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PRÁTICA EXPERIMENTAL: OPERAÇÕES UNITÁRIAS

LEI DE STOKES

Disciplina: Laboratório de processos em engenharia química


Professor: Raimundo Romulo Martins Junior
Aluno: Márcio José da Silva Junior
Matrícula: 01088973

Recife, 27 de Março de 2019.


1
Sumário
Resumo ..................................................................................................................................................................... 3
Introdução ................................................................................................................................................................ 3
Objetivo .................................................................................................................................................................... 5
Materiais................................................................................................................................................................... 5
Substâncias ............................................................................................................................................................... 6
Métodos e procedimentos ....................................................................................................................................... 7
Esquema do procedimento utilizado ………………………………………………………………………………………………………………….8
Resultados e discussões ……………………………………………………………………………………………………………………………………. 9
Conclusão...............................................................................................................................................................15
Referências bibliográficas .....................................................................................................................................16

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Resumo
A viscosidade pode ser imaginada como sendo a “aderência” interna de um fluido. É uma das propriedades
que influencia a potência necessária para mover um aerofólio através da atmosfera.

Ela é responsável pelas perdas de energia associadas ao transporte de fluidos em dutos, canais e tubulações.
Além disso a viscosidade tem um papel primário na geração de turbulência. Nem seria necessário dizer que a
viscosidade é uma propriedade extremamente importante a ser considerada nos estudos de escoamento de fluidos,
sendo que a taxa de deformação de um fluido é diretamente ligada a viscosidade do fluído. Para uma determinada
tensão, um fluido altamente viscoso deforma-se numa taxa menor do que um fluido com baixa viscosidade.

Introduçáo
A viscosidade é a propriedade reológica que caracteriza os fluídos newtonianos. “A viscosidade é a medida
da fricção interna de um fluido que resiste ao escoamento. A fricção torna-se aparente sempre que a camada
do fluido se move em relação a outra. Quanto maior a fricção maior será a força necessária para provocar
movimento, ao qual se chama shear. Fluidos muitos viscosos requerem maiores forças para se moverem que os
fluidos menos viscosos”. (MONTE NEGRO, 2012, pg.1) A viscosidade de um fluído pode ser determinada de varias
formas. No experimento realizado, utilizou-se o viscosímetro de Stokes que se baseia na velocidade e tempo de
queda d e uma esfera em um determinado fluido, neste caso foi utilizado glicerina.
O movimento de um corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa, Fv, proporcional
à velocidade, v, conhecida como lei de Stokes. No caso de esferas em velocidades baixas, Fv = 6πηrv, onde r o raio da
esfera e η o coeficiente de viscosidade do meio. Se uma esfera de densidade maior que a de um líquido for solta na
superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a força resultante acelera a esfera de forma que sua
velocidade vai aumentando. Pode-se verificar que a velocidade aumenta não-uniformemente com o tempo e atinge
um valor limite, que ocorre quando a força resultante for nula. As três forças que atuam sobre a esfera estão
representadas na Fig. 1 e são, além da força viscosa, o peso da esfera, P, e o empuxo, E. Igualando a resultante dessas
três forças a zero, obtém-se a velocidade limite, vL: vL = (2/9) [(ρ - ρ’)/η] g r2 (1) onde ρ e ρ’ são as densidades da
esfera e do meio, respectivamente, e g é a aceleração da gravidade. Figura 1. Forças que atuam numa esfera num
meio viscoso.

As forças viscosas se opõem ao movimento de uma do fluido em relação à outra. A viscosidade é a razão pela
qual você realiza um esforço para remar em uma canoa se deslocando em águas calmas, porém se não existisse
viscosidade você também não poderia remar. Os efeitos da viscosidade são importantes para o escoamento através
de tubos, para o escoamento do sangue, para a lubrificação de diversas partes das máquinas e para muitas outras
situações.

