechado em uma extremidade, contém um gás, separado da atmosfera
por um êmbolo de espessura d e massa específica 𝜌. O gás, suposto perfeito, está à temperatura
ambiente e ocupa um volume V = SH (veja figura). Virando o tubo tal que a abertura fique voltada
para baixo, o êmbolo desce e o gás ocupa um novo volume, V = SH’. Denotando a pressão
atmosférica por P0, qual é a nova altura H?

153
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(ITA - 2005)
Um pequeno objeto de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre um bloco de
massa 𝑀 com o formato de uma casa (veja figura). A área da base do
bloco é 𝑆 e o ângulo que o plano superior do bloco forma com a
horizontal é . O bloco flutua em um líquido de densidade 𝜌,
permanecendo, por hipótese, na vertical durante todo o experimento.
Após o objeto deixar o plano e o bloco voltar à posição de equilíbrio, o
decréscimo da altura submersa do bloco é igual a:
a) 𝑚 ⋅ 𝑠𝑒𝑛²𝛼/𝑆𝜌 b) 𝑚 ⋅ 𝑐𝑜𝑠²𝛼/𝑆𝜌 c) 𝑚 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝛼/𝑆𝜌
d) 𝑚/𝑆𝜌 e) 𝑚 + 𝑀/𝑆𝜌
(ITA – 2007)
A figura mostra uma bolinha de massa m = 10 g presa por um fio que a mantém totalmente
submersa no líquido (2), cuja densidade é cinco vezes a densidade do líquido (1), imiscível, que se
encontra acima. A bolinha tem a mesma densidade do líquido (1) e sua extremidade superior se
encontra a uma profundidade h em relação à superfície livre. Rompido o fio, a extremidade superior
da bolinha corta a superfície livre do líquido (1) com velocidade de 8,0 m/s. Considere aceleração
da gravidade g = 10 m/s2, h1 = 20 cm, e despreze qualquer resistência ao movimento de ascensão
da bolinha, bem como o efeito da aceleração sofrida pela mesma ao atravessar a interface dos
líquidos. Determine a profundidade h.

(ITA-2009)
Uma balsa tem o formato de um prisma reto de comprimento L e seção transversal como vista na
figura. Quando sem carga, ela submerge parcialmente até a uma profundidade h0. Sendo ρ a massa
específica da água e g a aceleração da gravidade, e supondo seja mantido o equilíbrio hidrostático,
determine a carga P que a balsa suporta quando submersa a uma profundidade h1.

(ITA-2009)

154
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Para ilustrar os princípios de Arquimedes e de Pascal, Descartes emborcou na água um tubo de


ensaio de massa 𝑚, comprimento 𝐿 e área da seção transversal 𝐴. Sendo 𝑔 a aceleração da
gravidade, 𝜌 a massa específica da água, e desprezando variações de temperatura no processo,
calcule:

a) o comprimento da coluna de ar no tubo, estando o tanque aberto sob pressão atmosférica 𝑃𝑎 .


b) e, o comprimento da coluna de ar no tubo, de modo que a pressão no interior do tanque fechado
possibilite uma posição de equilíbrio em que o topo do tubo se situe no nível da água (ver figura).
(ITA-2010)
Uma esfera maciça de massa específica 𝜌 e volume 𝑉 está imersa entre dois líquidos, cujas massas
específicas são 𝜌1 e 𝜌2 , respectivamente, estando suspensa por uma corda e uma mola de constante
elástica 𝑘, conforme mostra a figura. No equilíbrio, 70% do volume da esfera está no líquido 1 e
30 % no líquido 2. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, determine a força de tração na corda.

(IME)
Dois líquidos imiscíveis em um tubo em U (seção constante) tem as densidades na relação de dez
para um: o menos denso tem a superfície livre 10 𝑐𝑚 acima da separação dos líquidos. Qual a
diferença de nível entre as superfícies livres nos dois ramos do tubo?
(IME – 1982)
O automóvel de massa 𝑚1 , representado na figura, está subindo
a rampa de inclinação com uma aceleração constante. Preso ao
automóvel existe um cabo de massa desprezível o qual passa por
uma roldana fixa 𝐴 e por uma roldana móvel 𝐵, ambas de massa
desprezível, tendo finalmente a outra extremidade fixa em 𝐷. Ao
eixo da roldana móvel, cujos fios são paralelos, está presa uma
caixa cúbica de volume 𝑉 e massa 𝑚2 imersa em um líquido de
massa específica 𝜌. Sabendo-se que o automóvel, partindo do
repouso, percorreu um espaço “𝑒” em um intervalo de tempo 𝑡
e que a caixa permaneceu inteiramente submersa neste período,

155
AULA 04 – Hidrostática
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calcular a força desenvolvida pelo conjunto motor do automóvel. Desprezar a resistência oferecida
pelo líquido ao deslocamento da caixa.
(ITA – 2011)
Um cubo maciço homogêneo com 4,0 𝑐𝑚 de aresta flutua na água
tranquila de uma lagoa, de modo a manter 70% da área total da sua
superfície em contato com a água, conforme mostra a figura. A seguir,
uma pequena rã se acomoda no centro da face superior do cubo e este
se afunda mais 0,50 𝑐𝑚 na água. Assinale a opção com os valores
aproximados da densidade do cubo e da massa da rã, respectivamente.
a) 0,20 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
b) 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
c) 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 e 8,0 𝑔
d) 0,80 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
e) 0,80 𝑔/𝑐𝑚3 e 8,0 𝑔
(ITA – 2011)
Um bloco, com distribuição homogênea de massa, tem o formato de um prisma regular cuja seção
transversal é um triângulo equilátero. Tendo 0,5 𝑔/𝑐𝑚3 de densidade, tal bloco poderá flutuar na
água em qualquer das posições mostradas na figura. Qual das duas posições será a mais estável?
Justifique sua resposta. Lembrar que o baricentro do triângulo se encontra a 2/3 da distância entre
um vértice e seu lado oposto.

(ITA – 2012)
No interior de um elevador encontra-se um tubo de vidro fino, em
forma de U, contendo um líquido sob vácuo na extremidade vedada,
sendo a outra conectada a um recipiente de volume 𝑉 com ar
mantido à temperatura constante. Com o elevador em repouso,
verifica-se uma altura ℎ de 10 𝑐𝑚 entre os níveis do líquido em
ambos os braços do tubo. Com o elevador subindo com aceleração
constante 𝑎⃗ (ver figura), os níveis do líquido sofrem um
deslocamento de altura de 1,0 𝑐𝑚. Pode-se dizer então que a
aceleração do elevador é igual a
a) -1,1 m/s2. b) -0,91 m/s2. c) 0,91 m/s2.
d) 1,1 m/s2. e) 2,5 m/s2.
(ITA – 2013)

156
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Um recipiente contém dois líquidos homogêneos e imiscíveis, A e B, com densidades respectivas 𝜌𝐴


e 𝜌𝐵 . Uma esfera sólida, maciça e homogênea, de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔, permanece em equilíbrio sob
ação de uma mola de constante elástica 𝑘 = 800 𝑁/𝑚, com metade de seu volume imerso em cada
um dos líquidos, respectivamente, conforme a figura. Sendo 𝜌𝐴 = 4𝜌 e 𝜌𝐵 = 6𝜌, em que 𝜌 é a
densidade da esfera, pode-se afirmar que a deformação da mola é de
a) 0 m.
b) 9/16 m.
c) 3/8 m.
d) 1/4 m.
e) 1/8 m.
(ITA – 2014)
Uma esfera de massa 𝑚 tampa um buraco circular de raio 𝑟 no fundo de um recipiente cheio de
água de massa específica 𝜌. Baixando-se lentamente o nível da água, num dado momento a esfera
se desprende do fundo do recipiente. Assinale a alternativa que expressa a altura ℎ do nível de água
para que isto aconteça, sabendo que o topo da esfera, a uma altura 𝑎 do fundo do recipiente,
permanece sempre coberto de água.
a) 𝑚/𝜌𝜋𝑎²
b) 𝑚/𝜌𝜋𝑟²
c) 𝑎(3𝑟 2 + 𝑎2 )/(6𝑟 2 )
d) 𝑎/2 − 𝑚/𝜌𝜋𝑟²
e) 𝑎(3𝑟 2 + 𝑎2 )/(6𝑟 2 ) − 𝑚/𝜌𝜋𝑟²
(ITA – 2015)
Um tubo em forma de U de seção transversal uniforme, parcialmente cheio até uma altura
ℎ com um determinado líquido, é posto num veículo que viaja com aceleração horizontal, o que
resulta numa diferença de altura 𝑧 do líquido entre os braços do tubo interdistantes de um
comprimento 𝐿. Sendo desprezível o diâmetro do tubo em relação à 𝐿, a aceleração do veículo é
dada por
2𝑧𝑔 (ℎ−𝑧)𝑔 (ℎ+𝑧)𝑔 2𝑔ℎ 𝑧𝑔
a) b) c) d) e)
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 𝐿

(ITA – 2016)
Balão com gás Hélio inicialmente a 27°𝐶 de temperatura c pressão de 1,0 𝑎𝑡𝑚, as mesmas do ar
externo, sobe até o topo de uma montanha, quando o gás se resfria a −23°𝐶 e sua pressão reduz-
se a 0,33 de 𝑎𝑡𝑚, também as mesmas do ar externo. Considerando invariável a aceleração da
gravidade na subida, a razão entre as forças de empuxo que atuam no balão nestas duas posições é
a) 0,33. b) 0,40. c) 1,0. d) 2,5. e) 3,0.
(ITA – 2016)
Um corpo flutua estavelmente em um tanque contendo dois líquidos imiscíveis, um com o dobro da
densidade do outro, de tal forma que as interfaces líquido/líquido e líquido/ar dividem o volume do

157
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corpo exatamente em três partes iguais. Sendo completamente removido o líquido mais leve, qual
proporção do volume do corpo permanece imerso no líquido restante?
a) 1/2 b) 1/4 c) 3/4 d) 2/5 e) 3/5
(ITA-2016)
Um cilindro vertical de seção reta de área 𝐴1 , fechado, contendo gás e água é posto sobre um
carrinho que pode se movimentar horizontalmente sem atrito. A uma profundidade ℎ do cilindro,
há um pequeno orifício de área 𝐴2 por onde escoa a água. Num certo instante a pressão do gás é 𝑝,
a massa de água, 𝑀𝑎 e a massa restante do sistema, 𝑀. Determine a aceleração do carrinho nesse
instante mencionado em função dos parâmetros dados. Justifique as aproximações eventualmente
realizadas.
(ITA – 2017)
Em equilíbrio, o tubo emborcado da figura contém mercúrio e ar aprisionado. Com a pressão
atmosférica de 760 mm de Hg a uma temperatura de 27°C, a altura da coluna de mercúrio é de 750
mm. Se a pressão atmosférica cai a 740 mm de Hg a uma temperatura de 2°C, a coluna de mercúrio
é de 735 mm. Determine o comprimento 𝑙 aparente do tubo.

(IME – 1982)
O flutuador da figura é constituído de duas vigas de madeira de comprimento b e seções (𝑎 × 𝑎) e
𝑎
(𝑎 × 2) distantes 𝑙 de centro a centro. Sobre as vigas existe uma plataforma de peso desprezível.
Determinar, em função de 𝑎, 𝑏, 𝑙, 𝑃 𝑒 𝛾 a posição da carga 𝑥 para que a plataforma permaneça na
horizontal.
Dados:

 𝛾 = peso específico da água.

158
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 Densidade da madeira em relação à água = 0,80.


(IME – 1986)
Uma barra uniforme e delgada AB de 3,6 m de comprimento, pesando 120 N, é segura na
extremidade B por um cabo, possuindo na extremidade A um peso de chumbo de 60N. A barra
flutua, em água, com metade do seu comprimento submerso, como é mostrado na figura abaixo.

Desprezando empuxo sobre o chumbo, calcule:


a) O valor da força de tração no cabo.
b) O volume total da barra.
Dados:
 g = 10 m/s² - aceleração da gravidade;
 𝜌 = 1000 kg/m³ - massa específica da água.
(IME – 1999)
Um objeto de massa 𝑚 é construído ao seccionar-se ao meio um cubo de aresta a pelo plano que
passa pelos seus vértices 𝐴𝐵𝐶𝐷, como mostrado nas figuras abaixo. O objeto é parcialmente imerso
em água, mas mantido em equilíbrio por duas forças 𝐹1 e 𝐹2 . Determine:

a) o módulo do empuxo que age sobre o objeto;


b) os pontos de aplicação do empuxo e do peso que agem sobre o objeto;
c) os módulos e os pontos de aplicação das forças verticais 𝐹1 e 𝐹2 capazes de equilibrar o objeto.
Dados:
 aceleração da gravidade (𝑔);

159
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 massa específica da água (𝜇);


 profundidade de imersão (ℎ);
 a massa 𝑚 é uniformemente distribuída pelo volume do objeto.
(IME – 2016)

Seis blocos idênticos, identificados conforme a figura, encontram-se interligados por um sistema de
cordas e polias ideais, inicialmente em equilíbrio estático sob ação de uma força 𝐹, paralela ao plano
de deslizamento do bloco II e sentido representado na figura. Considere que: o conjunto de polias
de raios 𝑟 e 𝑅 são solidárias entre si; não existe deslizamento entre os cabos e as polias; e existe
atrito entre os blocos I e II e entre os blocos II e IV com as suas respectivas superfícies de contato.
Determine:
a) o menor valor do módulo da força 𝐹 para que o sistema permaneça em equilíbrio estático;
b) o maior valor do módulo da força 𝐹 para que o sistema permaneça em equilíbrio estático quando
a válvula for aberta e o líquido totalmente escoado;
c) o maior valor do módulo da força 𝐹 para que não haja deslizamento entre os blocos I e II,
admitindo que a válvula tenha sido aberta, o tanque esvaziado e a força 𝐹 aumentado de modo que
o sistema tenha entrado em movimento.
Dados:
• aceleração da gravidade: 𝑔;
• massa específica de cada bloco: 𝜌𝐵 ;
• volume de cada bloco: 𝑉𝐵 ;
• massa específica do líquido: 𝜌𝐿 ;
• coeficiente de atrito entre os blocos I e II: 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco II e o solo: 1,5 𝜇;
• coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco II e o solo: 1,4 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco IV e a superfície com líquido: 0,5 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco IV e a superfície sem líquido: 0,85 𝜇;

160
AULA 04 – Hidrostática
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• coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco IV e a superfície sem líquido: 0,75 𝜇


• ângulo entre a superfície de contato do bloco IV e a horizontal: 𝛼.
(IME – 2017)

O sistema apresentado na figura encontra-se em equilíbrio estático, sendo composto por quatro
corpos homogêneos, com seção reta na forma “+ I M E”. O corpo “+” está totalmente imerso em
um líquido e sustentado pela extremidade A de um fio flexível ABC, de peso desprezível, que passa
sem atrito por polias fixas ideais. Sabe-se que, no ponto B, o fio forma um ângulo de 90° e
sustenta parcialmente o peso do corpo “M". Finalmente, na extremidade C, o fio é fixado a uma
plataforma rígida de peso desprezível e ponto de apoio O, onde os corpos “I M E” estão apoiados.
Diante do exposto, determine:
a) a intensidade da força de tração no fio BD;
b) a intensidade da força de cada base do corpo “M” sobre a plataforma.
Observação:
 dimensão das cotas dos corpos “+ I M E” na figura em unidade de comprimento (u.c.);
 considere fios e polias ideais; e
 existem dois meios cubos compondo a letra “ M ”
Dados:
 aceleração da gravidade: g;
 massa específica dos corpos “+ I M E”: p;
 massa específica do líquido: 𝜌𝐿 = 𝜌/9;
 espessura dos corpos “+ I M E”: 1 u.c.; e
 comprimento dos fios 𝐷𝐸 = 𝐷𝐹.

161
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Um recipiente sem base, de peso 𝑃 e de paredes cilíndricas encontra-se sobre uma mesa. A bordas
do recipiente estão bem ajustadas a mesa. O recipiente começa a ser enchido com água até uma
altura ℎ, quando praticamente perde o contato com a mesa. Determine a densidade do líquido.

𝑃 2𝑃 𝑃
a) 2𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟 2 ) b) 𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟2 ) c) 𝑔ℎ𝜋𝑅2
𝑃 𝑃
d) 𝑔ℎ𝜋𝑟 2 e) 𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟 2)

Determine o gráfico corresponde a pressão hidrostática na superfície do cilindro em função da


profundidade ℎ. (𝑅 = 2 𝑚; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠²).

a) b)

c) d)

162
AULA 04 – Hidrostática
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e)

O recipiente mostrado abaixo está cheio de água. Determine a força horizontal que exerce a água
sobre a superfície 𝐴𝐵𝐶𝐷 (parte de um cilindro) (𝑔 = 10 𝑚/𝑠²).

a) 2000 N b) 3000 N c) 4000 N d) 5000 N e) 7850 N

A coluna de ar mostrada na figura tem 18 𝑐𝑚. Que comprimento adicional de mercúrio deve-se
colocar para que o volume de ar se reduza de 1/3?

a) 100 𝑐𝑚 b) 88 𝑐𝑚 c) 76 𝑐𝑚 d) 60 𝑐𝑚 e) 48 𝑐𝑚

Um cilindro flutua parcialmente submergido em água e azeite, tal como mostra a figura abaixo. Se
adicionamos mais azeite ao recipiente

a) o volume submerso em água aumenta.

