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Física

Polias e Força elástica

Resumo

Polia fixa e Polia móvel

Figura 1 – Polia fixa

No dia a dia, você pode encontrar polias em academias ou ate em obras. O objetivo desse instrumento é redirecionar a
força que precisa ser aplicada. Graças e esse instrumento que o pedreiro consegue fazer um saco de areia levantar
puxando uma corda para baixo. Imagine um sistema com uma polia igual ao da figura 2.

Figura 2 – Força aplicada a uma polia fixa

Se o homem desejar manter a caixa em equilibrio (lembre-se que equilibrio é aplicar força resultante = 0) é necessario
que todas as forças existentes na caixa se equilibrem. Para isso, temos a força peso da caixa em equilibrio com a tração
aplicada pelo fio.

𝑇=𝑃

Note que, como é o homem que esta puxando a corda, a força de tração aplicada pela corde é a força que o homem faz
para puxar a corda. Logo:

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𝐹=𝑃

Esse é um exemplo de polia fixa, onde essa polia fica presa em uma estrutura e só rotaciona. Mas podemos também ter
um sistema com polias moveis como é o caso da figura 3.

Figura 3 – Polia movel

Diferente da polia fixa, onde o objetivo é apenas redirecionar (mudar direção e sentido) a força a ser aplicada, o
objetivo da polia movel é diminuir o modulo da força necessaria para deixar um peso em equilibrio (alem de
redirecionar a força). Para entender isso bem, imagine que alguem puxa a corda da figura 4 com o objetivo de deixar o
bloco cinza em equilibrio.

Figura 4 – Dinâmica de forças em uma polia movel

Ao puxar a corda, você aplica uma força para mover a roldana movel e esse movimento levantar o peso. Note que como
a roldana movel apresenta dois fios: um conectado a roldana fixa e outro ao teto. Por conta disso, a força peso se
equilibra com a tração dos dois fios, fazendo com que parte da força vá para a pessoa que exerce a força e a ourta parte
seja feita pelo teto. Para a situação da figura 4 podemos dizer que a força que a pessoa precisa aplicar para levantar um
corpo é de:
𝑃
𝐹=
2

Essa formula esta presa a situação da figura 4, onde temos apenas uma roldana movel, mas podemos montar uma
expressão generalizada para poder encontrar o valor da força para qualquer numero de roldanas.
𝑃
𝐹= 𝑛
2

Sendo “n” o numero de roldanas móveis que o sistema apresenta.

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Força elástica

Já brincou com um carrinho de fricção? Aquele que você puxa para trás e ele sai varado para frente?

Figura 5 – Carrinho de fricção

Esse carrinho funciona com uma mola dentro dele capaz de coloca-lo em movimento. Isso acontece por que ao
deformar uma mola, você aplica uma força chamada força elástica.

Figura 6 – Indicação da força elástica

Como pode ser visto na figura 6, a deformação da mola provoca uma força elástica na direção e sentido oposto. Isso
significa que se você comprime ou alonga uma mola, vai aparecer uma força para coloca-la de volta em seu estado
natural (equilíbrio).

Esa força pode ser equacionada da seguinte forma:

𝐹𝑒𝑙 = 𝑘. 𝑥

Sendo:
• K = constante da mola (unidade = N/m)
• x = deformação da mola (unidade = m)

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Associação de molas em paralelo

No caso do carrinho de fricção nos pensamos em colocar uma mola que seja capaz de movimentar o carrinho, mas nada
impede de colocar mais de uma. Caso você coloque duas ou mais, você precisa ter em mente como você vai colocar
essa mola, já que agora você tem uma associação de molas.

