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Fenômenos dos Tranportes

Fluidos e suas propriedades


Massa específica [ ρ ] rho em um ponto ou densidade
Massa por unidade de volume em meio contínuo [ kg / m3 ]
Onde :
Δ m(delta) = massa contida no volume ΔV e

δ ∀(delta) = é o menor volume em torno de um ponto, que contém um número suficiente de


moléculas para que exista uma média estatística

Volume específico [ v ] . 1
Volume específico é o volume ocupado pela unidade de massa de uma substância v=

Peso específico [ γ ] gamma
a
Peso de uma substância por unidade de volume em módulo
γ = ρg d=
Densidade relativa [ d] b
O quociente entre uma massa específica de uma substância A e outra de referência B.
Geralmente a referênicia é a massa da água
Fenômenos dos Tranportes
Fazendo macroscópicamente o volume tender a ZERO, temos a dependência do tempo para o
número de moléculas e a descontinuidade do valor da massa

Forças de um Corpo e Superfície


Temos 2 categorias
1- Forças de corpo, não demandam contato e são proporcionais ao volume ( peso, elétrica ou
magnética)
2- Forças de superfície ou de contato são proporcionais a superfície que atuam ( atrito, devidas
a pressão e as tensões de cisalhamento)
Fenômenos dos Tranportes
Uma grande característica que diferencia os fluidos dos sólidos é a total incapacidade dos
primeiros de resistir a qualquer tensão de cisalhamento
Se a Força tangencial Ft atuar sobre um bloco sólido, haverá uma deformação finita (se a
intensidade for adequada) ou poderá haver uma ruptura (se a intensidade for além da
resistência do material). Entretanto, se tivermos uma camada de fluido, a deformação será
contínua, não importando sua intensidade: fluidos simplesmente não resistem aos esforços de
cisalhamento.

Para um fluido em repouso, a tensão é exclusivamente normal, sendo seu valor chamado de
pressão estática p que, em um ponto, é igual em qualquer direção, ou seja:
O estudo da Mecânica dos Fluidos tem por objetivo o aprendizado do escoamento dos fluidos
nas diversas situações de interesse. Para isso, usamos fundamentalmente as Leis de Newton, em
especial a Segunda Lei, de Newton que relaciona as forças existentes em um elemento de
interesse com as acelerações. Em particular, as tensões cisalhantes para uma grande parte dos
fluidos de interesse são descritas, de forma simples, pela chamada Lei de Newton, que propõe
uma relação linear entre a tensão cisalhante e o gradiente da velocidade.
Fenômenos dos Tranportes
Isso é feito por meio de uma propriedade termodinâmica chamada viscosidade absoluta ou
dinâmica [ μ ], que é definida pela equação (para uma situação unidimensional)

[ N/m2 ]
em que μ = u(y) indica o perfil de velocidades, e [ τ ]é a tensão cisalhante.

No Sistema Internacional, a unidade da viscosidade é [N.s /m2 ].


A coordenada y é perpendicular á superfície em questão.
Os fluidos que seguem uma relação como a anterior, de linearidade entre a tensão cisalhante e
o gradiente de velocidade, são chamados de newtonianos (água, ar, mas não pastas – como as
com que escovamos os dentes –, asfalto, tintas, graxas ou óleos pesados oriundos do petróleo,
por exemplo).
Existem inúmeros modelos para os fluidos não newtonianos. Um dos mais simples é aquele que
considera a relação:

em que K é uma constante e n é o expoente do modelo conhecido como o de “Lei de Potência”.


