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Engenharias

Disciplina de Fenômenos
de Transporte

Introdução, definição e
propriedades dos fluidos

Prof. Fábio de Souza


Fenômenos de Transporte
1− 𝐼𝑛𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢çã 𝑜:

Fenômenos de transporte é a ciência que estuda o comportamento físico


dos fluidos, assim como as leis que reagem esse comportamento.

As bases lançadas pelo os conceitos de fenômenos de transporte são


fundamentais para muitos ramos de aplicação da engenharia, tais como: o
escoamento de fluidos em canais e condutos, lubrificação, os esforços de
barragens, os corpos flutuantes, as máquinas hidráulicas, a ventilação, a
aerodinâmica e muitos outros assuntos lançam as leis de fenômenos de
transporte para obter resultados de aplicação prática.
Fenômenos de Transporte
1− 𝐼𝑛𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢çã 𝑜:

Como se pode observar, poucos são os ramos da engenharia que escapam


totalmente do conhecimento dessa ciência que se tornam uma das de
maior importância entre as que devem fazer parte dos conhecimento
básicos do engenheiro.

𝐵𝑎𝑟𝑟𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 𝐿𝑢𝑏𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 çã 𝑜

𝐴𝑒𝑟𝑜𝑑𝑖𝑛 â𝑚𝑖𝑐𝑎
Propriedades dos Fluidos
2 −𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 :
A definição de fluido é introduzida, normalmente, pela comparação dessa substância
com um sólido. A definição mais elementar diz: Fluido é uma substância que não
tem forma própria, assume o formato do recipiente. A figura 1 ilustra o significado
desse conceito. 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓 í 𝑐𝑖𝑒𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒

𝐿í 𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐺á 𝑠
𝑆 ó𝑙𝑖𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎1 :
𝐹𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠
Os fluidos são, portanto, os líquidos e os gases, sendo que estes ainda se distinguem
dos primeiros por ocuparem todo recipiente, enquanto os líquidos apresentam uma
superfície livre.
Propriedades dos Fluidos
2 −𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑒 𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖 çã 𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 :

Classificação:

{
− 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑡𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓 í 𝑐𝑖𝑒 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒
𝐿í 𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 − 𝑆 ã 𝑜𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠 í 𝑣𝑒𝑖𝑠
− 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑙𝑎𝑡 á 𝑣𝑒𝑖𝑠

{
− 𝑁 ã 𝑜𝑎𝑑𝑚𝑖𝑡𝑒𝑚 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓 í 𝑐𝑖𝑒𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒
𝐺𝑎𝑠𝑒𝑠 − 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠í 𝑣𝑒𝑖𝑠
− 𝐷𝑖𝑙𝑎𝑡 á 𝑣𝑒𝑖𝑠
Propriedades dos Fluidos

Vamos introduzir uma estrutura lógica que será grande utilidade para o
desenvolvimento dos conceitos de fenômenos de transporte.

Uma definição está ligada à comparação do comportamento entre um sólido e um


fluido, por uma observação prática denominada “Experiência das Duas Placas” ,
descrita a seguir.

Seja um sólido preso entre duas placas planas, uma inferior fixa e outra superior
solicitada por uma força tangencial Ft (na direção do plano da placa) – Figura 2A.

𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐹𝑖𝑥𝑎 𝐹𝑖𝑥𝑎 Figura 2


(A) (B)
Propriedades dos Fluidos

𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐹𝑖𝑥𝑎 𝐹𝑖𝑥𝑎
Figura 2
(A) (B)

Pode-se dizer, então, que um sólido, solicitado por uma força tangencial constante,
deforma-se angularmente, mas atinge uma nova configuração de equilíbrio
estático (Figura 2B).
Propriedades dos Fluidos
A mesma experiência será agora realizada colocando-se um fluido entre as placas
(Figura 3).
𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐹𝑡=𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

𝐹𝑖𝑥𝑎 𝐹𝑖𝑥𝑎 𝐹𝑖𝑥𝑎


(A) (B) (C)
Figura 3

Podemos observar que os pontos correspondentes do fluido e da placa continuam


em que correspondência durante o movimento, assim, se a placa superior adquire
uma velocidade V , os pontos do fluido em contato com a placa fixa ficarão parados
junto dela. Tal observação conduz ao chamado o princípio de aderência: Os pontos
de um fluido, em contato com uma superfície sólida, aderem os pontos dela, com os
quais estão em contato.
Propriedades dos Fluidos

Essa experiência permite a distinção entre o sólidos e fluidos, pois, enquanto


aqueles se deformam limitadamente sob a ação de esforços tangenciais pequenos,
estes se deformam continuamente sem alcançar uma nova posição de equilíbrio
estático .