163
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b) o volume submerso em água não varia.


c) o volume submerso em água diminui.
d) o volume submerso em água diminui, mas rapidamente aumenta.
e) não é possível prever.

Na superfície de separação de dois líquidos com densidades 𝜌1 e 𝜌2 flutua um objeto de densidade


𝜌 (𝜌1 < 𝜌 < 𝜌2 ). A altura do objeto vale ℎ. Determine a profundidade submersa no segundo
líquido.
𝜌 𝜌−𝜌1 𝜌−𝜌1
a) 𝜌1 ℎ b) 2𝜌 ℎ c) 𝜌 ℎ
2 1 −𝜌2 2 −𝜌1
𝜌1 −𝜌2 𝜌1 +𝜌2
d) ℎ e) ℎ
𝜌−𝜌1 𝜌

Um orifício de 400 𝑐𝑚² de área situado no fundo do recipiente que contém água é tampado por um
cone. Se a altura do cone é 60 𝑐𝑚 e sua base tem área 1600 𝑐𝑚³, qual é força hidrostática
resultante que atua sobre o cone?

a) 15 N b) 25 N c) 35 N d) 45 N e) 60 N

Uma barra homogênea de 10 𝑚 de comprimento e 960 𝑘𝑔/𝑚³ de densidade se encontra


parcialmente submersa em água, com sua extremidade livre apoiada no fundo do recipiente. Calcule
a altura mínima de água para que a barra perca o contato com o fundo do recipiente.

a) 1 m b) 2 m c) 4 m d) 5 m e) 6 m

Uma esfera de 3 𝑘𝑔 e densidade 3000 𝑘𝑔/𝑚³ é solta sobre um lago. Se considerarmos que a
densidade da água varia de acordo com a equação 𝜌 = (1000 + 2ℎ)𝑘𝑔/𝑚³ (ℎ = 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒),
determine o trabalho realizado pela força de empuxo até a esfera alcançar sua velocidade máxima.
O lago é muito profundo e não apresenta viscosidade. (𝑔 = 10 𝑚/𝑠²)

164
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a) 5 kJ b) 10 kJ c) 15 kJ d) 20 kJ e) 25 kJ

Dentro de um bloco de gelo há uma moeda de 20 𝑔 e densidade 2 𝑔/𝑐𝑚³. Calcule o desnível da


água quando o bloco de gelo derreter. A área do fundo do recipiente é 50 𝑐𝑚².

Um tanque de dimensões (3𝑙 𝑥 2𝑙 𝑥 𝑙) deve ser utilizado para transportar água em um caminhão
que desenvolve uma aceleração de 𝑎 m/s². A parte superior do tanque sempre deve estar
destampada.
a) Como devemos posicionar o tanque para que transporte a máxima quantidade de água sem
vazamento?
b) Calcule o volume máximo de água transportado nas condições do item (a).

Um recipiente cilíndrico de massa 𝑚, raio 𝑅 e parede de espessura desprezível tem o seu centro de
gravidade a uma distância 𝐻 da base. Qual a altura ℎ do nível da água (densidade 𝜌) para a qual
deve ser preenchido o recipiente, de tal forma que ele fique o mais estável possível.

Um cilindro de madeira de comprimento 𝐿, raio 𝑅 e densidade 𝜌 tem uma pequena peça metálica
de massa 𝑚 (volume desprezível) fixada em umas das suas extremidades. Determine o menor valor
possível de 𝑚, em função dos parâmetros fornecidos, que faz com que o cilindro flutue
verticalmente em equilíbrio estável em um líquido de densidade 𝜎.

165
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Sabendo que as densidades da água e do azeite são 1 𝑔/𝑐𝑚³ e 0,8 𝑔/𝑐𝑚³ respectivamente,
determine a densidade do líquido 𝑥 que se encontra em repouso.
a) 8, 4 g/cm³
b) 8, 7 g/cm³
c) 9,2 g/cm³
d) 10,5 g/cm³
e) 13,6 g/cm³

O embolo que fecha o tubo tem massa de 8 𝑘𝑔 e se encontra em equilíbrio, como mostrado na
figura abaixo. Que pressão suporta o gás 2, se as densidades dos líquidos 𝐴 e 𝐵 são 2 𝑔/𝑐𝑚³ e
3 𝑔/𝑐𝑚³ respectivamente? Dado: 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 .

a) 80 kPa
b) 70 kPa
c) 800 kPa
d) 90 kPa
e) 8 kPa

A partir do sistema que contêm água e mercúrio em repouso, qual é a leitura do manômetro (em
105 𝑃𝑎)? 𝜌𝐻𝑔 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚³.

a) 1,7 b) 2,7 c) 3,2 d) 3,8 e) 27

Na figura abaixo, o recipiente de massa desprezível está em repouso, se o sistema é livre de atrito
determine H/h, se D/d = 4.

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a) 2,5 b) 3,75 c) 4 d) 6 e) 4,25

Uma comporta está separando dois líquidos na posição vertical, como é mostrado na figura abaixo.
Determine a que altura se encontra o nível do líquido (2), de tal maneira que a comporta não se
𝜌 28
abra. Considere 𝜌2 = 5 .
1

a) 4,8 m b) 4 m c) 3 m d) 2 m e) 1 m

O sistema mostrado a seguir está em equilíbrio; qual será a nova separação dos êmbolos se o bloco
é retirado lentamente? Considere 𝑀1 = 2 𝑘𝑔; 𝑀2 = 3 𝑘𝑔; 𝑀 = 1 𝑘𝑔 𝑒 𝐴1 = 400 𝑐𝑚².

a) 7,5 cm b) 6,24 cm c) 12,5 cm d) 1,66 cm e) 1,33 cm

167
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A figura abaixo mostra um esquema simplificado para triturar rochas. Se a rocha indicada está
suportando 3 kN e como o máximo que ela pode resistir, antes de quebrar, é 7,5 kN, em quanto
deve variar o modulo da força que exerce o jovem para quebrar a rocha?

a) 15 N b) 20 N c) 25 N d) 40 N e) 45 N

O sistema mostrado, as barras e os êmbolos são de massa desprezível. Se sobre o ponto P começa
a atuar uma força 𝐹⃗ = 100(4𝑖̂ − 3𝑗̂) N, determine a mudança no valor da força que o líquido exerce
sobre cada embolo (𝐴1 = 4𝐴2 ).

a) 25 N; 100 N b) 40 N; 160 N c) 35 N; 150 N


d) 30 N; 120 N e) 50 N; 200 N

O sistema mostrado a seguir está em repouso. Que valor deve ter a força vertical exercida sobre o
embolo (1) para que a mola se comprima 1 cm a mais. Considere 𝐴1 = 10 ⋅ 𝐴2 = 10 𝑚² e K = 10
N/m.

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a) 1 N b) 50,5 N c) 100 N d) 101 N e) 110 N

Ao se retirar o recipiente com azeite a indicação do dinamômetro aumenta em 24 N. Se o bloco é


introduzido em outro recipiente que contém um líquido de densidade 2,5 g/cm³; quanto indicará o
dinamômetro? Considere 𝜌𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 2,9 𝑔/𝑐𝑚³.
a) 16 N
b) 18 N
c) 20 N
d) 12 N
e) 15 N

O sistema mostrado se encontra em equilíbrio e os blocos são de mesma massa. Determine o


modulo da reação da superfície lisa inclinada sobre o bloco A. Considere 𝑀 = 1 𝑘𝑔; 𝑉𝐵 =
4. 10−4 𝑚³.

a) 2 N b) 3 N c) 2√5 N d) 5 N e) 8 N

Um bloco de isopor descansa no fundo de um recipiente vazio fixo a uma corda como é mostrado
na figura abaixo. Se começamos a encher o recipiente de água, qual é o gráfico que melhor
representa o comportamento da tensão (𝑇) em relação à altura da água (ℎ)?

169
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a) b) c)

d) e)

(OBF 3ª fase 2017)


A figura abaixo ilustra um tubo fino de extremidades abertas em forma de U, em repouso, e que
contém água até o nível 𝐻 = 10 𝑐𝑚. Acionando um motor é possível fazer com que o tudo gire com
velocidade angular constante 𝜔; em torno do eixo vertical 𝑦 centrado no ramo esquerdo do tubo.
Para que valor de 𝜔 a água está no limite de escapar do tubo? Use em suas considerações o fato de
que. a pressão de equilíbrio de líquidos que estão dentro de recipientes em rotação uniforme varia
1
com a distância 𝑟 ao eixo de rotação de acordo com expressão 𝑝 = 𝑝𝐶 + 2 𝜌𝜔2 𝑟 2 onde 𝑝𝐶 é a
pressão do líquido sobre o eixo e 𝜌 é a densidade do líquido.

11. Gabarito sem comentários nível 3


1) A 4) C

2) A 5) A

3) C 6) E

170
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𝜌𝑔𝑙𝑆1 𝑆2 30) a) 20 N b) 0,032 m³


7) 𝑆1 −𝑆2
𝜇⋅ℎ2 ⋅𝑎⋅𝑔
8) C 31) a) b) O é a origem: 𝑃 =
2
𝑎 𝑎 ℎ 2ℎ
(3 , − 3) 𝐸 = (3 ; −𝑎 + ) c)
𝜌⋅𝑔⋅𝐻⋅𝜋⋅𝑑2 3
9) 2⋅𝑚⋅𝑔 𝜇⋅𝑔⋅ℎ2 ℎ
8 𝐹1 = + (3 − 𝑎) ; 𝐹2 =
3 2
𝑚⋅𝑔 𝜇⋅𝑔⋅ℎ3
10) D −
3 6
𝑃 +𝜌⋅𝑔⋅𝑑
11) 𝐻 𝑃𝑜 −𝜌⋅𝑔⋅𝑑 32) Ver comentários
𝑜

12) B 33) a) 𝑇𝐵𝐷 = 10 𝜌𝑔 b) 𝑁 = 6 𝜌𝑔

13) 1,0 m 34) E

14) 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿(ℎ12 − ℎ02 ) ⋅ 𝑡𝑔 2


𝜃 35) B

𝑃𝑎 ⋅𝐿⋅𝐴 𝑚 36) D
15) a) 𝐿′ = 𝑃 b) 𝑦 = 𝜌⋅𝐴
𝑎 ⋅𝐴+𝑚𝑔
37) B
√3
16) 𝑉(𝜌 − 0,7 ⋅ 𝜌1 − 0,3 ⋅ 𝜌2 )𝑔 ⋅ 38) C
2

17) 9 cm 39) C
𝑚1 ⋅2⋅𝑒 𝑚2 ⋅𝑔
18) + 𝑚1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + − 40) C
𝑡2 2
𝜌⋅𝑉⋅𝑔
2 41) C
19) D 42) C
20) Ver comentários 43) 0,2 cm
21) E 44) a) Altura: 3 l; Largura: 2l;
Comprimento (direção de a): l b)
22) D 𝟗𝒍𝟑 𝒈
𝒂
23) E
√𝑚⋅(𝑚+2⋅𝜋⋅𝑅 2 ⋅𝜌⋅𝐻)−𝑚
45)
24) E 𝜌⋅𝜋⋅𝑅 2

25) C 46) 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2 ⋅ (𝜎 − 𝜌)

26) A 47) E

27)
2⋅𝐴2 ⋅(𝑝−𝑝𝑎𝑡𝑚 +𝜌⋅𝑔⋅ℎ) 48) A
𝐴 2
(𝑀+𝑀𝑎 )⋅(1−( 2 ) )
𝐴1
49) B
28) 768 mm
50) D
𝑙 𝑎⋅𝑏⋅𝛾
29) 2 ⋅ ( 10𝑃 + 1) 51) D

171
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52) C 57) E

53) E 58) C

54) E 59) 5√3 𝑟𝑎𝑑/𝑠

55) D

56) D

12. Lista de questões nível 3 comentada


(Simulado EsPCEx)
A figura a seguir representa uma barra homogêna de comprimento 𝐿 e densidade 𝜌/2, parcialmente
imersa em um líquido de densidade 𝜌. Dessa forma, o comprimento 𝑥 imersa no líquido é dado por:

√2 √3 √2
[A] (1 − )𝐿 [B] (1 − )𝐿 [C] (1 − )𝐿
2 2 4
√3
[D] (1 − )𝐿 [E] 𝐿/2
4

Comentários:

Representando o diagrama de forças na barra, temos:

172
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Como não comecemos a reação da articulação, então já vamos fazer somatório dos momentos em
relação a articulação igual ao vetor nulo. Em outras palavras, tudo que quer girar para um lado é igual a
tudo que quer girar no sentido oposto. Portanto:

𝑊 ⋅ 𝑏𝑝𝑒𝑠𝑜 = 𝐸 ⋅ 𝑏𝑒𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜

𝐿 𝑥
𝑚⋅𝑔⋅ ⋅ cos(𝛼) = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝐿 − ) ⋅ cos(𝛼)
2 2
𝜌 𝐿 𝑥
⋅ 𝐴 ⋅ 𝐿 ⋅ = 𝜌 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝐴 ⋅ (𝐿 − )
2 2 2
𝑥
𝐿2 = 4𝑥 (𝐿 − )
2
𝐿2 = 4𝐿𝑥 − 2𝑥 2

2𝑥 2 − 4𝐿𝑥 + 𝐿2 = 0

−(−4𝐿) ± √(−4𝐿)2 − 4 ⋅ 2 ⋅ 𝐿2
𝑥=
2⋅2

4𝐿 ± √8𝐿2
𝑥=
4

4𝐿 ± 2√2𝐿
𝑥=
4
Logo, temos duas candidatas a respostas:

4 + 2√2
𝑥1 = ( )𝐿
4

√2
𝑥1 = (1 + )𝐿
2

Note que esse resultado não convém, pois 𝑥1 > 𝐿, ou seja, a parte imersa da barra no líquido é
maior que a barra. Logo:

4 − 2√2
𝑥2 = ( )𝐿
4

√2
∴ 𝑥2 = (1 − )𝐿
2

Gabarito: A
(ITA - 1986)

173
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Um tubo capilar de comprimento “5a” é fechado em ambas as


extremidades. E contém ar seco que preenche o espaço no tubo
não ocupado por uma coluna de mercúrio de massa específica 𝜌 e
comprimento “a”. Quando o tubo está na posição horizontal, as
colunas de ar seco medem “2 a” cada. Levando- se lentamente o
tubo à posição vertical as colunas de ar têm comprimentos “a” e
“3 a”. Nessas condições, a pressão no tubo capilar quando em
posição horizontal é:
a) 3g 𝜌 a/4 b) 2g 𝜌 a/5 c) 2g 𝜌 a/3 d) 4g 𝜌 a/3 e) 4g 𝜌 a/5

Comentários:

Ao afirmar que o tubo é levantado lentamente, pode-se considerar que ocorreu um processo
isotérmico de expansão para o ar acima do mercúrio e uma contração isotérmica para o ar abaixo do
mercúrio. Assim, chamando de 𝑃𝑖 a pressão inicial com o tubo deitado e de 𝑆 a área de seção:

𝑃𝑓1 = 2𝑃𝑖
𝑃𝑖 ⋅ 2𝑎 ⋅ 𝑆 = 𝑃𝑓1 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑆
{ ⇒{ 2
𝑃𝑖 ⋅ 2𝑎 ⋅ 𝑆 = 𝑃𝑓2 ⋅ 3𝑎 ⋅ 𝑆 𝑃𝑓2 = 𝑃𝑖 ⋅
3

A diferença de pressão entre os dois bolsões de ar é responsável por sustentar o mercúrio.


Portanto:

𝐹Δ𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 𝑃𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜 ⇒ (𝑃𝑓1 − 𝑃𝑓2 ) ⋅ 𝑆 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑆

4 3⋅𝜌⋅𝑔⋅𝑎
𝑃𝑖 ( ) = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑃𝑖 =
3 4

Gabarito: A
(ITA – 1987)
Um bloco de urânio de peso 10N está suspendo a um dinamômetro e submerso em
mercúrio de massa específica 13,6 x 103 kg/m³, conforme a figura. A leitura no
dinamômetro é 2,9N. Então, a massa específica do urânio é:

a) 5,5 x 103 kg/m³


b) 24 x 103 kg/m³
c) 19 x 103 kg/m³
d) 14 x 103 kg/m³
e) 2,0 x 10-4 kg/m³

Comentários:

A medição do dinamômetro é igual ao peso do bloco menos o empuxo sofrido.