Apenas fluidos newtonianos serão abordados. A experiência indica que alguns fluidos resistem
mais que outros à ação das forças cisalhantes aplicadas e são, dessa forma, ditos mais viscosos
que os outros. A água é mais viscosa que o ar e certamente menos que a glicerina. Sob esse
aspecto, um fluido ideal é aquele cujos efeitos da viscosidade são inexistentes.
Fenômenos dos Tranportes
Observe a influência da temperatura na viscosidade do óleo e da água, por exemplo, que
diminui com o aumento da temperatura (líquidos), e compare com a do ar (gás), cuja
viscosidade aumenta com a temperatura. Tal comportamento é bastante típico, e sua explicação
está associada às forças intermoleculares mais fortes nos líquidos que nos gases. Associada à
viscosidade está a ação das partículas de fluido na interação com as paredes dos recipientes que
o contêm, como tubos, tanques, câmaras de combustão, trocadores de calor ou a asa de um
avião.
Fenômenos dos Tranportes
Perfil de Velocidades
Escoamento de fluidos newtonianos

Longe da superfície, isto é, antes da chamada borda de ataque da superfície, por exemplo,
podemos considerar que o perfil de velocidades seja uniforme com velocidade Ux, em que o
subscrito é utilizado para indicar que a velocidade é medida em um ponto muito afastado da
placa, de forma que seus efeitos possam ser desprezados. Junto à superfície, entretanto, a
experiência mostra que a ação da viscosidade provoca a deformação do perfil de velocidades,
pois faz com que as partículas de fluido próximas à superfície adiram a ela, numa condição
chamada de não deslizamento. Essa é uma das características mais marcantes do escoamento
Fenômenos dos Tranportes
Relação de tensão [σ] x deformação[ε] em sólidos
X fluidos [τ] cisalhamento
Existem fluidos e sólidos que têm comportamento não linear de tensão versus deformação.
Mais ainda, há materiais que apresentam, simultaneamente, características viscosas e elásticas:
são os fluidos visco-elásticos. As características destes materiais ampliam a definição de sólidos
e fluidos, constituindo uma área de pesquisa ativa (Bird 1987), conhecida como Reologia, veja
diagrama abaixo.
tan = 
Mecânica dos Fluidos
Mecânica dos Sólidos
tan = G
Fluido Newtoniano,  Sólido Hookeano,
comportamento comportamento
puramente viscoso linear 
puramente elástico linear

du/dy

Fluidos com REOLOGIA


Sólidos com
comportamento comportamento
Materiais com
não-linear de comportamento não-linear de
tensão x deformação visco-elástico tensão x deformação
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Viscosidade Cinemática https://youtu.be/VvDJyhYSJv8

Nos líquidos, as distâncias intermoleculares e a intensidade dos movimentos das moléculas


são muito menores que nos gases, de forma que a transferência de momento linear entre as
camadas, devido aos movimentos moleculares, pode ser desprezada.
Assim, as tensões cisalhantes e a viscosidade, dependem principalmente da intensidade das
forças de coesão intermolecular que diminuem com o acréscimo de temperatura, de maneira
que a viscosidade dos líquidos diminui com o aumento da temperatura.

Em várias equações da mecânica dos fluidos, aparece o quociente entre a viscosidade absoluta
ou dinâmica e a massa específica do fluido, sendo conveniente a definição de uma outra
propriedade chamada de viscosidade cinemática do fluido, dada por: 
=

[ viscosidade dinâmica ou absoluta ]
[Pa/s]  Onde no S.I.
=
du
dy
[ viscosidade cinemática ]

[m2/s] =

Fenômenos dos Tranportes
Viscosidade cinemática [ m2 /s ou cS ]
A viscosidade cinemática usualmente é medida em centiStokes [ cS ].
O Stokes é [cm2/s]; assim, para obter a viscosidade em [m2/s], multiplique a viscosidade em cS
por 10-4.
Outra dimensão de viscosidade é a chamada Seconds Saybolt, podendo ser Furol ou Universal.
Esta viscosidade é uma medida indireta, sendo o tempo requerido para escoar 60 ml de líquido
através de orifício calibrado sob condições controladas (ASTM D 88). O orifício pode ter um
padrão Universal ou Furol, fazendo as viscosidades Seconds Saybolt Universal ou Furol.
A viscosidade é medida em viscosímetros, os quais podem ser classificados em dois grupos:
Primário
Viscosímetros Secundário.
No grupo primário estão os instrumentos que realizam medidas diretas da tensão e da taxa de
deformação do fluido.
Instrumentos com diversos arranjos podem ser concebidos para este fim: entre eles há o de
disco, o de cone-disco e o de cilindro rotativo, todos eles visando a reprodução do escoamento
entre placas planas paralelas visto acima.

