Você está na página 1de 9

Universidade Federal de Lavras – UFLA

Departamento de Engenharia – DEG

Lei de Hooke

Autores:
Roberto Lopes da Rocha Júnior
Iago Oliveira Castro
João Paulo de Castro Pereira
Gustavo de Carvalho Oliveira
Giovanna Pereira Nunes
Lucas Kauê de Paula

Turma 30A do curso de ABI-ENGENHARIA


Data: 11/09/2022
Lavras - MG
Lei de Hooke
Roberto Lopes da Rocha Júnior, Iago Oliveira Castro, João Paulo de Castro
Pereira, Gustavo de Carvalho Oliveira, Giovanna Pereira Nunes, Lucas Kauê
de Paula
Turma 30A do curso de ABI-ENGENHARIA
Departamento de Engenharia
Universidade Federal de Lavras

Resumo
Quando aplicamos uma deformação em uma mola, surge uma força restauradora que
tende a retorná-la a sua posição inicial de equilíbrio. Esta força é chamada de força elástica e ela
obedece a lei de Hooke (𝐹𝑒𝑙 = −𝑘𝑋), onde k é a constante elástica da mola. Neste trabalho,
confirmamos a validade da lei de Hooke e obtemos a constante elástica para uma mola de menor
diâmetro e uma de maior diâmetro. Além disso, associamos três molas de menor diâmetro em
paralelo e série, obtendo-se valores bem parecidos para a constante elástica das molas individuais
(𝑘 = 0,07716𝑁/𝑐𝑚 para a mola na associação em paralelo e 𝑘 = 0,0767𝑁/𝑐𝑚 para a mola na
associação em série).
1) Introdução Para entendermos tal fenômeno vamos
considerar o exemplo de uma mola com uma
Quando aplicamos uma força sobre uma mola de
extremidade fixa e a outra extremidade presa a um
forma que aumentamos ou diminuímos seu
bloco, como mostra a figura 2. Na figura 2a, a mola
comprimento inicial, como mostra a figura 1, irá
está no estado relaxado, ou seja, com deformação
surgir uma força restauradora contrária a deformação
X=0. Quando alongamos a mola, puxando o bloco
que tentará fazer a mola retornar a sua posição de
para a direita, como mostra a figura 2b, a mola puxa
equilíbrio inicial. Esta força denotamos de força
o bloco para a esquerda, aplicando a força elástica
elástica.
contrária a deformação.
Na figura 1 temos que X consiste na deformação
Por fim, quando comprimimos a mola
da mola a partir da sua posição de equilíbrio. Quando
deslocando o bloco para a esquerda, como mostra a
comprimimos a mola, temos que X˂0 e quando
figura 2c, a mola empurra o bloco para a direita,
alongamos a mola, X˃0.
aplicando a força elástica contrária a deformação.
Quando a deformação X for pequena,
podemos descrever a força elástica empiricamente
pela seguinte equação:
𝐹𝑒𝑙 = −𝑘𝑋 (Equação 1)
A equação 1 é conhecida como Lei de
Hooke. O sinal negativo na equação 1 ocorre porque
o sentido da força elástica é sempre contrário ao
sentido de deformação da mola, como foi mostrado
no exemplo anterior. Já a constante k é chamada de
constante elástica e está relacionada a rigidez da
Figura 1: Demonstração de uma mola comprimida mola. Quanto maior o valor de k, mais rígida é a
(X<0), no estado relaxado (X=0) e alongada (X>0). mola.
Figura 2: Força elástica quando aplicamos uma deformação em uma mola com uma extremidade fixa e
outra extremidade presa a um bloco.