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Um Fluido viscoso tende a aderir sobre uma superfície sólida em contato com ele. Existe uma camada fina
chamada de camada limite do fluido nas proximidades da superfície, ao logo da qual o fluido esta praticamente em
repouso em relação a superfície sólida. È por esta razão que as partículas de poeira podem aderir sobre as lâminas de
um ventilador, mesmo quando gira rapidamente, e por isso você também não pode eliminar toda sujeira do carro
simplesmente jogando a água de uma mangueira sobre ele.

A lava é um exemplo de escoamento de um fluido com viscosidade. A viscosidade diminui com o aumento da
temperatura: quando mais quente a lava, mais facilmente ela pode se escoar. Uma porção do fluido que possui a
forma abcd em um dado instante possuirá a forma abc`d` em outro instante e vai se tornando cada vez mais distorcida
‘a medida que o movimento continua. Ou seja, o Fluido sofre uma contínua deformação de cisalhamento. Para manter
este movimento é necessário aplicar uma força constante f aplicada da direita para a esquerda sobre a placa superior
e uma força de módulo igual aplicada da direita para a esquerda sobre a placa inferior para manter o escoamento
estacionário. SendoAa área de cada placa, a razão F/A é a tensão de cisalhamento exercida sobre o fluido.

Os fluidos que se escoam velozmente, como a água e a gasolina, possuem viscosidades menores do que as
viscosidades dos fluidos “pegajosos”, tais como mel e o óleo de motor. As viscosidades dos fluidos são fortemente
dependentes da temperatura, aumentando para os gases e diminuindo para os líquidos ‘a medida que a temperatura
aumenta. A redução das variações da viscosidade com a temperatura é um objetivo importante no projeto de óleos
para serem usados como lubrificantes de máquinas.

A lei de Stokes refere-se à força de fricção experimentada por objectos esféricos que se movem no seio de um fluido
viscoso, num regime laminar de números de Reynolds de valores baixos. Foi derivada em 1851 por George Gabriel
Stokes depois de resolver um caso particular das equações de Navier-Stokes. De maneira geral, a lei de Stokes é válida
para o movimento de partículas esféricas pequenas, movendo-se a velocidades baixas.

A lei de Stokes pode ser escrita da seguinte forma:

onde:

é a força de fricção,

r é o raio de Stokes da partícula,

η é a viscosidade do fluido, e

é a velocidade da partícula.

A condição de baixos números de Reynolds implica um fluxo laminar, o qual pode traduzir-se por uma
velocidade relativa entre a esfera e o meio, inferior a um certo valor crítico. Nestas condições, a resistência que oferece
o meio é devida quase exclusivamente às forças de atrito que se opõem ao deslizamento de camadas de fluido sobre
outras a partir da camada limite aderente ao corpo. A lei de Stokes foi comprovada experimentalmente numa
multitude de fluidos e de condições.

Se as partículas estão a cair verticalmente, num fluido viscoso, devido ao seu próprio peso, pode-se calcular a
sua velocidade de sedimentação, igualando a força de fricção com a força de gravidade.
4
onde:

Vs é a velocidade de sedimentação das partículas (velocidade límite)

g é a aceleração da gravidade,

ρp é a densidade das partículas e

ρf é a densidade do fluido.

Se as gotas de chuva provenientes de nuvens situadas a alguns quilômetros de altura não enfrentassem a
resistência do ar, elas seriam bastante danosas ao atingir qualquer corpo na superfície terrestre. Porém isto não
acontece porque elas alcançam uma velocidade terminal pequena. Para gotas de 1mm de diâmetro, esta velocidade
é de aproximadamente 4,3m/s, e para gotas de 2mm, v=5,8m/s.

Objetivo
 Determinar a velocidade terminal de uma esfera.
 Determinar a viscosidade cinemática de um fluido.
 Determinar a viscosidade dinâmica (absoluta) de um fluido.
 Estimar o número de Reynolds de um fluido escoando sobre uma esfera.