Pode-se então dizer que: Fluido é uma substância que se deforma continuamente,
quando submetida a uma força tangencial constante qualquer ou, em outras
palavras, fluido é uma substância que, submetida a uma força tangencial, não
atinge uma nova configuração de equilíbrio estático.
Propriedades dos Fluidos
3 −𝑇𝑒𝑛𝑠 ã 𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑖𝑠𝑎𝑙h𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜− 𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝑁𝑒𝑤𝑡𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

Seja uma força F aplicada sobre uma superfície da área A (Figura 4). Essa força pode
ser decomposta segundo a direção da normal à superfície e a da tangente, dando a
origem a uma componente normal e outra tangencial.

𝐹𝑡
𝜏=
𝐴
Figura 4

Define-se tensão de cisalhamento média como sendo o quociente entre o módulo


da componente tangencial da força e a área a qual está aplicada.
Propriedades dos Fluidos

Em outras palavras: Tensão de cisalhamento  é a força tangencial por unidade de


área. As unidades mais utilizadas para essa grandeza serão o kgf/m 2 do sistema
MK*S (técnico), o dina/cm2 (CGS) e N/m2 (SI).

𝐹𝑡
𝜏=
𝐴
Propriedades dos Fluidos
A seguir será descrito outro fato notável que pode ser observado na experimento
de duas placas (Figura 5). A placa superior é inicialmente acelerada pela força F t,
fato facilmente observável, já que passa da velocidade nula para uma velocidade
finita. Nota-se, porém, que a partir de um certo instante a placa superior admite
uma velocidade V0 constante.

Figura 5
Propriedades dos Fluidos

Figura 5

Disso pode-se traduzir a Lei de Newton da viscosidade:

𝜏
𝑑𝑉 =𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐸𝑞𝑢𝑎 çã 𝑜 01: 𝜏∝ 𝑑𝑉
𝑑𝑦 𝑑𝑦

Os fluidos que obedecem a essa lei são ditos Fluidos Newtonianos, tais como água, ar,
óleos, etc., e os restantes, chamados Fluidos não-newtonianos (ketchup e o amido de
milho com água).
Propriedades dos Fluidos

Os fluidos que obedecem a essa lei são ditos Fluidos Newtonianos, tais como água, ar,
óleos, etc., e os restantes, chamados Fluidos não-newtonianos (ketchup e o amido de
milho com água).

Um fluido newtoniano é um fluido cuja viscosidade, ou atrito interno, é constante para


diferentes taxas de cisalhamento e não variam com o tempo. Logo a diferença chave
entre fluidos newtonianos e não newtonianos é que os fluidos newtonianos têm
uma viscosidade constante, enquanto os fluidos não newtonianos têm uma
viscosidade variável.
Propriedades dos Fluidos
4 −𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑎 𝑜𝑢 𝐷𝑖𝑛â 𝑚𝑖𝑐𝑎

A lei de Newton da viscosidade propõe uma proporcionalidade entre a tensão de


cisalhamento e o gradiente de velocidade. Tal fato leva à introdução a um
coeficiente de proporcionalidade na Equação 01.

Tal coeficiente será indicado por µ e denomina-se Viscosidade Dinâmica ou


absoluta.
𝑑𝑉
𝜏=µ . (𝐸𝑞𝑢𝑎çã 𝑜01)
𝑑𝑦

Essa grandeza µ é uma propriedade de cada fluido e de suas condições, como, por
exemplo, a pressão e, principalmente, a temperatura.
Propriedades dos Fluidos

Pode-se dizer, então, que viscosidade dinâmica é a propriedade dos fluidos que
permite equilibrar, dinamicamente, forças tangenciais externas quando os fluidos
estão em movimento. Matematicamente, µ é a constante de proporcionalidade da
lei de Newton da viscosidade.

De forma prática: Viscosidade é a propriedade que indica a maior ou a menor


dificuldade de o fluido escoar (escorrer).

As unidades da viscosidade podem ser obtidas por análise dimensional a partir da


Lei de Newton da Viscosidade.
Propriedades dos Fluidos
As unidades da viscosidade podem ser obtidas por análise dimensional a partir da
Lei de Newton da Viscosidade. Adotando como grandezas fundamentais FLT:
F : Force – Força ; L: Length – Comprimento ; T : Time – Tempo