Neste experimento iremos analisar o caso de Quando duas molas são associadas em
uma mola na vertical que está com uma extremidade paralelo, como mostra a figura 4, devemos levar em
fixa e sobre a outra extremidade está presa um bloco, consideração que ambas terão a mesma deformação
como mostra a figura 3, atingindo um equilíbrio X. Além disso, podemos considerar que o sistema se
estável. Com isso, escolhendo-se o eixo y paralelo a comporta como se tivesse somente uma mola com
mola e no sentido da força elástica, teremos que o constante elástica equivalente ke de forma que:
somatório de forças no eixo y será:
𝐹𝑒𝑞 = 𝐹1 + 𝐹2 (Equação 5)
∑𝐹𝑦 = 0 ⇒
Utilizando-se na equação 5 que 𝐹1 = 𝑘1 𝑋,
𝐹𝑒𝑙 − 𝑃 = 0 ⇒ 𝐹2 = 𝑘2 𝑋 e 𝐹𝑒𝑞 = 𝑘𝑒𝑞 𝑋, obtemos que:
𝐹𝑒𝑙 = 𝑃 (Equação 2) 𝑘𝑒𝑞 = 𝑘1 + 𝑘2 (Equação 6)
Utilizando-se a equação 1 na equação 2 Generalizando a equação 6 acima para N
obtemos que: molas associadas em paralelo, teremos que:
𝑃 = 𝑘𝑋 (Equação 3) 𝑘𝑒𝑞 = 𝑘1 + 𝑘2 + ⋯ + 𝑘𝑁 (Equação 6)
Com isso podemos determinar a constante
elástica da mola pela seguinte relação:
𝑃
𝑘= 𝑋
(Equação 4)

Figura 3: Mola na vertical com uma extremidade fixa


e outra extremidade presa a um bloco e as forças
exercidas sobre o bloco. Figura 4: Duas molas associadas em paralelo.
Já quando duas molas são associadas em 3) Metodologia experimental
série, como mostra a figura 5, a força F aplicada à
3.1) Materiais utilizados:
mola inferior transmite para a outra mola esta força
com mesma intensidade, porém as molas sofrem • Tripé
deformações diferentes. Podemos considerar que o • Duas molas com diâmetros diferentes
sistema se comporta como se tivesse somente uma • Sistema de molas
mola com constante elástica equivalente ke, de forma • Trena
que:
• 6 blocos com massas diversas
𝑋 = 𝑋1 + 𝑋2 (Equação 7) • Dinamômetro com precisão de 0,02N
𝐹 3.2) Procedimento experimental:
Utilizando-se na equação 7 que 𝑋1 = 𝑘 ,
1
𝐹 𝐹 3.2.1) Obtenção da constante elástica de uma
𝑋2 = e𝑋= , obtemos que:
𝑘2 𝑘𝑒𝑞
mola
1 1 1
= + (Equação 8) Primeiramente foi montado o tripé e
𝑘𝑒𝑞 𝑘1 𝑘2 prendeu-se a ele a mola de maior diâmetro. Mediu-
Generalizando a equação 8 acima para N se com a trena o seu comprimento inicial, obtendo-
molas associadas em série, teremos que: se o valor de 𝐿0 = 13,5𝑐𝑚. Mediu-se os pesos dos
seis blocos utilizando-se o dinamômetro com
1 1 1 1 precisão de 0,02N, obtendo-se os valores da tabela
= + + ⋯+ (Equação 9)
𝑘𝑒𝑞 𝑘1 𝑘2 𝑘𝑁 abaixo:
Tabela 1: Medidas experimentais dos pesos dos
blocos utilizados no experimento
Bloco Peso (N)
1 P1 = 0,48
2 P2 = 0,48
3 P3 = 0,48
4 P4 = 0,48
5 P5 = 0,44
6 P6 = 0,48

Com isso, prendeu-se o bloco 1 na mola


como demonstrado na figura 6, e posteriormente
mediu-se o comprimento final da mola (20,4cm).