Figura 7 – Associação em paralelo de molas

Associação em paralelo consiste em ligar molas igual a da figura 7. Dessa forma, temos que as molas conseguem junta
interagir com o corpo de forma que uma não influencie diretamente na deformação da outra. Como escrito na figura 7,
vamos imaginar que cada mola apresente sua própria constante “k”. Para descrever uma força elástica resultante “𝐹𝑒𝑙𝑅 ”,
temos:

𝐹𝑒𝑙𝑅 = 𝐹𝑒𝑙1 + 𝐹𝑒𝑙2


𝑘𝑒 . 𝑥𝑇 = 𝑘1 . 𝑥1 + 𝑘2 . 𝑥2

Quando deformamos uma associação de molas em paralelo, todas as molas deformar da mesma forma. Logo:

𝑘𝑒 = 𝑘1 + 𝑘2

Em caso de uma associação em paralelo de “n” molas, podemos escrever da seguinte forma:

𝑘𝑒 = 𝑘1 + 𝑘2 + ⋯ + 𝑘𝑛

Associação de molas em série

Já uma associação de molas em série consiste grudar uma mola em uma outra, como pode ser visto na figura 8.

Figura 8 – Associação em série de molas

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Diferente da associação em paralelo, notamos que agora a deformação de uma mola influencia diretamente na
deformação da outra mola. Antes de descrever uma força elástica resultante “𝐹𝑒𝑙𝑅 ”, podemos constatar que a
deformação total desse conjunto pode ser entendida da seguinte forma:

𝑥𝑇 = 𝑥1 + 𝑥2

Já que a força elástica é descrita como 𝐹𝑒𝑙 = 𝑘. 𝑥, podemos descrever uma força elástica resultante “𝐹𝑒𝑙𝑅 ” da seguinte
forma:

𝐹𝑒𝑙𝑅 𝐹𝑒𝑙1 𝐹𝑒𝑙2


= +
𝑘𝑒 𝑘1 𝑘2

Nesse tipo de associação, as forças elásticas são iguais, logo, podemos simplificar a expressão para:

1 1 1
= +
𝑘𝑒 𝑘1 𝑘2

Em um caso geral, temos:

1 1 1 1
= + + ⋯+
𝑘𝑒 𝑘1 𝑘2 𝑘𝑛

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Exercícios

1. (G1 - ifpe 2019) Considere a máquina de Atwood a seguir, onde a polia e o fio são ideais e não há qualquer atrito.
Considerando que as massas de A e B são, respectivamente, 2M e 3M, e desprezando a resistência do ar, qual

a aceleração do sistema? (Use g = 10 m s2 )

5 m s2
a)
3 m s2
b)
2 m s2
c)
10 m s2
d)
20 m s2
e)

2. (Pucpr 2017) Um bloco A de massa 3,0 kg está apoiado sobre uma mesa plana horizontal e preso a uma corda
ideal. A corda passa por uma polia ideal e na sua extremidade final existe um gancho de massa desprezível,
conforme mostra o desenho. Uma pessoa pendura, suavemente, um bloco B de massa 1,0 kg no gancho. Os
coeficientes de atrito estático e cinético entre o bloco A e a mesa são, respectivamente, μe = 0,50 e μc = 0,20.

Determine a força de atrito que a mesa exerce sobre o bloco A. Adote g = 10m s2 .

a) 15 N.
6,0 N.
b)
30 N.
c)
d)
10 N.

e)
12 N.

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3. (Eear 2016) Um carrinho é puxado em um sistema sem atrito por um fio inextensível numa região de aceleração
gravitacional igual a 10 m s2 , como mostra a figura.