𝐹𝑑𝑖𝑛𝑎𝑚ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 𝑃 − 𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

174
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2,9 = 10 − 13,6 ⋅ 103 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

7,1
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
13,6 ⋅ 103 ⋅ 𝑔

Sabe-se, portanto, o volume submerso e a massa. Portanto, calcula-se a densidade:

𝑃
𝑔 10 ⋅ 13,6 ⋅ 103 ⋅ 𝑔
𝜌𝑈𝑟â𝑛𝑖𝑜 = = = 19,15 ⋅ 103 𝑘𝑔/𝑚3
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 𝑔 ⋅ 7,1

Gabarito: C
(ITA - 1988)
Dois blocos, A e B, homogêneos e de massa específica 3,5
g/cm3 e 6,5 g/cm3, respectivamente, foram colados um no
outro e o conjunto resultante foi colocado no fundo
(rugoso) de um recipiente, como mostra a figura. O bloco
A tem o formato de um paralelepípedo retangular de
altura 2a, largura a e espessura a. O bloco B tem o formato
de um cubo de aresta a. Coloca-se, cuidadosamente, água
no recipiente até uma altura h, de modo que o sistema
constituído pelos blocos A e B permaneça em equilíbrio,
isto é, não tombe. O valor máximo de h é:
a) 0
b) 0,25 a
c) 0,5 a
d) 0,75 a
e) a

Comentários:

Devido à presença do bloco B “à direita” do bloco A, deduz-se que o conjunto tombará no sentido
horário. Dessa forma, calcula-se o momento em relação ao canto inferior direito de A. Assim, na iminência
do tombamento:

𝑀𝑃𝐴 + 𝑀𝑃𝐵 + 𝑀𝐸𝐴 = 0

Em que:

- 𝑀𝑝𝐴 é o momento por conta do peso do bloco A;

- 𝑀𝑃𝐵 é o momento por conta do peso do bloco B;

- 𝑀𝐸𝐴 é o momento por conta do empuxo sobre o bloco A.

175
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Vale ressaltar que embora a superfície seja rugosa (há atrito), o braço de alavanca deste em relação
ao polo adotado é nulo. Da mesma forma, a força normal na iminência do tombamento atuará sobre o
polo, portanto o braço de alavanca também será nulo.

Fazendo-se os momentos em torno do canto inferior direito:


𝑎 𝑎 𝑎
𝑃𝐴 ⋅ − 𝑃𝐵 ⋅ − 𝐸𝐴 ⋅ = 0
2 2 2
𝑃𝐴 = 𝜌𝐴 ⋅ 𝑉𝐴 = 𝜌𝐴 ⋅ 2𝑎3

𝑃𝐵 = 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 = 𝜌𝐵 ⋅ 𝑎3

𝐸𝐴 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉𝑆𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ ℎ ⋅ 𝑎2

Substituindo tudo no equilíbrio de momentos:


𝑎 𝑎 𝑎
𝜌𝐴 ⋅ 2𝑎3 ⋅ − 𝜌𝐵 ⋅ 𝑎3 ⋅ − 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ ℎ ⋅ 𝑎2 ⋅ = 0
2 2 2
6,5 ⋅ 𝑎 ℎ
3,5 ⋅ 𝑎 − −1⋅ =0
2 2

0,25𝑎 =
2

ℎ = 0,5𝑎

Gabarito: C
(ITA - 1988)
Uma haste homogênea e uniforme de comprimento L, secção reta de área A, e massa específica 𝜌
é livre de girar em torno de um eixo horizontal fixo num ponto P localizado a uma distância d = L/2
abaixo da superfície de um líquido de massa específica 2𝜌 . Na situação de equilíbrio estável, a haste
forma com a vertical um ângulo igual a:
a) 45º
b) 60º
c) 30º
d) 75º
e) 15º

Comentários:

Deve-se lembrar que o empuxo atua sobre o centro geométrico do volume submerso (centro de
carena). Portanto, o braço de alavanca para o empuxo é de:

176
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𝑥 𝑥 𝐿
= tg 𝜃 ⇒ = ⋅ tg 𝜃
𝐿 2 4
2
O braço de alavanca da força peso é:

𝐿
𝑦= ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
2
Fazendo-se o equilíbrio rotacional em torno do ponto de fixação:

𝑥 𝐿 𝐿 𝐿
𝐸⋅ = 𝑃 ⋅ 𝑦 ⇒ 2𝜌 ⋅ ⋅ 𝐴 ⋅ ⋅ 𝑡𝑔 𝜃 = 𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝐴 ⋅ ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
2 2 cos 𝜃 4 2
𝑡𝑔 𝜃 𝑠𝑒𝑛 𝜃
=
4 cos 𝜃 2

1 √2
cos2 𝜃 = ⇒ cos 𝜃 =
2 2

Gabarito: A
(ITA - 1993)
Os dois vasos comunicantes da figura abaixo são abertos, têm seções retas iguais a S e contêm um
líquido de massa específica . Introduz-se no vaso esquerdo um cilindro maciço e homogêneo de
massa M, seção 𝑆′ < 𝑆 e menos denso que o líquido. O cilindro é introduzido e abandonado de
modo que no equilíbrio seu eixo permaneça vertical. Podemos afirmar que no equilíbrio o nível de
ambos os vasos sobe:
a) 𝑀/[𝜌(𝑆 − 𝑆′)]
b) 𝑀/[𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
c) 𝑀/[2𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
d) 2𝑀/[2𝜌(2𝑆 − 𝑆′)]
e) 𝑀/[2𝜌𝑆]

177
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Comentários:

Para achar a altura que o líquido sobe, devemos calcular o volume que o objeto introduzido
desloca. Esse volume é achado pelo equilíbrio entre a força peso e a força de empuxo:

𝑃 = 𝐸 ⇒ 𝑀𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑀
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
𝜌

Esse volume que o corpo desloca irá subir igualmente em ambos os tubos. Isto é:

𝑀
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝐴 ⋅ ℎ ⇒ = 2𝑆 ⋅ ℎ
𝜌

𝑀
ℎ=
2𝜌 ⋅ 𝑆

Observação: um erro muito comum é considerar que o líquido irá subir somente numa seção
(2𝑆 − 𝑆 ′ ). Isso está errado, pois ao fazer-se tal consideração, considera-se que ao inserir o corpo, ele
desloca um volume ao seu redor e no outro tubo, sem “subir” junto com a água. Nesse caso, o volume
submerso aumentaria e o sistema não estaria em equilíbrio.

Gabarito: E
(ITA - 1993)
Um recipiente, cujas secções retas dos êmbolos valem S1 e S2, está cheio de um líquido de
densidade 𝜌, como mostra a figura. Os êmbolos estão unidos entre si por um arame fino de
comprimento 𝑙. Os extremos do recipiente estão abertos. Despreze o peso dos êmbolos, do arame
e quaisquer atritos. Quanto vale a tensão T no arame?

Comentários:

Analisando o equilíbrio das placas, temos:

178
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Para a placa superior (𝑆1 ), tem-se:

𝑇
𝑃𝑎𝑡𝑚 ⋅ 𝑆1 + 𝑇 − 𝑝1 ⋅ 𝑆1 = 0 ⇒ 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝑝1 −
𝑆1

Para a placa inferior (𝑆2 ), podemos escrever que:

𝑝2 ⋅ 𝑆2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 ⋅ 𝑆2 + 𝑇

Substituindo 𝑃𝑎𝑡𝑚 , vem:

𝑇 𝑆2
𝑝2 ⋅ 𝑆2 = (𝑝1 − ) ⋅ 𝑆2 + 𝑇 ⇒ 𝑇 (1 − ) = 𝑆2 (𝑝2 − 𝑝1 )
𝑆1 𝑆1

Pela Lei de Stevin:

𝑝2 − 𝑝1 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿

Então:

𝑆2 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿 𝜌𝑔𝑙𝑆1 𝑆2
𝑇= ⇒ 𝑇=
(𝑆1 − 𝑆2 ) 𝑆1 − 𝑆2
𝑆1
𝝆𝒈𝒍𝑺𝟏 𝑺𝟐
Gabarito: 𝑻 = 𝑺𝟏 −𝑺𝟐

(ITA - 1997)
Um anel, que parece ser de ouro maciço, tem massa de 28,5 g. O anel desloca 3 cm3 de água quando
submerso. Considere as seguintes afirmações:
I- O anel é de ouro maciço.
II- O anel é oco e o volume da cavidade 1,5 cm3.
III- O anel é oco e o volume da cavidade 3,0 cm3.
IV- O anel é feito de material cuja massa específica é a metade da do ouro.
Das afirmativas mencionadas:
a) Apenas I é falsa.
b) Apenas III é falsa.
c) Apenas I e III são falsas.

179
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d) Apenas II e IV são falsas.


e) Qualquer uma pode ser correta.

Comentários:

Na prova era dada a densidade do ouro 𝜌𝐴𝑢 = 19,0𝑔/𝑐𝑚3. Calculando-se a densidade do anel:

𝑚 28,5
𝑑= = = 9,5𝑔/𝑐𝑚3
𝑣 3
Para essa densidade existem duas possibilidades.

-O material não é ouro e o anel é maciço, sendo assim a densidade do material é 9,5 𝑔/𝑐𝑚3, ou
seja, metade da do ouro.

-O anel é de ouro, mas não é maciço, portanto, sendo 28,5 𝑔 a massa do anel, teria-se somente
1,5 𝑐𝑚 de ouro. Portanto, um oco de 1,5 𝑐𝑚3 .
3

Portanto, as opções falsas são I e III.

Gabarito: C
(ITA - 1997)
Um recipiente de raio R e eixo vertical contém álcool até uma altura H. Ele possui, à meia altura da
coluna de álcool, um tubo de eixo horizontal cujo diâmetro d é pequeno comparado a altura da
coluna de álcool, como mostra a figura. O tubo é vedado por um êmbolo que impede a saída de
álcool, mas que pode deslizar sem atrito através do tubo. Sendo p a massa específica do álcool, qual
é a magnitude da força F necessária para manter o êmbolo sua posição?

Comentários:

Para que o êmbolo se mantenha em posição deve haver equilíbrio das forças.

𝐻
𝐹 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 ⋅ 𝐴 = (𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ) ⋅ 𝐴
2

𝐻 𝑑 2
𝐹 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ⋅ (𝜋 ( ) )
2 2

𝐻 𝑑2 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐻 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑑2
𝐹 =𝜌⋅𝑔⋅ ⋅𝜋⋅ =
2 4 8

180
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Gabarito: 𝑭 = 𝝆𝒈𝑯𝝅𝒅𝟐 /𝟖
(ITA - 1997)
Um vaso comunicante em forma de U possui duas colunas da mesma altura h = 42,0 cm, preenchidas
com água até a metade. Em seguida, adiciona-se óleo de massa específica igual a 0,80 g/cm3 a uma
das colunas até a coluna estar totalmente preenchida, conforme a figura B. A coluna de óleo terá
comprimento de:
a) 14,0 cm
b) 16,8 cm.
c) 28,0 cm
d) 35,0 cm.
e) 37,8 cm.

Comentários:

Considera-se que a coluna de água de água do lado esquerdo sobe uma altura 𝑥. Pela conservação
do volume, significa que o lado direito desceu 𝑥. Portanto, a altura da coluna de óleo será 21 + 𝑥 e a
diferença entre as alturas de coluna de água é de 2𝑥.

Pelo equilíbrio das pressões:

𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 2𝑥 = 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑥 + 21) ⇒ 1 ⋅ 2𝑥 = 0,8 ⋅ (𝑥 + 21)

1,2𝑥 = 16,8 ⇒ 𝑥 = 14 𝑐𝑚

Sendo a altura da coluna de óleo 21 + 𝑥, tem-se que a altura é de 35 𝑐𝑚.

Gabarito: D
(ITA - 1997)
Um tubo vertical de secção S, fechado em uma extremidade, contém um gás, separado da atmosfera
por um êmbolo de espessura d e massa específica 𝜌. O gás, suposto perfeito, está à temperatura
ambiente e ocupa um volume V = SH (veja figura). Virando o tubo tal que a abertura fique voltada
para baixo, o êmbolo desce e o gás ocupa um novo volume, V = SH’. Denotando a pressão
atmosférica por P0, qual é a nova altura H?

181
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Comentários:

A pressão inicial do gás é:

𝜌⋅𝑔⋅𝑆⋅𝑑
𝑃𝑖 = 𝑃0 +
𝑆
A pressão final do gás é:

𝜌⋅𝑔⋅𝑆⋅𝑑
𝑃𝑓 = 𝑃0 −
𝑆
Considerando que houve uma transformação isotérmica entre a situação final e inicial,

𝑃𝑖 ⋅ 𝑉 = 𝑃𝑓 ⋅ 𝑉 ′

(𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑)𝑆 ⋅ 𝐻 = (𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑) ⋅ 𝑆𝐻′

𝑃𝑜 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑
𝐻′ = 𝐻
𝑃𝑜 − 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑

𝑷 +𝝆𝒈𝒅
Gabarito: 𝑯 𝑷𝒐−𝝆𝒈𝒅
𝒐

(ITA - 2005)
Um pequeno objeto de massa 𝑚 desliza sem atrito sobre um bloco de
massa 𝑀 com o formato de uma casa (veja figura). A área da base do
bloco é 𝑆 e o ângulo que o plano superior do bloco forma com a
horizontal é . O bloco flutua em um líquido de densidade 𝜌,
permanecendo, por hipótese, na vertical durante todo o experimento.
Após o objeto deixar o plano e o bloco voltar à posição de equilíbrio, o
decréscimo da altura submersa do bloco é igual a:
a) 𝑚 ⋅ 𝑠𝑒𝑛²𝛼/𝑆𝜌 b) 𝑚 ⋅ 𝑐𝑜𝑠²𝛼/𝑆𝜌 c) 𝑚 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝛼/𝑆𝜌
d) 𝑚/𝑆𝜌 e) 𝑚 + 𝑀/𝑆𝜌

Comentários:

Analisando a dinâmica do bloco 𝑚:

182
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Portanto, as forças verticais que o bloco m impõe sobre o bloco M são:

𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 𝛼 ⋅ cos 𝛼

𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 2 𝛼

Após a queda do bloco m, pelo equilíbrio do bloco M:

𝐹𝑣𝑒𝑟𝑡 = Δ𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜

𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos2 𝛼 = 𝜌 ⋅ 𝑆 ⋅ Δℎ ⋅ 𝑔

𝑚 ⋅ cos2 𝛼
Δℎ =
𝑆⋅𝜌

Gabarito: B
(ITA – 2007)
A figura mostra uma bolinha de massa m = 10 g presa por um fio que a mantém totalmente
submersa no líquido (2), cuja densidade é cinco vezes a densidade do líquido (1), imiscível, que se
encontra acima. A bolinha tem a mesma densidade do líquido (1) e sua extremidade superior se
encontra a uma profundidade h em relação à superfície livre. Rompido o fio, a extremidade superior
da bolinha corta a superfície livre do líquido (1) com velocidade de 8,0 m/s. Considere aceleração
da gravidade g = 10 m/s2, h1 = 20 cm, e despreze qualquer resistência ao movimento de ascensão
da bolinha, bem como o efeito da aceleração sofrida pela mesma ao atravessar a interface dos
líquidos. Determine a profundidade h.

183
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Comentários:

Rompido o fio que segurava a bolinha, a força resultante sobre ela é dada por:

𝐹𝑅 = 𝐸 − 𝑃 ⇒ 𝐹𝑅 = 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉 − 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉 = 4𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉

Pela Segunda Lei de Newton:

4𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑉 = 𝜌1 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑎 ⇒ 𝑎 = 4𝑔 = 40 𝑚/𝑠 2

Pela equação de Torricelli:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2𝑎Δ𝑆 ⇒ 64 = 0 + 80 ⋅ Δ𝑆 ⇒ Δ𝑆 = 0,8 𝑚

Somando-se a altura ℎ1 , temos:

ℎ = 1𝑚

Gabarito: h = 1,0 m
(ITA-2009)
Uma balsa tem o formato de um prisma reto de comprimento L e seção transversal como vista na
figura. Quando sem carga, ela submerge parcialmente até a uma profundidade h0. Sendo ρ a massa
específica da água e g a aceleração da gravidade, e supondo seja mantido o equilíbrio hidrostático,
determine a carga P que a balsa suporta quando submersa a uma profundidade h1.

Comentários:

Chamando de M a massa da balsa:

𝜃 𝜃
𝑃𝑒𝑠𝑜 = 𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ0 ⋅ ℎ0 ⋅ 𝑡𝑔 ⋅ 𝐿 ⇒ 𝑀 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ02 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝑡𝑔
2 2
Adicionando-se uma carga P:

𝜃
𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐸𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 ⇒ 𝑀 ⋅ 𝑔 + 𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 ⋅ ℎ1 ⋅ 𝑡𝑔 ⋅ 𝐿
2
Substituindo o 𝑀 calculado anteriormente:

𝜃
𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝐿(ℎ12 − ℎ02 ) ⋅ 𝑡𝑔
2
𝜽
Gabarito: 𝝆𝒈𝑳(𝒉𝟐𝟏 − 𝒉𝟐𝟎 ) ⋅ (𝒕𝒈 𝟐)

184
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(ITA-2009)
Para ilustrar os princípios de Arquimedes e de Pascal, Descartes emborcou na água um tubo de
ensaio de massa 𝑚, comprimento 𝐿 e área da seção transversal 𝐴. Sendo 𝑔 a aceleração da
gravidade, 𝜌 a massa específica da água, e desprezando variações de temperatura no processo,
calcule:

a) o comprimento da coluna de ar no tubo, estando o tanque aberto sob pressão atmosférica 𝑃𝑎 .


b) e, o comprimento da coluna de ar no tubo, de modo que a pressão no interior do tanque fechado
possibilite uma posição de equilíbrio em que o topo do tubo se situe no nível da água (ver figura).