Como os viscosímetros primários realizam medidas diretas da taxa de deformação e da tensão,


eles podem ser aplicados para ensaios tanto de fluidos Newtonianos como de fluidos com
comportamento tensão versus deformação não-linear e/ou visco-elástico.

Os viscosímetros secundários, por outro lado, aplicam-se somente a fluidos Newtonianos, por
medirem a viscosidade indiretamente. Esta é a principal diferença entre eles.
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros diretos e indiretos - Principais Diferenças
Outros aspectos que os diferenciam podem ser citados:

a) O volume requerido de amostra nos viscosímetros de disco e cone-disco são os menores;


b) A faixa operacional nos viscosímetros de disco e cone-disco é a maior;
c) O custo do viscosímetro de Stokes é o menor. Entretanto, é o que necessita de maior volume
de fluido e só trabalha com líquidos translúcidos.
d) Pelo fato de requererem o menor volume de fluido, os viscosímetros de disco e cone-disco
são os que mais facilmente se adaptam para ensaios em temperaturas diferentes da
temperatura ambiente.
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros diretos –
[rotativos]

Viscosímetros
Primários
Os símbolos μ e
ω(Ω) referem-se
viscosidade
absoluta e à
velocidade
angular aplicada e
[T] ao torque
medido, que
resulta da tensão
oriunda da
deformação do
fluido.
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros diretos - Rotativos
Um viscosímetro do tipo é o Spindle - rotativo, muito popular pela facilidade de manuseio.
A figura abaixo mostra um viscosímetro marca Fungilab e seus vários "spindles" (junto à base, à
direita na figura), cada um apropriado para medir a viscosidade de fluidos em uma faixa
específica: os de menor diâmetro, as maiores viscosidades; os de maior diâmetro, as menores
viscosidades.

Padrões de normas: BS: 6075, 5350BS: 6075, 5350


ISO: 2555,1652
ASTM: 115, 789, 1076, 1084, 1286, 1417, 1439, 1638, 1824, 2196, 2336, 2364,
2393, 2556, 2669, 2849, 2983, 2994, 3232, 3236, 3716
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros secundários ou de medida indireta
Os viscosímetros do grupo secundário inferem a razão entre a tensão aplicada e a taxa de
deformação por meios indiretos, isto é, sem medir a tensão e deformação diretamente.

Nesta categoria estão o viscosímetro capilar, no qual a viscosidade é obtida por meio da medida
do gradiente de pressão de um escoamento laminar em um tubo e o viscosímetro de Stokes,
onde ela é determinada através de medições do tempo de queda livre de uma esfera através de
um fluido estacionário.

Empuxo

Força de
arrasto

Gravidade
Físico e matemático britânico conhecido por seus
/peso
estudos sobre o comportamento de fluidos viscosos,
especialmente pela lei da viscosidade , que descreve o
movimento de uma esfera sólida em um fluido
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros secundários - Stokes e a velocidade terminal
Velocidade Terminal [ Vt ]

Onde:
Vt= velocidade terminal
https://youtu.be/GMmNKUlXXDs
Fenômenos dos Tranportes
Força de arraste “drag force” CD x Reynolds number – no
viscosímetro de Stokes
Fenômenos dos Tranportes
Força de arraste “drag force” CD x Reynolds number
https://youtu.be/GMmNKUlXXDs?t=138

Drag force https://www.youtube.com/watch?v=GMmNKUlXXDs


Fenômenos dos Tranportes
Pressão de arraste “pressure force” e a separação de linhas
de fluxo causando turbulência e o vortex
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros secundários ou de medida indireta
Viscosímetro Capilar
Viscosímetro Stokes