Sabendo que o carrinho tem massa igual a 200 g sua aceleração, em m s2 , será aproximadamente:

a) 12,6
b) 10
c) 9,6
d) 8

4. (Uepg 2017) A ilustração a seguir mostra um sistema de polias projetado para levantar um objeto de massa m. O
sistema consiste de uma polia fixada ao teto e de uma polia não fixa à qual o objeto está ligado. Sobre o assunto,
assinale o que for correto.

g = 10 m s2
Dado:

(01) A força que deve ser exercida na corda, para baixo, de modo a suspender o objeto com uma velocidade
1
constante é igual a mg.
2
(02) Suspender o objeto de massa m com uma velocidade constante não é uma situação de equilíbrio.
(04) Se o sistema representado contivesse três polias não fixas em vez de uma, a força necessária para suspender
1
o objeto, com uma velocidade constante, seria igual a mg.
3
(08) Para uma situação semelhante à esquematizada, porém, com uma força exercida igual a 400 N, a qual
equilibraria o corpo de massa m, teríamos m = 80 kg.
SOMA: ( )

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5. (Acafe 2017) Um homem queria derrubar uma árvore que estava inclinada e oferecia perigo de cair em cima de
sua casa. Para isso, com a ajuda de um amigo, preparou um sistema de roldanas preso a outra árvore para segurar
a árvore que seria derrubada, a fim de puxá-la para o lado oposto de sua suposta queda, conforme figura.

Sabendo que para segurar a árvore em sua posição o homem fez uma força de 1.000 N sobre a corda, a força
aplicada pela corda na árvore que seria derrubada é:

a) 2.000 N.
b) 1.000 N.
c) 500 N.
d) 4.000 N.

6. (Pucrs 2015) Analise a situação descrita.

Um geólogo, em atividade no campo, planeja arrastar um grande tronco petrificado com auxílio de um cabo de
aço e de uma roldana. Ele tem duas opções de montagem da roldana, conforme as ilustrações a seguir, nas quais
as forças F e T não estão representadas em escala.

Montagem 1: A roldana está fixada numa árvore; e o cabo de aço, no tronco petrificado.

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Montagem 2: A roldana está fixada no tronco petrificado; e o cabo de aço, na árvore.

Considerando que, em ambas as montagens, a força aplicada na extremidade livre do cabo tem módulo F, o
módulo da força T que traciona o bloco será igual a

a) F, em qualquer das montagens.


b) F / 2 na montagem 1.
c) 2F na montagem 1.
d) 2F na montagem 2.
e) 3F na montagem 2.

7. (Uece 2019) Suponha que duas pessoas muito parecidas (com mesma massa e demais características físicas)
estejam sobre um colchão de molas, posicionando-se uma delas de pé e a outra deitada. Supondo que as molas
desse colchão sejam todas helicoidais e com o eixo da hélice sempre vertical, do ponto de vista de associação de
molas, é correto afirmar que a pessoa que está de pé deforma
a) mais o colchão, em virtude de ser sustentada por um menor número de molas associadas em paralelo, se
comparada à pessoa deitada.
b) mais o colchão, em virtude de ser sustentada por um menor número de molas associadas em série, se
comparada à pessoa deitada.
c) menos o colchão, em virtude de ser sustentada por um menor número de molas associadas em paralelo, se
comparada à pessoa deitada.
d) menos o colchão, em virtude de ser sustentada por um menor número de molas associadas em série, se
comparada à pessoa deitada.

8. (Eear 2019) Uma mola está suspensa verticalmente próxima à superfície terrestre, onde a aceleração da gravidade
pode ser adotada como 10 m s2 . Na extremidade livre da mola é colocada uma cestinha de massa desprezível,
que será preenchida com bolinhas de gude, de 15 g cada. Ao acrescentar bolinhas à cesta, verifica-se que a mola
sofre uma elongação proporcional ao peso aplicado. Sabendo-se que a mola tem uma constante elástica
k = 9,0 N m, quantas bolinhas é preciso acrescentar à cesta para que a mola estique exatamente 5 cm?

a) 1
b) 3
c) 5
d) 10

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9. (G1 - ifpe 2012) O sistema da figura é formado por um bloco de 80 kg e duas molas de massas desprezíveis

associadas em paralelo, de mesma constante elástica. A força horizontal F mantém o corpo em equilíbrio estático,
a deformação elástica do sistema de molas é 20 cm e a aceleração da gravidade local tem módulo 10 m/s 2. Então,
é correto afirmar que a constante elástica de cada mola vale, em N/cm:

a) 10
b) 20
c) 40
d) 60
e) 80

10. (Uern 2013) A tabela apresenta a força elástica e a deformação de 3 molas diferentes.