Comentários:

a) Pelo equilíbrio do tubo:

𝐸 = 𝑃 ⇒ 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝑚 ⋅ 𝑔
𝑚
𝜌⋅𝑥⋅𝐴 =𝑚 ⇒𝑥 =
𝜌⋅𝐴

Considerando uma transformação isotérmica de gás ideal:

𝑃1 ⋅ 𝑉1 = 𝑃2 ⋅ 𝑉2 ⇒ 𝑃𝑎 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝐴 = (𝑃𝑎 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑥) ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐿′

𝑃𝑎 ⋅ 𝐿 𝑃𝑎 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝐴
𝐿′ = ′
𝑚 ⇒ 𝐿 = 𝑃 ⋅ 𝐴 + 𝑚𝑔
𝑃𝑎 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝐴 𝑎

185
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b) Como o item anterior, pelo equilíbrio do tubo:

𝐸 = 𝑃 ⇒ 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏 ⋅ 𝑔 = 𝑚𝑔

𝑚
𝜌⋅𝐿⋅𝑦 =𝑚 ⇒ 𝑦 =
𝜌⋅𝐴

𝑷𝒂 ⋅𝑳⋅𝑨 𝒎
Gabarito: a) 𝑳′ = 𝑷 b) 𝒚 = 𝝆⋅𝑨
𝒂 ⋅𝑨+𝒎𝒈

(ITA-2010)
Uma esfera maciça de massa específica 𝜌 e volume 𝑉 está imersa entre dois líquidos, cujas massas
específicas são 𝜌1 e 𝜌2 , respectivamente, estando suspensa por uma corda e uma mola de constante
elástica 𝑘, conforme mostra a figura. No equilíbrio, 70% do volume da esfera está no líquido 1 e
30 % no líquido 2. Sendo 𝑔 a aceleração da gravidade, determine a força de tração na corda.

Comentários:

Pelo equilíbrio do nó:

{𝑇 ⋅ cos 30° + 𝑘 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° = 𝑇′


𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 30° = 𝑘 ⋅ 𝑥 ⋅ cos 30°
Da segunda equação:

𝑘 ⋅ 𝑥 = 𝑇 ⋅ 𝑡𝑔 30°

Substituindo na primeira:

𝑠𝑒𝑛2 30°
𝑇 ⋅ cos 30° + 𝑇 ⋅ = 𝑇 ′ ⇒ 𝑇 = 𝑇′ ⋅ cos 30°
cos 30°

186
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Pelo equilíbrio da esfera:

𝐸1 + 𝐸2 + 𝑇′ = 𝑃

(𝜌1 ⋅ 𝑉1 + 𝜌2 ⋅ 𝑉2 ) ⋅ 𝑔 − 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = −𝑇′

𝑇 ′ = 𝑉(𝜌 − 0,7 ⋅ 𝜌1 − 0,3 ⋅ 𝜌2 )𝑔

Mas, sabe-se que:

√3
𝑇 = 𝑇 ′ ⋅ cos 30° ⇒ 𝑇 = 𝑉(𝜌 − 0,7 ⋅ 𝜌1 − 0,3 ⋅ 𝜌2 )𝑔 ⋅
2
√𝟑
Gabarito: 𝑻 = 𝑽𝒈(𝝆 − 𝟎, 𝟕𝝆𝟏 − 𝟎, 𝟑𝝆𝟐 ) ⋅ 𝟐

(IME)
Dois líquidos imiscíveis em um tubo em U (seção constante) tem as densidades na relação de dez
para um: o menos denso tem a superfície livre 10 𝑐𝑚 acima da separação dos líquidos. Qual a
diferença de nível entre as superfícies livres nos dois ramos do tubo?

Comentários:

Pela lei de Stevin:

𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 + 𝑝𝑎𝑡𝑚 = 𝜌2 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 + 𝑝𝑎𝑡𝑚

Mas:

ℎ1 = 10

E:

𝜌2 = 10𝜌1

Logo:

𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 10 = 10𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2

ℎ2 = 1𝑐𝑚

Logo, a diferença de nível entre as superfícies livres é de 9 cm.

Gabarito: 9 cm

187
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(IME – 1982)
O automóvel de massa 𝑚1 , representado na figura, está subindo
a rampa de inclinação com uma aceleração constante. Preso ao
automóvel existe um cabo de massa desprezível o qual passa por
uma roldana fixa 𝐴 e por uma roldana móvel 𝐵, ambas de massa
desprezível, tendo finalmente a outra extremidade fixa em 𝐷. Ao
eixo da roldana móvel, cujos fios são paralelos, está presa uma
caixa cúbica de volume 𝑉 e massa 𝑚2 imersa em um líquido de
massa específica 𝜌. Sabendo-se que o automóvel, partindo do
repouso, percorreu um espaço “𝑒” em um intervalo de tempo 𝑡
e que a caixa permaneceu inteiramente submersa neste período,
calcular a força desenvolvida pelo conjunto motor do automóvel.
Desprezar a resistência oferecida pelo líquido ao deslocamento da caixa.

Comentários:

Pela equação horária:

𝑎 2 1
𝑒= ⋅𝑡 ⇒𝑎 = 2⋅𝑒⋅ 2
2 𝑡
Sabendo-se a aceleração desenvolvida pelo carro, é necessário relacionar todas as forças do
problema de modo a obter a resultante e aplicar a segunda lei de Newton.

O bloco suspenso na polia móvel está representado a seguir:


𝑇 𝑇
{ 𝑇 = ′
2 ⇒ 𝑇 = 𝑚2 ⋅ 𝑔 − 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 ⇒ 𝑇 = 2
𝑇+𝐸 =𝑃
O carro está representado a seguir:

188
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𝐹 − 𝑚1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝑇 ′ = 𝑚1 ⋅ 𝑎

𝑚1 ⋅ 2 ⋅ 𝑒 𝑚2 ⋅ 𝑔 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔
𝐹= 2
+ 𝑚1 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + −
𝑡 2 2
𝟐⋅𝒎𝟏 ⋅𝒆 𝒎𝟐 ⋅𝒈 𝝆⋅𝑽⋅𝒈
Gabarito: 𝒎𝟏 ⋅ 𝒈 ⋅ 𝒔𝒆𝒏 𝜶 + + −
𝒕𝟐 𝟐 𝟐

(ITA – 2011)
Um cubo maciço homogêneo com 4,0 𝑐𝑚 de aresta flutua na água
tranquila de uma lagoa, de modo a manter 70% da área total da sua
superfície em contato com a água, conforme mostra a figura. A seguir,
uma pequena rã se acomoda no centro da face superior do cubo e este
se afunda mais 0,50 𝑐𝑚 na água. Assinale a opção com os valores
aproximados da densidade do cubo e da massa da rã, respectivamente.
a) 0,20 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
b) 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
c) 0,70 𝑔/𝑐𝑚3 e 8,0 𝑔
d) 0,80 𝑔/𝑐𝑚3 e 6,4 𝑔
e) 0,80 𝑔/𝑐𝑚3 e 8,0 𝑔

Comentários:

Primeiro, calcula-se o volume submerso inicial. Para isso utiliza-se a informação do problema:

𝐴𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑎 = 0,7 ⋅ 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

𝑎2 + 𝑥 ⋅ 𝑎 ⋅ 4 = 0,7 ⋅ 𝑎2 ⋅ 6

Em que:

- 𝑎 é a aresta do cubo;

- 𝑥 é a parte da aresta submersa.

Assim:

189
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3,2 ⋅ 𝑎2 = 4 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑥 ⇒ 𝑥 = 0,8 ⋅ 𝑎

Pelo equilíbrio do cubo, portanto:

𝐸=𝑃

𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑐𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔

1 ⋅ 0,8 ⋅ 𝑉 = 𝜌𝑐𝑢𝑏𝑜 ⋅ 𝑉

𝜌𝑐𝑢𝑏𝑜 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚3

O peso da rã é compensado pelo novo volume submerso. Portanto:

𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜,𝑛𝑜𝑣𝑜 = 𝑎2 ⋅ 0,5 = 8 𝑐𝑚3

𝐸𝑛𝑜𝑣𝑜 = 𝑃𝑟ã

Adotando o SI:

1
0,8 ⋅ 8 ⋅ 10 ⋅ = 𝑚 ⋅ 10 ⇒ 𝑚 = 6,4 𝑔
1000
Gabarito: D
(ITA – 2011)
Um bloco, com distribuição homogênea de massa, tem o formato de um prisma regular cuja seção
transversal é um triângulo equilátero. Tendo 0,5 𝑔/𝑐𝑚3 de densidade, tal bloco poderá flutuar na
água em qualquer das posições mostradas na figura. Qual das duas posições será a mais estável?
Justifique sua resposta. Lembrar que o baricentro do triângulo se encontra a 2/3 da distância entre
um vértice e seu lado oposto.

Comentários:

Primeiramente, analisemos onde estão localizados os centros de carena e de massa no prisma em


cada situação. Para ambas as situações, pelo equilíbrio translacional, temos:

𝑃 = 𝐸 ⇒ 𝜌𝐵𝑙𝑜𝑐𝑜 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑙𝑖𝑞 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑉
0,5 ⋅ 𝑉 = 1 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⇒ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 =
2

190
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Considerando que cada pedaço do prisma tem seu 𝐶𝑀 (centro de massa) representado da seguinte
forma:

Portanto, equacionando o centro de massa do triângulo:

𝐶𝑀1 ⋅ 𝐴1 + 𝐶𝑀2 ⋅ 𝐴2
𝐶𝑀 =
𝐴1 + 𝐴2

Mas, 𝐴1 = 𝐴2 sempre, contanto que o corpo esteja em equilíbrio translacional. Portanto:

2 ⋅ 𝐶𝑀 = 𝐶𝑀1 + 𝐶𝑀2

𝐶𝑀 − 𝐶𝑀1 = 𝐶𝑀2 − 𝐶𝑀

|𝐶𝑀 − 𝐶𝑀1 | = |𝐶𝑀 − 𝐶𝑀2 |

Repare que para esta relação não foi necessário considerar o fato de ser um prisma e um triângulo
(caso a base esteja paralela à superfície da água!), portanto esta relação é sempre verdadeira, contanto
que o corpo esteja em equilíbrio translacional.

Sendo assim, a relação entre o braço de alavanca das forças de empuxo e peso é sempre igual em
ambos os casos, e os módulos das forças também. Ou seja, a análise de estabilidade de uma situação é
válida para a outra. Repare que isto ocorreu somente pois a densidade do líquido é o dobro da densidade
do bloco.

Gabarito: vide comentários


(ITA – 2012)
No interior de um elevador encontra-se um tubo de vidro fino, em
forma de U, contendo um líquido sob vácuo na extremidade vedada,
sendo a outra conectada a um recipiente de volume 𝑉 com ar
mantido à temperatura constante. Com o elevador em repouso,
verifica-se uma altura ℎ de 10 𝑐𝑚 entre os níveis do líquido em
ambos os braços do tubo. Com o elevador subindo com aceleração
constante 𝑎⃗ (ver figura), os níveis do líquido sofrem um

191
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deslocamento de altura de 1,0 𝑐𝑚. Pode-se dizer então que a aceleração do elevador é igual a
a) -1,1 m/s2. b) -0,91 m/s2. c) 0,91 m/s2.
d) 1,1 m/s2. e) 2,5 m/s2.

Comentários:

Pelo equilíbrio de pressões na situação inicial:

𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = 𝑃1

Em que:

- 𝑃0 é a pressão acima do líquido no braço esquerdo;

- 𝑃1 é a pressão acima do líquido no braço direito (pressão do gás);

- 𝜌 é a densidade do líquido;

- 𝑔 é a gravidade local;

- ℎ é a diferença de altura entre os braços.

Como há vácuo no braço esquerdo:

𝑃0 = 0 ⇒ 𝑃1 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ = 10 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔

Fazendo-se o novo equilíbrio de pressões:

𝑃0 + 𝜌 ⋅ 𝑔′ ⋅ ℎ′ = 𝑃1 ′

Considerando que:

- a variação do volume V é indiferente (por falta de informações acerca da seção transversal);

- que o vácuo se mantém;

- ℎ′ = ℎ − 2Δℎ, visto que uma coluna desce Δℎ e a outra sobe Δℎ.

𝜌 ⋅ (𝑔 + 𝑎) ⋅ 8 = 𝑃1 ⇒ 𝜌 ⋅ (𝑔 + 𝑎) ⋅ 8 = 10 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔
𝑔
8⋅𝑎 =2⋅𝑔 ⇒𝑎 = = 2,5 𝑚/𝑠 2
4
Gabarito: E
(ITA – 2013)
Um recipiente contém dois líquidos homogêneos e imiscíveis, A e B, com densidades respectivas 𝜌𝐴
e 𝜌𝐵 . Uma esfera sólida, maciça e homogênea, de massa 𝑚 = 5 𝑘𝑔, permanece em equilíbrio sob
ação de uma mola de constante elástica 𝑘 = 800 𝑁/𝑚, com metade de seu volume imerso em cada

192
AULA 04 – Hidrostática
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um dos líquidos, respectivamente, conforme a figura. Sendo 𝜌𝐴 = 4𝜌 e 𝜌𝐵 = 6𝜌, em que 𝜌 é a


densidade da esfera, pode-se afirmar que a deformação da mola é de
a) 0 m.
b) 9/16 m.
c) 3/8 m.
d) 1/4 m.
e) 1/8 m.

Comentários:

Pelo equilíbrio do corpo:

𝐸1 + 𝐸2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 + 𝑘 ⋅ 𝑥 ⇒ 𝜌𝐴 ⋅ 𝑉𝐴 ⋅ 𝑔 + 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 + 𝑘 ⋅ 𝑥

Mas:

𝑉𝐴 = 0,5 ⋅ 𝑉
{
𝑉𝐵 = 0,5 ⋅ 𝑉

Logo:

𝑉 𝑉
4⋅𝜌⋅ ⋅𝑔+6⋅𝜌⋅ ⋅𝑔 =𝜌⋅𝑉⋅𝑔+𝑘⋅𝑥 ⇒4⋅𝜌⋅𝑉⋅𝑔 =𝑘⋅𝑥
2 2
Mas:

𝜌 ⋅ 𝑉 = 𝑚 = 5 𝑘𝑔 ⇒ 4 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝑘𝑥

1
20 ⋅ 10 = 800 ⋅ 𝑥 ⇒ 𝑥 = 𝑚
4

Gabarito: D
(ITA – 2014)
Uma esfera de massa 𝑚 tampa um buraco circular de raio 𝑟 no fundo de um recipiente cheio de
água de massa específica 𝜌. Baixando-se lentamente o nível da água, num dado momento a esfera
se desprende do fundo do recipiente. Assinale a alternativa que expressa a altura ℎ do nível de água
para que isto aconteça, sabendo que o topo da esfera, a uma altura 𝑎 do fundo do recipiente,
permanece sempre coberto de água.
a) 𝑚/𝜌𝜋𝑎²
b) 𝑚/𝜌𝜋𝑟²
c) 𝑎(3𝑟 2 + 𝑎2 )/(6𝑟 2 )
d) 𝑎/2 − 𝑚/𝜌𝜋𝑟²
e) 𝑎(3𝑟 2 + 𝑎2 )/(6𝑟 2 ) − 𝑚/𝜌𝜋𝑟²

193
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Comentários:

Fazendo-se o equilíbrio de forças sobre a esfera, quando ela se desprende, tem-se:

𝐸 + 𝐹𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝑃

Em que:

- 𝐸 é o empuxo sofrido pela esfera;

- 𝑃 é o peso da esfera;

- 𝐹𝑃𝑎𝑡𝑚 é a força por conta da pressão atmosférica sobre a esfera.

Entretanto, não são dadas informações acerca da 𝑃𝑎𝑡𝑚 , portanto esta será desconsiderada. Além
disso, pode-se simplificar o cálculo do empuxo. Caso a esfera estivesse inteiramente submersa, o empuxo
seria de 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔. No entanto, por conta da não atuação da pressão da água sobre a calota inferior,
deve-se descontar esta parcela. Caso houvesse água atuando sobre a parcela, seria de:
𝐹 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑟2

Portanto, o empuxo é de:

𝐸 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 − 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑟 2

Assim:

𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 − 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑟 2 = 𝑚𝑔

O volume da calota é dado por:


𝜋⋅𝑎
𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 𝑉𝑐𝑎𝑙𝑜𝑡𝑎 = ⋅ (3 ⋅ 𝑟 2 + 𝑎2 )
6
Portanto:
𝜋⋅𝑎
⋅ (3 ⋅ 𝑟 2 + 𝑎2 ) 𝑚
ℎ= 6 −
𝜋⋅𝑟 2 𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑟2

𝑎 ⋅ (3 ⋅ 𝑟 2 + 𝑎2 ) 𝑚
ℎ= 2

6⋅𝑟 𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑟2

Gabarito: E
(ITA – 2015)
Um tubo em forma de U de seção transversal uniforme, parcialmente cheio até uma altura
ℎ com um determinado líquido, é posto num veículo que viaja com aceleração horizontal, o que
resulta numa diferença de altura 𝑧 do líquido entre os braços do tubo interdistantes de um
comprimento 𝐿. Sendo desprezível o diâmetro do tubo em relação à 𝐿, a aceleração do veículo é
dada por

194
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2𝑧𝑔 (ℎ−𝑧)𝑔 (ℎ+𝑧)𝑔 2𝑔ℎ 𝑧𝑔


b) b) c) d) e)
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿 𝐿

Comentários:

𝑧 𝑎 𝑧⋅𝑔
𝑡𝑔 𝜃 = = ⇒ 𝑎=
𝐿 𝑔 𝐿

Gabarito: E
(ITA – 2016)
Balão com gás Hélio inicialmente a 27°𝐶 de temperatura c pressão de 1,0 𝑎𝑡𝑚, as mesmas do ar
externo, sobe até o topo de uma montanha, quando o gás se resfria a −23°𝐶 e sua pressão reduz-
se a 0,33 de 𝑎𝑡𝑚, também as mesmas do ar externo. Considerando invariável a aceleração da
gravidade na subida, a razão entre as forças de empuxo que atuam no balão nestas duas posições é
a) 0,33. b) 0,40. c) 1,0. d) 2,5. e) 3,0.

