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Universidade Federal da Paraíba

Departamento de Engenharia de Energias Renováveis

2º Experimento de Física Experimental II

João Pessoa - PB – Brasil. 30 de Abril de 2022.

Centro de Energias Alternativas e Renováveis

Discente: Marllon Costa Lira. Matrícula: 20200146773.

Discente: Maria Julia Sena Ferreira. Matrícula: 20200002844.

Docente: Prof. Marcio Medeiros Soares.

Data: 30 de Abril de 2022.

1. Objetivos
 Montagem de circuitos resistivos simples (série e paralelo) em
matriz de contatos (mini-protoboard);
 Treinamento no uso do multímetro para medidas de corrente,
tensão e resistências elétricas.
2. Introdução
Sendo um instrumento capaz de medir a corrente elétrica, a tensão e a
resistência, o multímetro é um multi medidor, pois une em um só aparelho as
funções de um amperímetro, ohmímetro e voltímetro. Com o multímetro é
possível fazer diversas analises de um circuito elétrico, como saber os valores
de:

 Corrente elétrica: trata-se do fluxo ordenado dos elétrons dentro de


um caminho fechado.
 Tensão elétrica: diferença de potencial (positivo e negativo) entre
dois pontos.
 Resistência elétrica: oposição que um determinado material
apresenta à passagem da corrente elétrica.

Atualmente, existem dois tipos de multímetros encontrados no mercado, que


são o:

 Multímetro analógico: um medidor mais antigo, seu mostrador do


é graduado com escalas de valores. O modelo de multímetro faz a
medição utilizando a força eletromagnética existente no ponteiro,
interpretando o valor da grandeza que está sendo medida.
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Figura 1: Multímetro Analógico

 Multimetro Dígital: é um dispositivo de medição mais moderno. Em


sua tela LCD cristalina, o multímetro digital mostra os valores
medidos pelo operador. Ele converte a corrente elétrica para sinais
digitais através dos seus circuitos análogo-digitais.

Figure 2: Multímetro Digital

No multímetro digital tem uma chave seletora feita para selecionar cada uma
das funções do multímetro em sua escala. As escalas geralmente mostram os
valores máximos e mínimos que o multímetro consegue medir de cada
grandeza elétrica. Deste modo, ao utilizar o multímetro deve-se selecionar a
grandeza que será medida, assim como o valor aproximado que será medido,
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isso para que a leitura seja a mais exata possível. Para fazer a medição,
existem as pontas de provas, que são dois cabos elétricos com as pontas
metálicas. Um cabo é preto, que geralmente fica no borne comum do
multímetro, e o outro cabo é vermelho, podendo mudar de localização no
multímetro de acordo com o que será medido. Para fazer as medições,
seleciona a escala e tocar no circuito com as pontas de prova. Para medir a
tensão, as pontas de prova devem ser colocadas em paralelo com a carga.
Para medir a corrente, as pontas de prova devem ser colocas em série com a
carga.

Figure 3: Multímetro Digital

A resistência interna do Multímetro mede-se em Ohm/Volt. Um Multímetro de


100000Ohm/V apresentará por cada volt medido em escala uma resistência de
100000ohm (100kOhm). Se estiver comutado para uma escala de 2,5V a sua
resistência interna que se refletirá no circuito a medir é de 250kOhm
(100000x2,5=250000Ohm ou 250kOhm). Portanto se retira que um Multímetro
será tanto melhor quanto maior for a sua resistência interna. Os Multímetros
analógicos têm um valor relativamente baixo quando comparados com os
aparelhos digitais. Existem ainda aparelhos de leitura analógica, mas com um
circuito interno de amplificação a válvula ou a transístor MOS-FET que
disponibiliza grande resistência de entrada.

3. Materiais e Métodos
 Materiais Utilizados
- Multímetro
- Fonte de alimentação
- Protoboard
- Resistores
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Figura 5: Multimetro Digital Figura 4: Fonte de Alimentação

Figure 6: Resistores e Protoboard

 Metódos
Em aula e com auxílio do professor, realizaram-se medidas usando o
multímetro, visualizando assim os valores medidos de cada grandeza dos
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resistores com valores nominais a partir de seu código de cores utilizando-os


em circuitos em série ou paralelo, e anotou-se na folha de dados os valores
nominais, os valores medidos, as escalas utilizadas, e calculado suas demais
incertezas.

4. Resultados

Tabela 1: Expressões de medidas diretas e indiretas.


