Você está na página 1de 18

GFI126 – LABORATORIO DE FISICA 1 – TURMA 30H

DOCENTE: KAREN LUZ BURGOA ROSSO

Experimento 2:

FORÇA DE ATRITO

ALUNOS:
VINÍCIUS ABREU DE OLIVEIRA FIGUEIREDO
RANDERSON FELLIPE PINHEIRO DA SILVA
Sumário

1- RESUMO .............................................................................................. 03
2- INTRODUÇÃO TEÓRICA .....................................................................04
3- MATERIAIS UTILIZADOS .....................................................................05
4- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ....................................................06
5- RESULTADOS ......................................................................................09
6- ANÁLISES E CONCLUSÕES ...............................................................16
7- BIBLIOGRAFIA......................................................................................17

2
1 - RESUMO

A força de atrito é um dos principais agentes físicos presentes no cotidiano


da sociedade, de modo que permita diversos movimentos de existirem, como a
locomoção ou o ascendimento de um fósforo. Essa força atua em diferentes
atividades, contanto que exista o contato de um corpo e uma superfície com
algum grau de rugosidade, o que se torna fácil a sua percepção em muitos
momentos e, assim, permite o seu estudo de forma mais aprofundada e
abordando as propriedades físicas da dinâmica. Dessa forma, esse relatório tem
o objetivo de apresentar, detalhadamente, as etapas procedidas durante as
experiências que comprovem a intervenção dessa força em distintas
circunstâncias e a variação de seus valores de acordo com a área do corpo e
seu material, além de demonstrar a atividade em fase da força de atrito estática
e cinética, através de experimentos feitos em laboratório e, levando em
consideração, erros instrumentais ou de operação da atividade.

3
2 - INTRODUÇÃO TEÓRICA
A força de atrito se origina, em última análise, de forças inter
atômicas, ou seja, da força de interação entre os átomos.
Quando as superfícies estão em contato, criam-se pontos de aderência
ou colagem (ou ainda solda) entre as superfícies. É o resultado da força atrativa
entre os átomos próximos uns dos outros.

Figura 1. Exemplo da Força de Atrito (Fa).


Isso dificulta o deslizamento de uma superfície sobre a outra. Assim, a
eliminação das imperfeições (polindo as superfícies) diminui o atrito. Mas isto
funciona até um certo ponto. À medida que a superfície for ficando mais e mais
lisa o atrito aumenta. Aumenta-se, no polimento, o número de pontos de "solda".
Aumentamos o número de átomos que interagem entre si.
A Força de Atrito depende de dois fatores:
Do tipo dos matérias que estão em contato: cada material tem suas
características próprias, quanto mais “lisas” ou “polidas” estiverem os objetos em
contato, menor será a força de atrito. Essa propriedade é definida
numericamente pelo coeficiente de atrito, que pode ser dinâmico ou estático,
possuindo um valor diferente para cada material.
Força Normal (N): trata-se da reação normal à superfície sobre a qual o
corpo está apoiado e depende do peso do objeto. Quanto maior for a força
normal, maior será a força de atrito.
Fórmula da Força de Atrito
Para cada um dos tipos de força de atrito, há fórmulas que calculam a quantidade
de força de atrito aplicada sobre um determinado objeto, em uma situação em
específica.

4
São elas:
Força de atrito estático

Fate = μe.N
Sendo que as siglas representam:
μe = coeficiente de atrito;
N = força normal em newtons;
F = força de atrito estático.
Força de atrito cinético ou dinâmico

Fatd = μd.N
Na fórmula, as siglas representam:
µd= coeficiente de atrito dinâmico;
N = força em newtons;
F = força de atrito dinâmico.
COMO CALCULAR A FORÇA DE ATRITO
A fórmula usada para calcular a força de atrito é:

Fat=µ.N
Fat = força de atrito;
µ = coeficiente de atrito;
N = força normal em newtons.
Ao estudar a fórmula da força de atrito, percebe-se que esse cálculo
depende de dois fatores. O primeiro é a força normal aplicada sobre os corpos,
que está apoiado no peso do objeto. O segundo é o coeficiente de atrito, o qual
possui um valor diferente para cada material.

