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Escola Secundária Fernando Namora


Instituto escolar de Lisboa

Atrito estático e cinético

Lucas Georg Veloso, nº12, 12º1

Neste relatório apresentamos os resultados obtidos num


experimento sobre o atrito estático e cinético. Esta experiência
consiste em colocarmos dentro duma caixa um determinado peso
e puxá-la. Com a ajuda de um dinamómetro ligada à calculadora
gráfica TI-Nspire™ CX II-T, obtemos um gráfico de força em que
podemos determinar a força do atrito estático máximo e a força
média do atrito cinético dentre outros dados que serão
apresentados com o decorrer do relatório.
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Índice

1 - Capa

2 - Índice

3 - Objetivo do trabalho

4 - Introdução teórica

6 - Questões Iniciais

8 - Procedimento experimental

10 - Registro de resultados

12 - Tratamento de dados

13 - Questões pós-laboratoriais

15 - Conclusões e análise crítica dos resultados obtidos


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Objetivo do trabalho

Temos alguns objetivos a serem cumpridos com este trabalho. Queremos concluir os
seguintes itens:
. As forças de atrito entre sólidos dependem dos materiais das superfícies em
contacto e do seu polimento, mas não da área (aparente) dessas superfícies.

. Obter os coeficientes de atrito estático e cinético de um par de superfícies


em contacto.
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Introdução teórica

Um corpo assente num plano horizontal pode manter-se em repouso sob ação de
uma força horizontal, F, devido à existência de uma força de atrito estático, Fa.e.. Se a
intensidade da força aplicada, F. aumentar, há um momento em que o corpo inicia o seu
movimento. A força de atrito estático atinge nesse instante a sua intensidade máxima;
designa-se por força de atrito estático máxima, Fa. e. máx.

Verifica-se empiricamente que, quando duas superfícies em contacto estão em


repouso relativo, a intensidade máxima da força de atrito estático, Fa. e. máx., é diretamente
proporcional à intensidade da reação normal, N:

Fa. e. máx. = μeN

sendo μe o coeficiente de atrito estático.

Quando o corpo inicia o movimento, a força de atrito passa a designar-se por força
de atrito cinético, Fa.c., e o seu módulo é, normalmente, inferior ao da força de atrito
estático máximo para as mesmas superfícies de contacto, ou seja, Fa.c. < Fa.e.máx.

Fa. c. = μcN

Verifica-se também, empiricamente, que, quando duas superfícies em contacto


estão em movimento relativo, a intensidade da força de atrito cinético, Fa. c. é
diretamente proporcional à intensidade da reação normal, N, e é independente da
velocidade, se esta não for muito elevada. Fa. c. = μcN sendo Me o coeficiente de atrito
cinético.
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Os coeficientes de atrito estático e cinético, μe e μc, dependem da natureza dos


materiais em contacto e do seu polimento, sendo característicos para cada par de
materiais. Como a intensidade da força de atrito estático máxima, Fa. e. máx é,
geralmente, superior à intensidade da força de atrito cinético, Fa. c. verifica-se que μe > μc.
Conclusões:

A intensidade da força de atrito entre sólidos deslizantes ou na iminência de


deslizar:

- depende da natureza dos materiais em contacto e do seu polimento;


- não depende da área (aparente) de contacto das superfícies;
- é diretamente proporcional à intensidade da reação normal.

Questões Iniciais
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1.1) Antes de o bloco A deslizar, que forças atuam nos corpos A e B?

R.: Antes de o bloco A deslizar atuam no corpo A o peso, PA, a reação normal, N, a tensão
do fio, TA e a força de atrito estático, Fa. e.. No corpo B atuam o peso, PB, e a tensão do
fio TA (|𝑇𝐵| = |𝑇𝐴|).

1.2.) Como varia a intensidade da força de atrito com a intensidade da força de tensão
que o fio exerce, TA até ao instante em que o corpo entra em movimento?

R.: A intensidade da força de atrito estático aumenta com a intensidade da tensão, TA, até
ao instante em que o bloco entra em movimento.

1.3.) No momento em que o bloco está na iminência de deslizar, qual é a intensidade da


força de atrito?

R.: No momento em que o bloco está na perto do ponto de deslizar, o módulo da força de
atrito estático é máximo e diretamente proporcional ao módulo da reação normal, ou
seja, Fa. e. máx. = μeN.

1.4.) Que forças atuam no bloco quando este entra em movimento?

R.: Quando o bloco A entra em movimento, atuam sobre ele as seguintes forças: o peso,
PA, a reação normal, N, a força de atrito cinético, Fa, e a tensão do fio, Ta.

1.5.) Como se relaciona o coeficiente de atrito estático, Me, com as massas dos corpos A
e B?

