Você está na página 1de 8

A.L.1.

2- “Atrito estático e atrito cinético”

Relatório

 Realizado por Margarida Sampaio nº14, turma 1201;


 Disciplina de Física, 12º ano;
 Data de realização da atividade: Trofa,20 de janeiro de 2020;
 Data de entrega do relatório: Trofa,29 de janeiro de 2020;
 Ano letivo 2020/2021.
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

Índice
Introdução e fundamento teórico...................................................................................3
Material utilizado............................................................................................................ 4
Procedimento experimental...........................................................................................5
Registo e tratamento de resultados...............................................................................6
Discussão de resultados e conclusão............................................................................7
Bibliografia..................................................................................................................... 8

2
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

Introdução e fundamento teórico

O objetivo desta atividade é concluir que as forças atritos entre sólidos


dependem dos materiais das superfícies em contacto, mas não da área
(aparente) dessas superfícies, a partir dos coeficientes de atrito estático e cinético
de um par de superfícies em contacto.

F a um corpo, verifica-se que o corpo só se


Se aplicarmos uma força ⃗
começa a mexer para uma força de determinada intensidade. Isso deve-se à
Fae, que impede que o corpo deslize.
existência de uma força de atrito estático, ⃗
Ao aumentar a intensidade da força ⃗ F , a força de atrito aumenta até que, para
F , o corpo começa a mover-se, nesses instantes a força
uma dada intensidade de ⃗
de atrito atingiu o seu valor máximo. Quando o corpo já se encontra em
Fac.
movimento, a força de atrito designa-se força de atrito cinético, ⃗

Duas superfícies em contacto quando estão em repouso relativo, a


intensidade máxima da força de atrito estático é diretamente proporcional ao
módulo da reação normal.

F a e =μe N

Já, quando ambas estão em movimento relativo, a intensidade da força de


atrito cinético é diretamente proporcional ao modulo da reação normal.

F a c =μc N

O módulo da força de atrito é inferior ao da força de atrito estático máximo,


para as mesmas superfícies de contacto, ou seja, F a c < F aemáx . Podendo verificar,
que o coeficiente de atrito estático é superior ao coeficiente de atrito cinético (
μe > μc ).

Os coeficientes de atrito estático e cinético dependem da natureza dos


materiais em contacto e do polimento das superfícies, sendo característicos de
cada par de materiais. As superfícies em contacto menos rugosas (mais polidas)
apresentam menores coeficientes de atrito.

3
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

Por fim, a intensidade da força de atrito é diretamente proporcional à


intensidade da reação normal, depende da natureza dos materiais em contacto e
do polimento das superfícies e não depende da área de contacto das superfícies.

Material utilizado

Para a atividade laboratorial utilizou-se o seguinte material:

 Blocos paralelepipédicos (1);


 Balança (±0,01, alcance de 500g) (2);
 Massas marcadas (3);
 Roldana de baixo atrito (4);
 Fio (5);
 Superfície de madeira (6);
 Suporte para colocação das massas marcadas (7);
 Régua (±0,05) (8);
 Cronómetro (±0,01) (9);
 Plano inclinado (10).

Figura 1-Respetiva legenda do material utilizado

8 2

1 9
5

10

6 7
3

4
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

Procedimento experimental

Para determinar o coeficiente de atrito estático:

1. Mediu-se a massa do bloco e do suporte de massas marcadas;


2. Mediu-se as dimensões do bloco;
3. Colocou-se o bloco paralelepipédico sobre a superfície horizontal;
4. Ligou-se o fio ao bloco, colocou-se o fio na roldana de baixo atrito e na
outra extremidade do fio colocou-se o suporte de massas marcadas;
5. Colocou-se massas marcadas no suporte até que o bloco estivesse na
iminência de se mover;
6. Repetiu-se o procedimento para 5 ensaios;
7. De seguida, aumentou-se a massa do bloco sobrepondo as massas
marcadas e registou-se a nova massa do bloco;
8. Repetiu-se o procedimento para 5 ensaios;
9. Repetiu-se o procedimento usando diferentes pares de materiais em
contacto;
10. De seguida, variou-se a área do bloco em contacto com a superfície
horizontal, usando outra face diferente do bloco;
11. Repetiu-se o procedimento para 5 ensaios.