Figura 5: Duas molas associadas em série

2) Objetivos
O objetivo deste experimento foi observar se
o comportamento da força elástica na mola obedece
a lei de Hooke e encontrar a constante elástica de
duas molas diferentes, analisando-se
consequentemente a rigidez de cada mola.
Além disso, realizou-se a associação de três
molas iguais em paralelo e em série, e confirmou-se
se realmente elas obedecem respectivamente às
equações 6 e 9.
Figura 6: Representação da montagem experimental
da parte 1 do experimento
Acrescentou-se o bloco 2 no sistema acima e anteriormente para se obter as deformações da mola
mediu-se novamente o comprimento final (Lf) da para cada peso, como mostrado na tabela 4.
mola. O mesmo procedimento experimental foi
realizado quando os outros blocos foram
acrescentados, obtendo-se seis medidas de acordo Tabela 4: Medidas experimentais dos pesos
com a tabela abaixo: totais utilizados e da deformação da mola de
menor diâmetro
Tabela 2: Medidas experimentais dos pesos
totais utilizados e do comprimento final da mola Pesos (N) 𝜎𝑐𝑃 (𝑁) X(cm) 𝜎𝑐𝑋 (cm)
de maior diâmetro
P1 = 0,48 0,01 0,5 0,05
Pesos (N) 𝜎𝑐𝑃 (N) 𝐿𝑓 (cm)
P1+P2 = 0,96 0,01 1,1 0,05
P1 = 0,48 0,01 20,4
P1+P2+P3 = 1,44 0,01 1,7 0,05
P1+P2 = 0,96 0,01 27,6
P1+P2+P3+P4 = 1,92 0,01 2,4 0,05
P1+P2+P3 = 1,44 0,01 34,7
P1+P2+P3+P4+P5 = 2,36 0,01 3,1 0,05
P1+P2+P3+P4 = 1,92 0,01 41,8
P1+P2+P3+P4+P5 = 2,36 0,01 48,2
P1+P2+P3+P4+P5+P6 = 0,01 3,5 0,05
P1+P2+P3+P4+P5+P6 = 2,84 0,01 55,7
2,84

onde 𝜎𝑐𝑃 é a incerteza de calibração, ou seja, é a


3.2.2) Obtenção da constante elástica de um
menor escala do dinamômetro (0,02N) dividido por
conjunto de molas
2.
Nesta parte do experimento, utilizou-se o
Como a deformação da mola X é dada pela
sistema de molas para se fazer a associação em
equação abaixo, utilizando-se a tabela 2 e o
paralelo de três molas idênticas e de menor diâmetro,
comprimento 𝐿0 = 13,5𝑐𝑚 medido, obteve-se a
conforme a figura abaixo:
tabela 3.
𝑋 = 𝐿𝑓 − 𝐿0 (Equação 10)

Tabela 3: Medidas experimentais dos pesos


totais utilizados e da deformação da mola de
maior diâmetro

Pesos (N) 𝜎𝑐𝑃 (𝑁) X(cm) 𝜎𝑐𝑋 (cm)

P1 = 0,48 0,01 6,9 0,05 Figura 7: Três molas idênticas de menor diâmetro em
P1+P2 = 0,96 0,01 14,1 0,05 associação em paralelo
P1+P2+P3 = 1,44 0,01 21,2 0,05
P1+P2+P3+P4 = 1,92 0,01 28,3 0,05 Colocou-se esse sistema de molas no tripé e
P1+P2+P3+P4+P5 = 2,36 0,01 34,7 0,05 mediu-se com a trena o comprimento inicial 𝐿0 =
17,3𝑐𝑚. Então, realizou-se os mesmos
P1+P2+P3+P4+P5+P6 = 0,01 42,2 0,05 procedimentos experimentais utilizados
2,84 anteriormente para se obter as deformações da mola
para cada peso, como mostrado na tabela 5.

