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INSTITUTO FEDERAL DE PERNAMBUCO

CAMPUS AFOGADOS DA INGAZEIRA


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO SOBRE DISPERSÃO EM MEDIDAS DO TEMPO


DE QUE DE UMA MOEDA DE R$0,50

Edson Gustavo Do Nascimento Cirino


José Eneas Pereira Cruz
Lucas Felipe Queiroz De Araújo Lima
Raudiney Da Silva Santos
Thaiany Emmilly Burgo De Lima

AFOGADOS DA INGAZEIRA
2020
INTRODUÇÃO
Todos os corpos próximos a outros, estão sujeitos a forças gravitacionais, elas
produzem efeitos de aceleração entre os mesmos. Cada um desses corpos ao ser
solto próximo a superfície terrestre está sujeito a uma gravidade de aproximadamente
9,81m/s2, isso resultará em uma velocidade que está diretamente ligada à altura em
que foi largado um corpo e ao seu tempo de queda. Desprezando os efeitos das forças
de arrasto do ar, e considerando as leis da cinemática, uma moeda de R$0,50 levaria
aproximadamente 0,554s para cair de uma altura de 1,5m.
Então para se analisar esses dados teóricos, foi realizado esse experimento,
sob incentivo da professora da disciplina de Física Experimental do curso de
Engenharia Civil deste campus e expostos os resultados obtidos nele.
.

REFERENCIAL TEÓRICO

Os valores de dispersão em medidas foram obtidos a partir de fórmulas


repassadas na disciplina de Física Experimental, sendo estas:

1
• 𝑥̅=𝑁 ∑𝑁
𝑖=1 𝑋𝑖 , onde 𝑥̅ é a média, N é o número de medições realizadas e 𝑋𝑖 o
tempo obtido em cada medição;
1
• V=𝑁 ∑𝑁 2
𝑖=1(𝛿𝑖) , onde V é a variância, e 𝛿𝑖 é o desvio encontrado entre a média

e a medida;
• 𝜎 = √𝑉, onde 𝜎 é o desvio padrão;

Para a criação do histograma foram feitos cálculos da amplitude da amostra de


dados obtidos no experimento e os resultados dispostos em tabelas e gráficos,
segundo os resultados encontrados com as seguintes regras matemáticas:
• 𝑘 ≅ 1 + 3,3 log 𝑁, onde “K” é o número de classes encontrados e “N” segue o
mesmo critério dos cálculos expressos anteriormente;
𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑆𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟−𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟
• 𝑎= , onde “a” é a amplitude da amostra, o “Limite
𝐾

Superior” e o “Limite Inferior” são respectivamente o maior e menor valor


encontrado nas medições de tempo de queda.
• Para se obter a média de cada intervalo, também exposta na tabela e no
histograma, foi calculada a média aritmética entre os períodos
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para realização desse experimento foram utilizados os seguintes objetos:
• Uma moeda no valor de R$0,50;
• Fita métrica;
• Aplicativo de cronômetro para smartphone.
Dividiu-se o trabalho entre os integrantes do grupo e foi realizado
progressivamente os passos a seguir:

1º parte:
• Marcou-se na parede uma altura de 1,50m com a ajuda da fita métrica;
• A partir dessa altura, largou-se a moeda de R$0,50 e mediu o tempo de queda
até o chão;
• Repetiu-se 60 vezes esse mesmo experimento e foram registrados os valores
do tempo encontrado na Tabela 1.

2º parte:
• Inicialmente, os tempos das 60 quedas foram divididos em 6 grupo de 10 para
comparação, e em cada grupo foi calculado a média dos tempos e o seu desvio
padrão, os dados foram postos na Tabela 2;
• Foi feita uma análise desses dados, para tentar definir a suficiência ou
insuficiência do experimento para definir precisamente o tempo de queda da
moeda;
• Após isso analisou-se os valores médios e dos desvios padrão das 20 últimas
medidas, das 40 primeiras e do grupo geral das 60 medidas. Os dados obtidos
foram registrados na Tabela 3;
• A partir dessas análises discutiu-se os possíveis erros sistemáticos que
ocorreram durante a realização do experimento.