Descrições Expressões N°
{x1,x2,x3,…,xn}
Cálculo da Média (𝑥̅ ) = (1)
n

∑𝑛
𝑖 = 1(𝑥̅ −𝑥𝑖)²
Variância (𝑆²) = √ (2)
𝑛−1

Desvio Padrão (S) = √𝑆² (3)

Incerteza da
associação de 𝜎𝑅𝑒 𝑞 = √𝜎𝑅12 + 𝜎𝑅22 + 𝜎𝑅32 (4)
resistores (Série)

Incerteza da
𝜎𝑅1 2 𝜎𝑅2 2 𝜎𝑅3 2
associação de 𝜎𝑅𝑒 𝑞 = (𝑅𝑒𝑞)². √( ) +( ) +( ) (5)
resistores (Paralelo) 𝑅1 ² 𝑅2 ² 𝑅3 ²

Tabela 1: Valores nominais (código de cores) e medidos (multímetro) das resistências de


três resistores.
Dispositivo Valor nominal (Ω) Tolerância (Ω) Valor medido (Ω) Escala (Ω) Incerteza (Ω) DP* (%)
R1 1k ±5 961 2k 8,69 3,90
R2 560 ±5 549 2k 5,40 1,96
R3 10k ±5 10,08k 20k 90,64 -0,80
*DP ≡ Diferença percentual = |100x(VN – VM ) / VN (%)|
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Circuito resistivo em série


Tabela 2: Resistência equivalente da associação em série, calculada a partir das medidas da
tabela 1 e medida diretamente.
Resistência Valor calculado (Ω) Incerteza (Ω) Valor medido (Ω) Escala (Ω) Incerteza (Ω) DP (%)
Req 11.56k 8,94 11,58k 20k 927,4 -0,17

Tabela 3: Voltagem (diferença de potencial elétrico) nos resistores em série.


Voltagem (Vcc) Valor medido (V) Escala (V) Resolução (V) Incerteza (V)
V 2,46 20 0,01 1,00
V1 0,14 20 0,01 1,00
V2 0,10 20 0,01 1,00
V3 2,17 20 0,01 1,00

Tabela 4: Intensidade da corrente elétrica nos pontos B, D e P do circuito serie.


Corrente Elétrica Valor medido (A) Escala (A) Resolução (A) Incerteza (A)
i 0,21 m 20m 0,01 1,00

Circuito resistivo em paralelo


Tabela 5: Resistência equivalente da associação em paralelo, calculada a partir das medidas
da tabela 1 e medida diretamente.
Resistência Valor calculado (Ω) Incerteza (Ω) Valor medido (Ω) Escala (Ω) Incerteza (Ω) DP (%)
Req 346,53 1,63×10^-11 0,332 k 2k 3,66 4,19

Tabela 6: Voltagem (diferença de potencial elétrico) nos resistores paralelos.


Voltagem (Vcc) Valor medido (V) Escala (V) Resolução (V) Incerteza (V)
V 2,50 20 0,01 1,00

Tabela 7: Intensidade da corrente elétrica no circuito em paralelo e nos resistores R1, R2 e


R3 .
Corrente Elétrica Valor medido (A) Escala (A) Resolução (A) Incerteza (A)
i 7,19 m 20 m 0,01 1,00
i1 2,59 m 20 m 0,01 1,00
i2 4,35 m 20 m 0,01 1,00
i3 0,25 m 20 m 0,01 1,00

Especificações Técnicas (Multímetro digital HGL-2000 N)


Medida Escalas Incerteza
Tensão CC (DC) 200 mV / 2V / 20V / 200 V / 1 kV 0,5 % x LEITURA + 1 x RESOLUÇÃO
Corrente CC (DC) 200 µA / 2mA / 20mA / 200 mA / 10 A 0,8 % x LEITURA + 1 x RESOLUÇÃO
Resistência 200 Ω...200 MΩ 0,8 % x LEITURA + 1 x RESOLUÇÃO
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Resolução de uma escala: menor valor possível de medição (digito 1 na última casa à direita, zero nas
demais).

5. Discussão dos Resultados

Em relação as associações dos resistores realizadas e anotadas nas


tabelas 2 e 5 é notório que há uma grande diferença nos resultados, pois
para cada situação há uma maneira diferente de calcular com uma
determinada expressão, como também, para as incertezas e demais
medidas. Para calcular a resistência equivalente de um circuito com os
resistores em série é apenas somar todos os resistores da malha, e a
sua incerteza é a raiz quadrada das incertezas ao quadrado. No entanto,
para a resistência equivalente em paralelos é calculado de uma maneira
um pouco diferente que é o produto de dois resistores divido sobre a
soma dos mesmos, sendo assim possível deixar a equação um pouco
melhor para calcular um a resistência de associações com mais de 2
resistores que é a soma de 1 divido pelo resistor, tendo como resultado
final um valor x que vai ser o denominador do último cálculo de 1 divido
pelo resultado definido de x. Foi possível notar que as incertezas por
propagação de erros e pelas especificações técnicas do multímetro teve
uma grande diferença devido as diferenças nas escalas e no erro
instrumental.