ASTM D-445-446, ASTM DIN 53015 / ISO 12058


D2515, ISO 3104-3105 e
UNE 400313
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetros secundários ou de medida indireta
No viscosímetro capilar, Q, L, DP e D são, No viscosímetro de Stokes as variáveis: g, D,
respectivamente, a vazão volumétrica, a ρs, ρf e V são, respectivamente, a aceleração
distância entre as tomadas de pressão, a da gravidade, o diâmetro da esfera, a
diferença de pressão e o diâmetro do tubo densidade da esfera, a densidade do fluido e a
capilar, respectivamente. Esta relação aplica- velocidade terminal de queda livre, isto é, a
se para um escoamento de Poiseuille, isto é, razão entre a distância L e o intervalo de
um escoamento em regime laminar e tempo dt. Esta relação aplica-se somente para
hidrodinâmicamente desenvolvido. esferas em queda livre em meio infinito, com
Reynolds, menores do que 1.
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetro de Stokessecundários ou
Viscosímetros de medida indireta - Stokes
O princípio operacional do viscosímetro de Stokes baseia-se na determinação da velocidade de
queda livre de uma esfera através do fluido do qual se deseja obter a viscosidade
A esfera, sendo lançada no fluido estacionário, estará sujeita a um conjunto de forças definidas
pela equação denominada “BBO” (Bassin, Bousinesq & Ossen – Hinze 1959):

 dV  3 dV
D s 3
= −3
 
   D
 V − 1  D  f
6  dt 2 6 dt
 Arrasto      
Acel Esfera Massa Virtual

t
dV d  3
D (s − f )  g
3 2
− D f    +
2 0
d t −  6 

  Peso - Empuxo
Força de Basset
Onde D é o diâmetro da esfera , dV/dt a aceleração da esfera e s e f as densidades da esfera e
do fluido, respectivamente
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetro de Stokes
Neste viscosímetro, a uma distância equivalente a 50 diâmetros do ponto de lançamento da
esfera, ela atinge a velocidade terminal, isto é, dV/dt é nulo.
A Equação abaixo se reduz então a um balanço entre a força de arrasto e a diferença Peso –
Empuxo, conforme ilustra a figura.

ARRASTO
EMPUXO

PESO

A força de arrasto pode ser expressa em termos do coeficiente de arrasto, CD, (White,
1991) 3DV 24
CD = 
 f V D
2 2 Re D

2 4
Fenômenos dos Tranportes
Viscosímetro de Stokes

Onde o balanço de forças para o escoamento permanente dado pela Equação:

DV
Re D =

Então o balanço de forças para o escoamento permanente dado pela Equação:


2  D
2  D 3
1
CD  f V 
 4
=

( s −  f )g
2   6
A presença das paredes do viscosímetro causam um aumento no coeficiente de arrasto e deve
ser corrigido como proposto por Landenberg, em Brodkey 1967:

24  D 
CD = 1 + 2.0144  onde Dt é o diâmetro do tubo do viscosímetro. A
  relação aplica-se somente para esferas lançadas na
linha de centro do tubo num viscosímetro de
Re D  Dt  Stokes.

=
1 (
g  D 2 s − f )
V  1 + 2.1044 D 
18
 Dt 
Fenômenos dos Tranportes
Um viscosímetro de fácil manuseio é o de copo de fluxo / Ford / orifício, no qual a viscosidade
está relacionada com o tempo de esvaziamento de um copo de volume conhecido que tem um
orifício calibrado na sua base.
O copo é fornecido com um conjunto de
orifícios-padrão (giglê) feitos de bronze polido.
O orifícios de número 2, 3 e 4 são utilizados
para medir líquidos de baixa viscosidade, na
faixa de 20 a 310 centistokes; os de número 5,
6, 7 e 8 para líquidos de viscosidade superior a
310 cst.

copo de fluxo ISO 2431


ASTM D-1200 copo de fluxo modelo Ford
Fenômenos dos Tranportes
Exercício: temos um viscosímetro de cilindros concêntricos. O espaço entre os cilindros está
preenchido com um óleo de viscosidade μ .
Considere os raios R1 = 8 cm e R2 = 8,02 cm e que os cilindros tenham altura h = 10 cm. O
cilindro interno está girando com velocidade angular v = 100 rpm, enquanto o externo
permanece estacionário. Como a espessura da película de óleo é muito pequena, pode-se
considerar que a velocidade de escoamento do óleo varia linearmente em função da
coordenada radial r. Se o torque (momento de força) necessário para girar o cilindro interno é
T = 0,6 N.m, determine a viscosidade do óleo.
0,6 x0,0002
= = 0,0356Pa.s
2.x10,47 x0,1x0,08 3
Fenômenos dos Tranportes
Como o cilindro interno está girando com velocidade angular constante, o torque T aplicado é
equilibrado pelo torque exercido pela força devido às tensões cisalhantes τ do fluido sobre o
cilindro interno, ou seja, considerando as coordenadas cilíndricas (r, θ, z), tem-se que:

em que 2π R1 h é a área de contato entre o fluido e o cilindro interno. A tensão cisalhante τrθ é
determinada com a aplicação da lei de Newton para a viscosidade, deforma que:

Considerando que a velocidade de escoamento do óleo entre os cilindros varie linearmente em


função de r e que por causa da aderência dos fluidos às superfícies sólidas têm-se :
Vθ(R1) = ω R1 e Vθ(R2) = 0
de maneira que o gradiente de velocidade de escoamento é no sentido negativo do eixo r, que é
dado por:

em que e = R2 – R1 é a espessura da camada de óleo. Assim, a tensão cisalhante exercida pelo


fluido sobre o cilindro interno é dada por:

Do equilíbrio de torques aplicados ao cilindro


interno, resulta que :
Fenômenos dos Tranportes
A velocidade angular do cilindro interno é dada com a unidade rotações por minuto, de
maneira que se deve fazer a conversão para a unidade radianos por segundo, ou seja,

x x
Fenômenos dos Tranportes
Freqüentemente o escoamento começa no regime laminar e termina passando para o regime
turbulento. A partir dos estudos feitos por Osborne Reynolds, estabelecemos que a transição de
um regime para outro é caracterizada por um grupo adimensional de propriedades e
parâmetros do escoamento, chamado de número de Reynolds e definido pela expressão:

VL VL ρ [ m3/kg ]

Re = = μ [kg /m.s]

 
ν = [m2/s ]
V = [m/s]
L= [m]

Onde: ρ massa específica [m3/kg], μ viscosidade dinâmica [kg/m.s] e a ν viscosidade


cinemática [m2/s], respectivamente, V[m/s] é a velocidade média do escoamento, e L[m] é um
comprimento característico.

Por exemplo, para o escoamento de um fluido, como água, sangue, óleo etc., em uma
tubulação, L é o diâmetro da tubulação, e a transição laminar-turbulento ocorre para um
número de Reynolds da ordem de 2300, dependendo de diversos fatores, inclusive a
intensidade da turbulência presente. Por outro lado, para um escoamento externo, não
confinado, como o do ar sobre o capô de um auto-móvel, a transição ocorre para um número de
Reynolds da ordem de 500000 (5 x 105)da borda de ataque, sendo, portanto, uma variável, e
não uma medida como o diâmetro
Fenômenos dos Tranportes
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos
Descrevendo o fluxo de fluidos
Existem vários modelos matemáticos que descrevem o movimento dos fluidos e várias
correlações de engenharia que podem ser usadas para casos especiais.
No entanto, a descrição mais completa e precisa vem de equações diferenciais parciais .
Por exemplo, um campo de fluxo é caracterizado pelo equilíbrio em massa, momento e energia
total descrito pela equação de continuidade, as equações de Navier-Stokes e a equação de
energia total:

A solução para as equações do modelo matemático fornece o campo de velocidade u ; pressão,


p ; e temperatura, T ; do fluido no domínio modelado.
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos - compressíveis por tubo venturi / bico Laval
O número de Mach mede a rapidez
com que um fluido se move em
comparação com a velocidade das
ondas de pressão. Quando o número
de Mach é pequeno, ou seja, quando
as ondas de pressão são tão rápidas
que efetivamente se reduzem a uma
restrição de conservação de massa

O número Mach
O número Mach é definido como:

onde c é a velocidade do som.