Máteriáis

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Substánciás
Glicerol ou Glicerina: é um composto orgânico pertencente à função álcool. É líquido à temperatura ambiente,
higroscópico, inodoro, viscoso e de sabor adocicado. O nome origina-se da palavra grega glykos, que significa doce. O
termo Glicerina refere-se ao produto na forma comercial, com pureza acima de 95%. Fórmula: C3H8O3 Densidade:
1,26 g/cm³ Massa molar: 92,09382 g/mol Ponto de ebulição: 290 °C IUPAC: propane-1,2,3-triol Classificação: Poliol

Nome do produto: Glicerina (C3H8O3)

Sinônimos: Glicerol, Trihidróxipropano, Propanotriol, Propanotriol, Álcool Glicílico

Descrição: é um composto orgânico pertencente à função álcool. É líquido à temperatura ambiente, higroscópico,
inodoro, viscoso e de sabor adocicado. O nome origina-se da palavra grega glykos, que significa doce. O termo Glicerina
refere-se ao produto na forma comercial, com pureza acima de 95%. Fórmula: C3H8O3 Densidade: 1,26 g/cm³ Massa
molar: 92,09382 g/mol Ponto de ebulição: 290 °C IUPAC: propane-1,2,3-triol Classificação: Poliol

Identificação dos perigos

 O produto não é inflamável, combustível, ou explosivo.


 A glicerina tem baixa toxicidade oral e dérmica.
 A inalação do produto é forma mais preocupante de perigo à saúde.
 Apesar de ser necessário evitar o contato com a pele, a glicerina é pobremente absorvido pela pele, não
ocasionando problemas no contato

Primeiros socorros

Contato com os Olhos: Não permitir que a vítima esfregue os olhos. Remover o excesso da substância dos olhos
rapidamente e com cuidado. Retirar lentes de contato quando for o caso. Lavar o olho contaminado com bastante
água deixando-a fluir por, pelo menos, 20 minutos, ou até que a substância tenha sido removida mantendo as
pálpebras afastadas durante a irrigação. Cuidado para não introduzir água contaminada no olho não afetado ou na
face. Se a irritação persistir repetir o enxágue, e a vítima deve ser encaminhada ao oftalmologista.

Contato com a Pele: Lavar a pele com água (ou água e sabão não abrasivo), suavemente, por pelo menos 20 minutos
ou até que a substância tenha sido removida. Se a irritação persistir ao repetir o enxágue, requisitar assistência
médica.

Inalação: Afastar a fonte de contaminação ou transportar a vítima para local arejado. Se houver dificuldades
respiratórias, administrar oxigênio. Manter o paciente aquecido e não permitir que a vítima se movimente
desnecessariamente. Caso pareça necessário, procure socorro médico levando o rótulo ou embalagem do produto.

Ingestão: Lavar a boca da vítima com água. Oferecer a vítima consciente 2-4 copos de água para diluir o material no
estômago. Se o vômito ocorrer naturalmente inclinar a vítima para evitar o risco de aspiração do material ingerido.
Lavar novamente a boca da vítima. Nada deve ser administrado por via oral se a pessoa estiver perdendo a consciência,
inconsciente ou em convulsão. Manter o paciente aquecido e em repouso. Transportar a vítima para um hospital.

Instruções Especiais para primeiros socorros: Ao procurar um médico, tenha sempre em mãos a FISPQ Glicerina.

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Metodos e Procedimentos
1. Realização do experimento de queda de uma esfera em movimento livre em fluído

1.1. Montar o viscosímetro de Stokes com 5 sensores fotoelétricos distantes 50 mm cada, sendo o
primeiro a 80 mm do lançamento da esfera (ler instruções Cidepi 1992.019L4).
1.2. Proceder à calibração final das posições dos sensores fotoelétricos (ler instruções Cidepi
1032.005_50).
1.3. Preencher o reservatório (tubo de borossilicato) com 250 mL de glicerina.
1.4. Realizar o lançamento da esfera somente quando autorizado pelo professor instrutor.
1.5. Anotar os resultados (ler instruções Cidepi 1992.343).
1.6. Retirar da esfera utilizando imã NdFeB (ler instruções Cidepi 1032.005_50).