Ademais, para a soma das tensões na tabela 3 pode-se notar que foram
encontrados valores dentro da margem esperada, com a soma das
tensões individuais resultando em 2,41 V e o resultado esperado era
2,46 V em que foi medido de toda a malha. Como também, o resultado
de sua incerteza que resultou em 1 A, calculado a partir da tabela de
especificações do multímetro.

A partir da Lei de ohm, podemos calcular a corrente elétrica do circuito


que resultou no mesmo valor medido anteriormente 0,21 mA, calculado
pela expressão de corrente elétrica é igual a tensão dividida pela
resistência equivalente.
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Figura 4 - Lei de Ohm


É entendível que a potência dissipada por um resistor é dada por P=V×i,
e também é interessante citar que a grandeza física que mede a
quantidade de calor que um resistor transfere para os seus arredores a
cada segundo é chamada de potência dissipada. Sendo assim, o
resistor com menor resistência de 560Ω dissipa maior potência no
circuito em série, em outras palavras, maior será a potência por ele
dissipada.

E também, para a soma das correntes isoladamente resultou em


respostas dentro da margem esperarada de 7,19 mA, e calculado pelas
somas de cada corrente resultou em 7,11 mA. Com isso, podemos
também mencionar a sua incerteza de 1 mA seguindo o cálculo a partir
da tabela de especificações técnicas do multímetro.

E para o circuito em paralelo, o resistor com menor resistência dissipa


maior potência no circuito em série, contrário de um circuito em série
que seria no resistor de maior resistência, ou seja, o R3 de valor 10kΩ
será o resistor que vai dissipar mais calor.

Para o resultado da potência dissipada podemos adquirir a partir da


expressão P = V×I, em que, para o circuito resistivo em série resulta no
valor de P = 2,46 V × 0,21 mA = 516,6 µW. Porém, já para o circuito
resistivo em paralelo podemos ter como resultado a partir da expressão
P = V×I, o valor de P = 2,50 × 7,19 mA = 17,98 mW. Ou seja, podemos
afirmar que a potência em um circuito resistivo em paralelo é maior do
que em um em série.

Enfim, uma das razões para terem uma grande diferença no que
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resultou na potência entre as duas associações dos resistores nos


respectivos circuitos foi a diferença de corrente elétrica presente, que
para o circuito resistivo em série foi obtido o resultado de 0,21 mA pelo
fato da resistência equivalente ser maior do que a do circuito resistivo
em paralelo que gerou 7,19 mA. A resistência equivalente para os
respectivos circuitos foi 11,56kΩ para o de série e 346,53Ω para o de
paralelo, em foi uma das principais razões que influenciou para essa
diferença.

Figura 5 - Circuito Resistivo em Série / Circuito Resistivo em Paralelo

6. Considerações Finais e Conclusão

No experimento 2 foi possível se inserir melhor nos conceitos dos


diferentes circuitos e já se introduzindo no que pode encontrar pela frente
que seria os circuitos com mais de uma malha e outros elementos que
possuem diversas funções dentro de um circuito elétrico. Alguns problemas
que poderiam ser encontrados seriam no jeito de medir com as pontas de
provas em que se forem utilizadas de maneira incorreta os valores
poderiam oscilar um pouco mais, sendo assim, dificultando a leitura dos
demais valores. Seria interessante para demonstrar de maneira mais visível
a oscilação de resistência dentro de um circuito o uso de um potenciômetro
juntamente com um Led, em que seria possível notar o led ficando com a
sua luminosidade oscilando de acordo com a resistência no potenciômetro.
Como também, foi de grande importância comentar sobre os caminhos e
cuidados que devem ser feitos ao medir uma corrente elétrica.

O objetivo principal do experimento seria demonstrar a diferença entre


os dois tipos de circuitos resistivos, o paralelo e o de série. Em que
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possibilitou uma maior aprendizagem no manuseio com o multímetro na


utilização de novas escalas e uma nova entrada da ponta de prova para
medição de corrente elétrica, relembrando alguns conceitos técnicos muito
importante para a medição de corrente elétrica que seria abrir o circuito e
fechar o contato com a ponta de prova do multímetro. Com isso, é notório
que os alunos conseguiram identificar algumas dificuldades e aprenderem
os novos conceitos apresentados, possibilitando uma nova etapa para o
terceiro experimento como sugestão de utilizar potenciômetros, Leds e
capacitores afim de trazer uma experiência mais visível e interessante para
introduzir todos esses conceitos de eletricidade básica.

7. Referências
HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Física 3, volume 2, 5
Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004. 384 p.

MATTED, Henrique. O que é um resistor? – Conceitos de eletricidade. Disponível em:


https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-um-resistor/. Acesso em: 08 de Abril de
2022.

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