Mola Força elástica (N) Deformação (m)


1 400 0,50
2 300 0,30
3 600 0,80

Comparando-se as constantes elásticas destas 3 molas, tem-se que

a)
K1  K2  K3 .

b)
K2  K1  K3 .

c) K2  K3  K1.
d) K3  K2  K1.

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Gabarito

1. C

Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica (2ª Lei de Newton):


M g 10
PB − PA = (mB + mA )a  3Mg − 2Mg = 5Ma  a = = 
5M 5

a = 2 m s2 .

2. D

De acordo com as forças que atuam nas direções de possíveis movimentos, apresentadas no diagrama de corpo livre
abaixo, e utilizando o Princípio Fundamental da Dinâmica:

PB − T + T − Fa = (mA + mB )  a

Considerações:
- Como o sistema permanece em equilíbrio estático, a aceleração é igual a zero;
- Os módulos das trações nos corpos são iguais e com sinais contrários.

PB − T + T − Fa = 0
PB = Fa

Substituindo o peso do corpo B pelo produto de sua massa pela aceleração da gravidade:
Fa = mB  g

Substituindo os valores, temos, finalmente:


Fa = 1kg  10 m s2  Fa = 10 N

3. C

T = mc  a

Pb − T = mb  a
Pb = (mb + mc )  a
mb  g = (mb + mc )  a
mb  g 5  10
a= a=  a  9,6 m s2
(mb + mc ) 5,2

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4. 01 + 08 = 09

[01] Verdadeira. Para cada talha móvel temos a redução à metade da força necessária para equilibrar o peso do
corpo.

[02] Falsa. Sendo a velocidade constante, não existe aceleração na massa, portanto a força resultante é nula,
representando um sistema em equilíbrio de forças.

[04] Falsa. Para a situação de três polias móveis, a força motriz necessária para manter o equilíbrio dinâmico, será:
mg mg
Fm =  Fm = .
3 8
2

[08] Verdadeira.
mg 80 kg  10 m s2
Fm =  Fm =  Fm = 400 N
21 2

5. D

A polia diminui pela metade a força necessária a ser aplicada. Pela figura, como há duas polias dividindo a força
necessária, a força aplicada pela corda diretamente na árvore deve ser dobrada duas vezes em relação à força
aplicada pelo homem:

F = 1000  2  2
 F = 4000 N

6. D

Na montagem 1, a intensidade da tração transmitida ao tronco é igual à da força aplicada na extremidade do cabo,
pois ambas estão no mesmo fio: T = F.
Na montagem 2, temos F em cada lado da polia. Assim a intensidade da tração transmitida ao cabo ligado ao tronco
é T = 2 F.

7. A

Para n molas em série:


1 1 1 1
= + + +
k eq k1 k 2 kn

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Para n molas em paralelo:


keq = k1 + k2 + + kn

As molas no colchão encontram-se em paralelo, logo, menos delas serão acionadas pela pessoa que está de pé,
resultando num menor k eq , deformando mais o colchão.

8. B

Pela lei de Hooke:


F = kx = 9  5  10 −2
F = 0,45 N

Logo, deverão ser colocadas:


0,45
N=
15  10−2
 N = 3 bolinhas

9. B

Notamos que 2 molas seguram o bloco. Desta forma,

2F ( elástica ) = Peso
2k  x = mg
2k  ( 20 ) = 80  10
40 k = 800
k = 800/40 = 20 N/cm

10. B

Da lei de Hooke:
 400
K1 = 0,5  K1 = 800 N/m

F  300
F=K x  K =  K 2 =  K 2 = 1.000 N/m  K 2  K1  k 3
x  0,3
 600
K 3 =  K1 = 750 N/m
 0,8

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