2. Determinação da densidade do fluído

2.1. Pesar a proveta de 100 mL vazia na balança semianalítica.


2.2. Preenchê-la com 100 mL de glicerina.
2.3. Determinar a densidade da glicerina.

3. Determinação das características da esfera

3.1. Pesar a esfera na balança semianalítica (massa da esfera).

3.2. Medir o diâmetro da esfera com o paquímetro.


3.3. Determinar o volume da esfera.
3.4. Determinar o peso da esfera, considerando g = 980 cm/s2.

4. Cálculo do empuxo e força de arrasto

4.1. Calcular o empuxo que o líquido exerce sobre a esfera.


4.2. Calcular a força de arrasto que o líquido impele à esfera.

5. Determinação da velocidade terminal da esfera dentro do fluido

5.1. Com os dados anotados da etapa (1.5), construa uma tabela (tabela 1) e um gráfico y versus t
(y = distância percorrida pela esfera; t = tempo para percorrer a distância).
5.1.1. Que figura geométrica melhor representa a curva obtida?
5.1.2. Qual o significado físico do coeficiente angular do gráfico construído?
5.2. Com os dados da tabela 1, determine a velocidade média da esfera para ir da posição de y1 a
y5.
5.2.1. Compare este valor determinado com o coeficiente angular do gráfico y versus t.
5.2.2. Justifique as diferenças.
5.3. Calcule a velocidade terminal da esfera, considerando que essa velocidade só se estabelece
quando a esfera não sofre mais aceleração. Para isso, avalie as velocidades entre cada ponto
de leitura dos sensores fotoelétricos.

6. Determinação das viscosidades (cinemática e dinâmica) do fluido

6.1. Utilizando a expressão desenvolvida por Stokes (instruções Cidepi 1032.005_50), calcule a
viscosidade cinemática do fluido.

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6.2. Ainda utilizando a expressão desenvolvida por Stokes (instruções Cidepi 1032.005_50),
calcule a viscosidade dinâmica (absoluta) do fluido.
6.3. Compare os valores obtidos com os valores tabelados (e/ou calculados) do fluido em literatura
apropriada.

7. Cálculo do número de Reynolds

7.1. Determino o número de Reynolds para o experimento realizado.


7.2. Verifique se o valor obtido satisfaz a premissa utilizada para o experimento (a utilização da
equação de Stokes só vale para quando Re <1).

Esquemá do procedimento utilizádo


*Imagem meramente ilustrativa

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Resultádos e discussoes
1. Queda da esfera em movimento livre em fluido

O experimento foi realizado com apenas uma esfera onde foram calculados o diâmetro e massa da mesma.
A calibragem do viscosímetro foi feita da seguinte forma:

Tabela 1. Distâncias dos sensores no


viscosímetro de Stokes.
Sensores Distância da Distância do
origem (mm) S0 (mm)
Sensor 1 (S0) 80 -
Sensor 2 (S1) 130 50
Sensor 3 (S2) 180 100
Sensor 4 (S3) 230 150
Sensor 5 (S4) 280 200

Os valores da primeira coluna foram inputados para leitura padrão no equipamento e a partir deles, foram
definidas as velocidades da esfera no experimento.
Em seguida, foi adicionado a substância glicerina no tubo de ensaio, deixando um pouco acima da marcação de 0
mm.
No processo de calibragem, tivemos a necessidade ligar o viscosímetro. Os sensores possuem um feixe de luz
(visível) saindo de uma das suas extremidades, e para que a calibragem fosse feita de maneira correta, esses feixes
deveriam atravessar o fluído na coluna do tubo, entrando num pequeno orifício existente na extremidade oposta de
saída. Foram ajustados um a um e testados, para, finalmente, o experimento ser realizado.