onde 𝜎𝑐𝑋 é a incerteza de calibração, ou seja, é a Por fim, utilizou-se o sistema de molas para
menor escala da trena (0,1cm) dividido por 2. se fazer a associação em série de mesma três molas
de menor diâmetro, conforme a figura 8. Colocou-se
Em seguida, colocou-se no tripé montado a esse sistema de molas no tripé e mediu-se com a
mola de menor diâmetro. Mediu-se com a trena o seu trena o comprimento inicial 𝐿0 = 40,1𝑐𝑚.
comprimento inicial, obtendo-se o valor de 𝐿0 =
12,2𝑐𝑚. Então, realizou-se os mesmos
procedimentos experimentais utilizados
Tabela 5: Medidas experimentais dos pesos 4) Resultados e discussões
totais utilizados e da deformação da mola do
4.1) Obtenção da constante elástica de uma mola
sistema de molas em paralelo.
Com os dados da tabela 3, construiu-se um
Pesos (N) 𝜎𝑐𝑃 (𝑁) X(cm) 𝜎𝑐𝑋 (cm)
gráfico no papel milimetrado (gráfico A1 do
P1 = 0,48 0,01 2,0 0,05 apêndice A) da força peso em função da deformação
P1+P2 = 0,96 0,01 4,1 0,05 da mola de maior diâmetro. No gráfico A1 traçou-se
P1+P2+P3 = 1,44 0,01 6,3 0,05 a melhor reta que descreve o fenômeno, onde:
P1+P2+P3+P4 = 1,92 0,01 8,5 0,05 P = aX + b (Equação 11)
P1+P2+P3+P4+P5 = 2,36 0,01 10,5 0,05
no qual ‘a’ é o coeficiente angular da reta e ‘b’ é o
P1+P2+P3+P4+P5+P6 = 0,01 12,5 0,05 coeficiente linear desta reta. Comparando-se as
2,84 equações 3 e 11, temos que os valores teórico de ‘a’
e ‘b’ são respectivamente:
𝑎 = 𝑘 (Equação 12)
𝑏 = 0 (Equação 13)
Escolheu-se, então, dois pontos neste
gráfico:
𝑃1 = (5𝑐𝑚; 0,35𝑁) (Equação 14)
𝑃2 = (40𝑐𝑚; 2,7𝑁) (Equação 15)
O coeficiente angular ‘a’ é determinado pela
seguinte equação:
𝑦 −𝑦
𝑎 = 𝑥2−𝑥1 (Equação 16)
2 1