Fenômenos dos Tranportes
Perfil de Velocidades
Escoamento de fluidos compressíveis por venturi ou bico Larval
Conforme o número de Mach se aproxima de 1 - isto é, quando a velocidade se aproxima da
velocidade do som - os efeitos da restrição de passagem também devem ser incluídos.
O aquecimento viscoso também é importante nesses casos e o resultado é que devemos
resolver o conjunto completo de equações de continuidade, momentum e energia dado pela
Equação .
Se o número de Mach for alto, muitas vezes o mesmo será o número de Reynolds, pois ambos
são proporcionais à velocidade.
Assim, a Equação de Navier Stokes é freqüentemente complementada com um modelo de
turbulência para levar em conta a difusividade turbulenta para a difusividade turbulenta do
momento para a transferência de calor. A aplicação da Equação e seu modelo de turbulência é
muito usado.
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos – Fluxo mássico por princípio de Laval
Giovanni Battista Venturi projetou tubos convergentes-divergentes conhecidos como tubos
Venturi para experimentar os efeitos na redução da pressão do fluido, enquanto a substância
flui através de estrangulamentos ( efeito Venturi ).
O engenheiro e inventor alemão Ernst Körting supostamente mudou para um bico convergente-
divergente em suas bombas a jato de vapor em 1878, após usar bicos convergentes, mas esses
bicos permaneceram um segredo da empresa.
Mais tarde, o engenheiro sueco Gustaf De Laval aplicou seu próprio projeto de bico convergente
divergente para uso em sua turbina de impulso no ano de 1888.
De Laval também fez
contribuições importantes para a
indústria de laticínios, incluindo o
primeiro separador centrífugo
de leite - creme e as
primeiras máquinas de ordenha

Karl Gustaf Patrik de Laval( 9/5/1845 -2/2/1913) foi um


Turbina de impulso de Construído na
engenheiro e inventor sueco que fez contribuições importantes
Suécia em 1888
para o projeto de turbinas a vapor e máquinas de laticínios .
Fenômenos dos Tranportes
Fluxo mássico (com obstrução de passagem pelo princípio de Laval )
O fluxo em ondas de choque é um efeito de fluxo compressível. O fluxo de massa que se torna
"sufocado" ou "limitado" pela limitação da velocidade do fluido.
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos – Fluxo mássico por princípio de Laval
De acordo com a conservação de massa, a vazão de massa do gás em todo o bico Laval é a
mesma, independentemente da área da seção transversal
Fenômenos dos Tranportes
Conforme o gás entra em um bico, ele se move em velocidades subsônicas . Conforme a área da
seção transversal se contrai, o gás é forçado a acelerar até que a velocidade axial se torne sônica
na garganta do bocal, onde a área da seção transversal é a menor. Da garganta, a área da seção
transversal aumenta, permitindo que o gás se expanda e a velocidade axial se torne
progressivamente mais supersônica .
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos – Fluxo mássico por princípio de Laval

[ kg/s]
Fenômenos dos Tranportes
Razão entre as pressões mínima para o fluxo de choque ocorrer
As relações mínimas de pressão necessárias para que as condições de estrangulamento ocorram
(quando alguns gases industriais típicos estão fluindo) são apresentadas na Tabela abaixo.
Pu = pressão de gás a montante absoluta
Pd = pressão de gás a jusante absoluta

Pu
Pd
Fenômenos dos Tranportes

Fluxo Isoentrópico
Fenômenos dos Tranportes
Escoamento de fluidos
<corpo Humano>
Fenômenos dos Tranportes
Bibliografia
https://www.comsol.pt/multiphysics/fluid-flow-conservation-of-momentum-mass-and-energy
https://dev.biologists.org/content/139/7/1229.figures-only
https://en.wikipedia.org/wiki/De_Laval_nozzle
https://en.wikipedia.org/wiki/Supersonic_speed
http://www.engineeringatboeing.com/articles/nozzledesign.htm
https://fungilab.com/product/rotational-viscometers/rotational-viscometers-acc/spindles/
https://www.simscale.com/docs/simwiki/cfd-computational-fluid-dynamics/what-is-cfd-computational-fluid-dynamics/
https://www.comsol.com/multiphysics/fluid-flow-conservation-of-momentum-mass-and-energy

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