Comentários:

Pela equação de Clapeyron:

𝑛⋅𝑅⋅𝑇
𝑃⋅𝑉 =𝑛⋅𝑅⋅𝑇 ⇒𝑉 =
𝑃
Trabalhando-se mais um pouco:
𝑚
𝑛 𝑃 𝑃
= ⇒𝑀 =
𝑉 𝑅⋅𝑇 𝑉 𝑅⋅𝑇
𝑚 𝑃⋅𝑀
=𝑑=
𝑉 𝑅⋅𝑇
Portanto, com as expressões pra 𝑑 e 𝑉:

𝑃⋅𝑀 𝑛⋅𝑅⋅𝑇
𝐸 = 𝑑⋅𝑉⋅𝑔 = ⋅ ⋅𝑔 =𝑀⋅𝑛⋅𝑔
𝑅⋅𝑇 𝑃

195
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Mas, 𝑀, 𝑛 e 𝑔 são considerados constantes (não tem informações suficientes pra calcular uma
possível diferença nas gravidades locais entre as duas posições). Portanto, o empuxo não varia com a
altura.

Gabarito: C
(ITA – 2016)
Um corpo flutua estavelmente em um tanque contendo dois líquidos imiscíveis, um com o dobro da
densidade do outro, de tal forma que as interfaces líquido/líquido e líquido/ar dividem o volume do
corpo exatamente em três partes iguais. Sendo completamente removido o líquido mais leve, qual
proporção do volume do corpo permanece imerso no líquido restante?
a) 1/2 b) 1/4 c) 3/4 d) 2/5 e) 3/5

Comentários:

Pelo equilíbrio de forças na situação inicial:

𝑉 𝑉
𝑃 = 𝐸1 + 𝐸2 ⇒ 𝑃 = 𝜌 ⋅ ⋅ 𝑔 + 2𝜌 ⋅ ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔
3 3
Retirando-se o líquido mais leve e fazendo-se novamente o equilíbrio:

𝑃 = 𝐸 ⇒ 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 2 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 1
=
𝑉 2
Gabarito: A
(ITA-2016)
Um cilindro vertical de seção reta de área 𝐴1 , fechado, contendo gás e água é posto sobre um
carrinho que pode se movimentar horizontalmente sem atrito. A uma profundidade ℎ do cilindro,
há um pequeno orifício de área 𝐴2 por onde escoa a água. Num certo instante a pressão do gás é 𝑝,
a massa de água, 𝑀𝑎 e a massa restante do sistema, 𝑀. Determine a aceleração do carrinho nesse
instante mencionado em função dos parâmetros dados. Justifique as aproximações eventualmente
realizadas.

Comentários:

196
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Pela equação de Bernoulli:

𝜌 ⋅ 𝑣12 𝜌 ⋅ 𝑣22
𝑝+𝜌⋅𝑔⋅ℎ+ = 𝑝𝑎𝑡𝑚 +
2 2
Para relacionar 𝑣1 e 𝑣2 , utiliza-se a equação da continuidade:

𝐴2
𝐴1 ⋅ 𝑣1 = 𝐴2 ⋅ 𝑣2 ⇒ 𝑣1 = ⋅𝑣
𝐴1 2

(Notar que se optou por achar 𝑣1 em função de 𝑣2 pois mais para frente precisaremos fazer a
conservação da quantidade de movimento. Para isso necessitaremos de 𝑣2 ).

Substituindo:

𝜌 𝐴2 2 2 𝑣22
𝑝 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ + ⋅ ( ) ⋅ 𝑣2 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅
2 𝐴1 2

𝜌 2 𝐴2 2
⋅ 𝑣 (1 − ( ) ) = 𝑝 − 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ
2 2 𝐴1

2 ⋅ (𝑝 − 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ)
𝑣22 =
𝐴 2
𝜌 ⋅ (1 − (𝐴2 ) )
1

Agora, pela conservação da quantidade de movimento:

(𝑀 + 𝑀𝑎 ) ⋅ 𝑑𝑣 = 𝑑𝑚 ⋅ 𝑣2

(𝑀 + 𝑀𝑎 ) ⋅ 𝑑𝑣 = (𝜌 ⋅ 𝐴2 ⋅ 𝑣2 ⋅ 𝑑𝑡) ⋅ 𝑣2

2 ⋅ (𝑝 − 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ)
𝜌 ⋅ 𝐴2 ⋅
𝐴 2
𝜌 ⋅ (1 − (𝐴2 ) )
𝑑𝑣 𝜌 ⋅ 𝐴2 ⋅ 𝑣22 1
= =
𝑑𝑡 𝑀 + 𝑀𝑎 𝑀 + 𝑀𝑎
𝑑𝑣
Como 𝑑𝑡 é a aceleração:

2 ⋅ 𝐴2 ⋅ (𝑝 − 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ)
𝑎=
𝐴 2
(𝑀 + 𝑀𝑎 ) ⋅ (1 − (𝐴2 ) )
1

197
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𝟐𝑨 𝒑−𝒑𝒂𝒕𝒎 +𝝆⋅𝒈⋅𝒉
Gabarito: 𝒂 = 𝑴+𝑴𝟐 ⋅ ( 𝑨𝟐 )
𝒂
𝟏− 𝟐𝟐
𝑨𝟏

(ITA – 2017)
Em equilíbrio, o tubo emborcado da figura contém mercúrio e ar aprisionado. Com a pressão
atmosférica de 760 mm de Hg a uma temperatura de 27°C, a altura da coluna de mercúrio é de 750
mm. Se a pressão atmosférica cai a 740 mm de Hg a uma temperatura de 2°C, a coluna de mercúrio
é de 735 mm. Determine o comprimento 𝑙 aparente do tubo.

Comentários:

Pela Lei de Stevin, na situação inicial:

𝑝𝑔á𝑠,1 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ1 = 𝑝𝑎𝑡𝑚,1 ⇒ 𝑝𝑔á𝑠,1 + 750 = 760

𝑝𝑔á𝑠,1 = 10 𝑚𝑚𝐻𝑔

Na situação final:

𝑝𝑔á𝑠,2 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 = 𝑝𝑎𝑡𝑚,2 ⇒ 𝑝𝑔á𝑠,2 + 735 = 740

𝑝𝑔á𝑠,2 = 5 𝑚𝑚𝐻𝑔

Considerando-se que houve uma transformação gasosa ideal:

𝑃1 ⋅ 𝑉1 𝑃2 ⋅ 𝑉2 10 ⋅ (𝑙 − 750) ⋅ 𝐴 5 ⋅ (𝑙 − 735) ⋅ 𝐴
= ⇒ =
𝑇1 𝑇2 300 275

Em que:

- 𝑙 é o comprimento aparente;

- 𝐴 é a área de seção do tubo.

30𝑙 − 30 ⋅ 735 = 55𝑙 − 55 ⋅ 750

25𝑙 = 55 ⋅ 750 − 30 ⋅ 735

𝑙 = 11 ⋅ 150 − 6 ⋅ 147

198
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𝑙 = 1650 − 882

𝑙 = 768 𝑚𝑚
Gabarito: 𝒍 = 𝟕𝟔𝟖 𝒎𝒎
(IME – 1982)
O flutuador da figura é constituído de duas vigas de madeira de comprimento b e seções (𝑎 × 𝑎) e
𝑎
(𝑎 × 2) distantes 𝑙 de centro a centro. Sobre as vigas existe uma plataforma de peso desprezível.
Determinar, em função de 𝑎, 𝑏, 𝑙, 𝑃 𝑒 𝛾 a posição da carga 𝑥 para que a plataforma permaneça na
horizontal.
Dados:

 𝛾 = peso específico da água.


 Densidade da madeira em relação à água = 0,80.

Comentários:

Pelo equilíbrio translacional da plataforma:

𝑃 + 𝑃1 + 𝑃2 = 𝐸1 + 𝐸2

Sendo que:

𝑎2
𝑃1 = ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⋅ 0,8 ⇒ 𝑃2 = 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⋅ 0,8
2

199
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𝑎
𝐸1 = 𝑎 ⋅ (ℎ − ) ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⇒ 𝐸2 = 𝑎 ⋅ ℎ ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾
2
Substituindo:

2 ⋅ 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 4 ⋅ 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾
𝑃+ + = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⋅ 2ℎ −
5 5 2

𝑃 17 𝑃 17 ⋅ 𝑎
2ℎ = + ⋅𝑎 ⇒ ℎ = +
𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 10 2⋅𝑎⋅𝑏⋅𝛾 20

Pelo equilíbrio rotacional com polo no centro da viga menor:

𝑃 ⋅ 𝑥 + 𝑃2 ⋅ 𝑙 = 𝐸2 ⋅ 𝑙

Mas:

𝑃2 = 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⋅ 0,8

𝑃 17 ⋅ 𝑎 𝑃 17 ⋅ 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾
𝐸2 = 𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 ⋅ ( + )= +
2⋅𝑎⋅𝑏⋅𝛾 20 2 20

Assim:

𝑃 17 ⋅ 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾 4 ⋅ 𝑎2 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝛾
𝑃⋅𝑥 =𝑙⋅( + − )
2 20 5

𝑙 𝑎⋅𝑏⋅𝛾
𝑥= ⋅( + 1)
2 10𝑃

𝒍 𝜸𝒂²𝒃
Gabarito: 𝒙 = 𝟐 ⋅ (𝟏 + )
𝟏𝟎𝑷

(IME – 1986)
Uma barra uniforme e delgada AB de 3,6 m de comprimento, pesando 120 N, é segura na
extremidade B por um cabo, possuindo na extremidade A um peso de chumbo de 60N. A barra
flutua, em água, com metade do seu comprimento submerso, como é mostrado na figura abaixo.

200
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Desprezando empuxo sobre o chumbo, calcule:


a) O valor da força de tração no cabo.
b) O volume total da barra.
Dados:
 g = 10 m/s² - aceleração da gravidade;
 𝜌 = 1000 kg/m³ - massa específica da água.

Comentários:

Pelo equilíbrio rotacional com o centro da parte submersa da haste tem-se:

𝑥 ⋅ 𝑃𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜 + 𝑇 ⋅ 3𝑥 = 𝑃𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 ⋅ 𝑥 ⇒ 60 + 3 ⋅ 𝑇 = 120 ⇒ 𝑇 = 20 𝑁

Agora, fazendo-se o equilíbrio translacional do corpo:

𝑇 + 𝐸 = 𝑃𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 + 𝑃𝑐ℎ𝑢𝑚𝑏𝑜 ⇒ 20 + 𝐸 = 180

𝑉𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
𝐸 = 160 𝑁 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 ⇒ 160 = 103 ⋅ ⋅ 10
2

𝑉𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 320 ⋅ 10−4 𝑚3

Gabarito: a) 20 N b) 0,032 m³
(IME – 1999)
Um objeto de massa 𝑚 é construído ao seccionar-se ao meio um cubo de aresta a pelo plano que
passa pelos seus vértices 𝐴𝐵𝐶𝐷, como mostrado nas figuras abaixo. O objeto é parcialmente imerso
em água, mas mantido em equilíbrio por duas forças 𝐹1 e 𝐹2 . Determine:

201
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a) o módulo do empuxo que age sobre o objeto;


b) os pontos de aplicação do empuxo e do peso que agem sobre o objeto;
c) os módulos e os pontos de aplicação das forças verticais 𝐹1 e 𝐹2 capazes de equilibrar o objeto.
Dados:
 aceleração da gravidade (𝑔);
 massa específica da água (𝜇);
 profundidade de imersão (ℎ);
 a massa 𝑚 é uniformemente distribuída pelo volume do objeto.

Comentários:

ℎ2
𝐸 = 𝜇 ⋅ 𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔 ⇒ 𝐸 = 𝜇 ⋅ ⋅𝑎⋅𝑔
2
Para achar os pontos de aplicação é necessário lembrar que as forças peso e empuxo atuam no
centro de gravidade do corpo (coincide com o centro geométrico no caso de corpo homogêneo) e no
centro geométrico da parcela submersa do corpo, respectivamente.

Assim, tomando O como origem:

202
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𝑎 𝑎 ℎ 2ℎ
𝑃𝑝𝑒𝑠𝑜 = ( ; − ) e 𝑃𝑒𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 = ( ; −𝑎 + )
3 3 3 3
Pelo equilíbrio translacional:

𝜇 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2
𝐹1 + 𝐹2 + 𝐸 = 𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑔 +
2
Pelo equilíbrio rotacional em torno de O:

ℎ 𝑎 𝑚𝑔 𝜇 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 ℎ 𝑚𝑔 𝜇 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ3
𝐹2 ⋅ 𝑎 + 𝐸 ⋅ = 𝑃 ⋅ ⇒ 𝐹2 = − ⋅ ⇒ 𝐹2 = −
3 3 3 2 3⋅𝑎 3 6

Substituindo no equilíbrio translacional:

2 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 𝜇 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ2 ℎ
𝐹1 = + ( − 𝑎)
3 2 3

𝝁⋅𝒉𝟐 ⋅𝒂⋅𝒈 𝒂 𝒂 𝒉 𝟐𝒉 𝟐⋅𝒎⋅𝒈 𝝁⋅𝒈⋅𝒉𝟐 𝒉


Gabarito: a) b) O é a origem: 𝑷 = (𝟑 , − 𝟑) 𝑬 = (𝟑 ; −𝒂 + ) c) 𝑭𝟏 = + (𝟑 − 𝒂)
𝟐 𝟑 𝟑 𝟐
𝒎⋅𝒈 𝝁⋅𝒈⋅𝒉𝟑
; 𝑭𝟐 = −
𝟑 𝟔

(IME – 2016)

Seis blocos idênticos, identificados conforme a figura, encontram-se interligados por um sistema de
cordas e polias ideais, inicialmente em equilíbrio estático sob ação de uma força 𝐹, paralela ao plano
de deslizamento do bloco II e sentido representado na figura. Considere que: o conjunto de polias
de raios 𝑟 e 𝑅 são solidárias entre si; não existe deslizamento entre os cabos e as polias; e existe
atrito entre os blocos I e II e entre os blocos II e IV com as suas respectivas superfícies de contato.
Determine:
a) o menor valor do módulo da força 𝐹 para que o sistema permaneça em equilíbrio estático;
b) o maior valor do módulo da força 𝐹 para que o sistema permaneça em equilíbrio estático quando
a válvula for aberta e o líquido totalmente escoado;

203
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c) o maior valor do módulo da força 𝐹 para que não haja deslizamento entre os blocos I e II,
admitindo que a válvula tenha sido aberta, o tanque esvaziado e a força 𝐹 aumentado de modo que
o sistema tenha entrado em movimento.
Dados:
• aceleração da gravidade: 𝑔;
• massa específica de cada bloco: 𝜌𝐵 ;
• volume de cada bloco: 𝑉𝐵 ;
• massa específica do líquido: 𝜌𝐿 ;
• coeficiente de atrito entre os blocos I e II: 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco II e o solo: 1,5 𝜇;
• coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco II e o solo: 1,4 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco IV e a superfície com líquido: 0,5 𝜇;
• coeficiente de atrito estático entre o bloco IV e a superfície sem líquido: 0,85 𝜇;
• coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco IV e a superfície sem líquido: 0,75 𝜇
• ângulo entre a superfície de contato do bloco IV e a horizontal: 𝛼.