Após o lançamento da esfera, foram obtidos os seguintes resultados, apresentados na tabela a seguir:

Tabela 2. Velocidades (em m/s) e tempo (s)


obtidos pelos sensores do viscosímetro de
Stokes no experimento com a esfera, medidos a
partir do primeiro sensor (S0) e entre os demais.
Sensor Velocidade Tempo
(m/s) (s)
S0-S1 0,149 0,33550
S0-S2 0,158 0,62935
S0-S3 0,152 0,9810
S0-S4 0,154 1,29235
S1-S2 0,170 0,29385
S2-S3 0,142 0,35175
S3-S4 0,160 0,31125

Após a realização do experimento com a esfera, ela foi retirada por magnetismo por um imã.

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2. Cálculo da densidade do fluído

Uma proveta de 250 mL vazia foi pesada e uma massa de 84 g foi obtida. Após essa primeira pesagem, foi
adicionada 50 mL de glicerina na proveta. Foi necessário esperar um tempo para que a glicerina assentasse na proveta,
e, após esse tempo, posou-se novamente. Obteve-se uma massa de 146 g.
A partir desses valores, podemos descobrir a massa de glicerina e, com seu volume já conhecido, podemos
determinar a sua densidade. Descobrindo a massa de glicerina (mglicerina) pesada:

mglicerina = mproveta cheia - mproveta vazia


mglicerina = 146 g – 84 g
mglicerina = 62 g

Com a massa da glicerina, foi possível calcular a densidade (D) da seguinte forma:
mglicerina 62 g
d= ≫d=
Vglicerina na proveta 50 mL
d = 1,24 g mL ≫ d = 1,24 g (cm3 )−1
−1

Segundo valores obtidos através de pesquisa o valor da densidade da glicerina é de 1,26 g cm3. Essa diferença no
valor de D pode ser suposta pelos erros dos materiais usados. Como a balança não era semianalítica, o valor das
pesagens da proveta (tanto cheia quanto vazia) não foram dados com a exatidão requerida nesse tipo de cálculo. Para
uma maior precisão, deveria ter sido usada uma balança analítica na pesagem.
Assim como a balança, a proveta apresenta um erro associado a ela, entendendo, finalmente, o motivo da
diferença da densidade obtida com o resultado encontrado nas literaturas.
3. Característica da esfera

A esfera usada no experimento não tinha dimensão, massa e volume definido. A partir dos cálculos realizados
abaixo obtivemos tais informações.

3.1 Características da esfera

A esfera, possuía massa de 4 g e diâmetro de 1,00 cm. A partir desses valores, podemos calcular o seu peso,
volume e densidade.

Assumindo a aceleração da gravidade (g) igual a 980 cm (s2)-1, o cálculo do peso se dá seguindo a fórmula:

P = mesf . g ≫ P = 4 g .980 cm (s2 )−1


P = 3920 g cm (s2 )−1

O cálculo do volume (em função do diâmetro) se dá da seguinte forma:

π. D3
V=
6
π. (1,000 cm)3
Vesf = ≫ Vesf = 0,5236 cm3
6

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Com o valor do volume, e já conhecendo a massa da esfera, podemos chegar a densidade.

mesf 4g
Desf = ≫ Desf =
Vesf 0,5236 cm3
Desf = 7,6394 g (cm3 )−1

3.3 Verificação dos resultados

A tabela 4 mostra, de forma resumida, os resultados obtidos das características da esfera.

Características Esfera
Massa (g) 4
Diâmetro (cm) 1,000
Peso (g cm (s2)-1) 3920
Volume (cm3) 0,5236
Densidade (g (cm3)-1) 7,6394

4. Cálculo de empuxo

Foram calculados o empuxo e a força de arrasto da esfera.