5
3 - Materiais utilizados

• Lápis

• Bloco de Madeira com uma 1 2


superfície emborrachada (1)

• Bloco de Madeira com superfície


lisa (2)

• Dinamômetro de graduação no
valor de 2N (Newton) (3) 3
• Dinamômetro de graduação no
valor de 3N (Newton) (4)
4
• Balança de Laboratório

Figura 2 – Materiais utilizados no experimento

4-PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Primeiramente, mede-se os pesos dos blocos (como apresentado na


figura 1 abaixo), em gramas (g), utilizados no experimento através da
balança de laboratório, além de certificar se o instrumento está calibrado
corretamente para essa mediação. Assim, se inicia medindo o peso de
cada um dos blocos separadamente, após os dois juntamente e, logo
depois se conclui que o bloco com superfície emborrachada possui uma
massa maior que o bloco de superfície totalmente lisa.

6
Figura 3 - Pesagem dos blocos na balança científica presente no laboratório

2. Divida o experimento em 4 etapas (situações) diferentes, de modo que a


primeira seja com o bloco de superfície lisa sendo preso ao dinamômetro
de 2N (como apresentado na figura 2), mas tendo contato com a
superfície com a sua face lisa de maior área. Se foi dado atenção ao fato
da mesa não oscilar durante o movimento para não influenciar os
resultados obtidos.

Figura 3.1: Posicionamento do bloco em relação ao dinamômetro e a sua superfície com o plano.

3. Após isso, marque um ponto com o lápis na superfície para estabilizar o


bloco sobre a mesma, antes de iniciar o movimento. Certifique que o
movimento sempre se iniciou deste ponto, o que nem sempre pode ter
ocorrido em algumas situações em nosso experimento, de modo a variar,

7
ocasionalmente, entre 1 a 2 cm de diferença. Todos os movimentos foram
feitos pela mesma pessoa para evitar diferenças inadequadas entre os
diferentes valores. Logo depois, aplique uma força ao dinamômetro, assim
como é representado pela figura 3, e aumente-a gradativamente e em baixa
velocidade. Observe até iniciar o movimento do bloco e, assim, meça a força,
em Newtons (N), que foi exercida para realizar essa ação (logo após superar
a força de atrito estático máximo) e que se apresentará por Hn no
instrumento em cada situação e anote o seu valor. Repita o movimento 15
vezes e anote os resultados numa tabela.

H1

F1

Figura 3.2: Demonstração da força usada para puxar, lentamente, o dinamômetro a partir da
linha demarcada sob o bloco e o plano. Bloco usado: Superfície maior e lisa

4. Repita o mesmo procedimento 3, porém com a face de menor área


voltada para superfície, como representada pela figura 4 e com uma força F2
representado na figura 4.1, e anote os valores em outra tabela.

4.0 4.1

Figura 4 e 4.1: Demonstração da força usada para puxar, lentamente, o dinamômetro com o bloco de área lisa e menor

5. Repita o mesmo procedimento 3, porém com a face de borracha voltada


para a superfície, como representado pela figura 5 e uma força F3
representado na figura 5.1, e anote os valores em outra tabela.
5.1

5.0

Figura 5.0 e 5.1: Demonstração da força usada para puxar, lentamente, o dinamômetro com o bloco de área emborrachada e maior

8
6. Repita o mesmo procedimento 3, porém, dessa vez, com o dinamômetro de
5N, aplique uma força F4 como representado na figura 6.1 e colocando os blocos
um sobre o outro, deixando a face de madeira voltada para a superfície. Confira
se os blocos estão perfeitamente ajustados, como na figura 6, e anote os valores
em outra tabela.

6.0
H4

F4
6.1

Figura 6 e 6.1: Demonstração da força usada para puxar, lentamente, o dinamômetro com
os blocos de área lisa e maior voltada para a superfície.