3º parte:
• Com base nos dados obtidos, foi calculada a frequência dos dados e a
amplitude da amostra obtido e construído um histograma com esses dados;
• No gráfico foi posto velas com os desvios padrão de cada período;
• Foi realizada uma análise do comportamento dos dados no histograma.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Com base na 1º parte do experimento foram dispostos os dados do tempos de
queda da moeda na tabela a seguir:
Tabela 1. Tempo de queda livre de uma moeda de R$0,50 a 1,50m de altura do chão

𝒕𝒊 (𝒔) 𝒕𝒊 (𝒔) 𝒕𝒊 (𝒔) 𝒕𝒊 (𝒔)


1 0,566 16 0,600 31 0,505 46 0,600
2 0,601 17 0,597 32 0,525 47 0,560
3 0,602 18 0,568 33 0,598 48 0,565
4 0,548 19 0,601 34 0,580 49 0,534
5 0,565 20 0,525 35 0,513 50 0,598
6 0,526 21 0,521 36 0,521 51 0,568
7 0,497 22 0,511 37 0,554 52 0,520
8 0,546 23 0,601 38 0,550 53 0,503
9 0,521 24 0,591 39 0,561 54 0,569
10 0,559 25 0,599 40 0,560 55 0,502
11 0,514 26 0,582 41 0,521 56 0,543
12 0,505 27 0,584 42 0,507 57 0,598
13 0,584 28 0,597 43 0,517 58 0,530
14 0,581 29 0,595 44 0,590 59 0,548
15 0,535 30 0,550 45 0,518 60 0,543

Esses valores foram agrupados em 6 grupos de 10 medições cada. A partir


disso calculou-se seus valores médios e o respectivo desvio padrão como exposto
abaixo:
Tabela 2. Valor médio, desvio padrão e incerteza para subgrupos de 10 medidas.
Medidas N Valor Médio (s) Desvio Padrão (s)
Grupo 1 10 0,553 0,031
Grupo 2 10 0,561 0,035
Grupo 3 10 0,573 0,031
Grupo 4 10 0,547 0,028
Grupo 5 10 0,551 0,034
Grupo 6 10 0,542 0,028

Esses grupos ainda foram reagrupados e calculado mais uma vez os resultados
do valor médio e o desvio, com isso construiu-se mais uma vez outra tabela:
Tabela 3. Valor médio, desvio padrão e incerteza para subgrupos com diferentes números de
medidas.
N Valor Médio (s) Desvio Padrão (s)
20 0,547 0,032
40 0,558 0,033
60 0,555 0,033

Para melhor visualização dos cálculos e valores que constituem essa tabela,
foi feito um histograma com as frequências relativas. As velas vermelhas representam
os respectivos desvios para mais e para menos de cada intervalo:
CONCLUSÕES

Os valores encontrados no experimento que foi realizada mostram-se


suficientes para traçar uma aproximação do tempo de queda da moeda a 1,50m de
altura. Tomando por base o tempo médio que nos foi dado de 0,554 segundos, as
médias de tempo contidas na Tabela 2 apresentam uma variação máxima de 0,002s
para menos e 0,019s para mais, e variações máximas de desvio padrão de 0,007s,
evidenciando a proximidade dos valores encontrado durante o experimento. Acredita-
se que com a prolongação do experimento não iria se encontrar grandes variações
desses valores.
Já no agrupamento feito na Tabela 3 os resultados da média e dos desvios
mostraram ainda variações totais de média e desvio padrão ainda menores,
respectivamente de 0,009s e de 0,001s, mostrando serem eficazes na aproximação
do tempo de queda. Considerando que estamos falando de uma marcação de tempo
feito por pessoas e sem equipamentos profissionais o erro aleatório foi pequeno, mas
nada que afetaria gravemente a pesquisa.
Os processos empregados para medições não foram profissionais, mas sim
“caseiros”, o que acabou sendo evidenciado no histograma, com a aleatoriedade do
tamanhos das barras de frequências, sendo mais uma vez uma questão mais aleatória
que sistemática, mas o que não isenta o experimento de erros sistemáticos, como o
desconhecimento da calibração do aplicativo de cronômetro de smartphone com uma
medida de tempo mais próxima possível da real, podendo ser diminuído com o uso de
aparelhos profissionais como cronômetros próprios para pesquisa científica.
Porém, vale ressaltar ainda que o valor médio total dos 60 lançamentos em
queda livre da moeda foi de 0,555s, somente 1 milésimo a mais do valor teórico
disponibilizado, tornando a confiança no experimento ainda mais sustentável.

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