4.1 Empuxo
A fórmula do empuxo se dá por:
⃗E = dfluido . g . Vfluido deslocado

Como o volume de fluído deslocado corresponde ao volume da esfera, o cálculo para a esfera fica assim:
⃗E = 1,24 g (cm3 )−1 . 980 g cm (s 2 )−1 . 0,5236 cm3
⃗E = 636,279 g cm (s2 )−1

Não tivemos experimentos com múltiplas esferas afim de comparações entre as forças de empuxo atuantes nelas.

5. Cálculo das velocidades

Com os resultados da tabela 1, podemos calculas a velocidade média do corpo esférico.

Para melhor visualização do comportamento da velocidade em função do tempo nesse experimento, podemos
pegar os dados da tabela 1 e construir um gráfico.

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Para a esfera, vem:
Tabela 5. Posições (y) em mm pré-determinadas
e tempo (t) em segundos obtidos pelos sensores
do viscosímetro de Stokes no experimento com
a esfera, medidos a partir do primeiro sensor
(S0) até o quarto (S4).
t (s) y (mm)
0,33550 80
0,62935 130
0,9810 180
1,29235 230

Assim, no gráfico para a esfera, temos:

250
Posição (mm)

200
150
100
50
0
0 0.3355 0.62935 0.981 1.29235
Tempo (t)

Figura 1. Gráfico demonstrativo das posições e


tempos demonstrados na tabela 5, obtidos pela
esfera.

Pudemos observar que o gráfico assume a forma de uma quase reta, onde o maior aumento de velocidade
(aceleração) se dá entre o primeiro e o segundo sensor (S0 e S1, respectivamente). Na passagem pelos demais
sensores, a aceleração permanece constante.

5.1 Velocidade média

Para o cálculo da velocidade média, precisa-se da distâncias percorrida pela esfera e seu respectivo tempo. A
tabela para o cálculo fica:

Tabela 7. Velocidades e posições em metros da


esfera, obtidos pelos sensores do viscosímetro
de Stokes.
Posições (m) Velocidade (m s-1)
0,08 0,149
0,13 0,158
0,18 0,152
0,23 0,154

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Com esses dados, podemos calcular a velocidade média da esfera , seguindo a expressão:

∆S Sf − Si
V𝑚 = ≫ V𝑚 =
∆t tf − ti

0,23 − 0,08
Vmesf 1 =
0,154 − 0,149
Vmesf 1 = 30 m s−1 (3000 cm s −1 )

Não comparamos o resultado com outras esferas, para determinarmos se constatariamos diferenças entre as
velocidades médias das esferas seriam maiores ou menos umas em relação a outra. A literatura elucida a
afirmação que a partir do peso da esfera, que sendo maior que a de outra, influenciaria diretamente na velocidade
de queda. E isso independe do fluído utilizado, sendo ele o ar ou a glicerina e etc., como no caso do experimento.

5. Cálculo da viscosidade da glicerina

Agora que a velocidades da esferas no fluido foram encontradas, podemos descobrir as viscosidades dinâmica e
cinemática da glicerina no experimento. Consideraremos a velocidade média como a velocidade terminal.

5.1 Viscosidade dinâmica

Para calcular a viscosidade dinâmica, precisamos da seguinte formula:

desfera − dfluido
𝜇 = 2gr 2
9vmédia

Dividindo o diâmetro das esferas para obter-se o raio, fica, para a esfera:

Desf 1,000
resf = ≫ resf = cm
2 2
resf = 0,5 cm

A partir da Tabela 4, podemos calcular a viscosidade, usando o valor de densidade da glicerina achado nos cálculos
do item 2.
Para a esfera, temos:
7,6394 g (cm3 )−1 − 1,24 g (cm3 )−1
𝜇 = 980 cm (s 2 )−1 . (0,5 cm)2 .
9.3000 cm s −1

𝜇 = 0,0581 g (cm. s 2 )−1 ou 0,0581 cP

Na literatura, temos que a viscosidade dinâmica da glicerina é 0,0149 cP [5]. Vemos que o cálculo para a esfera
aproximou-se mais do resultado da literatura, embora ainda seja diferente. Isso pode ter ocorrido por causa da
diferença da densidade da glicerina encontrada no item 2.