𝐿
𝐹𝑜𝑟 ç 𝑎 𝐹
[  ]=
á 𝑟𝑒𝑎
=
𝐿2
=𝐹 𝐿−2
[ ]
𝑑𝑉
𝑑𝑦
=
𝑇
𝐿
=
𝐿 1 1
. = = 𝑇 −1
𝑇 𝐿 𝑇

𝑑𝑉 𝜏
𝑚𝑎𝑠 𝜏= µ . 𝑒 µ=
𝑑𝑦 𝑑𝑉
𝑑𝑦

𝐹
𝐿𝑜𝑔𝑜 : −2 2
[ 𝜇 ] = 𝐹 𝐿−1 =
𝐿 𝐹 𝑇 −2
= 2 . =𝐹 𝐿 𝑇
𝑇 1 𝐿 1
𝑇
Propriedades dos Fluidos
𝐹 𝐿−2
[ 𝜇 ] = −1 =𝐹 𝐿− 2 𝑇
𝑇
𝑘𝑔𝑓 . 𝑠
𝑀 𝐾 ∗ 𝑆(𝑡 é 𝑐𝑛𝑖𝑐𝑜) 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 : 𝜇=
𝑚2

M = metro ou unidade de comprimento (L)


K = quilograma força ou unidade de força
S = segundo ou unidade de tempo

𝑁 .𝑠
𝑀𝐾𝑆 𝐺𝑖𝑜𝑟𝑔𝑖 𝑜𝑢 𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 : 𝜇=
𝑚2

M = metro ; K = quilograma força; S = segundo


Propriedades dos Fluidos
𝑑𝑖𝑛𝑎 . 𝑠
𝐶𝐺𝑆 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 : 𝜇= 2
=𝑝𝑜𝑖𝑠𝑒
𝑐𝑚

C = centímetro ; G = grama ; S = segundo


Unidade de força chamada de dina : g . cm/s2

𝑼𝒕𝒊𝒍𝒊𝒛𝒂− 𝒔𝒆𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒐 𝒄𝒆𝒏𝒕𝒊𝒑𝒐𝒊𝒔𝒆 :𝟏 𝒄𝒑𝒐𝒊𝒔𝒆=𝟎 , 𝟎𝟏𝒑𝒐𝒊𝒔𝒆 .

Note-se que a viscosidade dinâmica possui um valor diferente para cada fluido e
varia, para num mesmo fluido, principalmente em relação à temperatura. Os
gases e os líquidos comportam-se de maneiras diferentes quanto a esse aspecto.

Nos líquidos, a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, enquanto


nos gases a viscosidade aumenta com o aumento da temperatura.
Propriedades dos Fluidos
5 − 𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 çã 𝑜 𝑝𝑟 á 𝑡𝑖𝑐𝑎:

Observou-se que a lei de newton da viscosidade é descrita da seguinte forma:

𝑑𝑉
𝜏=µ .
𝑑𝑦

Onde dV/dy é o gradiente da velocidade ou variação de V com y (Figura 6):

Figura 6
Propriedades dos Fluidos
Pela figura, observa-se que, a um deslocamento dy, na direção do eixo y,
corresponde uma variação dV da velocidade.

Quando a distância  é pequena, pode-se considerar, sem muito erro, que a variação
de V com y seja linear (Figura 7).
Propriedades dos Fluidos
A simplificação que resulta desse fato é o seguinte: o ABC  MNP. Logo:

𝑑𝑉 𝑉0
=
𝑑𝑦 

Ou, de uma forma mais geral:

𝑑𝑉  𝑉
=
𝑑𝑦  𝑦

𝑉 𝑉0
ficando a lei de Newton: 𝜏=µ . =µ .
𝑦 𝜖

Esse fato leva a simplificações importantes nos problemas, evitando hipóteses e


integrações às vezes complicadas.
Exercício de Fixação
Exemplo 1 – Um pistão de peso G = 4 N cai dentro de um cilindro com a velocidade
constante de 2m/s. O diâmetro do cilindro é de 10,1 cm e do pistão é 10,0 cm.
Determinar a viscosidade do lubrificante colocado na folga entre o pistão e o cilindro.

Solução:

Se V = constante e a = 0, logo, o pistão está em equilíbrio dinâmico, isto é:

∑ 𝐹=𝑚.𝑎=0
Exercício de Fixação
Na direção do movimento, a força causada pelas tensões de cisalhamento F µ deve
equilibrar o peso G, na velocidade dada.