Figura 8: Três molas idênticas de menor diâmetro em onde x1 e y1 são coordenadas do ponto P1. Já x2 e y2
associação em série são coordenadas do ponto P2. Utilizando-se a
equação 14 e 15 na equação 16 obtemos que:
Realizando-se os mesmos procedimentos
experimentais da parte 1 do experimento obteve-se 𝑎 = 0,067143𝑁/𝑐𝑚 (Equação 17)
as deformações da mola para cada peso, conforme
mostrado na tabela 6. Portanto este é o valor experimental da
constante elástica da mola de maior diâmetro.
Tabela 6: Medidas experimentais dos pesos
totais utilizados e da deformação da mola do Já o coeficiente linear é dado por:
sistema de molas em série. 𝑏 = 𝑦1 − 𝑎𝑥1 (Equação 18)
Pesos (N) 𝜎𝑐𝑃 (𝑁) X(cm) 𝜎𝑐𝑋 (cm) Utilizando-se a equação 14 e 17 na equação
18 obteve-se:
P1 = 0,48 0,01 18,8 0,05
P1+P2 = 0,96 0,01 37,5 0,05 𝑏 = 0,0143𝑁 (Equação 19)
P1+P2+P3 = 1,44 0,01 56,5 0,05
P1+P2+P3+P4 = 1,92 0,01 75,5 0,05 Este valor é bem próximo do valor teórico
P1+P2+P3+P4+P5 = 2,36 0,01 92,7 0,05 b=0.
Com os dados da tabela 3 e utilizando-se as
P1+P2+P3+P4+P5+P6 = 0,01 111,6 0,05 equações B1 e B3 do apêndice B, determinou-se com
2,84 as seis medidas dos pesos e das deformações cada
valor da constante elástica e seus erros, conforme Tabela 8: Constante elástica para cada medida
mostrado na tabela 7. de peso e elongação da mola de menor diâmetro.
Tabela 7: Constante elástica para cada medida k (N/cm) 𝜎𝑘 (N/cm)
de peso e elongação da mola de maior diâmetro. 0,96 0,10
0,87 0,04
k (N/cm) 𝜎𝑘 (N/cm) 0,85 0,02
0,070 0,002 0,80 0,02
0,0681 0,0008 0,76 0,01
0,0679 0,0005 0,81 0,01
0,0678 0,0004
0,0680 0,0003
0,0673 0,0003 Comparando-se estes resultados com a
equação 22, observamos que os valores são bem
parecidos.
Comparando-se estes resultados com a
equação 17, observamos que os valores são bem 4.2) Obtenção da constante elástica de um
parecidos. conjunto de molas
Com os dados da tabela 4, construiu-se um Nesta parte do experimento, com os dados
gráfico no papel milimetrado (gráfico A2 do da tabela 5, referente ao sistema de molas de menor
apêndice A) da força peso em função da deformação diâmetro em paralelo, construiu-se um gráfico no
da mola de maior diâmetro. No gráfico A2 traçou-se papel milimetrado (gráfico A3 do apêndice A) da
a melhor reta que descreve o fenômeno, conforme a força peso em função da deformação da mola. No
equação 11 e escolheu-se dois pontos neste gráfico: gráfico A3 traçou-se a melhor reta que descreve o
fenômeno, conforme a equação 11 e escolheu-se dois
𝑃1 = (0,4375𝑐𝑚; 0,4𝑁) (Equação 20) pontos neste gráfico:
𝑃2 = (3,4𝑐𝑚; 2,8𝑁) (Equação 21) 𝑃1 = (1,2𝑐𝑚; 0,25𝑁) (Equação 24)
Utilizando-se as equações 20 e 21 na
𝑃2 = (12𝑐𝑚; 2,75𝑁) (Equação 25)
equação 16 obteve-se o coeficiente angular:
Utilizando-se as equações 24 e 25 na
𝑎 = 0,810127𝑁/𝑐𝑚 (Equação 22) equação 16 obteve-se o coeficiente angular:
Portanto este é o valor experimental da
𝑎 = 0,23148𝑁/𝑐𝑚 (Equação 26)
constante elástica da mola de menor diâmetro.
Comparando-se este valor com a equação 17, Portanto este é o valor experimental da
observa-se que a constante elástica da mola de menor constante elástica equivalente do sistema de molas
diâmetro é maior, o que quer dizer que ela é mais de menor diâmetro associadas em paralelo.
rígida. Utilizando-se a equação 6, obtemos a constante
elástica de cada mola:
Utilizando-se a equação 20 e 22 na equação
𝑎
18 obteve-se: 𝑘= = 0,07716𝑁/𝑐𝑚 (Equação 27)
3
𝑏 = 0,04557𝑁 (Equação 23)
Comparando-se o valor acima com a
Este valor é bem próximo do valor teórico equação 22, obteve-se valores diferentes, algo
b=0. contrário a teoria. Isto pode ser explicado pelos erros
grandes nas medidas da tabela 8 da constante elástica
Com os dados da tabela 4 e utilizando-se as da mola de menor diâmetro.
equações B1 e B3 do apêndice B, determinou-se com
as seis medidas dos pesos e das deformações cada Utilizando-se as equações 24 e 26 na
valor da constante elástica e seus erros, conforme equação 18 obteve-se o coeficiente linear:
mostrado na tabela 8.
𝑏 = −0,0278𝑁 (Equação 28)
Este valor é bem próximo do valor teórico Utilizando-se as equações 29 e 31 na
b=0. equação 18 obteve-se o coeficiente linear:
Com os dados da tabela 5 e utilizando-se as 𝑏 = −0,01136𝑁 (Equação 33)
equações B1 e B3 do apêndice B, determinou-se com
as seis medidas dos pesos e das deformações cada Este valor é bem próximo do valor teórico
valor da constante elástica e seus erros, conforme b=0.
mostrado na tabela 9. Com os dados da tabela 6 e utilizando-se as
Tabela 9: Constante elástica equivalente para equações B1 e B3 do apêndice B, determinou-se com
cada medida de peso e elongação do sistema de as seis medidas dos pesos e das deformações cada
molas em paralelo. valor da constante elástica e seus erros, conforme
mostrado na tabela 10.
k (N/cm) 𝜎𝑘 (N/cm)
0,240 0,008 Tabela 10: Constante elástica equivalente para
0,234 0,004 cada medida de peso e elongação do sistema de
0,229 0,002 molas em série.
0,226 0,002 k (N/cm) 𝜎𝑘 (N/cm)
0,225 0,001 0,0255 0,0005
0,227 0,001 0,0256 0,0003
0,0255 0,0002
Comparando-se estes resultados com a 0,0254 0,0001
equação 26, observamos que os valores são bem 0,0254 0,0001
parecidos. 0,02545 0,00009