5.2 Viscosidade cinemática

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Para o descobrirmos o valor da viscosidade cinemática, usamos a formula seguinte:

𝜇
𝜐=
dfluido

Usando a viscosidade dinâmica (𝜇) da esfera, obtida no item anterior e a densidade obtida no item 2, temos:
0,0581
𝜐=
1,24
2 −1
𝜐 = 0,04685 cm s ou 0,04685 St

Na literatura temos que a viscosidade cinemática da glicerina é 0,01183 St a 20 °C [6]. Com essa diferença,
podemos associar o erro devido temperatura do ambiente do laboratório onde foi realizado o experimento, uma vez
que a viscosidade de um líquido depende de sua temperatura.

6. Cálculo do número de Reynolds

O coeficiente, número ou módulo de Reynolds (Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluidos
para descobrir o regime de escoamento de determinado fluido em uma superfície. Sua fórmula é a seguinte:
vmédia . D
Re =
𝜐

Como já temos todos esses valores para a glicerina (usaremos os valores encontrados experimentalmente),
podemos descobrir o número de Reynolds para o escoamento da esfera no fluido.

3000 cm s−1 . 1,000 cm


Re =
0,04685 cm2 s −1
Re = 64034,1515 ~ Re = 6,403 × 104

Temos como parâmetro para escoamento os seguintes valores:


Re < 2000 → Escoamento laminar;
2000 < Re < 2400 → Escoamento de transição;
Re > 2400 → Escoamento turbulento.

Sendo assim, com o número de Reynolds igual a 6,403x104, podemos afirmar que o escoamento do experimento
é turbulento.

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Conclusáo
Os experimentos realizados puderam confirmar vários itens teóricos no estudo da viscosidade cinemática dos
líquidos. Pode-se tomar medidas experimentais, efetuar cálculos com elas, e comparar a dados achados na teoria. Os
dados obtidos nos experimentos ficaram dentro dos limites aceitos para os teóricos, o que dá uma certa validade aos
experimentos realizados e serve de base aos conceitos aprendidos.

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Referenciás bibliográficás
[1] Fundamentos da Reologia. Disponível em:
http://www.pec.poli.br/sistema/material_disciplina/fotos/Fundamentos%20Reologia%20polimeros%20(1).pdf

[2] George Gabriel Stokes. Disponível em: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/GeoreGa

b.html

[3] Viscosímetro de Stokes. Disponível em: http://www.algetec.com.br/index.php/pt-BR/produtos/product/24-


viscosimetro-de-stokes

[4] Glicerol. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Glicerol

[5] Mecânica dos Fluidos/Tabela – Viscosidade de algumas substâncias. Disponível em:


https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/Tabela:_viscosidade_de_algumas_subst%C3%A2ncias

[6] Propriedade de fluidos. Disponível em: http://www.if.ufrj.br/~bertu/fis2/hidrostatica/tabela_LIQ.html

MERLE C. POTTER .DAVID C. WIGGERT Mecânica dos fluidos ,3ª Edição, Editora Thomson, pg-11-14.

FOX, ROBERT W .Introdução a mecânica dos fluidos , 5ª edição, LTC, pg-21-25.

SEARS E ZEMANSKI,Fisíca II Termodinâmica e ondas, Young & Freedman,Editora Pearson adison wesley, pág.
88,89,90, 10º Edição , São Paulo 2006.SHAMES,IRVING H,Mecânica dos fluidos,Editora Edgard Blucher Ltda,pág
166,168, Volume 1, São Paulo 1973

SHAMES, IRVING H, Mecânica dos fluidos, Editora Edgard Blucher Ltda, pág. 166, 168,Volume 1, São Paulo 1973.

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