Para determinar o coeficiente de atrito cinético para os mesmos pares de


materiais:

1. Colocou-se o bloco sobre a superfície horizontal, ligado a um fio que passa


pela roldana, que tem na outra extremidade o suporte de massas
marcadas;
2. Marcou-se a posição inicial e final e mediu-se a distância entre os dois;
3. Colocou-se massas marcadas no suporte até o bloco entrar em movimento
uniformemente acelerado;
4. Mediu-se o tempo, com o cronometro, que o bloco demorou a atingir a
posição final;
5. Repetiu-se o procedimento 5 vezes;
6. Variou-se a sobrecarga do bloco e registou-se a nova massa do bloco;
5
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

7. Repetiu-se o procedimento para 5 ensaios.

Registo e tratamento de resultados

Quando o sistema está em repouso, o módulo da reação normal, exercida


pela superfície de apoio no bloco, é igual ao módulo do peso do bloco, assim,
como o módulo da força de atrito estático máximo é igual ao modulo da tensão
exercida pelo fio no bloco, por sua vez, irá ser igual ao modulo do peso da massa
suspensa.
Figura 2- Representação das forças que atuam no sistema quando este está em
repouso

 Para determinar o coeficiente de atrito estático μe

Faemáx|= |⃗
F r=0 , pois o sistema está em repouso e que |⃗
Sabe-se que a ⃗ T M| ,

Pm|=|⃗
|⃗ T m|,|⃗
T M|=|⃗
T m| e |⃗
P M|=|⃗
N| , ou seja, |⃗
Faemáx|=|⃗
P m|=mg e |⃗
P M|=|⃗
N|=Mg .

Assim, como Faemáx =μe N ⇔ μ e =mg÷ Mg ⇔ μ e =m÷ M

Como se pode verificar na tabela, o coeficiente de atrito estático mantem-


se aproximadamente constante, ou seja, verifica-se que é independente da área
de contacto das superfícies.

Quando o sistema está em movimento horizontal, no bloco, a força


resultante no eixo dos y é nula, ou seja, o módulo da reação normal, exercida pela

6
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

superfície de apoio no bloco, é igual ao módulo do peso do bloco. Pelo que a


força resultante no eixo dos x é igual à subtração da tensão aplicada pelo fio e da
força de atrito cinético e, segundo a 2º lei de newton, a força resultante é igual à
multiplicação da massa pela aceleração.

Já quanto à massa suspensa, a força resultante irá ser a subtração do seu


peso e da tensão exercida pelo fio que igualará à segunda lei de newton.

Figura 3- Representação das forças que atuam no sistema, quando este está em movimento uniformemente
acelerado.

Ou
seja, T −Fac =Ma, Pm −T =ma⇔T =mg−ma .
1 2 2d
Num movimento uniformemente acelerado, d= a t ⇔a= 2
2 t
Assim sendo, mg−ma−Fac =Ma⇔
2d 2d
Fac =mg−a ( m+ M ) ⇔ Fac =mg − 2 ( m+ M ) ⇔ μc =mg− 2 (m+ M )/ N
t t
O declive da reta do gráfico é igual ao coeficiente de atrito cinético.

Discussão de resultados e conclusão

Atendendo aos valores na tabela, apresentados no registo e tratamento de


dados, podemos afirmar que os valores do coeficiente de atrito estático são
superiores aos valores dos coeficientes de atrito cinético.

O valor da ordenada na origem não nulos devem-se a erros experimentais


como arredondamentos nos cálculos, erros na pesagem das massas, erros na

7
Física 12º ano Ano letivo 2020/2021

medição do tempo (devido ao tempo de reação e aos arredondamentos feitos


pelo cronómetro) e possíveis desvios na trajetória de queda dos dois corpos.

Concluindo, o objetivo da atividade laboratorial foi concretizado, na medida


em que se obteve o coeficiente de atrito estático e atrito cinético para diferentes
pares de materiais em contacto e verificou-se que estes dependiam da natureza
dos materiais em contacto e do polimento das superfícies e que não dependia da
área aparente. Assim, considera-se que a atividade foi realizada com sucesso.

Bibliografia
Chita, D., Oliveira, R., & Matos, T. (2012). 1.2.Atrito cinético e estático. Obtido de
https://pt.slideshare.net/RuiPO/12atrito-cintico-e-esttico
Maciel, N., Marques, M., Villate, J., Azevedo, C., Cação, A., & Magalhães, A.
(2019). Eu e a Física. Porto: Porto Editora.

Você também pode gostar