Comentários:

Analisando cada bloco separadamente:

a) Fazendo-se os equilíbrios:

𝐼: 𝑁1 = 𝑃

𝑁2 = 𝑁1 + 𝑃
𝐼𝐼: {𝐹 = 𝑇 − 𝐹
1 𝑎𝑡1

204
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𝐼𝐼𝐼: 𝑇2 = 𝑃

𝑇3 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝐸 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝐹𝑎𝑡2


𝐼𝑉: {
𝑁3 = 𝑃 ⋅ cos 𝛼 − 𝐸 ⋅ cos 𝛼

𝑉: 𝑇4 = 𝑃 + 𝑇5

𝑉𝐼: 𝑇5 = 𝑃

E, pelo equilíbrio da polia:

𝑇1 ⋅ 𝑟 + 𝑇2 ⋅ 𝑅 = 𝑇3 ⋅ 𝑟 + 𝑇4 ⋅ 𝑅

Com VI em V:

𝑇4 = 2 ⋅ 𝑃

Com IV(y) em IV(x):

𝑇3 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝐸 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 0,5 ⋅ 𝜇 ⋅ (𝑃 ⋅ cos 𝛼 − 𝐸 ⋅ cos 𝛼)

Com I, II(x) e II(y):

𝐹 = 𝑇1 − 1,5 ⋅ 𝜇 ⋅ 2 ⋅ 𝑃

Pelo equilíbrio da roldana:

(𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝐸 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 0,5 ⋅ 𝜇 ⋅ (𝑃 ⋅ cos 𝛼 − 𝐸 ⋅ cos 𝛼)) ⋅ 𝑟 + 2𝑃 ⋅ 𝑅 − 𝑃 ⋅ 𝑅


𝑇1 =
𝑟
Substituindo os valores e variáveis:

𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑟 ⋅ (𝜌𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝜌𝐿 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 0,5 ⋅ 𝜇(𝜌𝐵 ⋅ cos 𝛼 − 𝜌𝐿 ⋅ cos 𝛼)) + 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑅


𝑇1 =
𝑟
𝜇 𝑅
𝑇1 = 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝜌𝐵 − 𝜌𝐿 ) (𝑠𝑒𝑛 𝛼 − ⋅ cos 𝛼) + 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅
2 𝑟
Substituindo na expressão de F:

𝑅 𝜇
𝐹 = 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 [𝜌𝐵 ( − 3 ⋅ 𝜇) + (𝜌𝐵 − 𝜌𝐿 ) (𝑠𝑒𝑛 𝛼 − ⋅ cos 𝛼)]
𝑟 2
b) Quando a válvula for totalmente aberta, as únicas equações que são alteradas são as do bloco
IV. As novas equações de equilíbrio do bloco IV encontram-se abaixo (basta adotar 𝐸 = 0 e mudar-se o
sentido da força de atrito, visto que se deseja a força F máxima):

𝑇3 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝐹𝑎𝑡2
𝐼𝑉: {
𝑁3 = 𝑃 ⋅ cos 𝛼

A equação de equilíbrio do bloco I também se altera pois agora deseja-se a força máxima. Portanto:

205
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𝐼: 𝐹 = 𝑇1 + 𝐹𝑎𝑡1 = 𝑇1 + 3 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑃

Assim, mantém-se que:

𝑇4 = 2 ⋅ 𝑃 𝑒 𝑇2 = 𝑃

Com IV(x) e IV(y) novos, tem-se:

𝑇3 = 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 0,85 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑃 ⋅ cos 𝛼

Pelo equilíbrio das roldanas solidárias:

𝑃 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 0,85 ⋅ 𝜇 ⋅ cos 𝛼) ⋅ 𝑟 + 2 ⋅ 𝑃 ⋅ 𝑅 − 𝑃 ⋅ 𝑅


𝑇1 =
𝑟
𝑅
𝑇1 = 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 0,85 ⋅ 𝜇 ⋅ cos 𝛼) + 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅
𝑟
Substituindo na nova expressão de I:

𝑅
𝐹 = 𝜌𝐵 ⋅ 𝑉𝐵 ⋅ 𝑔 ⋅ [ + 𝜇(3 + 0,85 ⋅ cos 𝛼) + 𝑠𝑒𝑛 𝛼]
𝑟
c) Com o sistema em movimento, as equações se alteram significativamente. Primeiramente os
blocos I e II:

𝑁1 = 𝑃
𝐼: {
𝑚⋅𝑎 =𝜇⋅𝑁

𝑁2 = 𝑁1 + 𝑃
𝐼𝐼: {𝐹 − 𝐹
𝑎𝑡1 − 𝜇 ⋅ 𝑁1 − 𝑇1 = 𝑚 ⋅ 𝑎

Com I e II:

𝑎 =𝜇⋅𝑔

𝐹 = 1,4 ⋅ 𝜇 ⋅ 2𝑃 + 𝜇 ⋅ 𝑃 + 𝜇 ⋅ 𝑃 + 𝑇1

𝐹 = 4,8 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑃 + 𝑇1

A aceleração dos blocos I e II é igual à do bloco IV, visto que o fio é inextensível. Logo, as equações
do bloco IV ficam:

𝑇3 − 𝑃 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 − 𝐹𝑎𝑡2 = 𝑚 ⋅ 𝑎
𝐼𝑉: {
𝑁3 = 𝑃 ⋅ cos 𝛼

Daqui, tira-se:

𝑇3 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝑚 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑔 + 0,75 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ cos 𝛼

𝑇3 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝜇 ⋅ (1 + 0,75 ⋅ cos 𝛼))

Devido as roldanas solidárias, a aceleração angular de ambas deve ser igual. Assim:

206
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𝑎 𝑎′ 𝑅
= ⇒ 𝑎′ = 𝜇 ⋅ 𝑔 ⋅
𝑟 𝑅 𝑟
Utilizando esta informação para o equilíbrio do bloco III:

𝐼𝐼𝐼: 𝑃 − 𝑇2 = 𝑚 ⋅ 𝑎′

De onde tira-se que:

𝑅 𝑅
𝑇2 = 𝑚 ⋅ 𝑔 − 𝑚 ⋅ 𝜇 ⋅ 𝑔 ⋅ = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − 𝜇 ⋅ )
𝑟 𝑟
Para o equilíbrio do bloco VI:

𝑉𝐼: 𝑇5 − 𝑃 = 𝑚 ⋅ 𝑎′
Logo:

𝑅
𝑇5 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + 𝜇 ⋅ )
𝑟
Finalmente, o equilíbrio do bloco V fica:

𝑅
𝑇4 − (𝑃 + 𝑇5 ) = 𝑚 ⋅ 𝑎′ ⇒ 𝑇4 = 2 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + 𝜇 ⋅ )
𝑟
Como as polias têm massa desprezível, o momento resultante sobre elas é nulo (pois o momento
de inércia é nulo):

𝑇1 ⋅ 𝑟 + 𝑇2 ⋅ 𝑅 = 𝑇3 ⋅ 𝑟 + 𝑇4 ⋅ 𝑅

Substituindo:

𝑅 𝑅
𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝜇 ⋅ (1 + 0,75 ⋅ cos 𝛼)) ⋅ 𝑟 + 2 ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + 𝜇 ⋅ 𝑟 ) ⋅ 𝑅 − 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 − 𝜇 ⋅ 𝑟 ) ⋅ 𝑅
𝑇1 =
𝑟
Assim:

𝑅 𝑅
𝑇1 = 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 𝛼 + 𝜇(1 + 0,75 ⋅ cos 𝛼)) + ⋅ 𝑚 ⋅ 𝑔 ⋅ (1 + 3 ⋅ 𝜇 ⋅ )
𝑟 𝑟

Finalmente, substituindo na expressão para F:

𝑅 𝑅
𝐹 = 𝜌𝐵 𝑉𝐵 𝑔 [𝜇(5,8 + 0,75𝑐𝑜𝑠 𝛼) + 𝑠𝑒𝑛 𝛼 + (3 𝜇 + 1)]
𝑟 𝑟
𝑹 𝝁 𝑹
Gabarito: a) 𝑭 = 𝑽𝑩 𝒈 [𝝆𝑩 ( 𝒓 − 𝟑𝝁) + (𝒔𝒆𝒏𝜶 − 𝟐 𝒄𝒐𝒔 𝜶) (𝝆𝑩 − 𝝆𝑳 )] b) 𝑭 = 𝝆𝑩 𝑽𝑩 𝒈 [ 𝒓 + 𝝁(𝟑 +
𝑹 𝑹
𝟎, 𝟖𝟓𝒄𝒐𝒔 𝜶) + 𝒔𝒆𝒏𝜶] c) 𝑭 = 𝝆𝑩 𝑽𝑩 𝒈 [𝝁(𝟓, 𝟖 + 𝟎, 𝟕𝟓𝒄𝒐𝒔 𝜶) + 𝒔𝒆𝒏 𝜶 + 𝒓 (𝟑 𝒓 𝝁 + 𝟏)]

(IME – 2017)

207
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O sistema apresentado na figura encontra-se em equilíbrio estático, sendo composto por quatro
corpos homogêneos, com seção reta na forma “+ I M E”. O corpo “+” está totalmente imerso em
um líquido e sustentado pela extremidade A de um fio flexível ABC, de peso desprezível, que passa
sem atrito por polias fixas ideais. Sabe-se que, no ponto B, o fio forma um ângulo de 90° e
sustenta parcialmente o peso do corpo “M". Finalmente, na extremidade C, o fio é fixado a uma
plataforma rígida de peso desprezível e ponto de apoio O, onde os corpos “I M E” estão apoiados.
Diante do exposto, determine:
a) a intensidade da força de tração no fio BD;
b) a intensidade da força de cada base do corpo “M” sobre a plataforma.
Observação:
 dimensão das cotas dos corpos “+ I M E” na figura em unidade de comprimento (u.c.);
 considere fios e polias ideais; e
 existem dois meios cubos compondo a letra “ M ”
Dados:
 aceleração da gravidade: g;
 massa específica dos corpos “+ I M E”: p;
 massa específica do líquido: 𝜌𝐿 = 𝜌/9;
 espessura dos corpos “+ I M E”: 1 u.c.; e
 comprimento dos fios 𝐷𝐸 = 𝐷𝐹.

Comentários:

208
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Em questões trabalhosas como esta, onde houver a presença de rótulas ou barras apoiadas em
um ponto e em equilíbrio rotacional, é importante que o aluno busque simetrias do problema e na
distribuição de cargas de modo a minimizar seu trabalho. Nesta questão por exemplo, pode-se observar
algumas simetrias representadas abaixo:

Notar que os quadrados pintados têm um simétrico em relação ao eixo vertical que passa por O (a
altura dos quadrados não interessa, somente a carga e a distância horizontal já que as forças aplicadas
são todas verticais). Assim, tem-se que:

7,5 ⋅ 6 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 + 9 ⋅ 2 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 = 𝑇𝐵𝐶 ⋅ 10,5

63
𝑇𝐵𝐶 = ⋅𝜌⋅𝑔 = 6⋅𝜌⋅𝑔
10,5

Agora, analisando-se o equilíbrio translacional do corpo “+”:

𝑃 = 𝐸 + 𝑇𝐴𝐵 ⇒ 9 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 = 9 ⋅ 𝜌𝑙 ⋅ 𝑔 + 𝑇𝐴𝐵
𝜌
𝑇𝐴𝐵 = 9 ⋅ 𝑔 ⋅ (𝜌 − ) ⇒ 𝑇𝐴𝐵 = 8 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔
9

209
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Pelo equilíbrio translacional do nó B:

8
𝑇𝐴𝐵 ⋅ cos 𝜃 = 𝑇𝐵𝐶 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 ⇒ = 𝑡𝑔 𝜃
6
4 4 3
𝑡𝑔 𝜃 = ⇒ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = e cos 𝜃 =
3 5 5
Logo:

4 3
𝑇𝐴𝐵 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 + 𝑇𝐵𝐶 ⋅ cos 𝜃 = 𝑇𝐵𝐷 ⇒ 8 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ + 6 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ = 𝑇𝐵𝐷
5 5
𝑻𝑩𝑫 = 𝟏𝟎 ⋅ 𝝆 ⋅ 𝒈

Finalmente, pelo equilíbrio do corpo M:

22 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 − 2 ⋅ 𝑇𝑦′ = 2 ⋅ 𝑁

Mas, pelo equilíbrio do nó D:

2 ⋅ 𝑇𝑦′ = 𝑇𝐵𝐷 ⇒ 22 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 − 10 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 = 2 ⋅ 𝑁

𝑵=𝟔⋅𝝆⋅𝒈

Gabarito: a) 𝑻𝑩𝑫 = 𝟏𝟎 𝝆𝒈 b) 𝑵 = 𝟔 𝝆𝒈

210
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Um recipiente sem base, de peso 𝑃 e de paredes cilíndricas encontra-se sobre uma mesa. A bordas
do recipiente estão bem ajustadas a mesa. O recipiente começa a ser enchido com água até uma
altura ℎ, quando praticamente perde o contato com a mesa. Determine a densidade do líquido.

𝑃 2𝑃 𝑃
a) 2𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟 2 ) b) 𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟2 ) c) 𝑔ℎ𝜋𝑅2
𝑃 𝑃
d) 𝑔ℎ𝜋𝑟 2 e) 𝑔ℎ𝜋(𝑅2 −𝑟 2)

Comentários:

Após ultrapassar o desnível das paredes do recipiente, o aumento da coluna d’água gera um
aumento da pressão causada pelo líquido sobre as paredes internas do recipiente. Essa pressão é de:

𝑝𝑖𝑛𝑡 = 𝑝𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Enquanto a pressão externa é considerada como a atmosférica. Portanto, a força gerada por conta
dessa diferença de pressão é de:

𝐹 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ (𝑅 2 − 𝑟 2 )

Quando o recipiente levanta:

𝑃
𝐹=𝑃⇒𝜌=
𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ (𝑅 2 − 𝑟 2 )

Gabarito: E

Determine o gráfico corresponde a pressão hidrostática na superfície do cilindro em função da


profundidade ℎ. (𝑅 = 2 𝑚; 𝑔 = 10 𝑚/𝑠²).

a) b)

211
AULA 04 – Hidrostática
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c) d)

e)

Comentários:

A pressão depende apenas da profundidade, ela não é afetada pela direção da superfície. Portanto,
o comportamento deve-se manter linear crescente com a profundidade, seguindo a Lei de Stevin.

Gabarito: B

O recipiente mostrado abaixo está cheio de água. Determine a força horizontal que exerce a água
sobre a superfície 𝐴𝐵𝐶𝐷 (parte de um cilindro) (𝑔 = 10 𝑚/𝑠²).

a) 2000 N b) 3000 N c) 4000 N d) 5000 N e) 7850 N

Comentários:

A força horizontal será:

𝜌⋅𝑔⋅1+0
𝐹𝑥 = 𝑃𝑚é𝑑𝑖𝑜 ⋅ 𝐴𝑝𝑒𝑟𝑝𝑒𝑛𝑑𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 ⇒ 𝐹𝑥 = ⋅1
2

212
AULA 04 – Hidrostática
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104
𝐹𝑥 = = 5000𝑁
2
Gabarito: D

A coluna de ar mostrada na figura tem 18 𝑐𝑚. Que comprimento adicional de mercúrio deve-se
colocar para que o volume de ar se reduza de 1/3?

a) 100 𝑐𝑚 b) 88 𝑐𝑚 c) 76 𝑐𝑚 d) 60 𝑐𝑚 e) 48 𝑐𝑚

Comentários:

Transformação isotérmica implica que se o volume cai para 2/3 do original, a pressão aumenta em
3/2.

A situação final está representada a seguir:

Em que x é a altura de mercúrio adicionada. Pelo equilíbrio de pressões:

𝑃𝑔𝑎𝑠 = 64𝑐𝑚𝐻𝑔 + 𝑥 + 𝑃𝑎𝑡𝑚

Mas, sabendo-se que a pressão inicial é de 2atm (76mmHg + pressão atmosférica):

3
𝑃𝑔á𝑠 = 2 ⋅ 76 ⋅ = 228 𝑐𝑚𝐻𝑔 ⇒ 228 = 64 + 𝑥 + 76
2
𝑥 = 88 𝑐𝑚

213
AULA 04 – Hidrostática
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Gabarito: B

Um cilindro flutua parcialmente submergido em água e azeite, tal como mostra a figura abaixo. Se
adicionamos mais azeite ao recipiente

a) o volume submerso em água aumenta.


b) o volume submerso em água não varia.
c) o volume submerso em água diminui.
d) o volume submerso em água diminui, mas rapidamente aumenta.
e) não é possível prever.

Comentários:

Ao se acrescentar mais azeite, a altura da fase de azeite aumentará. Como neste problema o corpo
está parcialmente submerso (parte ainda está exposto ao ar), ao se aumentar a altura da fase de azeite
(menos denso que a água), o corpo como um todo estará mais submerso (visto que uma parte dele passará
a estar submersa no azeite), no entanto, seu volume submerso em água diminui, pois um volume maior
estará submerso em azeite.

O empuxo necessário fornecido pela água diminui, portanto o volume submerso em água diminui.
Visualmente:

O empuxo causado pelos volumes 2 e 3 em conjunto se mantém (= ao peso). O empuxo causado


por 𝑉2 aumenta, portanto o causado pelo 𝑉3 diminui, ou seja, 𝑉3 diminui.