5 - RESULTADOS
Tabela das medidas diretas

N (F1 ± 0,02 ) N (F2 ± 0,02 ) N (F3 ± 0,02 ) N (F4 ± 0,02 ) N


1 1,23 0,69 1,66 2,19
2 1,25 0,68 1,86 2,57
3 1,25 0,62 1,82 2,19
4 1,24 0,58 1,82 2,49
5 1,21 0,64 1,84 2,49
6 1,24 0,76 1,7 2,43
7 1,18 0,84 1,78 2,55
8 1,22 0,7 1,7 2,64
9 1,15 0,9 1,76 2,64
10 1,2 0,7 1,74 2,61
11 0,93 1,08 1,66 2,58
12 1,16 0,7 1,6 2,5
13 1,18 0,66 1,68 2,7
14 1,21 0,96 1,62 2,85
15 1,21 0,94 1,56 2,64

Figura 7: Tabela com valores já sendo considerados os erros presentes nos


equipamentos. (ΔF Din2: 0,02) (ΔF Din3: 0,03)

9
GRÁFICO DO MOVIMENTO DO BLOCO COM
CONTATO DE SUPERFÍCIE MAIOR E LISA
1,3
1,28
1,26
1,24
1,22
1,2
1,18
1,16
1,14
1,12
1,1
1,08
1,06
1,04
1,02
1
0,98
0,96
0,94
0,92
0,9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Gráfico do Movimento do Bloco com Contato de Superfície Menor e


Lisa

1,09
1,07
1,05
1,03
1,01
0,99
0,97
0,95
0,93
0,91
0,89
0,87
0,85
0,83
0,81
0,79
0,77
0,75
0,73
0,71
0,69
0,67
0,65
0,63
0,61
0,59
0,57
0,55
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Figura 8 e 9: Gráficos referentes a coluna 1 e 2 da Tabela de Medidas Diretas, erro de ± 0,02.

10
G RÁ FI CO DO MOVI ME NTO DO BLO CO CO M CO NTATO DE
SUPE RFÍ CI E MA I O R E E MBURRACHA DA
1,88
1,86
1,84
1,82
1,8
1,78
1,76
1,74
1,72
1,7
1,68
1,66
1,64
1,62
1,6
1,58
1,56
1,54
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Figura 10 : Gráfico do Movimento do Bloco com Contato de Superfície Maior e Emborrachada

Gráfico do Movimento dos Blocos Um Sobre o


Outro
2,9
2,88
2,86
2,84
2,82
2,8
2,78
2,76
2,74
2,72
2,7
2,68
2,66
2,64
2,62
2,6
2,58
2,56
2,54
2,52
2,5
2,48
2,46
2,44
2,42
2,4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Figura 11: Gráfico do Movimento dos Blocos Um Sobre o Outro

11
Coeficiente de Atrito Estático

Calculou-se os valores de μs a partir da Fat máx.(calculado a partir da média dos valores de cada
situação – 1 a 4 -) presentes na tabela de medidas diretas de cada N repetição de cada situação (1
ao 4) e após isso fez-se a média ponderada dos valores de μs de casa situação. Usou-se as medidas
de M = 273,86 para as situações 1, 2 e 3 e 542,45 para a situação 4, a partir das massas medidas
pela balança científica g = 9,78.
• Calculo de μs da situação 1: Como se calculou a Fat Max:
μs = 0,16/ 273,86 x 9,78 = 0,00005974 g -1 m -1
• Em 1: 1,25 – 0,93/ 2 = 0,16
• Calculo de μs da situação 2: • Em 2: 1,08 – 0,58/ 2 = 0,25
• Em 3: 1,86 – 1,56/ 2 = 0,15
μs = 0,25/ 273,86 x 9,78 = 0,000093341 g -1 m -1 • Em 4: 2,85 – 2,19/ 2 = 0,33

• Calculo de μs da situação 3:
OBS: ΔF Max (Din2): 0,02
μs = 0,15/ 273,86 x 9,78 = 0,000056004 g -1 m -1 e ΔF Max (Din3): 0,03

• Calculo de μs da situação 4:

μs = 2,85/ 542,45 x 9,78 = 0,00053721 g -1 m -1


Cálculo dos erros

- Calculando
Situação 1: = 1 x 0,02 / 2678,3508 = 7.4672 x 10 ^ -6
Situação 2: = 1 x 0,02 / 2678,3508 = 7.4672 x 10 ^ -6
Situação 3: = 1 x 0,02 / 2678,3508 = 7.4672 x 10 ^ -6
Situação 4:
= 1 x 0,03 / 5305,161 = 5.6548 x 10 ^ -6

- Calculando - Calculou-se a partir das médias feitas das medidas diretas.