R.: No momento em que o bloco está quase a deslizar:


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Fa. e. máx. = mb g e N = mag.


Sabendo que:
Fa. e. máx. = μeN, obtém-se a expressão: μeN = mbg.
Como N = mAg, temos que:
𝑚
μe mag = mbg ⇔ μe = 𝑚𝑏
𝑎

1.6.) Indique, justificando, o que acontecerá a intensidade da força de atrito estático no


bloco A, se sobre este for colocado outro bloco de madeira, e à intensidade da força de
atrito cinético

R.: A intensidade das forças de atrito estático máximo e de atrito cinético aumentam, pois
a intensidade da força de reação normal também aumenta.

Procedimento experimental
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Montagem experimental

imagem ilustrativa

Sobre os materiais:
- A caixa A é aberta e tem um peso de 106,88 g;
- Os pesos são iguais e têm massas de aproximadamente 50 g;
- O dinamómetro é ligado na calculadora gráfica, de modo a obter o gráfico de força;

Procedimento:
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Posicionamos a caixa A numa superfície (que tenha alguma rugosidade, para haver
atrito entre a caixa e a superfície) e de seguida ligamos a caixa ao dinamômetro, e este à
calculadora.
Colocamos 2 pesos dentro da caixa e após a calculadora começar a coletar dados,
puxamos, com uma força constante, o dinamómetro. Ao fazermos isso, a calculadora irá
gerar um gráfico parecido com o gráfico A

Gráfico A

Repetimos este processo 3 vezes para cada conjunto de pesos dentro da caixa para
diminuirmos o erro experimental. Fazemos isto com 2, 3 e 4 pesos dentro da caixa.
Agora viramos a caixa de lado e coloca-se 2 pesos, assim, altera-se a área
(aparente)da caixa e conseguimos os dados para provar que a área (aparente)do sólido não
influencia o atrito.

Registro de resultados:
Segue-se, de seguida, os dados (já sistematizados) obtidos durante a experiência:
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tabela A

A força de atrito estático máximo obteve-se ao analisar o seguinte ponto do gráfico:

Analisamos este ponto pois é onde a força de atrito estático é máxima. É máxima pois
deste ponto, t1, adiante o corpo entra em movimento.

Para obtermos a força de atrito cinético, analisa-se o seguinte intervalo de tempo do


gráfico:
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A força Normal, N, obtém-se calculando o módulo do simétrico do Peso. Como se sabe N =


-P, logo 𝑁 = |− 𝑃|.

(Deixo em seguida um link que dará acesso a todos os gráficos obtidos nesta experiência:
https://drive.google.com/drive/folders/1VB15QUCEeNNfiEpCe9HMfVZlgMJ96TOT?usp=drive_link)

Tratamento de dados:
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- Primeiramente ao analisar a tabela A, podemos observar que os resultados da força


de atrito cinético para a primeira situação de teste (a caixa com 2 pesos) estão
meio desfasados e afastados dos restantes valores, ou seja, os gráficos que foram
gerados foram imprecisos. Como os valores do 2º e 3º ensaio da primeira situação
de teste estão bastantes afastados do valor do 1º ensaio, que por sua vez, é mais
realista, eu usarei esse valor como o valor da média das forças de atrito cinético da
primeira situação.

- Com os valores da tabela A podemos fazer a construção dos gráficos a seguir


representados relativos ao coeficiente de atrito estático e cinético

Conclusões e análise crítica dos resultados obtidos


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Com os dados obtidos podemos então chegar em algum dos objetivos anteriormente
colocados.

Passo a relembrar os objetivos desta experiência:

. Provar que as forças de atrito entre sólidos dependem dos materiais das
superfícies em contacto e do seu polimento, mas não da área (aparente) dessas
superfícies.

. Obter os coeficientes de atrito estático e cinético de um par de superfícies


em contacto.

. Destes objetivos podemos concluir, ao observar a tabela A, que a área (aparente)


do sólido não influencia no resultante das forças de atrito pois os valores das forças de
atrito estático e cinético são semelhantes tanto quando o corpo (caixa A) está na
horizontal ou na vertical (de lado).

. Com os dados colhidos nos gráficos construímos a tabela A com os dados


necessários para obter os coeficientes de atrito estático e cinético.
Estes gráficos mostram que as conclusões feitas na introdução teórica estão certas.
Quanto maior a força Normal, N, maior a força de atrito, tanto estático quanto cinético.

Fa. e. máx. = μeN, ou seja, quanto maior força de atrito estático máximo Fa. e. máx., maior o
coeficiente de atrito estático, μe.

Fa. c. = μcN, ou seja Fa. e. máx. = μeN, ou seja, quanto maior força de cinético máximo, Fa. c. máx.,
maior o coeficiente de atrito cinético, μc.

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