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UFPB-UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CCEN-CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA


DF-DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Discentes: Humberto Ruffo Bisneto


Joélcio Lopes de Oliveira Junior
Samuel Duarte Gonçalves

Docente: Umbelino de Freitas Neto


Disciplina: Física Experimental II

RELATÓRIO 2 - Superfícies equipotenciais e campo elétrico

João Pessoa-PB,
25/10/2022
Introdução

O experimento feito em sala de aula, envolve conceitos físicos básicos e importantes para o
desenvolvimento das medições adquiridas durante a aula. Sendo esses conceitos, diferença de
potencial, potencial elétrico, linhas de campo e superfícies equipotenciais, diretamente ligadas aos
valores obtidos durante a prática.
O conceito de campo elétrico de forma que fique de fácil compreensão, podemos tomar como
referência o conceito da gravidade (tendo os cuidados para que essa analogia não fique fora dos
limites). Como é algo que não podemos ver e nem tocar, faz-se o uso de um corpo para que possa se
comprovar sua existência.
“As cargas elétricas geram campos elétricos, esses campos são representados por
vetores que chamamos de linhas de campo elétrico que entram e saem da carga ou da distribuição de
cargas. Assim, de acordo com as linhas de campos propostas por Faraday, temos diferentes
distribuições de linhas de campo para distribuições distintas de cargas.” [3]

Procedimento experimental

Para esse experimento, foi-se utilizado uma caixa de vidro com um pouco de água, para que
pudesse ser posta duas molas de cobre, servindo de carga pontual para pólos geradores de corrente,
necessária para que o multímetro pudesse fazer as leituras nas distâncias indicadas no papel
milimetrado, que estava abaixo da caixa com água para que todas as medidas fossem feitas com as
mesmas distâncias.
Também foi utilizado para se fazer medidas um plano condutor (uma barra de metal condutor)
de tal forma que fosse feita as medidas desse plano com a carga pontual e outro plano condutor, assim
podendo entender as diferenças entre as linhas de campo, o potencial elétrico e a diferença de
potencial entre cada configuração do experimento. Segue a tabela abaixo com os valores obtidos com
a referência do eixo X igual a zero e variando no eixo Y.

V Ponto P1 Ponto P2 Ponto P3 Ponto P4 Ponto P5

Nº (volts) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm)

1 2,6 6,0 8,0 3,0 6,5 0,0 6,0 -3,0 6,5 -6,0 8,1

2 3,7 6,0 2,7 3,0 2,6 0,0 3,0 -3,0 2,7 -6,0 3,1

3 4,52 6,0 -0,2 3,0 -0,1 0,0 0,0 -3,0 0,0 -6,0 0,1

4 5,4 6,0 -3,7 3,0 -3,3 0,0 -3,0 -3,0 -3,3 -6,0 -3,7

5 6,52 6,0 -7,9 3,0 -6,2 0,0 -6,0 -3,0 -6,4 -6,0 -8
Tabela 1

Depois disso, foi colocado um plano condutor. A primeira parte experimental com o plano
condutor, envolveu uma carga pontual no outro lado para que se pudesse obter as medidas com o
multímetro, a tabela 2 demonstra os valores obtidos com a mesma referência central para os pontos.
V Ponto P1 Ponto P2 Ponto P3 Ponto P4 Ponto P5

Nº (volts) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm)

1 2,06 6,0 6,1 3,0 5,8 0,0 6,0 -3,0 5,8 -6,0 6,1

2 2,9 6,0 2,8 3,0 2,9 0,0 3,0 -3,0 2,9 -6,0 3,0

3 3,8 6,0 -0,3 3,0 0,0 0,0 0,0 -3,0 0,0 -6,0 -0,1

4 4,85 6,0 -3,8 3,0 -3,2 0,0 -3,0 -3,0 -3,2 -6,0 -3,7

5 6,13 6,0 -7,8 3,0 -6,5 0,0 -6,0 -3,0 -5,9 -6,0 -7,9
Tabela 2

E para o último experimento trocou a carga pontual por um plano condutor que formou o
conjunto de placas paralelas, dessa forma pode-se observar que os resultados obtidos na tabela 3
abaixo.

V Ponto P1 Ponto P2 Ponto P3 Ponto P4 Ponto P5

Nº (volts) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm) x(cm) y(cm)

1 2,42 6,0 6,2 3,0 6,0 0,0 6,0 -3,0 6,0 -6,0 6,2

2 3,5 6,0 2,9 3,0 2,8 0,0 3,0 -3,0 2,9 -6,0 3,0

3 4,7 6,0 -0,3 3,0 -0,5 0,0 0,0 -3,0 -0,5 -6,0 -0,4

4 5,8 6,0 -3,3 3,0 3,2 0,0 -3,0 -3,0 3,2 -6,0 -2,9

5 7,31 6,0 -6,5 3,0 -6,3 0,0 -6,0 -5,9 -6,3 -6,0 -6,5
Tabela 3

Discussão

Pode-se observar que quando têm as duas cargas pontuais nas extremidades os valores obtidos
não tem uma diferença muito grande, pois é possível notar que a variação no eixo X com os valores de
6 cm com o -6 cm e 3 cm e -3 cm não ocorreu um desvio dessa distância em valores muito altos.
Já utilizando a carga pontual mais o plano condutor, foi possível analisar que as distâncias
medidas seguiram um padrão em distâncias do eixo X mais eixo Y parecidas, assim não divergindo
muito as medidas. Pode-se também compreender que dessa forma as linhas de campo estão saindo da
carga e se distribuindo uniformemente pelo plano condutor, desconsiderando que o desvio obtido nas
medidas tenha influência nesse ponto.
E finalizando com o conjunto das placas paralelas, era esperado que as medidas obtidas
fossem iguais para as mesmas distâncias, já que a distribuição das linhas de campo são uniformes em
ambas as placas, porém tem que ser levado em consideração o meio de condução e entender que a
diferença pode ter sido causada por esse motivo e levado em consideração para todos os outro
momentos do experimento realizado, sabendo que a água não contém uma concentração de sais
distribuída de forma uniforme, assim causando a diferença nas distâncias obtidas.
Conclusão

Pôde-se observar que o experimento nos permitiu estudar e identificar a relação entre
superfícies equipotenciais e o campo elétrico formado. Concluiu-se também que alguns valores das
tabelas não respeitam perfeitamente uma simetria, justificados por alguns motivos: equipamento, erros
humanos de medida, entre outros.

Referências

1 - CAETANO, Daniel Stefany Duarte; CARDOSO, Alexandre; LAMOUNIER JR, Edgard.


SIMULAÇÃO DO LABORATÓRIO DE SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS COM USO DE
REALIDADE VIRTUAL.

2 - DA SILVA, Valter Rocha et al. LINHAS EQUIPOTENCIAIS: UMA ATIVIDADE EXPERIMENTAL DE


MAPEAMENTO DO POTENCIAL ELÉTRICO DE CARGAS PUNTIFORMES NO ENSINO MÉDIO.

3 - MORAES, Israel Peixoto; ALVES, Rudrisley; DE NOVAIS, Erico Raimundo Pereira. Experimento
para visualização das linhas de campo elétrico. Scientia Plena, v. 15, n. 7, 2019.

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