OBS: Δm = 0,01g
Situação 1 ao 4 (ordem = 0,16 x 0,01/ 273,86^2 x 9,78 = 2,18 x 10 ^ -9
crescente):
= 0,25 x 0,01/ 273,86^2 x 9,78 = 3,4 x 10 ^ -9

= 0,15 x 0,01 / 273,86^2 x 9,78 = 2,04 x 10 ^ -9

= 0,33 x 0,01 / 542,45^2 x 9,78 = 1,14 x 10 ^ -9 12


Propagação de erros

Situação 1: = 5,97 x 10 ^-5 (0,02 / 0,16 + 0,01 / 273,86) = 7,4642 x 10^-6

Situação 2: = 9,33 x 10^-5 (0,02 / 0,25 + 0,01 / 273,86) = 7,4667 x 10^ -6

Situação 3: = 5,60 x 10^-5 (0,02 / 0,15 + 0,01 / 273,86) = 7,4686 x 10^-6

Situação 4: = 5,37 x 10^-4 (0,03 / 0,33+ 0,01 /542,45) = 4,8818 x 10^-5

Tabela - Forças de atrito estático máximo

13
Medidas Indiretas

N μs Δm Δ Fat max Δ μs

1 5,97 x 10 ^-5 0,01 0,02 7,4642 x 10^-6

2 9,33 x 10^-5 0,01 0,02 7,4667 x 10^ -6


3 5,60 x 10^-5 0,01 0,02 7,4686 x 10^-6
4 5,37 x 10^-4 0,01 0,02 4,8818 x 10^-5

Gráfico N x μs
0,0006 Δ μs = + 4,8818 x 10^-5
0,00055
0,0005
0,00045 Δ μs = - 4,8818 x 10^-5
0,0004
0,00035
0,0003
0,00025
0,0002
0,00015
0,0001 Δ μs = + 7,4642 x 10^-6 Δ μs = + 7,4642 x 10^-6
Δ μs = + 7,4642 x 10^-6
0,00005
Δ μs = - 7,4642 x 10^-6
0 Δ μs = - 7,4642 x 10^-6 Δ μs = - 7,4642 x 10^-6
1 2 3 4

14
Gráfico N x Δ m
0,0006

0,0005

0,0004

0,0003

0,0002

0,0001

0
1 2 3 4

Gráfico N x Δ Fat max


0,025

0,02

0,015

0,01

0,005

0
1 2 3 4

15
Gráfico N x Δ μs
0,00006

0,00005

0,00004

0,00003

0,00002

0,00001

0
1 2 3 4

16
6-Análise e Conclusões
Após realizar o experimento foi possível concluir que ao tentar mover os
blocos, existe uma dificuldade para colocá-los em movimento, e essa dificuldade
aumenta e diminui de acordo com a forma que posicionamos os mesmos.
Todos os dados e valores que utilizamos para calcular os demais valores
estão na Tabela 1, representada pela fig.7.
Analisamos que a mudança de material também interfere diretamente no
coeficiente de atrito onde F1 madeira tem um coeficiente bem menor que o F3
borracha pois a superfície da borracha apresenta uma rugosidade em sua
superfície isso lhe oferece maior aderência com a superfície.
Ao colocarmos um bloco sobre o outro percebemos imediatamente que
há um acréscimo na massa e isso também causa um aumento no atrito,
podemos concluir que quando há um aumento na massa, haverá um aumento
no coeficiente de atrito.
Concluímos dessa forma quanto maior for o peso do corpo que se move,
maior a força de atrito entre as superfícies de contato e maior oposição ao
movimento. A força de atrito depende de dois fatores a natureza das superfícies
(lisas ou rugosas), sua área e o peso do corpo que se move.

17
7 – Referências Bibliográficas
Relatório – Força de atrito

https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfkJAAD/relatorio-forca-atrito?part=2

Relatório Lab Física VI(atrito) - Laboratório de Física A - FACVEST

https://www.passeidireto.com/arquivo/35906449/relatorio-lab-fisica-vi-atrito-

18

Você também pode gostar