Por fim, com os dados da tabela 6, referente


ao sistema de molas de menor diâmetro em série, Comparando-se estes resultados com a
construiu-se um gráfico no papel milimetrado equação 31, observamos que os valores são bem
(gráfico A4 do apêndice A) da força peso em função parecidos.
da deformação da mola. No gráfico A4 traçou-se a 5) Conclusão
melhor reta que descreve o fenômeno, conforme a
equação 11 e escolheu-se dois pontos neste gráfico: Conclui-se, neste experimento, que para
pequenas deformações na mola, ela obedece a lei de
𝑃1 = (20𝑐𝑚; 0,5𝑁) (Equação 29) Hooke, ou seja, a força elástica é diretamente
proporcional a deformação. Obtemos
𝑃2 = (108𝑐𝑚; 2,75𝑁) (Equação 30)
consequentemente as constantes elásticas (k) de duas
Utilizando-se as equações 29 e 30 na molas de diâmetros diferentes. Como a mola de
equação 16 obteve-se o coeficiente angular: menor diâmetro possui maior k, ela é mais rígida.

𝑎 = 0,025568𝑁/𝑐𝑚 (Equação 31) Além disso, associamos 3 molas de menor


diâmetro em paralelo e em série e obtemos valores
Portanto este é o valor experimental da bem parecidos para a constante da mola. Obtemos
constante elástica equivalente do sistema de molas 𝑘 = 0,07716𝑁/𝑐𝑚 para a mola de menor diâmetro
de menor diâmetro associadas em série. Utilizando- na associação em paralelo e 𝑘 = 0,0767𝑁/𝑐𝑚 para
se a equação 9, obtemos a constante elástica de cada
a mola de menor diâmetro na associação em série.
mola:
Entretanto, esses valores são diferentes do que foi
𝑘 = 3𝑎 = 0,0767𝑁/𝑐𝑚 (Equação 32) encontrado na parte 1 do experimento, sendo
explicado pelos erros grandes nas medidas da
Comparando-se o valor acima com a constante elástica contidas na tabela 8 da mola de
equação 27, obteve-se valores bem parecidos para as menor diâmetro.
constantes elásticas da mola de menor diâmetro
fazendo-se medidas diferentes. Com isso, podemos afirmar que de maneira
geral o experimento foi eficiente em obter as
constantes elásticas das molas, mas para resultados
mais precisos, necessita-se de experimentos mais
complexos.
6) Referência bibliográficas
[1] TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Física para
cientistas e engenheiros. Volume 1, sexta edição, editora
LTC.

[2] WALKER, Jearl; HALLIDAY, David;


RESNICK, Robert. Fundamentos de física. Volume
1, nona edição, editora LTC.

Você também pode gostar