Gabarito: C

214
AULA 04 – Hidrostática
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Na superfície de separação de dois líquidos com densidades 𝜌1 e 𝜌2 flutua um objeto de densidade


𝜌 (𝜌1 < 𝜌 < 𝜌2 ). A altura do objeto vale ℎ. Determine a profundidade submersa no segundo
líquido.
𝜌 𝜌−𝜌1 𝜌−𝜌1
a) 𝜌1 ℎ b) 2𝜌 ℎ c) 𝜌 ℎ
2 1 −𝜌2 2 −𝜌1
𝜌1 −𝜌2 𝜌1 +𝜌2
d) ℎ e) ℎ
𝜌−𝜌1 𝜌

Comentários:

Pelo equilíbrio:

𝑃 = 𝐸1 + 𝐸2 ⇒ 𝜌 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝜌1 ⋅ 𝑉1 ⋅ 𝑔 + 𝜌2 ⋅ 𝑉2 ⋅ 𝑔

Mas:

𝑉 = 𝑉1 + 𝑉2

E, chamando de A a seção transversal do cilindro:

𝑉 𝑉1 𝑉2
= ℎ ⇒ = ℎ1 ⇒ = ℎ2
𝐴 𝐴 𝐴
Logo:

ℎ = ℎ1 + ℎ2 ⇒ ℎ1 = ℎ − ℎ2

Assim:

𝜌 ⋅ ℎ1 + 𝜌 ⋅ ℎ2 = 𝜌1 ⋅ ℎ1 + 𝜌2 ⋅ ℎ2

𝜌 ⋅ ℎ − 𝜌 ⋅ ℎ2 + 𝜌 ⋅ ℎ2 = 𝜌1 ⋅ ℎ − 𝜌1 ⋅ ℎ2 + 𝜌2 ⋅ ℎ2

(𝜌 − 𝜌1 ) ⋅ ℎ = (𝜌2 − 𝜌1 ) ⋅ ℎ2

𝜌 − 𝜌1
ℎ2 = ⋅ℎ
𝜌2 − 𝜌1

Gabarito: C

215
AULA 04 – Hidrostática
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Um orifício de 400 𝑐𝑚² de área situado no fundo do recipiente que contém água é tampado por um
cone. Se a altura do cone é 60 𝑐𝑚 e sua base tem área 1600 𝑐𝑚³, qual é força hidrostática
resultante que atua sobre o cone?

a) 15 N b) 25 N c) 35 N d) 45 N e) 60 N

Comentários:

Há duas formas de se resolver o problema. A primeira é considerar que o volume submerso é


somente aquele que não está diretamente sobre o buraco:

𝐸 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑠 ⋅ 𝑔

E, por semelhança, acha-se que:

𝑥 400 1
=√ ⇒ 𝑥 = 60 ⋅ ⇒ 𝑥 = 30 𝑐𝑚
60 1600 2

Portanto, tem-se um tronco de cone com altura de 15 cm submerso. Sua base menor é de 400
cm2, sua base maior de:

45 2 𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 9
( ) = ⇒ 𝐴𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 = 1600 ⋅ = 900 𝑐𝑚2
60 1600 16
Mas, é importante lembrar que se deseja apenas a porção que não está diretamente sobre o
orifício. Portanto, na realidade utilizar-se-á um tronco de cone com um orifício cilíndrico de base 400 cm2
e altura 15 cm.

O volume do tronco de cone é:

216
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900 ⋅ 45 400 ⋅ 30
𝑉𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = − = 9500 𝑐𝑚3
3 3
O volume do cilindro é de:

𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 = 400 ⋅ 15 = 6000 𝑐𝑚2

Assim:

𝑉𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 = 3500 𝑐𝑚3

Portanto:

𝑘𝑔 𝑚
𝐸 = 1000 3
⋅ 3500 ⋅ 10−6 𝑚3 ⋅ 10 2
𝑚 𝑠
𝐸 = 35 𝑁

Gabarito: C

Uma barra homogênea de 10 𝑚 de comprimento e 960 𝑘𝑔/𝑚³ de densidade se encontra


parcialmente submersa em água, com sua extremidade livre apoiada no fundo do recipiente. Calcule
a altura mínima de água para que a barra perca o contato com o fundo do recipiente.

a) 1 m b) 2 m c) 4 m d) 5 m e) 6 m

Comentários:

Na iminência da barra perder o contato:

Calculando o equilíbrio rotacional em torno da fixação da barra:

217
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𝑀𝑃 = 𝑀𝐸

cos 30° 𝐻
𝑃 ⋅ 10 ⋅ = 𝐸 ⋅ (10 ⋅ cos 30° − )
2 2 ⋅ 𝑡𝑔 30°

Mas:

𝑃 = 10 ⋅ 960 ⋅ 𝐴 ⋅ 10 = 9,6 ⋅ 104 ⋅ 𝐴

𝐸 = 1000 ⋅ 𝐴 ⋅ 2𝐻 ⋅ 10 = 2 ⋅ 104 ⋅ 𝐴 ⋅ 𝐻

Em que A é a área de seção transversal da barra.

Substituindo:

√3 √3
9,6 ⋅ 105 ⋅ = 2 ⋅ 104 ⋅ 𝐻 (5 ⋅ √3 − 𝐻 ⋅ )
4 2

2,4 ⋅ 10 = 𝐻 ⋅ (10 − 𝐻)

𝐻 2 − 10𝐻 + 24 = 0

𝐻 = 6 𝑚 ou 𝐻 = 4𝑚

Como 𝐻 = 4𝑚 ocorre primeiro, este é o caso a ser considerado.

Gabarito: C

Uma esfera de 3 𝑘𝑔 e densidade 3000 𝑘𝑔/𝑚³ é solta sobre um lago. Se considerarmos que a
densidade da água varia de acordo com a equação 𝜌 = (1000 + 2ℎ)𝑘𝑔/𝑚³ (ℎ = 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒),
determine o trabalho realizado pela força de empuxo até a esfera alcançar sua velocidade máxima.
O lago é muito profundo e não apresenta viscosidade. (𝑔 = 10 𝑚/𝑠²)

a) 5 kJ b) 10 kJ c) 15 kJ d) 20 kJ e) 25 kJ

Comentários:

218
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A velocidade máxima ocorre quando:

𝐸 = 𝑃 ⇒ 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 𝜌𝑒𝑠𝑓 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔

1000 + 2ℎ = 3000 ⇒ ℎ = 1000𝑚

Agora, para calcular o trabalho do empuxo, se a força fosse constante:

𝜏 =𝐹⋅𝑑

Como a força varia linearmente com a profundidade, pode-se tomar a força média dada por:

𝐹𝑀á𝑥 + 𝐹𝑀í𝑛 3000 ⋅ 𝑉𝑠 ⋅ 10 + 0


𝐹𝑚é𝑑𝑖𝑎 = = = 15000 ⋅ 𝑉𝑠
2 2
Em que, podemos calcular 𝑉𝑠 como:

3
𝑉𝑠 = = 10−3
3000
Portanto:

𝐹𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 15 𝑁

Assim, o trabalho fica:

𝜏 = 15 ⋅ 1000 = 15 𝑘𝐽

Gabarito: C

Dentro de um bloco de gelo há uma moeda de 20 𝑔 e densidade 2 𝑔/𝑐𝑚³. Calcule o desnível da


água quando o bloco de gelo derreter. A área do fundo do recipiente é 50 𝑐𝑚².

Comentários:

No equilíbrio do gelo sem as moedas, 90% dele estaria submerso. Ao se acrescentar as moedas ao
problema, pode-se considerar que se-colocou um pequeno volume com o dobro da densidade da água.

219
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Se a densidade fosse igual à da água o gelo não iria mudar em nada sua posição. No entanto, como
ele apresenta o dobro da densidade da água, o volume que ele ocupa 𝑉, implica que o gelo deverá
submergir também 𝑉 (além do 𝑉 submerso da moeda) de modo a manter seu equilíbrio.

𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

(𝑚𝑔𝑒𝑙𝑜 + 𝑚𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 ) ⋅ 𝑔 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 ⋅ 𝑔

𝜌 ⋅ 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 + 𝑚𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 = 𝜌 ⋅ 𝑉𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜


𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

𝑚𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 = 𝜌 ⋅ (𝑉𝑛𝑜𝑣𝑜 𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜 − 𝑉𝑔𝑒𝑙𝑜 )


𝑠𝑢𝑏𝑚𝑒𝑟𝑠𝑜

𝜌𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 ⋅ 𝑉 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ (Δ𝑉)

Δ𝑉 = 2𝑉

Portanto, ao invés de ter 10% de seu volume para fora da água, agora tem-se 10% menos 2𝑉.
Normalmente, quando o gelo derrete o volume mantém-se constante. No entanto, esta vez deverá haver
um decréscimo de 2𝑉. No nosso caso:

20
𝑉= = 10 𝑐𝑚3
2
Portanto, o desnível que surge é de:

10
ℎ= = 0,2 𝑐𝑚
50
Gabarito: 𝟎, 𝟐 𝒄𝒎

Um tanque de dimensões (3𝑙 𝑥 2𝑙 𝑥 𝑙) deve ser utilizado para transportar água em um caminhão
que desenvolve uma aceleração de 𝑎 m/s². A parte superior do tanque sempre deve estar
destampada.
a) Como devemos posicionar o tanque para que transporte a máxima quantidade de água sem
vazamento?
b) Calcule o volume máximo de água transportado nas condições do item (a).

Comentários:

Adotando nomes para as dimensões do tanque de 𝑏, 𝑐 e 𝑑, considere que:

- A dimensão 𝑏 está paralelo à aceleração do caminhão;

- A dimensão 𝑐 é a altura do tanque;

- A dimensão 𝑑 é a largura do tanque;

- ℎ é a altura da água no tanque quando em repouso.

220
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A linha tracejada indica a posição quando a aceleração é nula, a linha cheia representa a situação
com aceleração 𝑎.

Portanto, quando acelerado:


𝑐 𝑎 𝑔
= ⇒𝑥=𝑐⋅
𝑥 𝑔 𝑎

Como o volume acelerado ou não é o mesmo:

1 ℎ
𝑐⋅𝑥⋅ =𝑏⋅ℎ ⇒𝑥 = 2⋅𝑏⋅
2 𝑐
ℎ 𝑔 𝑔
2⋅𝑏⋅ = 𝑐 ⋅ ⇒ ℎ = 𝑐2 ⋅
𝑐 𝑎 2𝑎 ⋅ 𝑏
Portanto, como deseja-se transportar o máximo volume, devemos maximizar ℎ ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑑. Para isso:

𝑐2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑
𝑉 =ℎ⋅𝑏⋅𝑑 =
2⋅𝑎
Assim:

- Altura = 3𝑙

- Largura = 2𝑙.

- Comprimento paralelo à aceleração = 𝑙;

O volume transportado neste caso seria de:

𝑐 2 ⋅ 𝑔 ⋅ 𝑑 9 ⋅ 𝑙2 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 𝑙 9 ⋅ 𝑙3 ⋅ 𝑔
𝑉= = =
2⋅𝑎 2⋅𝑎 𝑎
𝟗𝒍³𝒈
Gabarito: a) Altura: 3 l; Largura: 2l; Comprimento (direção de a): l b) 𝒂

221
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Um recipiente cilíndrico de massa 𝑚, raio 𝑅 e parede de espessura desprezível tem o seu centro de
gravidade a uma distância 𝐻 da base. Qual a altura ℎ do nível da água (densidade 𝜌) para a qual
deve ser preenchido o recipiente, de tal forma que ele fique o mais estável possível.

Comentários:

Para tornar o recipiente mais estável, deve-se abaixar o seu centro de massa.

Conforme acrescenta-se água, o centro de massa abaixa, pois está adicionando-se massa abaixo
do centro de massa. O ponto de mínimo ocorrerá quando o centro de massa do sistema for coincidente
com o topo da linha d’água, pois, a partir desse ponto, qualquer acréscimo de mais água estará acima do
centro de massa do sistema. Portanto:

ℎ = 𝐶𝑀𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎

Mas, sabe-se também que:

𝐶𝑀1 ⋅ 𝑚1 + 𝐶𝑀2 ⋅ 𝑚2
𝐶𝑀𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 =
𝑚1 + 𝑚2

Assim:


𝐻 ⋅ 𝑚 + 2 ⋅ 𝑚2
ℎ=
(𝑚 + 𝑚2 )

Portanto, o mínimo ocorre quando:

ℎ 𝑚2
ℎ ⋅ 𝑚 + ℎ ⋅ 𝑚2 = 𝐻 ⋅ 𝑚 + ⋅ 𝑚2 ⇒ ℎ ⋅ (𝑚 + )=𝐻⋅𝑚
2 2
Mas:

𝑚2 = 𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2 ⋅ ℎ

𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 ⋅ ℎ
ℎ ⋅ (𝑚 + )=𝐻⋅𝑚
2

222
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𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2
ℎ2 ⋅ ( )+ℎ⋅𝑚−𝐻⋅𝑚 =0
2

Resolvendo:

𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2
−𝑚 ± √𝑚2 + 4 ⋅ 𝐻 ⋅ 𝑚 ⋅ 2
ℎ=
𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2

Como ℎ deve ser positivo:

√𝑚 ⋅ (𝑚 + 2 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝐻) − 𝑚
ℎ=
𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2

√𝒎(𝒎+𝟐𝝅𝑹𝟐 𝝆𝑯)−𝒎
Gabarito: 𝒉 = 𝝅𝑹²𝝆

Um cilindro de madeira de comprimento 𝐿, raio 𝑅 e densidade 𝜌 tem uma pequena peça metálica
de massa 𝑚 (volume desprezível) fixada em umas das suas extremidades. Determine o menor valor
possível de 𝑚, em função dos parâmetros fornecidos, que faz com que o cilindro flutue
verticalmente em equilíbrio estável em um líquido de densidade 𝜎.

Comentários:

Para que o equilíbrio seja estável, considera-se que o centro do volume submerso (onde atua o
empuxo) esteja acima da gravidade.

O centro de gravidade do bloco pode ser calculado pela média ponderada dos centros de massa
com a massa como peso, de cada parte que compõe o sistema. Assim:

𝐿
⋅ 𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 + 0 ⋅ 𝑚
𝐶𝐺 = 2
𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 + 𝑚

Em que ℎ é a altura do tronco que está submerso. Pode ser calculado pelo equilíbrio do sistema:

𝑃 = 𝐸 ⇒ 𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 ⋅ 𝑔 = 𝜎 ⋅ ℎ ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 ⋅ 𝑔
𝜌
ℎ= ⋅𝐿
𝜎

Portanto, o equilíbrio é estável para 2 ≥ 𝐶𝐺, sendo o mínimo o ponto de igualdade.

1 𝜌 𝐿2 ⋅ 𝜌 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2
⋅ ⋅𝐿 = ⇒ 𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2 + 𝑚 = 𝜎 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅2
2 𝜎 2 ⋅ (𝜌 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2 + 𝑚)

𝑚 = 𝐿 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑅 2 ⋅ (𝜎 − 𝜌)

223
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Gabarito: 𝝅𝑹²𝑳(𝝈 − 𝝆)

Sabendo que as densidades da água e do azeite são 1 𝑔/𝑐𝑚³ e 0,8 𝑔/𝑐𝑚³ respectivamente,
determine a densidade do líquido 𝑥 que se encontra em repouso.
a) 8, 4 g/cm³
b) 8, 7 g/cm³
c) 9,2 g/cm³
d) 10,5 g/cm³
e) 13,6 g/cm³

Comentários:

Pelo equilíbrio de pressão entre as superfícies à mesma altura do líquido x:

𝜌𝑥 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑔 ⋅ 24 + 𝜌𝑎𝑧𝑒𝑖𝑡𝑒 ⋅ 𝑔 ⋅ 4

24 + 3,2
𝜌𝑥 = = 13,6 𝑔/𝑐𝑚3
2
Gabarito: E

O embolo que fecha o tubo tem massa de 8 𝑘𝑔 e se encontra em equilíbrio, como mostrado na
figura abaixo. Que pressão suporta o gás 2, se as densidades dos líquidos 𝐴 e 𝐵 são 2 𝑔/𝑐𝑚³ e
3 𝑔/𝑐𝑚³ respectivamente? Dado: 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 105 .

a) 80 kPa
b) 70 kPa
c) 800 kPa
d) 90 kPa
e) 8 kPa

Comentários:

224
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Primeiramente, calcula-se a pressão do gás (1). Isso se faz pelo equilíbrio do êmbolo:

𝑃 + 𝑃𝑎𝑡𝑚 ⋅ 𝐴 = 𝑃𝑔á𝑠(1) ⋅ 𝐴

80 + 105 ⋅ 4 ⋅ 10−2 = 𝑃𝑔á𝑠(1) ⋅ 4 ⋅ 10−2

𝑃𝑔á𝑠(1) = 105 + 2000 = 102 ⋅ 103

Olhando para a superfície isobárica da interface água-gás (1):

𝑃𝑔á𝑠(1) = 𝜌𝐵 ⋅ ℎ𝐵 ⋅ 𝑔 + 𝜌𝐴 ⋅ ℎ𝐴 ⋅ 𝑔 + 𝑃𝑔á𝑠(2)

102 ⋅ 103 = 3 ⋅ 103 ⋅ 4 ⋅ 10−1 ⋅ 10 + 2 ⋅ 103 ⋅ 5 ⋅ 10−1 ⋅ 10 + 𝑃𝑔á𝑠(2)

𝑃𝑔á𝑠(2) = 102 ⋅ 103 − 12 ⋅ 103 − 10 ⋅ 103 = 80 ⋅ 103 = 80 𝑘𝑃𝑎

Gabarito: A

A partir do sistema que contêm água e mercúrio em repouso, qual é a leitura do manômetro (em
105 𝑃𝑎)? 𝜌𝐻𝑔 = 13,6 𝑔/𝑐𝑚³.

a) 1,7 b) 2,7 c) 3,2 d) 3,8 e) 27

Comentários:

225
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Nomeando:

- A primeira interface água-mercúrio de A, a seguinte de B, e a última de C;

- A interface mercúrio e atmosfera de D;

- A pressão do gás P.