Logo, Fµ - G = 0 Fµ = G

𝐹
𝜏=  . 𝐴=𝐺
Ou 𝐴
𝑑𝑉
µ. . π 𝐷𝑖 𝐿=𝐺
𝑑𝑦
𝑑𝑉
𝜏=µ .
Como: 𝑑𝑦

𝐷𝑒 − 𝐷𝑖 10,1 −10,0
𝜖= = =0,05 𝑐𝑚
2 2
Sendo a distância muito pequena, adota-se um
diagrama linear de velocidades.
Exercício de Fixação
Neste caso, 𝑑𝑉
µ. . π 𝐷𝑖 𝐿=𝐺
𝑑𝑦
𝑆𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎 çã 𝑜 𝑃𝑟 á 𝑡𝑖𝑐𝑎 : 𝐷𝑖𝑎𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝐿𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟

Logo, 𝑉0
µ. . π 𝐷 𝑖 𝐿 =𝐺
𝜖

𝐺.𝜖
µ=
𝑉 0 . π 𝐷𝑖 𝐿

4 𝑁 . 0,05 .10 −2 𝑚 −2
µ= =6,37 . 10 𝑁 . 𝑠 /𝑚 2
2 𝑚/𝑠 . π . ( 0,1 𝑚 ) .0,05 𝑚
𝑆𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙: 𝑆𝐼
Exercício de Fixação
A seguir, o problema será resolvido também para o caso em que o diagrama não é
linear.

Adotando-se uma coordenada polar Ri ≤ r ≤ Re , para uma camada de espessura dr, a


velocidade varia de V + dV , criando o escorregamento que gera as tensões de
cisalhamento.
𝑑𝑉
Logo, 𝜏=− µ .
𝑑𝑟 , pois para um dr positivo o V varia de um dv negativo.
Exercício de Fixação
Como cada camada se desloca com V = constante , isso significa que o peso ,
transmitido no contato com a primeira camada, equilibra-se com as tensões de
cisalhamento um dr adiante,

Assim, para uma camada genérica:

𝑑𝑉
 . 𝐴 =𝐺 𝑜𝑢− µ . . π 𝐷𝑖 𝐿=𝐺
𝑑𝑟

𝑑𝑉
−µ. . π 2 𝑟𝐿=𝐺
𝑑𝑟

𝐺. 𝑑𝑟
2 π µ 𝐿 𝑑𝑉 =−
𝑟
Exercício de Fixação
𝐺. 𝑑𝑟
2 π µ 𝐿 𝑑𝑉 =−
𝑟

Integrando de Ri a Re , quando V varia de V a 0:

0 𝑅𝑒
𝑑𝑟
∫ 2 π µ 𝐿 𝑑𝑉 =−𝐺 ∫ 𝑟
𝑉 𝑅𝑖

0 𝑅𝑒
𝑑𝑟
2 π µ 𝐿 .∫ 𝑑𝑉 =− 𝐺 ∫
𝑉 𝑅𝑖 𝑟
Exercício de Fixação
0 𝑅𝑒
𝑑𝑟
2 π µ 𝐿 .∫ 𝑑𝑉 =− 𝐺 ∫
𝑉 𝑅𝑖 𝑟

0 𝑅𝑒
2 π µ 𝐿 . ( 𝑉 ) 𝑉 =− 𝐺 . ( ln ⁡(𝑟 ) ) 𝑅𝑖

2 π µ 𝐿 .( 0− 𝑉 )=−𝐺 . ( ln ( 𝑅𝑒 ) − ln ( 𝑅𝑖 ) )

2 π µ 𝐿 .(− 𝑉 )=− 𝐺 . ln
( ( )) 𝑅𝑒
𝑅𝑖
Exercício de Fixação

( ( ))
2 π µ 𝐿 .(− 𝑉 )=− 𝐺 . ln
𝑅𝑒
𝑅𝑖

( ( ))
2 π µ 𝐿 𝑉 = 𝐺 . ln
𝑅𝑒
𝑅𝑖

µ=
( (
𝐺 . ln
𝑅𝑒
𝑅𝑖 )) 𝑜𝑢 µ= ( (
𝐺 . ln
𝐷𝑒
𝐷𝑖 ))
2 π 𝐿𝑉 2 π 𝐿𝑉

𝑶𝑩𝑺 : 𝑫=𝟐 𝒓
Exercício de Fixação

µ=
( (
𝐺 . ln
𝐷𝑒
𝐷𝑖 ))
2 π 𝐿𝑉

µ=
( (
4 𝑁 . ln
10,1 𝑐𝑚
10,0 𝑐𝑚 ))
2 π . ( 0,05 𝑚 ) . ( 2
𝑠 )
𝑚

−2 𝑠
µ=6,33 .10 𝑁.
𝑚2
Exercício de Fixação
−2 𝑠
µ=6,33 .10 𝑁.
𝑚2

Note-se que esse seria o resultado correto. Então, o erro ao considerar o diagrama
linear seria:
𝜇 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 − 𝜇 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐸𝑟𝑟𝑜=
𝜇𝑟𝑒𝑎𝑙

6,3 7 . 10− 2 −6,33 .10 −2


𝐸𝑟𝑟𝑜= −2
. 100=0,63 %
6,33 . 10

Que é um erro desprezível, comprovando que, quando a espessura do fluido é


pequena, pode-se utilizar um diagrama linear.

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