Tem-se:

𝑃𝐴 = 𝑃1

𝑃𝐴 = 𝑃 + 103 ⋅ 1,6 ⋅ 10

𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 + 13,6 ⋅ 103 ⋅ 1,1 ⋅ 10

𝑃𝐶 = 𝑃𝐵 + 103 ⋅ 1,3 ⋅ 10

𝑃𝐶 = 𝑃𝐷 + 13,6 ⋅ 103 ⋅ 1,1 ⋅ 10 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 13,6 ⋅ 103 ⋅ 1,1 ⋅ 10

Logo:

𝑃𝐶 = 249,6 𝑘𝑃𝑎

𝑃𝐵 = 236,6 𝑘𝑃𝑎

𝑃𝐴 = 386,2 𝑘𝑃𝑎

𝑃 = 370,2 𝑘𝑃𝑎 = 3,7 ⋅ 105 𝑃𝑎

A leitura manométrica, portanto, é de 2,7 ⋅ 105 𝑃𝑎.

Gabarito: B

Na figura abaixo, o recipiente de massa desprezível está em repouso, se o sistema é livre de atrito
determine H/h, se D/d = 4.

226
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a) 2,5 b) 3,75 c) 4 d) 6 e) 4,25

Comentários:

O recipiente sofre ação de duas forças horizontais. São elas a força por conta da pressão da água
abaixo do recipiente e a massa da água dentro do recipiente. Estando o recipiente em equilíbrio, ocorre
a igualdade das forças

𝑑2
𝐹 = 𝑃 ⇒ 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ (𝐻 + ℎ) ⋅ 𝑔 ⋅ 𝜋 ⋅ = 𝜌á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ⋅ 𝑔
4
𝑑2
𝜋⋅ ⋅ (𝐻 + ℎ) = 𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒
4
O recipiente é um tronco de cone. A fórmula do volume de um tronco de cone é:

227
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𝜋⋅ℎ
𝑉𝑡𝑟𝑜𝑛𝑐𝑜 = ⋅ (𝑅 2 + 𝑟 ⋅ 𝑅 + 𝑟 2 )
3
No nosso caso:

𝜋⋅ℎ 𝐷 2 𝐷 𝑑 𝑑 2
𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 = ⋅ (( ) + ( ) ⋅ ( ) + ( ) )
3 2 2 2 2

Mas:

𝐷 = 4𝑑

Logo:

𝜋⋅ℎ 𝑑2 𝜋 ⋅ ℎ 21𝑑 2
𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 = ⋅ (4 ⋅ 𝑑 2 + 𝑑 2 + ) ⇒ 𝑉𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 = ⋅( )
3 4 3 4

Substituindo na equação de equilíbrio:

𝑑2 𝜋 ⋅ ℎ 21 ⋅ 𝑑 2
𝜋⋅ ⋅ (𝐻 + ℎ) = ⋅ ⇒ 𝐻 + ℎ = 7ℎ
4 3 4

𝐻
𝐻 = 6ℎ ⇒ =6

Gabarito: D

Uma comporta está separando dois líquidos na posição vertical, como é mostrado na figura abaixo.
Determine a que altura se encontra o nível do líquido (2), de tal maneira que a comporta não se
𝜌 28
abra. Considere 𝜌2 = 5 .
1

228
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a) 4,8 m b) 4 m c) 3 m d) 2 m e) 1 m

Comentários:

A comporta está em equilíbrio rotacional. Para achar o ponto de aplicação das forças por conta da
pressão:

Para o lado do líquido 2, a pressão cresce linearmente, formando um triângulo. Portanto o centro

de pressão está sobre o CG da figura, ou seja, 3 acima do fundo. Para o centro de pressão do líquido 1,
quebra-se o trapézio formado pela pressão em um retângulo e um triângulo, trabalhando com uma soma
de forças, cada uma atuando sobre o CG de sua respectiva figura. Dessa forma, aplicando-se a pressão
média sobre os pontos marcados:

1
𝐹1 = ⋅ 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ 𝐴1
2 2
0+4
𝐹2 = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 𝐴2
2
𝐹3 = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 𝐴3

229
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Em que 𝐴1 , 𝐴2 e 𝐴3 são as áreas da comporta atingidas pelas pressões 1, 2 e 3. Pelo equilíbrio


rotacional da placa:

ℎ 8
𝐹1 ⋅ (4 − ) = 𝐹2 ⋅ ( ) + 𝐹3 ⋅ (2)
3 3
E, com:

28
𝜌2 = 𝜌1 ⋅
5
E:

𝐴1 = ℎ ⋅ 𝐿 ⇒ 𝐴2 = 𝐴3 = 4 ⋅ 𝐿

Assim, substituindo:

14 ℎ 8
⋅ 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ ⋅ ℎ ⋅ 𝐿 ⋅ (4 − ) = 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 𝐿 ⋅ + 𝜌1 ⋅ 𝑔 ⋅ 2 ⋅ 4 ⋅ 𝐿 ⋅ 2
5 3 3

56ℎ2 14 ⋅ ℎ3 64
− = + 16
5 15 3
14 ⋅ ℎ3 − 168 ⋅ ℎ2 + 560 = 0

ℎ3 − 12 ⋅ ℎ2 + 40 = 0

Por exploração ℎ = 2 é raíz. (Pode-se aplicar teorema das raízes racionais, chutes, ou aplicar as
opções da questão). Portanto, fatorando:

(ℎ − 2)(ℎ2 − 10 ⋅ ℎ − 20) = 0

As outras raízes são:

10 ± √100 + 80
ℎ= = 5 ± 3√5
2
Uma delas é negativa portanto não convém, a outra é maior que o permitido pelo problema (ℎ ≤
4).

Gabarito: D

O sistema mostrado a seguir está em equilíbrio; qual será a nova separação dos êmbolos se o bloco
é retirado lentamente? Considere 𝑀1 = 2 𝑘𝑔; 𝑀2 = 3 𝑘𝑔; 𝑀 = 1 𝑘𝑔 𝑒 𝐴1 = 400 𝑐𝑚².

230
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a) 7,5 cm b) 6,24 cm c) 12,5 cm d) 1,66 cm e) 1,33 cm

Comentários:

No estado inicial, traçando-se uma isobárica rente ao êmbolo 2:

(𝑀 + 𝑀1 ) ⋅ 𝑔 𝑀2 ⋅ 𝑔 3 3
𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ + = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + ⇒ 1000 ⋅ 0,1 + =
𝐴1 𝐴2 4 ⋅ 10−2 𝐴2

3 3
75 + 100 = ⇒ 𝐴2 =
𝐴2 175

Após retirar-se a massa:

𝑀1 ⋅ 𝑔 𝑀2 ⋅ 𝑔 2 3
𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ′ + = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + ⇒ 1000 ⋅ ℎ′ + −2
= ⋅ 175
𝐴1 𝐴2 4 ⋅ 10 3

125
1000 ⋅ ℎ′ = 175 − 50 ⇒ ℎ′ = 𝑚
1000
ℎ′ = 12,5 𝑐𝑚

231
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Gabarito: C

A figura abaixo mostra um esquema simplificado para triturar rochas. Se a rocha indicada está
suportando 3 kN e como o máximo que ela pode resistir, antes de quebrar, é 7,5 kN, em quanto
deve variar o modulo da força que exerce o jovem para quebrar a rocha?

a) 15 N b) 20 N c) 25 N d) 40 N e) 45 N

Comentários:

Como a questão pede a variação da força, resolveremos o problema baseado na variação de força.
Portanto, chamemos de Δ𝐹1 a variação de força sobre a rocha (= 4,5 𝑘𝑁).

Como trata-se do mesmo líquido em toda a extensão do tubo, a variação de pressão implicada
pela variação de força se transmite igualmente até o homem.

O homem deve aplicar essa variação de pressão utilizando sua alavanca através da variação de
força Δ𝐹2 no contato com o êmbolo. Sendo assim, as contas se iniciam pela rocha.

Δ𝐹1 4,5
= Δ𝑃 ⇒ Δ𝑃 =
𝐴1 20

Δ𝐹2 4,5 Δ𝐹2


Δ𝑃 = ⇒ =
𝐴2 20 1

4,5
Δ𝐹2 =
20

232
AULA 04 – Hidrostática
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Como a força é aplicada por uma alavanca, chamando de Δ𝐹3 a diferença de força aplicada pelo
homem, tem-se:

4,5
Δ𝐹2 ⋅ 𝑏 = Δ𝐹3 ⋅ 5𝑏 ⇒ ⋅ 𝑏 = Δ𝐹3 ⋅ 5𝑏
20
0,9
Δ𝐹3 = 𝑘𝑁 = 45 𝑁
20
Gabarito: E

O sistema mostrado, as barras e os êmbolos são de massa desprezível. Se sobre o ponto P começa
a atuar uma força 𝐹⃗ = 100(4𝑖̂ − 3𝑗̂) N, determine a mudança no valor da força que o líquido exerce
sobre cada embolo (𝐴1 = 4𝐴2 ).

a) 25 N; 100 N b) 40 N; 160 N c) 35 N; 150 N


d) 30 N; 120 N e) 50 N; 200 N

Comentários:

233
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A força 𝐹 aplicada gera momento apenas com sua componente vertical. O acréscimo da força 𝐹 é
equilibrado pela variação de forças que o líquido aplica sobre 𝐴1 e 𝐴2 . Como no tubo há somente um
líquido, a variação de pressão sobre as faces é idêntica. Portanto:

Δ𝐹1 Δ𝐹2 Δ𝐹1 Δ𝐹2


= ⇒ =
𝐴1 𝐴2 4𝐴2 𝐴2

Δ𝐹1 = 4 ⋅ Δ𝐹2

Estas variações de forças equilibram o momento gerado por 𝐹. Sendo assim:

Δ𝐹1 ⋅ 2𝑏 − 𝐹𝑦 ⋅ 𝑏 − Δ𝐹2 ⋅ 2𝑏 = 0 ⇒ 8 ⋅ Δ𝐹2 − 300 − 2 ⋅ Δ𝐹2 = 0

Δ𝐹2 = 50 𝑁 e Δ𝐹1 = 200 𝑁

Gabarito: E

O sistema mostrado a seguir está em repouso. Que valor deve ter a força vertical exercida sobre o
embolo (1) para que a mola se comprima 1 cm a mais. Considere 𝐴1 = 10 ⋅ 𝐴2 = 10 𝑚² e K = 10
N/m.

a) 1 N b) 50,5 N c) 100 N d) 101 N e) 110 N

Comentários:

Se a mola se comprime em mais 1 cm, o êmbolo 1 deve descer de Δℎ mantendo o volume do tubo.

234
AULA 04 – Hidrostática
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Logo:

0,01 ⋅ 𝐴2 = Δℎ ⋅ 𝐴1 ⇒ Δℎ = 10−3

Na situação inicial, o equilíbrio do êmbolo 2 é:

𝑘 ⋅ Δ𝑥1 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Após a aplicação da força

𝐹𝑦
𝑘 ⋅ Δ𝑥2 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ (ℎ − Δℎ) +
𝐴1

A questão afirma que Δ𝑥2 − Δ𝑥1 = 1 𝑐𝑚. Subtraindo as equações:

𝐹𝑦 𝐹𝑦
𝑘 ⋅ (Δ𝑥2 − Δ𝑥1 ) = −𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ Δℎ + ⇒ 10 ⋅ 10−2 = −103 ⋅ 10 ⋅ 10−3 +
𝐴1 10

𝐹𝑦
10−1 + 10 = ⇒ 𝐹𝑦 = 101 𝑁
10
Gabarito: D

Ao se retirar o recipiente com azeite a indicação do dinamômetro aumenta em 24 N. Se o bloco é


introduzido em outro recipiente que contém um líquido de densidade 2,5 g/cm³; quanto indicará o
dinamômetro? Considere 𝜌𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 = 2,9 𝑔/𝑐𝑚³.
a) 16 N
b) 18 N
c) 20 N
d) 12 N
e) 15 N

Comentários:

Pela afirmação a respeito da indicação do dinamômetro, conclui-se que o empuxo exercido pelo
azeite era de 24 N. Portanto:

𝜌𝐴𝑧𝑒𝑖𝑡𝑒 ⋅ 𝑉 ⋅ 𝑔 = 24

Considerando:

𝜌𝐴𝑧𝑒𝑖𝑡𝑒 = 0,8 𝑔/𝑐𝑚3

Tem-se que:

800 ⋅ 𝑉 ⋅ 10 = 24 ⇒ 𝑉 = 3 ⋅ 10−3 𝑚3

235
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Portanto, a massa do bloco é:

𝑚 = 3 ⋅ 10−3 ⋅ 2900 = 8,7 𝑘𝑔

Portanto, a indicação do dinamômetro após submergir em outro líquido fica:

𝑇 = 𝑃 − 𝐸 ⇒ 𝑇 = 87 − 3 ⋅ 10−3 ⋅ 2500 = 12 𝑁

Gabarito: D

O sistema mostrado se encontra em equilíbrio e os blocos são de mesma massa. Determine o


modulo da reação da superfície lisa inclinada sobre o bloco A. Considere 𝑀 = 1 𝑘𝑔; 𝑉𝐵 =
4. 10−4 𝑚³.

a) 2 N b) 3 N c) 2√5 N d) 5 N e) 8 N

Comentários:

Analisando o bloco B:

𝑃 = 𝐸 + 𝑇 ⇒ 10 = 4 ⋅ 10−4 ⋅ 103 ⋅ 10 + 𝑇 ⇒ 𝑇 = 6 𝑁

No bloco A, tem-se a seguinte situação:

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𝑇 ⋅ cos 37° = 𝑅 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 37°


{
𝑃 + 𝑇 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 37° + 𝑅 ⋅ cos 37° = 𝐸
Como se pede somente a reação, a primeira equação é suficiente:

4
𝑅 =6⋅ =8𝑁
3
Gabarito: E

Um bloco de isopor descansa no fundo de um recipiente vazio fixo a uma corda como é mostrado
na figura abaixo. Se começamos a encher o recipiente de água, qual é o gráfico que melhor
representa o comportamento da tensão (𝑇) em relação à altura da água (ℎ)?

a) b) c)

d) e)

Comentários:

A tensão é nula até que o empuxo além de superar o peso, tenha altura de água suficiente para
tracionar o fio. Então o empuxo aumenta até que o bloco fica completamente submergido (linearmente

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com a altura da coluna d’água que está diretamente relacionado à quantidade do corpo que está
submerso), finalmente após o corpo submergir completo, não ocorre mais variação da tração.

Gabarito: C
(OBF 3ª fase 2017)
A figura abaixo ilustra um tubo fino de extremidades abertas em forma de U, em repouso, e que
contém água até o nível 𝐻 = 10 𝑐𝑚. Acionando um motor é possível fazer com que o tudo gire com
velocidade angular constante 𝜔; em torno do eixo vertical 𝑦 centrado no ramo esquerdo do tubo.
Para que valor de 𝜔 a água está no limite de escapar do tubo? Use em suas considerações o fato de
que. a pressão de equilíbrio de líquidos que estão dentro de recipientes em rotação uniforme varia
1
com a distância 𝑟 ao eixo de rotação de acordo com expressão 𝑝 = 𝑝𝐶 + 2 𝜌𝜔2 𝑟 2 onde 𝑝𝐶 é a
pressão do líquido sobre o eixo e 𝜌 é a densidade do líquido.

Comentários:

De acordo com a fórmula dada no enunciado, no caso limite, a diferença de pressão entre os dois
pontos da figura é de:

1 1
Δ𝑃 = (𝑝𝑐 + ⋅ 𝜌 ⋅ 𝜔2 ⋅ 𝑟22 ) − (𝑝𝑐 + ⋅ 𝜌 ⋅ 𝜔2 ⋅ 𝑟12 )
2 2
Mas, pela Lei de Stevin:

Δ𝑃 = 𝜌 ⋅ 𝑔 ⋅ ℎ

Igualando as expressões:

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1 2 2⋅𝑔⋅ℎ
𝑔⋅ℎ = ⋅ 𝜔 ⋅ (𝑟22 − 𝑟12 ) ⇒ 𝜔 = √ 2
2 𝑟2 − 𝑟12

Substituindo os valores do problema:

20 ⋅ 0,3
𝜔=√ ⇒ 𝜔 = 5√3 𝑟𝑎𝑑/𝑠
0,09 − 0,01

Gabarito: 𝝎 = 𝟓√𝟑 𝒓𝒂𝒅/𝒔

13. Referências Bibliográficas


[1] Pandey, DC. Understanding Physics.

[2] Sharma, B.M. Physics for IIT-JEE – Mechanics II. 1. Ed. Cengage Learning’s.

[3] H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 2: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor, 4a edição, Editora
Edgard Blücher, 2002.

[4] Calçada, Caio Sérgio. Física Clássica volume 3. 2. Ed. Saraiva Didáticos, 2012. 357p.

[5] Newton, Gualter, Helou. Tópicos de Física volume 2. 16ª ed. Saraiva, 1993. 512p.

14. Considerações finais


Chegamos ao final da nossa aula. Relembre os principais conceitos estudados nessa aula e tenha
no sangue o teorema do Stevin, as propriedades do empuxo, bem como as condições de equilíbrio de um
corpo dentro de um líquido.

Fique atento aos conceitos de pressão absoluta e de pressão manométrica, já que podem existir
questões que mesclam essas definições e você pode perder ponto na prova por besteira.

Conte comigo nessa jornada. Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões entre em contato pelo
fórum de dúvidas do Estratégia ou se preferir:

@proftoniburgatto

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